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Metodos de Avaliacao PEPS UEPS MPM
Metodos de Avaliacao PEPS UEPS MPM
TIAGO DE FAVERI
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Clayton Schueroff – Orientador
_________________________________
Cleyton de Oliveira Ritta - Mestre - Examinador 1
_________________________________
Ademir Borges - Examinador 2
Jennings Bryan)
Dedico este trabalho aos meus colegas e
eterna gratidão.
AGRADECIMENTOS
Aos meus irmãos Fabrício e Fabiana de Faveri, que sempre me deram apoio
nas horas em que mais precisei.
Aos meus avós, Pedro Buzanello e Assunta Benedete Buzanello, que hoje
estão ao lado de Deus, mas eternamente estarão presentes em meus pensamentos,
sempre me auxiliando nas dificuldades que encontro, para assim seguir em frente, me
espelhando sempre no exemplo de vida deixado por eles.
A minha filha Luiza, que com sua chegada, seu olhar inocente e seu sorriso
contagiante, me enchem de força e coragem para seguir em frente.
Por fim, agradeço ao meu orientador Clayton Schueroff, pela sua dedicação,
disposição, sabedoria e sinceridade transmitidas pela sua simpatia, seu conhecimento
demonstrado em suas palavras, que foram de fundamental importância para o
desenvolvimento deste trabalho.
RESUMO
Quadro 10:SC 895 CMS VERDE, método pelo Custo de Reposição .......................71
FIFO = First-in-first-out
LIFO = Last-in-first-out
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13
1.3 Justificativa........................................................................................................15
2.2 Almoxarifado......................................................................................................24
2.2.4 Consumo.......................................................................................................29
2.2.12 Compras......................................................................................................37
2.5 A Agroindústria..................................................................................................47
3.2.1 Avaliação pelo Método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) .......52
3.2.2 Avaliação pelo Método UEPS (último que entra primeiro que sai) ..........58
REFERÊNCIAS.........................................................................................................82
1 INTRODUÇÃO
1.3 Justificativa
Tendo isso por base, o presente estudo tem a sua validade justificada em
procurar fornecer informações que possam identificar qual o método de avaliação dos
estoques que é mais viável para uma agroindústria do sul do estado de Santa Catarina.
1.4 Metodologia
Apresentam-se aqui os aspectos metodológicos básicos para a realização
deste estudo, uma vez que se trata de uma pesquisa e para seu desenvolvimento é
utilizada uma metodologia.
Para Pozo (2002) a gestão de estoques deve buscar minimizar o custo total,
que é a somatória dos três custos que incidem sobre a manutenção do estoque,
conforme a Figura 1 a seguir:
Figura 1: Custo Ideal
Fonte: Pozo (2002) - Adaptado
2.1.1 Definições
2.1.2 Objetivos
É impossível uma empresa trabalhar sem estoque, pois é ele quem dita à
produção da organização. Na falta do estoque não há produção. Mas é necessário
manter em estoque, apenas o que é necessário para produzir em um determinado
período para que não aconteça do capital da empresa investido, não ficar parado dentro
da empresa e não gerar lucro a mesma.
Desta forma de acordo com Dias (1993, p.23) “o objetivo, portanto, é otimizar
o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da
empresa, minimizando as necessidades de capital investido”.
O aperfeiçoamento dos saldos de estoque, da à oportunidade as empresas
de diminuir o investimento em relação a materiais que não tem a necessidade de repor
o estoque frequentemente e correr o risco de deixá-los parados nas prateleiras. Os
estoques devem ser mantidos somente em quantidades suficientes para o
abastecimento dos setores produtivos das empresas, não deixando faltar material e
nem deixar estoque em alta quantidade.
2.2 Almoxarifado
Segundo Araújo (1987, p.75) a maior razão para que o almoxarife seja o
responsável em fazer a aquisição dos materiais é que “ele é o responsável pelo
recebimento, estocagem e distribuição, pois o almoxarifado é considerado, dentro de
qualquer organização, como elemento essencialmente abastecedor”.
Por sua vez, Viana (2002, p. 42), descreve que “a atividade compras tem por
finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais e/ou
serviços, emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado
as melhores condições comerciais e técnicas”.
Segundo Dias (1993, p. 135), “um método adequado para estocar matéria-
prima, peças em processamento e produtos acabados permite diminuir os custos de
operação, melhorar a qualidade dos produtos e acelerar o ritmo dos trabalhos”.
