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Trata-se de ação penal movida pelo Ministério Público em face

de Elismar dos Santos Gomes, acusado de supostamente perpetrar os delitos


tipificados nos artigos 129, § 13º, (por duas vezes) e artigo 147, caput, ambos do
Código Penal e artigo 21, caput, da Lei de Contravenções Penais, sob incidência
da Lei 11.340/06.

Constou a exordial que o réu e a vítima Lourença Soares da


Silva conviviam em união estável há mais de 21 (vinte e um anos).

Constou que 09/06/2022, ambos estavam em uma festa da


igreja, quando o acusado decidiu ir embora e a vítima foi atrás dele para entrar no
carro.

No percurso, o denunciado parou a camionete que conduzia,


abriu a porta do carona, onde a ofendida estava, e a atingiu com socos e murros
na cabeça, em virtude dos quais ela bateu o tórax no câmbio de marchas do
veículo, resultando em lesões, descritas no relatório médico (mov. 45.2).

No dia 13/08/2022, dentro da residência do casal, em meio a


xingamentos, o denunciado avançou contra a vítima, dando-lhe socos no rosto e
na cabeça. Igualmente, no interior do lar, no início de setembro de 2022, ele
desferiu contra ela socos na cabeça, além de a ter segurado pelo pescoço.

Em 30/09/2022, por volta de 22h, o casal saiu para comer e


ingerir bebida alcoólica, quando começaram a discutir e, ao chegarem em casa, a
discussão prosseguiu, a respeito da geladeira.

Ato contínuo, ele agrediu-a, empurrando-a conta a geladeira,


causando-lhe as lesões descritas no relatório médico (mov. 45.1). Nessa
oportunidade, Elismar ameaçou a vítima, segurando-a pelo pescoço e dizendo que
a mataria naquele dia.

Nessa data, Lourença conseguiu ligar para a Polícia Militar, que


efetuou a prisão flagrancial de Elismar.

Registo de Atendimento Integrado n. 26742357 à mov. 01,


arquivo 2.

Relatório Médico à mov. 01, arquivo 2.

Laudo de Exame Pericial de Dano e Avaliação realizado pela


Delegacia de Polícia de Fazenda Nova, inserido à mov. 45.

Denúncia à mov. 49, recebida em 26/10/2022 (mov. 52).

O réu foi pessoalmente citado em 01/11/2022 (mov. 60) e, por


meio de defensor constituído, ofertou resposta à acusação (mov. 59).
Laudo de Lesões Corporais Indireto à mov. 68.

Aos 05/05/2023, foi concedida liberdade provisória ao réu (mov.


171).

Audiência de instrução e julgamento realizada em 04/05/2023,


mov. 182.

Após, o parquet apresentou memoriais, mov. 189, ocasião em


que pugnou pela condenação do réu nos termos da inicial.

Após, por meio de advogado constituído, encartou-se a peça


de memoriais defensivos em que pleiteou-se a absolvição do réu e,
subsidiariamente, na hipótese de condenação, requereu-se a aplicação da
hipótese de diminuição de pena prevista no § 4º, do artigo 129, do Código Penal,
por ter o acusado agido sob violenta emoção, após injusta provocação da vítima.
Ademais, em caso de decreto condenatório, requestou aplicação do fenômeno da
continuidade delitiva e não do concurso material de crime. E, finalmente, requereu
a denegação de eventual pleito de reparação de danos materiais e morais.

Certidão de antecedentes criminais em nome do réu à mov.


194.

Após, vieram conclusos os autos.

É o relato. DECIDO.

O processo está em ordem, não se vislumbrando


irregularidades a serem purgadas.

As condições da ação e os pressupostos processuais de


existência e validade encontram-se presentes, tendo sido observado o rito previsto
em lei para o caso em comento. Assim, o presente processo encontra-se pronto
para receber sentença.

Aduz o artigo 129, § 13 do Código Penal:

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:


(…).
§ 13 - § 13.  Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da
condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste
Código:    (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).    (Incluído pela Lei nº
14.188, de 2021)

Por sua vez, o artigo 147 do Código Penal diz:


Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.

E o artigo 21 da Lei de Contravenções Penais reza:

Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém:


Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de
cem mil réis a um conto de réis, se o fato não constitue crime.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade
se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº
10.741, de 2003)

Pois bem.

