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TB al consider pos dcees como um arena * felaGio i sutonomia quanto i cemocratizacio. 7 ‘tei da arononia iver net ee 490 periodo militar (1964-1985), embora nio se deixe de t rf enor ede de cer ee i fo legis atrrs« pounced nae + levates prs o favre de anes compara pare a cemonstraio de causase conseqincias das lata externas ap mers i insttuigio peg des tadas consiuinse num de investiga como c «leou um processo no qui sociedade brasileira fi prvada de sees do ‘sion cvs mas elementares, Foi clad, reprimid, intimidate {omurada. Nat univesidades,princpalnente nas publics, profetoren funcionirios e alunos que declaravam discordar das my mma vas cram vigiados, perseguidos, st susponsos,desligados das insiuigfen, {ao por autrdadesexemas como por drgntsinteron que sev ler de ses cargos par pita de atade arbi. esse context, a autonomia univenitria “concedida” através de inatramentos legis foi dosada de acordo com os interesecs dos diferan {©s grupos que assumiram o govern, cm cada periodo dos 21 anos da Juragio do regime. Foi, portant, on sem Portanto, controle weelada pelo poder gor ‘Contudo, se a autonomia concedia fi tutelada, a autonomia cone truid seguu 0 seu curso, Nos momentos de maior repessde reve nes intensidade redida a pequenos grupos, que se recustam 4 enter *universidade ao aritio do poder constuida. No ino da aberton poi oleae comm omega fear sees connate wwibuiram s Pil en Par mame tunvsaesplcn cre diivida, uma construgio relevante e a ose tev dne omc hie dob «apenas nso a oe uw do Gono ana ocimestn de Avec dr Be ram descorinados, quer pla si 44a UFRRY, quer pelo esudo de quisda. Estudar a autonomia das univers um periodo no qual a atonomis ind a as individu foram desrespel trade desi, prinipalmente pelo propos ura, por seu alto nivel de interese ()" im segunda ligt, cabe resslar que tamb sv a rgras para ase so dos alunos e para a acitagio de transferénias de outras eos p= x demas canis co a expec cro poplar aio Ewchin de Quon Lis cna“ eeio rr «Leo polo Fee Bienes, com “iin enti” (ESAMY, Ac Congr 1920, p 7070, foram Mic de Malla com “0 aa ESAMY cram determinadas por sia CongregagS, asim como ain- dicagio dos docentes para bolsas de estudo no exterior SAMY. as de Congregania. 172-1958), Eise foi um outro diferencia relevant, pois as insituigesagrcolas superiors da épocs admiian os alunos ‘em maticala inal ou transferéni,encaminhados pelo Ministéro d [Aeicutura, em qualquer questionamentos (Mendonca, 1994). Tas procedimentosliitavam a iterferécia externa em assunts iternos fa ESAMY, posibiliando o respito 8 Tnwituigio, tanto por pane autordadescompetentes como das demi excolassuperiores da Spoca (0 terceiro ponto que merece destaque é organizacto do ensino & da pesquisa A qualiiagto do dorpo docene facto a pritca da ps ‘guise na Escola ea fe ser comparada a um “grande centro cence, ‘conforme demonstra a exporigio de motives que acompanhou o Re- tulamento da ESAMY, de 1920. Lamentando as difculdades finance rs que impediam © MAIC de destinar mas verbas & ESAMTY,o minis- tro asst se promoncious A sco Suprion de Agpculeara © Medicina Verna & pi come de mito ceva, pars 2 qual se fazem preior curio mater que «presente reform, por dein ore meni, the nlo pode concederplenszene na rae dat rs pnsabiiddes didvca que Be confer.) E como a Pala to tro de a ie de lamentivesvcisinds, tem, Tad ma sitaugo ie # apron de um grande centro ene ico, condo indigenes intiaoe dese ger, (por dense, dede 6, conde de modo indir grande pare ‘do qual «presente reforma recnthece neces © & fords 2 ‘mite Br, CLR, 1920p. 38-38). Apesr de reconhecer a importincia da ESAMY, o Ministo apontou © principal problema que a erseguiv durante voda a sua trajetria: a TT Repel da frag don preset a ESAMY, sue penguins «pubes sor ENA, 193K 71-126 faa de recursos fnanceitos, Talves isso tenha difculado a gesto fi haneeira e parimonial da Escola, jé que ela tnha muitas necssidades ‘© pouguissimos recursos a gert. Contudo, a qualidade do ensino e da pesquisa desenvolvidos na ESAMY, favoreceu a organizagio dos pro grams de ensino e« ampliagio das caderas,apontando uma incinacio de enriquecimento de curiculo com estudos humanisticos,conforme ‘obser Mendonca (Ibid), que chama a atengo para o “tipo de desdo- bramento de eadeiresverfcado na ESAMY,atingindo em cheio disi- plinas e/ou conteidos que se poderiam designar como mais humanis- ‘cot Referindo-te mais especiiamente& reformolagso curscule de 1018, pesquisadora demonstra que, de ums Gnieacadeira“emergram, praticamente, outras duas © mea (.) que adqurram o estatuo de ca lepende te com un ano ltvo ine de duragio para cada ‘ua, log, mais aprofandamento das temas inerentes ao programa’ (0 fato pode eonfirmar que a ESAMY, dferentemente das demais esco- las agrontmicas do pale que adotavam “um programa de caritersbso- Iutamentetecnicizant’ abra um “espao sgnificativo (1296) para die- céplinas humanisieas (Mendonca, 1994, p. 210). Essa tendénca de se mpliar« cultura humanisica, em contraposigfo ao carter meramente uilititio do ensino superior, tomon forga nos meis académicos bras Ieios,comprovando que a Escola eta no eaminho cert” En quar lugar, val resakar «forma como a Intaigio ocupon ga datvamente ose expago ene 0 MAIC e& pola edcaconal asec Irae. Como soos profssreseram bem qualfiadose, consent ments, mvitorespeitados nas respecivas eas de aang, a Congreso dha Escola por eles compost, no actaraos projets emanados do MAIC, sem dizousbete questonamentor «em vias oases, eg que o Mi rindi consulise em amuneos que verte sobre o ending agrond- rico e veterndrio. Exempla dino 0 queionanvento ao projeto da Escola "Nacional de Agrononia (Projto Reforma do Exsino SupesiorAgrontanie), Feo em 1933, pelo endo dwor da Eseoae presidente da Congregaso. 