QB5 TRT 26 71 103 MC 0

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ESTA FOLHA ÍNDICE INDICA EM QUE REVISÃO ESTÁ CADA FOLHA NA EMISSÃO CITADA FL.

REV. EMISSÃO DATA E.P. C.P. MRN DESCRIÇÃO DAS REVISÕES


0 B 06/12/22 LFE MFS MR EMISSÃO INICIAL

EMISSÕES
(A) PRELIMINAR (D) PARA CONSTRUÇÃO (G) CONFORME COMPRADO
TIPOS DE (B) PARA COMENTÁRIOS (E) PARA COMPRA (H) CANCELADO
EMISSÃO (C) FINAL (F) CONFORME CONSTRUÍDO (I) PARA CONHECIMENTO
CONTRATADA Nº TRACTEBEL:
P-020.425-02-71-103-MC
Nº ARQUIVO ELETRÔNICO:
QB5-TRT-26-71-103-MC

ID PROJETO: FASE:
REJ0112 FASE IV - PRODUÇÃO DE 16,3 MTPA - MELHORIAS
TÍTULO DO DOCUMENTO:

UP 26 - SISTEMA DE REJEITOS E RECUPERAÇÃO DE FINOS (MINA-PORTO)


REJ0112 - PLANO DIRETOR DE GESTÃO DE ÁGUAS - PROJETO BÁSICO
PROCESSO
MEMÓRIA DE CÁLCULO DE BOMBAS - AMPLIAÇÃO DO LAGO PATER
ÁREA: Nº DOCUMENTO MRN: REV.
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Sumário
1 OBJETIVO ........................................................................................................................... 3
2 NORMAS ............................................................................................................................. 3
3 DESENHOS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ..................................................... 3
4 METODOLOGIA ................................................................................................................. 3
5 DADOS DE PROJETO ...................................................................................................... 4
6 HISTÓRICO ......................................................................................................................... 4
7 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO ..................................... 5
7.1 VERIFICAÇÃO DAS VELOCIDADES DAS LINHAS .................................................. 6
7.2 CÁLCULO DO NOVO DIAMETRO DA LINHA PRINCIPAL ...................................... 7
7.3 CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA.................................................................... 8
7.4 VERIFICAÇÃO DAS BOMBAS EXISTENTES ............................................................. 9
7.5 CÁLCULO DOS MOTORES ELÉTRICOS .................................................................... 12
8 FENOMENO DO TRANSIENTE E METODOLOGIA DE ANÁLISE .......................... 13
8.1 CELERIDADE DA ONDA ................................................................................................. 14
8.2 TEMPO CRÍTICO ............................................................................................................... 14
8.3 TEMPO DE PARADA DA BOMBA ................................................................................. 15
8.4 CASOS CONSIDERADOS ............................................................................................... 16
8.4.1 Dados gerais do conjunto motobomba selecionado .................................................................................. 17
8.5 ANÁLISE DOS CENÁRIOS ............................................................................................. 17
8.5.1 Bombas desligando normalmente ................................................................................................................ 17
8.5.2 Bombas ligando normalmente ....................................................................................................................... 21
8.5.3 Pico de energia com retorno após 10 segundos ........................................................................................ 24
8.6 DIMENSIONAMENTO DAS VENTOSAS ...................................................................... 28
8.7 REVALIDAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................................... 32
8.7.1 Bombas desligando normalmente com ventosas ......................................................................................... 32
8.7.1 Pico de energia com retorno após 10 segundos com ventosas ................................................................. 36
9 CÁLCULO DO PMTA DA LINHA .................................................................................... 39
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 41
11 ANEXOS .............................................................................................................................. 43
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1 OBJETIVO

Este documento tem como objetivo apresentar o dimensionamento do sistema de


bombeamento “ampliação do Pater” que parte do Lago Pater com destino ao TP-3, além da
análise de transiente hidráulico do sistema, de propriedade da MRN, localizada no município
de Oriximiná, Pará.

2 NORMAS

Normas Técnicas Nacionais:

• NBR 12215 - Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público.


• NBR 15950 – Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgotos
sob pressão.

Normas Técnicas Internacionais:

• ASME B31.4 – Pipeline Transpotation Systems for Liquids and Slurries.


• ASME B31.3 – Piping process.
• ANSI B 36.10 - Welded and Seamless Wrought pipe
• DIN 8074 – Polyethylene (PE) – Pipes PE 80, PE 100 – Dimensions.

3 DESENHOS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


Tabela 1 - desenhos e documentos de referência
DOCUMENTO TÍTULO
TFS-MRT-010-RL-003 RELATÓRIO DE DIAGNOSTICO
QC5-TRT-26-72-002-MD MEMÓRIA DESCRITIVO
QB5-TRT-26-72-004-MC MEMÓRIA DE CÁLCULO
QB5-TRT-26-72-101-DE ROTAS DE TUBULAÇÃO
QB5-TRT-26-72-102-DE ARRANJO MECÂNICO

4 METODOLOGIA

• Modelagem hidráulica do sistema, para o calculo da perda de carga.


• Dimensionamento, verificação das bombas existentes e seleção de novas bombas da
ampliação do Pater, caso se faça necessário.
• Modelagem do sistema para a análise de transiente hidráulico.
• Definir cenários que geram transiente hidráulico com base na NBR 12215.
• Verificar as pressões máximas e mínimas de acordo com o cenário analisado.
• Dimensionar equipamento de proteção contra sobrepressões caso se faça
necessário.
• Calcular o PMTA das linhas para o cenário de maior pressão, de acordo com as
equações da ASME VIII.
• Reavaliar o cenário mais crítico com os sistemas de proteção instalados.
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Os cálculos do sistema de bombeamento foram executados utilizando o software AFT


FATHOM, versão 11.0 (2020.03.19). O AFT Fathom é um software de simulação de
dinâmica dos fluidos, usado para calcular a perda de carga e a distribuição do fluxo em
sistemas de líquido e gás com baixas velocidades. A ferramenta de solução hidráulica do
AFT Fathom utiliza o método de interação matricial de Newton-Raphson somado a métodos
patenteados pela AFT para solucionar aplicações de fluxo em tubulações e dutos. O AFT
Fathom aplica a Equação de Darcy-Weisbach e de Número de Reynolds para os cálculos de
atrito nas tubulações.

Os cálculos do transiente hidráulico serão executados utilizando o software AFT IMPULSE,


versão 8. O AFT Impulse é um software de simulação de dinâmica dos fluidos, usado para
calcular comportamento dinâmico do golpe de aríete em sistemas de fluidos líquidos,
contendo água, petróleo, óleo, produtos químicos, e a facilidade de uso de uma interface
drag-and-drop, auxiliando no projeto e operação de sistemas com grande confiabilidade e
segurança, evitando efeitos catastróficos do golpe de aríete e outras situações indesejáveis
no sistema.

