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DIRECÇÃO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

REGULAMENTO ORGÂNICO

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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO INTERIOR
COMANDO GERAL DA POLICIA NACIONAL
DIRECÇÃO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

REGULAMENTO ORGÂNICO

CAPÍTULO I
(DAS DISPOSIÇÕES GERAIS)

ARTIGO 1º.
(DEFINIÇÃO E NATUREZA)

1. A Direcção Nacional de Investigação Criminal com a sigla


abreviada “DNIC”, é um órgão do Comando Geral da Polícia
Nacional, hierarquicamente na dependência do Comandante
Geral da Polícia Nacional, a quem compete a investigação e a
instrução preparatória dos processos-crime.

2. A Direcção Nacional de Investigação Criminal rege-se pelas


disposições do presente regulamento e por outras legalmente
aplicáveis.

3. A Direcção Nacional de Investigação Criminal está sujeita à


fiscalização da Procuradoria-Geral da República durante o
exercício da actividade processual.

ARTIGO 2º.
(ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA)

2
A Direcção Nacional de Investigação Criminal Central é uma
unidade gestora e rege-se por orçamento a atribuir pela unidade
orçamental - Comando Geral da Polícia Nacional.

ARTIGO 3º.
(ATRIBUIÇÕES)

São atribuições da Direcção Nacional de Investigação Criminal, as


seguintes:

a)- Auxiliar as autoridades judiciais na administração da justiça


nos termos do Código Penal, do Código de Processo Penal
e demais legislação complementar;

b)- Efectuar a instrução preparatória dos processos crime em


todas as causas que lhe sejam afectas nos termos da
respectiva legislação;

c)- Controlar o potencial delituoso de acordo com o seu grau de


perigosidade social;

d)- Investigar e descobrir os autores dos crimes;

e)- Analisar as causas que geram a criminalidade e as suas


consequências;

f)- Realizar detenções de suspeitos, prófugos e autores dos


crimes, bem como revistas, buscas e apreensões dos bens
utilizados no seu cometimento.

ARTIGO 4º.
(COMPETÊNCIAS EM MATÉRIA DE PREVENÇÃO
CRIMINAL)

Em matéria de prevenção criminal, compete designadamente:

a) - Efectuar a prevenção geral e especial a nível da sociedade


e do potencial delinquente.

b) - Vigiar e fiscalizar os estabelecimentos privados ou


cooperativos em que se proceda a transacção de
penhores, de ferro velho, de antiguidades, fábricas de
chaves, compra e venda de móveis, livros e objectos
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usados, de ourivesarias e oficinas de ourivesarias, de
objectos usados, de aluguer compra e venda de veículos e
seus acessórios, garagens, oficinas e outros locais de
reparação de veículos;

c) - Vigiar e fiscalizar hotéis, casas de pernoita, restaurantes,


bares, tabernas, locais onde se suspeite da prática de
prostituição e outros semelhantes;

d) - Vigiar os locais de embarque e desembarque de pessoas e


de mercadorias, navios ancorados nos portos, fronteiras,
meios de transporte, locais públicos onde se efectuem
operações comerciais, de bolsa ou bancária,
estabelecimentos de venda de valores selados, casas ou
recintos de reuniões, de espectáculos ou de diversão,
casinos e salas de jogos, parques de campismo e
quaisquer locais que favoreçam a delinquência;

e) - Realizar acções destinadas a limitar o número de vítimas


da prática de crimes, motivando os cidadãos a adoptarem
precauções ou a reduzirem os actos e as situações que
facilitem ou propiciem a ocorrência de condutas criminosas.

ARTIGO 5º.
(COMPETÊNCIA EM MATÉRIA DE INVESTIGAÇÃO
CRIMINAL E INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA)

É da competência da Direcção Nacional de Investigação Criminal


em todo o território, a investigação e instrução de processos dos
seguintes crimes:

a)- Tráfico de estupefacientes, substâncias psicotrópicas e


precursores;

b)- Pesquisa, produção, posse e comercialização não


autorizada de diamantes;

c)- Falsificação de moeda, títulos de crédito, valores selados,


selos e outros equiparados e respectiva franqueagem,
branqueamento de capitais e dinheiro, bem como crimes
praticados através de meios informáticos;

d)- Fraude na obtenção ou desvio de subsídio, subvenção ou


crédito;