Rotatividade dos estoques é uma relação que é feita para avaliar o índice de
rotatividade do estoque em um determinado período, ou seja, identificar quantas vezes
o estoque foi renovado e quantas vezes o estoque girou naquele determinado período.
De acordo com Pozo (2007, p. 66), o estoque mínimo também pode ser
chamado de estoque de segurança que é “ uma quantidade mínima de peças que tem
que existir no estoque com a função de cobrir possíveis variações do sistema, que
podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento, [...], ou aumento na demanda
do produto”.
Emax = ES + LC
Onde:
ES = Estoque de Segurança;
LC = Lote de Compra.
Dias (2009, p.182), afirma ainda que “[...] uma das suas funções é a precisão
nos registros de estoques; então, toda a movimentação do estoque deve ser registrada
pelos documentos adequados”.
O inventario pode ser efetuado por mais de uma forma, e de acordo com
Fernandes (1984) e Dias (1985), estes inventários podem ser classificados como:
• Permanente;
• Periódico;
• Rotativo.
Para melhor entendermos cada uma destas classificações, verifica-se abaixo
como funciona cada um destes procedimentos.
Ribeiro (1997, p. 39), diz que “por este sistema, os estoques são controlados
permanentemente, permitindo a apuração do custo unitário da produção à medida que
os produtos são fabricados”.
Isso significa que a cada produto fabricado pela empresa, é apurado o custo
unitário do devido produto.
Por meio deste sistema de inventário, Gonçalves e Baptista (1996, p.197),
afirmam que “a administração poderá obter junto à contabilidade informações sobre a
margem de lucro com que está operando e ainda fazer análise de evolução dos custos
ao longo do período de apuração contábil, para melhor controlá-los”.
Para seguir este sistema de inventário, Dias (1985, p. 108), descreve que o
estoque deve ser separado por três grupos, que são eles:
• grupo 1 – neste caso serão enquadrados os itens mais significativos, os
quais serão inventariados três vezes ao ano; por representarem maior valor em
estoque e serem estratégicos e imprescindíveis à produção.
• grupo 2 – serão constituídos de itens de importância intermediária
quanto ao valor de estoque, estratégia e manejo. Estes serão inventariados
duas vezes ao ano.
• grupo 3 – será formado pelos demais itens. Caracteristicamente, será
composto de muitos itens que representam pequeno valor de estoque. Os
materiais deste grupo serão inventariados uma vez por ano.
2.2.12 Compras
Todos os registros de estoques devem passar por uma avaliação exata tanto
do estoque físico quanto do financeiro. Por isso Dias (1993, p.126) afirma que “todas as
formas de registro de estoque objetivam controlar a quantidade de materiais em
estoque, tanto o volume físico quanto o financeiro”. O autor cita ainda que a avaliação
do estoque “[...] deverá ser realizada em termos de preço, para proporcionar uma
avaliação exata do material e informações financeiras atualizadas”.
Contudo, a empresa pode adotar o critério que ela achar o mais conveniente
na avaliação dos estoques para fins gerenciais. Conforme Ribeiro (1997, p. 86), “[...], a
empresa poderá adotar o critério que achar conveniente e, no caso de adotar o UEPS,
estará sujeita a apresentar a diferença para tributação”.
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Quadro 1: PEPS
Fonte: Iudícibus e Marion (2002, p. 116).
Também conhecido como LIFO, Araújo (1987, p. 216), afirma que “as saídas
correntes de materiais são avaliadas quanto ao preço, segundo o valor unitário do lote
recebido mais recentemente. A teoria é baseada na premissa de que o estoque de
reserva é economicamente o equivalente do ativo fixo”.
De acordo com este método, Crepaldi (1999, p. 45). “Esse método indica que
as saídas deverão ser custeadas ao valor das últimas entradas.”
Seguindo este critério, Dias (1993, p. 128) diz que “[...] Este método de
avaliação considera que devem em primeiro lugar sair às últimas peças que deram
entrada no estoque, o que faz com que o saldo seja avaliado ao preço das ultimas
entradas”.
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Quadro 2: UEPS
Fonte: Iudícibus e Marion (2002, p. 117).
