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ASSEMBLEIA NACIONAL
LEI Nº________/_________
DE______DE________
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1.º
(Objecto)
A presente Lei estabelece as normas gerais e específicas referentes ao
ingresso, regime especial de carreiras, direitos, deveres, regalias e outros
incentivos concedidos ao pessoal militarizado da Polícia Nacional de
Angola, bem como de licenciamento à reforma.
Artigo 2.º
(Âmbito de aplicação)
A presente Lei aplica-se exclusivamente ao pessoal militarizado da PNA,
designado por polícia, no exercício das suas funções.
Artigo 3.º
(Definições)
Para efeitos do previsto na presente Lei, entende-se por:
a) Comissão normal de serviço – a prestação de serviço de natureza
policial, na Casa de Segurança do Presidente da República, no
Ministério do Interior, nas Forças Armadas Angolanas, nos Serviços
de Segurança, nas Missões Diplomáticas e Consulares, nas
Instituições Policiais Internacionais;
b) Comissão especial de serviço – a prestação de serviço de natureza
não policial, em órgãos do Estado;
c) Carreira – o conjunto hierarquizado de postos, em cada classe
relativo a determinada forma de prestação de serviço e a que
corresponde o exercício de cargos e o desempenho de funções
diferentes entre si;
d) Cargo policial – o lugar fixado na estrutura orgânica da PNA que
corresponde ao desempenho de funções organicamente definidas e
cujo preenchimento é adequado ao posto, serviço, especialidade ou
classe policial, de acordo com os níveis de responsabilidade e
qualificações exigidas;
e) Despromoção – Consiste na baixa do posto que ostenta para outro
imediatamente inferior;
f) Desgraduação – Consiste na baixa do posto que ostenta por
graduação para outro inferior;
g) Efectividade de serviço – O efectivo exercício de funções próprias
na PNA, sem interrupção;
h) Graduação – Consiste na ascensão excepcional e temporária, do
pessoal militarizado, a um posto superior ao que ostenta, por
inerência de funções;
i) Inactividade temporária – a situação de impedimento temporário
do pessoal militarizado no activo, por razões de saúde, formação,
disciplinares ou criminais;
j) Patenteamento – o acto de atribuição do primeiro posto ao pessoal
com funções policiais e constitui o ingresso na respectiva classe da
carreira;
k) Posto – a posição que na respectiva classe o pessoal militarizado
ocupa no âmbito da carreira policial, fixada de acordo com o
conteúdo e qualificação da função;
l) Progressão na carreira – consiste na promoção do pessoal
militarizado aos diferentes postos policiais que implica mudança de
remuneração, direitos e deveres;
m) Promoção – o acto de atribuição do posto policial imediatamente
superior, proporcionando assim uma ascensão na hierarquia policial;
n) Relação hierárquica – o sistema estratificado de correlação entre o
poder de comando, direcção e chefia que compete ao superior e o
dever de obediência que recai sobre o subordinado.
Artigo 4.º
(Polícia)
1- Considera-se polícia o profissional militarizado da PNA, armado,
uniformizado, sujeito à hierarquia de comando, integrado nas classes de
oficial, subchefe e agente e que, satisfazendo as características da condição
policial, ingressou nesta força de segurança, nela se encontra vinculado,
com carácter de permanência e prossegue as atribuições da Corporação,
nomeadamente no domínio da segurança pública, investigação criminal e
administração.
Artigo 5.º
(Condição policial)
1- A condição policial define as bases gerais a que obedece o
exercício de direitos e o cumprimento de deveres pelo polícia em qualquer
situação.
2- A condição policial caracteriza-se:
a) Pela subordinação ao interesse público;
b) Pela defesa da legalidade democrática, da segurança interna e dos
direitos fundamentais dos cidadãos, nos termos da Constituição e da
lei;
c) Pela sujeição aos riscos decorrentes do cumprimento das missões da
PNA, se necessário com sacrifício da própria vida;
d) Pela subordinação à hierarquia de comando na PNA;
e) Pela sujeição a um regulamento disciplinar próprio, à lei dos crimes
e de justiça penal, militares;
f) Pela disponibilidade permanente para o serviço, bem como para a
formação e para o treino, ainda que com sacrifício dos interesses
pessoais;
g) Pela restrição ao exercício de direitos, nos termos previstos na
Constituição e na lei;
h) Pela adopção, em todas as situações, de uma conduta pessoal e
profissional conforme aos princípios éticos e deontológicos da
função policial;
i) Pela consagração de direitos especiais em matéria de compensação
do risco, saúde, higiene e segurança no trabalho, na carreira e na
formação.
3- O polícia assume o compromisso público de respeitar a
Constituição e as demais leis da República de Angola, de fidelidade ao
poder político, e obriga-se a cumprir os regulamentos e as determinações a
que deva respeito, nos termos da lei.
Artigo 6.º
(Juramento de bandeira)
1- O instruendo que não tenha prestado juramento de bandeira no
momento da sua admissão, presta-o em cerimónia pública, perante a
Bandeira Nacional, mediante a seguinte fórmula de declaração solene:
«Como cidadão da República de Angola, enquadrado nas fileiras das
Forças Armadas Angolanas:
Juro à Bandeira da República de Angola, comprometendo-me
perante a pátria e o Governo, ser militar honesto, valente,
disciplinado e vigilante, respeitar o povo e todo o seu património,
guardar no mais rigoroso sigilo, os segredos militares e do Estado.
Juro servir as Forças Armadas Angolanas, cumprir e fazer cumprir,
incondicionalmente as leis da República, os deveres militares e as
ordens dos comandantes e chefes.
Juro, defender e ser fiel à minha pátria e estar sempre pronto a
lutar, pela defesa e salvaguarda da sua soberania e integridade
territorial, mesmo com o sacrifício da própria vida;
Juro combater em qualquer parte do território Nacional sem ceder
perante o inimigo nem atraiçoar os meus camaradas, mesmo sob
ameaça de morte ou captura;
Juro estudar com dedicação a arte militar, cuidar dos bens militares
e do património do Estado.
Se eu violar este meu juramento à Bandeira, que seja severamente
punido, nos termos da Lei Militar, e que para mim se dirija o ódio de
todo povo Angolano».
2- Sem prejuízo do juramento colectivo, a título individual, o
instruendo assina o Termo de Juramento de Bandeira, para efeito de registo
e arquivo no respectivo processo individual.