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e)- Corrupção e crimes eleitorais;

f)- Organizações terroristas e banditismo;

g)- Crimes contra a Segurança do Estado;

h)- Rebelião armada, motim ou levantamento;

i)- Perturbações nos serviços de transporte rodoviário, aéreo,


marítimo, fluvial e ferroviário;

j)- Contra a paz , humanidade e ambiente;

k)- Cárcere privado e rapto;

l)- Furto e roubo em instituições de crédito ou repartições dos


Ministérios do Planeamento, Economia e Finanças Públicas;

m)- Crimes executados com bombas, granadas, matéria ou


engenho explosivo, armas de fogo proibidas e objectos
armadilhados;

n)- Homicídios e outra forma de violência ou crimes contra as


pessoas;

o)- Furto de coisa móvel que tenha valor científico, artístico ou


histórico e que se encontre em colecção pública ou em local
acessível ao público, que possua elevada significação no
desenvolvimento tecnológico ou económico ou que pela sua
natureza seja substância altamente perigosa;

p)- Associações de malfeitores;

q)- Incêndio, exposição de pessoas a substâncias radioactivas


e libertação de gazes tóxicos ou asfixiantes, desde que em
qualquer caso, o facto seja imputável a título de dolo;

r)- Roubo, furto e tráfico de veículos, e viciação dos respectivos


elementos identificativos;

s)- Falsificação de carta de condução, livrete e título de registo


de propriedade de veículos automóveis, de certificados de
habilitações literárias, de passaportes e de bilhete de
identidade ou outros documentos autênticos e escritos;

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t)- Todos os restantes crimes comuns, previstos e puníveis nos
termos do Código Penal e legislação complementar em
vigor.

ARTIGO 6º
(COMPETÊNCIA EM MATÉRIA DE COOPERAÇÃO
E INTERCÂMBIO INTERNACIONAL )

Compete à Direcção Nacional de Investigação Criminal assegurar


a cooperação policial bilateral, regional e internacional no âmbito
processual e da Interpol.

CAPÍTULO II
(DA ORGANIZAÇÃO EM GERAL)

ARTIGO 7º.
(ORGANIZAÇÃO)

A Direcção Nacional de Investigação Criminal organiza-se em:

a)- Órgãos de Apoio Consultivo;

b)- Órgãos de Apoio Técnico;

c)- Órgãos de Apoio Instrumental;

d)- Órgãos Centrais de Investigação Criminal;

e)- Órgãos Provinciais de Investigação Criminal.

ARTIGO 8º.
(DA ESTRUTURA ORGÂNICA)

1. Órgãos de Apoio Consultivo

a)- Conselho Operativo;

b)- Conselho Consultivo Normal;

c)- Conselho Consultivo Alargado;

d)- Conselho de Quadros.


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2. Órgãos de Apoio Técnico

a)- Laboratório Central de Criminalística;

b)- Gabinete Nacional da Interpol;

c)- Departamento de Assessoria Técnico-Jurídica;

d)- Departamento de Planificação, Informação e Análise;

e)- Departamento de Identificação e Informação Criminal;

f)- Departamento de Recursos Humanos;

g)- Departamento de Inspecção.

3. Órgãos de Apoio Instrumental

a)- Departamento Administrativo;

b)- Departamento de Contabilidade e Finanças;

c)- Departamento de Logística e Serviços;

d)- Departamento de Telecomunicações e Informática;

e)- Departamento de Transportes;

f)- Departamento de Educação Moral e Cívica.

4. Órgãos Centrais de Investigação Criminal

a)- Gabinete Central de Operações;

b)- Departamento de Combate ao Tráfico Ilícito de Pedras e


Metais Preciosos;

c)- Departamento de Crimes Contra Ordem e Tranquilidade


Públicas;

d)- Departamento de Crimes Contra as Pessoas;

e)- Departamento Prevenção à Delinquência Juvenil;

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f)- Departamento de Crimes Contra a Propriedade;

g)- Departamento de Acidentes;

h)- Departamento de Combate ao Narcotráfico;

i)- Departamento de Investigação Criminal nos Portos,


Aeroportos e Postos Fronteiriços.

5 – Órgãos Provinciais de Investigação Criminal

Correspondente à divisão politica administrativa de cada


província.

CAPÍTULO III
(DA ORGANIZAÇÃO EM ESPECIAL)

SECÇÃO I
(DO ÓRGÃO DE DIRECÇÃO)

ARTIGO 9º.
(DIRECÇÃO)

1. A Direcção Nacional de Investigação Criminal é dirigida por um


Director Nacional nomeado em comissão de serviço pelo
Ministro do Interior sob proposta do Comandante Geral da
Polícia Nacional, e quando ostentar a patente de Oficial
Comissário, é nomeado pelo Presidente da República sob
proposta do Comandante Geral da Polícia Nacional.

2. O Director Nacional é coadjuvado no exercício das suas


funções por um Director Nacional Adjunto, que o substitui nas
ausências e impedimentos.