9 pn do ereaeinents doce cm ned bmn er SAMY, ra Cir 1915-193 dr da SAMY, 190,122, 1927 © 188 “(considera que « Congrepato deta cola 6 msior cidade oil do pais m maria de easnoagrondmic' «ve ‘eins olan asin, com 0 dirt de ser oid et ma triad ata rede, resolve maifetar a0 Exo. Se. Minis a Agicura a convcgo de que & napennvel no intereste ble, iti anda desta Congregaeo sabre oases” (ESAMY, As cd Congreete 24/11/1953, p67. {im seu estado a espeito da mir auconomia da ESAMV em rela- ‘io 4 Escola Superior de Agicukurs Luiz de Queiroz (ESALQ), “Mendonca (Ibid) ds especial deftaque ao fate acima mencionado que, segundo a autora, evidenda a capaidade da ESAMV de “no acatar ppssvamente as delibragSes ministers sem antes dscu-ase opinar ‘respite continua afrmando que esta “avez tenha sido achave ex plcava demos maior autonomia” (p.267) A pesquisadora chama aten- ‘lo nda pars a contribuigo ava da Escola na campanha pela regula rmentacio ds profissdo de agrinomo, Para cl, “iss sgnificava lata pela ‘tira defiiiva de dois pringpios: a) sua imposcio como escolaspa- dro ofa, nacionalmente abrangentee b) a imposigio do Miniséio, ‘a Agricultura como detentor do monopslio dessereconhecimente, ou tej eestor potencial dos quadros da ‘nobrera de Estados” (p. 191). A profisado de engenhero-agéinomo foi reconhecida ofcialmene polo Decreto 1° 28.196 de 12/10/1938 e o monopéio da concessto passou ser detido pelo MAIC aps inspegio escolar reizada pelos profeso- res da ESAMV (ESAMY. Regiment Jnterna. 1930, p. 42. A partir dessespressupostos, a Instiuigio tomourse parimero de ‘exoeléncia em relicio aos demas estabelecimentos de ensino agrond- Imico do pals, ocupando seu espago como escola padro nacional, con- forme registro no Livra de Oficios Reeebidos (1933), a spor [An A Escola de Apiclra © Medicina Veerinsa ue prtederem que oF diplomas po la confers sm reps ‘ona rparigisfederai fm e produsiren o lito p= ‘intone vite equcrerd ao Mito da Agric Aepisit da uot de Fainago ds Delegacia Fea do Estat com ge fncocaen Ar. 2°0 fanonamne programas conde didi das reeridas Eas devero se idBsico as da ESAMY, mania pela Unio. (EAM, Ltr de Of Redd 1933. 36) 0 fata foi corroborsdo em 1934, pelo Decreton* 23.858 que reco- heceu-a como escola padr¥o nacional, pasando seus curiulos a ser vie de refertacia para as demaisecolas agrondmicas superiores. Asin {AESAMY, uma “escola de gesto,vislumbrada por muitos como deten- tora de posgfosubaltema no campo das instituigGes braseiras de en= sino superior da Primeia Repibliea, deu mostras de sua real expac de de aceso ao poder sobre o Estada” (Mendonca, 1994, p. 270). Esse cess foi especialmente evidenciado em 1931, quando Ministésio da Agricultura, Indéstria © Comérciosofreu uma grande reforma, perma necendo sob su alada apenas as questes ligadas 8 agricutura, en- quanto a indstrae o comércio passavam para orecém eriado Minis Tio do Trabalho, © novo Afinisttio da Agricultura (MINAGRI) passou, iy a contar em seus quadros, com muitos nomes oriundos da [ESAMY, Bes condusiram a eriagio do novo projeto vitriso de imer- ‘eno no chamado “mundo rura que foi representado pela “coope- ‘atvizagio do campo’ Para esse fim fot rid, no interior do MINA- CGR, a Diretoria do Serviga de Cooperstivismo,eujs princpas segBes foram encabegadas por FSbio La Filho, José Saturnino de Brito e Wal- dik de Moura, egressor da ESAMY (Ibid) ‘0 ongulho pelos ramos que a Escola havi tomado pide ser perce- bdo mesmo antes da Revolugio de 30, quando o professor Thomax Cou Filho, proferindo a palestra da aula inaugural do perio leivo dda ESAMY, em 1928, assim se pronuncion Convio a qu me prove que Bios de ora escola conge- eres no Bais alent aos dst a vida prosina, mii ecanquistas enfin, com excel de noses co-nn Inia que no antoedea! Consido que me prove que outs acl congéner apse um corpo decent speror a0 noso em ener tes: ‘ual qu, por alguns de seas membros reyplenda como aqui ms const ofowantes da mentaldade mandi Convio = que x me prove que outs exo congénere mo Bras ensina mae tancendertalmcat, como se faz mise, Aronomia (4 agronria vo bem endo a agiatrs) do que ‘No hi mal que sere dare..Nio hi stimentopermanen- tea dlenda Escola o nos te aldo mos ai paren (ESAMY. Aue anor 1929, 14-15) lnmbuida dees epiito, a ESAMTV conclu sus taetria transfor mouse nas Eseols Naconais. Voko a frsar aqui, que apesar das mie dancasocorridas, «partir de 1934, continvou & mesma em sua essa cia, como ae ver a segue 29 A ESAMY e seu desdobramento No ano de 1934, através do Decreto n 23858, de 8 de fovercio, [ESAMY teve sus cusos desmembrados