Artigo 7.º
(Juramento de fidelidade)
1- O polícia após a frequência com aproveitamento nos cursos de
ingresso na Corporação, presta juramento de fidelidade em cerimónia
pública e perante a Bandeira da República, nos termos previstos na
presente lei e regulamentação aplicável, em obediência à seguinte
formulação:
«Juro, por minha honra, como cidadão angolano e como polícia da
República de Angola respeitar e fazer respeitar a Constituição da
República de Angola e demais leis; cumprir as ordens e deveres da
condição policial, de acordo com as leis e regulamentos; actuar
estritamente de acordo com a autoridade de que estiver investido; observar
as normas de conduta profissional e boas práticas policiais; tratar o
cidadão com moderação, firmeza, imparcialidade, correcção, cortesia e
urbanidade; contribuir para o prestígio da Corporação e exercer as
minhas funções policiais exclusivamente ao serviço do interesse público.».
2- Sem prejuízo do juramento colectivo no acto de encerramento do
curso, o polícia presta juramento a título individual e assina o Termo de
Fidelidade, para efeito de registo e arquivo no respectivo processo
individual.
Artigo 8.º
(Compromisso de honra)
1- O polícia nomeado e empossado num cargo, no acto de posse presta o
legal compromisso de honra, conforme o previsto no presente diploma, e
nos seguintes termos:
«Eu, _________________________________, juro pela minha honra,
servir a pátria Angolana, cooperar na realização dos fins superiores do
Estado; defender os princípios fundamentais da ordem estabelecida na
Constituição; respeitar as Leis e dedicar ao serviço público todo meu zelo;
inteligência e aptidão, combater e abdicar da corrupção e do nepotismo.
Se eu violar o compromisso ora assumido, que seja responsabilizado
disciplinar e criminalmente, nos termos da Constituição e das demais leis
em vigor na República de Angola.»
2- O polícia presta o juramento a título individual e assina o
Compromisso de Honra, para efeito de registo e arquivo no respectivo
processo individual.
Artigo 9.º
(Forma de tratamento entre polícias)
1- Sem prejuízo do disposto em outros diplomas aplicáveis, na sua
actividade quotidiana, os polícias tratam-se pelo Posto ou Função, seguido
do Nome.
2- O polícia reformado é tratado pelo Posto, seguido do Nome e da
expressão «na reforma».
3- O estudante em fase de estágio, no último ano do curso de
licenciatura em ciências policiais, é tratado por Aspirante, seguido do
nome.
4- O estudante do curso superior de ciências policiais, do 1.º ao
penúltimo ano, é tratado por Cadete, seguido do nome.
5- O polícia que frequenta cursos de especialização, promoção ou
capacitação nos estabelecimentos de ensino da PNA, é tratado por
Formando, seguido do nome.
6- O candidato admitido para a formação militar até à conclusão do
curso básico de polícia, é tratado por Instruendo, seguido do nome.
CAPÍTULO II
SECÇÃO I
Deveres, Incompatibilidades e Regime Vinculável
Artigo 10.º
(Regime geral)
Artigo 11.º
(Defesa da Pátria)
O polícia cumpre prontamente as missões que lhe forem legalmente
cometidas para a defesa da Pátria, se necessário, com o sacrifício da própria
vida.
Artigo 12.º
(Deveres profissionais gerais)
Artigo 13.º
(Deveres especiais)
Artigo 15.º
(Dever de disponibilidade permanente)
Artigo 16.º
(Aptidão física e psíquica para o serviço)
Artigo 17.º
(Incompatibilidade de funções)
1- O polícia está sujeito ao regime geral de incompatibilidade e
impedimentos de funções públicas e privadas aplicáveis aos funcionários
públicos, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.
Artigo 19.º
(Regime de continências e honras policiais)
Artigo 20.º
(Regime deontológico e disciplinar)
Artigo 21.º
(Uso de fardamento e armamento)
Artigo 22.º
(Utilização de equipamentos e meios)
Artigo 23.º
(Identificação do polícia)
SECÇÃO II
Direitos
Artigo 24.º
(Direitos, liberdades e garantias)
Subsecção I
Direitos Especiais
Artigo 25.º
(Livre trânsito e direito de acesso)
Artigo 26.º
(Utilização de meios de transporte)
Artigo 27.º
(Cartão de identificação profissional)
Artigo 28.º
(Fardamento)
Artigo 29.º
(Porte e uso de arma de fogo)
Artigo 31.º
(Incapacidade física)
Artigo 33.º
(Direito à habitação)
Artigo 34.º
(Patrocínio judiciário)
Artigo 35.º
(Imunidades)
Artigo 36.º
(Regime de detenção e reclusão)
Artigo 37.º
(Outros direitos subjacentes ao exercício de funções)
Subsecção II
Recompensas, Subsídios e Incentivos
Artigo 38.º
(Recompensas)
(Subsídio de isolamento)
(Subsídio de risco)
Artigo 42.º
Artigo 43.º
Artigo 44º
Artigo 45.º
(Subsídio de representação)
Artigo 46.º
Artigo 48.º
(Subsídio de alimentação)
a) Em gozo de férias;
b) Em comissão de serviço;
c) Inactividade temporária;
d) Fora de actividade.
Artigo 49.º
(Subsídio de turno)
Artigo 50.º
(Subsídio de patrulha)
Artigo 51.º
(Critérios de atribuição)
Subsecção III
Regalias
Artigo 52.º
Artigo 54.º
(Tabela de remunerações)
a) 5% para os Oficiais;
Artigo 55.º
(Ajudas de custo)
A atribuição de ajudas de custo ao polícia obedece ao regime geral da
Administração Pública sobre a matéria.
Subsecção V
Protecção Social e Benefícios Sociais
Artigo 56.º
(Protecção social)
Artigo 57.º
(Acção social e assistência médica)
SECÇÃO III
Férias, Faltas e Licenças
Artigo 58.º
(Férias)
Artigo 59.º
(Licenças)
Independentemente da forma de prestação de serviço, ao Polícia no activo
pode ser concedido os seguintes tipos de licença:
a) Por doença;
b) Por parto;
c) Por nascimento de filho;
d) Por casamento, bodas de prata e de ouro;
e) Por luto;
f) Por mérito;
g) Para estudos;
h) Registada;
i) Ilimitada.
Artigo 60.º
(Licença por doença)
1. A licença por doença é concedida mediante a apresentação de
atestado médico passado por instituição hospitalar da Polícia Nacional ou
das Forças Armadas Angolanas com uma duração nunca superior a (30)
trinta dias.
2. A licença por doença tem a duração máxima de (30) trinta dias
seguidos ou (90) noventa dias a serem atribuídos de forma interpolada, em
períodos de (30) trinta dias, findo os quais o polícia é submetido à Junta
Médica, a fim de ser avaliado e determinada a sua aptidão para o serviço
policial activo.