ARTIGO 10º.
(COMPETÊNCIA DO DIRECTOR NACIONAL)

Ao Director Nacional de Investigação Criminal compete:

a)- Orientar e coordenar superiormente as actividades da


Direcção Nacional de Investigação Criminal;

b)- Presidir as reuniões dos órgãos consultivos;


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c)- Dimanar ordens de serviço, directivas, despachos e
instruções que julgar convenientes no exercício da actividade
específica de investigação criminal;

d)- Designar os órgãos a atender pelo Director Nacional


Adjunto;

e)- Superintender os órgãos que integram a Direcção Nacional


de Investigação Criminal;

f)- Exercer o poder disciplinar dentro das suas competências;

g)- Orientar a elaboração do orçamento de despesas da


Direcção Nacional de Investigação Criminal;

h)- Emitir as informações e pareceres que lhe forem solicitados


pelo Comandante Geral da Polícia Nacional;

i)- Assegurar a unidade funcional da Direcção Nacional de


Investigação Criminal;

j)- Submeter à consideração do Comandante Geral da Policia


Nacional os assuntos que careçam de resolução superior;

k)- Definir a estratégia de actuação da Direcção Nacional de


Investigação Criminal em conformidade com a política
criminal contida no programa do governo e na lei em geral, e
de harmonia com as orientações dimanadas do Comandante
Geral da Polícia Nacional;

l)- Assegurar a eficiência e eficácia dos serviços;

m)- Manter informado o Comandante Geral sobre todas as


questões relevantes;

n)- Assegurar a conformidade dos actos praticados pelos


funcionários com o estatuído na lei e de acordo com os
legítimos interesses dos cidadãos;

o)- Ordenar a detenção, revistas, buscas e apreensões nos


termos do Código de Processo Penal e demais legislação
complementar;

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p)- Coordenar os serviços de inspecção e classificação
documental;

q)- Distribuir o pessoal pelos distintos serviços da Direcção


Nacional de Investigação Criminal;

r)- Propor o ingresso, nomeação, transferência, exoneração e


demissão dos funcionários da Direcção Nacional de
Investigação Criminal;

s)- Conferir posse aos funcionários da Direcção Nacional de


Investigação Criminal, excepto a oficiais Comissários;

t)- Aprovar os regulamentos orgânicos e quadro do pessoal dos


órgãos subalternos;

u)- Exercer as demais competências que lhe sejam acometidas por lei.

ARTIGO 11º.
(COMPETÊNCIA DO DIRECTOR NACIONAL ADJUNTO)

As competências do Director Nacional Adjunto são aquelas


que lhes forem delegadas pelo Director Nacional.

SECÇÃO II
(DOS ÓRGAOS DE APOIO CONSULTIVO)

ARTIGO 12º.
(CONSELHO OPERATIVO)

1. O Conselho Operativo é o órgão consultivo que coadjuva a


Direcção na análise periódica da actividade criminal, a fim de
apoiá-la na tomada de medidas oportunas de investigação e
instrução.

2. O Conselho Operativo integra, o Director Nacional que o


preside, o Director Nacional Adjunto, os Chefes dos Órgãos
Centrais de Investigação Criminal e os da Província de Luanda
devido a sua especificidade.

3. O Conselho Operativo integra também quadros dos órgãos que


forem designados pelo Director Nacional, de acordo a
necessidade da situação operacional e administrativa vigente.

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4. O Conselho Operativo reúne-se ordinariamente duas vezes por
semana e extraordinariamente sempre que se achar
necessário.

5. O Conselho Operativo rege-se por regulamento próprio.

ARTIGO 13º.
(CONSELHO CONSULTIVO)

1. O Conselho Consultivo é Normal e Alargado e tem as seguintes


atribuições:

a)- Emitir pareceres e recomendações sobre os assuntos de


natureza organizacional, funcional, operativo, técnico-
-profissional e social;

b)- Pronunciar-se sobre os assuntos que afectam a moral e a


disposição operacional dos efectivos;

2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Director Nacional e


integra para além do Director Nacional Adjunto os seguintes
quadros:

a)- Conselho Consultivo Normal: Os Chefes dos Órgãos


Centrais de Investigação Criminal;

b)- Conselho Consultivo Alargado: Os Chefes dos Órgãos


Centrais e Provinciais de investigação criminal.

3. O Conselho Consultivo integra também outros quadros dos


Órgãos que sejam designados pelo Director Nacional de
acordo com a necessidade.