em grandes excolas nacionas Escola Nacional de Agronomi, Escola Nacional de Vterniriae Escola Nacional de Quimica, Exava em vigor 0 Exe dar Universidade: Bra- sil insivuido pela Reforma Francisco Campos, através do Decrto 1" 19.851 de 1980, que dispunha sobre a obvigatoiedade de pelo me- nos trés dos seuintes cursos para a consiiglo de uma universidade Direito; Medicina; Engenharia; Pducao, Cigncas e Letras. A Tosti ‘lo em extude além de nio estar ligada ao Ministrio da Educa © Sade Piblica,contava com ts Esclas Naconas — Agronamia, ete ria © Quimiea ~ nfo cumprindo, poranto, as exigéncas legs para se teansformar em vniversdade ‘Todavia, a parr de 1934, com direges auténomas,essas Escolas pussaram a contar com maior apoio fnancero do governo e puderam “instlar modelaesgabineteselaboratiros,capazes de rivalizar com os mdthores do esrangeto(.), ampli a sua biblioteca e iniciar suas pu Ica da sie didiics” (Crile, 1998, p. 17). © corpo docente da sttuigio, que continuaa tendo o seu ingreaso através de concurs, com aggio da Congregacio,povaeacritaeprova de aula, investia cx dda ver mais na methoria do cieiclo. A grande maior aria cursos no exterior © desenvolvaintensaatvidade de pesquisa™ ‘As Esco Nacionas Garam, pom, limitadas e restringidas plat respectivas subordinagSes Escola Nacional de Agronomia CENA) fi rina diretamente & Diretoria do Ensino Agricola do Minis- ‘riod Agriuleura (MINACRI) ¢ o dirtor deste dro do Minisério scumulava a fungio de dietor dessa Escola. Por sua vez, a Escola Na sonal de Veteriniia (ENV) estava vinculada a0 Departamento Na ‘anal da Producio Animal e seu diretor também era 0 chefe deste de- partamento, Uma maior Uberdade em termos adminitativos para as scolas Naconas sigificaa, eno, a desvinculagio dessesdngos © a cringio do cargo de diretor das instiuigbeseducaionas Iso foi aten- ido, em parte, pela Poraria Ministerial de 14 de novembro de 1936, {que tornou as Escola independentes e abrin caminho para, em 24 de Teversio de 1987, ser eiado 0 cargo de diretor das Pscoas, subordi- nando-as dretamente ao Ministro da Agricutera, A autonomia da pr mira fo, portanto, mais Tiitada que a da segunda, por vincularse a tum éngio do Ministro e nto dretamente a0 Ministro "Eniretant, a pari de 1938, savés do Decrto-Lai mt 982, de 23 de Alezembro, a ENA passou a subordinarse, mai uma ver, a um érgio do MINAGRI.o Centro Nacional de Ensinoe Pesquisas Agronémics (CNE- PA), enquanto que a ENV contnaon subordinada ao Ministo de Estado, va A Universidade Rural Em 30 de dezembro de 1943 0 CNEPA é reorganizado, pelo Decrto Lei 6155, tendo “por Finalidde ministrar 0 ensino agricola evetei= nti ¢executa, coordenar edit a pesqusasagronémicas no pals hreap, er Ena Nasional de Apononia (ENA), 1938, le foi compost pelos seguntes érgion 1 - Universidade Rural Servigo Nacional de Pesquisas Agrondmieas Servigo Médico IV Superimendéncia de Edifcose Parquet V - Servio de Administra VI- Biblioteca (Decreto-Li 6155/43, 29, Nasi neste momento, a Universidade Raral (UR), que pelo mes in deere naw compo asin determina T= Escola Nacional de Agronomia TT Escola Nacional de Veterniria TIT Cursos de Apeteigoamento¢ Especializasio TV Cursor de Extensio V - Servigo Escolar ‘VI- Servigo de Desporto (Ibid, at. 49) E imporeantenotar que das ts Escolas Naionsis iniinis, Uni= versidade Rural foi formada por somente duas: Agronomia © Veteri- ira. Iss aconteceu porque em 1987, «Lei n*452 que institu a Uni versidade do Bra determinou sua consituiglo por 15 Bstolas 00 Faculdades que na época ram referéncas de ening. Eran eax: Facul- dade Nacional de Flos Gignciae ¢ Letras; Faculdade Nacional de Edueacio; Escola Nacional de Engenharis Escola Nacional de Minas € Meralurgia; Escola Nacional de Quimica; Faculdade Nacional de Medi ‘ina Faculdade Nacional de Odontologia: Faculdade Nacional de Fat- cis; Faculdade Nacional de iret; Faculdade Nacional de Plea © Economia; Escola Nacional de Agronomia; Escola Nacional de Vete- ‘india; Escola Nacional de Arquitetrs; Escola Nacional de Belas Ares, Escola Nacional de Misia (Lei n* 452/37, at. 4, grifor nosso), Como se pov vera ts Bscolas Nacionasorigindrias da ESAMY foram in- ‘corporadas por lei, Universidade do Brasil No entanto, sé foi efitiva- ae ealdade a tansferéncia da Escola Nacional de Quimica, que vio ‘constiirse na Escola de Engenharia Quimica da atual Universidade Feder dase constituzam, em 1943, 2 Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRJ), As ostras dass mansiveramse unk Apesur de er agor, uma uiversidade, a UR x diferenciava das de- mais do pals por estar vinculada a um drgio do Ministrso da Agri cules © to ao Minstro ds Educagio e Sade, como as demas uni- Carvalho (1997), esta separacio do éngio stor do ensino superior evidenciava “jogo de foras onde se anu versidades brasiiras lavam os interesses do patronato rural em manter eta esferasubord- ‘ada aos scusinteresese a do govern, quanto expecativa de for- ‘mar quadros profsionai que reguardatsem a8 condiges de produce sanidade dos rebanhos nacionais”(p. 127) Por outro lado esa separaio mbm produsiu um relevante dif rencial para a Universidade Rural. Era a instuigho mais imporante desire o Miniseério ao