5 DADOS DE PROJETO

• Vazão total de projeto é de 4400 m³/h;


• As três bombas existentes são da WEIR BBA 250-315, locadas em flutuantes
(conforme TFS-MRT-010-RL-003);
• As bombas existentes são acopladas a motores de 150 cv e 4 polos - 1750 rpm
(conforme TFS-MRT-010-RL-003);
• Serão consideradas 4 bombas no total para o atendimento ao sistema;
• O rotor das bombas existentes é de 320 mm (conforme TFS-MRT-010-RL-003);
• O material do Header é inteiramente de Aço Carbono, ASTM A-53 Gr. B, conforme
Anexo IV do QD5-MRN-00-72-001-SP;
• Pressão nominal da tubulação do Header é de 10 kgf/cm², conforme Anexo IV do
QD5-MRN-00-72-001-SP;
• O diâmetro do Header é de 24” sch STD conforme Anexo IV do QD5-MRN-00-72-001-
SP;
• O material da tubulação principal é PRFV (conforme TFS-MRT-010-RL-003);
• O diâmetro externo da tubulação principal é 616 mm, sendo a espessura de 9,8 mm
(conforme TFS-MRT-010-RL-003);
• A pressão nominal da tubulação de PRFV é de 50 psi (3,5 bar);
• A tubulação de recalque das bombas até o header será de PEAD 450 mm e PN 20;
• Fator de serviço para os motores elétricos será de 25%;
• O fluido considerado será a água com todas as propriedades características a 30°C;
• Distância entre as bombas e o Header é de 35 metros;
• Pressão de sucção será considerada de 1 atm;

6 HISTÓRICO

O seguinte projeto faz parte do Plano Diretor de Gestão de águas do Rejeito do Platô
Sacaracá da MRN, em Porto Trombetas, Município de Oriximirá, no Estado do Pará.
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A figura 1 mostra o encaminhamento da tubulação principal de PRFV, cujo o diâmetro


nominal é de 24”, seguindo em direção ao TP-3. O fluído trata-se de água com bauxita de
forma coloidal, ou seja, o particulado tem granulometria tão baixa que as propriedades
físicas da água se mantém.

O sistema de bombeamento deverá ser capaz de bombear o fluído a uma vazão de 4400
m³/h, sendo composto de bombas em flutuantes, dessa forma não será necessário sistema
de escorva e nem bombas especiais com NPSHr muito baixo.

Figura 1 - encaminhamento da tubulação de recalque

7 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO

O tipo de flutuante que será utilizado são os flutuadores únicos em aço, que é otimizado
para instalar a bomba horizontal acoplada ao motor elétrico sem submergi-lo. As dimensões
dos flutuantes serão definidas a partir do peso embarcado, que por sua vez varia do tipo de
bomba e potência dos motores elétricos, bem como da quantidade de acessórios que as
bombas necessitam para o pleno funcionamento.

Abaixo segue, de forma ilustrativa, o esquemático do sistema com flutuadores únicos:


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Figura 2 - esquemático do flutuador único

Os seguintes dados foram considerados na elaboração do modelo hidráulico utilizando o


software AFT Fathom 11.0:
Tabela 2 - dados de entrada
Descrição - Resumo dos dados de entrada
Vazão total de projeto 4400 [m³/h]
Vazão total por bomba 1100 [m³/h]
Temperatura 30 [oC]
Comprimento total 1150 [m]
Rugosidade da tubulação 0,1 [mm]
Fluído bombeado Água bruta
Densidade do fluído 966 [kg/m³]
Viscosidade do fluído 0,8 [cP]
Fator de incrustação 0 [%]
Elevação da bomba 180 [m]
Elevação do ponto mais alto do perfil 202 [m]
Elevação do ponto mais baixo do perfil 180 [m]

7.1 VERIFICAÇÃO DAS VELOCIDADES DAS LINHAS

Para o cálculo das velocidades será utilizada a equação da continuidade:

4𝑄
𝑉=
𝜋𝐷 2

Onde:
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Q – Vazão na linha (m3/h)


D – Diâmetro interno do tubo (m)
V – Velocidade no interior do tubo (m/s)

• Tubulação principal de 24”

Como a maior vazão na linha será de 4400 m³/h a velocidade encontrada na linha existente
de PRFV de 24” é de:

Portanto, a velocidade na tubulação principal é de 4,37 m/s, valor acima da velocidade


máxima permitida pela NBR 12215 (3 m/s). Portanto, a tubulação existente não está
adequada

• Mangotes de recalque das bombas DN 20 (450 mm)

Como a maior vazão na linha será de 1100 m³/h a velocidade encontrada na linha de PEAD
de 450 mm é de:

Portanto, a velocidade na tubulação de PEAD de 450 mm é de 1,921 m/s, valor esse dentro
da velocidade máxima permitida pela NBR 12215.

7.2 CÁLCULO DO NOVO DIAMETRO DA LINHA PRINCIPAL

Como explanado no item anterior, a tubulação existente não suporta a vazão de projeto
pretendida de 4400 m³/h.. Dessa forma, faz-se necessário o dimensionamento de uma
nova tubulação.

Utilizando uma velocidade econômica de 2,3 m/s.. Tem-se:

Onde:

Q – Vazão na linha (m3/h)


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D – Diâmetro interno do tubo (m)


V – Velocidade no interior do tubo (m/s)

Portanto, serão duas tubulações novas de 24” sch STD em aço carbono A-53 Gr. B,
conforme QD5-MRN-00-72-001-SP.

7.3 CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA

Conforme as premissas e documentos de referência, o modelo da adutora tem uma


extensão total de 1150 m, aproximadamente, e são totalmente constituídas em de tubo de
Aço Carbono, ASTM A-53 Gr. B, dimensões conforme ANSI B 36.10.

Figura 3 - modelo do sistema

Considerando o bombeamento de água com bauxita de forma coloidal, utilizando as


propriedades físico-químicas descritas na tabela 2. Tem-se o seguinte resultado:

Figura 4 - resultados para o bombeamento de água

Para uma vazão de 1100 m³/h por bomba tem-se uma altura manométrica de 20,29 m e um
NPSHD de 9,89 m.
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7.4 VERIFICAÇÃO DAS BOMBAS EXISTENTES

De acordo com o documento TFS-MRT-010-RL-003 existem 3 bombas em flutuantes da


WEIR, modelo BBA 250-315. Neste item será realizada a verificação dessas bombas no
sistema adutor da ampliação do Pater para o TP-3.