4. O Conselho Consultivo rege-se por regulamento próprio.

ARTIGO 14º.
(CONSELHO DE QUADROS)

1. O Conselho de Quadros é um órgão consultivo de apoio à


Direcção, com as seguintes atribuições:

a) - Aconselhar a Direcção sobre os processos de selecção,


recrutamento, disciplina, avaliação, promoção,
despromoção, transferência, exoneração e demissão dos
funcionários;
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b) - Recomendar a aprovação de regulamentos e termos de
abertura de concursos para provimento de vagas;

c) - Conceder pareceres às avaliações, reclamações e


recursos dos funcionários sobre actos dos seus superiores
relacionados com a gestão do pessoal;

d) – Conceder recomendações sobre os assuntos que lhe


sejam submetidos pelo Director Nacional.

2. Integram o Conselho de Quadros:

a) - O Director Nacional, que preside;

b) - O Director Nacional Adjunto;

c)- O Chefe do Gabinete Central de Operações;

d)- O Chefe do Gabinete Nacional da Interpol;

e)- O Chefe do Laboratório Central de Criminalística:

f) - O Chefe do Departamento de Recursos Humanos;

g) - O Chefe do Departamento de Educação Moral e Cívica;

h) - Um funcionário eleito em assembleia de trabalhadores.

3. O Conselho de Quadros rege-se por regulamento próprio.

SECÇÃO III
(DOS ÓRGÃOS DE APOIO TÉCNICO)

ARTIGO 15º.
(LABORATÓRIO CENTRAL DE CRIMINALÍSTICA)

1. O Laboratório Central de Criminalística é um órgão de apoio ao


qual compete realizar as perícias e análises sobre física,
química, balística, biologia, avarias, acidentes, incêndios,
explosões, toxicologia, tautologia, genética forense, clínica
médico-legal, psicologia-forense, traçologia, escritura,
documentação, contabilidade, tecnologia de informação e
informática, sinais de rádio e vídeo, desenho criminalístico, bem
como garantir o asseguramento em fotografia e cinema.
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2. O Laboratório Central de Criminalística é chefiado por um
responsável com o estatuto de Director Nacional Adjunto.

ARTIGO 16º.
(GABINETE NACIONAL DA INTERPOL)

1. O Gabinete Nacional da Interpol é um órgão de apoio ao qual


compete assegurar as relações de cooperação e intercâmbio.

2. O Gabinete Nacional da Interpol é chefiado por um responsável


com o estatuto de Director Nacional Adjunto.

ARTIGO 17º.
(DEPARTAMENTO DE ASSESSORIA TECNICO-JURIDICA)

1. O Departamento de Assessoria Técnico-Jurídica, é um órgão de


apoio ao qual compete a prestação de assessoria técnico -
jurídica em matérias a ele submetidas, e a instrução de
processo disciplinares e de averiguações decorrentes da
actividade exercida pelos chefes e funcionários da Direcção.

2. O Departamento de Assessoria Técnico-Jurídico é chefiado por


um responsável com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 18º.
(DEPARTAMENTO DE PLANIFICAÇÃO, INFORMAÇÃO E
ANÁLISE)

1. O Departamento de Planificação, Informação e Análise é um


órgão de apoio ao qual compete garantir o processamento,
análise e difusão da informação, bem como os procedimentos
de estudos, planificação, organização e métodos.

2. O Departamento de Planificação, Informação e Análise é


chefiado por um responsável com a categoria de Chefe de
Departamento.

ARTIGO 19º.
(DEPARTAMENTO DE IDENTIFICAÇÃO E INFORMAÇÃO
CRIMINAL)
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1. O Departamento de Identificação e Informação Criminal é um
órgão de apoio ao qual compete elaborar normas
metodológicas e executar o registo e catalogação de dados de
identificação de interesse à realização da investigação criminal
e instrução processual, dos instrumentos do crime, do modus
operandi dos delinquentes, das pessoas desaparecidas, dos
prófugos e dos procurados por mandados de captura, dos
mortos não identificados, dos documentos, e objectos furtados,
roubados ou desaparecidos, do registo especializado, da
datisloscopia e da actividade de fotografia mensuradora.

2. O Departamento de Identificação e Informação Criminal é


chefiado por um responsável com a categoria de Chefe de
Departamento.

ARTIGO 20º.
(DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS)

1. O Departamento de Recursos Humanos é um órgão de apoio


ao qual compete a selecção, recrutamento e gestão dos
quadros bem como garantir a estabilidade e completamento do
quadro orgânico e do pessoal.

2. O Departamento de Recursos Humanos é chefiado por um


responsável com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 21º.
(DEPARTAMENTO DE INSPECÇÃO)

1. O Departamento de Inspecção é um órgão de apoio ao qual


compete a fiscalização, a realização de inquéritos, averiguações
e sindicância, designadamente, nos domínios dos serviços de
apoio técnico, apoio instrumental e operativos centrais e
provinciais.

