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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

TIAGO DE FAVERI

GESTÃO DE ESTOQUE: UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS


DE AVALIAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DOS ESTOQUES EM UMA
AGROINDÚSTRIA DO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010


TIAGO DE FAVERI

GESTÃO DE ESTOQUE: UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS


DE AVALIAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DOS ESTOQUES EM UMA
AGROINDÚSTRIA DO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado para obtenção do grau de
Bacharel no curso de Ciências Contábeis da
Universidade do Extremo Sul Catarinense,
UNESC.

Orientador: Prof. Esp. Clayton Schueroff.

CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010


TIAGO DE FAVERI

GESTÃO DE ESTOQUE: UMA COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS


DE AVALIAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO DOS ESTOQUES EM UMA
AGROINDÚSTRIA DO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado para obtenção do grau de
Bacharel no curso de Ciências Contábeis da
Universidade do Extremo Sul Catarinense,
UNESC.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________
Clayton Schueroff – Orientador

_________________________________
Cleyton de Oliveira Ritta - Mestre - Examinador 1

_________________________________
Ademir Borges - Examinador 2

CRICIÚMA, DEZEMBRO DE 2010


“O destino não é uma questão de sorte, é

uma questão de escolha, não é algo a se

esperar, é algo a se conquistar”. (William

Jennings Bryan)
Dedico este trabalho aos meus colegas e

professores do curso de Ciências

Contábeis da UNESC, a toda minha familia

que me deram muito amor, sabedoria e

força para a realização deste trabalho, em

especial meus pais Osni e Janete, minha

eterna gratidão.
AGRADECIMENTOS

A Deus, que está sempre presente em todos os momentos de minha vida,


dando-me força e sabedoria para enfrentar todas as dificuldades.

Aos meus pais, Osni Zimmerman de Faveri e Janete Buzanello de Faveri,


pelo amor, carinho, educação, dedicação e sinceridade, transmitidas através de suas
palavras, exemplo de vida e principalmente por sempre estarem ao meu lado, mesmo
nos momentos em que eu os desapontei.

Aos meus irmãos Fabrício e Fabiana de Faveri, que sempre me deram apoio
nas horas em que mais precisei.

Aos meus avós, Pedro Buzanello e Assunta Benedete Buzanello, que hoje
estão ao lado de Deus, mas eternamente estarão presentes em meus pensamentos,
sempre me auxiliando nas dificuldades que encontro, para assim seguir em frente, me
espelhando sempre no exemplo de vida deixado por eles.

A minha namorada Suelen W. Moro, pelo seu amor, pelo seu


companheirismo, pela sua compreensão nos momentos difíceis e pelo seu sorriso
encorajador que sempre me da forças até mesmo quando pareço não tela, assim como
sua família, pela receptividade, confiança e consideração.

A minha filha Luiza, que com sua chegada, seu olhar inocente e seu sorriso
contagiante, me enchem de força e coragem para seguir em frente.

Aos amigos e colegas de trabalho, pelo apoio e confiança em mim


depositados.

Aos colegas de turma, pelo companheirismo pelos momentos difíceis


compartilhados e pelos bons momentos que juntos passamos, sempre na expectativa
de dias melhores.
Aos grandes amigos de turma, que sempre me deram apoio nas horas em
que mais precisei e nunca deixaram de acreditar em mim e que sem eles não
conseguiria mais esta conquista.

Aos professores e coordenação do curso, pelo conhecimento, apoio,


companheirismo e conhecimento por eles passado.

A todos que de forma direta ou indiretamente me incentivaram a chegar a


mais esta conquista.

Por fim, agradeço ao meu orientador Clayton Schueroff, pela sua dedicação,
disposição, sabedoria e sinceridade transmitidas pela sua simpatia, seu conhecimento
demonstrado em suas palavras, que foram de fundamental importância para o
desenvolvimento deste trabalho.
RESUMO

Nos dias de hoje, com um mercado altamente competitivo, as empresas visam


encontrar gestores que possam lhe dar confiabilidade e segurança em relação ao
estoque. Um bom gerenciamento de estoque se dá pela boa escolha de um método
para a avaliação dos mesmos. O estoque de uma grande organização é considerado
um dos maiores bens das empresas, visto que nele é onde se encontra boa parte do
ativo da empresa, em algumas empresas o estoque chega a ser maior que outras
contas do ativo circulante, como a conta caixa por exemplo. Manter um estoque de
maneira eficaz e segura é um grande diferencial para qualquer gestor, pois isso se
torna um diferencial para alcançar os objetivos traçados pela empresa. Para isso, o
presente estudo relatará a gestão de estoque de uma agroindústria do sul do estado de
Santa Catarina, fazendo uma comparação entre os métodos de avaliação dos mesmos.
Inicialmente, o trabalho mostrará a elaboração de uma pesquisa bibliográfica, buscando
informações sobre o gerenciamento de estoques e seus métodos de avaliação. Após a
pesquisa, será feita uma amostragem de itens de estoque da empresa objeto de
estudo, que mostrará a movimentação do estoque no período de um mês, fazendo
assim uma comparação entre os métodos de avaliação de estoque (PEPS, UEPS, MPM
e Custo de Reposição), e assim identificar qual o melhor método a ser utilizado por uma
agroindústria do sul do estado de Santa Catarina no gerenciamento dos seus estoques.

Palavra chave: Gestão, estoque, métodos de avaliação.


LISTA DE FIGURAS, QUADROS E GRÁFICOS

Figura 1: Custo Ideal .................................................................................................21

Quadro 1:PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) ...........................................40

Quadro 2:UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) ..............................................42

Quadro 3:MPM (Média Ponderada Móvel) ................................................................44

Quadro 1:SC 895 CMS VERDE, método PEPS........................................................53

Quadro 2:CAIXA PAP N 4, método PEPS .................................................................55

Quadro 3:CORREIA SINCRONIZADA DA PV, método PEPS...................................57

Quadro 4:SC 895 CMS VERDE, método UEPS........................................................60

Quadro 5:CAIXA PAP N 4, método UEPS.................................................................62

Quadro 6:CORREIA SINCRONIZADA DA PV, método UEPS...................................64

Quadro 7:SC 895 CMS VERDE, método MPM .........................................................66

Quadro 8:CAIXA PAP N 4, método MPM ..................................................................67

Quadro 9:CORREIA SINCRONIZADA DA PV, método MPM ....................................69

Quadro 10:SC 895 CMS VERDE, método pelo Custo de Reposição .......................71

Quadro 11:CAIXA PAP N 4, método pelo Custo de Reposição .................................72

Quadro 12:CORREIA SINCRONIZADA DA PV, método pelo Custo de Reposição ..73

Gráfico 1: CPV, sc 895 CMS verde ...........................................................................76

Gráfico 2: CPV, caixa pap n 4....................................................................................76

Gráfico 3: CPV, correia sincronizada da PV ..............................................................77

Gráfico 4: Valor de Estoque, sc 895 CMS verde .......................................................78

Gráfico 5: Valor de Estoque, caixa pap n 4 ...............................................................79

Gráfico 6: Valor de Estoque, correia sincronizada da PV ..........................................79


LISTA DE SIGLAS

PEPS = Primeiro que entra primeiro que sai

UEPS = Último que entra primeiro que sai

MPM = Média ponderada móvel

FIFO = First-in-first-out

LIFO = Last-in-first-out

CPV = Custo dos produtos vendidos

CMS = Carne Mecanicamente Separada


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................13

1.1 Tema e Problema ...............................................................................................13

1.2 Objetivos da Pesquisa ......................................................................................15

1.3 Justificativa........................................................................................................15

1.4 Métodologia .......................................................................................................16

2 Fundamentação Teórica ......................................................................................18

2.1 Gestão de Estoque ............................................................................................18

2.1.1 Definições .....................................................................................................22

2.1.2 Objetivos .......................................................................................................23

2.2 Almoxarifado......................................................................................................24

2.2.1 Aquisição de materiais.................................................................................25

2.2.2 Recebimento de materiais ...........................................................................26

2.2.3 Estocagem de materiais ..............................................................................28

2.2.4 Consumo.......................................................................................................29

2.2.5 Rotatividade de estoque ..............................................................................29

2.2.6 Estoque mínimo ...........................................................................................30

2.2.7 Estoque máximo...........................................................................................32

2.2.8 Inventário físico............................................................................................33

2.2.9 Inventário permanente .................................................................................34

2.2.10 Inventário periódico ...................................................................................35

2.2.11 Inventário rotativo ......................................................................................36

2.2.12 Compras......................................................................................................37

2.3 Métodos de Avaliação dos Estoques...............................................................38

2.3.1 PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que sai)..............................................39


2.3.2 UEPS (Último que Entra Primeiro que Sai) ................................................41

2.3.3 MPM (Média Ponderada Móvel) ...................................................................43

2.3.4 Custo de Reposição .....................................................................................45

2.4 Custos do Estoques..........................................................................................46

2.4.1 Custo de aquisição.......................................................................................46

2.4.2 Custo de transformação ..............................................................................47

2.5 A Agroindústria..................................................................................................47

3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ...............................................................50

3.1 Caracterização do Objeto de Estudo ...............................................................50

3.1.1 Breve Histórico.............................................................................................50

3.2 Abordagens sobre os Métodos de Avaliação de Estoque .............................51

3.2.1 Avaliação pelo Método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) .......52

3.2.2 Avaliação pelo Método UEPS (último que entra primeiro que sai) ..........58

3.2.3 Avaliação pelo Método MPM (média ponderada móvel) ...........................65

3.2.4 Avaliação pelo Custo de Reposição ...........................................................70

3.2.5 Comparação entre os Métodos de Avaliação.............................................75

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................81

REFERÊNCIAS.........................................................................................................82
1 INTRODUÇÃO

O presente estudo trata da comparação entre os métodos de avaliação dos


estoques PEPS, UEPS, MPM e Custo de Reposição, onde se busca identificar qual é o
melhor método de avaliação para uma agroindústria do sul do estado de Santa
Catarina.

Inicialmente aborda-se o tema a ser pesquisado, bem como o problema que


foi encontrado, os objetivos consistem em identificar qual o método mais viável para
uma agroindústria do sul do estado de Santa Catarina, bem como a justificativa, que
enfatiza a importância de um bom método de avaliação de estoques.

Na metodologia da pesquisa, é apresentado os procedimentos


metodológicos que serão adotados para a elaboração do presente estudo de conclusão
de curso. Em seguida, é realizada uma revisão bibliográfica, com o intuito de buscar
fundamentos e aprofundar conhecimentos acerca do tema abordado.

Por fim, é caracterizada a empresa objeto de estudo onde posteriormente é


realizada uma amostragem de itens de estoque, demonstrando a movimentação dos
mesmos por meio dos métodos de avaliação PEPS, UEPS, MPM e Custo de
Reposição, fazendo assim um comparativo entre os métodos para identificar qual o
método mais viável para gerenciar o estoque de uma agroindústria do sul do estado de
Santa Catarina.

1.1 Tema e Problema

Diante de um mercado competitivo, onde as empresas visam encontrar a


melhor forma de gerirem os seus estoques para evitar eventuais perdas ou desperdício,
deve ser levado em consideração o método de custeio mais viável para tal.
O gerenciamento de estoques dentro de uma organização pode ser
considerado um dos maiores bens da empresa. Pois é no estoque onde se encontra
boa parte do ativo da empresa. Em alguns casos, a conta estoque chega a ser até
maior que outras contas do ativo circulante, como a conta caixa, por exemplo.

Gerir um estoque em uma grande companhia é um grande desafio para


qualquer gestor. Estoques de materiais como, por exemplo: embalagens, graxas,
rolamentos, canetas, tubulações, materiais elétricos, materiais de construção civil,
peças de máquinas, entre outras matérias-primas, estão em constante movimentação,
tornando o controle do estoque por parte do gestor essencial para a gestão da
empresa.

Para a gestão de um estoque ser eficiente, o gestor deve decidir qual a


melhor forma de movimentar os seus custos e materiais. Muitos custos estão ligados
aos estoques. O custo de armazenagem é um exemplo que se pode citar entre vários
outros. Como a movimentação é constante, o gestor deve estar sempre estudando um
método que, possa diminuir os custos de estoque. Sendo assim, é necessário que haja
uma comparação entre os métodos de avaliação de estoque, para que se verifique qual
o método mais viável para a sua gestão.

Manter um estoque de maneira eficaz e segura é um grande diferencial para


qualquer gestor, pois se torna um diferencial altamente competitivo, para alcançar os
objetivos desejados pelos diretores da organização. Vale lembrar que, o bom
gerenciamento do estoque das empresas pode trazer resultados financeiros positivos e
o mau gerenciamento pode trazer resultados negativos.

A escolha de um bom método ajuda o gestor a gerenciar o seu estoque,


evitando eventuais perdas de materiais ou então que eles se tornem materiais
obsoletos dentro da organização. Itens ficando por um longo período sem
movimentação, tornando assim um ativo da empresa parado, sem uso.

Deve-se salientar que o estoque de materiais utilizados no processo


produtivo de uma agroindústria tem uma ampla quantidade de itens. Alguns com
rotatividade diária, como caixas de papelão, embalagens plásticas e etiquetas, outros
que saem do estoque com pouca frequência, como por exemplo, peças de máquinas,
que tem seu uso apenas quando é feita a manutenção preventiva, ou então, a quebra
de uma peça.

Tendo conhecimento disso, levanta-se o seguinte problema de pesquisa:


qual o método de avaliação gerencial de estoque é mais viável para uma agroindústria
do sul do estado de Santa Catarina?

1.2 Objetivos da pesquisa

O objetivo geral deste trabalho consiste em identificar qual o método de


avaliação gerencial dos estoques é mais viável em uma empresa de agroindústria do
sul do estado de Santa Catarina.

Constituem-se objetivos da pesquisa os seguintes:

- identificar os métodos que são utilizados na avaliação dos estoques;

- realizar um estudo de caso na empresa objeto de estudo;

- mensurar o valor do estoque pelos métodos PEPS, UEPS, MPM e Custo


de Reposição;

- comparar os resultados da valorização dos estoques.

1.3 Justificativa

É importante perceber a preocupação da empresa em gerir o seu estoque de


forma segura e confiável. Estoque é um bem da empresa que é analisado quase que
diariamente pelos diretores, exigindo assim que, o responsável pelos mesmos seja
altamente qualificado e de extrema confiança, pois é nele que se encontra uma boa
parte do capital da empresa.

Tendo isso por base, o presente estudo tem a sua validade justificada em
procurar fornecer informações que possam identificar qual o método de avaliação dos
estoques que é mais viável para uma agroindústria do sul do estado de Santa Catarina.

É importante ressaltar que a empresa está focada em utilizar o seu estoque


da melhor maneira possível, para que assim, não corra o risco de ter materiais parados
no estoque. Pois material parado no estoque significa, dinheiro parado.

Este trabalho justifica-se pelo fato de verificar, analisar e identificar qual o


método de avaliação dos estoques é o mais viável para se utilizar em uma agroindústria
do sul do estado de Santa Catarina.

De forma prática, a importância deste estudo está no fato de que proporciona


não só os gestores e administradores, mas também pessoas leigas, que conheçam um
pouco a forma de que é realizado todo o processo dentro de um estoque de uma
empresa. Desse modo, podem-se aplicar todos os conhecimentos obtidos no presente
estudo, em qualquer outra empresa do ramo avícola, para o enriquecimento da mesma.