qual sara subordinadae jf contava, na ép- ca, com cerea de 1300 alunos. O espago onde ela esta instalada na Urea nha se tomado pequeno pats o mero de akinos © cada vee mais improprio para os cursos da ira agrondmica, Cicote das difculdades e om o firme propésito de sani-as o Mi- nitro da Agriuleurainiiou em 1938, na gesto do Minisro Ferman do Costa, as obras de umn camp especialmente constuido para a Uni versdade Rural, no Km 47 da Estrada Rio-Sio Paulo, Protendia 0 Ministry alm de alr a Universidade em um local no qual pues ‘reser e desenvolver sus priticasagrcolas resolver o problema de um “cal visto entio com certs reservas por causa da malra pela pre senga de um grande nimero de grievor regio” (Costa, 199% p 9) Nove anos depois em 4 de julho de 1947, com a presenea do Pre sidente da Replica, Rurico Caspar Dutra, fo inangurado 0 novo e de Fniivo campus da Universidade Rural, "com a entrega de dez dos de- “sgssete edifice insalagBies encores que integravara © campus para ‘os cursos de Engenharia Reval Biologia, Quimica, além das Escolas de Agronomia Veteriniriae dos Cursos de Aperfeigoamento e Especa- liaagio” ld). e Pe Pag te Una akg Aries Migs Li. - SMa te Cnt de Mo PERE A transferéncia fi recebida com jibilo pelos alunos. A respeito, 0 Diretrio Académico de Vetrindra assim se referiu, em sua Revista & ‘nauguracio do novo espaco insiucionsl ‘Obra devo, oo plariquera de us ina, como ‘elo grande ndmero de exabelaciments que congregao Kim 47 ‘th destnad a um detempenho reevame no desenolinento sical de nos pls. 0 prio abo a sartoProfestres ¢Alunos promos & se deicarem, com oda wus foras, prs er jos a erg erpendido por adminisragiessuceavas dinpontas 4 doar ot ‘dans de vtrniria e agronomia de instal adoqudas [Ns oporanidade em qu x reali inpurago das owas ‘evealages da Universidade Kora ~VETERINARIA’ em nome os alunos da scola Nacional de Veena asa péblco © ‘tect 0 rconbocients do eto x tot ox outribuiram para constraio do Ke 4 dotndo o Beal de us prinein Universidade em todos of sedan do terme (ESAMV. Frida Ano Iw 2 ju 187 p 6263. ‘inp aera Para A inauguraglo do campus universitrio merecea destaque nos jor ais da época, Reerindose 40 artigo publiado no jrnal Disro de Neti (3/8), Lain Flivio Costa regis: ‘ho chase ao Kin avistese um conjuno de conse ora, em eto colons iseminadas por diversas colunas de esuenscleagt, O gupo de esabelcimentos de ensno de ue compte a Universidade Rural fs exquera. A di, locales oF eaabeleinenton de pesquan agrondmica. Asim, prakament,achanese lado lado 0 enino © a expert: mena (Cost, 1998.9), idade © qualidade das peaquissfo- nia do centro de decisies do Distrito (Com estas conde a um fvoreclas.Todavia, dst Federal vai ocasionar um ditancamento de professors e alunos das scussdespolticas em tomo da instuigSo universes. NBo signt- Jo esa autonomia deixaram cot, no entant, que o papel da Ista de ser disetidas no novo espao insincional, somente que elas passa ‘im a adquirir uma conotago muito propia Em decorréncia do fato da UR estar subondinad so Centro Nacio- nal de Estudos e Pesquisas Agrondmica, go do Ministério da Agr- cultura ela praccamentendo foi afetada pela reformas de ensino ea inadas do Ministério da Bducago e 8 ‘que a Universidade se viske como diferente das demas, consideradas le Tso acabou fazendo com por ela mais autGnomas e, portant, mais livres para tomarem decisies ‘no campo acadmio, Ess visio contribu para foralece intemamente a Juta pela autonomia universtria no nove campus uma vex que os al- ros, agora em regime de nternato,dspunham de mais tempo para vie venciare dsc ne eles e com os professore, os problemas neren- tes A universidade i Para os estdantes autonomia significa, principalmente,« desvin- culago da Universidade Rural do NEPA, e iso vai fcr evidenciado, de Forma mas explicit, a partir de 1950, nas publicagtes do Diretirio Aeadémico (D. A) do Curso de Vetcriniria Eo que se pode apreender do exame de um ofcio enviado pelo D. A ao Minsto da Agricultura ‘em prol da autonomia da Universidade, em junho de 1950. Apos um preimbulo inca o documento assnala a difcaldades de se adminis: tar a Universidade em virrude da estutura extremamenteburocritic, decorrente de sua vinculaio 20 CNEPA. E, comp Por ete mio, como medida nicl soeamos a V.Exia a amonomia pars 4 Univesdade Rural. Jno & pov que pinta como pare do CNIERA, o que w Ihe tem raz en tres dicldader i nics univer, eolocandornos em stag de nferioridad em relatos a outa ive Sidades do Bese do exrangeir. $6 sonoma via sender rapidameat is necesiader doe docentes edison, ico izes de seats 0 que ses © expt universe conse femente com babiagtes pura fazrem progreir esa obra (ESAMN. Surin An V2 ja 1950p. 8, No mesmo offi os alunos ainda destacavam que a orienagio dd ‘ica epedagigica do uma univenidade xb podera ser ditada “por aque- Je que vivessem do ensino e para o ensino” Com iso questonsvamn a figura do Dior Geral que era do CNEPA,e, segundo eles era “de st prema autoridade e completamente divorciado da UR" Solicitavam 20 Minstro a desvineulgio deste ro, para que as maiores autoridades ‘na Universidade Rural passtasem a sero Reitor © 0 Consclho Univer- stro, como nas deme universidades do