3. A licença por junta médica é concedida em conformidade com a lista
das afecções médicas para determinar o grau de aptidão para a permanência
no serviço activo da Polícia Nacional.
Artigo 61.º
(Licença por parto)
1. O polícia do sexo feminino no activo tem direito a uma licença de
(90) noventa dias por parto, (60) sessenta dos quais a seguir ao parto,
podendo os restantes (30) trinta dias ser gozados total ou parcialmente
antes ou depois do parto.
2. Por solicitação do polícia do sexo feminino no activo, as suas férias
podem ser acumuladas com a licença de parto.
3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, são aplicáveis ao
polícia do sexo feminino no activo, em matéria de licença por parto, as
disposições constantes da lei geral.
Artigo 62.º
(Licença por nascimento de filho)
1. O polícia do sexo masculino no activo tem direito a uma licença de
(5) cinco dias por nascimento de filho, podendo ser gozados seguidos ou
interpolados, entre o dia do nascimento, inclusive, e os quinze dias
imediatos.
2. A licença por motivo de nascimento de filho, deve ser participada no
mesmo dia em que ocorreu, ou excepcionalmente, no dia seguinte e
justificada por escrito, logo que o polícia se apresente ao serviço.
Artigo 63.º
(Licença de casamento, bodas de prata e de ouro)
1. A pedido do polícia no activo é concedida:
a) Por casamento, uma licença de (6) seis dias seguidos, incluindo o dia
do casamento;
b) Por ocasião das bodas de prata ou de ouro, uma licença de (3) três dias
seguidos.
2. O pedido para a concessão da licença expressa na alínea a), deve ser
apresentado com uma antecedência mínima de (30) trinta dias.
3. A confirmação do casamento é efectuada através da certidão,
necessária ao averbamento no respectivo processo individual.
Artigo 64.º
(Licença por luto)
Artigo 66.º
(Licença para estudos)
1. A licença para estudos pode ser concedida por tempo integral ou
parcial, a requerimento do interessado para efeitos de frequência de curso
de nível superior em estabelecimento de ensino nacional ou estrangeiro,
estranho à Polícia Nacional, no seu interesse e de que resulte valorização
profissional e técnica do polícia.
2. A licença para estudos pode ser concedida, apenas, ao polícia no activo.
3. O polícia no activo na situação de licença para estudos deve
apresentar, na data que lhe for determinada, o documento comprovativo do
aproveitamento académico.
4. A licença para estudos é cancelada sempre que o órgão da Polícia
Nacional responsável orientação metodológica da formação e do ensino
considere insuficiente o aproveitamento académico do polícia.
5. A licença para estudos é concedida sem perda de vencimentos.
Artigo 67.º
(Licença registada)
1. A licença registada pode ser concedida por um período não superior
a (6) seis meses, seguidos ou interpolados, ao polícia no activo que a
requeira e lhe seja deferida, por cada período de (5) cinco anos.
2. Ao polícia no activo pode ser concedida licença registada, quando o
requeira, por tempo não superior a (3) três meses, seguidos ou interpolados,
por cada período de (3) três anos, dependendo a sua concessão de não
existir inconveniente para o serviço e devendo a prestação de serviço ser
prolongada por igual período.
3. Ao polícia no activo pode, excepcionalmente, ser concedida licença
registada, quando a requeira, até (15) quinze dias em cada ano civil, para
comparência em estabelecimentos de ensino onde deve realizar exames,
desde que já não tenha direito a outra licença, devendo o interessado
comprovar a data de comparência às provas por documento passado pelo
estabelecimento de ensino respectivo.
4. O polícia no activo, que por motivo de acidente ou doença não
obtenha aproveitamento na instrução policial básica, é submetido a novo
período de preparação no curso seguinte, entrando de licença registada até
à data de início do mesmo.
5. O polícia no activo na situação de licença registada não tem direito a
qualquer remuneração.
Artigo 68.º
(Licença ilimitada)
1. A licença ilimitada pode ser concedida por um período não inferior a
um ano, ao polícia no activo que a requeira.
2. A licença ilimitada apenas pode ser concedida ao polícia que tenha
prestado pelo menos (8) oito anos de serviço policial no activo após
ingresso na Corporação.
3. A licença cessa (90) noventa dias depois do polícia apresentar o
respectivo requerimento ou, antes deste prazo, a seu pedido, se tal for
autorizado.
4. O polícia não pode permanecer na situação de licença ilimitada, por
mais de (10) dez anos, seguidos ou interpolados, após os quais passa à
reforma.
5. O polícia na situação de licença ilimitada, não tem direito a qualquer
remuneração.
Artigo 69.º
(Regime de faltas)
Relativamente às faltas, o polícia está sujeito ao regime geral da
administração pública, ao Regulamento Disciplinar da PNA e às leis dos
Crimes Militares e de Justiça Militar.
Artigo 70.º
(Ausência por motivo de instalação)
CAPÍTULO III
REGIME DE CARREIRAS
SECÇÃO I
Pressupostos da Carreira
Artigo 71.º
(Princípios gerais)
O desenvolvimento da carreira profissional da PNA orienta-se pelos
seguintes princípios:
a) Princípio do primado da valorização profissional – valorização da
formação profissional conducente à completa entrega à missão;
b) Princípio da universalidade – aplicável a todo o polícia;
c) Princípio do profissionalismo – capacidades que exigem
conhecimentos técnicos e formação científica e humanística,
segundo padrões éticos institucionais, e supõe a obrigação de
aperfeiçoamento contínuo, tendo em vista o desempenho das funções
com eficiência;
d) Princípio da igualdade de oportunidades – idênticas perspectivas de
acesso e progressão nas carreiras;
e) Princípio do equilíbrio – gestão integrada dos recursos humanos
existentes de forma a ser obtido o equilíbrio entre os quadros e a
coerência do efectivo global da PNA;
f) Princípio da flexibilidade – adaptação atempada à inovação e às
transformações de crescente complexidade decorrentes do progresso
científico, técnico, operacional e organizacional, com emprego
flexível do pessoal;
g) Princípio da compatibilidade – possibilidade de harmonizar os
interesses da PNA com as vontades e interesses individuais;
h) Princípio da credibilidade – transparência dos métodos e critérios a
aplicar.
Artigo 72.º
(Objectivo da carreira)
O desenvolvimento da carreira profissional visa:
a) A promoção do polícia aos diferentes postos obedece aos princípios
mencionados no artigo anterior, aos interesses da PNA e aos anseios
pessoais de valorização;
b) Um percurso profissional caracterizado pela sucessão de funções de
complexidade e responsabilidade diferentes, nas quais o desempenho
profissional do polícia possa ser considerado base de polivalência
funcional.