Custo médio é o método mais utilizado pelas empresas, pelo qual se calcula
a média entre o somatório do custo total e o somatório das quantidades, chegando a
um valor médio de cada unidade. Cada valor médio de unidade em estoque se altera
pela compra de outras unidades por um preço diferente (FRANCISCHINI e GURGEL,
2002, p. 171).
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Quadro 3: MPM
Fonte: Iudícibus e Marion (2002, p. 118).
De acordo com a Resolução CFC n°. 1.170/09 (2009, p.5), “o valor de custo
de estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como
outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais”.
Conforme a Resolução CFC n°. 1.170/09 (2009, p.5) afirma que, “o custo de
aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos, bem como os custos de transportes, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços”.
Caberá ao responsável pelas compras, efetuar uma busca de minimizar os
custos dos estoques, uma vez que será ele quem fará a procura do melhor produto e do
melhor preço.
São todos aqueles custos e gastos que estão diretamente ligados com o
processo produtivo da empresa.
2.5 A Agroindústria
A agroindústria faz parte do agronegócio, sendo que seu setor está focado
na transformação e processamento de matérias-primas agropecuárias em produtos
elaborados.
O termo agroindústria compreende diferentes ramos industriais, mas para ser
considerada uma agroindústria, o estabelecimento deve utilizar matérias-primas de
origem agrícola.
De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE (2009), no primeiro trimestre
do ano de 2009, foram abatidos 1,12 bilhões de frangos em todo o pais, sendo que os
três estados do sul do país são os líderes deste ramo. O estado do Paraná abateu
297,3 milhões de cabeças, o segundo maior produtor foi o estado de Santa Catarina
com um volume de 211,3 milhões de cabeças abatidas, seguido do Rio Grande do Sul
com 158,8 milhões de cabeças abatidas. (IBGE, 2009)
Além disso, a empresa tem uma preocupação com o meio ambiente e com a
responsabilidade social. Realiza diversas atividades em prol da preservação dos
recursos naturais, que lhe renderam o Prêmio Fritz Müller por duas vezes em 2004 e
2009 e o certificado de Empresa Parceira da Mata Atlântica, e em prol da comunidade,
assumindo o compromisso de promover a redução das desigualdades sociais através
da educação, artes e esportes.
Estes itens que estão sendo comparados têm uma rotatividade constante no
estoque da empresa, e se tratando de valores representam cerca de 0,8% dos
estoques da companhia.
A cada saída do estoque deste item, o custo unitário que o acompanha para
o cálculo, é o da primeira entrada. Assim como se pode ver no quadro 4, após ocorrer
uma compra de valor unitário, que neste exemplo é superior ao que havia antes no
estoque, o valor unitário utilizado para o cálculo das próximas saídas continuam sendo
a dos primeiros materiais que entraram no estoque.
Sendo assim, o item passa a ter dois estoques, um com o custo unitário de
R$ 0,1918, que é o custo do primeiro material que entrou no estoque e será o primeiro
à sair, e outro estoque com o custo unitário de R$ 0,2097, este referente a compra do
segundo lote, e que sairá do estoque somente após o término do primeiro lote.
Observa-se agora outro exemplo, agora de uma caixa de papelão, onde são
encaixotados alguns dos produtos da empresa. O item é a CAIXA PAP N 4, esta que é
utilizada para o encaixotamento de cortes de peito e coxa, e é usado apenas para o
atendimento do mercado interno. Observa-se como fica o movimento deste item pelo
método PEPS no Quadro 5:
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Datas val ores ($) val ores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total unit. total unit. total
EI - - - - - - 7.200,00 0,8075 5.814,00
1/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 6.400,00 0,8075 5.168,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
3/ set 5.500,00 0,8180 4.499,00 - - - 5.500,00 0,8180 4.499,00
11.900,00 9.667,00
5.900,00 0,8075 4.764,25
3/ set - - - 500,00 0,8075 403,75 5.500,00 0,8180 4.499,00
11.400,00 9.263,25
5.100,00 0,8075 4.118,25
8/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 5.500,00 0,8180 4.499,00
10.600,00 8.617,25
4.400,00 0,8075 3.553,00
10/ set - - - 700,00 0,8075 565,25 5.500,00 0,8180 4.499,00
9.900,00 8.052,00
3.400,00 0,8075 2.745,50
13/ set - - - 1.000,00 0,8075 807,50 5.500,00 0,8180 4.499,00
8.900,00 7.244,50
2.300,00 0,8075 1.857,25
15/ set - - - 1.100,00 0,8075 888,25 5.500,00 0,8180 4.499,00
7.800,00 6.356,25
1.400,00 0,8075 1.130,50
17/ set - - - 900,00 0,8075 726,75 5.500,00 0,8180 4.499,00
6.900,00 5.629,50
500,00 0,8075 403,75
20/ set - - - 900,00 0,8075 726,75 5.500,00 0,8180 4.499,00
6.000,00 4.902,75
500,00 0,8075 403,75 - - -
23/ set - - - 625,00 0,8180 511,25 4.875,00 0,8180 3.987,75
4.875,00 3.987,75
25/ set - - - 950,00 0,8180 777,10 3.925,00 0,8180 3.210,65
28/ set - - - 850,00 0,8180 695,30 3.075,00 0,8180 2.515,35
29/ set 5.430,00 0,8180 4.441,74 - - - 8.505,00 0,8180 6.957,09
30/ set - - - 650,00 0,8180 531,70 7.855,00 0,8180 6.425,39
Quadro 5: CAIXA PAP N 4, método PEPS
Fonte: Dados da Pesquisa
O estoque inicial deste item começa com apenas uma unidade em estoque,
a um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos),
sendo o saldo financeiro de mesmo valor do custo unitário.