A MATERIALIDADE dos crimes restou satisfatoriamente


comprovada por meio do conjunto probatório, merecendo destaque a Declaração
de União Estável (mov. 45, arquivo 1), Registo de Atendimento Integrado n.
26742357, Relatório Médico, estes à mov. 45, arquivo 2, e Laudo de Lesões
Corporais Indireto à mov. 68.

Igualmente, a AUTORIA do delito em referência é induvidosa,


mormente pelo depoimento da vítima, testemunhas e pelo toer do interrogatório do
réu.

A vítima Lourença Soares da Silva, em sua oitiva, disse que há


22 (vinte e dois) anos possui relacionamento com o réu e ele sempre foi agressivo,
inobstante ser trabalhador e honesto, somando que não foi a primeira vez que foi
agredida, mas que já passou por essa situação diversas vezes, tendo, inclusive,
fraturado o queixo em virtude de um murro que Elismar lhe desferiu, quando
residiam em Goiânia/GO.

Verberou que, no dia fatídico, foram para a festa da igreja e lá


ele “cismou” que alguém trocava olhares com ela e foram embora, acrescentando
que, no trajeto, ele parou a camionete, desceu e foi até o banco em que estava,
iniciando as agressões, que consistiram em socos em sua cabeça, até que caiu no
câmbio do veículo.

Pormenorizou que nunca avançou contra Elismar e as


agressões foram iniciadas por ele e que, ao tempo dos fatos, possuíam união
estável.

Lembrou que, em certa data, chamou a atenção do acusado,


por falas suas em um bar, ao que ele se levantou e foi embora. Ao chegar em
casa, relatou que Elismar a aguardava e iniciaram entrevero, em virtude de uma
geladeira que fora emprestada para sua enteada, momento em que o acusado
quebrou o eletrodoméstico e a xingou e enforcou contra outro refrigerador que
estava na cozinha.

Acrescentou que crê tenha sido a polícia acionada por um


vizinho que, possivelmente, tenha ouvido o réu dizendo que a mataria.

A testemunha de acusação, policial militar Tadeu Solon


Sampaio da Silva, inquirida judicialmente, sobre o crivo do contraditório,
argumentou que foram acionados, diante da notícia de uma ocorrência de
agressão contra a mulher.

Aduziu que, chegando ao local, o denunciado não se


encontrava, mas que, pouco depois, ele chegou e, ao ser apontado pela ofendida,
efetuaram sua prisão em flagrante delito.

Relatou que a própria vítima lhes mostrou as agressões e


hematomas, além de relatar o ocorrido, somando que já haviam brigado outras
vezes e que ela gostaria de denunciá-lo, por não se tratar do primeiro episódio
dessa natureza. O réu, segundo sua fala, dirigiu-se até o local em que estavam os
militares e a viatura, também informou que eles já haviam brigado outras vezes,
aduzindo, ainda que ele não ofereceu resistência à prisão.

Thaís Alves de Moura Caldeira, testemunha arrolada pela


defesa, compromissada, nos termos legais, relatou que os conhece há pouco
tempo e nada soube dizer sobre os fatos, rememorando que trabalha no
supermercado do réu e da vítima, consignando que ele se trata de pessoa de boa
conduta e que ela é bastante conturbada, mormente quando faz uso de álcool.

O acusado, Elismar, ao ser interrogado disse que a imputação


é verdadeira em partes, admitiu que brigaram algumas vezes, mas que não
houveram agressões de sua parte, mas que, infelizmente, Lourença o agrediu e
ele revidou, frisando que não a ameaçou.

Pontuou que as agressões que sofria por parte da vítima,


consistiam em lhe dizer que se ele fizesse algo poderia ser preso, além de outras
palavras desagradáveis. Posteriormente, ela passou avançar-lhe, a dar-lhe
garrafadas, jogar copos, mas não tomou nenhuma providência.

Sublinhou que, no dia da festa da Igreja, estavam discutindo no


caminho, momento em que ele parou o veículo bruscamente e tentou retirá-la do
carro, mas negou ter agredido a vítima com socos, rememorando que ela se
agarrou ao volante para não sair e, por isso, provavelmente se machucou no
câmbio nesse momento.

Além disso, frisou que não a empurrou contra a geladeira,


tampouco soube informar o motivo das lesões da vítima e não viu nenhum
hematoma em seu corpo. Esclareceu que, na ocasião, Lourença acusou sua filha
de roubo, o que o irritou, ao passo que iniciaram uma discussão e, logo em
seguida, ele saiu para o mercado.

