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PLANO DE ENSINO INDIVIDUALIZADO (PEI)

1. Identificação do aluno
a) Nome: M.
b) Turma: Etec H.– 3° ano do curso de L.
2. Diagnósticos clínicos:
a) Parecer neurológico: Diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista,
TDAH (Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade), Transtorno
Desafiador de Opositor.
Aluna faz uso de medicamentos em casa.
b) Parecer psicológico: De acordo com o Psicólogo e o Neurologista, o quadro de
M. está em análise biopsicossocia. P ossui o cognitivo preservado, necessitando
apenas de pequenas intervenções de carater pedagógico.
Em âmbito comportamental M. necessita de maior apoio.
Possui resistência em socialização e dificuldade em sua comunicação.
Necessita de auxilio com organização de sua rotina.

3. Atendimentos com especialistas:


Neurologista 1 vez ao mês.
Iniciando tratamento com psicólogo, sem assiduidade.

4. Definição de:

TDAH
O transtorno é caracterizado pela hiperatividade, desorganização, agitação, falta de atenção,
impulsividade, entre outros. Estima-se que ele atinja de 3% a 6% das crianças em todo o mundo.
O TDAH não tem cura, mas tem tratamentos que procuram amenizar de forma considerável os
efeitos da síndrome.

Embora grande parte das pessoas com TDAH tenham a criatividade e a inteligência aflorada,
muitas delas tiram notas baixas no período escolar devido à pouca consistência em atividades
que precisam de maior concentração ou até mesmo pelo aspecto impulsivo.

O que acontece no cérebro de uma pessoa com TDAH?


Enquanto a região chamada córtex frontal se desenvolve de forma tardia, o córtex motor amadurece
mais cedo do que o esperado. Entenda abaixo o que isso significa:

Córtex frontal: é a região do cérebro responsável por funções como a retenção da atenção, memória,
planejamento e inibição, entre outras. Nas crianças com TDAH, essa área do cérebro é
aparentemente mais fina e amadurece de forma mais lenta do que o normal – podendo chegar a até
três anos de “atraso”, em comparação com crianças sem TDAH. É importante ressaltar que, em
alguns casos, o córtex frontal tornou-se mais espesso e amadureceu, passando a acompanhar o
estágio de crescimento natural. Essa pode ser uma das razões pelas quais algumas crianças deixam
de apresentar os sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, naturalmente,
conforme o desenvolvimento.
Córtex motor: esta é a área do cérebro que controla os movimentos. No mesmo estudo, as
imagens de ressonância magnética mostraram que nas crianças com TDAH o córtex motor cresce
de forma muito mais acelerada do que nas crianças sem TDAH. Isso pode causar a movimentação
excessiva de algumas crianças com TDAH, desde muito cedo.

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA


O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico
presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce,
Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno
Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e
a Síndrome de Asperger.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência
mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na
comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na
reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como
movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos
os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em
intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado
de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos
são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.

Caracteristicas
O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em
bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes
sintomas:
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos,
expressar as próprias emoções e fazer amigos;
Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para
começar e manter um diálogo;
Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas,
interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial
(hiper ou hipo).
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula estes distúrbios
como um espectro justamente por se manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma
pessoa diagnosticada como de grau 1 de suporte apresenta prejuízos leves, que podem não a
impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um indivíduo com grau 2 de suporte tem um menor
grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como
tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o autista com grau 3 de suporte vai manifestar
dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.
Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes,
como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e à exatidão; capacidade
de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante
um longo período de tempo.
Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e
características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se
expressa e se comporta.
TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO
Transtorno infantil caracterizado por comportamento desafiador e desobediente a figuras de
autoridade.
A causa do transtorno desafiador de oposição é desconhecida, mas provavelmente envolve
uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Os sintomas geralmente começam antes de uma criança completar oito anos de idade. Eles
incluem humor irritável, comportamento argumentativo e desafiador, agressividade e índole
vingativa que duram mais de seis meses e causam problemas significativos em casa ou na
escola.
O tratamento envolve terapia individual e familiar.