A contribuição deste estudo pode refletir no crescimento de empresas, uma


vez que bem administradas, buscando o crescimento e sucesso, necessitam de
pessoas com alto conhecimento de gerir um estoque. A constante busca de
aperfeiçoamento no processo de movimentação de estoque propicia a empresa de
demais setores, a reverem seus procedimentos quanto à movimentação de seus
estoques.

1.4 Metodologia
Apresentam-se aqui os aspectos metodológicos básicos para a realização
deste estudo, uma vez que se trata de uma pesquisa e para seu desenvolvimento é
utilizada uma metodologia.

Para a elaboração do conteúdo teórico, será realizada pesquisa bibliográfica


como meio de obter conhecimento sobre o tema abordado no presente trabalho.

Segundo Parra Filho e Santos (1998, p. 97), a finalidade da pesquisa


bibliográfica é de “colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito,
dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates
que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas”.

A pesquisa, quanto aos objetivos, pode ser considerada como descritiva,


pois, segundo Oliveira (1999, p. 114) “o estudo descritivo possibilita o desenvolvimento
de um nível de analise em que se permite identificar as diferentes formas dos
fenômenos, sua ordenação e classificação”. E Gil (1996, p. 46), define os objetivos da
pesquisa como sendo descritiva, pois, “a descrição das características de determinada
população ou fenômeno, ou, então, o estabelecimento de relação entre as variáveis”.

Na metodologia de desenvolvimento do presente estudo, se utiliza a


abordagem de pesquisa qualitativa e quantitativa, pois a pesquisa descreve e indica a
complexidade de determinado problema.

O presente estudo destaca o método utilizado pela empresa para realizar a


movimentação de estoque. Indica de que forma é realizado o procedimento quanto à
reposição dos estoques e quais os itens que tem mais rotatividade no estoque. O
estudo será realizado com dados primários, no qual, a empresa estudada é uma
agroindústria do ramo alimentício do sul do estado de Santa Catarina.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica sobre a gestão do estoque


e seus métodos de avaliação, destacando as suas características, objetivos e
definições, de modo que possa fornecer informações para a elaboração do presente
estudo.

2.1 Gestão de estoque

Os estoques representam uma parcela substancial nos ativos das empresas.


Sendo assim, os estoques devem ser encarados como um grande fator na geração dos
lucros das mesmas.

Segundo Viana (2002, p.42), “a atividade gestão visa ao gerenciamento dos


estoques por meio de técnicas que permitam manter o equilíbrio com o consumo,
definindo parâmetros e níveis de ressuprimento e acompanhando sua evolução”.

A gestão de estoques visa garantir ao administrador que seus estoques


estão sendo bem cuidados, e que também seus itens estejam sendo repostos em um
tempo hábil, para que não haja a falta de material em seus estoques.

Martins e Alt, (2002, p.155), afirmam que, “a gestão de estoques constitui


uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão
sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam,
bem manuseados e bem controlados”.
De acordo com Slack, Chambers, Harland et al. (1997, p.423), “esse conceito
originou-se na função de compras em empresas que compreenderam a importância de
integrar o fluxo de materiais a suas funções de suporte, tanto por meio do negócio,
como por meio do fornecimento aos clientes imediatos”. Ou seja, é muito importante
saber quanto material esta saindo, em quanto tempo que esta saindo e para quanto
tempo ainda resta o material que esta no estoque, para que assim possa ser efetuada a
compra de um novo material em um tempo hábil de reposição, que não comprometa o
processo produtivo de determinada empresa.

Ballou (1993) considera que, uma boa administração de estoques deve


aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento, de modo a obter
vantagens, ou seja, o objetivo da administração de estoques é prover o material certo,
no local e instante correto e em condições de serem utilizados ao custo mínimo.

A importância atribuída à gestão de estoque, como ela sendo um elemento


fundamental na redução e controle dos custos das empresas, é crescente. Para Wanke
(2006, p.11),

[...] o estoque aparece na cadeia de valor sob diversos formatos (matéria-prima,


produtos em processamento e produtos acabados) que podem ser
caracterizados por diferenças no peso, no volume, no coeficiente de variação
das vendas, no giro, no custo adicionado e nas exigências com relação à
disponibilidade e ao tempo de entrega. Cada um destes formatos exige
procedimentos distintos de planejamento e controle, influenciando
significativamente a gestão de estoque.

Arnold (1999) considera que, um dos aspectos mais importantes da gestão


de estoques é o gerenciamento dos custos associados. Diz ainda que, manter um
estoque que supera as necessidades atuais só é bom se a manutenção implica em
menor custo que a sua falta.

Portanto, as atenções do gestor devem estar voltadas para os custos que


estão associados ao estoque.

Em relação aos custos de manutenção de estoques, segundo Arnold (1999),


é neles que estão incluídas todas as despesas incorridas em função do volume de
estoque mantido. O autor diz ainda, que este grupo de custos está subdividido em três
categorias: custo de capital, custos de armazenamento e custos de risco.

Como citado anteriormente, os custos de manutenção esta subdividido em


três categorias, verifica-se então a primeira categoria que é o custo de capital, que
segundo Arnold (1999, p. 274) é o “custo de oportunidade representado pelo dinheiro
investido nos estoques que poderiam estar sendo aplicados em outros ativos”. Isso
quer dizer que, o dinheiro investido no estoque poderia ser investido num outro bem da
empresa.

A segunda categoria é o custo de armazenamento que de acordo com Arnold


(1999, p. 274) inclui como custo de armazenamento os gastos com “espaço,
funcionários e equipamentos. À medida que aumenta o estoque, aumentam também
esses custos”.

Quanto à terceira categoria de custos de manutenção estão os custos de


risco, que segundo Arnold (1999) são as obsolescência em decorrência da mudança no
estilo ou do desenvolvimento tecnológico, a danificação do estoque em virtude do
manuseio ou transporte, as perdas e furtos de mercadorias e a deterioração pela
perecividade dos produtos estocados.

Para Pozo (2002) a gestão de estoques deve buscar minimizar o custo total,
que é a somatória dos três custos que incidem sobre a manutenção do estoque,
conforme a Figura 1 a seguir:
Figura 1: Custo Ideal
Fonte: Pozo (2002) - Adaptado

Para melhor entender o gráfico da Figura 1. Irá se explicar o mesmo. O nível


dos custos está indicado na linha vertical e o nível das quantidades dos estoques esta
indicada na linha horizontal. O gráfico mostra que o nível de estoque deve estar sempre
com saldo apenas o suficiente para sua produção, pois se o estoque estiver abaixo do
nível, terá um alto custo pela falta do material no estoque, assim como o custo de
pedido. Se o estoque se mantiver acima do saldo necessário para tal item, não correrá
risco de faltar o material, porém, o custo de manutenção será muito auto, pois o mesmo
necessitará de mais espaço para armazenamento, mais funcionários e dependendo do
material estocado corre o risco de perda pelo fato do material ter deteriorado ou então
ter saído de linha.

Para efetuar a formação de estoque, é necessário um investimento de capital


de giro, no qual este estoque pode não trazer retorno nenhum em um determinado
segmento da empresa, mas pode ser requisitado com urgência por outro segmento,
onde o gerenciamento é essencial para manter um equilíbrio entre o estoque e o
consumo.
Viana (2002, p.144), afirma que, “o gerenciamento moderno avalia e
dimensiona convenientemente os estoques em bases científicas, substituindo o
empirismo por soluções”. O autor diz ainda que desta forma, “[...] os níveis devem ser
revistos e atualizados periódica e constantemente para evitar problemas provocados
pelo crescimento de consumo ou vendas e alterações dos tempos de reposição”.

A gestão do estoque torna seu controle mais eficaz. Um bom gerenciamento


trás uma garantia para os administradores das empresas de que sua produção seja ela
fabricação ou comercialização, esteja segura quanto à reposição, guarda,
movimentação e a entrega dos itens necessários para a mesma.

2.1.1 Definições

Os estoques são constituídos por bens produzidos ou adquiridos pelas


empresas, com o objetivo de vendê-las ou então para a utilização e uso nas suas
próprias atividades no decorrer de determinado período.

Segundo Iudícibus et al (2002, p. 101), “os estoques representam um dos


ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das
companhias industriais e comerciais”. Esta afirmação retrata a importância do estoque
em uma empresa, pois além do valor financeiro nele contido, também é ele o
combustível das empresas, seja ela para comercialização ou fabricação.

Os estoques são bens nos quais são destinados a comercialização ou


fabricação, de acordo com a atividade e objetivo de cada empresa. Por isso, Viana
(2002, p. 108), afirma que:
O alcance do termo estoque é muito elástico. Do ponto de vista mais tradicional,
podemos considerá-lo como representativo de matérias-primas, produtos semi-
acabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acabados,
materiais administrativos e suprimentos variados.
Os estoques devem manter-se em um saldo suficiente para abastecer o
sistema produtivo de cada setor da empresa para não comprometer a produtividade da
mesma.

Segundo Chiavenato (1991) dimensionar estoque é estabelecer os níveis de


estoque adequados ao abastecimento do sistema produtivo sem que exista excesso em
estoque ou quantidade insuficiente.

Na mesma linha de raciocínio, Araujo (1976), descreve que:


“[...] o estoque, configuradamente, é a válvula reguladora entre os
abastecedores e os departamentos, seções, setores oficinas, etc., que não
somente consomem, mas também utilizam e transforma tudo aquilo que é
comprado, sendo a sua principal função controlar, policiar, mantendo o
necessário equilíbrio entre as aquisições e necessidades de consumo”.

Portanto, o estoque pode ser considerado o coração das empresas, pois a


mesma depende dos itens sempre a disposição e em quantidade necessária para a
fabricação ou comercialização dos produtos por elas produzidos ou revendidos.

2.1.2 Objetivos

O objetivo da gestão de estoques de acordo com Russomano (2000) é


buscar não deixar faltar material sem imobilizar demasiadamente os recursos
financeiros.

É impossível uma empresa trabalhar sem estoque, pois é ele quem dita à
produção da organização. Na falta do estoque não há produção. Mas é necessário
manter em estoque, apenas o que é necessário para produzir em um determinado
período para que não aconteça do capital da empresa investido, não ficar parado dentro
da empresa e não gerar lucro a mesma.

Desta forma de acordo com Dias (1993, p.23) “o objetivo, portanto, é otimizar
o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da
empresa, minimizando as necessidades de capital investido”.
O aperfeiçoamento dos saldos de estoque, da à oportunidade as empresas
de diminuir o investimento em relação a materiais que não tem a necessidade de repor
o estoque frequentemente e correr o risco de deixá-los parados nas prateleiras. Os
estoques devem ser mantidos somente em quantidades suficientes para o
abastecimento dos setores produtivos das empresas, não deixando faltar material e
nem deixar estoque em alta quantidade.

Segundo Araujo (1976), a finalidade primordial dos estoques é a de alimentar


os setores consumidores em quantidade estritamente necessárias em se tratando de
produção industrial.

Para manter um estoque de acordo com o que é necessário, precisa-se de


um bom planejamento, onde se devem estudar as quantidades necessárias para ser
utilizadas na produção ou então na comercialização de acordo com a atividade de cada
empresa.

Portanto, entende-se que o objetivo da gestão de estoque, segundo Ching


(2008, p.36), é “[...] o planejamento do estoque, seu controle e sua retroalimentação
sobre o planejamento”.

2.2 Almoxarifado

O almoxarifado é uma extensão do setor de compras, onde todas as


mercadorias compradas ou fabricadas são depositadas e posteriormente distribuídas
para os determinados setores da empresa. Conforme afirma Martins (2003, p.25), “em
regra engloba todos os itens de estoques de consumo geral, podendo incluir produtos
de alimentação do pessoal, materiais de escritório, peças em geral e uma variedade de
itens”.
As empresas obtêm um local de segurança para a estocagem de seus
materiais denominado almoxarifado. Este local é de extrema confiança dos seus
administradores, pois ali, é onde esta boa parte do seu capital investido.

De acordo com Viana (2002, p. 43), “a atividade almoxarifado visa garantir a


fiel guarda dos materiais confiados pela empresa, objetivando sua preservação e
integridade até o consumo final”. O autor também define almoxarifado como,
[...] o local destinado à fiel guarda e conservação de materiais, em recinto
coberto ou não, adequado a sua natureza, tendo a função de destinar espaços
onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando
sua localização, equipamentos e disposição interna condicionados apolítica
geral de estoques da empresa. (VIANA, 2002, p.272).

O almoxarifado tem a responsabilidade de receber os materiais de forma


correta, em quantidade e qualidade correta, e manter os mesmos, armazenados de
forma segura e também de forma prática para efetuar a entrega dos mesmos para seus
usuários de forma que não comprometa o sistema produtivo de sua empresa.

De acordo com Araújo (1987, p. 23) almoxarifado é o local onde os materiais


são estocados para serem oportunamente distribuídos aos setores que deles se
abastecem.

2.2.1 Aquisições de Materiais

As reposições dos estoques devem ser feitas através do consumo de cada


item, de acordo com a necessidade a ser produzida ou comercializada.

De acordo com Francischini e Gurgel (2002, p. 25), “as quantidades líquidas


a comprar serão apuradas pela desagregação das fichas de produtos e, em especial,
pela listagem de materiais necessários para compor cada unidade de produto a ser
produzido”.
Há diversas razões para que o almoxarife seja o responsável por repor os
itens de estoque, ele é quem esta convivendo diariamente com os materiais que estão
movimentando no seu estoque.

Segundo Araújo (1987, p.75) a maior razão para que o almoxarife seja o
responsável em fazer a aquisição dos materiais é que “ele é o responsável pelo
recebimento, estocagem e distribuição, pois o almoxarifado é considerado, dentro de
qualquer organização, como elemento essencialmente abastecedor”.

As compras devem ser efetuadas de acordo com a necessidade de produção


das empresas, com ótima qualidade e bom preço, de acordo com isso, Heinritz e Farrell
(1983, p. 23), definem compras como sendo: “a capacidade de comprar os materiais da
qualidade certa, na quantidade certa, no tempo certo, ao preço certo e na fonte certa”.

Por sua vez, Viana (2002, p. 42), descreve que “a atividade compras tem por
finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais e/ou
serviços, emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado
as melhores condições comerciais e técnicas”.

Para cada aquisição de um novo material é necessário que se efetue uma


requisição de compra de acordo com a necessidade de produção, que segundo
Franscischini e Gurgel (2002, p.22), “as requisições deverão ser aprovadas pelos
responsáveis antes de serem remetidas ao serviço de compras. Tal procedimento
evitará trabalhos desnecessários e prejuízos nas relações da empresa com seus
fornecedores”.

2.2.2 Recebimento de Materiais

O recebimento de materiais é a forma utilizada pelas empresas para garantir


que, o que esta sendo entregue nas empresas é realmente o que esta sendo
comprado, e com as quantidades e valores constantes na nota fiscal.
Desta forma, segundo Viana (2002, p. 43) “a atividade recebimento visa
garantir o rápido desembaraço dos materiais adquiridos pela empresa, zelando para
que as entradas reflitam a quantidade estabelecida, na época, ao preço contratado e na
qualidade especificada nas encomendas”.