Artigo 73.º
(Desenvolvimento da carreira)
1- O desenvolvimento da carreira do polícia verifica-se de acordo com
as qualificações, formação, a antiguidade e o mérito revelados no seu
desempenho profissional, observada a satisfação das condições gerais e
especiais de promoção e as necessidades do serviço da PNA.
2- O desenvolvimento da carreira deve possibilitar a permanência nos
diferentes postos que a constituem, nos termos do disposto no presente
Estatuto, de forma a permitir a aquisição diversificada de competências.
Artigo 74.º
(Requisitos gerais de admissão)
Podem concorrer para admissão na PNA os cidadãos que obedeçam aos
seguintes requisitos gerais:
a) Ser cidadão angolano;
b) Possuir entre 18 a 25 anos de idade;
c) Ter no mínimo 1.65m de altura, para os candidatos do sexo
masculino e 1.60m para os candidatos de sexo feminino;
d) Ter a situação militar regularizada;
e) Possuir como habilitações literárias mínimas a 12ª classe do ensino
geral;
f) Possuir boa sanidade física e mental comprovada pela inspecção
médica;
g) Não ter antecedentes criminais;
h) Possuir boas qualidades morais e comportamento cívico aceitável;
i) Tendo cumprido o serviço militar obrigatório, não ter sido julgados
como incapazes para o serviço policial;
j) Não tenham prestado serviço militar nas Forças Armadas como
oficiais.
Artigo 75.º
(Condições especiais de admissão)
Sem prejuízo das condições gerais, as condições especiais de admissão de
candidatos aos cursos de acesso à PNA são estabelecidas por Decreto
Presidencial.
SECÇÃO II
Carreira Policial, Composição e Princípios do seu Desenvolvimento
Artigo 76.º
(Carreira policial)
Artigo 77.º
(Composição da carreira)
a) Oficiais;
b) Subchefes;
c) Agentes.
Artigo 78.º
(Composição da subclasse de oficiais)
a) Oficiais Comissários;
b) Oficiais Superiores;
c) Oficiais Subalternos.
a) Comissário Geral;
b) Comissário-Chefe;
c) Comissário;
d) Subcomissário.
a) Superintendente-Chefe;
b) Superintendente;
c) Intendente.
a) Inspector-Chefe;
b) Inspector;
c) Subinspector.
Artigo 79.º
(Composição da subclasse de Subchefes e Agentes)
SECÇÃO III
Patenteamento, Progressão, Promoção e Graduação
Artigo 81.º
(Patenteamento)
Artigo 83.º
(Progressão)
1 - A progressão nas carreiras faz-se através de concurso e da frequência
com aproveitamento num curso específico de formação.
CAPÍTULO IV
Artigo 84.º
(Condições de promoção)
Artigo 85.º
(Condições gerais de promoção)
1. As condições gerais de promoção comuns a todo o polícia, são as
seguintes:
a) Cumprimento dos deveres do polícia;
b) Desempenho com aptidão das funções do seu posto;
c) Possuir as qualidades e capacidades intelectuais e profissionais
requeridas para o posto imediato;
d) Possuir aptidão física e psíquica adequada ao desempenho de funções
do posto imediato;
e) Existência de vaga no respectivo quadro especial, correspondente ao
posto para o qual o polícia vai ascender;
f) Não impender sobre o polícia processo disciplinar ou criminal em
curso.
2. As condições definidas nas alíneas b), c) e d), resultam de uma
avaliação contínua e periódica a definir em regulamento próprio.
Artigo 86.º
(Condições especiais de promoção)
(Modalidades de promoção)
As modalidades de promoção são as seguintes:
a) Por diuturnidade;
b) Por antiguidade;
c) Por escolha;
d) Por distinção;
e) A título excepcional.
Artigo 88.º
(Promoção por diuturnidade)
Artigo 89.º
(Promoção por antiguidade)
1. A promoção por antiguidade consiste no acesso ao posto imediato,
mediante a existência de vaga, desde que satisfeitas as condições gerais e
especiais de promoção e respeitando a antiguidade relativa no posto.
2. Para efeitos de promoção, não conta como antiguidade no posto, o
tempo decorrido nas situações de inactividade do polícia por motivos de
licença registada ou ilimitada.
Artigo 90.º
(Promoção por escolha)
1. A promoção por escolha consiste no acesso ao posto imediato,
mediante a existência de vaga, desde que satisfeitas as condições gerais e
especiais de promoção, nos termos previstos o presente Estatuto e
independentemente da ordem do curso ou antiguidade relativa no posto que
o polícia ostenta.
2. O processo de escolha baseia-se na apreciação do mérito, absoluto e
relativo, tendo em vista ordenar no respectivo posto o polícia considerado
como competente e que se revele com maior aptidão para o desempenho de
funções inerentes ao posto superior imediato.
3. A promoção por escolha, decorrente da ordenação do polícia em
listas de promoção, deve ser objecto de fundamentação expressa,
subordinada a juízos de valor precisos e objectivos, com base nos seguintes
critérios de avaliação:
a) A qualidade do desempenho de funções do avaliado no actual e, no
mínimo, no posto anterior;
b) A natureza, as condições e as exigências particulares das funções
exercidas;
c) As potencialidades demonstradas para o exercício de funções de posto
superior;
d) A qualidade do desempenho de funções do posto superior, quando
tenha ocorrido;
e) As avaliações individuais periódicas e extraordinárias;
f) Registo disciplinar;
g) A frequência de cursos e ou estágios de formação, qualificação,
actualização e especialização, e respectivas classificações;
h) A participação em actividades operacionais e de campanha, em
situações de conflito ou crise e em actividades de treino operacional e
técnico;
i) A aptidão física;
j) A antiguidade no posto e na carreira, sem prejuízo do disposto no
artigo anterior.
4. As instruções para a execução dos critérios de avaliação referidos no
número anterior são estabelecidas por Despacho do Comandante Geral da
Polícia Nacional.
Artigo 91.º
(Promoção por distinção)
1. A promoção por distinção consiste no acesso ao posto imediatamente
superior, independentemente de estarem ou não reunidas as condições de
promoção.
2. A promoção por distinção premeia excepcionais virtudes policiais e
dotes de comando, direcção ou chefia, demonstrados em campanha ou em
acções que tenham contribuído para a glória da Pátria ou para o prestígio da
Polícia Nacional de Angola.