Será considerado uma bomba nova de mesmo modelo para a complementação da


demanda.

Abaixo tem-se a curva das bombas existentes:

Figura 5 - curva das bombas Weir 250-315

• Bombeamento de água com a bomba WEIR, modelo HERO 250-315

Figura 6 - resultado hidráulico


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As três bombas existentes WEIR, modelo HERO 250-315 somadas a uma bomba nova de
mesmo modelo, em rotação de 1750 rpm, atende à demanda de vazão, sendo a vazão
máxima do sistema se operado dessa forma 5020 m³/h, ficando cerca de 14% acima da
vazão pretendida de 4400 m³/h.

Abaixo tem-se a linha piezométrica e o perfil de elevações da adutora da ampliação do Pater


com as três bombas existentes e uma nova de mesmo modelo:

Figura 7 - perfil piezométrico

Como observado a linha piezométrica corta o perfil de elevações na maior parte do


comprimento da tubulação, fazendo com que o conduto trabalhe em pressões abaixo da
atmosférica.

Essa condição não é recomendada pela NBR 12215 e pelas boas práticas de engenharia, já
que a tubulação não tem uma grande resistência mecânica devido ao seu diâmetro, e
trabalhar com pressões abaixo da atmosférica, seria um risco a segurança estrutural dos
tubos (risco de esmagamento).

Como alternativa a esse fato, devem ser instaladas placas de orifício a jusante de linha.

• Cálculo da placa de orifício


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Onde:

Qm – Vazão mássica (608,6 kg/s)


A – Área do orifício (mm²)
h – Diferencial de pressão (1,4 kgf/cm²)
β1 – Relação entre o diâmetro do tubo e o diâmetro do orifício (0,43)
ρ – Densidade (996 kg/m³)
ε – Fator de expansão (1)
C – Coeficiente de descarga (0,735)

Portanto, tem-se que o diâmetro do orifício deverá ser de 260 mm para que a perda de carga
seja ajustada e a linha piezométrica se eleve.

Ajustando a linha piezométrica, já considerando a perda de carga imposta pela placa de


ofício, observa-se:

Figura 8 - perfil piezométrico da adutora com placa de orifício

Como já mencionado a perda de carga foi ajustada para manter a vazão total de 3300 m³/h,
atualizando os resultados tem-se:
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Figura 9 - resultados

A bomba de referência Weir 250-315, em rotação de 1750 rpm, dotada de um rotor de 324
mm e ângulo de 10º, atende à demanda de vazão e pressão com eficiência de 82,36%,
NPSH requerido de 7,023 m e potência consumida 117,4 kW. A nova altura manométrica
observada é de 32,5 mca.

Figura 10 – ponto de operação ajustado

7.5 CÁLCULO DOS MOTORES ELÉTRICOS

Para o cálculo da potência dos motores elétricos será calculada a potência consumida
através da formula abaixo:
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Onde:

Q – Vazão da bomba (m3/h)


H – Altura manométrica (mca)
Y – Peso especifico do fluído (kg/m³)
n – Eficiência (%)

A potência consumida considerando um fator de serviço de 25% é de 193 cv, portanto


adota-se o motor comercial mais próximo que é de 200 cv e 4 polos, com rotação nominal de
1800 rpm.

8 FENOMENO DO TRANSIENTE E METODOLOGIA DE ANÁLISE

Por golpe de aríete se denominam as variações de pressão decorrentes de variações da


vazão, causadas por alguma perturbação, voluntária ou involuntária, que se imponha ao
fluxo de líquidos em condutos, tais como:

• Operações de abertura ou fechamento de válvulas;


• Falhas mecânicas de dispositivos de proteção e controle;
• Parada de bombas causadas por queda de energia no motor, etc.

Quando um sistema está em regime permanente, ele muda essa condição quando ocorre
uma mudança na velocidade do sistema. Isso pode ser gerado pelo fechamento de uma
válvula, mudança na vazão, abertura de uma válvula, parada e religamento de bombas.

Normalmente, as condições mais críticas para o transiente ocorrem quando as bombas são
desligadas ou uma válvula é fechada subitamente. Neste caso, o fechamento da válvula na
descarga é a condição mais crítica, ocorre uma súbita mudança na vazão e na pressão do
fluido, criando distorções suficientes que podem gerar sub e sobre pressões ao longo da
tubulação.

Caso típico: condutos de recalque providos de válvulas de retenção logo após a bomba, e
sem dispositivos de proteção. Neste caso a situação de ocorrência do golpe de forma mais
desfavorável e com mais frequência, é aquela decorrente da interrupção brusca da energia
elétrica fornecida ao motor da bomba que alimenta o conduto. É nesta situação que se
verificam valores extremos para o golpe de aríete.
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Sub e sobrepressões dependem em grande parte do perfil da tubulação, portanto, o perfil é


uma informação crítica em ambas análises para o regime permanente e transiente. Quando
um ponto alto existe entre a estação de bombeamento e o fim da linha, e se as bombas
estiverem localizadas fisicamente abaixo desses pontos altos, pode ocorrer a separação da
coluna e consequente geração de vapor nesses pontos.

Para ocorrer separação da coluna, a pressão no interior da linha deve ficar abaixo da
pressão atmosférica, e para gerar vapor a pressão deve atingir o limite de pressão de vapor
do fluido, o que se baseia na altitude da tubulação relativa ao nível do mar. Quanto mais alta
estiver instalada a tubulação, mais baixo é esse limite.

Nos pontos onde existe o risco de se ter a pressão do fluido abaixo da pressão atmosférica,
é recomendada a instalação de válvulas quebra-vácuo, de maneira a permitir que o ar entre
na linha e equalize a pressão com o ambiente. Dessa maneira, a tubulação está protegida
dos efeitos da pressão negativa, que podem resultar em colapso (elástico ou plástico) e/ou
danos ou deslocamento do revestimento interno.

8.1 CELERIDADE DA ONDA

A celeridade de onda será calculada em função da maior demanda de vazão e pressão.

Refere-se à velocidade com que a onda de pressão se desloca em uma tubulação. A


velocidade de propagação da onda pode ser calculada através da fórmula de Allievi, em que:

Onde:

c: celeridade da onda de pressão (m/s);


D: diâmetro da tubulação (m);
e: espessura da tubulação (m);
K: coeficiente que leva em consideração o módulo de elasticidade do material.