A cada material que chega a empresa, o mesmo deve ser devidamente


conferido por um responsável do setor designado ao recebimento. O mesmo terá a
responsabilidade de assegurar que o material recebido é o que realmente a empresa
esta comprando.

Para Francischini e Gurgel (2002, p. 112), “a função básica do recebimento


de materiais é assegurar que o produto entregue esteja em conformidade com as
especificações constantes no pedido de compra”.

Todos os materiais entregues nas empresas devem ser acompanhados de


uma nota fiscal. No ato do recebimento, o responsável deve conferir a mercadoria que
esta vindo, com a nota fiscal que a acompanha e verificar se os mesmos estão
devidamente de acordo. Não estando de acordo, o fornecedor deve ser informado e a
mercadoria retornará a ele.

Desta forma (Araújo, 1987, p. 112), afirma que:


Desde que o almoxarife ou seu preposto assine o canhoto do rodapé de uma
via da nota fiscal, dando como devidamente recebida a mercadoria, considera-
se comercialmente liquidada a transação por parte da firma fornecedora. Ao
endossar tal documento, o almoxarife esta automaticamente declarando que a
firma satisfez todas as exigências quanto à quantidade, tipo, embalagem,
qualidade, etc., da mercadoria encomendada.

A pessoa apta a receber um material pela empresa deve sempre efetuar a


guarda e entrega do mesmo para seus determinados setores. Sendo assim, Heinritz e
Farrell (1983, p.343) descrevem que a função do setor de recebimento é de,
“[...] receber os artigos que entram, assinar a nota de entrega apresentada pelo
transportador ou fornecedor do despacho em questão, identificar e registrar
todos os materiais recebidos [...],[...] efetuar uma pronta distribuição dos artigos
para os departamentos apropriados”.

Viana (2002, p.281) conceitua o recebimento como: “a atividade recebimento


intermedia as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua
responsabilidade a conferência dos materiais destinados a empresa”. Isso significa que
a responsabilidade do recebimento dos materiais é de efetuar as conferências devidas
sobre as mesmas, e dar a garantia de que o material recebido esta de acordo com o
pedido efetuado. Dando a garantia assim, para a empresa efetuar o pagamento ao
fornecedor de acordo com as formas de pagamentos negociadas no ato da compra.

2.2.3 Estocagem dos Materiais

Todo material de estoque deve estar em local de fácil localização e bem


identificado, para que não haja demora na entrega do mesmo, quando esse for
solicitado.

Segundo Dias (1993, p. 135), “um método adequado para estocar matéria-
prima, peças em processamento e produtos acabados permite diminuir os custos de
operação, melhorar a qualidade dos produtos e acelerar o ritmo dos trabalhos”.

Um bom sistema de armazenagem dos estoques possibilita um bom


gerenciamento nas operações do almoxarifado. É necessário que haja um espaço de
acordo com o tamanho e volume do material que será estocado.

De acordo com Francischini e Gurgel (2002, p.213), “não basta possuir um


grande capital e um sistema moderno para estocagem se, na aplicação do sistema, não
se atender as expectativas e necessidades do referido produto”.

A escolha do local e a estrutura onde será efetuada a guarda dos materiais


deverá ser estudada como um todo, pois deve se levar em consideração também à
segurança do local.

De acordo com Rodrigues (2003, p. 60), deve ser feito um “armazenamento


técnico e seguro, possibilitando a fácil movimentação da maior quantidade possível de
mercadorias em uma única área de armazenagem, observando a resistência estrutural
do piso e a capacidade volumétrica da área”.
2.2.4 Consumo

Conforme a necessidade de produção ou de comercialização das empresas,


os materiais são consumidos do estoque.

De acordo com Viana (2002, p. 110), consumo é: “quantidade de material


requerido para o atendimento das necessidades de produção e de comercialização,
relacionada à determinada unidade de tempo”.

Através do consumo, o administrador do estoque tem uma base para efetuar


uma nova aquisição, isso se houver a necessidade da utilização do mesmo item que foi
consumido na produção ou comercialização anterior.

2.2.5 Rotatividade de Estoque

Rotatividade dos estoques é uma relação que é feita para avaliar o índice de
rotatividade do estoque em um determinado período, ou seja, identificar quantas vezes
o estoque foi renovado e quantas vezes o estoque girou naquele determinado período.

Segundo Francischini e Gurgel (2002, p. 161) definem a rotatividade como


sendo “o número de vezes em que o estoque é totalmente renovado em um período de
tempo, geralmente anual”.

A rotatividade fornece elementos para a aferição do comportamento do


estoque, por meio da comparação com índices de anos anteriores ou mesmo com
índices de empresas congêneres, fornecendo subsídios valiosos para ações e decisões
que se fizerem necessárias. (VIANA, 2002).

Conforme Dias (1985, p. 75), “a rotatividade ou giro do estoque é uma


relação existente entre o consumo anual e o estoque médio do produto”.
Para se calcular o índice de rotatividade ou giro de estoque, é dividido o
custo dos produtos vendidos (CPV) ou consumo do período, pelo valor médio dos
estoques. Determinado o índice de rotatividade do estoque, tem-se então um ponto de
partida para se efetuar a reposição do estoque.

Abaixo o cálculo para o resultado do índice do giro de estoque, conforme


Francischini e Gurgel (2002, p. 161):

Demanda Média no Período


Giro =
Estoque Médio no Período

Para melhor entender a fórmula, a rotatividade ou giro de estoque será igual


à quantidade de demanda média do período (sendo a soma da demanda dividida pela
quantidade de dias do período), dividida pela quantidade do estoque médio do período
(sendo a soma do estoque inicial mais o estoque final dividido por dois), chegando
assim ao resultado final. Com a adoção desta fórmula, é possível efetuar os pedidos
para reposição do estoque com intervalos pré-estabelecidos para cada item.

Dias (2009, p.76), afirma ainda que: “O grande mérito do índice de


rotatividade do estoque é que ele representa um parâmetro fácil para a comparação de
estoques, entre empresas do mesmo ramo de atividade e entre classes de material em
estoque”.

2.2.6 Estoque Mínimo

Todos os materiais utilizados nas empresas mantidos em estoque que obtém


uma alta rotatividade devem obter um estoque em nível de segurança para evitar a falta
do mesmo no intervalo de uma compra e outra.
De acordo com o que foi mencionado, Corrêa (1971, p. 16) descreve que “o
estoque de proteção é um peso morto necessário para garantir as atividades da
empresa num fluxo contínuo, sem interrupções por falta de material”.

Sendo assim o estoque mínimo e de extrema importância para a


administração dos estoques. De acordo com o que diz Viana (2002, p. 150), estoque
mínimo é:
Quantidade mínima possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento
superior ao programado ou um consumo desproporcional. Ao ser atingido pelo
estoque em declínio, indica a condição crítica do material, desencadeando
providencias, como, por exemplo, a ativação das encomendas em andamento,
objetivando evitar a ruptura do estoque.

De acordo com Pozo (2007, p. 66), o estoque mínimo também pode ser
chamado de estoque de segurança que é “ uma quantidade mínima de peças que tem
que existir no estoque com a função de cobrir possíveis variações do sistema, que
podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento, [...], ou aumento na demanda
do produto”.

A visão da empresa de manter um estoque mínimo é de suprir seu estoque


em um determinado tempo até que a nova aquisição não chegue à empresa e que
supra também o provável consumo no período de aquisição. Wanke (2003, p. 104) diz
que, “a determinação dos estoques de segurança deve considerar, além da
probabilidade ótima de não faltar produto, a variabilidade (desvio-padrão) da demanda
no tempo de resposta e a distribuição de probabilidade da demanda no tempo de
resposta”.

A determinação do estoque mínimo pode ser considerada uma das


informações mais importantes para a administração do estoque de uma empresa. Dias
(2009, p.61), afirma que,
“Essa importância esta diretamente ligada ao grau de imobilização financeira da
empresa. O estoque mínimo, também chamado de estoque de segurança, por
definição, é a quantidade mínima que deve existir em estoque, que se destina a
cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, objetivando a garantia do
funcionamento ininterrupto e eficiente do processo produtivo, sem o risco de
faltas”.

A partir do momento em que fica definido o estoque mínimo de determinado


item, fica fácil definir qual é a hora certa de efetuar uma solicitação de compra.
2.2.7 Estoque Máximo

O estoque máximo é o nível que um determinado item pode atingir através


de um cálculo efetuado com o consumo de períodos anteriores e determinar a
quantidade a ser comprada. Por isso Viana (2002, p. 149) afirma que “a finalidade
principal do estoque máximo é indicar a quantidade de ressuprimentro, por meio de
análise do estoque virtual. No cálculo de sua quantidade, também é considerado o
intervalo de cobertura”.

Pode-se citar a fórmula do cálculo do estoque máximo de acordo com Pozo


(2007, p.65):

Emax = ES + LC

Onde:

Emax = Estoque Máximo;

ES = Estoque de Segurança;

LC = Lote de Compra.

O estoque de segurança é a quantidade mínima de peças que se deve ter


em estoque, e o lote de compra, de acordo com Pozo (2007, p. 65), “é a quantidade de
peças especificada no pedido de compra”.
O estoque máximo é o resultado da soma entre o estoque de segurança e o
lote de compra. Pozo (2007, p.65), afirma ainda que:
“[...] o nível máximo de estoque é normalmente determinado de forma que seu
volume ultrapasse a somatória da quantidade do estoque de segurança com o
lote em um valor que seja suficiente para suportar variações normais de
estoque em face de dinâmica de mercado, deixando margem que assegure, a
cada novo lote, que o nível máximo de estoque não cresça e onere os custos
de manutenção de estoque”.
Isso significa que o estoque máximo deve manter uma quantidade suficiente
em caso de haver uma variação no consumo do estoque, mas que não exceda a
somatória do estoque mínimo com o lote de compra, pois isso irá aumentar o custo de
manutenção do estoque.

2.2.8 Inventário Físico

Todo material estocado deve passar por uma contagem física em


determinados períodos de acordo com o que cada empresa determina. Nesse sentido,
Viana (2002, p. 43), afirma que o “inventário físico visa ao estabelecimento de auditoria
permanente de estoques em poder do almoxarifado, objetivando garantir a plena
confiabilidade e exatidão de registros contábeis e físicos, essencial para que o sistema
funcione com a eficiência requerida”.

Uma empresa que é decididamente organizada, periodicamente ela efetua


contagens físicas dos seus itens de estoque e produtos em processo para a verificação
de:
a) discrepância em valor, entre o estoque físico e o estoque contábil;
b) discrepância entre registro (contábil) e o físico (quantidade real na
prateleira);
c) apuração do valor total do estoque (contábil) para efeito de balanços e
balancetes. Neste caso, o inventário é realizado próximo ao encerramento
do ano fiscal. (DIAS, 2009, P.182).

Dias (2009, p.182), afirma ainda que “[...] uma das suas funções é a precisão
nos registros de estoques; então, toda a movimentação do estoque deve ser registrada
pelos documentos adequados”.

Portanto cabe ao administrador dos estoques, elaborar uma contagem física


de seus estoques junto de seus colaboradores, de forma confiável, pois não adianta ter
um controle por meio de registros de avaliação se não há uma contagem segura dos
estoques da empresa.
De acordo com Soares (1998, p. 17) “a importância do inventário físico reside
no fato de que não adianta controlar os estoques observando critérios condizentes de
avaliação e registro, se não se tem certeza das reais quantidades existentes em
estoque naquela data”.

O inventario pode ser efetuado por mais de uma forma, e de acordo com
Fernandes (1984) e Dias (1985), estes inventários podem ser classificados como:
• Permanente;
• Periódico;
• Rotativo.
Para melhor entendermos cada uma destas classificações, verifica-se abaixo
como funciona cada um destes procedimentos.

2.2.9 Inventário Permanente

O inventário permanente é um sistema realizado permanentemente pela


empresa, ou seja, a cada movimento de entrada ou saída de material, o inventário é
realizado. Por este fato, após a saída de um material do estoque, é possível identificar o
custo do mesmo em instantes.

Segundo Fernandes (1984, p. 108), “o inventário permanente é o realizado


durante todo o exercício financeiro, de forma sistemática. Neste aspecto ele pode ser
feito após cada transação de entrada e/ou saída”.

Ribeiro (1997, p. 39), diz que “por este sistema, os estoques são controlados
permanentemente, permitindo a apuração do custo unitário da produção à medida que
os produtos são fabricados”.

Isso significa que a cada produto fabricado pela empresa, é apurado o custo
unitário do devido produto.
Por meio deste sistema de inventário, Gonçalves e Baptista (1996, p.197),
afirmam que “a administração poderá obter junto à contabilidade informações sobre a
margem de lucro com que está operando e ainda fazer análise de evolução dos custos
ao longo do período de apuração contábil, para melhor controlá-los”.

Percebe-se que a apuração do inventário permanente é elaborada através


das fichas de controle dos estoques, ou seja, os documentos de movimentação dos
materiais do período.

2.2.10 Inventário Periódico

Segundo Ribeiro (1997, p.39) este método “é um sistema simplificado


através do qual se apura o custo de todos os produtos fabricados, englobadamente,
dispensando a prática de controles rigorosos, bem como a utilização de pessoal
especializado”. O autor afirma ainda que pelo fato de ser “dispensado a prática de
controles rigorosos”, este método “[...] é muito utilizado pelas empresas industriais de
porte pequeno e médio”.

Como se pode observar na citação anterior, este sistema é utilizado para


empresa de pequeno e médio porte, geralmente utilizado em situações em que são
selecionados materiais ou produtos de valor relativamente baixo.

Para Barbosa (1999, p. 03), o inventário periódico é utilizado quando:

[...] a empresa não tem necessidade de um controle permanente ou por algum


motivo não consegue fazer esse controle, portanto, de tempo em tempo, faz
uma contagem física de seu estoque, geralmente através do balanço, e
posteriormente o avalia sob os critérios legais.

O inventário periódico deve ser elaborado em determinados períodos, onde


os mesmos têm um intervalo de tempo semanal, quinzenal, mensal, etc.

Assim, Fernandes (1984, p. 108) destaca que o inventário periódico, “pode


ser bimestral, trimestral, semestral, anual, etc”.
Percebe-se que este método é utilizado pelas empresas que não conseguem
avaliar seus estoques permanentemente, optando assim, por fazer a avaliação apenas
no final de um período.

2.2.11 Inventário Rotativo

O inventário rotativo é elaborado por meio de uma programação elaborada


para a contagem física dos grupos de materiais, de acordo com a necessidade de cada
um.
O inventário rotativo visa distribuir as contagens ao longo do ano, com maior
freqüência, porém concentrada cada mês em menor quantidade de itens,
deverá reduzir a duração unitária da operação e dará melhores condições de
análise das causas de ajustes visando ao melhor controle abrangerá através de
contagens programadas todos os itens de várias categorias de estoque e
matéria-prima, embalagens, suprimentos, produtos em processo e produtos
acabados. (DIAS, 1985, p. 218).

Isto significa que, este inventário seguirá uma ordem ou um cronograma


elaborado pelo gestor, com um prazo determinado para execução da contagem física,
seguindo uma ordem cronológica dos grupos mais relevantes no estoque da empresa.