3. O polícia promovido por distinção a um posto para o qual é exigido
curso de habilitação ou promoção, deve frequentá-lo sob a forma de
estágio.
4. A promoção por distinção pode ter lugar a título póstumo.
Artigo 92.º
(Promoção a título excepcional)
1. A promoção a título excepcional consiste no acesso ao posto
imediatamente superior, independentemente de estarem ou não reunidas as
condições de promoção, tendo lugar nos seguintes casos específicos:
a) Por qualificação do polícia como deficiente da Polícia Nacional;
b) Por reabilitação em consequência de procedência de recurso em
processo criminal ou disciplinar.
2. A promoção a título excepcional pode ter lugar a título póstumo.
3. A promoção a título excepcional é regulada em diploma próprio.
Artigo 93.º
(Circunstâncias impeditivas à promoção)
Constituem circunstâncias impeditivas à promoção:
a) Falta dos requisitos constantes do artigo anterior;
b) Pré-reforma que não reúna os requisitos para promoção;
c) Condição de inactividade.
Artigo 94.º
Artigo 95.º
(Despromoção)
Artigo 97.º
(Graduação)
Artigo 98.º
(Cessação da Graduação)
1- A graduação cessa por força da exoneração da função que a motivou
antes do decurso de três anos.
Artigo 99.º
Artigo 100.º
Artigo 101.º
(Vaga)
1 - As vagas abrem-se quando ocorrer alguma das seguintes situações:
a) Falecimento;
b) Demissão;
c) Reforma;
d) Exoneração;
e) Aumento da estrutura orgânica;
f) Fora de actividade.
2 – Diploma próprio regula a cedência de quotas de admissão para
preenchimento de vagas em decorrência das situações referidas nas alíneas
a), b) e c) do número anterior.
SECÇÃO I
Situações em Relação ao Serviço
Artigo 102.º
(Situações do Polícia)
d) Em inactividade temporária;
e) Pré-reforma;
f) Fora de actividade.
Artigo 103.º
(Inactividade temporária)
O polícia encontra-se em situação de inactividade temporária nos seguintes
casos:
a) Por motivo de doença, quando o impedimento exceda 12 meses e a
junta médica, por razões justificadas e fundamentadas não encontre
ainda condições de se pronunciar quanto à sua capacidade ou
incapacidade definitivas;
b) Cumprimento de pena de prisão, por motivos criminais ou
disciplinares;
c) Por motivo de estudo no interesse da PNA, fora dos estabelecimentos
de ensino policial, desde que lhe seja concedida licença por um período
máximo de 5 anos;
d) Adido.
Artigo 104.º
(Fora de actividade)
Considera-se fora de actividade, o polícia que se encontre numa das
seguintes situações:
a) Comissão especial de serviço;
b) Licença registada ou ilimitada;
c) Em cumprimento de pena de prisão;
d) Na reforma.
Artigo 105.º
(Adido)
1- Considera-se adido o polícia que se encontre numa das seguintes
situações:
a) Em inactividade temporária, por motivo de doença, quando o
impedimento exceda 12 meses e a junta médica, por razões
justificadas, não se encontre ainda em condições de se pronunciar
quanto a sua capacidade ou incapacidades definitivas;
b) Em inactividade temporária, por motivos criminais ou disciplinares,
sempre que o cumprimento da pena, sanção assessoria ou medida de
coação não sejam conciliáveis com o exercício de funções policiais;
c) Em efectividade, mas na condição de pré-reforma;
2. Considera-se ainda na condição de adido o polícia que:
a) Represente ou participe em missões de cooperação policial
internacional e em representação do país em organismos e
instituições internacionais, por período superior a 12 meses;
b) Desempenhe cargos ou funções junto de representações diplomáticas
angolanas no estrangeiro;
c) Aguarde o preenchimento de vaga, cujo preenchimento pode resultar
na sua promoção.
SECÇÃO II
Pré-Reforma e Reforma Antecipada
Artigo 106.º
(Situação de pré-reforma)
Artigo 107.º
Artigo 108.º
Subsecção I
Reforma
Artigo 109.º
(Definição)
1- Reforma é a situação de aposentação para a qual transita o polícia que
preencha as condições previstas na presente Lei.
2- O polícia é licenciado à reforma por atingir o limite de idade ou por
tempo de serviço prestado ao Estado.
Artigo 110.º
(Condições de licenciamento à reforma)
1- É licenciado à reforma o polícia na situação de activo que:
a) Atinja 65 anos de idade, para os oficiais comissários;
b) Atinja 55 anos de idade, para os demais oficiais, subchefes e agentes
da Corporação;
c) Requeira a passagem à reforma, depois de completados 30 anos de
serviço;
d) Seja colocado compulsivamente fora do quadro, por efeito de sanção
disciplinar ou criminal;
e) Seja julgado incapaz para o exercício de funções policiais por Junta
de Saúde;
f) Tenha completado no máximo dois anos na situação de pré-reforma.
2- A decisão de licenciamento à reforma a que se
refere o número anterior é da competência:
a) Do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das FAA, para
os oficiais comissários;
b) Do Comandante-Geral da PNA, para os oficiais superiores,
subalternos, subchefes e agentes
Artigo 111.º
(Protecção na reforma)
O polícia na situação de reforma tem direito à pensão de reforma,
assistência médica e medicamentosa e apoio social.
Subsecção II
Postos e Requisitos para Progressão na Carreira Policial
Artigo 112.º
(Comissário-Geral)
1- O posto de Comissário-Geral é reservado ao Comandante-Geral da
PNA.
2- O Comissário-Geral exerce funções de Comandante-Geral da PNA,
nos termos da legislação em vigor.
Artigo 113.º
(Comissário-Chefe)
1- Ascende ao posto de Comissário-Chefe o Comissário que reúna
cumulativamente os seguintes requisitos:
a) Tenha revelado apreciáveis qualidades de comando e direcção,
aliadas a reconhecidos dotes de carácter, lealdade, bom senso e saber
profissional;
b) Tenha servido na categoria de Comissário, com bom comportamento
num período mínimo de quatro anos.
2- O Comissário-Chefe tem as seguintes funções:
a) Comando ou Direcção de 2.º, 3.º ou 4.º graus, nos termos da tabela
de correspondência classe/função;
b) Coordenar as actividades dos órgãos sob sua dependência e
responder perante o Comissário-Geral.