Ao final de seu interrogatório, afirmou que, diante de tudo o que


ocorreu, ele é a vítima e que, se pudesse voltar atrás, as coisas não teriam
acontecido dessa maneira.

Apreciando o acervo probatório, é possível verificar que o réu


nega as práticas delitivas que lhe são imputadas e busca levar a crer que
perpetrou as agressões contra sua companheira, à época, em legítima defesa.
Ocorre que, como bem dito pelo órgão ministerial, não soube declinar o nome de
nenhuma testemunha que tenha presenciado o ocorrido, tanto no que se refere ao
fato de 09/06/2022, quanto ao fato de agosto/setembro, quiçá tomou alguma
providência que fizesse comprovar suas alegações, sendo que esta versão não
encontra respaldo junto às demais provas e é isolada nos autos, motivo pelo qual,
desde já, rechaço o pleito defensivo consistente em diminuição de pena contido no
artigo 129, § 4°, do CP, pois está nítido que não agiu sob domínio de violenta
emoção.

Pelo contrário, as provas são suficientes para demonstrar que a


vítima foi agredida por meio contundente, além de ter se sentido ameaçada por
seu convivente, ao ponto de chegarem às vias de fato, em função do gênero
feminino e da relação doméstica/familiar que mantinham, inclusive de
subordinação (em função do gênero) de Lourença em relação a Elismar, por suas
próprias falas em sua oitiva.

Aliás, resta claro que as declarações da vítima encontram


amparo nas demais provas coletadas nesta demanda, cuja palavra se reveste de
especial importância, mormente pelo fato de que delitos dessa natureza são
perpetrados na esfera íntima de convivência e, em geral, em função dessa
clandestinidade, não são presenciados por outras pessoas.

EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES DE LESÃO CORPORAL


PRATICADA EM RAZÃO DE GÊNERO, AMEAÇA NO ÂMBITO
DOMÉSTICO E POSSE ILEGAL DE ARMA E FOGO. ABSOLVIÇÃO
DO CRIME DE AMEAÇA. INVIABILIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO
DA CONDUTA QUALIFICADA DO §13º PARA O § 9º DO ART. 129
CÓDIGO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. REDUÇÃO DA PENA-BASE
DO CRIME DE LESÃO CORPORAL. DESNECESSIDADE.
RECONHECIMENTO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO PARA OS
CRIMES DE LESÃO CORPORAL E POSSE DE ARMA. NÃO
ACOLHIDO. 1. Inviável acolher o pleito absolutório quando as
provas se apresentam demasiadamente robustas e coerentes
no sentido de atribuir ao réu as condutas descritas na denúncia
e referendadas na sentença. 2. Uma vez verificado que o crime
de lesão corporal praticado no ambiente doméstico contra a ex-
companheira do réu teve motivação ligada a situação de
vulnerabilidade pela condição do sexo feminino e com intuito
de manter uma relação de domínio/subordinação do acusado
para com a vítima, deve ser mantida a qualificadora do §13º do
art. 129 Código Penal. 3. Não cabe redução da pena-base do crime
de lesão corporal quando identificados fundamentos concretos para
a negativação de ao menos três circunstâncias judiciais, sendo o
montante escolhido pelo juízo a quo proporcional com a variação da
pena abstrata. 4. Não se mostra viável aplicar a atenuante da
confissão para o crime de lesão corporal, tendo em vista que em
nenhum momento o apelante admitiu ter praticado agressões contra
a vítima. No caso do crime de posse de arma, embora o réu tenha
admitido a propriedade do artefato, a pena-base já restou fixada no
mínimo legal, inviabilizando qualquer redução na segunda fase
dosimétrica, nos termos da Súmula 231, do STJ. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJGO, PROCESSO CRIMINAL ->
Recursos -> Apelação Criminal 5640337-27.2021.8.09.0100, Rel.
Des(a). DESEMBARGADOR ITANEY FRANCISCO CAMPOS, 1ª
Câmara Criminal, julgado em 23/01/2023, DJe de 23/01/2023) grifei

