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Escassez

 A capacidade humana de desejar as coisas é ilimitada;


 Escolha – Comparação entre alternativas;
Introdução à Economia  Quando se faz uma escolha, os benefícios das outras opções são
pretéritos;
 Custo de Oportunidade – benefícios pretéritos da segunda
melhor opção;
Curso: Agronomia
Disciplina: Economia e Administração Rural
Escassez significa que os recursos são limitados em termos de
Professora: Léa Flores quantidade para uso imediato.

Economia
Economia Recursos ou Fatores de Produção
Origem
Origemgrega:
grega:oikos
oikos (casa)
(casa)eenomos
nomos (norma,
(norma,lei);
lei);
“Ciência
“Ciência social
social que
que estuda
estuda como
como oo indivíduo
indivíduo ee aa sociedade
sociedade
decidem
decidem empregar
empregar recursos
recursos produtivos
produtivos escassos,
escassos, nana produção
produção dede
bens
bens ee serviços,
serviços, de
de modo
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distribuí-losentre
entre asasvárias
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sociedade,aafim
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O Estudo
Estudo da
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forma pela
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qual aa sociedade
sociedade administra
administra seus
seus recursos
recursos
escassos.
escassos.

Problemas econômicos fundamentais Criação de Renda

Necessidades Humanas: Ilimitadas / Infinitas.


Versus

Recursos Produtivos (Fatores de Produção)


(Recursos naturais, Mão de Obra, Capital)
Limitados e Finitos

Problema

Escassez: natureza limitada dos recursos da sociedade.


(restrição física dos recursos)
Fluxo de Renda e Recursos Para compreender o processo econômico
1º. Como as pessoas tomas decisões?
a) as pessoas fazem escolhas, e essas escolhas não são de graça;
b) o custo real de algum produto ou serviço é aquilo que
tivermos de desistir para consegui-lo;
c) as pessoas consideram o resultado dos benefícios sobre os
custos;
d) as pessoas reagem a estímulos.

2º. Como as pessoas interagem ou como as economias funcionam?


a) capacidade do mercado de produzir bens e serviços;
b) planejamento da produção: o que produzir? Quanto?

Divisão do estudo econômico Bens e Serviços


 Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o Bens: tudo que permite satisfazer as necessidades humanas;
funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de  1 - Bens livres – existem em quantidade ilimitada;

produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e  2 - Bens econômicos – são relativamente escassos e precisam de esforço para adquiri-los.

vendedores (produtores) de tais bens.Estuda o comportamento de


1. Materiais:Tangíveis – bens;
consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se
a) bens de consumo – são usados diretamente para satisfação das necessidades
com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. humanas:
Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de a1) duráveis: carros, eletrodomésticos;
vendas no varejo, numa capital. a2) de consumo: não duráveis (gasolina, alimentos)
b) bens de capital – são utilizados para produção de outros bens:
 Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o b1) finais: prontos, acabados
funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis b2) intermediários: inacabados
(agregadas) que determinam o volume da produção total (crescimento 2.. Serviços: Intangíveis;
econômico), o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do
1 - Bens públicos – não exclusivos;
sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia
2 - Bens privados – exclusivos;
mundial.

Divisão do estudo econômico Teoria do Valor


 Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de
desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem  1 – Teoria do Valor-Trabalho: explica a formação do
estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo valor da mercadoria pela quantidade de trabalho
(crescimento da renda per capita, distribuição de renda, inserida em seu processo de produção;
evolução tecnológica).
 2 – Teoria do Valor-Utilidade: explica a produção e o
 Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países consumo pela capacidade de satisfação que provoca
(transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se em ambos;
da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das
relações financeiras internacionais.
Teoria do Valor Trabalho Mais-Valia
Existem dois tipos de valor:  Valor da força de trabalho é inferior ao valor da
 Valor de uso – expressa a utilidade de um objeto; mercadoria – Lucro;
 Valor de troca – poder de compra de outros bens que a
 O valor da força de trabalho é associado a um padrão
posse daquele objeto contém.
mínimo de subsistência do trabalhador;
 Jornada de trabalho: excede o mínimo;
 O trabalho produz objetos para satisfazer as
necessidades humanas;  Exploração do trabalhador capitalista.

Teoria do Valor Trabalho Teoria do Valor-Utilidade


 Marx prolonga a teoria do valor trabalho proposta por
Adam Smith e por Ricardo:  O valor é formado pela utilidade de determinado bem;
 Realizada a satisfação, um segundo, terceiro ou quarto
Para a Escola Clássica, a teoria do valor trabalho apresenta produto não terá a mesma importância;
dupla conclusão:  Grau maior de satisfação – ponto de equilíbrio;
 Ser o trabalho a fonte de todo o valor;
 Ser impossível adquirir o operário, com o salário, o
produto de seu trabalho.

Teoria do Valor Trabalho O Sistema Econômico


• Marx toma por base a teoria do valor trabalho e
acrescenta: CONCEITO:
– O valor seria fixado pelo “quantum” de trabalho forma de decisão sobre a alocação dos recursos produtivos, de
socialmente necessário à sua produção. determinação de preços, e demais mecanismos que
• Todo valor é criado pelo trabalho, logo todo o valor caracterizam o sistema produtivo de uma sociedade e a
deveria ir para quem forneceu o trabalho; distribuição dos produtos pelos agentes econômicos.
• Sociedade capitalista: exploração social; Fonte: Lacombe (2004).
• Exploração decorre da própria natureza das trocas no
regime capitalista.
• Trocas desiguais
Representação do sistema econômico
Organização da economia Fluxo circular de renda

Mercado de bens de serviços Oferta


Demanda de
bens e serviços de bens e
serviços
O que e quanto produzir

Famílias Como produzir Empresas

Oferta de Demanda de
serviços dos serviços dos
fatores de Para quem produzir fatores de
produção produção

Mercado de fatores de produção


Fluxo monetário
Fluxo real

Mensuração do sistema econômico Funções básicas:


 Relações de mercado real
 o que produzir e em que quantidade: deve-se escolher entre
as possibilidades de produção de uma economia de modo a
satisfazer o mais adequadamente a sociedade;
 como produzir tais bens e serviços: toda sociedade deve
determinar quem vai ser o responsável pela produção, qual a
tecnologia a ser empregada, qual o tipo de organização da
produção, etc.; e
 para quem produzir, ou seja, quem será o consumidor:
devem ser definidos o público-alvo e as maneiras através das
quais o produto deverá atingi-lo.