Artigo 114.º
(Comissário)
Artigo 116.º
(Superintendente-Chefe)
Artigo 117.º
(Superintendente)
Artigo 118.º
(Intendente)
1- Ascende ao posto de Intendente o Inspector-Chefe que
cumulativamente possua os seguintes requisitos:
a) Possua o Curso de Promoção a Oficial Superior;
b) Tenha servido no mínimo quatro anos, com bom comportamento, no
posto de Inspector-Chefe;
c) Tenha revelado mérito e competência profissional na condução de
forças ou serviços policiais.
2- O Intendente exerce genericamente as seguintes funções:
a) Comando, Chefia e Função Técnica Especializada do 1.º grau, nos
termos da tabela de correspondência classe/função;
b) Exercer outras funções que lhe forem superiormente determinadas.
Artigo 119.º
(Inspector-Chefe)
1- Ascende ao posto de Inspector-Chefe, o Inspector que
cumulativamente possua os seguintes requisitos:
a) Tenha um mínimo de três anos de serviço no posto de Inspector e
bom comportamento;
b) Tenha revelado apreciáveis qualidades, aliadas a reconhecidos dotes
de carácter, lealdade, bom senso e saber profissional.
2- O Inspector-Chefe tem genericamente as seguintes funções:
a) Comando, Chefia e Função Técnica Especializada do 2.º grau, nos
termos da tabela de correspondência classe/função;
b) Exercer outras funções que lhe forem superiormente determinadas.
Artigo 120.º
(Inspector)
1- Ascende ao posto de Inspector o Subinspector que
cumulativamente reúna os seguintes requisitos:
a) Tenha servido um mínimo de três anos no posto de Subinspector;
b) Tenha demonstrado bom comportamento no posto anterior;
2- Podem ainda ascender ao posto de Inspector, os efectivos das
PNA que tenham concluído o curso superior de ciências policiais.
Artigo 121.º
(Subinspector)
Artigo 122.º
(1º Subchefe)
Artigo 123.º
(2.º Subchefe)
Artigo 124.º
(3º Subchefe)
1- Ascende ao posto de 3.º Subchefe o agente de 1.ª classe que
cumulativamente possua os seguintes requisitos:
a) Possua o Curso de Promoção a Subchefe;
b) Tenha no mínimo três anos de serviço no posto de Agente de 1.ª
Classe;
c) Tenha bom comportamento no posto inferior;
d) Tenha capacidade para chefiar homens.
2- O 3.º Subchefe tem genericamente as seguintes funções:
a) Operacional, técnica e administrativo, nos termos da tabela de
correspondência classe/função;
Artigo 125.º
(Agente de 1ª Classe)
Artigo 126.º
(Agente de 2ª Classe)
Artigo 127.º
(Agente)
Artigo 128.º
Subsecção III
Cargos e Funções Policiais e Exercício de Autoridade
Artigo 129.º
(Cargo policial)
1. Considera-se cargo policial o lugar fixado na estrutura orgânica de
Órgão da Polícia Nacional de Angola, que corresponde ao desempenho de
funções organicamente definidas e cujo preenchimento é adequado a classe
de polícia, de acordo com o nível de responsabilidade e qualificação
exigida.
2. É ainda considerado cargo policial o lugar existente em qualquer
organismo do Estado ou em organismo internacional a que corresponda
funções de natureza policial e cujo preenchimento é adequado a classe de
polícia correspondente ao fixado na tabela de hierarquização dos Órgãos da
Polícia Nacional de Angola.
Artigo 130.º
(Funções policiais)
Artigo 131.º
(Cargo de classe inferior)
O polícia não pode ser nomeado para cargo a que corresponda classe
inferior à sua, nem estar subordinado ao polícia de menor posto.
Artigo 132.º
(Cargo de classe superior)
Artigo 133.º
(Formação e função)
Artigo 134.º
(Curso de Comando e Direcção)
Artigo 135.º
(Curso de Promoção a Oficial Superior)
Artigo 136.º
(Curso de Promoção a Oficial Subalterno)
Artigo 138.º
(Curso Básico de Polícia)
Artigo 139.º
(Correspondência classe/função)
A correspondência entre as classes e as funções referidos nos artigos desta
subsecção constam da Tabela de Correspondência Classe/Função, anexa à
presente Lei, da qual faz parte integrante.
Artigo 140.º
(Exercício da autoridade policial)
Ao exercício da autoridade policial decorrente das leis e regulamentos,
implica a correspondente responsabilidade que não é possível delegar,
sendo o Comandante, Director ou Chefe o único responsável, em todas as
circunstâncias, pela forma como as unidades, forças, estabelecimentos e
órgãos subordinados cumprem as missões que lhes são confiadas.
Artigo 141.º
(Docente de instituições de ensino policial)
1.- O polícia que exerce a função de docente em instituição de ensino
superior policial deve ser enquadrado na respectiva classe de acordo com a
tabela de correspondência classe/função da PNA, e pertence à categoria de
professor universitário, nos termos estabelecidos pelo Estatuto da Carreira
Docente do Ensino Superior, aplicável aos docentes do regime geral.
2.- O polícia que exerce a função de docente ou de instrutor em instituição
de ensino básico policial deve ser enquadrado na respectiva Classe de
acordo com a tabela de Correspondência Classe/Função da PNA.
CAPÍTULO V
RECRUTAMENTO E INGRESSO
SECÇÃO I
Recrutamento e Ingresso
Artigo 142.º
(Recrutamento)
Artigo 143.º
(Ingresso)
SECÇÃO II
Hierarquia e Antiguidade
Artigo 144.º
(Princípio geral)
O polícia rege-se pelo princípio da hierarquia que, para efeitos do presente
estatuto, consiste num sistema estratificado de correlação entre o poder de
comando, direcção e chefia que compete ao superior e o dever de
obediência que recai sobre o subordinado, e tem por finalidade estabelecer
as relações de autoridade e de subordinação entre os policias, determinadas
pelo respectivo posto, antiguidade, função e precedência.
Artigo 145.º
(Hierarquia policial)
1- A hierarquia policial exprime-se pelos respectivos postos,
antiguidade, função e precedência.
2- A escala hierárquica policial é organizada por ordem decrescente das
respectivas classes e, dentro destas, por antiguidade.
3- Dentro da hierarquia policial não pode o polícia de posto superior
subordinar-se a outro de posto inferior.
Artigo 146.º
(Hierarquia em cerimónias)
Em actos e cerimónias oficiais de caris policial, militar ou civil os polícias
colocam-se por ordem hierárquica de postos e antiguidades, respeitando-se,
porém, as precedências que estejam consignadas na lei, de acordo com as
funções exercidas ou cargos desempenhados pelos presentes.