EMENTA: APELAÇÃO. LESÃO CORPORAL, EM CONTEXTO


DOMÉSTICO. RECURSO DA DEFESA POSTULANDO
ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS. REDUÇÃO DE
PENA. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVA DE DIREITOS.
SURSIS. 1. A jurisprudência da Corte Superior orienta que,
em casos de violência doméstica a palavra da vítima tem
especial relevância, haja vista que em muitos casos
ocorrem em situações de clandestinidade, principalmente
quando respaldada por relatório médico, que comprova
lesão compatível com a versão apresentada por ela. 2. A
reconciliação do casal e a ausência de vontade da vítima em
ver o paciente processado não constituem óbice à persecução
criminal, sob pena de desrespeito ao princípio da
indisponibilidade da ação penal pública incondicionada, nos
termos do enunciado n. 542 da Súmula do STJ. 3. Ao realizar a
dosimetria da pena, o juízo considerou todas as circunstâncias
judiciais favoráveis ou neutras, tanto que fixou a pena-base no
mínimo legal. 3. Além de se tratar de delito praticado em
contexto de violência doméstica, a forma pela qual o crime foi
praticado envolveu violência a pessoa, razão pela qual é
vedada a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, conforme previsão legal do art. 44, I, do
CP. 5. Sursis concedido na sentença. 6. Apelo Desprovido.
(TJGO, PROCESSO CRIMINAL -> Recursos -> Apelação
Criminal 5041182-38.2021.8.09.0091, Rel. Des(a). Aureliano
Albuquerque Amorim, 3ª Câmara Criminal, julgado em
30/01/2023, DJe de 30/01/2023) grifei

Assim, havendo nos autos provas suficientes acerca da


materialidade e da prática dos crimes tipificados na exordial pelo acusado, a
condenação é de rigor.

No concernente ao elemento CULPABILIDADE, observo que o


réu é imputável, vez que praticou o fato quando já possuía mais de 18 anos de
idade e inexiste qualquer circunstância excludente de sua imputabilidade. Além
disso, o réu tinha potencial conhecimento da ilicitude de seus atos e outra conduta
lhe era exigida.

DISPOSITIVO

POSTO ISSO, e por tudo mais que consta do processo, julgo


procedente o pedido contido na denúncia para o fim de CONDENAR ELISMAR
DOS SANTOS GOMES pela prática dos delitos tipificados nos artigos 129, §
13, (por duas vezes) e 147, ambos do Código Penal e artigo 21 do Decreto-Lei
3.688/41 (por duas vezes), todos na forma do artigo 69 do Código Penal.

Atenta às circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal,


passo, então, à dosimetria da pena a ser aplicada, conforme necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime.

DO CRIME PREVISTO NO 129, § 13, DO CÓDIGO PENAL (fato 1)

A culpabilidade, face à censurabilidade da conduta do réu e a


consciência da ilicitude, é normal à espécie.

Em relação aos antecedentes criminais, constato que o


acusado não é primário, vez que ostenta condenação criminal com trânsito em
julgado datado de 21/09/2015, perante os autos 348803-95, consoante aponta sua
certidão de antecedentes criminais, de maneira que esta circunstância será
considerada negativa na dosagem de sua reprimenda, quanto a isso, importa
ressaltar que a jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que o período
depurador de 05 anos não se aplica à análise desta circunstância. Vejamos:

EMENTA: DIREITO PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM REPERCUSSÃO GERAL. DOSIMETRIA.
CONSIDERAÇÃO DOS MAUS ANTECEDENTES AINDA QUE
AS CONDENAÇÕES ANTERIORES TENHAM OCORRIDO HÁ
MAIS DE CINCO ANOS. POSSIBILIDADE. PARCIAL
PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal só considera maus antecedentes condenações penais
transitadas em julgado que não configurem reincidência. Trata-
se, portanto, de institutos distintos, com finalidade diversa na
aplicação da pena criminal. 2. Por esse motivo, não se aplica
aos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição
previsto para a reincidência (art. 64, I, do Código Penal). 3.
Não se pode retirar do julgador a possibilidade de aferir, no
caso concreto, informações sobre a vida pregressa do agente,
para fins de fixação da pena-base em observância aos
princípios constitucionais da isonomia e da individualização da
pena. 4. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento,
mantida a decisão recorrida por outros fundamentos, fixada a
seguinte tese: Não se aplica ao reconhecimento dos maus
antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da
reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. (RE
593818, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno,
julgado em 18/08/2020, PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-277 DIVULG 20-11-
2020 PUBLIC 23-11-2020)

Em relação à conduta social do réu, nada se pode precisar,


pois não foram produzidos pelos sujeitos processuais elementos probatórios
acerca do papel que ele desempenha perante a comunidade, a família, o trabalho,
a escola e/ou a vizinhança. Assim, esta circunstância não influenciará na dosagem
da pena.