Para seguir este sistema de inventário, Dias (1985, p. 108), descreve que o
estoque deve ser separado por três grupos, que são eles:
• grupo 1 – neste caso serão enquadrados os itens mais significativos, os
quais serão inventariados três vezes ao ano; por representarem maior valor em
estoque e serem estratégicos e imprescindíveis à produção.
• grupo 2 – serão constituídos de itens de importância intermediária
quanto ao valor de estoque, estratégia e manejo. Estes serão inventariados
duas vezes ao ano.
• grupo 3 – será formado pelos demais itens. Caracteristicamente, será
composto de muitos itens que representam pequeno valor de estoque. Os
materiais deste grupo serão inventariados uma vez por ano.

De acordo com o que o autor descreveu, é necessário que a empresa que


optar por efetuar o inventário rotativo, faça uma divisão de seus estoques, identificando
um primeiro grupo como sendo o mais importante do seu estoque, onde a contagem
física deste deve ser efetuada mais vezes que os demais grupos. Um segundo grupo
deve ser criado como sendo de relevância intermediária, onde a contagem deste deve
ser efetuada em menor quantidade em relação ao primeiro grupo. Um terceiro grupo
será criado para o grupo de baixa relevância, nos quais os itens que compõem estes
grupos são de baixo valor. A contagem deste último grupo será realizada em menor
quantidade que os demais grupos, mas não com menor importância.

2.2.12 Compras

A finalidade de comprar é suprir a eventual falta de um determinado material,


com o melhor preço e boa qualidade. Com base nisso, Viana (2002, p.42), descreve
que a finalidade de compras é “[...] suprir as necessidades da empresa mediante a
aquisição de materiais e/ou serviços, emanadas das solicitações dos usuários,
objetivando identificar no mercado as melhores condições comerciais e técnicas”.

Viana (2002, p. 172) descreve ainda que:


“Embora todos saibamos comprar, em função do cotidiano de nossas vidas, é
imprescindível a conceituação da atividade, que significa procurar e
providenciar a entrega de materiais, na qualidade especificada e no prazo
necessário, a um preço justo, para o funcionamento, a manutenção ou a
ampliação da empresa”.

Qualquer atividade de fabricação ou comercialização tem a necessidade de


ter as matérias-primas, os componentes, e maquinário necessário para que a empresa
possa operar. Para que tudo isso ocorra o primeiro passo é efetuar a compra, que
segundo Dias (2009, p. 235), a finalidade de compra é:

“[...] suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las


quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades
corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar
armazenamento. Compras, é portanto, uma operação da área de materiais
muito essencial entre as que compõem o processo de suprimento”.

O administrador do setor de compras tem a responsabilidade de estudar as


melhores formas de adquirir os materiais para a empresa, sendo ele o responsável por
efetuar as negociações relativas a preço, prazo de entrega, prazo de pagamento,
garantia de qualidade, entre outros.
Pozo (2007, p. 151) afirma que a atividade compras envolve “[...] além de
atender às especificações de qualidade exigidas pelo mercado, a adequação da
quantidade desejada, prazos de entrega e condições de pagamento que permitam a
empresa maximizar seus recursos e reduzir seus custos”.

O administrador de compras deve estar sempre atento ao que esta


comprando, pois isto reflete na produção da empresa positiva ou negativamente
dependendo de suas decisões.

2.3 Métodos de Avaliação dos Estoques

Todos os registros de estoques devem passar por uma avaliação exata tanto
do estoque físico quanto do financeiro. Por isso Dias (1993, p.126) afirma que “todas as
formas de registro de estoque objetivam controlar a quantidade de materiais em
estoque, tanto o volume físico quanto o financeiro”. O autor cita ainda que a avaliação
do estoque “[...] deverá ser realizada em termos de preço, para proporcionar uma
avaliação exata do material e informações financeiras atualizadas”.

De acordo com Francischini e Gurgel (2002, p. 171),


A administração de materiais não se resume apenas a controlar a quantidade
de materiais em estoque à disposição dos setores produtivos e administrativos
da empresa, mas refere-se também à sua valoração, ou seja, fornecer o volume
financeiro pelo qual esse material esta sendo estocado e utilizados nos
produtos finais fabricados.

Conforme Fernandes (1984, p. 101), “as baixas, processam-se, usualmente,


pelo preço de custo. [...] o preço de custo do material pode referir-se ao da primeira ou
ao da última entrada ou da média ponderada dos diferentes saldos”.

Os métodos utilizados para a avaliação dos estoques são:

• PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai);

• UEPS (Ultimo que Entra Primeiro que Sai);


• MPM (Média Ponderada Móvel);

• Avaliação pelo Custo de Reposição.

Ressalta-se que a legislação fiscal RIR ( Regulamento do Imposto de


Renda), estabelece que apenas os métodos PEPS e MPM são válidos para efetuar a
avaliação dos estoques. De acordo com Zucchi (1992, p. 32), “a legislação fiscal aceita
somente o custo médio e o PEPS como métodos de avaliação, pois são os de que
resultam maior valor em estoques, menor CPV e, por conseguinte, maior lucro.”

Contudo, a empresa pode adotar o critério que ela achar o mais conveniente
na avaliação dos estoques para fins gerenciais. Conforme Ribeiro (1997, p. 86), “[...], a
empresa poderá adotar o critério que achar conveniente e, no caso de adotar o UEPS,
estará sujeita a apresentar a diferença para tributação”.

2.3.1 PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai)

Este é o método de controle de estoques onde os primeiros materiais


adquiridos serão os primeiros a sair do estoque, recebendo o mesmo custo na sua
saída quanto ao valor no qual foi adquirido, conforme afirma Crepaldi (1999, p. 45).
”Nesse sistema, as saídas do estoque obedecem ao critério de que os primeiros
produtos a sair receberão o custo correspondentes ao das primeiras entradas no
estoque [...].“

Francischini e Gurgel (2002, p. 172), descrevem que este “[...] é o método


que prioriza a ordem cronológica das entradas. Ou seja, sai o primeiro material que
entrou no estoque, com seu respectivo preço unitário”.

Para Araújo (1987, p. 216), este método:


Serve para limpar a casa ao dispor daqueles lotes (valores) que tenham sido
mantidos por um período de tempo mais longo nos estoques.
Conseqüentemente, os estoques são mantidos em contas de ativo, com valores
que se aproximam mais sensivelmente dos preços correntes do mercado.
O primeiro material a entrar na empresa será o primeiro a sair, para Silva e
Tristão (2000, p. 195) “[...] a regra do primeiro a entrar, primeiro a sair fornece a
resposta. Dessas unidades vendidas, retiramos aquelas que foram adquiridas primeiro
[...] e, somente depois, as últimas unidades.”

Em relação a este método, Padoveze (2000) ressalta que:


Este critério é aparentemente o mais lógico, já que indica o que deveria ser na
realidade. Neste critério, supõe-se que as mercadorias adquiridas em primeiro
lugar devem sair primeiro, ficando sempre as mercadorias das compras
posteriores em estoque, até se esgotarem as quantidades da primeira compra,
e assim sucessivamente. (PADOVEZE, 2000, p. 178).

No Quadro 1 abaixo se verificará o procedimento anteriormente descrito nos


dias correspondentes.

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Quadro 1: PEPS
Fonte: Iudícibus e Marion (2002, p. 116).

Para melhor entendimento ao Quadro 1, irá se explicar o procedimento


adotado pelo método PEPS.
O saldo em estoque inicia seu período com 20 (vinte) unidades a um valor
unitário de R$ 20,00 (vinte reais), totalizando um saldo final de R$ 400,00 (quatrocentos
reais).

No dia 05 de março foram adquiridas mais 30 (trinta) unidades, agora a um


valor unitário de R$ 30,00 (trinta reais), totalizando a aquisição em R$ 900,00
(novecentos reais), chegando assim a um estoque final de 50 (cinquenta) unidades e
um saldo total de R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais).

No dia 11 de março foram vendidas 10 (dez) unidades e atendendo o método


PEPS, será utilizado o estoque inicial para ser efetuada a retirada das 10 (dez)
unidades do estoque. Sendo assim o valor correspondente a sua saída será de R$
20,00 (vinte reais) de acordo com a sua entrada.

Assim acontecerá até o término da primeira compra, a partir de então, as


saídas serão efetuadas de acordo com as entradas seguintes a da primeira até o final
do mês.

2.3.2 UEPS (Último que Entra Primeiro que Sai)

Ao contrario do método PEPS, este método ocorre de forma que a última


mercadoria a entrar no estoque, será a primeira a sair.

Também conhecido como LIFO, Araújo (1987, p. 216), afirma que “as saídas
correntes de materiais são avaliadas quanto ao preço, segundo o valor unitário do lote
recebido mais recentemente. A teoria é baseada na premissa de que o estoque de
reserva é economicamente o equivalente do ativo fixo”.

De acordo com este método, Crepaldi (1999, p. 45). “Esse método indica que
as saídas deverão ser custeadas ao valor das últimas entradas.”
Seguindo este critério, Dias (1993, p. 128) diz que “[...] Este método de
avaliação considera que devem em primeiro lugar sair às últimas peças que deram
entrada no estoque, o que faz com que o saldo seja avaliado ao preço das ultimas
entradas”.

Para melhor entendimento, apresenta-se abaixo o Quadro 2, que vai


demonstrar qual é o procedimento a ser adotado no método UEPS.

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Quadro 2: UEPS
Fonte: Iudícibus e Marion (2002, p. 117).

Para um melhor entendimento ao Quadro 2, se explicará o procedimento


adotado pelo método UEPS.

O estoque inicial começa com um saldo de 20 (vinte) unidades a um valor


unitário de R$ 20,00 (vinte reais), totalizando um saldo final de R$ 400,00 (quatrocentos
reais).

No dia 05 de março, foram adquiridas mais 30 (trinta) unidades a um valor


unitário de R$ 30,00 (trinta reais), totalizando o valor total da aquisição em R$ 900,00
(novecentos reais). Chegando assim, a um estoque final de 50 (cinquenta) unidades a
um valor total de R$ 1.300,00 (hum mil e trezentos reais).
Já no dia 11 de março, foram vendidas 10 (dez) unidades do estoque, e
sendo que o método utilizado para a sua saída é o UEPS, o valor unitário utilizado para
a sua saída será de R$ 30,00 (trinta reais), de acordo com a sua última entrada. Assim
restou no estoque um saldo de 40 (quarenta) unidades a um valor total de R$ 1.000,00
(hum mil reais), sendo que 20 (vinte) unidades a um valor unitário de R$ 20,00 (vinte
reais) e as outras 20 (vinte) unidades a um valor unitário de R$ 30,00 reais.

Sendo assim, as próximas saídas acontecerão da mesma forma. A última


mercadoria que entrou será a primeira a sair, até o final do período.

2.3.3 MPM (Média Ponderada Móvel)

A média ponderada móvel pode ser considerada o método mais utilizado


pelas empresas na atualidade, pois, neste método se avalia os estoques de uma forma
que se faz uma média a cada mercadoria que entra no estoque.

Para Iudícibus (1998, p. 104) chama-se Ponderada Móvel, “pois o valor


médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um
preço diferente”.

Custo médio é o método mais utilizado pelas empresas, pelo qual se calcula
a média entre o somatório do custo total e o somatório das quantidades, chegando a
um valor médio de cada unidade. Cada valor médio de unidade em estoque se altera
pela compra de outras unidades por um preço diferente (FRANCISCHINI e GURGEL,
2002, p. 171).

Araújo (1987, p. 216) diz que:


Este método contábil avalia o preço de todas as retiradas do estoque, ao preço
unitário médio do suprimento total do item em estoque. Tem ele um efeito
estabilizante, pois nivela as flutuações de preços, porem, ao longo do prazo,
reflete os custos reais de compra de materiais.
Este método de avaliação é o mais utilizado, pois a cada material que é dada
entrada no estoque, se dá um novo custo aos produtos, ou seja, cada vez que entra um
novo material no estoque, somam-se os custos totais do item que esta no estoque e
divide-se pela quantidade total de peças em estoque, conforme Crepaldi (1999, p. 45)
“É o mais utilizado. Consiste em calcular a cada entrada o novo custo dos produtos em
estoque, dividindo o custo total pela quantidade total”.

Sobre o método da Média Ponderada Móvel, Maher (2001) comenta que:


[...] os custos unitários são calculados mediante combinação dos custos do
estoque inicial com os custos incorridos no período. Esse método é considerado
o de mais fácil aprendizagem e de mais fácil aplicação na prática. (MAHER,
2001, p. 165).
Para melhor entendermos este método, o quadro 3 nos mostrará como é a
movimentação do método MPM.

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Quadro 3: MPM
Fonte: Iudícibus e Marion (2002, p. 118).

Para melhor entendermos a movimentação demonstrada no Quadro 3, se


explicará o método utilizado.

O estoque inicial tem um saldo de 20 (vinte) unidades, a um valor unitário de


R$ 20,00 (vinte reais), totalizando um valor total de R$ 400,00 (quatrocentos reais).
No dia 05 de março, foram adquiridas mais 30 (trinta) unidades, totalizando
um saldo final de 50 (cinquenta) unidades e um valor total de R$ 1.300,00 (hum mil e
trezentos reais). Como o método utilizado tem o objetivo de fazer uma média do valor
unitário que consta em estoque, é efetuado o calculo do valor total das unidades em
estoque (R$ 1.300,00), dividido pela quantidade total de unidades (50 unidades),
chegando assim a um valor unitário de R$ 26,00 (vinte e seis reais).

No dia 11 de março, ocorreu uma saída de 10 (dez) unidades do estoque.


Como neste método, a cada aquisição se altera o valor unitário, será este valor já
alterado que será utilizado para calcular o valor total de sua saída. Sendo assim as 10
(dez) unidades que saíram, terão um valor unitário de R$ 26,00 (vinte e seis reais),
totalizando um valor total de saída de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), restando
em estoque 40 (quarenta) unidades, a um valor unitário de R$ 26,00 (vinte e seis reais),
e um valor total de R$ 1.040,00 (hum mil e quarenta reais).

O mesmo procedimento será utilizado para as próximas operações, a cada


entrada será somado o valor total dos itens e dividido pala quantidade total de
unidades, chegando assim a um novo valor unitário.

2.3.4 Custo de Reposição

Utilizando um sistema pelo qual os ganhos ou as perdas, são registradas


separadamente dos lucros operacionais na avaliação dos estoques, a administração
estará informada sempre que houver variação do valor de mercado corrente e sobre os
efeitos dos mesmos sobre os lucros da empresa. Estas informações são muito úteis
para o planejamento e as tomadas de decisões da empresa.

Conforme os autores, Iudícibus e Marion (2002, p. 115) descrevem, “O


objetivo principal do custo de reposição é determinar o custo de compra atual de um
bem que pode estar no estoque há diversos meses, devendo prevalecer para fins de
determinação inicial do preço de venda”.
De acordo com Dias (2009, p.163), “a avaliação pelo custo de reposição tem
como objetivo a elevação dos custos a um curto prazo em relação à inflação”, ou seja, o
valor da mercadoria que esta no estoque irá aumentar de acordo com a inflação,
influenciando assim no preço de venda.