A primeira entrada no estoque deste item aconteceu no dia 01 de setembro,
a um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos),
mesmo custo do saldo inicial, com a quantidade de 3 (três) correias, e um valor
financeiro total de R$980,10 (novecentos e oitenta reais e dez centavos).
Percebe-se que até este dia o custo unitário se mantém o mesmo desde o
primeiro dia do período, no valor de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta
centavos). Porém no dia 13 de setembro ocorre a compra de 1 (uma) correia, a um
custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove
centavos), fazendo que o item fique com dois saldos em estoque, um com o custo
unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos), este que
deverá ser o primeiro material a sair, uma vez que ele foi o primeiro material que entrou
e outro com o custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e
nove centavos), este que sairá apenas depois que o primeiro saldo zerar.
3.2.2 Avaliação pelo Método UEPS (último que entra primeiro que sai)
O estoque inicial deste item começa com 7.200 (sete mil e duzentos) caixas
em estoque, com um custo unitário de R$0,8075, tendo um total financeiro de
R$5.814,00 (cinco mil, oitocentos e quatorze reais).
Este procedimento se mantém o mesmo, até que o material que por último
entrou encerrou seu saldo no dia 20 de setembro, e a partir de então o custo unitário do
estoque inicial voltou a ser utilizado para o cálculo do custo total. Até que no dia 29 de
setembro ocorreu uma nova compra do material, e então, para as próximas saídas o
custo unitário utilizado para o cálculo das saídas passa a ser o da última entrada.
Observa-se agora o Quadro 11, que nos mostra outro exemplo, agora a
movimentação da CAIXA PAP N 4, pelo método de avaliação MPM. Veja como fica:
O estoque inicial tem seu saldo físico de 7.200 (sete mil, duzentos) caixas, a
um custo unitário de R$0,8075, totalizando um saldo financeiro de R$5.814,00 (cinco
mil, oitocentos e quatorze reais). A primeira movimentação que acontece é a saída de
800 (oitocentos) caixas, o custo unitário utilizado para o cálculo desta saída é o mesmo
custo do estoque anterior a esta saída, sendo assim, o estoque final não sofre nenhuma
alteração no seu custo unitário.
A partir deste dia todas as saídas de estoque, saíram com o valor do novo
custo unitário, até que no dia 29 de setembro ocorre uma nova entrada no estoque, e o
custo unitário sofre uma nova alteração. Após esta nova entrada, o estoque físico fica
com 8.505 (oito mil, quinhentos e cinco) caixas, com um novo custo unitário de
R$0,8160, e um saldo financeiro de R$6.939,73 (seis mil, novecentos e trinta e nove
reais e setenta e três centavos).
O período deste item inicia com um estoque físico de 1 (um) correia apenas,
a um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos),
totalizando portanto um saldo financeiro de mesmo valor que o unitário.
Este método de avaliação tem por base elevar os custos a um curto prazo,
isto, com o intuito de atualizar os custos com o valor atual de mercado, ou seja, como
este método de avaliação é feito considerando o preço de produtos comprados ou
fabricados no momento da avaliação, eventuais variações de curto prazo no preço de
custo ou de mercado, deverão ser introduzidas no cálculo do custo unitário de cada
item, para eventuais reposições de estoque.