8.2 TEMPO CRÍTICO

O tempo critico será calculado em função da maior velocidade de onda encontrada.

O tempo crítico se define como o tempo que a onda de pressão leva para ir desde a bomba
até a área de descarga e logo voltar até a bomba. Este tempo deve ser considerado na hora
de programar ou saber quando estabelecer os fechamentos das válvulas correspondentes
para proteger o sistema.

O tempo crítico é calculado como:


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Onde L é o comprimento da tubulação e v é a velocidade de propagação da onda de


pressão na tubulação.

Quando o sistema para em 0 segundos, o maior valor de sobre pressão é desenvolvido ao


longo de toda a linha, caso o sistema pare entre 0 segundos e o tempo crítico, a sobre
pressão ainda apresenta seu maior valor já que a onda gerada pelo transiente, volta com
toda força e bate na válvula fechada, com o passar do tempo a pressão da onda vai se
dissipando e quando o sistema para após o tempo crítico, o menor valor de sobre pressão
será visualizado.

Para este encaminhamento o tempo critico calculado de acordo com as equações de Allievi,
é de 2,11 s., portanto todas as manobras de válvula realizadas abaixo desse tempo são
consideradas manobras rápidas e devem ser evitadas.

8.3 TEMPO DE PARADA DA BOMBA

O tempo de parada das bombas “t” quando cai a energia elétrica conforme Mendiluce pode
ser calculada pela Equação:

Onde:

t: tempo de parada das bombas


C: parâmetro tabelado que depende da inclinação do terreno
K: parâmetro tabelado que contém o efeito da inércia do conjunto motor-bomba.
L: comprimento da tubulação (m)
n: número de bombas em paralelo
Uo: velocidade média na tubulação (m/s)
g: aceleração da gravidade =9,81m/s2
Ho: altura manométrica total (mca)

O tempo de fechamento ou abertura de uma válvula é fácil de se controlar, mas o tempo de


parada das bombas independe do operador e sim somente do momento de inércia do rotor
da bomba e do rotor do motor.
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Figura 11 - Valores do coeficiente (Adaptado de Almeida 1990)

L = 1130 m
Hm = 32,5 m
Hm/L = 32,5/1130 = 0,02876 ➔ C = 1

Figura 12 - Valores do coeficiente K (Adaptado de Almeida 1990)

Como L = 1130 < 1500 ➔ K = 1,5


V = 2,185 m/s
t = 1+(1,5x1130x2,185x4) /(9,81x32,5)➔ t = 33,97 s

Portanto, o tempo de parada das bombas principais é de 33,97 segundos. Valor que será
utilizado no cenário de desligamento por queda de energia.

8.4 CASOS CONSIDERADOS

Tabela 3 - casos simulados


Casos Descrição da operação Causa/Evento
Bombas saindo regime de operação em
1 Bombas desligando normalmente
condições normais
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Bombas entrando em regime de operação


2 Bombas partindo normalmente
em condições normais.
Picos de energia ou problemas mecânicos,
Bombas desligando e retornando
3 fazendo com que a bomba em regime
após 10 segundos
desligue e retorne após 10 segundos

8.4.1 Dados gerais do conjunto motobomba selecionado

Tabela 4 - dados gerais das bombas e motores


Bomba Weir Hero 250-315 ou similar
Motor WEG IR3 premium 200 cv ou similar Unid. Dados
Vazão máxima por bomba m³/h 1100
AMT máxima m 32,5
Potência do motor cv 200
Rotação da bomba rpm 1750
Frequência Hz 60
Tensão Nominal V 440

8.5 ANÁLISE DOS CENÁRIOS

Como explanado anteriormente a linha tem 24”, sendo constituída de Aço Carbono ASTM A-
53 Gr. B e transporta água com bauxita de forma coloidal.

Como forma de analisar os efeitos do transitório hidráulico nessas duas linhas, considera-se
três cenários (conforme tabela 3, do item 8.4).

O objetivo deste item será analisar as sub e sobrepressões do sistema nos cenários
selecionados, compara-las com as pressões máximas admitidas na classe de pressão #150
(conforme ASME) e dimensionar sistemas de proteção caso de faça necessário e assim
reavaliar os resultados com os sistemas de proteção para o cenário mais crítico. Essas
pressões também serão comparadas com a pressão nominal de trabalhado informada na
especificação QD5-MRN-00-72-001-SP, que é de 10 kgf/cm².

8.5.1 Bombas desligando normalmente

A sequência é descrita de seguinte forma:

• No instante zero da análise a bomba está operando a 100% de sua capacidade.


• Logo na sequência a bomba desliga em condições normais.
• A bomba leva alguns segundos para parar, por inércia
• Em 60 segundos o tempo de observação se encerra.
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Na figura 13, abaixo, percebe-se que no instante de 1 segundo do transiente, a bomba


desliga e continua em rotação devido a inércia por um certo período de tempo. No instante
de 60 segundos o tempo de observação se encerra

Figura 13 - rotação da bomba e potência consumida x Tempo

As bombas contam com uma rotação de 1750 rpm e são acopladas com um motor de 4
polos de 200 cv. O momento de inércia do rotor da bomba é de 2,3 kg.m²

Figura 14 - gráfico de cores do evento

Observa-se através do gráfico de cores que a pressão máxima encontrada durante o


fenômeno de transiente hidráulico, atingiu uma magnitude de 13,72 bar nos trechos mais
próximos a descarga das bombas.
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Figura 15 - envoltórias de pressão

Como pode-se observar no gráfico de envoltória de pressões a pressão mínima durante o


desligamento da bomba atingiu 0 bar, valor esse abaixo da pressão de vaporização da água
que é de 0,004 bar. Portanto, existe a formação de vapor nas linhas.

O pico de pressão observado, se deu pela pressão mínima atingir a pressão de vaporização
da água, tornando o fluido bifásico.

Esses bolsões de gases funcionam como molas, fornecendo energia elástica ao liquido
incompressível que acaba se chocando com as paredes do conduto com bastante energia,
fazendo com que as pressões cheguem a nível elevados.

Como a pressão nominal da tubulação é de 10 kgf/cm², tem-se que a máxima pressão


observada é cerca de 30% maior que a pressão nominal. Para contornar esse fato indica-se
a instalação de ventosas de triplo efeito ao longo do conduto e na descarga das bombas.

Abaixo, tem-se o comportamento da vazão durante o cenário:


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Figura 16 - vazão volumétrica ao longo do tempo

A vazão cai à medida que as bombas desligam, porém próximo aos 5 segundos, a vazão
apresenta um comportamento oscilatório, sendo este fenômeno causado pela geração de
vapor no conduto.