2.4 Custos do Estoque

Com a necessidade de manter estoques nas empresas, em níveis


adequados para suprir sua produção, isto acaba acarretando em um custo de estoque.

De acordo com a Resolução CFC n°. 1.170/09 (2009, p.5), “o valor de custo
de estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como
outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais”.

Os custos dos estoques devem englobar todos os custos relacionados desde


a compra da mercadoria, da transformação, e de todos os custos relacionados com o
transporte das mercadorias até a empresa. A seguir, conforme a Resolução CFC n°.
1.170/09 (2009, p.5), seguem os custos de aquisição e o custo de transformação.

2.4.1 Custo de Aquisição

São todos os custos e gastos relacionados às compras ou a fabricação de


algum produto.

Conforme a Resolução CFC n°. 1.170/09 (2009, p.5) afirma que, “o custo de
aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos, bem como os custos de transportes, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços”.
Caberá ao responsável pelas compras, efetuar uma busca de minimizar os
custos dos estoques, uma vez que será ele quem fará a procura do melhor produto e do
melhor preço.

2.4.2 Custo de Transformação

São todos aqueles custos e gastos que estão diretamente ligados com o
processo produtivo da empresa.

A Resolução CFC n°. 1.170/09 (2009) afirma que:


Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente
relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como
pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também incluem a alocação
sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam
incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. (RESOLUÇÃO
CFC N°. 1.170/09. 2009, p. 5)

Portanto, nos custos de transformação dos estoques também se incluem os


custos indiretos fixos, que são aqueles que independentemente da quantidade de
produção permanece o mesmo custo, como é o caso da depreciação, e incluem-se
também os custos indiretos variáveis, que são aqueles que de acordo com a
quantidade de produção varia o custo relacionado a ele, como é o caso dos materiais
indiretos.

2.5 A Agroindústria

A agroindústria faz parte do agronegócio, sendo que seu setor está focado
na transformação e processamento de matérias-primas agropecuárias em produtos
elaborados.
O termo agroindústria compreende diferentes ramos industriais, mas para ser
considerada uma agroindústria, o estabelecimento deve utilizar matérias-primas de
origem agrícola.

Batalha (2007, p. 302), descreve que “o setor agropecuário apresenta um


conjunto de características que o diferencia dos demais setores da economia”.

Esta afirmação tem base na importância da agricultura para o abastecimento


interno de alimentos e no abastecimento de matérias-primas para as agroindústrias.

A importância das agroindústrias no sul do estado de Santa Catarina é de


muita valia. Muitos empregos foram gerados com instalações de agroindústrias no sul
do estado, e muitos continuam sendo gerados nos diversos ramos agroindustriais.
Dentre os ramos agroindustriais do sul do estado de Santa Catarina, pode-se citar o
cultivo do arroz, a avicultura, a apicultura entre outros.

A agroindústria depende muito dos produtores rurais integrados, que


segundo Paulilo (1990, p.19), são aqueles que “[...] recebendo insumos e orientação
técnica de uma empresa agroindustrial, produzem matéria-prima exclusivamente para
ela”. Isso significa que a agroindústria fornece o conhecimento técnico e o produtor à
mão-de-obra, e após o amadurecimento do cultivo ou a engorda da criação, torna-se
assim uma matéria-prima, e tais produtos são encaminhados para as agroindústrias,
onde os mesmos serão transformados em produto acabado e posteriormente
destinados à venda.

O setor agroindustrial é o setor que mais contribui para o desenvolvimento


econômico do sul do estado de Santa Catarina.

Um dos principais ramos de atividades da agroindústria situada no sul do


país é o setor da indústria de carnes, onde sua principal matéria-prima provém do abate
de animais, onde os principais são as aves, suínos e os bovinos.

De acordo com dados do ICEPA/EPAGRI (2008), no segmento de carne de


aves, o país produziu 10.895 mil toneladas no ano de 2007, 15,4% do total mundial,
tendo ocupado a terceira posição, superado somente pelos Estados Unidos e pela
China.

De acordo com uma pesquisa feita pelo IBGE (2009), no primeiro trimestre
do ano de 2009, foram abatidos 1,12 bilhões de frangos em todo o pais, sendo que os
três estados do sul do país são os líderes deste ramo. O estado do Paraná abateu
297,3 milhões de cabeças, o segundo maior produtor foi o estado de Santa Catarina
com um volume de 211,3 milhões de cabeças abatidas, seguido do Rio Grande do Sul
com 158,8 milhões de cabeças abatidas. (IBGE, 2009)

A região sul do país contribui muito com o desenvolvimento econômico do


país, pois ela conta com uma boa área produtiva, e com ótimos recursos naturais.
3 DESCRIÇÃO E ANALISE DE DADOS

Neste capítulo serão abordados os procedimentos aplicados na avaliação


dos estoques e fazer uma comparação entre os mesmos com os dados de uma
agroindústria do sul do estado de Santa Catarina. Esta empresa que tem como
atividade à produção de alimentos.

3.1 Caracterização do Objeto de Estudo

3.1.1 Breve Histórico

A agroindústria, que tem a sua atividade voltada para a produção de


alimentos do ramo avícola. Esta localizada em Nova Veneza, sul do estado de Santa
Catarina com forte tradição italiana, oriundo da colonização iniciada há mais de 100
anos por imigrantes da região de Vêneto, norte da Itália. Ela foi fundada em 1997 por
cinco sócios, dos quais três eram irmãos.

A empresa começou com pouco mais de 250 funcionários e colaboradores,


hoje já conta com mais de 1.900 funcionários e cerca de 300 colaboradores, estes que
atuam no campo, trabalhando para a criação dos frangos que vão para a empresa.

Seu princípio é de manter a qualidade dos seus produtos, pois segundo a


sua missão é “gerar satisfação ao público com que se relaciona através da produção de
alimento” sua visão é “ser mundialmente conhecida, através da produção de alimentos”
e sua política é “fazer melhor e fazer bem feito”.

A empresa exporta cerca de 75% de sua produção para mais de 20 países,


sendo que pode-se destacar a Alemanha, África do Sul, Espanha, Japão, Rússia e
Suíça.
A organização começou as suas atividades abatendo 28 mil aves dia, hoje a
quantidade abatida pela empresa passa de 125 mil aves dia, sendo responsável por
mais de 1.900 (hum mil e novecentos) empregos diretos.

Além disso, a empresa tem uma preocupação com o meio ambiente e com a
responsabilidade social. Realiza diversas atividades em prol da preservação dos
recursos naturais, que lhe renderam o Prêmio Fritz Müller por duas vezes em 2004 e
2009 e o certificado de Empresa Parceira da Mata Atlântica, e em prol da comunidade,
assumindo o compromisso de promover a redução das desigualdades sociais através
da educação, artes e esportes.

A empresa também participa de projetos com a intenção de promover a


inclusão social. Em uma parceria com o Grêmio Esportivo Metropolitano e com o
governo municipal de Nova Veneza (SC), ela patrocina a escolinha de futebol do
município, que atende mais de 100 (cem) crianças e adolescentes. Também
desenvolvem trabalhos voluntários como palestras em escolas do município, mutirões
de melhorias e também patrocina o time Metropolitano, que é o clube do município e
contribui para a valorização do esporte local, este que participa de campeonatos
regionais representando muito bem a cidade de Nova Veneza (SC).

3.2 Abordagens sobre os métodos de avaliação de estoque

A empresa objeto de estudo utiliza hoje o método de avaliação da média


ponderada móvel, assim como em diversas outras empresas. A partir de agora, será
analisado e verificado qual o método de avaliação é o mais viável na visão gerencial
para uma agroindústria do sul do estado de Santa Catarina.
3.2.1 Avaliação pelo Método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai)

Este é o método de avaliação que parte do principio de que os valores


correspondentes as primeiras mercadorias que entraram, deverão ser as primeiras a
saírem.

Para verificar como seria realizada a avaliação pelo método PEPS na


empresa objeto de estudo, demonstra-se alguns itens do estoque através de
amostragem, visto que o número de itens de estoque da empresa é muito amplo, assim
como posteriormente será demonstrada pelos demais métodos de avaliação.

Estes itens que estão sendo comparados têm uma rotatividade constante no
estoque da empresa, e se tratando de valores representam cerca de 0,8% dos
estoques da companhia.

O mês utilizado para fazer os comparativos dos métodos foi o de setembro,


pelo fato de ter ocorrido um reajuste dos materiais nos quais foram escolhidos para
fazer o comparativo dos métodos de avaliação.

O primeiro item a ser analisado é a embalagem plástica SC 895 CMS


VERDE, que é a embalagem utilizada para embalar a carne mecanicamente separada
do frango. Observa-se então como fica a movimentação deste item no período de um
mês pelo método PEPS.
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Datas val ores ($) val ores ($) val ores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total uni t. total uni t. total
EI - - - - - - 50.172,00 0,1918 9.622,99
1/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 47.672,00 0,1918 9.143,49
2/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 45.172,00 0,1918 8.663,99
45.172,00 0,1918 8.663,99
3/ set 20.000,00 0,2097 4.194,00 - - - 20.000,00 0,2097 4.194,00
65.172,00 12.857,99
42.422,00 0,1918 8.136,54
3/ set - - - 2.750,00 0,1918 527,45 20.000,00 0,2097 4.194,00
62.422,00 12.330,54
39.672,00 0,1918 7.609,09
8/ set - - - 2.750,00 0,1918 527,45 20.000,00 0,2097 4.194,00
59.672,00 11.803,09
37.422,00 0,1918 7.177,54
9/ set - - - 2.250,00 0,1918 431,55 20.000,00 0,2097 4.194,00
57.422,00 11.371,54
37.422,00 0,1918 7.177,54
10/ set 22.790,00 0,2097 4.779,06 - - - 42.790,00 0,2097 8.973,06
80.212,00 16.150,60
32.922,00 0,1918 6.314,44
13/ set - - - 4.500,00 0,1918 863,10 42.790,00 0,2097 8.973,06
75.712,00 15.287,50
27.422,00 0,1918 5.259,54
14/ set - - - 5.500,00 0,1918 1.054,90 42.790,00 0,2097 8.973,06
70.212,00 14.232,60
21.672,00 0,1918 4.156,69
17/ set - - - 5.750,00 0,1918 1.102,85 42.790,00 0,2097 8.973,06
64.462,00 13.129,75
14.672,00 0,1918 2.814,09
20/ set - - - 7.000,00 0,1918 1.342,60 42.790,00 0,2097 8.973,06
57.462,00 11.787,15
7.672,00 0,1918 1.471,49
23/ set - - - 7.000,00 0,1918 1.342,60 42.790,00 0,2097 8.973,06
50.462,00 10.444,55
1.422,00 0,1918 272,74
27/ set - - - 6.250,00 0,1918 1.198,75 42.790,00 0,2097 8.973,06
44.212,00 9.245,80
1.422,00 0,1918 272,74 - - -
30/ set - - - 1.328,00 0,2097 278,48 41.462,00 0,2097 8.694,58
41.462,00 8.694,58
Quadro 4: SC 895 CMS VERDE, método PEPS
Fonte: Dados da Pesquisa

Pode-se observar no Quadro 4, que a movimentação do item ocorre de


forma ordenada. Inicia seu período com um estoque de 50.172 (cinquenta mil, cento e
setenta e dois) embalagens, a um custo unitário de R$0,1918, totalizando um saldo
financeiro de R$ 9.622,99 (nove mil, seiscentos e vinte e dois reais e noventa e nove
centavos).

A cada saída do estoque deste item, o custo unitário que o acompanha para
o cálculo, é o da primeira entrada. Assim como se pode ver no quadro 4, após ocorrer
uma compra de valor unitário, que neste exemplo é superior ao que havia antes no
estoque, o valor unitário utilizado para o cálculo das próximas saídas continuam sendo
a dos primeiros materiais que entraram no estoque.

Sendo assim, o item passa a ter dois estoques, um com o custo unitário de
R$ 0,1918, que é o custo do primeiro material que entrou no estoque e será o primeiro
à sair, e outro estoque com o custo unitário de R$ 0,2097, este referente a compra do
segundo lote, e que sairá do estoque somente após o término do primeiro lote.

Como se pode observar, este procedimento ocorre a cada entrada do


material no estoque, assim como as movimentações, que tem as suas saídas de acordo
com as suas entradas. Isto acontece até que o saldo do primeiro lote acabe, e assim
comece a ser utilizado o lote seguinte. Como acontece no dia 30 de setembro, onde o
estoque que iniciou o período com um custo de R$0,1918 acabou e a partir de então o
segundo lote que tem um custo de R$0,2097, começou a ser utilizado.

Observa-se agora outro exemplo, agora de uma caixa de papelão, onde são
encaixotados alguns dos produtos da empresa. O item é a CAIXA PAP N 4, esta que é
utilizada para o encaixotamento de cortes de peito e coxa, e é usado apenas para o
atendimento do mercado interno. Observa-se como fica o movimento deste item pelo
método PEPS no Quadro 5:
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Datas val ores ($) val ores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total unit. total unit. total
EI - - - - - - 7.200,00 0,8075 5.814,00
1/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 6.400,00 0,8075 5.168,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
3/ set 5.500,00 0,8180 4.499,00 - - - 5.500,00 0,8180 4.499,00
11.900,00 9.667,00
5.900,00 0,8075 4.764,25
3/ set - - - 500,00 0,8075 403,75 5.500,00 0,8180 4.499,00
11.400,00 9.263,25
5.100,00 0,8075 4.118,25
8/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 5.500,00 0,8180 4.499,00
10.600,00 8.617,25
4.400,00 0,8075 3.553,00
10/ set - - - 700,00 0,8075 565,25 5.500,00 0,8180 4.499,00
9.900,00 8.052,00
3.400,00 0,8075 2.745,50
13/ set - - - 1.000,00 0,8075 807,50 5.500,00 0,8180 4.499,00
8.900,00 7.244,50
2.300,00 0,8075 1.857,25
15/ set - - - 1.100,00 0,8075 888,25 5.500,00 0,8180 4.499,00
7.800,00 6.356,25
1.400,00 0,8075 1.130,50
17/ set - - - 900,00 0,8075 726,75 5.500,00 0,8180 4.499,00
6.900,00 5.629,50
500,00 0,8075 403,75
20/ set - - - 900,00 0,8075 726,75 5.500,00 0,8180 4.499,00
6.000,00 4.902,75
500,00 0,8075 403,75 - - -
23/ set - - - 625,00 0,8180 511,25 4.875,00 0,8180 3.987,75
4.875,00 3.987,75
25/ set - - - 950,00 0,8180 777,10 3.925,00 0,8180 3.210,65
28/ set - - - 850,00 0,8180 695,30 3.075,00 0,8180 2.515,35
29/ set 5.430,00 0,8180 4.441,74 - - - 8.505,00 0,8180 6.957,09
30/ set - - - 650,00 0,8180 531,70 7.855,00 0,8180 6.425,39
Quadro 5: CAIXA PAP N 4, método PEPS
Fonte: Dados da Pesquisa

Há exemplo do primeiro item, este também segue uma ordem cronológica na


movimentação do seu estoque. Nota-se que seu estoque inicial é de 7.200 (sete mil e
duzentos) caixas, a um custo unitário de R$0,8075 cada caixa, totalizando um saldo
financeiro de R$5.814,00 (cinco mil, oitocentos e quatorze reais).