Mensuração do sistema econômico Questão principal:


 Relações de mercado monetário
É interessante saber, agora, como as sociedades resolvem os
seus problemas econômicos fundamentais: o que e quanto,
como e para quem produzir?

A resposta depende da forma de organização


econômica.

Cada relação entre esses agentes caracteriza um mercado em


particular.
Formas de organizações econômicas: Demanda
 Economia de mercado (ou descentralizada): tipo capitalista
 Preços dos bens substitutos:

 Entre peixe e frango, o aumento do preço do


R$ 2,80 R$ 10,0
frango faz o consumo do peixe aumentar.

 Economia Planificada (ou centralizada): tipo socialista


 Preços dos bens complementares: R$ 9,90 R$ 7,90

 Entre peixe e arroz, o aumento do preço do R$ 2,59


arroz faz o consumo do peixe diminuir. +
R$ 2,65

+ R$ 10,0

Demanda Demanda
 Conceito
 Renda dos consumidores:
 Expressa o desejo que as pessoas têm de consumir bens e serviços
aos preços de mercado por unidade de tempo, mantendo-se os  Um aumento na renda do consumidor faz
outros fatores constantes (ceteris paribus). o consumo de bens e serviços aumentar.

 Expressa a relação entre as quantidades de um determinado bem ou


 Expectativas futuras:
serviço e seus preços alternativos.

 A expectativa otimista para o


comportamento da economia faz os
produtores aumentarem a produção.

Demanda Demanda
 Fatores deslocadores da demanda:
 Preços de produtos substitutos (Ps);  Condições climáticas:
 Preços de produtos complementares (Pc);
 Renda dos consumidores (R);
 Condições climáticas desfavoráveis
 Expectativas futuras quanto aos preços futuros, abastecimento (E);
compromete a produção e
 Condições climáticas como temperatura, precipitações (C); comercialização de produtos agrícolas.
 Mudança nas preferências dos consumidores (G);
 Tradições, aspectos culturais e religiosos (T);
 Número de compradores potenciais ou população (POP);  Gostos dos consumidores:
 Outros.

 Maior preferência por peixe faz o


consumo de peixe aumentar.
Demanda Lei da Demanda

 Tradições e aspectos culturais e BACALHAU


$
religiosos:

 Tradição cristã de comer peixe durante a A


P1
Semana Santa faz o consumo de peixe
aumentar no período.
B
P0
DEMANDA
 Número de consumidores:

 Aumento no número de consumidores faz Q1 Q0 Q


aumentar o consumo de bens e serviços.

Demanda Demanda
 Representação gráfica:
 Demanda ≠ Quantidade Demandada

Demanda: refere-se a curva


6.00
Curva de Demanda: toda;
$
5.00 Quantidade Demandada Quantidade demandada:
Representa a relação entre os
4.00 preços alternativos e quantidades refere-se a um ponto sobre a
Preço ($)

demandada do bem por unidade A curva de demanda


3.00 3
de tempo, ceteris paribus.
2.00
B
1.00 2
DEMANDA
0.00
5 10 15 20 25 30 35 40
(kg) lbs / Tempo
Quantidade em
150 175 Q

Lei da Demanda Demanda


 Um aumento no preço do produto levará à redução na sua quantidade  Mudança na Demanda: AUMENTO DA
demandada, enquanto que uma queda no preço do bem causará um P DEMANDA
 Deslocamento da curva
aumento na quantidade demandada, vice-versa. como um todo determinado
por mudança nos fatores
deslocadores da demanda.
P  Q A B
P*

D1

 Isto ocorre por que à medida que as pessoas consomem mais de um bem,  Exemplo: D0
tendem a valorizar menos cada unidade adicional do produto (Princípio  Aumento na renda do
da Utilidade Marginal Decrescente). consumidor; Q
Q0 Q1
 Aumento no número de
consumidores.
P MERCADO DO FRANGO

Demanda Demanda
B
P1
 Mudança na Quant.
Demandada: P  Mudanças na demanda: A
P0
 Deslocamento sobre a curva de Dfrango
demanda determinado por
mudança no preço do próprio
produto.  Aumento no preço do frango: Q1 Q0 Q
a
A P0 < P 1
P* P MERCADO DO PEIXE

 Exemplo: a. Diminuição da quantidade b


B 
A B
 Diminuição do preço de P* P’ demandada de frango
P*
para P’ D0
D1
 b. Aumento da demanda 
Q1 Q deslocamento da curva de demanda de
Q0 peixe para direita D0
Q0 Q1
Q

P MERCADO DO ARROZ

Demanda Demanda
B
P1

 Mudanças na demanda: P AUMENTO DA  Mudanças na demanda: A


P0
DEMANDA Darroz

 Aumento no preço do Q1 Q0 Q
arroz: a
 Aumento na renda do A B
consumidor: P* P0 < P 1
P MERCADO DO PEIXE
R0 < R1
D1
 a. Diminuição da quantidade
demandada de arroz B A
P* b
D0
 Aumento da demanda   b. Diminuição da demanda 
deslocamento da curva de deslocamento da curva de demanda
demanda para direita Q1 Q D0
Q0 de peixe para esquerda D1
Q1 Q0
Q

Demanda Teoria da Oferta


 Conceito:
 Mudanças na demanda: P DIMINUIÇÃO DA
DEMANDA
 Representa o desejo dos produtores em produzir e colocar um
produto no mercado por unidade de tempo.
 Diminuição no número
de consumidores:
N0 > N1  Expressa uma relação entre as quantidades vendidas de um
determinado bem ou serviço e os preços alternativos de mercado
B A por unidade de tempo, ceteris paribus.
P*

D0
 Diminuição da demanda  D1
deslocamento da curva de
demanda para esquerda Q0 Q
Q1
Oferta Oferta
 Fatores deslocadores da oferta:
 As expectativas futuras (EF):
 Custo de produção através de mudanças no nível de preços dos fatores
de produção (C);
 Quanto mais prováveis forem as
 Mudança no nível tecnológico pela aplicação de uma melhor forma de expectativas futuras dos produtores
combinar os fatores de produção (NT); quanto à elevação dos preços, maior
será a oferta do produto.
 Condições climáticas que afetem os níveis de produção (escassez de
precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas) (CC);

 Os preços de produtos que concorrem pelos mesmos fatores de


produção na fazenda (PP);

 As expectativas futuras sobre as condições de mercado (oferta e


demanda, preços de bens complementares e substitutos) (EF).