Artigo 147.º
(Antiguidade no posto)
Artigo 148.º
(Publicação das lista de antiguidade)
1. As listas de antiguidade dos Oficiais e Subchefes e Agentes da
Polícia Nacional de Angola, no activo ou reforma, são publicadas
anualmente.
2. As listas de antiguidade dos polícias no activo são elaboradas por
categorias, quadros especiais, por postos e antiguidade relativa.
Artigo 149.º
(Inscrição na lista de antiguidade)
1. O polícia no activo ocupa um lugar na Lista de antiguidade do órgão
a que pertence, devendo o órgão central responsável pelos recursos
humanos, publicar a lista geral de antiguidade de todo o pessoal
militarizado da Polícia Nacional de Angola.
2. Dentro do mesmo quadro especial, os polícias promovidos na mesma
data e ao mesmo posto são ordenados por ordem decrescente, respeitando a
ordem da sua inscrição na lista de antiguidades desse posto.
3. A inscrição na lista de antiguidade no posto de ingresso é feita por
ordem decrescente de classificação no respectivo curso ou concurso de
ingresso.
4. Em caso de igualdade de classificação, a inscrição na lista de
antiguidades obedece aos seguintes critérios de ordenação:
a) Maior graduação anterior;
b) Maior tempo de serviço policial no activo;
c) Maior idade.
Artigo 150.º
(Alteração na Antiguidade)
1. Sempre que na lista de antiguidade a colocação de um polícia no
activo seja alterada, a data da sua nova antiguidade deve constar do
documento que determina essa alteração.
2. Quando o polícia é promovido a um posto na mesma data e havendo
alteração do ordenamento anterior, deve constar expressamente do
documento oficial de promoção.
Artigo 151.º
(Contagem do tempo de serviço)
SECÇÃO III
Nomeações e Colocações
Artigo 152.º
(Princípios gerais)
A nomeação e colocação do polícia obedecem aos seguintes princípios:
a) Primado da satisfação das necessidades e interesses do serviço;
b) Satisfação das condições especiais de promoção;
c) Aproveitamento da capacidade profissional, avaliada em função da
competência revelada e da experiência adquirida;
d) Conciliação, na medida do possível, dos interesses pessoais com os
do serviço.
Artigo 153.º
(Tipos de colocação)
A colocação do polícia para o exercício de quaisquer funções profissionais
desempenhadas em comissão normal processa-se por conveniência de
serviço ou por convite.
Artigo 154.º
(Colocação por conveniência de serviço)
1- A colocação por conveniência de serviço processa-se com vista ao
exercício de determinado cargo e função própria do posto.
2- Para efeito do número anterior são abrangidos os polícias que
satisfaçam os requisitos técnicos e profissionais exigidos para o exercício
de determinados cargos ou funções.
3- A colocação por conveniência de serviço pode ainda ocorrer por
motivos cautelares e tem por finalidade retirar do local onde presta serviço
o polícia cuja permanência ou desempenho profissional acarrete manifesto
prejuízo para o próprio, para a imagem da PNA ou para o cumprimento da
missão.
Artigo 155.º
(Colocação por convite)
1- A colocação por convite tem carácter excepcional, e de acordo com a
especificidade dos órgãos, os titulares destes podem formular convites
directos aos profissionais da Corporação para ocupar uma vaga existente no
respectivo quadro de pessoal, processando-se independentemente de
qualquer imposição.
2- A colocação referida no número anterior resulta da satisfação dos
interesses do serviço e tem em conta as qualificações técnicas, as
qualidades pessoais do polícia e as exigências do cargo ou das funções a
desempenhar.
Artigo 156.º
(Normas de colocação)
As normas sobre a colocação dos efectivos policiais são estabelecidas por
despacho do Comandante-Geral da PNA.
CAPÍTULO VI
REGIME DE TRABALHO
Artigo 157.º
(Serviço permanente)
Artigo 158.º
(Horário e duração semanal de trabalho)
Artigo 159.º
(Regime de turnos)
Artigo 160.º
(Limites de idade para o serviço de patrulha e trabalhos no período
nocturno)
CAPÍTULO VII
ENSINO E FORMAÇÃO
Artigo 161.º
(Ensino)
O ensino ministrado nos estabelecimentos de ensino da PNA tem como
finalidade a habilitação profissional do polícia, a aprendizagem de
conhecimentos adequados à evolução da ciência e tecnologia, bem como ao
seu desenvolvimento cultural.
Artigo 162.º
(Estabelecimentos de ensino policial)
Artigo 163.º
(Formação policial)
Artigo 164.º
(Admissão aos cursos de formação inicial)
Artigo 165.º
(Regime dos cursos de promoção e de especialização)
O regime de admissão e frequência dos cursos de promoção e de
especialização é estabelecido por despacho do Comandante-Geral da PNA,
tendo em conta:
a) As necessidades da PNA;
Artigo 166.º
(Admissão aos cursos de formação de oficial de polícia)
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 168.º
(Avaliação de desempenho)
O Sistema de avaliação do desempenho do polícia é regulado por diploma
próprio.
Artigo 169.º
(Formas de tratamento)
Artigo 170.º
(Legislação subsidiária)
Artigo 171.º
(Revogação)
Artigo 172.º
(Entrada em vigor)
Publique-se.
REPÚBLICA DE ANGOLA
ASSEMBLEIA NACIONAL
Lei n.º _______/_______
de________de_______
Convindo dotar a Polícia Nacional de Angola de uma Lei de Bases sobre a sua
organização e funcionamento, tendo em atenção a sua natureza de organismo
militarizado, que tem por objecto a manutenção da segurança pública e o
combate à criminalidade;
CAPÍTULO I
NATUREZA, ATRIBUIÇÕES E SÍMBOLOS
Artigo 1.º
(Objecto)
Artigo 2.º
(Definição e natureza)
Artigo 3.º
(Missão e âmbito territorial)
Artigo 4.º
(Organização hierárquica e territorial da PNA)
Artigo 5.º
(Dependência)
A PNA, enquanto força de segurança, está sob dependência directa do Presidente
da República, na qualidade de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas
Angolanas.
Artigo 6.º
(Tutela)
Artigo 7.º
(Atribuições)
Artigo 8.º
(Princípios da actuação policial)
a) Princípio da legalidade;
c) Princípio da igualdade;
d) Princípios da boa-fé;
m) Princípio da parcimónia;
n) Princípio da lealdade às instituições e entidades públicas e aos superiores
interesses do Estado;
q) Princípio da comunicação;
r) Princípio da gratuitidade.
Artigo 9.º
(Estandarte nacional)
Artigo 10.º
(Símbolos)
1 – A PNA tem direito a brasão de armas, bandeira heráldica, hino e ao uso de
galhardete, aprovados por Decreto Presidencial.
