Você está na página 1de 1

Avaliação do gasto energético

Como necessidade de conhecer o consumo de energia do corpo humano ao realizar


determinadas atividades do cotidiano, ou mesmo durante a prática de exercícios físicos
programados, surgiram vários métodos para a avaliação do gasto energético, tais como
amostras do consumo de oxigênio, análise da variação da frequência cardíaca,
questionários retrospectivos dos padrões de atividades do dia a dia, entre outros,
apresentando cada um deles vantagens e desvantagens nos valores encontrados
considerando as dificuldades de cada método em relação a especificidade do resultado.

Atualmente, as necessidades energéticas de um indivíduo podem ser avaliadas por calorimetria


direta, calorimetria indireta e técnica da água duplamente marcada.

Calorimetria direta e indireta


A quantidade de energia produzida pelo corpo humano pode ser quantificada de forma
direta ou indireta.

O sistema de calorimetria é capaz de medir a quantidade de calor produzido pelo corpo em


um determinado período de tempo.

Para que esse procedimento seja efetuado, o indivíduo deve ser mantido em uma câmara
fechada contendo uma tubulação de cobre, por meio da qual a água circula.

O calor dissipado pelo corpo do indivíduo acontece por meio de vapor de água que é
irradiado para as paredes da câmara, esquentando a água que circula na tubulação.
A Calorimetria Direta é provavelmente o método que provê maior acurácia à realização de
medidas do gasto energético, pois mensura de maneira direta o calor gerado pelo
organismo. Apresenta um erro padrão de estimativa (EPE) com variação de 1 a 2%.

A Calorimetria Indireta tem a finalidade de estimar o gasto energético levando em


consideração a determinação da quantidade de oxigênio consumido e do dióxido de
carbono produzido (denominada quociente respiratório, conhecido como QR) pelo corpo
em um determinado período de tempo.

O cálculo do QR é efetuado dividindo-se o CO2/O2, expresso em litros (a quantidade de CO 2


produzido pela quantidade de O2 consumido). As trocas gasosas são mensuradas em
equipamentos específicos denominados espirômetros.

Para a oxidação da glicose, por exemplo, a quantidade de oxigênio consumida é a mesma


que a quantidade de dióxido de carbono produzida, determinando uma relação final de 1.

Para lipídios a relação final é de 0,69 aproximando-a para o valor de 0,7; e para proteínas a
relação final é de 0,8.

Dessa forma, esses números produzidos pela relação CO 2/O2 (QR) refletem em estado
estável o metabolismo dos nutrientes na célula.

O valor energético de 4,825 kcal/l de oxigênio é denominado de equivalente metabólico (MET),


aproximado para o valor de 5 MET, usado como fator para estimativa do gasto energético baseado
no consumo de oxigênio.

Você também pode gostar