Oferta Oferta
 Custo de produção (C);
Preço

 Quanto maior o custo de produção menor OFERTA


será a oferta do produto; 8,00
Curva de Oferta:
7,00
Representa a relação entre
 Nível tecnológico (NT);
6,00
os preços alternativos e
5,00
quantidades ofertadas do
4,00
bem por unidade de tempo,
 Quanto mais avançado o nível tecnológico, 3,00
ceteris paribus.
maior será a oferta do produto. 2,00

2 4 6 8 10 12

Quantidade / tempo

Oferta Oferta
 Lei da Oferta:
 Condições climáticas (CC):
 Aumento no preço do produto aumenta a quantidade ofertada
 Quanto mais favoráveis as condições
climáticas maior será a oferta do produto; enquanto que, uma diminuição no preço leva à redução na
quantidade ofertada, ceteris paribus.
 Os preços de produtos
concorrentes (PP):
 Quanto maior for a competição pelos
fatores de produção menor será a oferta de P  Q
uma produto particular.
Lei da Oferta Oferta
 Mudança na Quant.
Preço
Ofertada: P
 Deslocamento sobre a curva
OFERTA de oferta determinado por S0
mudança no preço do
próprio produto. B
B P’
6,00

A A
4,00  Exemplo: P*

 Aumento no preço de P*
para P’
4 8

Q1 Q
Quantidade / tempo Q0

Oferta Oferta
S1
 Oferta ≠ Quantidade Ofertada  Mudanças na oferta: P S0

Quantidade Ofertada  Aumento do salário da A


$ mão-de-obra: B
OFERTA P*

B
Oferta: refere-se a curva R0 < R1
6,00 toda;
A Quantidade ofertada:
4,00 refere-se a um ponto  Diminuição da oferta 
sobre a curva de oferta. deslocamento da curva de oferta
para esquerda Q1 Q0 Q

4 8 Q/t

Oferta Oferta
 Mudança na Oferta:  Mudanças na oferta:
P S0 P S0
 Deslocamento da curva como
um todo determinado por
mudança nos fatores S1 S1
 Diminuição do ICMS:
deslocadores da oferta.

ICMS0 > ICMS1


A B A B
P* P*
AUMENTO DA
 Exemplo: OFERTA
 Diminui dos custos de  Aumento da oferta 
produção; deslocamento da curva de oferta
Q1 Q para direita Q1 Q
 Condições climáticas Q0 Q0
favoráveis à produção.
Oferta Equilíbrio de Mercado

 Mudanças na oferta: P S0 Ponto de Equilíbrio (E): é o ponto de


P
Qd = Qs = Qe S intersecção entre D e S.
 Condições favoráveis à S1
produção:
Preço de Equilíbrio (Pe): é o preço de
mercado que faz com que a quantidade
 Preciptações, Ph,
salinidade etc. E demandada seja igual a quantidade
A B
P* ofertada.
Pe

 Aumento da oferta  Quantidade de Equilíbrio (Qe): é a


deslocamento da curva de oferta quantidade ofertada e demandada do bem,
para direita Q D ao preço de equilíbrio de mercado, que
Q0 Q1
satisfaz aos interesses dos produtores e
consumidores.
Qe Q/t

Oferta Desequilíbrio de Mercado


 Conceito:
S1
 Mudanças na oferta: P S0
B A  Desequilíbrio de mercado ocorre quando o preço praticado
 Expectativas futuras de
P0 no mercado é diferente do preço de equilíbrio.
queda de preço do C
produto: P1
 Situações de desequilíbrio:
P0 > P 1
 Escassez de oferta
 Excesso de oferta.
 Diminuição da oferta 
deslocamento da curva de oferta para
esquerda Q1 Q0 Q
Q*

Equilíbrio de Mercado Funcionamento de uma Economia de Mercado:


 Conceito:
As economias de mercado podem ser analisadas por dois
 É o resultado da interação entre as forças de oferta e demanda que sistemas:
são determinadas pelo processo de negociação entre produtores
(vendedores) e consumidores.
a) Sistema de concorrência pura (sem interferência do
 Em equilíbrio, o preço satisfaz tanto ao consumidor quanto ao
produtor de tal forma que a quantidade demandada é igual a
governo);
quantidade ofertada.

Qd = Qs b) Sistema de economia mista (com interferência do


governo).
Sistema de concorrência pura: Sistema de economia mista:
Perfeitamente competitivo. Nesse sistema predomina o Laissez-  Desenvolvido a partir do século XX tendo em vista o aumento da
faire (deixai fazer), onde os agentes econômicos são guiados especulação financeira, do comércio internacional, da forças dos
por uma “mão invisível”, sem a necessidade de intervenção do sindicatos, dos oligopólios, etc;
Estado.
 A grande depressão dos anos 30 , mostrou que o mercado sozinho
Mecanismo de preços: Permite a solução dos problemas não garante o pleno emprego dos fatores de produção, necessitando
econômicos e promove o equilíbrio nos vários mercados (Lei de uma maior atuação do governo na economia para evitar as
de Mercado), ou seja: distorções e promover a melhoria do padrão de vida,
a) Se houver excesso de oferta: Aumenta os estoques,
diminuindo o preço para escoar a produção;
b) Se houver excesso de demanda: Formar-se-ão filas,
provocando o aumento dos preços até atingir o equilíbrio.