pais “Em resumo, Senbor Ministro: a autonomia via colocar a Universidade em pé de igualdade 420 das otra do paige pela acoso do Estauto da Universidade do Brasil no que forse cabive,encontaiamos ramo seguro” (bid). les propunham a sdocio do Exatuto da Universidade do Bra lagio do CNEPA, catava © anecio de adguirr © motto seer que aque insti des frutava no interior da comunidade aeadémica, A prova disso & que ot alunos ji se vefeiam & UR, em todas as suas publiasdes, como Uni- versidade Rural do Brasil, denominaglo esta qu a Insttiglo 56 vai as sumiroficilmente a parr de 1963. O proprio acigo que raz 0 ofiio objeto de nossa anise, datado de 1950, tem por tule “tonomia pa ‘a Universidade Rural do Brat Segundo o Ministo da Edveago Gustavo Capanema, a Lin 452, de 1957 que incinia a Universidade do Brasil (UB), ex co principio: o primeira, de ea fancio de far 0 pado do ensino supe- Enretnte, ports dessa proposta, lém da desvin seem dois Flor em todo o piso segundo (.), € sera UB una insiuieSo de signi feacio nacional « no loca” (Fiver, 2000b,p. 52)-Iso a colocava rea mente como um padeio de exceléncia a ser seguido, Nio era de se cetranar, ponanto, que 2 UR, formada pels Escolas Nacionss — Ags cultura e Veerndra ~ que eram, desde 1934, padrdo nacional para os curiculos da rea agrondimiareivindicasse, também, o acréscimo da ex pres “do Tras” ao seu dul, A Universidade Rural, asim como a Universidade do Brasil se consderava una instiuicio de sigiieagio na- onal na sua ica. O que agravava 0 diferencia guardadas as devidas roporoies, era forma preconcituosa pela qual era visto o cnsino agro- mieo no Bras, assciada a iscriminagiohiséiea do trabalho manal, ‘considerado menos nobre, na comparao com o trabalho inelectal, es te im, muito mais valorzado pela sociedade brasira 0 Ministro da Agricultura, Apoldnio Sales, 20 prferr a sua naw ‘gual da Universidade Rural chamava a atengio para ese preconce- to. conclamava profestores © alunos a lutar contra ele, obvervando: ‘Nam pase que, por metros istics ind exit inf smenteo preconet conto abl manual a ae formas mie nobres deste cae, no aro, no old ou no dessgrada dos que ‘mae devia etm import, pois, Gear em guard cones eae recone para repolir ga su mie Furie mnie, mormente quand consi da seriedade a crise de prodcio aia revel 4 pla guerra, da inperiom necssidade da campanha de reerguimento ror, 4 que alu s0 tomar ponte no post de “Minisro ESAMV, Hernia Ano a jana, 1948, p20), 0 corpo docente, por sua ve, também esavaengajado na lita pla ampliagio da autonomia da UR. A leurs das ata do Conselho Univer: stro da épocando deixadividas a este respi, Infelzment,o pri- ‘meio livzo de atasarqivado na Sala dos Orgios Colegindos da UFRI dau do ano de 1955, Porant, somente a pair desta das pode-e comprotar © posiionamento dos membros do Consetho Universirio sobre autonomia universiiria.Alguns fatos considerados mais relevan- tes foram destacados para ete est. Na primeira ata do lvo, datada de 16 de margo de 1955, 0 Conse- Iho Universiiio (CONSU) buscava preserar a autonomia da Univer= sidade Rural ratifcando ser de sua respomsabilidade a indiagio dos ‘noms que viessem a integra lists epics para on cargos de Diretor das Baolas Nacionas de Agronomia e eterna. Visava com ise, astar «interferéncia deta do CNEPA.ou do priprio Ministro da Agricutu- 1a Par foralecer sua decsio, aprovou, por unaimidade, que qualquer professor eatedritco em exerci poderia ser votado. Alisa wplice da Escola Nacional de Agronomia era encaminhada ao Ministo da Age- culeura ¢ a da Escola Nacional de Vetriniria ao Presidente da Repi- Dla Esa diferenga de encaminhamentos era explicitada pela vineula- ‘diferencia das das escola, i mencionada ateriommente.O mes ‘mo procedimento é evidenciado em atasposteriores na composco da Tse tiplice para a escotha do Retor da Universidade. Com isso a Uni versidade Rural fi aos poucos construindo sua autonomiaadninists ‘iva. Entreanto, um longo caminho ainda precsava rer percorsd ei 40 foi demonstrado a lees ds atas dos anos subseqientes, das qua lgumas ocortncias foram selecionadas. En 1956, correu um fato desagradivel que, em 1957, acabou ves ndo uma enorme regio da comunidade académica contro CNE- PA e sua imtervenelo nos asuntos intemos da Universidade. Ajguns alunos da ENA foram punidos por trem discodado publicamente dos procedimentosdiditicos do professor de Quimica Agricola se recuse doa fazer a prova paca daquela discipina. A punigo determinad foi 4 suspensto dos estudantes por duas semanas, o que os impediu de fa zor a segunda chamada da prov acaretando 8 reprovagio dos mes ‘mos Além dss, toda punigi era registrada no Histrico Escolar que ra enviado, 20 final do cuts, & Superintendénca do Ensino Agricola « Veternirio. so acabavaprjudicando o ingresso dos puis emf turos empregos. Como o corpo discente da ENA, na wun quae totalde de, estava descontente com o professor que gern o impasse, © seu r= presentante no CONSU solidtou a apreciagio de um Recurso do Diretrio Académico, que vsivaredusir a punigo «imped a reprovae ‘fo dos punidos. Entrant, 0 pedido foi negado os alunos da ENA, entraram em greve (CONSU. Ata da Reunifo de 3/10/1956). A greve sc ested além