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1. Integração Numérica

CÁLCULO NUMÉRICO Quadratura Gaussiana


Integração Numérica

Teoria Exercício de Fixação (5)


1 Integração Numérica

Regra dos Trapézios

Regra 1/3 de Simpson


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Quadratura Gaussiana T 9min

Regra dos Retângulos de Riemann


Fórmulas de Newton-Cotes
Integração de Romberg
Até agora nós vimos as fórmulas de Newton-Cotes. Mais especificamente as fórmulas fechadas de
Newton-Cotes pois utilizamos os extremos de integração para o cálculo da aproximação.
Vimos como essas fórmulas ficam aproximando-se da função a ser integrada por um polinômio
2 Diferenciação Numérica
de grau e dando origem as regras do Trapézio e 1/3 de Simpson.
Mas ela tem um problema. A falha das fórmulas de Newton-Cotes está no fato de precisarmos dividir
um intervalo em subintervalinhos igualmente espaçados. Mas porque isso é ruim? Bom, imagine que
aproximamos a curva abaixo pela regra dos Trapézios:

Toda área branca debaixo da curva ficou de fora da aproximação (T-T).


Claro que nós poderíamos resolver isso dividindo esse intervalo em vários menores, mas essa é uma
forma trabalhosa de se resolver e que iria requerer muitos pontos para chegarmos num erro pequeno.
E se pudéssemos aproximar a integral assim:

Percebeu que a área branca debaixo da curva diminuiu bastante?


Ou seja, não usando os pontos extremos da função, mas usando outros pontos quaisquer de forma
que a área extra contada (a área acima da curva) anulasse a área que não foi contada (a parte em
branco abaixo da curva)!
Continuaríamos usando apenas dois pontos sem precisar dividir várias vezes o intervalo mas
obteríamos um erro pequeno da mesma forma! O problema agora é: como escolher esses pontos?

Quadratura Gaussiana

O método da Quadratura Gaussiana escolhe pontos de forma a otimizar a aproximação da integral


ao invés de simplesmente escolher alguns pontos igualmente espaçados!
E como ele faz isso? Bom, vamos começar com calma.
Primeiro vamos mostrar como funciona para a integral de uma função no intervalo
usando pontos ( ). Depois vamos ver como funciona para mais pontos e para intervalos
genéricos!
Nós vamos aproximar a integral pelo seguinte:

Essa aproximação vai nos dar o valor exato da integral para polinômios de grau menor ou igual a
. Nesse caso, onde , a aproximação não deve ter erro para polinômios de grau menor ou
igual a . Então vamos encontrar essas funções que podem ser aproximadas sem erro, ou seja:

Substituindo cada uma delas na aproximação:

Acabamos com um sistema de variáveis e equações:

Resolvendo esse sisteminha chegamos em:

O que nos dá a fórmula de aproximação:

Então, tivemos o seguinte passo a passo:


Identificamos o intervalo de integração ( ) e quantos pontos usaríamos (foram dois
pontos, e )

Usamos a aproximação para a integral:

Identificamos polinômios que não terão erro quando usarmos o método (que são os polinômios
até o grau 3)
Jogamos na fórmula e resolvemos o sistema
Vamos ver como isso vai ficar para n maiores que 2.

n Maiores

Nós vimos como fica a aproximação para . Para maiores faríamos o mesmo passo a passo.
A diferença é que a cada que acrescentamos aparecem novas variáveis e novas equações.
Maaaasss, por outro lado, a cada que acrescentamos, diminuímos o erro do método também, já que
vimos que esse método dá o valor exato para polinômios de grau ou menor.
Mas, por sorte alguém já teve esse trabalho e tabelou os valores das constantes e para cada .
Ta aqui uma tabela até que é capaz de aproximar a integral de polinômios de grau menor ou
igual a sem erro algum:

Observe os valores de , , e nessa tabela

Se você reparar, os valores de , , e que achamos no exemplo anterior são exatamente os


primeiros valores dessa tabela hehehehe.

Repare que os sempre vem em pares de sinais diferentes com iguais. Quando temos um número
ímpar de o que tiver sem par vai ser um zero.
Vamos ver um exemplo disso aí em ação:

Aproxime usando Quadratura Gaussiana com .

Usando a tabela a gente fica com:

Isso nos dá um erro de aproximadamente . Ou seja, algo em torno de .


Para efeitos de comparação, utilizando a fórmula do limitante do erro para a regra 1/3 de Simpson
repetida precisaríamos de intervalos e para a regra dos trapézios repetida seriam necessários
intervalos!!!
E usando esse método fizemos a conta em duas linhas com os valores tabelados! O que seria de nós
sem Gauss?
Bom, a maioria dos professores é sensato o suficiente para cobrar exercícios desse método na prova
apenas com . Pelo menos eu nunca vi ninguém cobrar mais que isso haha.
Ao invés de complicar aumentando o eles normalmente complicam alterando o intervalo de
integração para algo diferente de que é o que vamos ver agora.

Intervalos Genéricos de Integração

Agora imagina que você não quer mais integrar no mas quer integrar em um qualquer.
Fazemos tudo de novo para o novo intervalo? Claro que não né haha. É só aplicarmos uma mudança
marota de variáveis, que vai servir para termos um novo intervalo (spoiler alert: o intervalo será
). Se liga na formuleta:

Assim, temos:

Ou seja, trocamos um que ia de para por um que vai de a , agora tá tudo certo!
Vamos ver um exemplo só pra ficar bem claro?

Calcula aí a integral usando Quadratura Gaussiana com dois pontos.

Primeiro temos que fazer a mudança de variáveis:

O valor exato da integral é e tivemos um erro absoluto de quase . Não foi uma
aproximação tão boa, mas devemos levar em consideração que usamos apenas pontos haha.
Usando pontos o erro caí para aproximadamente !

Algoritmo

O problema desse método é a necessidade de utilizar a função que muda com o problema.
Sendo assim, antes de usá-lo é necessário definir essa função separadamente.
Sempre que a função aparecer aqui no algoritmo vai estar se referindo a função a ser integrada
que você já deve ter definido em outra parte do seu programa ok?
Outro problema é que o seu algoritmo deve ter definido nele as constantes e a serem usadas
para cada ou deve deduzi-las na hora o que daria um belo trabalho haha. O algoritmo que eu vou
apresentar aqui terá apenas os valores tabelados de e mas você pode adicionar os
outros.
Passo 1. Dados iniciais (o que seu programa vai receber de você):
1. Número de pontos
2. Intervalo
Passo 2. Se , vá para o passo 3. Se , vá para o passo 4.
Passo 3. Retornamos o valor:

Passo 4. Retornamos o valor:

Ou seja, nada muito complicado. Você literalmente só precisa escrever a fórmula. Repare que eu
joguei direto na fórmula para um intervalo genérico. Você também poderia usar um teste para
verificar se o intervalo é ou não igual a e dependendo do resultado usar uma fórmula mais
simples. Isso reduziria o custo computacional quando o intervalo fosse .

E aí, este texto te ajudou?

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