Em ambos os tubos de 24”, em paralelo, o comportamento se apresenta da mesma forma.

Abaixo tem-se os resultados do software AFT Impulse, para o caso simulado (bombas
desligando normalmente), evidenciando as pressões mínimas e máximas, os tempos em
que ocorrem tais pressões e a vazão máxima.
Tabela 5 - output do AFT Impulse
Pressão Tempo de Tempo de
Pressão Min. Vazão máxima
Tubulação Máx. pressão pressão
(bar) (m3/h)
(bar) máxima (s) mínima (s)
1 3,319 4,455 0,0428 2,931 2.202
24 2,286 4,507 0,0428 1,204 2.202
25 2,499 4,711 0,0428 5,555 2.202
26 2,552 4,78 0,0428 0,6321 2.202
27 11,685 24,5 0,0428 0,6018 2.202
28 11,668 24,37 0,0428 0,5629 2.202
29 12,722 24,67 0,0428 14,33 2.202
30 13,724 24,78 0,0428 15,54 2.202
31 4,307 16,17 -2,281 16,18 1.101
32 4,307 16,17 -2,281 16,18 1.101
33 4,307 16,17 -2,281 16,18 1.101
34 4,307 16,17 -2,281 16,18 1.101
35 13,409 14,82 -0,266 23,9 1.101
36 13,409 14,82 -0,266 23,9 1.101
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37 13,409 14,82 -0,266 23,9 1.101


38 13,409 14,82 -0,266 23,9 1.101
39 3,319 4,455 0,0428 2,931 2.202
40 2,286 4,507 0,0428 1,204 2.202
41 2,499 4,711 0,0428 5,555 2.202
42 2,552 4,78 0,0428 0,6321 2.202
43 11,685 24,5 0,0428 0,6018 2.202
44 11,668 24,37 0,0428 0,5629 2.202
45 12,722 24,67 0,0428 14,33 2.202
46 13,724 24,78 0,0428 15,54 2.202
48 2,56 4,464 0,0428 4,265 2.202
49 2,56 4,464 0,0428 4,265 2.202

Abaixo tem-se o gráfico do perfil piezométrico, contendo a linha piezométrica máxima e


mínima durante o evento e o perfil de elevação:

Figura 17 - perfil piezométrico

8.5.2 Bombas ligando normalmente

A sequência é descrita de seguinte forma:

• No instante zero da análise a bomba está fora de operação.


• Logo na sequência, após 5 segundos, a bomba liga em condições normais.
• A bomba leva alguns instantes para chegar a 100% de sua capacidade de operação.
• Em 60 segundos o tempo de observação se encerra.
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Figura 18 - rotação e potência consumida x tempo

Na figura 16, acima, percebe-se que no instante de 0 a 5 segundos do transiente, a bomba


permanece desligada. Logo na sequência a mesma entra em operação, chegando a 100%
de sua capacidade. Observa-se também a potência consumida durante o evento.

Figura 19 - gráfico de cores para o cenário

Observa-se através do gráfico de cores que a pressão máxima encontrada durante o


fenômeno de transiente hidráulico, atingiu uma magnitude de 5,19 bar no trecho mais
próximo a descarga da bomba.
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Figura 20- envoltória de pressões

Neste cenário não se observou formação de vapor nas linhas, já que a pressão mínima é
observada enquanto o sistema está fora de operação (portanto a pressão dentro do conduto
é considerada a atmosférica).

Abaixo tem-se os resultados do software AFT Impulse, para o caso simulado (bombas
ligando normalmente), evidenciando as pressões mínimas e máximas, os tempos em que
ocorrem tais pressões e a vazão máxima.
Tabela 6 - output do AFT Impulse
Pressão Tempo de Tempo de
Pressão Min. Vazão máxima
Tubulação Máx. pressão pressão
(bar) (m3/h)
(bar) máxima (s) mínima (s)
1 2,136 17,57 0,0669 6,646 1.860,80
24 1,53 6,451 0,0428 6,633 1.860,10
25 2,553 6,555 0,1033 6,624 1.859,50
26 2,871 6,603 0,2751 4,957 1.857,00
27 3,111 6,378 0,2751 4,957 1.857,60
28 3,225 6,274 0,6769 4,862 1.858,60
29 3,723 6,217 0,7863 4,893 1.859,10
30 4,114 5,923 1,2812 4,901 1.860,40
31 2,799 5,572 2,181 5,581 470,1
32 2,682 5,832 2,1692 5,386 1.581,70
33 2,682 5,832 2,1692 5,386 1.581,70
34 2,799 5,572 2,181 5,581 470,1
39 2,136 17,57 0,0669 6,646 1.860,80
40 1,53 6,451 0,0428 6,633 1.860,10
41 2,553 6,555 0,1033 6,624 1.859,50
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42 2,871 6,603 0,2751 4,957 1.857,00


43 3,111 6,378 0,2751 4,957 1.857,60
44 3,225 6,274 0,6769 4,862 1.858,60
45 3,723 6,217 0,7863 4,893 1.859,10
46 4,114 5,923 1,2812 4,901 1.860,40
48 1,325 6,785 0,802 8,733 1.860,30
49 1,325 6,785 0,802 8,733 1.860,30
50 5,177 6,036 1,6792 4,858 470,1
51 5,059 5,447 1,6792 4,858 1.585,30
52 5,177 6,036 1,6792 4,858 470,1
53 5,059 5,447 1,6792 4,858 1.585,30

Abaixo tem-se o gráfico do perfil piezométrico, contendo a linha piezométrica máxima e


mínima durante o evento e o perfil de elevação:

Figura 21 - perfil piezométrico

8.5.3 Pico de energia com retorno após 10 segundos

A sequência é descrita da seguinte forma:

• As bombas desligam no início do tempo de observação.


• As bombas continuam em rotação, por inércia.
• As bombas ligam novamente após 10 segundos

No instante de 0 segundos, as bombas, param seu funcionamento por queda de energia,


porém o conjunto girante continua em rotação por inércia, no tempo igual a 10 segundos as
bombas apresentam apenas 12,76% de sua capacidade de rotação.
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Figura 22 - rotação e potência consumida x tempo

Passam-se 10 segundos e a bomba retorna ao regime de operação, entregando 100% de


sua capacidade.

Observa-se através do gráfico de cores que a pressão máxima encontrada durante o


fenômeno de transiente hidráulico, atingiu uma magnitude de 19,78 bar no trecho em
vermelho.