2. O Departamento de Inspecção é chefiado por um responsável


com a categoria de Chefe de Departamento.

SECÇÃO IV
(DOS ÓRGÃOS DE APOIO INSTRUMENTAL)

ARTIGO 22º.
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(DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO)

1. O Departamento Administrativo é um órgão de apoio ao qual


compete:

a)- Gerir e administrar a documentação recebida, e expedir


aquela dimanada do órgão, registar os processos-crime
autuados e controlar a sua tramitação de conformidade os
procedimentos determinados;

b)- Exercer a actividade de relações públicas, bem como outras


tarefas que superiormente lhe forem determinadas;

c)- Apoiar o Director Nacional e o Director Nacional Adjunto


nas suas relações e contactos com os demais órgãos e
serviços do Comando Geral da Polícia Nacional;

d)- Gerir as celas de trânsito de detidos, e coordenar a sua


transferência para as cadeias.

2. O Departamento Administrativo é chefiado por um responsável


com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 23º.
(DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E FINANÇAS)

1. O Departamento de Contabilidade e Finanças é um órgão de


apoio ao qual compete elaborar a proposta do orçamento de
despesas da Polícia de Investigação Criminal, gerir os recursos
financeiros colocados à sua disposição, o regime de cauções e
emolumentos e controlar a gestão do património.

2. O Departamento de Contabilidade e Finanças é chefiado por


um responsável com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 24º.
(DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA E SERVIÇOS)

1. O Departamento de Logística e Serviços é um órgão de apoio


ao qual compete:

a)- Proceder ao saneamento, limpeza, administração e


manutenção dos imóveis, garantir o asseguramento
logístico e o abastecimento em viveres, vestuário, calçado,
equipamentos armamento e materiais de aquartelamento;
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b)- Garantir a defesa, guarda, guarnição e segurança interna
dos funcionários, das instalações, dos equipamentos;

c)- Colaborar com o Departamento Administrativo na prevenção


e segurança das celas de trânsito de arguidos, e garantir
segurança durante a sua transferência para as cadeias.

2. O Departamento de Logística e Serviços é chefiado por um


responsável com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 25º.
(DEPARTAMENTO DE TELECOMUNICAÇÕES E
INFORMÁTICA)

1. O Departamento de Telecomunicações e Informática é um


órgão de apoio ao qual compete planificar o desenvolvimento e
a exploração dos meios técnicos de telecomunicações e de
informática, garantir a conservação e manutenção das redes e
respectivos circuitos, apoiar o desenvolvimento dos estudos e
gestão dos programas informáticos, assim como garantir a
conservação e manutenção dos equipamentos.

2. O Departamento de Telecomunicações e Informática é chefiado


por um responsável com a categoria de Chefe de
Departamento.

ARTIGO 26º.
(DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES)

1. O Departamento de Transportes é um órgão de apoio ao qual


compete:

a)- O estudo, planificação, movimentação, controlo, exploração


e inspecção dos veículos, grupos geradores, combustíveis,
lubrificantes, sobressalentes e acessórios;

b)- Superintender as oficinas de reparação, asseguramento e


assistência de todos os meios de transporte e geradores a
cargo da DNIC.

2. O Departamento de Transportes é chefiado por um responsável


com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 27º.
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(DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA)

1. O Departamento de Educação Moral e Cívica é um órgão de


apoio ao qual compete coordenar as tarefas de educação
patriótica, moral, cívica, cultural, desportiva e associativa dos
funcionários da Direcção Nacional de Investigação Criminal.

2. O Departamento de Educação Moral e Cívica é chefiado por um


responsável com a categoria de Chefe de Departamento.

SECÇÃO V
(DOS ORGÃOS CENTRAIS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL)

ARTIGO 28º.
(GABINETE CENTRAL DE OPERAÇÕES)

1. O Gabinete Central de Operações é um órgão de investigação


criminal ao qual compete:

a)- Elaborar normas metodológicas e executar a investigação e


instrução preparatória dos crimes contra a Segurança do
Estado, crimes eleitorais, crimes de violação do segredo
de Estado, crimes de abuso de imprensa, violação à lei
sobre o direito de reuniões e manifestação, crime
organizado, crimes violentos, e demais ilícitos cuja
competência de investigação e instrução lhe for afecta;

b)- Elaborar normas metodológicas e executar a investigação


criminal para cumprimento dos mandados e ordens de
detenção, revistas, buscas, e apreensões no interesse da
actividade da instrução preparatória e judicial nos termos
da legislação em vigor.