No dia 01 de setembro acontece sua primeira movimentação, é retirado 800


(oitocentos) caixas do estoque a um custo de R$0,8075 cada uma, tendo um total de
R$646,00 (seiscentos e quarenta e seis reais) de saída do estoque. Tais valores são
diminuídos do saldo final.
Dia 03 de setembro ocorre à primeira entrada do item no estoque, percebe-
se que houve um aumento do custo unitário nesta aquisição. Por este motivo o estoque
se divide em dois, um a um custo unitário de R$0,8075, referente ao primeiro material
que entrou no estoque, e outro a um custo de R$0,8180, referente ao material que
entrou no dia 03 de setembro.

Da mesma forma que no primeiro exemplo, as caixas seguem saindo de uma


forma ordenada, onde o primeiro que entrou está sendo o primeiro a sair, de acordo
com o que o método de avaliação PEPS estabelece.

Nota-se que a partir do dia 03 de setembro, todas as saídas do estoque são


calculadas pelo custo unitário de R$0,8075, pois é o custo da primeira aquisição. Isso
acontece até o dia 23 de setembro, que é o dia em que o material no qual foi adquirido
primeiro chegou ao seu final, e a partir do mesmo dia passou e ser utilizado para o
cálculo de seu custo os valores da segunda compra.

Após o término do primeiro material que entrou no estoque, o custo unitário


das caixas passou a ser um só, no valor de R$0,8180. No dia 29 de setembro ocorreu à
entrada de mais 5.430 (cinco mil, quatrocentos e trinta) caixas, com o custo unitário de
R$0,8180, o mesmo custo do material que já está no estoque. Sendo assim os valores
foram integrados ao estoque já existente, totalizando assim um saldo físico de 8.505
(oito mil, quinhentos e cinco) caixas, a um custo de R$0,8180 e um saldo financeiro de
R$6.957,09 (seis mil, novecentos e cinquenta e sete reais e nove centavos).

Este procedimento ocorrerá sempre que houver uma nova entrada no


estoque, sempre irá sair primeiro o material que primeiro entrou, ficando assim sempre
o material mais novo em estoque.

O Quadro 6, mostrará mais um exemplo do método PEPS, agora o item é


uma correia sincronizada, que é utilizada em uma máquina chamada de MÁQUINA PV,
está máquina faz a moagem e separação da carne do frango do seu osso. Veja o
quadro:
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Datas val ores ($) val ores ($) val ores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total uni t. total uni t. total
EI - - - - - - 1,00 326,70 326,70
1/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
2/ set - - - 1,00 326,70 326,70 3,00 326,70 980,10
8/ set - - - 2,00 326,70 653,40 1,00 326,70 326,70
10/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
10/ set - - - 2,00 326,70 653,40 2,00 326,70 653,40
2,00 326,70 653,40
13/ set 1,00 421,99 421,99 - - - 1,00 421,99 421,99
3,00 1.075,39
1,00 326,70 326,70
13/ set - - - 1,00 326,70 326,70 1,00 421,99 421,99
2,00 748,69
- - -
14/ set - - - 1,00 326,70 326,70 1,00 421,99 421,99
1,00 421,99
1,00 421,99 421,99
16/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 3,00 326,70 980,10
4,00 1.402,09
- - -
17/ set - - - 1,00 421,99 421,99 3,00 326,70 980,10
3,00 980,10
20/ set - - - 1,00 326,70 326,70 2,00 326,70 653,40
2,00 326,70 653,40
21/ set 4,00 421,99 1.687,96 - - - 4,00 421,99 1.687,96
6,00 748,69 2.341,36
1,00 326,70 326,70
22/ set - - - 1,00 326,70 326,70 4,00 421,99 1.687,96
5,00 748,69 2.014,66
1,00 326,70 326,70 - - -
23/ set - - - 1,00 421,99 421,99 3,00 421,99 1.265,97
3,00 1.265,97
25/ set - - - 1,00 421,99 421,99 2,00 421,99 843,98
2,00 421,99 843,98
26/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 3,00 326,70 980,10
5,00 1.824,08
1,00 421,99 421,99
30/ set - - - 1,00 421,99 421,99 3,00 326,70 980,10
4,00 1.402,09
Quadro 6: CORREIA SINCRONIZADA DA MÁQUINA PV, método PEPS
Fonte: Dados da Pesquisa

Este exemplo é semelhante aos dois anteriores, porém o custo unitário é


muito superior a eles.

O estoque inicial deste item começa com apenas uma unidade em estoque,
a um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos),
sendo o saldo financeiro de mesmo valor do custo unitário.
A primeira entrada no estoque deste item aconteceu no dia 01 de setembro,
a um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos),
mesmo custo do saldo inicial, com a quantidade de 3 (três) correias, e um valor
financeiro total de R$980,10 (novecentos e oitenta reais e dez centavos).

No dia 10 de setembro ocorreu a segunda entrada em estoque do item no


período, com a mesma quantidade e com o mesmo custo unitário da última entrada.

Percebe-se que até este dia o custo unitário se mantém o mesmo desde o
primeiro dia do período, no valor de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta
centavos). Porém no dia 13 de setembro ocorre a compra de 1 (uma) correia, a um
custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove
centavos), fazendo que o item fique com dois saldos em estoque, um com o custo
unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos), este que
deverá ser o primeiro material a sair, uma vez que ele foi o primeiro material que entrou
e outro com o custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e
nove centavos), este que sairá apenas depois que o primeiro saldo zerar.

Este procedimento deve se repetir por todo o período, a cada entrada do


item no estoque, o primeiro que entrar será o primeiro a sair.

3.2.2 Avaliação pelo Método UEPS (último que entra primeiro que sai)

Este método de avaliação parte do princípio de que devem sair primeiro, as


últimas mercadorias que entraram no estoque, fazendo assim que o saldo seja avaliado
pelo preço das últimas entradas.

O método de avaliação UEPS não é aceito pela legislação fiscal, mas as


empresas podem utilizar este método para fins gerenciais, isso se elas acharem mais
conveniente para a avaliação dos seus estoques.
Observam-se então três exemplos de movimentação de estoque da empresa
objeto de estudo e ver como ficaria o estoque dos mesmos através do método de
avaliação UEPS.

O primeiro exemplo é o item da embalagem plástica SC 895 CMS VERDE,


que começa o período com um estoque inicial de 50.172 (cinqüenta mil, cento e setenta
e dois) embalagens, a um custo unitário de R$ 0,1918, e no dia 03 vai ocorrer à entrada
de mais 20.000 (vinte mil) embalagens e no dia 10 de setembro mais 22.790 (vinte e
dois mil, setecentos e noventa) embalagens, todas as duas entradas a um custo
unitário de R$ 0,2097. Observa-se então como fica:
ENTRADA SAÍDAS SALDOS
Datas valores ($) valores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
unit. total unit. total unit. total
EI - - - - - - 50.172,00 0,1918 9.622,99
1/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 47.672,00 0,1918 9.143,49
2/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 45.172,00 0,1918 8.663,99
45.172,00 0,1918 8.663,99
3/ set 20.000,00 0,2097 4.194,00 - - - 20.000,00 0,2097 4.194,00
65.172,00 12.857,99
45.172,00 0,1918 8.663,99
3/ set - - - 2.750,00 0,2097 576,68 17.250,00 0,2097 3.617,33
62.422,00 12.281,31
45.172,00 0,1918 8.663,99
8/ set - - - 2.750,00 0,2097 576,68 14.500,00 0,2097 3.040,65
59.672,00 11.704,64
45.172,00 0,1918 8.663,99
9/ set - - - 2.250,00 0,2097 471,83 12.250,00 0,2097 2.568,83
57.422,00 11.232,81
45.172,00 0,1918 8.663,99
10/ set 22.790,00 0,2097 4.779,06 - - - 35.040,00 0,2097 7.347,89
80.212,00 16.011,88
45.172,00 0,1918 8.663,99
13/ set - - - 4.500,00 0,2097 943,65 30.540,00 0,2097 6.404,24
75.712,00 15.068,23
45.172,00 0,1918 8.663,99
14/ set - - - 5.500,00 0,2097 1.153,35 25.040,00 0,2097 5.250,89
70.212,00 13.914,88
45.172,00 0,1918 8.663,99
17/ set - - - 5.750,00 0,2097 1.205,78 19.290,00 0,2097 4.045,11
64.462,00 12.709,10
45.172,00 0,1918 8.663,99
20/ set - - - 7.000,00 0,2097 1.467,90 12.290,00 0,2097 2.577,21
57.462,00 11.241,20
45.172,00 0,1918 8.663,99
23/ set - - - 7.000,00 0,2097 1.467,90 5.290,00 0,2097 1.109,31
50.462,00 9.773,30
960,00 0,1918 184,13 44.212,00 0,1918 8.479,86
27/ set - - - 5.290,00 0,2097 1.109,31 - - -
44.212,00 8.479,86
30/ set - - - 2.750,00 0,1918 527,45 41.462,00 0,1918 7.952,41
Quadro 7: SC 895 CMS VERDE, método UEPS
Fonte: Dados da pesquisa

Pode ser observado no Quadro 7, que ao contrario do método PEPS, os


materiais a saírem primeiro do estoque são aqueles que por último entraram no
estoque.

A movimentação deste item inicia no dia 01 de setembro, com a quantidade


de 2.500 (dois mil e quinhentos) embalagens, com o custo unitário do estoque inicial de
R$ 0,1918, no dia seguinte teve a mesma quantidade de saída e com o mesmo custo
unitário do dia anterior.

No dia 03 de setembro ocorre a primeira entrada do período, com a


quantidade de 20.000 (vinte mil) embalagens, a um custo unitário de R$ 0,2097,
totalizando um saldo financeiro de R$ 4.194,00 (quatro mil, cento e noventa e quatro
reais).

A partir do momento que este material foi lançado no estoque, as saídas


começaram a ser calculadas em cima da última entrada. No dia 10 de setembro ocorreu
uma nova compra deste item, com a quantidade de 22.790 (vinte e dois mil, setecentos
e noventa) embalagens, com o mesmo custo unitário da compra do dia 03. Este saldo
foi integrado ao saldo da última compra que neste dia estava com um saldo de 12.250
(doze mil, duzentos e cinquenta) embalagens, devido a três saídas de estoque que
ocorreu no intervalo de tempo entre uma compra e outra.

As saídas continuaram sendo da mesma forma, a última que entrou


continua sendo a primeira a sair, até que no dia 27 de setembro saíram às últimas
5.290 (cinco mil, duzentas e noventa) embalagens, e então passou novamente a ser
utilizada para o cálculo do custo das embalagens o valor unitário do início do período,
visto que não ocorreu nenhuma outra entrada no estoque.

Percebe-se também que o custo unitário não se alterou de acordo com as


novas entradas, e sim acompanharam seus materiais de acordo com suas entradas. E
seguindo o método de avaliação UEPS, os últimos que entraram foram os primeiros que
saíram.

Verifica-se agora outro exemplo no Quadro 8, que mostrará a movimentação


do item CAIXA PAP N 4, também pelo método UEPS:
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Datas valores ($) valores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
unit. total unit. total unit. total
EI - - - - - - 7.200,00 0,8075 5.814,00
1/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 6.400,00 0,8075 5.168,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
3/ set 5.500,00 0,8180 4.499,00 - - - 5.500,00 0,8180 4.499,00
11.900,00 9.667,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
3/ set - - - 500,00 0,8180 409,00 5.000,00 0,8180 4.090,00
11.400,00 9.258,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
8/ set - - - 800,00 0,8180 654,40 4.200,00 0,8180 3.435,60
10.600,00 8.603,60
6.400,00 0,8075 5.168,00
10/ set - - - 700,00 0,8180 572,60 3.500,00 0,8180 2.863,00
9.900,00 8.031,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
13/ set - - - 1.000,00 0,8180 818,00 2.500,00 0,8180 2.045,00
8.900,00 7.213,00
6.400,00 0,8075 5.168,00
15/ set - - - 1.100,00 0,8180 899,80 1.400,00 0,8180 1.145,20
7.800,00 6.313,20
6.400,00 0,8075 5.168,00
17/ set - - - 900,00 0,8180 736,20 500,00 0,8180 409,00
6.900,00 5.577,00
400,00 0,8075 323,00 6.000,00 0,8075 4.845,00
20/ set - - - 500,00 0,8180 409,00 - - -
6.000,00 4.845,00
23/ set - - - 1.125,00 0,8075 908,44 4.875,00 0,8075 3.936,56
25/ set - - - 950,00 0,8075 767,13 3.925,00 0,8075 3.169,44
28/ set - - - 850,00 0,8075 686,38 3.075,00 0,8075 2.483,06
3.075,00 0,8075 2.483,06
29/ set 5.430,00 0,8180 4.441,74 - - - 5.430,00 0,8180 4.441,74
8.505,00 6.924,80
3.075,00 0,8075 2.483,06
30/ set - - - 650,00 0,8180 531,70 4.780,00 0,8180 3.910,04
7.855,00 6.393,10
Quadro 8: CAIXA PAP N 4, método UEPS
Fonte: Dados da Pesquisa

O estoque inicial deste item começa com 7.200 (sete mil e duzentos) caixas
em estoque, com um custo unitário de R$0,8075, tendo um total financeiro de
R$5.814,00 (cinco mil, oitocentos e quatorze reais).

Sua movimentação inicia no dia 01 de setembro com a saída de 800


(oitocentas) caixas, a um custo unitário de R$0,8075. No dia 03 de setembro ocorre a
primeira entrada do item no estoque, na quantidade de 5.500 (cinco mil e quinhentos)
caixas, a um custo unitário de R$0,8180, e um valor financeiro total de R$4.499,00
(quatro mil, quatrocentos e noventa e nove reais).

Percebe-se que até o dia da primeira entrada do item no estoque, o custo


unitário utilizado para a avaliação do estoque era a do estoque inicial, a partir do dia
que ocorreu a entrada, suas próximas saídas foram calculadas com base na última
entrada, partindo do princípio do método UEPS, de que o último material que entrou
será o primeiro a sair.

Este procedimento se mantém o mesmo, até que o material que por último
entrou encerrou seu saldo no dia 20 de setembro, e a partir de então o custo unitário do
estoque inicial voltou a ser utilizado para o cálculo do custo total. Até que no dia 29 de
setembro ocorreu uma nova compra do material, e então, para as próximas saídas o
custo unitário utilizado para o cálculo das saídas passa a ser o da última entrada.