Imperfeições do Sistema de Concorrência Pura (contin..) Sistema de economia mista:


 Trata-se de uma grande simplificação da realidade; O papel econômico do governo
 Os preços nem sempre flutuam livremente, ao sabor do mercado, em Predominância : Sistema de mercado,
virtude da força dos sindicatos sobre os salários, o poder dos oligopólios Séc. XVIII - XIX
próximo ao da concorrência pura.
sobre os preços, da intervenção do governo via impostos, subsídios, preços
públicos, salários, taxa de câmbio, etc;
O mercado sozinho não garante que a
Início do Séc. XX
 O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos, ou economia opere sempre com pleno emprego
perfeita distribuição de renda. dos seus recursos.
Necessitando de maior atuação do
 Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a Setor Público na economia.
iniciativa privada e regular alguns mercados.
De que forma ?
 Há muitos mercados, entretanto, que comportam-se como um sistema de
concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro.

Sistema de concorrência pura: Principais formas de atuação do governo na economia mista

Oferta de bens e
 Atuação sobre a formação de preços, via impostos, subsídios,
Demanda de bens Mercado
E serviços De bens e
serviços tabelamentos, fixação do salário mínimo, preços mínimos, etc;
serviços  Complemento da iniciativa privada, principalmente nos
investimentos em infra estrutura básica (energia, estradas,
O que e quanto produzir
Como produzir Empresas
escolas, hospitais) que demandam elevado montante de recursos
Famílias
Para quem produzir e tempo de maturação,
 Fornecimento de bens públicos, tais como educação, segurança,
Oferta dos justiça, etc;
Fatores produção Mercado de Demanda de bens
Fatores de E serviços  Compra de bens e serviços do setor privado, pois o governo é o
produção maior agente do sistema.
Economia Centralizada Principais diferenças entre os sistemas econômicos:
 Economia de mercado:
Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como a) Propriedade privada;
resolver os problemas econômicos fundamentais. b) Mais eficiente na alocação dos recursos e menos eficiente na
distribuição do produto;
c) Solução dos problemas econômicos via mercado;
Meios de produção Estado
Matéria-prima, imóveis  Economia centralizada:
capital. a) Propriedade pública;
b) Mais eficiente na distribuição do produto e menos eficiente
Meios de sobrevivência Indivíduos na alocação dos recursos;
Carros, roupas, televisores, etc.
c) Solução dos problemas econômicos via órgão central de
planejamento

Funcionamento de uma Economia Centralizada Curva de Possibilidade de Produção:


Uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes  Conceito: Representa a fronteira máxima que a economia
características: pode produzir dados os recursos produtivos limitados. Mostra
a) Papel dos preços no processo produtivo: Representam apenas as alternativas da sociedade, supondo os recursos plenamente
recursos contábeis para controle da eficiência das empresas; empregados;
b) Papel dos preços na distribuição do produto: Os preços dos  Pontos além da fronteira não poderão ser atingidos com os recursos
bens de consumo são determinados pelo governo, que subsidia os disponíveis;
essenciais e taxa os supérfluos;  Pontos internos à curva representam situações nas quais a economia não
está empregando todos os recursos que dispõe, ou seja, há ociosidade na
c) Repartição dos lucros: Uma parte vai para o governo, outra para economia;
investimentos na empresa e uma terceira parte entre os burocratas e  Custo de oportunidade: Representa o grau de sacrifício que
trabalhadores como prêmio pela eficiência (se a empresa for vital para o se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da
país, o governo a subsidia mesmo sendo ineficiente). produção alternativa sacrificada (Exemplo: para produzir uma
unidade de armamento a mais, é necessário abrir mão da
produção de uma tonelada de alimentos.

Sistemas Econômicos - Síntese Elasticidades


Conceito:
Mercado Centralizada É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação
percentual em outra. Sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de
X uma variável, em face de mudanças em outras variáveis.
Propriedade Privada Propriedade Pública

Problemas econômicos fundamentais resolvidos Elasticidade-preço da demanda:


É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a
pelo mercado pelo orgão central sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva
Elasticidades Concorrência imperfeita
Fatores que afetam:  Monopólio: Empresa única, o produto não tem substitutos
• Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais próximos. Ex: Correios.
elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem mais  Oligopólio: Pequeno número de empresas, produtos idênticos
opções para “fugir” do consumo desse bem;
ou muito semelhantes. Ex: Automóveis (GM, Ford, Chrysler,
• Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais etc).
inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como por
exemplo, sal açúcar, passagem rodoviária;  Concorrência Monopolística: Grande número de empresas que
vendem produtos diferentes, porém semelhantes. Ex: Lojas de
• Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto
maior o peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. varejo (embora essas lojas frequentemente concorram
diretamente com lojas vizinhas, e, nesse caso, existem aspectos
• Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a
demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de
oligopolísticos), médicos, dentistas.
determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu
preço aumenta.

Estrutura de mercado Concorrência imperfeita


Extremos:  Estruturas Mistas: Empresa única e muito grande, alguns pequenos
concorrentes, ou poucas empresas grandes e muitas empresas
pequenas. Ex: As grandes empresas dominam e as pequenas as seguem.
O resultado é efetivamente o monopólio ou o oligopólio. A maior
parte dos oligopólios (indústria de aço,por exemplo) tem um grande
número de pequenas empresas em suas margens.
Concorrência Pura Monopólio  Monopsônio: Comprador único. Ex: O governo, no mercado de
equipamentos para defesa nacional.
 Oligpsônio: Poucos compradores. Ex: Venda de verduras ou frutas para
conserva frigorificada ou enlatados.
 Barganha Bilateral: O comprador e o vendedor são importantes no
mercado. Ex: Uma fábrica de veículos comprando aço. Grandes
empresas negociando com os sindicatos trabalhistas mais importantes.