Nota-se que o saldo do material que entrou soma-se com o saldo que já
havia em estoque, e o custo unitário que antes havia no estoque passou a ser o mesmo
da última compra (R$0,2097), atualizando assim o custo do estoque e influenciando na
determinação inicial do preço de venda.
O estoque inicial do exemplo do quadro 14, começa com 7.200 (sete mil e
duzentos) caixas em estoque a um custo unitário de R$0,8075 cada caixa, somando um
saldo financeiro de R$5.814,00 (cinco mil, oitocentos e quatorze reais).
Há exemplo do Quadro 13, este também tem a sua primeira saída com o
mesmo custo unitário do estoque inicial, visto que o preço de mercado não sofreu
nenhuma alteração até o momento da primeira compra, há exemplo do item citado
anteriormente.
No dia 03 de setembro, portanto, acontece a primeira entrada do material em
estoque, na quantidade de 5.500 (cinco mil e quinhentos) caixas de papelão, a um
custo de R$0,8180, um aumento de 1,3% sobre o custo inicial de estoque, totalizando
um saldo financeiro de R$4.499,00 (quatro mil, quatrocentos e noventa e nove reais).
A partir desta data, o custo de estoque passou a ser o da última compra até
mesmo o saldo de estoque anterior a esta compra, ficando assim todo estoque sendo
avaliado pelo custo de mercado. Percebe-se isso nas saídas que ocorrem após a
entrada, todas as saídas se baseiam no custo de mercado.
O primeiro gráfico nos mostra o custo total dos produtos vendidos no período
em que foi destacado nos quadros anteriores, nos métodos PEPS, UEPS, MPM e Custo
de Reposição. Veja o gráfico do primeiro item:
10.800,00
10.600,00
10.400,00
10.200,00
10.000,00
9.800,00
9.600,00
9.400,00
CMSVERDE
8.420,00
8.400,00
8.380,00
8.360,00
8.340,00
8.320,00
8.300,00
8.280,00
CAIXA PAPN 4
5.200,00
5.150,00
5.100,00
5.050,00
5.000,00
4.950,00
4.900,00
4.850,00
4.800,00
CORREIA SINCRONIZADA DA PV
8.800,00
8.600,00
8.400,00
8.200,00
8.000,00
7.800,00
7.600,00
7.400,00
CMSVERDE
6.430,00
6.420,00
6.410,00
6.400,00
6.390,00
6.380,00
6.370,00
CAIXA PAPN 4
1.440,00
1.420,00
1.400,00
1.380,00
1.360,00
1.340,00
1.320,00
1.300,00
1.280,00
1.260,00
1.240,00
CORREIA SINCRONIZADA DA PV
Diante disto, verificou-se que o melhor método a ser utilizado por uma
agroindústria do sul do estado de Santa Catarina na avaliação de seus estoques, é o
Custo de Reposição, visto que na comparação dos métodos avaliados, seu custo
operacional é superior aos demais, desta forma a empresa evita eventuais prejuízos na
elaboração do preço de venda, avaliando o mesmo de forma mais condizente com a
realidade de mercado.
Que o mesmo seja uma fonte de consulta para futuras pesquisas, para
aqueles que tenham interesse de saber qual é um bom método de avaliação a ser
adotado por uma agroindústria do sul do estado de Santa Catarina na avaliação de
seus estoques.
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Projetos de Pesquisa. 3. ed.: São Paulo: Editora Atlas, 1996.
HEINRITZ, Stuart F.; FARRELL, Paul V. Compras Princípios e Aplicações. 1. Ed.,
São Paulo: Editora Atlas, 1983.
lUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Contabilidade Comercial. 5. Ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
IUDÍCIBUS, Sérgio. Contabilidade introdutória. São Paulo: Atlas, 1998.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Cientifica. 2. ed. São Paulo:
Thomson Pioneira, 1999.
PARRA FILHO, Domingos; SANTOS, João Almeida. Metodologia cientifica. 3. ed. São
Paulo: Futura, 1998.
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos fácil. 5. ed. São Paulo, editora
Saraiva, 1997
ZUCCHI, Alberto Luiz. Contabilidade de custos: uma Introdução. São Paulo: Scipione,
1992.