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Regra Dos Trapézios: Introdução
Regra Dos Trapézios: Introdução
1. Integração Numérica
Tá, mas e daí? Aí é que entra a nossa digníssima Integração Numérica. Ela serve basicamente pra
simplificar aquelas integrais monstruosas ou de funções desconhecidas. Tipo a de cima, cujo gráfico
poderia ser:
Então, nós aproximamos a função de por um polinômio no intervalo [a,b] e achamos a integral
do PRÓPRIO POLINÔMIO.
Bem mais fácil do que torrar os miolos resolvendo integrais de outros planetas né? Continua comigo,
vamos no passo a passo que daqui a pouco você vai estar resolvendo integrais complexas de olhos
fechados.
Agora nós chegamos em um ponto legal! Vamos começar a aproximar nossa função com um
polinômio simples de primeiro grau de Lagrange com pontos igualmente espaçados entre si, com
n=1 e de passo . Onde n é o número de iterações do método, ou seja, número de vezes que vamos
aplicar o método, e h é o passo, ou seja, o espaço entre dois pontos consecutivos que usaremos.
Quando é igual a :
Esse polinômio simples é uma equaçãozinha da reta que une os dois pontos do intervalo até ,
dada por:
Agora, vamos pra um exemplo pra entender direitinho? Calcularemos a seguinte integral utilizando a
regra dos trapézios simples:
Vamos dar uma olhadinha no gráfico da função no intervalo de 1 até 2? Consegue imaginar o que
estamos fazendo?
Pensa comigo, nós pegamos dois pontos da função e colocamos uma reta ligando os dois em a e b,
conseguiu enxergar a fórmula geométrica do trapézio que aparece quando fazemos isso? Legal né!
Relembrando um pouquinho: Por definição Integral é a área sob a curva, e nós vamos nos concentrar
na área do Trapézio pra solucionar a integral, lembra da fórmula para calcular a Área de um
Trapézio?
Diz aí, fórmula da área do trapézio não é beeeeem parecida com a Integral? No nosso caso a altura (
) é a distância no intervalo [a,b] no eixo x em que a função está inserida e também o nosso passo já
visto anteriormente, o trapézio menor é o e o trapézio maior é o .
Bem tranquilo né! Vamos tentar resolver, a primeira coisa que vamos calcular é o , sabendo que a
função exponencial está em um intervalo de [1,2].
No início do exemplo, eu mostrei que o valor real da Integral é 4,67077 e quando calculamos pela
regra dos trapézios simples chegamos em um valor beeeeem diferente de 5,03668. Mas qual é o
problema nisso tudo?
Esse método do trapézio simples vai funcionar quando tivermos um intervalo [a,b] relativamente
pequeno, aí a aproximação da integral é aceitável. Se o intervalo tem uma amplitude muito maior,
utilizar a aproximação com a área de um único trapézio não é indicada.
E como vamos quantificar o erro desse método? Ele pode ser determinado por:
Quando:
Sendo E um valor que obtemos de interpolações, podemos encontrar um limitante para o erro dessa
forma:
Vamos voltar lá no gráfico e dar uma olhadinha na reta que liga os dois pontos e perceba que existe
um espaço vazio (em verde) que não está sendo considerado, entendemos o erro com a área entre o
trapézio e a .
Aí nós chegamos na regra dos Trapézios Repetida que é mais adequada quando temos um intervalo
[a,b] de grande amplitude. Então nós somamos a área de n trapézios, cada um definido em seu
subintervalo, aplicamos a regra do trapézio para descobrir a área em caaaaaada intervalo, sacou?
Vamos analisar o gráfico daquela mesma função que calculamos pela regra dos trapézios simples, só
que agora vamos analisar a área de cada um dos subintervalos. Perceba que agora temos uma curva
com n trapézios dentro dela.
Isso significa que a integral, ou seja, a área sob a curva é dada pela soma das integrais definidas em
cada intervalinho com amplitude , que será tanto a altura dos trapézios quanto o passo. Logo, nosso
passa a ser:
Fica a dica para lembrar da fórmula: se pegarmos a área de dois trapézios desse tipo:
Se pegarmos 3 deles:
Então, repare que todos os valores da função, menos o primeiro e o segundo, ficam multiplicados por
2. 😉
Voltando.
Se é o tamanho dos subintervalos, nosso erro vai ser limitado por:
Vamos retomar, a idéia é mesma que usamos na regra dos trapézios simples. Lembra qual foi a
primeira coisa que calculamos? Show! Vamos calcular o para determinar a amplitude dos
intervalos:
É muito comum em cálculo numérico utilizarmos de métodos iterativos, ou seja, que dependem do
passo anterior. E nesse caso não é diferente. Vamos pensar que temos iterações (k) que vão de 0 até
n. O valor de k=0 é sempre referente ao e k=n sempre referente ao .
Beleza, mas o que isso significa?
Significa que os outros subintervalos então dentro de 0 até n, mas precisam ser calculados. E é aí que
entra o , ele determina a distância entre um intervalo e outro sempre com base no passo anterior .
Vamos montar uma tabelinha que aí você já vai entender o que eu estou querendo dizer:
Observe na tabela que temos as iterações k, e a cada iteração acrescentamos para descobrir o que
será aplicado na função.
O resultado já está se aproximando do valor real né, que é 4,67077? Show de bola! Isso significa que
quando mais subintervalos n eu colocar mais próximo o valor fica do real. Com isso, vamos calcular
o erro:
Calculando :
Dessa forma:
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