A personalidade é neutra pois demanda análise técnica que


inexiste nos autos.

O motivo (a finalidade) e as circunstâncias da prática


delituosa são comuns à espécie, assim, não acarretarão modificação da pena, seja
para prejudicá-lo, seja para beneficiá-lo.

As consequências do crime, no caso em tela, são normais à


espécie. Portanto, não o desfavorecem.

Nesse contexto, atenta ao conjunto de circunstâncias judiciais


anteriormente analisadas, fixo a pena-base em 01 (um) ano, 01 (um) mês e 15
(quinze) dias de reclusão.

Adentrando na segunda fase da dosimetria da pena, não


constato a presença atenuantes ou agravantes a serem consideradas. De igual
modo, na terceira fase do cálculo dosimétrico não existem causas de diminuição
ou de aumento de pena a serem sopesadas, razão pela qual perfaz o quantum
definitivo em 01 (um) ano, 01 (um) mês e 15 (quinze) dias de reclusão.

DO CRIME PREVISTO NO 129, § 13, DO CÓDIGO PENAL (fato 2)

A culpabilidade, face à censurabilidade da conduta do réu e a


consciência da ilicitude, é normal à espécie.

Em relação aos antecedentes criminais, constato que o


acusado não é primário, vez que ostenta condenação criminal com trânsito em
julgado datado de 21/09/2015, perante os autos 348803-95, consoante aponta sua
certidão de antecedentes criminais, de maneira que esta circunstância será
considerada negativa na dosagem de sua reprimenda, quanto a isso, importa
ressaltar que a jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que o período
depurador de 05 anos não se aplica à análise desta circunstância. Vejamos:

EMENTA: DIREITO PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM REPERCUSSÃO GERAL. DOSIMETRIA.
CONSIDERAÇÃO DOS MAUS ANTECEDENTES AINDA QUE
AS CONDENAÇÕES ANTERIORES TENHAM OCORRIDO HÁ
MAIS DE CINCO ANOS. POSSIBILIDADE. PARCIAL
PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal só considera maus antecedentes condenações penais
transitadas em julgado que não configurem reincidência. Trata-
se, portanto, de institutos distintos, com finalidade diversa na
aplicação da pena criminal. 2. Por esse motivo, não se aplica
aos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição
previsto para a reincidência (art. 64, I, do Código Penal). 3.
Não se pode retirar do julgador a possibilidade de aferir, no
caso concreto, informações sobre a vida pregressa do agente,
para fins de fixação da pena-base em observância aos
princípios constitucionais da isonomia e da individualização da
pena. 4. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento,
mantida a decisão recorrida por outros fundamentos, fixada a
seguinte tese: Não se aplica ao reconhecimento dos maus
antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da
reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. (RE
593818, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno,
julgado em 18/08/2020, PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-277 DIVULG 20-11-
2020 PUBLIC 23-11-2020)

Em relação à conduta social do réu, nada se pode precisar,


pois não foram produzidos pelos sujeitos processuais elementos probatórios
acerca do papel que ele desempenha perante a comunidade, a família, o trabalho,
a escola e/ou a vizinhança. Assim, esta circunstância não influenciará na dosagem
da pena.

A personalidade é neutra pois demanda análise técnica que


inexiste nos autos.

O motivo (a finalidade) e as circunstâncias da prática


delituosa são comuns à espécie, assim, não acarretarão modificação da pena, seja
para prejudicá-lo, seja para beneficiá-lo.

As consequências do crime, no caso em tela, são normais à


espécie. Portanto, não o desfavorecem.

Nesse contexto, atenta ao conjunto de circunstâncias judiciais


anteriormente analisadas, fixo a pena-base em 01 (um) ano, 01 (um) mês e 15
(quinze) dias de reclusão.

Adentrando na segunda fase da dosimetria da pena, não


constato a presença atenuantes ou agravantes a serem consideradas. De igual
modo, na terceira fase do cálculo dosimétrico não existem causas de diminuição
ou de aumento de pena a serem sopesadas, razão pela qual perfaz o quantum
definitivo em 01 (um) ano, 01 (um) mês e 15 (quinze) dias de reclusão.

DO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 147 DO CÓDIGO PENAL

A culpabilidade, face à censurabilidade da conduta do réu e a


consciência da ilicitude, é normal à espécie.