2. O Gabinete Central de Operações é chefiado por um


responsável com o estatuto de Director Nacional Adjunto.

ARTIGO 29º.
(DEPARTAMENTO DE COMBATE AO TRÁFICO ILÍCITO DE
PEDRAS E METAIS PRECIOSOS)

1. O Departamento de Combate ao Tráfico Ilícito de Pedras e


Metais Preciosos é um órgão de investigação criminal ao qual
compete elaborar normas metodológicas e executar a
investigação e instrução preparatória dos crimes de tráfico ilícito

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de pedras e metais preciosos, nos termos da legislação em
vigor.

2. O Departamento de Combate ao Tráfico Ilícito de Pedras e


Metais Preciosos é chefiado por um responsável com a
categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 30º.
(DEPARTAMENTO DE CRIMES CONTRA A ORDEM E
TRANQUILIDADE PÚBLICAS)

1. O Departamento de Crimes Contra a Ordem e Tranquilidade


Públicas é um órgão de investigação criminal ao qual compete
elaborar normas metodológicas e executar a investigação e
instrução preparatória dos crimes contra a ordem e
tranquilidade públicas, desvios de fundos, corrupção e
infracções financeiras cometidas de forma organizada e com
recurso à tecnologias de informação e outras, nos termos da
legislação em vigor.

2. O Departamento de Crimes Contra a Ordem e Tranquilidade


Públicas é chefiado por um responsável com a categoria de
Chefe de Departamento.

ARTIGO 31 º.
(DEPARTAMENTO DE CRIMES CONTRA AS PESSOAS)

1. O Departamento de Crimes Contra as Pessoas é um órgão de


investigação criminal ao qual compete elaborar normas
metodológicas e executar a investigação criminal e a instrução
preparatória dos crimes contra as pessoas nos termos da
legislação em vigor.

2. O Departamento de Crimes Contra as Pessoas é chefiado por


um responsável com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 32º.
(DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO À DELINQUÊNCIA
JUVENIL)

1. O Departamento de Prevenção à Delinquência Juvenil é um


órgão de investigação criminal ao qual compete elaborar
normas metodológicas e executar a investigação criminal e a
instrução preparatória dos crimes praticados por menores

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inimputáveis, bem como a prevenção da violência contra as
crianças nos termos da legislação em vigor.

2. O Departamento de Prevenção à Delinquência Juvenil é


chefiado por um responsável com a categoria de Chefe de
Departamento.

ARTIGO 33º.
(DEPARTAMENTO DE CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE)

1. O Departamento de Crimes Contra a Propriedade é um órgão


de investigação criminal ao qual compete elaborar normas
metodológicas e executar a investigação e a instrução
preparatória dos crimes contra a propriedade, nos termos da
legislação em vigor.

2. O Departamento de Crimes Contra a Propriedade é chefiado


por um responsável com a categoria de Chefe de
Departamento.

ARTIGO 34º.
(DEPARTAMENTO DE ACIDENTES)

1. O Departamento de Acidentes é um órgão de investigação


criminal ao qual compete elaborar normas metodológicas e
executar a investigação e a instrução preparatória dos crimes
de acidentes de trânsito, aviação, ferroviários e marítimos bem
como dos incêndios, explosões, avarias e outros, nos termos da
legislação em vigor.

2. O Departamento de Acidentes é chefiado por um responsável


com a categoria de Chefe de Departamento.

ARTIGO 35º.
(DEPARTAMENTO DE COMBATE AO NARCOTRÁFICO)

1. O Departamento de Combate ao Narcotráfico é um órgão de


investigação criminal ao qual compete elaborar normas
metodológicas e executar a investigação criminal e a instrução
preparatória dos crimes de produção, posse, tráfico e consumo
de estupefacientes, substâncias psicotrópicas e precursor nos
termos da legislação em vigor.

2. O Departamento de Combate ao Narcotráfico é chefiado por um


responsável com a categoria de Chefe de Departamento.
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ARTIGO 36º.
(DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
NOS PORTOS, AEROPORTOS E POSTOS FRONTEIRIÇOS)

1. O Departamento de Investigação Criminal nos Portos,


Aeroportos e Postos Fronteiriços é um órgão de investigação
criminal ao qual compete elaborar normas metodológicas e
executar a investigação criminal e a instrução preparatória dos
crimes ocorridos nos perímetros dos portos, aeroportos e
postos fronteiriços.

2. O Departamento de Investigação Criminal nos Portos,


Aeroportos e Postos Fronteiriços é chefiado por um responsável
com a categoria de Chefe de Departamento.