 Leitura: Apostila p. 64

Estrutura de mercado Divisão do estudo econômico


Concorrência Perfeita (muitas
pequenas empresas,cada uma com  Microeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
impacto desprezível sobre o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de
Qualquer estrutura mercado e outras empresas) produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores)
do mercado que não e vendedores (produtores) de tais bens.Estuda o comportamento de
Fazendas Comumente, as estruturas consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-
a de concorrência
dos mercados reais contém
perfeita constitui uma
alguns elementos de
se com a determinação dos preços e quantidades em mercados
forma de concorrência
monopólio,concorrência
específicos. Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro.
“imperfeita”.
perfeita e concorrência O nível de vendas no varejo, numa capital.
oligopolística e podem
Dentistas ser representadas por
 Macroeconomia: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o
nas cidades pontos no triângulo.
Monopólio grandes
funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as
(único vendedor variáveis (agregadas) que determinam o volume da produção total
Oligopólio ou (crescimento econômico), o nível de emprego e o nível geral de
sem qualquer
Duopólio
concorrente de produtos Fornecedor
Duas empresas
preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do
idênticos). de energia
Copiadoras
cujos produtos
mesmo na economia mundial.
Xerox e IBM
elétrica são idênticos.
Divisão do estudo econômico Teoria Monetária
 Desenvolvimento Econômico: estuda modelos de  “a civilização moderna é fortemente baseada na especialização e
desenvolvimento que levem à elevação do padrão de vida (bem nas trocas “
estar) da coletividade. Questões estruturais, de longo prazo
(crescimento da renda per capita, distribuição de renda,
 “a moeda é o instrumento que viabiliza a ordem econômica e
evolução tecnológica).
social”

 Economia Internacional: estuda as relações de troca entre países


 “A estabilidade, a eficiência e o crescimento dependem de uma
(transações de bens e serviços e transações monetárias). Trata-se
equilibrada interação entre os setores real e monetário da
da determinação da taxa de câmbio, do comércio exterior e das
economia”
relações financeiras internacionais.

CRESCIMENTO ECONÔMICO Teoria Monetária


 Medido pelo PIB – Produto Interno Bruto
Agregados monetários

 Principais componentes:  Moeda: (papel em poder do público e os depósitos a vista nos bancos
 Consumo das famílias;
comerciais) representa 30% ou menos do total ativos financeiros
(Rossetti, 2002)
 Investimento das empresas;
 Têm liquidez absoluta.
 Gasto Público;  Não proporcionam rendimentos a seus detentores.
 Exportação líquida.  São empregados como meios de pagamento.

SEMINÁRIO  Quase-moeda (depósitos a prazo, bônus do Banco central, Caderneta


de Poupança) : Podem ser transformados em moeda – grande liquidez
 Rendem juros aos aplicadores.

TEORIA MONETÁRIA Funções da moeda:


 ser meio de troca: elemento que viabiliza a ocorrência de
milhares de trocas a cada momento;

 servir como unidade de conta: estabelecer os preços de seus


serviços e bens, e fazer seus cálculos econômicos; e

 funcionar como reserva de valor: a moeda precisa guardar


poder de compra ao longo tempo. Guardar poder de compra de
hoje para amanhã.
Histórico Política monetária: principal ator
 1º estágio: Escambo - troca direta  Banco Central
- produção para subsistência  Funções:
> Banco dos bancos – Compensação, socorro
 2º estágio: Moeda mercadoria - troca indireta
> Banco do governo – Depositário do governo
- produção para subsistência > Executor da política monetária – controle de oferta de moeda
 3º estágio: Moeda simbólica - moeda cunhada
- obrigatoriedade de aceite  recolhimentos compulsórios ou reservas obrigatórias: os bancos
comerciais são obrigados a depositar no Banco Central um
 4º estágio: moeda escritural - depósitos bancários determinado percentual dos depósitos a vista. O aumento ou
- notas bancárias - cheque diminuição deste percentual influencia no volume ofertado de
empréstimos pelos bancos. finalidades:
 5º estágio: moeda sofisticada - diversidade ativos  Controlar a massa de crédito;
 garantir a liquidez do sistema;
 Controlar a oferta de moeda

Tipos de moeda O Banco Central do Brasil

 moeda-mercadoria: é aquela que toma a forma de uma • O BCB foi criado em 1964 em substituição à
mercadoria com valor em si. Mesmo não sendo moeda, teria SUMOC, que exercia desde 1945 as funções
valor, ou seja, seria aceita naturalmente. O exemplo clássico
desse tipo de moeda é o ouro, mas existem outras mercadoria;
de Banco Central. Em 1985 foi feita a
separação das contas e funções do Banco
 moeda de curso forçado: é a moeda que não tem valor em si Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional.
mesma. Isto quer dizer que o meio utilizado para garantir sua
circulação é por decreto governamental. Papel moeda.

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POLÍTICA MONETÁRIA: Organização do Banco Central do Brasil


 O Comitê de Política Monetária (COPOM)
OBJETIVO: “CONTROLAR A LIQUIDEZ”  É o principal órgão de decisão sobre a política monetária
e definição da taxa de juros básica da economia (SELIC).
É ...
Foi criado em 1996.
“CONTROLAR A LIQUIDEZ”, INDEPENDENTE  Em 1999, foi estabelecida a sistemática de “Metas de

E ACIMA DE QUAQUER POLÍTICA Inflação” como diretriz da política monetária.


ECONÔMICA.  As reuniões são realizadas a cada 45 dias, divididas em
dois dias, o primeiro de análise e o segundo de decisão.

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Criação e Destruição de Moeda Oferta da moeda:
 OFERTA DE MOEDA = MEIOS DE PAGAMENTO
 Pode ser feita pelo Banco Central e os Bancos Comerciais.
 Banco Central: há criação de moeda toda vez que o BC
 Meios de pagamento constituem o total de moeda à disposição
compra ativos domésticos ou internacionais. do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que
 Bancos Comerciais: há criação quando fazem empréstimos; pode ser utilizada imediatamente para fazer transações.
há destruição, quando resgatam empréstimos
M1 soma da moeda em poder do público
+
depósitos à vista nos bancos comerciais

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Sistema bancário e a multiplicação dos meios de


pagamento
Demanda de moeda:
A PROCURA POR MOEDA É DEFINIDA POR TRÊS MOTIVOS:  efeito multiplicador:
Do ponto de vista de um banqueiro, os depósitos geram
 MOTIVO TRANSAÇÃO: MEIO DE PAGAMENTO; empréstimos
Do ponto de vista do sistema bancário, os empréstimos geram
 MOTIVO PRECAUÇÃO: DESTINADA A ATENDER ÀS depósitos.
INCERTEZAS DO FUTURO.

 a magnitude do multiplicador bancário é inversamente


 MOTIVO ESPECULAÇÃO: EXPECTATIVA DE GANHOS
ESPECULATIVOS, COM A COMPRA DE ATIVOS REAIS E proporcional à taxa global de encaixes, recolhimentos e
FINANCEIROS. retenções.

