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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA _____

VARA DO TRABALHO DE __________

Processo nº XXX

NOME DA RECORRIDA, já qualificada nos autos do processo em


epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, nos autos da Reclamação
Trabalhista que move em face de NOME DA RECLAMADA, vem, à
presença de Vossa Excelência, apresentar tempestivamente suas
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO, com base no art. 900 da
CLT, as quais seguem em apartado.

Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB n. ____
CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: Nome da Reclamada
Recorrido: Nome da Reclamante
Origem: _____ Vara do Trabalho de __________
Processo:__________
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Ínclitos Julgadores,

Inconformada com a decisão de f. _____, a Recorrente busca a


reforma da decisão de origem, pelo que, se demonstrará a seguir, que os
respectivos fundamentos não merecem prosperar, senão vejamos

I – PRELIMINARMENTE
O presente recurso ordinário não deve ser conhecido, uma vez
que a Recorrente deixou de juntar o depósito recursal, exigível conforme
se verifica nos parágrafos do art. 899 da CLT, nas Súmulas 128 e 161 do
TST, bem como na Instrução Normativa 3/1993 do TST.

Com efeito, o depósito recursal possui natureza jurídica híbrida ou


mista, pois além de ser um pressuposto recursal, objetiva a garantia do
juízo em favor do empregado para futura execução por quantia.

Assim, somente será exigido do empregador (pessoa física ou


jurídica), havendo condenação em pecúnia. Consubstancia um grande
exemplo do princípio do protecionismo processual, ou da proteção
temperada, mitigada ou relativizada no Direito Processual do Trabalho, ou
seja, em algumas situações processuais específicas, verificamos a atuação
do famigerado princípio da proteção, malgrado o princípio da isonomia de
tratamento processual das partes ser um dos grandes alicerces do Estado
Democrático de Direito.

Dessarte, espera e confia que este recurso seja considerado deserto.


Caso este Egrégio Tribunal assim não entenda, passa a expor as suas
contrarrazões.
II – DO MÉRITO: DA MANUTENÇÃO DA CONDENAÇÃO

Alega a Recorrente, em sede recursal, que está amparada pela Lei


5.859/1972, sendo indevido o direito ao aviso-prévio à empregada
doméstica, não lhe sendo aplicável o art. 487 da CLT, por conta do art. 7.º,
a, do próprio Diploma Consolidado.

Não obstante, o respectivo pedido foi julgado procedente pela


sentença de primeiro grau, condenando-se a empregadora ao aviso-
prévio cobrado, arbitrando-se, para condenação, o valor de R$ 800,00
(oitocentos reais).

Vale ressaltar que a mencionada decisão está amparada no disposto


do parágrafo único do art. 7.º da Constituição Federal, que assegura
os direitos trabalhistas aos empregados domésticos.

Nessa linha de raciocínio, mesmo antes do advento da EC 72, de 2 de


abril de 2013, que trouxe a igualdade dos direitos trabalhistas dos
empregados domésticos em relação aos empregados urbanos e rurais, a
Constituição Cidadã de 1988 já assegurava o direito ao aviso-prévio aos
domésticos, sendo clara manifestação de Constitucionalismo Social.

Com efeito, o inc. XXI, do mencionado art. 7.º do Texto Maior,


assegura aos empregados domésticos o direito ao aviso-prévio proporcional
ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 (trinta) dias, nos termos da
lei.

Destarte, não resta dúvida sobre a necessidade da manutenção da


decisão a quo.

III – DA CONCLUSÃO

Diante das contrarrazões apresentadas, espera-se que o Egrégio


Tribunal Regional do Trabalho conheça os apontados argumentos e
mantenha integralmente a decisão de mérito.
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB n. ____

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