CAPÍTULO II
ORGANIZAÇÃO EM GERAL
Artigo 11.º
(Constituição da PNA)
a) Comando Geral;
Artigo 12.º
(Comandante-Geral da PNA)
SECÇÃO I
ÓRGÃOS DA PNA
Artigo 13.º
(Órgãos de Apoio Consultivo)
Artigo 14.º
(Serviços de Apoio Instrumental)
Artigo 15.º
(Serviços de Apoio Técnico)
Artigo 16.º
(Serviços e Unidades Centrais)
Artigo 17.º
(Comandos Provinciais)
Artigo 18.º
(Níveis de comando)
a) Comando Geral;
b) Comando Provincial;
c) Comando Municipal;
d) Esquadras Policiais;
e) Postos Policiais.
Artigo 20.º
(Estatuto orgânico)
CAPÍTULO III
ADMISSÃO E PROVIMENTO
Artigo 21.º
(Regime do pessoal)
A PNA é constituída por pessoal militarizado e por pessoal civil do regime geral
da administração pública.
Artigo 22.º
(Forma de ingresso)
Artigo 23.º
(Promoção de pessoal)
Artigo 25.º
(Contagem de tempo de serviço)
Artigo 26.º
(Regime disciplinar)
Artigo 27.º
(Provimento)
CAPÍTULO IV
AUTORIDADES E ÓRGÃOS DE POLÍCIA
Artigo 28.º
(Comandantes e agentes de força pública)
Artigo 29.º
(Autoridades de polícia)
a) O Comandante-Geral da PNA;
b) O 2.º Comandante-Geral;
c) O Inspector da PNA;
Artigo 30.º
(Órgãos e autoridades de polícia criminal)
CAPÍTULO V
MEDIDAS CAUTELARES, DE POLÍCIA E MEIOS DE COAÇÃO
SECÇÃO I
MEDIDAS CAUTELARES
Artigo 31.º
(Comunicação da notícia do crime)
Artigo 32.º
(Providências cautelares quanto aos meios de prova)
Artigo 33.º
(Identificação de suspeito e pedido de informações)
5 – Quando o suspeito não for portador de nenhum dos documentos referidos nos
números anteriores, o agente de polícia deve:
Artigo 34.º
(Revistas e buscas urgentes)
Artigo 35.º
(Detenção em flagrante delito)
Em caso de flagrante delito, por crime punível com pena de prisão, o pessoal
militarizado da PNA pode proceder à detenção de qualquer pessoa, nos termos da
legislação processual penal.
Artigo 36.º
(Detenção fora de flagrante delito)
SECÇÃO II
MEDIDAS DE POLÍCIA
Artigo 37.º
(Medidas de polícia)
Artigo 38.º
(Limites às medidas de polícia)
Artigo 39.º
(Aplicação urgente de medidas de polícia)
Artigo 40.º
(Comunicação ao ministério público)
1 – A aplicação das medidas de polícia previstas nas alíneas h) a l) do n.º 3 do
artigo 37.º da presente lei é, sob pena de nulidade, comunicada ao Magistrado do
Ministério Público, competente, no prazo máximo de 48 horas.
SECÇÃO III
MEIOS DE COAÇÃO
Artigo 41.º
(Utilização de meios coercivos)
Nos termos da lei, o pessoal militarizado da PNA pode fazer uso dos meios
coercivos de que dispõem nas circunstâncias seguintes:
Artigo 42.º
(Limites ao uso de meios coercivos)
CAPÍTULO VI
COOPERAÇÃO E REQUISIÇÃO DE SERVIÇOS
Artigo 43.º
(Cooperação e colaboração com entidades públicas e privadas)
1 – A PNA, sem prejuízo das prioridades legais da sua actuação, coopera com os
demais órgãos do Sistema Nacional de Segurança e colabora com as autoridades
públicas e privadas, nos termos da lei.
Artigo 44.º
(Requisição de forças e execução de ordens judiciárias)
Artigo 45.º
(Comissão de serviço especial)
3 – Para efeitos de ordem pública, o pessoal referido no n.º 1 deste artigo cumpre
as directivas do comando com jurisdição na respectiva área.
4 – Mediante solicitação a PNA pode ainda prestar serviços especiais, que após
serem autorizados por despacho do responsável do departamento ministerial da
área de segurança interna, são remunerados pelos respectivos requisitantes nos
termos da lei.
CAPÍTULO VII
DIREITOS E DEVERES GERAIS
SECÇÃO I
DIREITOS
Artigo 46.º
(Armamento e fardamento)
3 – O pessoal referido nos números anteriores não pode fazer uso, por qualquer
modo, das armas que lhe estiverem distribuídas e nem servir-se da qualidade de
agente de autoridade, do cargo que exerce ou da função que desempenha, para
prática de actos ilícitos.
4 – Diplomas próprios regulam o uso das armas de fogo e dos uniformes pelo
efectivo militarizado da PNA.
Artigo 47.º
(Direito de acesso à local público ou privado)
Artigo 48.º
(Utilização de meios de transporte público)
O pessoal militarizado da PNA, quando em serviço, tem direito ao uso gratuito
de meios de transporte públicos, rodoviários, marítimos e fluviais.
Artigo 49.º
(Condecorações e distinções)
Artigo 50.º
(Imunidades)
Artigo 51.º
(Outros direitos)
SECÇÃO II
DEVERES
Artigo 52.º
(Deveres profissionais)
1 – O pessoal militarizado da PNA, ainda que se encontre fora do horário normal
de trabalho e da área de jurisdição do local onde exerça funções, deve tomar, até
à intervenção da autoridade de polícia competente, as necessárias providências,
dentro da sua esfera de competência, para evitar a prática de crimes, descobrir e
capturar os seus agentes.
Artigo 53.º
(Segredo profissional)
Artigo 54.º
(Outros deveres)
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 55.º
(Receitas)
f) Quaisquer outras receitas que lhe sejam atribuídas por lei, contrato ou a
outro título.
Artigo 56.º
(Despesas)
Constituem despesas da PNA as que resultem de encargos decorrentes do
funcionamento dos seus órgãos e serviços e da actividade operacional, na
prossecução das atribuições que lhe estão cometidas.
Artigo 57.º
(Objectos que revertem a favor da PNA)
Artigo 58.º
(Dia comemorativo)
Artigo 59.º
(Dúvidas e omissões)
Artigo 60º
(Norma revogatória)
Artigo 61.º
(Entrada em vigor)
Promulgada em ..........de.......................de..............................
Publique-se