do prevista gerando um impasse mesmo apis seu ‘érmina, © Retor Hilton José Sales Fonseca no conseguiy assum o talmenteo controle da situagio uma vex que o profesor de ‘Asiola continuava devagradando aos alunos pois insstia nox mesmor procedimentos que ocasionaram o problem, ‘Tentando resolver a stuago, o Ministro ds Agricultura, aconsl 4o pelo Diretor do CNEPA, resolven interfer Através da Potaria Mi histeral 1 909, de 2/9/1957, afasou o Reitor © nomeou o professor Anquimedes de Lima Cimats para responder pela Reitorin. A ingest sit do CNEPA, validada pelo Ministra, nos assuniosinteros da UR. scsbou mexendo com os brios de professors e alunos e gerando uma paralsagio total na Universidade Em reunio do CONSU, ocrrida em 18/9/87, 08 conseheiros soi ciaram a reorma imediata do Estauto da Universidade Rural, desvin- culandova totalmente do Regimento do CNEPA. Um deles, Bruno Al- pio Lobo, afinmow nfo acreitar “na efcénca de resolu alguma enquanto a UR envesse subordnada a0 CNEPA, pois stuagho 16 se rormalizara quando a mesma fsse libertad, so & conseguise a sua suconomia (CONSU. Ata da Revnito de 18/9/57). A devinalagto do CGNEPA se dew em I° de agosto de 1960, através do Decreo n! 48.644 © proceso suas consegincg, assim como os demas acontecimen- tos da década de 1960, esto relatados no Caputo TT desta tse. (© mesmo dspostiv legal que devinalou a Universidade Rural do CONEPA, nomeou-a Universidade Rural do Rio de Janeiro (ar. 1°) Em 1962, a Lei Delegada n° 9 atsbuiu& Tnaituigbo a denominago desja- 4a pela maior pare da comunidade wniverstria da époce: Univer sidade Raral do Brasil (ar. 39). O nome fi assumid plenamente a panir da aprovacdo do novo Esato, em 1963 (Decrewo m 1984). A transferéncia do Ministrio da Agricultura para 0 Ministéro da Edu- cao e Cultura deu em 19 de maio de 1967 pelo Decreton* 60731, «que the conferiv a aval denominaso ~ Universidade Federal Rural do io de Jancro -Apesar de consar em virion documentos ofc da Insituicio"” que su designaro aul foi asumida em 1965 (Lei 4759), xa aia rio proced. A referia Le dsp sobre a denominacio quaifcagio das Univeridades¢ Esolas Técnicas Federasvnculadas ao Ministrio {a Edeacio Cultura ea Universidade em questo sinda eave igada to Minitrio da Agricukura. A mudanga sb ocores, portato, a pari de sua wanserénca para MEG, como se ver nos eaptulossubseqien- tex deste etudo, quando se aborda, com maioresdeahes, a histra da Universidade nas décadas de 1960, 1970 e 1980 "UPR, Revs Ros Goda a digs) eCalogor Geri da UFRRY (ode ite. Capitulo IT A Universidade Rural na década de 1960: quatro denominagées ¢ a transferéncia para © Ministério da Educagio e Cultura Este capitulo examina a histria da UFRRJ na década de 1960, toman- {do como principal referéncia ax ate do Conselho Universo (CON- SU). Inicia com 0 periodo pré-mitar, quando a InsituigSo ainda era \denominada Universidade Rural e subordinada ao Ministrio da Agri- cultura. Analisa 0 breve expaco de tempo em que recehew o nome de Universidade Rural do Rio de Janeiro (1960), @ mudancs para Univer- sidade Reral do Brasil (1962) e © momento em que asumiu sua atu ‘denominagio Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1967) Discue a difculdades da Istiuigdo quando os militares assumiram 0 poder em 1964 e apresenta a forma como a Universidade pasiou para 'csfera do Ministério da Educaglo e Calera stuando avangos,retro- ‘cesss ¢ diferentes vsdes da autonomia univenitria no interior da Instituigto, no period, 0 periodo pré-militare a bus da auxonomia, nna Universidade Rural ‘A insituigofoco desta pesquisa, no inicio da déeada de 1960, rs de- ominada Universidade Rural (UR), designaco esta que lhe foi abut ‘da em 1943, pelo Deereto-Le n 6.155, que a insu, © manda pelo Decreto "16787, de 11 de outubro de 1944, que o scedew. Ocapava, deace 1948, o campir especialmente construldo para sbriga, no Kim 47 da antiga Estrada Rio-Sio Paulo. Subordinava-se a0 Cenero Nacional dd Enso e Pesquisas Agrondimicas (CNEPA),érgto do Ministio da, Agrcatura, o que acarretou para a UR uma sigufcativa fale de auto ‘nomi, uma vez que as deliberagdes tomadas no mbito da Universi- dade fcavam sujetas i sprovagio do dretor do CNEPA. ‘Numa tentativa de reparar este problema e atendendo a uma antiga reivindicagio da UR, 0 Covero Federal, aravés do Decreto n! 48644, de lo de agosto de 1960, pasiou a subordiné-la direamente 20 Miistro da Agricultura, “enquanto nfo Ihe for concedidla autonomia administativa,fnaneera, didn e dseipina” (ar 14). A autonomia aqui mencionada diva respeito&proposta de autonomia universtria ‘encaminhada um més antes pelo Executive, a0 Congresso Nacional Sobre cla, asim se exproses Lins a foi propos om recente mensagem do Execuivo 30 [Congreso Nana Gulbo de 1960), Fo de 1964, na qual wm dos Conslheiros, lo identiiado na ata excl ‘mou: “A umiversidade pensa grande e espera uu salto gigantesco, que lnrompe no cenirio polio nacional a Recluse de 37 de mar © inicio do periodo miliar Ba Universidade Rural do Brasil [primeira reunito do CONSU, apéso golpe militar de 1964, correw fem 6 de abril daquele ano. A crise politi ¢ suas reperessdes na Uni- versidade foram of principis assuntos tratados. O