O Quadro 9, mostrará mais um exemplo do método de avaliação de estoque


UEPS.
ENTRADA SAÍDAS SALDO
Datas val ores ($) val ores ($) val ores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total unit. total uni t. total
EI - - - - - - 1,00 326,70 326,70
1/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
2/ set - - - 1,00 326,70 326,70 3,00 326,70 980,10
8/ set - - - 2,00 326,70 653,40 1,00 326,70 326,70
10/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
10/ set - 2,00 326,70 653,40 2,00 326,70 653,40
2,00 326,70 653,40
13/ set 1,00 421,99 421,99 - - - 1,00 421,99 421,99
3,00 1.075,39
2,00 326,70 653,40
13/ set - - - 1,00 421,99 421,99 - - -
2,00 653,40
14/ set - - - 1,00 326,70 326,70 1,00 326,70 326,70
16/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
17/ set - - - 1,00 326,70 326,70 3,00 326,70 980,10
20/ set - - - 1,00 326,70 326,70 2,00 326,70 653,40
2,00 326,70 653,40
21/ set 4,00 421,99 1.687,96 - - - 4,00 421,99 1.687,96
6,00 2.341,36
2,00 326,70 653,40
22/ set - - - 1,00 421,99 421,99 3,00 421,99 1.265,97
5,00 1.919,37
2,00 326,70 653,40
23/ set - - - 2,00 421,99 843,98 1,00 421,99 421,99
3,00 1.075,39
2,00 326,70 653,40
25/ set - - - 1,00 421,99 421,99 - - -
2,00 653,40
26/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 5,00 326,70 1.633,50
30/ set - - - 1,00 326,70 326,70 4,00 326,70 1.306,80
Quadro 9: CORREIA SINCRONIZADA PARA MÁQUINA DA PV, método UEPS
Fonte: Dados da Pesquisa

Este exemplo nos mostra a movimentação de uma correia sincronizada, esta


que é usada na tração da máquina trituradora e separadora de carne da PV, passando
a força do motor para a máquina.

O período de avaliação inicia com saldo de 1 (uma) correia, a um custo


unitário de R$326,70 (trezentos e vinte seis reais e setenta centavos), totalizando
portanto um saldo financeiro também de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e
setenta centavos).

Todas as movimentações iniciais do período, tanto as saídas quanto às


entradas, tem os mesmos custos unitários, até que no dia 13 de setembro tem a
primeira entrada com um custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e
noventa e nove centavos).

Ao contrário do método de avaliação PEPS, os custos utilizados para os


cálculos das saídas deste método são os mesmos dos últimos que entraram no
estoque. Como se pode ver na movimentação deste item, todas as saídas acontecem
de acordo com as últimas entradas. Pode-se observar bem o procedimento deste
método no dia 13 de setembro, que ocorre a saída de uma correia com o custo de
R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove centavos), esta que foi a
última correia que entrou no estoque, e as correias com o custo unitário de R$326,70
(trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos), continuam no estoque de acordo
com que estabelece o método UEPS.

Este procedimento acontece em todos os movimentos do estoque, todo


material que por último entrou será o primeiro a sair.

3.2.3 Avaliação pelo Método MPM (média ponderada móvel)

O método de avaliação de estoque da média ponderada é o mais utilizado


pelas empresas, visto que este método age como um estabilizador, pois ele equilibra as
variações de preços.

Este método de avaliação, ao contrario dos dois métodos anteriores, a cada


entrada de material no estoque é feita a somatória do saldo financeiro e o saldo físico,
fazendo a divisão para chegar assim a um custo unitário, este que sofrerá alterações a
cada entrada de material no estoque desde que tenha um valor diferente do custo
unitário atual.

Demonstra-se agora como fica a movimentação do estoque da empresa


objeto de estudo, através do método MPM em três exemplos.
O primeiro exemplo, é a movimentação do estoque da embalagem SC 895
CMS VERDE, já citado pelos métodos anteriores, mas agora verifica-se este item pelo
método MPM. Veja como fica no Quadro 10:

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Datas valores ($) valores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
unit. total unit. total unit. total
EI - - - - - - 50.172,00 0,1918 9.622,99
1/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 47.672,00 0,1918 9.143,49
2/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 45.172,00 0,1918 8.663,99
3/ set 20.000,00 0,2097 4.194,00 - - - 65.172,00 0,1973 12.857,99
3/ set - - - 2.750,00 0,1973 542,56 62.422,00 0,1973 12.315,43
8/ set - - - 2.750,00 0,1973 542,56 59.672,00 0,1973 11.772,88
9/ set - - - 2.250,00 0,1973 443,91 57.422,00 0,1973 11.328,97
10/ set 22.790,00 0,2097 4.779,06 - - - 80.212,00 0,2008 16.108,03
13/ set - - - 4.500,00 0,2008 903,68 75.712,00 0,2008 15.204,35
14/ set - - - 5.500,00 0,2008 1.104,50 70.212,00 0,2008 14.099,85
17/ set - - - 5.750,00 0,2008 1.154,70 64.462,00 0,2008 12.945,14
20/ set - - - 7.000,00 0,2008 1.405,73 57.462,00 0,2008 11.539,42
23/ set - - - 7.000,00 0,2008 1.405,73 50.462,00 0,2008 10.133,69
27/ set - - - 6.250,00 0,2008 1.255,11 44.212,00 0,2008 8.878,57
30/ set - - - 2.750,00 0,2008 552,25 41.462,00 0,2008 8.326,32
Quadro 10: SC 895 CMS VERDE, Método MPM
Fonte: Dados da Pesquisa

Percebe-se que o inicio do período é igual aos demais métodos de avaliação,


visto que inicia em todos os períodos com o mesmo custo unitário.

A partir da primeira entrada no estoque, pode-se observar a diferença para


os demais métodos de avaliação. No dia 03 de setembro, quando ocorre a primeira
compra de 20.000 (vinte mil) embalagens, o estoque estava com saldo de 45.172
(quarenta e cinco mil, cento e setenta e dois) embalagens e um saldo financeiro de R$
8.663,99 (oito mil seiscentos e sessenta e três reais, noventa e nove centavos).

Neste método os saldos são somados, ficando os saldos após a primeira


entrada da seguinte forma: saldo físico = 65.172 (sessenta e cinco mil, cento e setenta
e dois) embalagens; saldo financeiro = 12.857,99 (doze mil oitocentos e cinquenta e
sete reais e noventa e nove centavos). Tendo a somatória, dividi-se o saldo financeiro
pelo saldo físico e chega-se assim a um novo custo unitário, passando de R$ 0,1918,
para R$ 0,1973.
Este valor unitário segue o mesmo até a próxima entrada que ocorre no dia
10 de setembro. O processo é o mesmo, somam-se os saldos financeiros e físicos e
dividi-se um pelo outro respectivamente para chegar a um novo custo unitário.

Esse procedimento deve ser seguido para todas as próximas


movimentações, a cada entrada um novo custo unitário será calculado.

Observa-se agora o Quadro 11, que nos mostra outro exemplo, agora a
movimentação da CAIXA PAP N 4, pelo método de avaliação MPM. Veja como fica:

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Datas val ores ($) val ores ($) val ores ($)
quant. quant. quant.
unit. total uni t. total unit. total
EI - - - - - - 7.200,00 0,8075 5.814,00
1/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 6.400,00 0,8075 5.168,00
3/ set 5.500,00 0,8180 4.499,00 - - - 11.900,00 0,8124 9.667,00
3/ set - - - 500,00 0,8124 406,18 11.400,00 0,8124 9.260,82
8/ set - - - 800,00 0,8124 649,88 10.600,00 0,8124 8.610,94
10/ set - - - 700,00 0,8124 568,65 9.900,00 0,8124 8.042,29
13/ set - - - 1.000,00 0,8124 812,35 8.900,00 0,8124 7.229,94
15/ set - - - 1.100,00 0,8124 893,59 7.800,00 0,8124 6.336,35
17/ set - - - 900,00 0,8124 731,12 6.900,00 0,8124 5.605,24
20/ set - - - 900,00 0,8124 731,12 6.000,00 0,8124 4.874,12
23/ set - - - 1.125,00 0,8124 913,90 4.875,00 0,8124 3.960,22
25/ set - - - 950,00 0,8124 771,74 3.925,00 0,8124 3.188,49
28/ set - - - 850,00 0,8124 690,50 3.075,00 0,8124 2.497,99
29/ set 5.430,00 0,8180 4.441,74 - - - 8.505,00 0,8160 6.939,73
30/ set - - - 650,00 0,8160 530,37 7.855,00 0,8160 6.409,35
Quadro 11: CAIXA PAP N 4, método MPM
Fonte: Dados da Pesquisa

Observa-se então o que acontece no Quadro 11.

O estoque inicial tem seu saldo físico de 7.200 (sete mil, duzentos) caixas, a
um custo unitário de R$0,8075, totalizando um saldo financeiro de R$5.814,00 (cinco
mil, oitocentos e quatorze reais). A primeira movimentação que acontece é a saída de
800 (oitocentos) caixas, o custo unitário utilizado para o cálculo desta saída é o mesmo
custo do estoque anterior a esta saída, sendo assim, o estoque final não sofre nenhuma
alteração no seu custo unitário.

No dia 03 de setembro que é quando acontece à primeira entrada de


material no estoque, acontece também à primeira alteração no custo unitário do
estoque final, pois esta entrada teve um custo unitário diferente do que havia no
estoque. Sendo assim, somaram-se os saldos financeiro e físico, dividindo assim um
pelo outro respectivamente para chegar ao novo custo unitário no valor de R$0,8124.

A partir deste dia todas as saídas de estoque, saíram com o valor do novo
custo unitário, até que no dia 29 de setembro ocorre uma nova entrada no estoque, e o
custo unitário sofre uma nova alteração. Após esta nova entrada, o estoque físico fica
com 8.505 (oito mil, quinhentos e cinco) caixas, com um novo custo unitário de
R$0,8160, e um saldo financeiro de R$6.939,73 (seis mil, novecentos e trinta e nove
reais e setenta e três centavos).

A saída do estoque seguinte a última entrada, acontece de forma que o novo


custo unitário calculado na última entrada seja utilizado para o cálculo desta saída. Este
procedimento acontecerá nas próximas saídas também, até que aconteça uma nova
entrada no estoque.

Pode-se observar agora um último exemplo deste método através do Quadro


12, este que trará a movimentação de uma correia que é utilizada para transferir a força
do motor para a máquina, onde a mesma faz a separação e moagem da carne do
frango que esta grudada nos ossos, esta correia que tem o nome de CORREIA
SINCRONIZADA DA PV. Observa-se então:
ENTRADAS SAÍDAS SALDOS
Datas val ores ($) valores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total uni t. total uni t. total
EI - - - - - - 1,00 326,70 326,70
1/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
2/ set - - - 1,00 326,70 326,70 3,00 326,70 980,10
8/ set - - - 2,00 326,70 653,40 1,00 326,70 326,70
10/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
10/ set - - - 2,00 326,70 653,40 2,00 326,70 653,40
13/ set 1,00 421,99 421,99 - - - 3,00 358,46 1.075,39
13/ set - - - 1,00 358,46 358,46 2,00 358,46 716,93
14/ set - - - 1,00 358,46 358,46 1,00 358,46 358,46
16/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 334,64 1.338,56
17/ set - - - 1,00 334,64 334,64 3,00 334,64 1.003,92
20/ set - - - 1,00 334,64 334,64 2,00 334,64 669,28
21/ set 4,00 421,70 1.686,80 - - - 6,00 392,68 2.356,08
22/ set - - - 1,00 392,68 392,68 5,00 392,68 1.963,40
23/ set - - - 2,00 392,68 785,36 3,00 392,68 1.178,04
25/ set - - - 1,00 392,68 392,68 2,00 392,68 785,36
26/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 5,00 353,09 1.765,46
30/ set - - - 1,00 353,09 353,09 4,00 353,09 1.412,37
Quadro 12: CORREIA SINCRONIZADA DA PV, método MPM
Fonte: Dados da Pesquisa

O período deste item inicia com um estoque físico de 1 (um) correia apenas,
a um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos),
totalizando portanto um saldo financeiro de mesmo valor que o unitário.

O princípio do método de avaliação da média ponderada é equilibrar as


variações de preço que acontece nas compras dos materiais. Visto isso, percebe-se
que as primeiras movimentações não sofrem alteração alguma no custo unitário,
mesmo após duas entradas, visto que o custo unitário das duas entradas eram os
mesmos do custo inicial.

No dia 13 de setembro ocorre à entrada da primeira correia com um custo


unitário diferente do estoque inicial. Após esta entrada, portanto, percebe-se a
aplicação do método da média ponderada, sendo que a entrada deste item teve um
custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove centavos)
e o custo anterior era de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos).

Para chegar ao novo custo unitário, faz-se o seguinte cálculo, soma-se o


saldo financeiro de estoque anterior a entrada do item com o valor financeiro total da
entrada, que totalizou R$1.075,39 (hum mil, setenta e cinco reais e trinta e nove
centavos), e divide-se pela somatória do saldo físico anterior a entrada com o saldo
total da entrada, que totalizou 3 (três) correias, chegando assim ao resultado do custo
unitário que foi de R$358,46 (trezentos e cinquenta e oito reais e quarenta e seis
centavos).

A partir de então, a cada entrada é calculado o novo custo unitário, pois os


custos de cada entrada são diferenciados. Esta é a aplicação do método de avaliação
da média ponderada móvel, e o saldo final do período fica com um saldo físico de 4
(quatro) correias, a um custo unitário de R$353,09 (trezentos e cinquenta e três reais e
nove centavos), ficando portanto, com um saldo financeiro de R$1.412,37 (hum mil,
quatrocentos e doze reais e trinta e sete centavos).

Este procedimento continua para os próximos períodos da mesma forma que


o exemplo citado, a cada entrada soma-se os saldos financeiros do estoque com o
saldo da entrada e divide-se pela somatória dos saldos físicos do estoque com o da
entrada para chegar ao novo custo unitário.

3.2.4 Avaliação pelo Custo de Reposição

Este método de avaliação tem por base elevar os custos a um curto prazo,
isto, com o intuito de atualizar os custos com o valor atual de mercado, ou seja, como
este método de avaliação é feito considerando o preço de produtos comprados ou
fabricados no momento da avaliação, eventuais variações de curto prazo no preço de
custo ou de mercado, deverão ser introduzidas no cálculo do custo unitário de cada
item, para eventuais reposições de estoque.

Com a utilização deste método de avaliação, itens que estão a diversos


meses em estoque, têm seus valores atualizados de acordo com o preço de mercado.
Verifica-se agora alguns exemplos utilizando o método de avaliação pelo
custo de reposição. O primeiro exemplo mostrado no Quadro 13, nos mostra a
movimentação do estoque e dos custos da embalagem plástica SC 895 CMS VERDE,
observa-se então o Quadro 13:

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Datas valores ($) valores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
unit. total unit. total unit. total
EI - - - - - - 50.172,00 0,1918 9.622,99
1/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 47.672,00 0,1918 9.143,49
2/ set - - - 2.500,00 0,1918 479,50 45.172,00 0,1918 8.663,99
3/ set 20.000,00 0,2097 4.194,00 - - - 65.172,00 0,2097 13.666,57
3/ set - - - 2.750,00 0,2097 576,68 62.422,00 0,2097 13.089,89
8/ set - - - 2.750,00 0,2097 576,68 59.672,00 0,2097 12.513,22
9/ set - - - 2.250,00 0,2097 471,83 57.422,00 0,2097 12.041,39
10/ set 22.790,00 0,2097 4.779,06 - - - 80.212,00 0,2097 16.820,46
13/ set - - - 4.500,00 0,2097 943,65 75.712,00 0,2097 15.876,81
14/ set - - - 5.500,00 0,2097 1.153,35 70.212,00 0,2097 14.723,46
17/ set - - - 5.750,00 0,2097 1.205,78 64.462,00 0,2097 13.517,68
20/ set - - - 7.000,00 0,2097 1.467,90 57.462,00 0,2097 12.049,78
23/ set - - - 7.000,00 0,2097 1.467,90 50.462,00 0,2097 10.581,88
27/ set - - - 6.250,00 0,2097 1.310,63 44.212,00 0,2097 9.271,26
30/ set - - - 2.750,00 0,2097 576,68 41.462,00 0,2097 8.694,58
Quadro 13: SC 895 CMS VERDE, método pelo Custo de Reposição
Fonte: Dados da Pesquisa

Para entender melhor o que acontece no quadro 13, observa-se como é o


procedimento do método de avaliação pelo custo de reposição.