5. Objetivos do plano e Necessidades específicas

Foi realizado processo de averiguação de documentos com o boletim escolar, ementado curso de L.,
informes educacionais com registro clínico e escuta de informações dos professores a respeito do
desenvolvimento pedagógico da aluna e suas dificuldades educacionais.
Aluna possui inassuidade nas aulas devido questões de cunhos psicoemocionais e sensoriais.
Tendo em vista as obsevações a cima, foi traçado um plano de adaptação com prazo de três
meses para que seja observado seu desempenho pedagógico e social.
Dessa forma, no âmbito pedagógico conseguiremos observar seu desempenho em relação
as disciplinas do curso de mecatronica e assim atingir suas metas educacionais.
Serão desenvolvidades atividades de rotina, focadas em organização, concentração,
autocontrole e incentivo.
Em sua rotina a aluna possui necessidade de:
 Mediação individual nas atividades e avaliações;
 Trabalhar os conteúdos e se preciso conceitos no concreto;
 Proporcionar tempo estendido para realização de atividades e avaliações;
 Sentar próximo ao professor;
 Criar rotina de tirar de sua mochila apenas o material que irá utilizar naquele momento,
deixando os demais materiais guardados em sua mochila;
 Realizar pausas no intervalo das aulas, reforçando que as saídas da sala de aula devem
acontecer apenas nesses momentos (a não ser que seja uma emergência);
 Reforço com palavras positivas sempre que o alcançar o almejado;
 Diálogo em turma para o incentivo de rodas de conversas na hora do intervalo.

6. Organização do atendimento:
Aluna possuirá um professor Titular para cada disciplina do semestre e contará com o
auxílio de um agente, que dará suporte na realização das atividades em paralelo com o professor.

7. Parcerias necessárias para aprimoramento do atendimento ao aluno:

a) Família:
Participação na instituição para relatar fatos de interesse, necessidades da aluna e seus
desafios enfrentados em casa e na escola de ensino regular. Trabalho colaborativo entre
instituição e família para juntos buscarem parcerias e assim melhorar a aprendizagem.
b) Equipe pedagógica:
Trabalho conjunto com todos os professores, oferecendo sugestões de atividades,
metodologia variadas, estratégias contextualizadas.

Observação do professor, em sala de aula ou demais locais da instituição qual a aluna


estará inserido, com finalidade de identificar e listar quais as potencialidades e necessidades
educacionais específicas que o aluno atribui, para posteriormente traçar estratégias e ações de
atendimento em sala de aula e em demais locais da instituição.

8. Avaliação:
Aluno realizará avalição de acordo com o seu nível de aprendizagem. Durante o processo o
professor poderá fazer recapitulação dos conteúdos estudados a fim de relembrar.

a) Reestruturação do Plano
Ocorrerá reavaliação do processo, e sempre que necessário a reformulação de estratégias e
objetivos às necessidades da aluna.

9. Anexo:
a) Relatório
PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO (PEI)

Aluna: J.
Turma: Etec L.– 3° ano do curso de m.

ACOMPANHAMENTO COM ESPECIALISTAS


(x) Neurologista ( ) Psiquiatra ( ) Fono (x) Psicólogo ( ) Psicopedagogo ( ) Terapeuta
Ocupacional ( ) Psicomotricista ( ) Nutricionista ( ) Outro(s)

ESTRATÉGIAS E EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

 Manter o contato via whatsApp com o discente caso ela necessite de ajuda
 Rotina de estudos
 Organização de trabalhos, tarefas, atividades para casa, prazos para entrega.
 Aulas de reforço após o período de aula
 Recorrer ao auxilio em sala ou numa rotina de estudo a disposição
 Após a decorrência de algumas experiências negativas com outros agentes, preferimos
preservar a particularidade de M. de modo que, possa fluir motivada, inclusa, autônoma
nos novos aprendizados e assídua na frequência até o término do 3º ano - L.
 Adaptação das provas: estilos oral (conteúdo explicado em prova oral),
visual (imagem ou trabalho combinas com o professor) e
escrita (dissertativa mais simples) ou
alternativa e com quantidades menores de perguntas)
 Fazer resumos nos textos passados: tópicos do conteúdo, explicações verbais,
marcações no texto com caneta colorida.
 Estimular trabalhos em grupo
TERMO DE CIÊNCIA

Plano de Ensino Individualizado (PEI) - Trimestral

Eu , responsável
pelo (a) aluno (a) _____________________________________ turma
______________________ , recebi as informações e orientações a respeito do Plano de Ensino
Individualizado (PEI) para melhor atender as necessidades do(a) aluno(a) e assim promover o seu
aprendizado.

Como família comprometo-me a atualizar as informações médicas do(a) aluno(a), como dos
especialistas que o(a) acompanham, e informar ao colégio as necessidades específicas deste (desta).

É imprescindível a família acompanhar e promover o desenvolvimento do (a) aluno (a) em suas


áreas cognitivas, emocionais e sociais, firmando assim parceria com o colégio.

Cientes, assinam nesta data: / / .

Responsável Coordenadora Pedagógica

Ciência:

Disciplina Professor
Mediador

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