Figura 23 - gráfico de cores do evento

O pico de pressão observado, se deu pela pressão mínima atingir a pressão de vaporização
da água, tornando o fluido bifásico. Assim como no cenário de desligamento das bombas.
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Como já tratado, esses bolsões de gases funcionam como molas, fornecendo energia
elástica ao liquido incompressível que acaba se chocando com as paredes do conduto com
bastante energia, fazendo com que as pressões cheguem a nível elevados.

Como a pressão nominal da tubulação é de 10 kgf/cm², tem-se que a máxima pressão


observada é cerca de 40% maior que a pressão nominal. Para contornar esse fato indica-se
a instalação de ventosas de triplo efeito ao longo do conduto. Abaixo tem-se as envoltórias
de pressão:

Figura 24 - envoltória de pressões do evento

Como pode-se observar no gráfico de envoltória de pressões a pressão mínima durante o


evento atingiu 0 bar, valor esse abaixo da pressão de vaporização da água que é de 0,004
bar.

Abaixo tem-se os resultados do software AFT Impulse, para o caso simulado (pico de
energia com retorno), evidenciando as pressões mínimas e máximas, os tempos em que
ocorrem tais pressões e a vazão máxima.
Tabela 7 - output do AFT Impulse
Pressão Tempo de Tempo de
Pressão Min. Vazão máxima
Tubulação Máx. pressão pressão
(bar) (m3/h)
(bar) máxima (s) mínima (s)
1 14,47 19,14 0,0428 2,931 3.658
24 14,24 19,22 0,0428 1,204 3.475
25 14,13 19,02 0,0428 19,46 3.290
26 14,64 19,45 0,0428 0,6321 3.251
27 19,12 12,05 0,0428 0,6018 3.578
28 19,47 12,02 0,0428 0,5629 3.606
29 19,63 11,95 0,0428 11,98 3.628
30 19,85 11,88 0,0428 12,53 3.570
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31 12,1 11,98 -3,7885 15,21 1.717


32 12,1 11,98 -3,7885 15,21 1.717
33 12,1 11,98 -3,7885 15,21 1.717
34 12,1 11,98 -3,7885 15,21 1.717
39 14,47 19,14 0,0428 2,931 3.658
40 14,24 19,22 0,0428 1,204 3.475
41 14,13 19,02 0,0428 19,46 3.290
42 14,64 19,45 0,0428 0,6321 3.251
43 19,12 12,05 0,0428 0,6018 3.578
44 19,47 12,02 0,0428 0,5629 3.606
45 19,63 11,95 0,0428 11,98 3.628
46 19,85 11,88 0,0428 12,53 3.570
48 10,74 19,11 0,0428 4,265 3.278
49 10,74 19,11 0,0428 4,265 3.278
54 17,65 12,09 -0,3948 15,21 1.995
55 17,65 12,09 -0,3948 15,21 1.995
56 17,65 12,09 -0,3948 15,21 1.995
57 17,65 12,09 -0,3948 15,21 1.995

A vazão apresentou um comportamento bastante oscilatório, como pode-se ver nas


máximas atingidas na tabela acima. Isso se deu principalmente pela quantidade de vapor
gerado. Abaixo tem-se o gráfico da vazão e formação de vapor ao longo do tempo:

Figura 25 - volume de vapor (m³) gerado e vazão (m³/h) ao longo do tempo

Abaixo tem-se o gráfico do perfil piezométrico:


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Figura 26 - perfil piezométrico do evento

8.6 DIMENSIONAMENTO DAS VENTOSAS

Nas figuras a seguir, observa-se os gráficos de seleção das ventosas, onde tem-se como
parâmetro para sua seleção a pressão da tubulação e o diâmetro do orifício da ventosa,
assim sendo, é possível encontrar a vazão de ar que determinado modelo é capaz de
escoar.

Cada linha de 24”, se totalmente preenchido por ar, conta com uma massa total de gás de
374,81 kg a temperatura de 30°C, o que resulta em aproximadamente 74,96 kg de massa de
ar para cada ventosa considerando 5 ventosas no total, sendo 2 no recalque de cada bomba
(considerando duas bombas por linhas de 24”) e 3 ao longo da linha.

Tomando como referência a densidade do ar a 30°C (ρ =1,201 kg/m³), tem-se que 56,41 m³
de ar é escoado ao longo de 60 segundos, portanto:

Onde,

V - É o volume de ar – 62,41 m³
Δt - Período de tempo em que ocorre a formação de ar – 60 segundos
Q - Vazão necessária de ar.
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Figura 27 - ventosas na condição de expulsão de ar

Considerando que a pressão interna na tubulação na situação de enchimento é igual a


pressão atmosférica e selecionando ventosas com diâmetro de 4’’ (adota-se um diâmetro da
ventosa de 1/8 o diâmetro do conduto), tem-se então a capacidade de escoamento das
ventosas é por volta de 3600 Nm³/h ou 4200 m³/h para as condições de temperatura e
pressão referentes a região, vazão essa que atende o sistema.

Expulsão de ar => 4200 m³/h > 3745 m³/h – Ok, atende.

Para a admissão de ar em situações de esvaziamento da adutora, considera-se a mesma


vazão.

Já para a situação de admissão e expulsão em decorrência dos transientes hidráulicos, tem-


se o seguinte gráfico gerado a partir da simulação.
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Figura 28 - volume de ar admitido pela ventosa ao longo do tempo

As ventosas deverão ser capazes de trabalhar tanto em situações de enchimento e


esvaziamento quanto em situações de transientes, por isso serão instaladas ventosas de
triplo efeito.

A partir do momento em que a pressão interna do conduto atinge valores abaixo de 0,004
bar, existe a formação de vapor, necessitando que estas válvulas operem de modo a retirar
esse gás. Da mesma forma, elas devem operar admitindo o ar em caso de situações de
formação de vácuo.

Durante as analises, notou-se que o máximo volume de vapor é de 2,8 m³. Dessa forma
tem-se:

Onde,

V - É o volume de ar – 2,8 m³
Δt - Período de tempo em que ocorre a formação de ar – 18 s
Q - Vazão necessária de ar.
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Figura 29 – ventosa na condição de admissão de ar

Para a operação nos transientes hidráulicos a vazão nas ventosas de 4” é por volta de 3300
Nm³/h ou 3900 m³/h para as condições de temperatura e pressão referentes a região, vazão
essa que atende o sistema.

Admissão/Expulsão de ar=> 3900 m³/h > 560 m³/h – Ok, atende.

Abaixo, tem-se os locais de instalação das ventosas ao longo da linha:

Figura 30 - localização das ventosas


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8.7 REVALIDAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste item serão reavaliadas as simulações onde houveram a formação de vapor, já


considerando a instalação das ventosas, nas posições indicadas na figura 32.