O estoque inicial começa com um saldo de 50.172 (cinquenta mil, cento e


setenta e dois) embalagens em estoque, a um custo unitário de R$0,1918 cada
embalagem totalizando um saldo financeiro de R$9.622,99 (nove mil, seiscentos e vinte
e dois reais e noventa e nove centavos).

Percebe-se que nas primeiras saídas, o custo unitário permanece o mesmo


do estoque inicial, visto que o preço de mercado não sofreu nenhuma alteração até o
momento das saídas.

No dia 03 de setembro, quando ocorre a primeira entrada no estoque,


percebe-se como é o procedimento adotado para seguir o método de avaliação pelo
custo de reposição. Esta entrada teve um custo superior ao que havia em estoque.
Entrou em estoque 20.000 (vinte mil) embalagens a um custo unitário de R$0,2097.

Nota-se que o saldo do material que entrou soma-se com o saldo que já
havia em estoque, e o custo unitário que antes havia no estoque passou a ser o mesmo
da última compra (R$0,2097), atualizando assim o custo do estoque e influenciando na
determinação inicial do preço de venda.

Observa-se agora outro exemplo, agora com a movimentação do estoque e


dos custos da CAIXA PAP N 4, através do Quadro 14, veja:

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Datas val ores ($) val ores ($) valores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total uni t. total uni t. total
EI - - - - - - 7.200,00 0,8075 5.814,00
1/ set - - - 800,00 0,8075 646,00 6.400,00 0,8075 5.168,00
3/ set 5.500,00 0,8180 4.499,00 - - - 11.900,00 0,8180 9.734,20
3/ set - - - 500,00 0,8180 409,00 11.400,00 0,8180 9.325,20
8/ set - - - 800,00 0,8180 654,40 10.600,00 0,8180 8.670,80
10/ set - - - 700,00 0,8180 572,60 9.900,00 0,8180 8.098,20
13/ set - - - 1.000,00 0,8180 818,00 8.900,00 0,8180 7.280,20
15/ set - - - 1.100,00 0,8180 899,80 7.800,00 0,8180 6.380,40
17/ set - - - 900,00 0,8180 736,20 6.900,00 0,8180 5.644,20
20/ set - - - 900,00 0,8180 736,20 6.000,00 0,8180 4.908,00
23/ set - - - 1.125,00 0,8180 920,25 4.875,00 0,8180 3.987,75
25/ set - - - 950,00 0,8180 777,10 3.925,00 0,8180 3.210,65
28/ set - - - 850,00 0,8180 695,30 3.075,00 0,8180 2.515,35
29/ set 5.430,00 0,8180 4.441,74 - - - 8.505,00 0,8180 6.957,09
30/ set - - - 650,00 0,8180 531,70 7.855,00 0,8180 6.425,39
Quadro 14: CAIXA PAP N 4, método pelo Custo de Reposição
Fonte: Dados da Pesquisa

O estoque inicial do exemplo do quadro 14, começa com 7.200 (sete mil e
duzentos) caixas em estoque a um custo unitário de R$0,8075 cada caixa, somando um
saldo financeiro de R$5.814,00 (cinco mil, oitocentos e quatorze reais).

Há exemplo do Quadro 13, este também tem a sua primeira saída com o
mesmo custo unitário do estoque inicial, visto que o preço de mercado não sofreu
nenhuma alteração até o momento da primeira compra, há exemplo do item citado
anteriormente.
No dia 03 de setembro, portanto, acontece a primeira entrada do material em
estoque, na quantidade de 5.500 (cinco mil e quinhentos) caixas de papelão, a um
custo de R$0,8180, um aumento de 1,3% sobre o custo inicial de estoque, totalizando
um saldo financeiro de R$4.499,00 (quatro mil, quatrocentos e noventa e nove reais).

A partir desta data, o custo de estoque passou a ser o da última compra até
mesmo o saldo de estoque anterior a esta compra, ficando assim todo estoque sendo
avaliado pelo custo de mercado. Percebe-se isso nas saídas que ocorrem após a
entrada, todas as saídas se baseiam no custo de mercado.

No dia 29 de setembro, ocorre uma nova entrada no estoque, porém, o custo


de mercado se mantém o mesmo do estoque anterior a esta entrada e, portanto, não há
alteração no valor do custo unitário, visto que o valor de mercado não se alterou.

O Quadro 15, nos mostrará um terceiro exemplo do método de avaliação


pelo custo de reposição, agora é uma correia sincronizada, observe como fica:

ENTRADAS SAÍDAS SALDOS


Datas val ores ($) val ores ($) val ores ($)
quant. quant. quant.
uni t. total uni t. total uni t. total
EI - - - - - - 1,00 326,70 326,70
1/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
2/ set - - - 1,00 326,70 326,70 3,00 326,70 980,10
8/ set - - - 2,00 326,70 653,40 1,00 326,70 326,70
10/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
10/ set - - - 2,00 326,70 653,40 2,00 326,70 653,40
13/ set 1,00 421,99 421,99 - - - 3,00 421,99 1.265,97
13/ set - - - 1,00 421,99 421,99 2,00 421,99 843,98
14/ set - - - 1,00 421,99 421,99 1,00 421,99 421,99
16/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 4,00 326,70 1.306,80
17/ set - - - 1,00 326,70 326,70 3,00 326,70 980,10
20/ set - - - 1,00 326,70 326,70 2,00 326,70 653,40
21/ set 4,00 421,99 1.687,96 - - - 6,00 421,99 2.531,94
22/ set - - - 1,00 421,99 421,99 5,00 421,99 2.109,95
23/ set - - - 2,00 421,99 843,98 3,00 421,99 1.265,97
25/ set - - - 1,00 421,99 421,99 2,00 421,99 843,98
26/ set 3,00 326,70 980,10 - - - 5,00 326,70 1.633,50
30/ set - - - 1,00 326,70 326,70 4,00 326,70 1.306,80
Quadro 15: CORREIA SINCRONIZADA DA PV, método pelo Custo de Reposição
Fonte: Dados da Pesquisa
O exemplo do Quadro 15, mostra uma maior variação do custo de mercado
em relação aos dois exemplos anteriores.

O período inicia com 1 (uma) correia apenas em estoque, a um custo unitário


de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos), e um saldo financeiro
de mesmo valor.

Já no dia 01 de setembro, ocorre à entrada de 03 (três) correias no estoque


com o mesmo valor de mercado do estoque inicial, o mesmo acontece no dia 10 de
setembro, como se percebe, o custo unitário não sofreu nenhuma alteração, visto que o
valor das compras se manteve o mesmo.

No dia 13 de setembro, acontece a entrada de 1 (uma) correia a um custo


unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove centavos). Ao
entrar no estoque, o custo unitário final passa a ser o da última compra, pelo fato de ser
o valor de mercado. A partir desta entrada, as saídas são calculadas pelo custo de
R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove centavos), pelo fato deste
ser o valor atual de mercado.

Porém, no dia 16 de setembro, acontece uma nova entrada no estoque, e o


custo unitário desta aquisição é o mesmo do estoque inicial do período. Após esta
entrada, o estoque voltou a ser avaliado pelo custo de R$326,70 (trezentos e vinte e
seis reais e setenta centavos), pelo fato deste voltar a ser o valor de mercado.

Uma nova entrada acontece no dia 21 de setembro de mais 04 (quatro)


correias, esta a um custo unitário de R$421,99 (quatrocentos e vinte e um reais e
noventa e nove centavos). O estoque que apresentava um saldo de 02 (dois) correias
em estoque e um custo unitário de R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta
centavos), passou agora a ter 06 (seis) correias com um custo unitário de R$421,99
(quatrocentos e vinte e um reais e noventa e nove centavos).

Este procedimento continuou acontecendo. No dia 26 de setembro, é dada a


entrada em mais 03 (três) correias, estas com custo unitário de R$326,70 (trezentos e
vinte e seis reais e setenta centavos), e estas 03 (três) correias juntaram-se as 02 (dois)
correias que haviam em estoque, e o custo unitário voltou novamente a ser de
R$326,70 (trezentos e vinte e seis reais e setenta centavos), acompanhando assim o
valor de mercado.

Este procedimento deve também acontecer nos próximos períodos. De


acordo com a mudança de valor no mercado, o custo utilizado para a avaliação do
estoque deve ser sempre o mesmo do mercado.

3.2.5 Comparação entre os Métodos de Avaliação

O emprego de um método de avaliação está condicionado ao tipo da


empresa, pois a avaliação do estoque final influencia diretamente nos custos dos
produtos vendidos e nas matérias-primas que são utilizadas na produção.

Qualquer que seja a variação no valor do estoque, por meio do método


utilizado, influenciará de imediato nos custos operacionais e por consequência nos
lucros da empresa.

Por meio de gráficos, podem-se comparar os métodos e verificar qual o


método que melhor demonstra a situação dos estoques de uma agroindústria do sul do
estado de Santa Catarina.

O primeiro gráfico nos mostra o custo total dos produtos vendidos no período
em que foi destacado nos quadros anteriores, nos métodos PEPS, UEPS, MPM e Custo
de Reposição. Veja o gráfico do primeiro item:
10.800,00

10.600,00

10.400,00

10.200,00

10.000,00

9.800,00

9.600,00

9.400,00
CMSVERDE

PEPS UEPS MPM CUSTO DE REPOSIÇÃO

Gráfico 1: CPV, sc 895 CMS verde

Observa-se agora a comparação entre os métodos de avaliação no item


CAIXA PAP N 4, através do Gráfico 2:

8.420,00

8.400,00

8.380,00

8.360,00

8.340,00

8.320,00

8.300,00

8.280,00
CAIXA PAPN 4

PEPS UEPS MPM CUSTO DE REPOSIÇÃO

Gráfico 2: CPV, caixa pap n 4


Agora observe um terceiro comparativo, este o da CORREIA
SINCRONIZADA DA PV, através do Gráfico 3:

5.200,00

5.150,00

5.100,00

5.050,00

5.000,00

4.950,00

4.900,00

4.850,00

4.800,00
CORREIA SINCRONIZADA DA PV

PEPS UEPS MPM CUSTO DE REPOSIÇÃO

Gráfico 3: CPV, correia sincronizada da PV

Observando os três gráficos acima, fica visível que o método de avaliação de


estoque pelo custo de reposição é o que obtém maior valor, mas para demonstração do
resultado não é o mais indicado, uma vez que estaria demonstrando valores que a
empresa não desembolsou. Este método melhor demonstra o real valor dos produtos
em estoque uma vez que compara com o preço do mercado e como o próprio nome diz
o valor para a sua reposição.

Porém, para avaliar o custo do produto vendido, o método UEPS é o que


mais se aproxima do valor real que a empresa desembolsou para a produção de
mercadoria, visto que as saídas dos materiais são avaliadas pelas últimas entradas,
ficando em estoque as compras mais antigas.

Este método de avaliação (UEPS) não é legalmente permitido pela


legislação, pois como seu CPV é superior aos demais métodos de avaliação, por
consequência, o seu lucro é reduzido, fazendo com que as empresas paguem menos
impostos. Porém, para fins gerenciais, este é o melhor método para ser usado na
avaliação, pois este demonstra o real custo para a produção.

Agora observam-se como ficam os estoques finais destes mesmos itens,


fazendo uma comparação entre os métodos PEPS, UEPS, MPM e Custo de Reposição,
demonstrada por meio de gráficos.

A primeira comparação será da SC 895 CMS VERDE, demonstrada no


Gráfico 1:

8.800,00

8.600,00

8.400,00

8.200,00

8.000,00

7.800,00

7.600,00

7.400,00
CMSVERDE

PEPS UEPS MPM CUSTO DE REPOSIÇÃO

Gráfico 4: Valor de Estoque, sc 895 CMS verde.


Observa-se agora a comparação dos métodos de avaliação de estoque da
CAIXA PAP N 4, mostrada pelo Gráfico 2:

6.430,00

6.420,00

6.410,00

6.400,00

6.390,00

6.380,00

6.370,00
CAIXA PAPN 4

PEPS UEPS MPM CUSTO DE REPOSIÇÃO

Gráfico 5: Valor de Estoque, caixa pap n 4

Verifica-se outro gráfico comparativo, agora comparando os métodos de


avaliação da CORREIA SINCRONIZA DA PV, demonstrada pelo gráfico 3:

1.440,00
1.420,00
1.400,00
1.380,00
1.360,00
1.340,00
1.320,00
1.300,00
1.280,00
1.260,00
1.240,00
CORREIA SINCRONIZADA DA PV

PEPS UEPS MPM CUSTO DE REPOSIÇÃO

Gráfico 6: Valor de Estoque, correia sincronizada da PV


Tratando-se da comparação entre os valores de estoque, percebe-se que a
avaliação pelo custo de reposição é o método que avalia o estoque sempre pelo valor
de mercado, influenciando assim diretamente no preço de venda.

O custo de reposição é o método que avalia os estoques de forma mais


condizente com a realidade de mercado, visto que sua avaliação é feita a partir do valor
atual do mesmo.

Observa-se ainda, a importância do custo de reposição pelo fato de ele


calcular o estoque pelo valor de mercado, e com isso, a empresa tem uma base para
sua próxima compra, pois a mesma está antecipando o valor que será pago para a sua
próxima aquisição.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As empresas de hoje estão exigindo cada vez mais de seus gestores


rapidez, praticidade e confiabilidade, principalmente em relação à gestão dos estoques
e aos resultados da empresa.

A necessidade de uma boa escolha no método a ser utilizado para gerir um


estoque, faz com que os gestores se tornem um diferencial para as empresas, pois
assim, fica mais fácil para alcançar os objetivos por elas desenvolvidos na elaboração
de seus planejamentos.

Neste trabalho de conclusão de curso, foi elaborada uma amostragem de


itens de estoque e realizado uma comparação entre os métodos de avaliação PEPS,
UEPS, MPM e Custo de Reposição.

Diante disto, verificou-se que o melhor método a ser utilizado por uma
agroindústria do sul do estado de Santa Catarina na avaliação de seus estoques, é o
Custo de Reposição, visto que na comparação dos métodos avaliados, seu custo
operacional é superior aos demais, desta forma a empresa evita eventuais prejuízos na
elaboração do preço de venda, avaliando o mesmo de forma mais condizente com a
realidade de mercado.

Com este trabalho, espera-se que reflexões e discussões tenham surgido, e


que o mesmo tenha contribuição para o fortalecimento de maior conhecimento tanto
pessoal, quanto profissional em relação ao presente estudo.

Que o mesmo seja uma fonte de consulta para futuras pesquisas, para
aqueles que tenham interesse de saber qual é um bom método de avaliação a ser
adotado por uma agroindústria do sul do estado de Santa Catarina na avaliação de
seus estoques.
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