Reitor ~ Ydéreio [Luiz Vianna ~ inicowa relatndo aos demait membros do Conselho ‘que na madrugada de Ide ari, houye uma reunionaresidénci of ial da Reitria,Informow que na ocasi incensvou os alunos alma ‘© 4 displ para o bom andamento das atividades e da order na Universidade” Em sepuida pasiou a fazer wma spreciagio das noticias Dublicadas nos jomais 0 Die e O Glba: Bm ambos os jms constava ‘nome do Reitor da Universidade Rural do Bras grad errsdamen- {ee no jomal 0 Dia cle era atado como Reitor de uma dat Escola que ‘compiern a URB. “Também o Reitor da Facols Nacional de Agronomia Tdedio Viana (sc) esti sendo procurado,E acusado de ter armado 7 tlanos, para movimento subversivos" (O Dia, 5/8/1968). reportage, ‘do jomal 0 Gist acrescentow outros dados: 2) tropa do Exit, stendend & deni do midico Miton Calan Professor da Bscola Nacional de Agron, procedeam suns completa fra no exalecimento no Km 457 da Rodovia Presidente Dur, aprendenda gende quid de de material sbverv ¢ alguna meron aim oo reor [Yao inna, que erin pido gree eral de- Aagrsno da por cerca de 70 exudate, chido plo profesor Bonet Dram (0 Cia 5/9/1968), | grove a que se refer ojomal foi deflagrada somente pelos al nos da Escola Nacional de Agronomia, nfo tendo partcpado da mes- ima os demaisestudantes da URB, indusive os da Escola Nacional de Veterin pds a leitura dos jonas, 0 Retor informou que realmente foram, encontradas, nas dependncias santas dos alojamentos dos alunos, atrial subversivo ¢ duas pistols de ar comprimido, Esclarecos que ‘esignou uma Comissio ara apurar 0 fats, logo que 0 materiale a8 armas foram Toelizados, mas que, no dia sepuinte (2/4/1964), uma ‘equipe de Ofciais do Exérto esteve na Universidade “para proceder luna rgoross revista nos aljamentos, na Prefeiura, na Divisio. de Divulgagtoe lnormacio ena Bibliorecs" (CONSU. Ata da eunio de 6/4/1968, Durante a Reunid,“o Retr recebew vista de Ofisis do Exército tolitando ftas magnsicas referees reunides do Conselho Uni versitirio © Assemblée Univeserias” (Ibid). O prof. Yds, endo, a que contavam com um dizetéro académieo forte a atuante. clocou-se 4 disposiglo do CONSU dizendo que “o Conselho devera tomar uma aude e nfo permite que o Exércivo staat Hivemente na URB” (bid). Na ocasito © CONSU ficou dividido. Alguns Conse Tiros concordaram com o Reitor, enquanto outros consideraram qu’ le & que devera se pronunciare nfo o Conselho. Os que faziam pare deste segundo grupo afirmaram que o Exérito deveria ser bem recsbi- {do dentro da URB e que nfo vam a sua presenea no interior da Unie ‘etsdade “como wma mcua” (bid). Também ocoreram algumas fa las favoriveis 4 manifesagio dos estudantes ¢ outras radialmente contririas Ata terminow com o registro de que © Conselho Univer sitio soliceou a0 Retor que itso wabalho do Exército no inte rior da URB. (0 breve relato da primeira e nica ata do CONSU do ano de 1964, ps o gop militar permit a constauasio de que a URB entrava no novo period police brasileiro muito dvidida. As opis divergen- tes aconteciam no 58 nos Conslhos Superires da Instiuigo, como também entre os demais professors e estudantes. guns docentes de- fendiam as manifests dos alunos e outros as denunciavam i auto- ‘dads milares Parte dos discentes estaa em greve desde oda To de abril e outros consinuavam comparecendo regularmente is alas como te nada tivese acontecido A sutonomia universiii foi desrespeltada ro momento em que oiciis do Exérito exigram que te gravasem 1 ‘das as reunides do Conselho Universiti « das Assemblias Univer- sitriase que as fitascontendo as gravacies foaser entregues 208 mi ltares Insalo-se no interior da Universidade um periodo de medo e sikncio que impedi a nocagi das discussdes ocoridas nos principals CConselhos da Universidade (quando ovorriam) e a mesmo a mencio 08 assuntoreratadon (0 livro de atas do CONSU, no qual estavaregisrada a reunito de 6 de abil de 1964, foi encerrado. Outro livo loeliado acusa como pri= rmcirareunifo a ocorrida em 26 de feveriro de 1965, poramto quase tum ano depois. Nessa leuna de tempo no hi registro, na Sala dos Or los Colegiados da Universidade, das reunides oeoridas.Até mesmo no livro encontrado, que deveriaregitrar as ata do ano de 1965,s6 ee to anotados a data © o horirio das reunides No Tocal onde deveriam ter descritos o8 assuntortrtados, existe, iavaravelmente, a mesma teanscrigio "Nio tendo havdo tempo para a laratra da ata da sesto snterin,sdo colhidas neste local a assinaturas dos Senhores Conse- their presentes” Algumas apresentamn, deforma lca o registro de lum assunto, como, por exemplo, nas atas de 26/2/1965 e 12/3/1965, ‘onde est escrito “Astunto: Distbuigio dos Alojamentos% ou, ainda, “Complementagio do estudo dos Regimentos das Escols” (CONSU. ‘Aas das Reunies de 28 ¢ 30/3/1965). Além da menclo a um Geo onto de pauta, em algumas delat, nenhuma outa lina relerente a co- ‘mentirios ou dedsbes tomadas slo uanserias nas atas do CONSU do ‘ano de 1965, quando era Reitoro professor Prulo Dacorso Filho. [Neste perioda, a Universidade sofreu forte repressfo politica. On tigo Restor, Ydério Vianna fot “camado" assim como virios outros pro fessores. Os Dretrios Académicos dos alunos de agronomia e