Taxa de juros Instrumentos da Política Monetária


 controle das emissões de moeda: o Banco Central controla, por força de lei, o
volume de moeda meconomia cabendo a ele as determinações das necessidades
 taxa de juros é o preço cobrado pelos credores aos devedores
de novas emissões e anual da respectivos volumes;
pelo uso de suas poupanças durante certo período de tempo.
 depósitos compulsórios ou reservas compulsórias (obrigatórias): os bancos
comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos (o caixa dos
 Taxa de juros – valor da remuneração que o tomador de um bancos comerciais), são obrigados a depositar no BACEN um percentual
determinado por este sobre os depósitos à vista;
empréstimo deve pagar ao proprietário do capital emprestado,
 operações com mercado aberto (open market): consistem na compra e venda
geralmente expressa sob a forma de porcentagem do valor
de títulos públicos ou obrigações pelo governo. Quando o governo coloca os
tomado emprestado por período definido no contrato de seus títulos junto ao público, o efeito esperado é reduzir ou enxugar os meios
empréstimo. Fonte: Lacombe (2004). de pagamento, já que parte da moeda em poder do público retorna ao governo
como pagamento desses títulos. Ao contrário rio, quando o governo compra os
títulos, efetua pagamento em moeda aos seus portadores, o que aumenta a
oferta de moeda, e consequentemente, dos meios de pagamento;
Instrumentos da Política Monetária cont. INFLAÇÃO
 operações com mercado aberto (open market): consistem na compra e  Situação em que há um aumento contínuo e generalizado no
venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo. Quando o governo índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são
coloca os seus títulos junto ao público, o efeito esperado é reduzir ou aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com
enxugar os meios de pagamento, já que parte da moeda em poder do altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais, por
público retorna ao governo como pagamento desses títulos. Ao contrário
exemplo.
rio, quando o governo compra os títulos, efetua pagamento em moeda aos
seus portadores, o que aumenta a oferta de moeda, e consequentemente,
dos meios de pagamento;  Inflação é o aumento generalizado dos preços em uma economia

 Hiperinflação é a aceleração brutal da inflação

 Deflação é a queda generalizada de preços

Instrumentos da Política Monetária cont.


 política de redesconto: consiste na liberação de recursos pelo Banco Central
aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de
títulos. Trata-se, na verdade, de uma fonte acessível de empréstimo do
BACEN para os bancos comerciais. Existem os redescontos de liquidez, que
são os empréstimos para os bancos comerciais cobrirem um eventual débito
na compensação de cheques, e os redescontos especiais ou seletivos, que são
empréstimos autorizados pelo Banco Central visando a beneficiar setores
específicos. Por exemplo, para estimular a compra de máquinas agrícolas, o
Banco Central abre uma linha especial de crédito, pela qual os bancos
comerciais emprestam (descontam) aos produtores rurais e redescontam o
título junto ao BACEN.

Oferta monetária é regulatória


 se a emissão de moeda for superior à produção, ou seja, se
houver excesso de liquidez no mercado: pode-se ter a elevação
sistemática dos preços, também conhecida como inflação;

 caso o aumento de moeda seja menor que o crescimento do


produto: pode-se ter, entre outras consequências, crise na
economia, porque a falta de moeda – fenômeno que recebe o
nome de crise ou falta de liquidez – dificulta as transações e
prejudica o sistema econômico, ocasionando queda do produto.
Inflação = causas Restrições comércio internacional
 Subida persistente e generalizada dos preços Visam proteger:
a) certos setores considerados estratégicos para a indústria nacional;
CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
b) setores considerados de segurança nacional;
c) Indústria nascente;
d) Competição desleal;
• Excesso de moeda em • Depreciação da
circulação; moeda;
Tipos:
• Aumento dos custos • Diminuição do poder
a) Impostos de importação;
de produção; de compra.
b) Quotas a importação;
• Expectativas dos
agentes económicos. c) subsídios à exportação;
d) Política cambial;
e) Regulamentações administrativas.

Taxa de câmbio
necessidade de converter uma moeda em outra, como forma de facilitar os
intercâmbios comerciais.
Noções de Comércio Internacional

é o mecanismo através do
qual essa troca é possível, ou
Custo de oportunidade;
a) TAXA DE CÂMBIO seja, é a expressão do número de
unidades da moeda nacional por
b) Taxa de Câmbio;
unidade de moeda estrangeira.
c) Balanço de Pagamentos;
d) OMC – Organização Mundial do Comércio

Custo de oportunidade Taxa de Câmbio


O governo, alterando a taxa de câmbio, ou seja, a relação entre as moedas,
A comparação do preço interno com o preço praticado vai interferir automaticamente na dinâmica das relações comerciais do
internacionalmente para o mesmo produto, portanto, com a país, uma vez que modifica a posição dos preços internacionais.
mesma qualidade, indica que, se houver diferença entre eles
(computado o custo de transporte), a região que tem menor Observe os exemplos: supondo-se que a taxa de câmbio seja: R$ 1,00 =
preço tem vantagem comparativa na produção desse bem. Isto US$ 1,00 → o Brasil consegue exportar 1.000 toneladas de aço. Num
significa que o preço praticado lá fora reflete o custo de segundo momento, o governo brasileiro altera a taxa de câmbio para: R$
oportunidade* do produto internamente. Portanto, o 2,00 = US$ 1,00 → o Brasil, a essa nova taxa, consegue exportar 2.000
toneladas de aço, pois quem possuía dólares teve seu poder de compra
comércio entre os países se baseia, em linhas gerais, na vantagem ampliado.
comparativa. Segundo Mankiw (2005, p. 177), “[...] o comércio é
benéfico, porque permite que cada país se especialize em Então: elevação da taxa de câmbio (valor do dólar) = desvalorização
produzir aquilo que faz melhor”. redução da taxa de câmbio = valorização.
Tipos de câmbio OMC – Organização Mundial do Comércio
Existem, fundamentalmente, dois tipos de taxa de câmbio: Entrou em funcionamento em 1º de janeiro de 1995, com o
 fixa: é administrada pelo Banco Central (autoridade objetivo de regular e ampliar o comércio internacional dos
monetária) do país, quem rege a oferta e a demanda de países membros.
moedas estrangeiras. A autoridade monetária estabelece, assim, a
taxa de câmbio que considera a mais conveniente para a Funções:
economia;  gerenciar os acordos multilaterais de comércio relacionados a
bens, serviços e direitos de propriedade intelectual;
 flutuante: regime cambial flexível, no qual a  administrar o entendimento sobre soluções de controvérsias;
autoridade monetária não tem compromisso algum para  servir de fórum para as negociações;
apoiar determinada taxa. A oferta e a demanda de divisas são
 supervisionar as políticas nacionais; e
quem determinam a taxa de câmbio praticada.
 cooperar com outras organizações internacionais.