CAPÍTULO IV
(DOS ORGÃOS PROVINCIAIS DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL)

ARTIGO 37º.
(DEFINIÇÃO)

1. As Direcções Provinciais de Investigação Criminal com a sigla


“DPIC” são órgãos locais aos quais compete a investigação e a
instrução preparatória dos crimes no território da Província, nos
termos da legislação em vigor.

2. A Direcção Provincial de Investigação Criminal é uma unidade


gestora e rege-se por orçamento a atribuir pela unidade
orçamental – Comando Provincial da Polícia Nacional.

3. As Direcções Provinciais de Investigação Criminal dependem


hierarquicamente dos Comandantes Provinciais da Polícia
Nacional, e na sua actividade específica de investigação e
instrução processual encontram-se sob dependência
metodológica e funcional do órgão central de Investigação
Criminal, sob fiscalização da Procuradoria Geral da República.

ARTIGO 38º.
(ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO)

1. As Direcções Provinciais de Investigação Criminal são dirigidas


por um responsável com a categoria de Director Provincial.

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2. Nas Províncias cuja especificidade e complexidade de trabalho
o justifiquem, poderão os Directores provinciais ser coadjuvados
por um Director Provincial Adjunto.

ARTIGO 39º.
(QUADRO ORGÂNICO E DO PESSOAL)

Os quadros orgânico e do pessoal das Direcções Provinciais de


Investigação Criminal são aprovados pelo Director Nacional sob
proposta dos respectivos Directores Provinciais.

CAPÍTULO V
(DAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO PESSOAL)

ARTIGO 40º.
(QUADRO DO PESSOAL)

1. O quadro do pessoal da Direcção Nacional de Investigação


Criminal é o constante do mapa anexo ao presente
regulamento.

2. O pessoal da Direcção Nacional de Investigação Criminal é


nomeado por despacho do Comandante Geral da Polícia
Nacional sob proposta do Director Nacional e publicado em
Diário da Republica.

3. O provimento dos quadros da Direcção Nacional de


Investigação Criminal é efectuado de acordo com as
disposições dos regimes: geral da função pública, especial do
Comando Geral da Polícia Nacional e específico da Direcção
Nacional de Investigação Criminal.

ARTIGO 41º.
(CARREIRA TÉCNICA ESPECÍFICA)

Diploma próprio a aprovar pelo Conselho de Ministros estabelece o


regime de carreira da Polícia Nacional, no qual constarão as
categorias técnicas específicas do pessoal da Direcção Nacional
de Investigação Criminal.

ARTIGO 42º.
(REGIME DISCIPLINAR)

Em matéria disciplinar o pessoal que exerce funções de polícia de


investigação criminal na carreira está sujeito ao regime disciplinar
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em vigor no Comando Geral da Policia Nacional, e os civis estarão
sujeitos ao regime da função pública em geral.

ARTIGO 43º.
(PATROCÍNIO JUDICIÁRIO)

1. Os funcionários da Direcção Nacional de Investigação Criminal


têm direito à assistência e patrocínio judiciários em todos os
processos crime em que sejam arguidos por motivos de serviço.

2. O Comandante Geral da Polícia Nacional providenciará pela


contratação de causídicos para assumirem a defesa do pessoal
da Direcção Nacional de Investigação Criminal, demandado civil
ou criminalmente por actos praticados em serviço.

ARTIGO 44º.
(DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO)

1. Ao pessoal da Direcção Nacional de Investigação Criminal


com funções de investigação e instrução é atribuída uma
carteira profissional do órgão contendo dados de identificação e
fotografia, e o crachá com a insígnia do órgão.

2. Ao pessoal referido no número anterior, em missão de serviço,


é ainda facultado a entrada livre nas casas e recintos de
espectáculos ou outras diversões, nas estações de caminhos-
de-ferro, nos cais de embarque e aeródromos comerciais, nos
navios ancorados nos portos, nas sedes de associações de
recreio, e em geral em todos os locais onde se realizem
reuniões públicas ou onde seja permitido o acesso ao público
mediante o pagamento de uma taxa ou a realização de certa
despesa ou a apresentação de bilhete que qualquer pessoa
possa obter, e receber auxílio de quaisquer autoridades ou
agentes de autoridade para o desempenho das missões que lhe
forem confiadas.

3. Considera-se também como meio de identificação do


pessoal com funções de investigação e instrução, o crachá
constituído pela insígnia do órgão.

ARTIGO 45º.
(ACESSO AOS MEIOS DE TRANSPORTES PÚBLICOS)

Regulamento próprio, aprovado em diploma conjunto dos Ministros


do Interior, Transportes e Finanças, estabelecerá as modalidades
22
de acesso gratuito aos transportes públicos do pessoal que exerce
funções de investigação e instrução.