Os cenários em que houveram a formação de vapor são:

• Bombas desligando normalmente


• Pico de energia com retorno após 10 segundos

8.7.1 Bombas desligando normalmente com ventosas

A sequência é descrita de seguinte forma:

• No instante zero da análise a bomba está operando a 100% de sua capacidade.


• Logo na sequência a bomba desliga em condições normais.
• A bomba leva alguns segundos para parar, por inércia
• Em 60 segundos o tempo de observação se encerra.

Na figura 33, abaixo, percebe-se que no instante de 1 segundo do transiente, a bomba


desliga e continua em rotação devido a inércia por um certo período de tempo. No instante
de 60 segundos o tempo de observação se encerra

Figura 31 - rotação da bomba e potência consumida x Tempo

As bombas contam com uma rotação de 1750 rpm e são acopladas com um motor de 4
polos de 200 cv. O momento de inércia do rotor da bomba é de 2,3 kg.m²
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Figura 32 - gráfico de cores do evento

Observa-se através do gráfico de cores que a pressão máxima encontrada durante o


fenômeno de transiente hidráulico, atingiu uma magnitude de 4,15 bar no trecho mais
próximo a descarga da bomba.

Figura 33 - envoltórias de pressão

Como pode-se observar no gráfico de envoltória de pressões a pressão mínima durante o


desligamento da bomba atingiu 0,4 bar, valor esse acima da pressão de vaporização da
água que é de 0,004 bar. Portanto, não existe a formação de vapor nas linhas.
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Como a pressão nominal da tubulação é de 10 kgf/cm², tem-se que a máxima pressão


observada é cerca de 60% menor que a pressão nominal, já considerando as ventosas
instaladas no conduto.

Abaixo, tem-se o comportamento da vazão durante o cenário:

Figura 34 - vazão volumétrica ao longo do tempo

A vazão cai à medida que as bombas desligam, porém próximo aos 4 segundos, a vazão
apresenta um comportamento oscilatório, fato esse que não se traduz em valores de
sobrepressão relevantes.

Abaixo tem-se os resultados do software AFT Impulse, para o caso simulado (bombas
desligando normalmente), evidenciando as pressões mínimas e máximas, os tempos em
que ocorrem tais pressões e a vazão máxima.
Tabela 8- output do AFT Impulse
Pressão Tempo de Tempo de
Pressão Min. Vazão máxima
Tubulação Máx. pressão pressão
(bar) (m3/h)
(bar) máxima (s) mínima (s)
1 2,437 1,043 0,9419 59,99 2.206
24 1,394 0,6841 0,8636 60 2.206
25 1,818 0,5022 0,6219 1,1 2.206
26 1,818 0,5022 0,7151 14,13 2.206
27 2,205 0 0,4406 10,88 2.206
28 2,363 0,1126 0,7125 3,646 2.206
29 2,885 0,0563 0,5229 0,4113 2.206
30 3,563 34,44 0,321 0,4806 2.206
31 1,177 0,0433 0,961 0,5715 1.103
32 1,177 0,0433 0,961 0,5715 1.103
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33 1,177 0,0433 0,961 0,5715 1.103


34 1,177 0,0433 0,961 0,5715 1.103
35 4,377 49,12 0,321 0,4806 1.103
39 2,437 1,043 0,9419 59,99 2.206
40 1,394 0,6841 0,8636 60 2.206
41 1,818 0,5022 0,6219 1,1 2.206
42 1,818 0,5022 0,7151 14,13 2.206
43 2,205 0 0,4406 10,88 2.206
44 2,363 0,1126 0,7125 3,646 2.206
45 2,885 0,0563 0,5229 0,4113 2.206
46 3,563 34,44 0,321 0,4806 2.206
48 1,038 2,498 0,9102 1,186 2.206
49 1,038 2,498 0,9102 1,186 2.206
58 4,441 49,15 0,934 0,5629 1.103
59 4,377 49,12 0,321 0,4806 1.103
60 4,441 49,15 0,934 0,5629 1.103
61 4,377 49,12 0,321 0,4806 1.103
62 4,441 49,15 0,934 0,5629 1.103
63 4,377 49,12 0,321 0,4806 1.103
64 4,441 49,15 0,934 0,5629 1.103

Abaixo tem-se o gráfico do perfil piezométrico, contendo a linha piezométrica máxima e


mínima durante o evento e o perfil de elevação:

Figura 35 - perfil piezométrico


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8.7.1 Pico de energia com retorno após 10 segundos com ventosas

A sequência é descrita da seguinte forma:

• As bombas desligam no início do tempo de observação.


• As bombas continuam em rotação, por inércia.
• As bombas ligam novamente após 10 segundos

No instante de 0 segundos, as bombas, param seu funcionamento por queda de energia,


porém o conjunto girante continua em rotação por inércia, no tempo igual a 10 segundos as
bombas apresentam apenas 6,4% de sua capacidade de rotação.

Figura 36 - rotação e potência consumida x tempo

Passam-se 10 segundos e a bomba retorna ao regime de operação, entregando 100% de


sua capacidade.

Observa-se através do gráfico de cores que a pressão máxima encontrada durante o


fenômeno de transiente hidráulico, atingiu uma magnitude de 6,8 bar no trecho mais próximo
a descarga das bombas.
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Figura 37 - gráfico de cores do evento

Como a pressão nominal da tubulação é de 10 kgf/cm², tem-se que a máxima pressão


observada é cerca de 40% menor que a pressão nominal. Já considerando a instalação das
ventosas nas posições indicadas.

O sistema não apresentou formação de vapor com a presença de ventosas.