Em relação aos antecedentes criminais, constato que o


acusado não é primário, vez que ostenta condenação criminal com trânsito em
julgado datado de 21/09/2015, perante os autos 348803-95, consoante aponta sua
certidão de antecedentes criminais, de maneira que esta circunstância será
considerada negativa na dosagem de sua reprimenda, quanto a isso, importa
ressaltar que a jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que o período
depurador de 05 anos não se aplica à análise desta circunstância. Vejamos:

EMENTA: DIREITO PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM REPERCUSSÃO GERAL. DOSIMETRIA.
CONSIDERAÇÃO DOS MAUS ANTECEDENTES AINDA QUE
AS CONDENAÇÕES ANTERIORES TENHAM OCORRIDO HÁ
MAIS DE CINCO ANOS. POSSIBILIDADE. PARCIAL
PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal só considera maus antecedentes condenações penais
transitadas em julgado que não configurem reincidência. Trata-
se, portanto, de institutos distintos, com finalidade diversa na
aplicação da pena criminal. 2. Por esse motivo, não se aplica
aos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição
previsto para a reincidência (art. 64, I, do Código Penal). 3.
Não se pode retirar do julgador a possibilidade de aferir, no
caso concreto, informações sobre a vida pregressa do agente,
para fins de fixação da pena-base em observância aos
princípios constitucionais da isonomia e da individualização da
pena. 4. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento,
mantida a decisão recorrida por outros fundamentos, fixada a
seguinte tese: Não se aplica ao reconhecimento dos maus
antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da
reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. (RE
593818, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno,
julgado em 18/08/2020, PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-277 DIVULG 20-11-
2020 PUBLIC 23-11-2020)

Em relação à conduta social do réu, nada se pode precisar,


pois não foram produzidos pelos sujeitos processuais elementos probatórios
acerca do papel que ele desempenha perante a comunidade, a família, o trabalho,
a escola e/ou a vizinhança. Assim, esta circunstância não influenciará na dosagem
da pena.
A personalidade é neutra pois demanda análise técnica que
inexiste nos autos.

O motivo (a finalidade) e as circunstâncias da prática


delituosa são comuns à espécie, assim, não acarretarão modificação da pena, seja
para prejudicá-lo, seja para beneficiá-lo.

As consequências do crime, no caso em tela, são normais à


espécie. Portanto, não o desfavorecem.

Nesse contexto, atenta ao conjunto de circunstâncias judiciais


anteriormente analisadas, fixo a pena-base em 01 (um) mês e 03 (três) dias de
detenção.

Adentrando na segunda fase da dosimetria da pena, não


constato a presença atenuantes ou agravantes a serem consideradas. De igual
modo, na terceira fase do cálculo dosimétrico não existem causas de diminuição
ou de aumento de pena a serem sopesadas, razão pela qual perfaz o quantum
definitivo em 01 (um) mês e 03 (três) dias de detenção.

DO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 21 DO DECRETO LEI 3.688/41 (fato 1)

A culpabilidade, face à censurabilidade da conduta do réu e a


consciência da ilicitude, é normal à espécie.

Em relação aos antecedentes criminais, constato que o


acusado não é primário, vez que ostenta condenação criminal com trânsito em
julgado datado de 21/09/2015, perante os autos 348803-95, consoante aponta sua
certidão de antecedentes criminais, de maneira que esta circunstância será
considerada negativa na dosagem de sua reprimenda, quanto a isso, importa
ressaltar que a jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que o período
depurador de 05 anos não se aplica à análise desta circunstância. Vejamos:

EMENTA: DIREITO PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM REPERCUSSÃO GERAL. DOSIMETRIA.
CONSIDERAÇÃO DOS MAUS ANTECEDENTES AINDA QUE
AS CONDENAÇÕES ANTERIORES TENHAM OCORRIDO HÁ
MAIS DE CINCO ANOS. POSSIBILIDADE. PARCIAL
PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal só considera maus antecedentes condenações penais
transitadas em julgado que não configurem reincidência. Trata-
se, portanto, de institutos distintos, com finalidade diversa na
aplicação da pena criminal. 2. Por esse motivo, não se aplica
aos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição
previsto para a reincidência (art. 64, I, do Código Penal). 3.
Não se pode retirar do julgador a possibilidade de aferir, no
caso concreto, informações sobre a vida pregressa do agente,
para fins de fixação da pena-base em observância aos
princípios constitucionais da isonomia e da individualização da
pena. 4. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento,
mantida a decisão recorrida por outros fundamentos, fixada a
seguinte tese: Não se aplica ao reconhecimento dos maus
antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da
reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. (RE
593818, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno,
julgado em 18/08/2020, PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-277 DIVULG 20-11-
2020 PUBLIC 23-11-2020)

Em relação à conduta social do réu, nada se pode precisar,


pois não foram produzidos pelos sujeitos processuais elementos probatórios
acerca do papel que ele desempenha perante a comunidade, a família, o trabalho,
a escola e/ou a vizinhança. Assim, esta circunstância não influenciará na dosagem
da pena.