ARTIGO 46º.
(USO E PORTE DE ARMA)

É facultado ao pessoal da Direcção Nacional de Investigação


Criminal o uso e porte de arma de fogo.

ARTIGO 47º.
(CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO)

O pessoal da Direcção Nacional de Investigação Criminal, no


exercício das suas funções, beneficia de um aumento de 50% para
contagem do tempo de serviço efectivo prestado na Polícia
Nacional.

ARTIGO 48º.
(SALÁRIO)

A tabela salarial do pessoal da Direcção Nacional de Investigação


Criminal corresponde ao regime da carreira técnica específica.

ARTIGO 49º.
(REGIME DE SEGURANÇA SOCIAL)

O pessoal da Direcção Nacional de Investigação Criminal beneficia


do regime de segurança social em vigor no Comando Geral da
Policia Nacional.

CAPÍTULO VI
(DOS SÍMBOLOS E BRASÃO)

ARTIGO 50º.
(SÍMBOLOS)

A Direcção Nacional de Investigação Criminal tem direito a


símbolo, brasão, bandeira, estandarte e selo branco, cujas
características constam dos artigos seguintes.

ARTIGO 51º.
(BRASÃO)

23
A Direcção Nacional de Investigação Criminal tem direito a um
brasão constituído por uma figura do tipo oval de fundo branco
limitada por uma linha contínua no interior, na qual está uma figura
também oval bordeada de semicírculos raiados com fundo de cor
amarelo esverdeado ou dourado e que integra:

a) - Na parte superior e junto à linha oval contínua está


inscrito em letras pretas “ MININT” e “POLICIA
NACIONAL”;

b) - Na parte inferior e junto à linha oval contínua está


inscrito numa faixa de fundo cinzento ou prateado em letras
pretas “ANGOLA”;

c) - Na parte superior da figura oval bordeada por


semicírculos raiados e numa faixa cinzenta ou prateada
está inscrito em letras pretas “DIRECÇÃO NACIONAL DE
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL”, e na parte inferior inscrito o
lema do órgão “ INTELIGÊNCIA - AUDÁCIA - JUSTIÇA”;

d) - No interior da figura e logo a seguir às faixas referidas na


alínea anterior, a figura oval é bordeada por ramagem
verde, que simboliza a esperança, no interior da qual existe
um espaço de cor verde a fugir para o amarelo sombreado
onde se encontra:

 Ao centro uma estrela de cinco quinas, dourada ou


amarela a sobressair do fundo do brasão que
simboliza a ligação existente com as restantes
instituições congéneres.

 Sobreposta está uma espada de cor prateada


colocada em posição vertical que simboliza o poder
policial.

 Tomando a espada como ponto fulcral, está uma


balança de cor prateada mais escura, para contraste,
que simboliza a justiça.

ARTIGO 52º.
(BANDEIRA)

1. A bandeira da Direcção Nacional de Investigação Criminal é


constituída por pano de cetim liso de fundo azul celeste, de 2

24
metros de comprimento por 1,5 metro de largura, com a insígnia
oval de 80 centímetros de diâmetro ao centro.

2. A bandeira é hasteada nas instalações de serviço da Direcção


Nacional de Investigação Criminal, à direita da bandeira da
República.

ARTIGO 53º.
(ESTANDARTE)

A Direcção Nacional de Investigação Criminal tem direito a


estandarte constituído por pano de seda liso de fundo azul celeste,
de 1,5 metro de comprimento e 1 metro de largura, bordeado por
cordão de seda dourado entrançado, com a insígnia oval de 70
centímetros do diâmetro ao centro.

ARTIGO 54º.
(SELO BRANCO)

A Direcção Nacional de Investigação Criminal possui selo branco


representado pela insígnia, para conferir autenticidade aos
documentos por si emitidos.

CAPÍTULO VII
(DAS DISPOSIÇÕES FINAIS)

ARTIGO 55º.
(DÚVIDAS E OMISSÕES)

As dúvidas e omissões que se suscitarem na interpretação e


aplicação do presente regulamento, serão resolvidas por despacho
do Comandante Geral da Polícia Nacional.

ARTIGO 56º.
(ENTRADA EM VIGOR)

O presente regulamento entra em vigor a partir da data da sua


aprovação.

DIRECÇÃO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL,


EM LUANDA AOS_____DE__________DE 2005. -
25
O DIRECTOR NACIONAL,

………………………………………………
EDUARDO FERNANDES CERQUEIRA
** COMISSÁRIO **

26

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