Figura 38 - envoltória de pressões do evento

Como pode-se observar no gráfico de envoltória de pressões a pressão mínima durante o


evento atingiu 0,3 bar, valor esse acima da pressão de vaporização da água que é de 0,004
bar.
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Abaixo tem-se os resultados do software AFT Impulse, para o caso simulado (pico de
energia com retorno), evidenciando as pressões mínimas e máximas, os tempos em que
ocorrem tais pressões e a vazão máxima.
Tabela 9 - output do AFT Impulse
Pressão Tempo de Tempo de
Pressão Min. Vazão máxima
Tubulação Máx. pressão pressão
(bar) (m3/h)
(bar) máxima (s) mínima (s)
1 2,449 38,91 1,0228 2,433 2.213
24 1,405 38,54 0,9606 16,39 2.213
25 1,891 38,45 0,6219 1,1 2.351
26 2,328 25,25 0,7286 11,66 2.351
27 3,45 13,41 0,4423 10,48 2.844
28 5,256 13,51 0,7125 3,646 2.844
29 5,271 13,49 0,5229 0,4113 2.549
30 6,138 10,51 0,3201 0,4806 2.550
31 1,274 10,53 0,6863 10,85 1.275
32 1,274 10,53 0,6863 10,85 1.275
33 1,274 10,53 0,6863 10,85 1.275
34 1,274 10,53 0,6863 10,85 1.275
39 2,449 38,91 1,0228 2,433 2.213
40 1,405 38,54 0,9606 16,39 2.213
41 1,891 38,45 0,6219 1,1 2.351
42 2,328 25,25 0,7286 11,66 2.351
43 3,45 13,41 0,4423 10,48 2.844
44 5,256 13,51 0,7125 3,646 2.844
45 5,271 13,49 0,5229 0,4113 2.549
46 6,138 10,51 0,3201 0,4806 2.550
48 1,038 2,498 0,9102 1,186 2.213
49 1,038 2,498 0,9102 1,186 2.213
65 6,818 10,52 0,3201 0,4806 1.275
66 6,818 10,52 0,9335 0,5629 1.275
67 6,818 10,52 0,3201 0,4806 1.275
68 6,818 10,52 0,9335 0,5629 1.275
69 6,818 10,52 0,3201 0,4806 1.275
70 6,818 10,52 0,9335 0,5629 1.275
71 6,818 10,52 0,3201 0,4806 1.275
72 6,818 10,52 0,9335 0,5629 1.275

A vazão apresentou um comportamento bastante oscilatório, como pode-se ver nas


máximas atingidas na tabela acima. Isso se deu principalmente por como as bombas se
comportam no cenário e a oscilação da pressão de recalque. Abaixo tem-se o gráfico da
vazão ao longo do tempo:
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Figura 39 - vazão ao longo do tempo

Abaixo tem-se o gráfico do perfil piezométrico, contendo a linha piezométrica máxima e


mínima durante o evento e o perfil de elevação:

Figura 40 - perfil piezométrico do evento

9 CÁLCULO DO PMTA DA LINHA

Para verificação da pressão máxima admitida foram utilizadas as equações da ASME VIII.
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0,6Se t
PMTA = , onde:
R

S – Tensão admissível. Para aço carbono A53 B é 240 MPa.


R – Raio externo da tubulação. Para tubo de 24” é 593 mm
et – Espessura da tubulação. Para o tubo de 24” sch STD é 8,5 mm

PMTA = 0,6x240x8,5/610 = 2,007 MPa = 20,07 bar

Para a folga entre a pressão de transiente e a PMTA utiliza-se a máxima pressão


encontrada nos casos simulados com ventosas, sendo esta 6,8 bar.

Portanto, a folga é de:

20,07/6,8 = 2,95 = 295%


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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente documento contemplou o dimensionamento hidráulico e a análise de transitório


hidráulico, cujo os cenários foram baseados na NBR 12215 e teve com o intuito, avaliar o
comportamento das pressões, vazões da operação do bombeamento da ampliação do
Pater.

O sistema é composto por quatro bombas (três existentes e uma nova) em balsas flutuantes,
cada uma sendo responsável por uma vazão unitária de projeto de 1100 m³/h, ou seja, a
vazão total do sistema é de 4400 m³/h.

As bombas são modelo 250-315 da Weir, devendo possuir um rotor de 324 mm com 10°,
sendo acopladas com um motor de 200 cv. Portanto, as bombas existentes com motor de
150 cv deverão ser repotenciadas.

A linha existente em PRFV de 24” não suporta a demanda de vazão e pressão, portanto
deverá ser substituída por duas tubulações de 24” em aço carbono A53 GB sch STD (sch
20), conforme QD5-MRN-00-72-001-SP.

Para ajustar a linha piezométrica e garantir que a tubulação trabalhe em todas as regiões
com pressões acima da pressão atmosférica, será necessário a instalação de uma placa de
orifício de 260 mm a jusante da linha, já nas proximidades do TP-3.

Abaixo tem-se a tabela resumo com as pressões máximas nos cenários simulados
desconsiderando as ventosas na linha:
Tabela 10 - resultados das análises sem ventosa
Cenário Pressão máxima [bar]

Bomba partindo normalmente 5,18

Bomba desliando normalmente 13,72


Pico de energia com retorno após 10
19,8
segundos

Observa-se que o cenário crítico é justamente em operação é interrompida devido à queda


do fornecimento de energia do sistema. Também reforça a necessidade da instalação das
ventosas nos pontos indicados, visto que os valores de sobrepressão encontrados foram em
decorrência da formação de vapor na linha.

O único cenário que não houve a formação de vapor na linha é o cenário da bomba ligando
normalmente.

Abaixo tem-se a tabela resumo com as pressões máximas nos cenários simulados
considerando as ventosas na linha:
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PROCESSO
MEMÓRIA DE CÁLCULO DE BOMBAS - AMPLIAÇÃO DO LAGO PATER P-020.425-02-71-103-MC 0

Tabela 11 - resultados das análises com ventosa


Cenário Pressão máxima [bar]

Bomba partindo normalmente 5,18

Bomba desliando normalmente 4,15


Pico de energia com retorno após 10
6,80
segundos

Novamente o cenário critico é o cenário onde ocorre a interrupção do fornecimento de


energia elétrica. Porém, considerando a operação das ventosas, o valor da sobrepressão
atingiu uma magnitude significativamente menor, já que elas se encarregarão de eliminar
essa formação de vapor no conduto durantes os transitórios.

Garantindo o pleno funcionamento das válvulas ventosas, a operação estará segura, visto
que em todos os casos a pressão ficou abaixo da pressão nominal do tubo de 10 kgf/cm².

Como forma de demonstrar o efeito das ventosas no comportamento das pressões atingidas
pelo sistema, tem-se o gráfico abaixo:

Figura 41 - comparativo entre as pressões na descarga das bombas

De acordo com a análise mecânica, para todos os casos as tubulações suportam tais
pressões, conforme com o cálculo do PMTA, definido pelas equações da ASME VIII.
REJ0112
FASE IV - PRODUÇÃO DE 16,3
MTPA - MELHORIAS
TÍTULO DO DOCUMENTO: Nº.DOC. MRN: FL.:
UP 26 - SISTEMA DE REJEITOS E RECUPERAÇÃO DE FINOS (MINA-PORTO) QB5-TRT-26-71-103-MC
43/43
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11 ANEXOS

ANEXO 1 – VÁLVULA FECHANDO


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