A personalidade é neutra pois demanda análise técnica que


inexiste nos autos.

O motivo (a finalidade) e as circunstâncias da prática


delituosa são comuns à espécie, assim, não acarretarão modificação da pena, seja
para prejudicá-lo, seja para beneficiá-lo.

As consequências do crime, no caso em tela, são normais à


espécie. Portanto, não o desfavorecem.

Nesse contexto, atenta ao conjunto de circunstâncias judiciais


anteriormente analisadas, fixo a pena-base em 16 (dezesseis) dias de prisão
simples.

Adentrando na segunda fase da dosimetria da pena, não


constato a presença atenuantes ou agravantes a serem consideradas. De igual
modo, na terceira fase do cálculo dosimétrico não existem causas de diminuição
ou de aumento de pena a serem sopesadas, razão pela qual perfaz o quantum
definitivo em 16 (dezesseis) dias de prisão simples.

DO CRIME PREVISTO NO ARTIGO 21 DO DECRETO LEI 3.688/41 (fato 2)

A culpabilidade, face à censurabilidade da conduta do réu e a


consciência da ilicitude, é normal à espécie.

Em relação aos antecedentes criminais, constato que o


acusado não é primário, vez que ostenta condenação criminal com trânsito em
julgado datado de 21/09/2015, perante os autos 348803-95, consoante aponta sua
certidão de antecedentes criminais, de maneira que esta circunstância será
considerada negativa na dosagem de sua reprimenda, quanto a isso, importa
ressaltar que a jurisprudência da Suprema Corte é no sentido de que o período
depurador de 05 anos não se aplica à análise desta circunstância. Vejamos:

EMENTA: DIREITO PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO


COM REPERCUSSÃO GERAL. DOSIMETRIA.
CONSIDERAÇÃO DOS MAUS ANTECEDENTES AINDA QUE
AS CONDENAÇÕES ANTERIORES TENHAM OCORRIDO HÁ
MAIS DE CINCO ANOS. POSSIBILIDADE. PARCIAL
PROVIMENTO. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal só considera maus antecedentes condenações penais
transitadas em julgado que não configurem reincidência. Trata-
se, portanto, de institutos distintos, com finalidade diversa na
aplicação da pena criminal. 2. Por esse motivo, não se aplica
aos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição
previsto para a reincidência (art. 64, I, do Código Penal). 3.
Não se pode retirar do julgador a possibilidade de aferir, no
caso concreto, informações sobre a vida pregressa do agente,
para fins de fixação da pena-base em observância aos
princípios constitucionais da isonomia e da individualização da
pena. 4. Recurso extraordinário a que se dá parcial provimento,
mantida a decisão recorrida por outros fundamentos, fixada a
seguinte tese: Não se aplica ao reconhecimento dos maus
antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da
reincidência, previsto no art. 64, I, do Código Penal. (RE
593818, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno,
julgado em 18/08/2020, PROCESSO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-277 DIVULG 20-11-
2020 PUBLIC 23-11-2020)

Em relação à conduta social do réu, nada se pode precisar,


pois não foram produzidos pelos sujeitos processuais elementos probatórios
acerca do papel que ele desempenha perante a comunidade, a família, o trabalho,
a escola e/ou a vizinhança. Assim, esta circunstância não influenciará na dosagem
da pena.

A personalidade é neutra pois demanda análise técnica que


inexiste nos autos.

O motivo (a finalidade) e as circunstâncias da prática


delituosa são comuns à espécie, assim, não acarretarão modificação da pena, seja
para prejudicá-lo, seja para beneficiá-lo.

As consequências do crime, no caso em tela, são normais à


espécie. Portanto, não o desfavorecem.

Nesse contexto, atenta ao conjunto de circunstâncias judiciais


anteriormente analisadas, fixo a pena-base em 16 (dezesseis) dias de prisão
simples.
Adentrando na segunda fase da dosimetria da pena, não
constato a presença atenuantes ou agravantes a serem consideradas. De igual
modo, na terceira fase do cálculo dosimétrico não existem causas de diminuição
ou de aumento de pena a serem sopesadas, razão pela qual perfaz o quantum
definitivo em 16 (dezesseis) dias de prisão simples.