Balanço de Pagamentos

Balanço de pagamentos – registro


de todas as transações entre as Funções do setor público
pessoas físicas e jurídicas de um país
e o restante do mundo em
Funções e justificativas;
a)
determinado período. Fonte: b) Política Fiscal;
Lacombe (2004). c) Tributos;
d) OMC – Organização Mundial do Comércio

Balanço de pagamentos Intervenção governamental


O resultado desse balanço é obtido através do somatório das contas: Por que regular?
a) conta-corrente: formado por três subcontas:  Quando os mercados não estão ocorrendo a contento;
 balança comercial: registra a movimentação de mercadorias. Seu saldo é dado pela
diferença entre vendas de mercadorias efetuadas pelo país ao exterior e compras de  Quando o mercado não é capaz de fazer de maneira eficiente o
mercadorias efetuadas pelo país no exterior. Se as exportações excedem as importações, processo de alocação e distribuição dos recursos.
temos um superávit, e ocorrendo o contrário, temos déficit na balança comercial;
 balança de serviços: registra as transações com os serviços. Essas transações são
consideradas intangíveis. Ex: receita e despesa de transportes; receita e despesa de viagens
internacionais; as rendas de capital; royalties; receitas e despesas com patentes, entre Funções:
outros serviços; e
 transferências unilaterais: resultado das doações, remessa de dinheiro feita ou recebidas
 proporcionar o desenvolvimento econômico, através da promoção
pelo país, etc.; do bem-estar de consumidores e produtores;
b) movimentos de capitais autônomos: formados pela entrada ou saída de capitais. Sendo
representados pelo capital de risco (investimento direto), de empréstimo ou especulativo;  reproduzir as condições de competição;
c) erros e omissões: conta de ajuste devido às dificuldades de mensuração de algumas  garantir a existência do mercado como instituição capaz de
transações;
d) reservas (capital compensatório ou induzido): quando o balanço de pagamentos
assegurar regularidade de comportamento aos membros da
apresenta resultado negativo (deficitário), deve-se cobrir essa lacuna com as reservas. Do sociedade.
contrário, se o resultado for positivo, ampliam-se as reservas.
Justificativas para a intervenção Estatal Orçamento do setor Público
 poder de mercado: ocorre quando algum empresário de algum fator de
produção possui capacidade de influir no preço de seu produto. “ O orçamento do setor público é a descrição dos
 informações incompletas: significa que os consumidores (demanda do planos de gasto e de financiamento”.
mercado) não possuem todas as informações a respeito dos preços ou da
qualidade do produto.  Se as receitas forem maiores que os gastos
 externalidades: são ações pelas quais um produtor ou um consumidor Superávit orçamentário.
influencia outros produtores e consumidores, sem sofrer as consequências
disto sobre o preço de mercado.
 Se as receitas forem menores que os gastos
 bem público: é aquele que não apresenta rivalidade em seu consumo, é Déficit orçamentário.
exclusivo e disputável. Ex: segurança pública.
Orçamento do Gastos
 ocorrência de desemprego e inflação: quando há desemprego, = Receitas
- Públicos
Setor Público Públicas
significa dizer que os recursos humanos disponíveis não estão sendo bem
utilizados, portanto, há uma falha de mercado na alocação destes recursos.
Ex. inflação. Equilíbrio: receita pública igual ao gasto público”.

Objetivos da Política Econômica Tributação (impostos)


Geral: Progresso econômico e social Tipos de impostos:
Específicos:  diretos: incidem sobre os indivíduos (contribuintes), e não sobre os
bens. Exemplo: Imposto de Renda;
 a) Maior nível possível de emprego
 indiretos: incidem sobre bens e serviços adquiridos pelas pessoas.
 b) Estabilidade de preços
Exemplos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
 c) Crescimento Econômico Serviços (ICMS), e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
 d) Distribuição equitativa da renda  progressivos: é o caso do imposto direto, ou seja, quanto maior a
 e) Equilíbrio das contas externas renda, mais se paga de imposto;
 regressivos: é o caso do imposto indireto, ou seja, independentemente
da renda, todos pagam o mesmo imposto para adquirir os bens e
serviços.;
 proporcionais: seu percentual permanece constante em relação à
renda.

Política Fiscal
Comportamento e administração das RECEITAS e DESPESAS da
administração pública.

RECEITAS = arrecadação de impostos


Evolução do Pensamento Econômico
DESPESAS = prestação de serviços públicos; pagamento de
salários e aposentadorias e obras.