veter isa foram feehados. Havia um tol controle do que era falado ou ‘ert, no interior da Insituiglo, ‘Tudo era recothido e revisado pelos niltarese tavex por isto ndo tenham sido localizadat muitas sas do CONSU:" Se a autonomia individual sofren sériae eatrgdes, quanto ais aquela que dia respito instuigiouniversitia, que, segundo ‘6 entendimento da época, e constitla em uma sia ameaga ao regime «6 por iss, precsava ser reformads, "No ano de 1966 ainda vinclada 20 Minisrio da Aiur 2 Tia fo era compota por cs Excel: Agronomia, Vern, Flores Educa “Tenia, Quimica Indus e Eaicaio Fania Duran todo o msde avi «pring preccupasso do CONSU fia adsptacio do Esato da Univer Sida 20 Esato do Maginro Superiog, dsposto na Len’ A881-A de 6 de rnovembro de 1965, queria © reine jdizo do pessoal docete deni ‘el superior (CONSU. Ata das Reunides de 1/4 © 25/4/1966). (0s profesiores novos que tinham sido conurstads nos ikimos anos, todos nino a carer aeadmica, “erm os eos que wabahavam em 2 alnmagies ida do prof Faun Aa Ca, stars de deinen, syaroce regime de tempo integral com 02 restantes acumulando empregos ou no Taatiuto de Pesquisa (TPEACS) do Ministro da Agricultura ou no Ro de Janeiro” (Schub, 1971, p 179). Poucos doceates tnham doutorado ou ‘mestrado, a maior formada em escolasamericanas. Outros havi curse doa posgraduacio em programas interos da isto “que ram da ‘dos por professes e por vstants,indusive estrangeitos” (1d). [A Universidade fo daa, agora, o mesmo brilho de anos stris, quando era a “escola patio nacional” para os euros de agronomia & ‘eerindra, Virias uiveridades ruras brasileira js se destacavam no fenirio nacional mais de que ela princpalmente fvorocidas pelos ‘Acordos MEC-USAID, tis como a Universidade Rural de Minas Gerais ‘Gepois Universidade Federal de Vigoss), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul ea Escola Superior de Agecultura Luiz de Queiroz (ESALQ), em Sto Paul, A fara injesdo de verbas para capacitagio do ent, pesquiss e montagem de laboratrios garantiram a estas insti ‘es tama posiglo privilegada em relacio & URB. | percepelo desses problemas ficou evidenciada nas Reunibes do CONSU, no ano de 1966. Ax medidas tomadas foram a contratagio ex clusiva de docentes em regime de tempo intgral com a obrigatorieds- dle de morar no campur uiveritiri, € 0 apoio i expactago dos pro- Fessores, Varios cursos de cxpacieaio docentee viagens interacionas para particpagio em Congress Académicos pasaram a ser auoriza- dos a parti daguele ano, Esa fo manera encontrada pela Istuigio de recuperar tempo perdido rior Sobre este assunt, assim se expressa Schuh: implementar as pesuias em seu inte- A recentement, mito poco aba de pesquisa tina de Ao fio peo corp docent,embors alguns profesor tvs, pesquisa no viene Instituto do Mini da Agrisura © om otras nwiiges.Aualnene, esti comegindo a fuer ut ‘poveo mais de peaqu, € «exc de pvgraduarfo prover: nee promovert ands ni exe po de trabalho. Coot no te pode esperar muito a qu corpo doceatetrabalbe em en integral Seah 1071, 180), | escola de ps-graduagio a que se refre autor comegou a fun- sonar, no nivel de Meserado, em 1966.0 wabalho dos prfessores em tempo integral era considersdo fundamental para que a pesquisa pades- se se desenvolver na URB: por ese motivo, a Resolugio n° 61 do. CON: SU, de 18/5/1965, esabeleceu a obrigatoriedade do regime de tempo fnegral na Instiuigho. ‘Anda no ano de 1966, a Bscola de Baucagio Familie mudow sua ‘denominaclo para “Escola de Beonomia Doméstiea Germaine Marsand” (CONSU. Ata da Reunido de 11/8/1966): 0 nome fi una homenagen 3 sua antiga diretora, Anne Marie Christine Germaine Marsand, mort fem maio em um acidente de auyomével, untamente com outs duas profesions da mesma Escola, Maria Helena Borges © Maris Irene Callon (CONSU, Ata da Resi de 11/5/1966). Na mesma reunito fo Aivulgada a informacio de que o Ministrio da Agricukura (MINAGRI) havi iberado o financiamento para a viagem de estos dos alunos do 4 ano da Escola de Agronomia, com a ‘nic ex nda de que 0 Con selho Federal de Edcagio aprovasse os curculos da Seen agrondmin Isso acabou ocasionando a aprovagio de uma mocto, envada ao Mic isto da Educacio,volciando a incluso de um representamte do en- sino agrondmico e vetrinisio no Consato Federal de Edycaio. Bra a LURB entre o* dois Minstrios que aregam, pedagégica (MEC) ¢ ade minisrativamente (MINACRD, gerando muitas vezes impassessérion {que aeabavam prejadicando a propria Instuigh, obrigada a seguir as dircrizes 8 veses conflitanes, dos dois drgios governamentis. “Mesmo assim, cla mantis uma cera autonomia de gestiofnancei- 1, prncipalmente no que dsiarespeito 20s salirios de seus professo- res. Na Reunifo de 16 de novembro de 1966, por exemplo, 0 Conselho Univestrio “aprovou o aumento dos vencimentos dos profesores as ristentesno tcante A gratiiacto de tempo integral, para 100%, e| rnto dos slirios,eqitaivamente, dos autres de ensino’ com vi facia pani de 1/11/1966, quando fico estabelecdo o regime de ‘0 horas semanais [Na mesma ocssito fo também aprovado que © Colégio Universi seria. a partir de 1967, para o rogime de extenato. O Colgio, que

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