De mais a mais, tendo em vista que foi reconhecido o concurso


material de delitos, as penas devem ser acumuladas, nos moldes do artigo 69 do
Código Penal. Logo, as reprimendas somadas totalizam: 02 (dois) anos e 03
(três) meses de reclusão, 02 (um) mês e 03 (três) de detenção e 32 (trinta e
dois) dias de prisão simples.

DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA

Diante do quantitativo da pena fixada, em conjunto com a


primariedade dos acusados, constato que deverão iniciar o cumprimento da pena
privativa de liberdade em regime ABERTO, nos termos do artigo 33, §2º, c, do
Código Penal.

DA IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO OU DE SUSPENSÃO DA PENA

Tendo em vista a pena fixada, a natureza do delito que


envolveu violência e ameaça à pessoa, deixo de substituir a pena privativa de
liberdade por restritivas de direitos e de aplicar a suspensão condicional da pena,
previstas nos artigos 44 e 77, ambos do Código Penal.

EMENTA: APELAÇÃO. LESÃO CORPORAL, EM CONTEXTO


DOMÉSTICO. RECURSO DA DEFESA POSTULANDO
ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVAS. REDUÇÃO DE
PENA. SUBSTITUIÇÃO POR RESTRITIVA DE DIREITOS.
SURSIS. 1. A jurisprudência da Corte Superior orienta que, em
casos de violência doméstica a palavra da vítima tem especial
relevância, haja vista que em muitos casos ocorrem em
situações de clandestinidade, principalmente quando
respaldada por relatório médico, que comprova lesão
compatível com a versão apresentada por ela. 2. A
reconciliação do casal e a ausência de vontade da vítima em
ver o paciente processado não constituem óbice à persecução
criminal, sob pena de desrespeito ao princípio da
indisponibilidade da ação penal pública incondicionada, nos
termos do enunciado n. 542 da Súmula do STJ. 3. Ao realizar a
dosimetria da pena, o juízo considerou todas as circunstâncias
judiciais favoráveis ou neutras, tanto que fixou a pena-base no
mínimo legal. 3. Além de se tratar de delito praticado em
contexto de violência doméstica, a forma pela qual o crime
foi praticado envolveu violência a pessoa, razão pela qual é
vedada a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, conforme previsão legal do art. 44, I,
do CP. (...) (TJGO, PROCESSO CRIMINAL -> Recursos ->
Apelação Criminal 5041182-38.2021.8.09.0091, Rel. Des(a).
Aureliano Albuquerque Amorim, 3ª Câmara Criminal, julgado
em 30/01/2023, DJe de 30/01/2023)

DA PRISÃO PREVENTIVA

Reapreciando o feito, não vislumbro a presença dos requisitos


motivadores para a decretação de sua prisão preventiva, diante de seus
predicados pessoais favoráveis, aliado ao fato de que, após ser-lhe concedida a
liberdade provisória, não voltou a delinquir ou atrapalhar o regular andamento
processual, razão pela qual, permito-lhe recorrer em liberdade.

DA REPARAÇÃO DO DANO

Como não houve pedido expresso das partes interessadas


acerca do disposto no artigo 387, IV, do Código d Processo Penal, deixo de
manifestar-me a esse respeito.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Condeno o sentenciado nas custas/despesas processuais,


conforme determinação constante do artigo 804 do Código de Processo Penal.

Após o trânsito em julgado, tomem-se as seguintes


providências:

a) remetam-se os autos para a liquidação da pena de multa


fixada e apuração das custas devidas, intimando-se o sentenciado a pagar a pena
de multa em 10 (dez) dias, conforme disposto no artigo 50 do Código Penal;

b) emita-se a respectiva guia de recolhimento definitiva,


anexando as peças indicadas no art. 1º da Resolução nº 113/2010 do Conselho
Nacional de Justiça, e encaminhe-se à Vara de Execução Penal, anotando-se os
dias que o sentenciado permaneceu em cárcere;

c) comuniquem-se os órgãos de identificação, o Cartório


Distribuidor e o Tribunal Regional Eleitoral.

No mais, cumpram-se, no que for pertinente, consoante as


disposições do Código de Normas e Procedimentos do Foro Judicial da CGJGO.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

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