Opções:
a) expansiva: aumentado gastos públicos e reduzindo impostos;
b) Restritiva: reduzindo gastos públicos e a produção e
aumentado impostos.
Reação Neoclássica (1870-1929)
Evolução do pensamento econômico
 Primórdios  Revolução Marginalista: “recursos escassos x usos
alternativos”; “valor de utilidade”.
 GREGOS
 O “neoclassicismo” ou “marginalismo” desloca a temática da
 Xenofontes: “econômico” (oikos = casa; nomos = lei) princípio discussão do valor e distribuição da tradição clássica (“valor-
de gestão dos bens. trabalho”) para a visão do valor utilidade e dos custos de
 Aristóteles: Crematística – aspectos práticos das transações
produção.
comerciais (preços, moeda etc).  Destaques: Escola Austríaca (Menger, Jevons, Böhm-Baverk);
Escola de Viena (Walras e o “equilíbrio geral”); Marshall e a
 ROMANOS: preocupações limitadas com o tema. Escola de Cambridge (“equilíbrio parcial”).
 IDADE MÉDIA: comércio mediterrâneo; “preço justo”; usura;  Em oposição, surgem a Escola Histórica Alemã e as escolas da
formação de corporações e bancos. tradição marxista.

Mercantilismo (1450-1750) A Revolução Keynesiana


 Keynes (1888 – 1946) torna-se um marco da moderna
 Preceitos de administração pública para aumentar a riqueza do
economia, onde a ênfase na gestão macroeconômico passa a
“príncipe”;
ser central.
 Reflete as transformações de uma sociedade onde o comércio
 Síntese neoclássica (Hicks, Samuelson etc) – anos 1950 e
passa a ter um papel cada vez mais importante;
1960.
 “´Políticas comerciais mercantilistas”
 Monetarismo (Friedman) – oposição aos Keynesianos;
 Referências: Colbert, Cantillion e Petty.
 Novo-Classicismo (Lucas) – década de 1970;
 Novos Keynesianos – década de 1980;
 Heterodoxos – “pós-keynesianos”, “marxianos”,
“institucionalistas” etc.

Criação Científica da Economia (1750-1870) Três Grandes Economistas


 Marcos iniciais: “Quadro Econômico” (1758), de Quesnay; a
“Riqueza das Nações” (1776), de Adam Smith.
 Fisiocracia: “ordem natural”, “distribuição”, “vínculos entre Ao longo da história recente, os economistas
Procuraram explicar como surgiu e como
riqueza e trabalho”. Funciona um tipo de sociedade “unida pelo
 Escola Clássica: Adam Smith, David Ricardo, Malthus, Mercado em vez da tradição e pelo comando,
Stuart Mill, Say – “valor”, “origem da riqueza”, “distribuição E movida por uma incontrolável tecnologia
Em vez da inércia.” Suas idéias estão ainda
da riqueza”. Hoje presentes no debate político e acadêmico.
 Marx: tradição clássica revista, criando uma tradição de
pensamento crítico.
Adam Smith (1723-1790) Adam Smith (1723-1790)
 Publica em 1776 a obra “A Riqueza das Nações”;  No mundo da “livre concorrência” de Adam Smith, um
vendedor que tiver um preço “acima do mercado”, não
 Pergunta Central: como uma sociedade de indivíduos livres conseguirá vender seu produto; um trabalhador que pedir um
e “egoístas” (pois buscam seu próprio interesse) pode salário “muito alto” não conseguirá trabalhar.
funcionar?  O mercado tem duas funções centrais:
 Resposta: a concorrência, através de preços livremente  Disciplina a concorrência
formados nos mercados gera a eficiência social.  Garante a melhor “alocação de fatores”: ou seja, os fatores de
produção serão direcionados para a produção somente daquilo que a
sociedade “quer comprar”.

Adam Smith (1723-1790) Karl Marx (1818 – 1883)


 Mercado = “mão invisível”;  Marx descreveu o capitalismo dos grandes cartéis e dos crescentes
conflitos entre “capital e trabalho”;
 Mercado = “sistema auto-regulador”, baseado na flexibilidade
 Smith: “ordem e o progresso” versus Marx: “desigualdade e
de preços. É o laissez-faire.
instabilidade”;
 Outros Insights de Adam Smith:  Em Marx o crescimento no capitalismo é cheio de “armadilhas” (sem os
 A divisão do trabalho aumenta a produtividade (ex.: fábrica de mecanismos de auto-correção de Smith);
alfinetes);  As crises econômicas seriam recorrentes e gerariam:
 Comércio internacional é importante fonte de crescimento das
 Concentração/centralização de capitais: as empresas menores e mais
nações. frágeis seriam eliminadas a cada crise.
 Limitações de suas idéias:  Os conflitos “capital x trabalho” se agravariam com a crescente
 Nem sempre o mercado funciona como ele previu. “proletarização”.
 O capitalismo transformou-se muito desde seu tempo.

Adam Smith (1723-1790) Karl Marx (1818 – 1883)


 Assim:  Contribuições Centrais:
“Cada pessoa, em busca de melhorar a si mesma, sem pensar nas  Tecnologia como motor da concorrência (e, para Marx, a fonte da
demais, depara-se com uma legião de outras pessoas com expropriação do trabalho não-pago – a mais-valia);
motivações semelhantes. Como resultado, cada agente do  Leitura histórica do capitalismo;
mercado, ao comprar e vender, é forçado a equiparar seus preços  Introduziu os conceitos fundamentais do socialismo;
aos oferecidos pela concorrência.”  Apresentou a polêmica lei de tendência e a derrocada final do
capitalismo.
John Maynard Keynes (1883-1946)
 Foi o economista mais influente do século XX;
 Teoria Geral: revolução teórica e política;
 Assistiu a um período de grande turbulência nos entre-
guerras (1914-1945):
 Problemas monetários (hiperinflação e deflação);
 Desemprego em massa;
 Ascensão do nazismo e duas guerras que quase acabaram com a
Europa.

John Maynard Keynes (1883-1946)


 Os economistas convencionais (liberais) acreditavam na
“Mão Invisível” de Adam Smith (ou seja, nos princípios auto-
corretivos do mercado). Não sabiam e não apresentavam
nenhuma solução para as crises;
 Keynes demonstrou que os mercados não possuíam forças
naturais auto-corretivas;
 As variações na renda (riqueza) dependem das decisões
privadas de gastos (demanda efetiva), especialmente do
investimento.

John Maynard Keynes (1883-1946)


 Estas decisões envolvem tempo e são tomadas em um ambiente
de incerteza;
 Logo: a instabilidade é intrínseca ao sistema;
 Somente as intervenções governamentais podem evitar a
ocorrência de “equilíbrios ruins”, qual seja, desemprego.

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