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~“—_E REPRE e VIGOpOISa Digitalizada com CamScanner ‘Tradugio de K. dsryants Revinde de Paula Costa do Campo Miakova v V.D. Zotar, vogue, A.V Petrova, iv VA, Tumanen, LN. Popov, Marta Chuare Colectividade de autores: A.V, l. Zintchenko, TP. ina, A.V. Petrovski Pirogova, 6.5. Sereda, M.G. laroet Cepia «BuSanorexa crys irae Ncuxonorus a nopryeamexom n3uKe Mipocsewenne 7 “Tradugio para o portugués com alteragSex Euigdes Progresso, 1989 Impresso na URSS 10303000000—355 oso) 89 ISBN 5—01—001275—3 1 156-89 Parte INTRODUCAO A PSICOLOGIA Capitulo 1 OBJECTO DA PSICOLOGIA LLL. Nogio de psicologia Cada cigncia conereta particularidades do seu objecto. entre a geologia e a geodesia cos © objects de estudo de ambas as a primeira delas estuda a composigi t6ria da Terra, enquanto la psicologia A compreensan destes fenénienos de- pende em grande parte ai pelas pessoas que inv A dificuldade cons fenémenos estudados ‘ia da psicologia, iro lugar, no facto dos terem sido destacados de hd muito pelo intelecto humano e isolados das outras manifestages da vida como fendmenos d parte. Com efeito, € evidente que a minha percepedo da méquina de escrever € algo totalmente particular e diferente da maquina de escrever, propriamente dita, do objecto real que esté na minha meu desejo de esquiar & diferente duma marcha de esqu la comemoragdo do Ano Novo & ie leve lugar res Deste modo, forma alma”), contraposta aos acont Estes fenémenos eram agrupa js sob os nomes “per= 3 Digitalizada com CamScanner inerente ao homem logo desde -8e gradualmer om Tes mento, ela forma- ‘om do quadro do seria deturpada, nao ba: Por exemplo, um dos mecani Por ¢ snob Que asseguram a constineia da. percepglo 1 do cbjecto © observador se afaia dele €'amereegio ee ss quando © Sngulo 9s eixos oculares aumenta informa que 0 objecto apeme se jou mas no se tornow menor. UmAvez qu: os mecanismos da a Pressupdem 0 funcionamento de api ~fisiolégicos concretos que realizam diversos processos Psiquicos, a psicologia esclarece a natureza ea a destes mecanismos juntamente com outras ci logia, biofisica, biog i Portanio, a psicoloy "as leis ¢ os mecanismus do E evidente, porém, que a defi sita de importantes explicagdes do mesmo modo que as com as quais esta é uria ci Priedades, dos e.tados z que os fenémencs psiquicos s 0 eles constituem o “mund . ndo pode revelar ia do psiquismo € a sua especificidade. Antes de explicar 0 que € 0 psiquismo, é preciso seguir, pelo menos em forma concisa, a evolugéo durante séculos dos con- fincia e ao caracter dos fenémenos 05, etc. A mera indicagao de fenémenos a parte”, que ia das doutrinas psicol mais remotas, as nec: homem distinguit das pessoas mente, estas dos povos primitives. O homem igo clara entre a alma e @ corpo. \cia, entre os quais constavam 0 sono, - O homem pri i percebida direciamente, a sub- real. Considerava-se, por exemplo, que os sonhos cram impressdes da alma que deixava o corpo durante © sono € vagueava pela terra, O homem primit Pretava a morte no como etapa final do processo Mas como uma espécie de sono, em que a alma ndo Iguma razio, para o corpo. O homem tava estes fendmenos mais ou menos da Ima é sésia do homem; as suas dependéncia do indi n fungio da alma, engendrou © culto da alma. Foi esta a forma elementar da reli- ciagdo fisico e Digitalizada com CamScanner “pensamento”, “‘vontade”, ““sen- © que constitui em conjunto aquilo que se 2_mundo psiquico interno _do_homem, repgdes”, ages” et hama _psic "sua vida ic observaram directamente ou- Tas pessoas no seu contacto quot liversos factos da sua cond Je trabalho, ete), nos distinguir os pre wos psiquicas camuflados rela condita externa. Uma acgdo sempre concn nlengdes © motivos pelos quais 0 homem se guiava, | reaccdo a um certo acontecimento, as particularidades lo cardcter: Por isso, bem antes que os processos, pro. ‘iquicos passassem a ser alvo da ‘a, os homens acumulavam conhecimentos s duma geragio vara outra através da lingua, obras-de criagdo popular 7 obras de arte. Um acervo destes conhecimentos sao 38 provérbios e ditados: “E melhor ver uma s6 vez do que duvir dez v (sobre as vantagens da percepgio e ‘ecordagdo visual em comparagio com a auditiva): {0 habito € a segunda natureza” (sobre 0 papel dos Yabitos fixos que podem concorrer com as formas de con- tas), etc. © homem pode obter uma certahogéo do psiquismo través da sua propri ¢ vida, Por exemplo, 3ma pessoa aprende através da experiéncia pessoal que 1 leitura repetida de jlo melhor na memér As sonhecimentos psicoldgicos pré-cientificos. Estas info nagdes podem ser bastante vastas, podem contribuir a um certo ponto para se orientar na conduta das pessoas tm redor, podem ser — dentro de certos limites — cor- ‘ectos € corresponder & realidade. Mas de um modo geral, ‘es conhecimentos carecem de sistema, de profundidade : de demonsirabilidade e por isso no se podem tornar ama base sdlida para o trabalho sério com pessoas (pedagégico, médico, organizativo, etc.) que requer co- ahecimentos cientificos, conhecimentos objectivos 2 fidedignos sobre o psiquismo do homem para poder Prognosticar a sua conduta em diversas circunsténcias esperadas, Portanto, qual € 0 objecto do estudo cienti cologia? Em primeiro lugar, os factos concretos da vida qui ados qualitativa © quantitativamente: Por exemplo, ao estudar 0 processo de percepsao. pelo homem dos objectos circundantes, a Psicologia estabeleceu n facto de impor € relativamente cor lo as condi¢ées de Percepcdo variam. Por exemplo, a pagina em que esti impresso este texto serd percebida como branca tanto a luz clara do Sol, como na penumbra ou a luz duma lampada eléctrica, embora as caracteristicas los raios reflec- tidos pelo papel sejam bastante diferentes. Temos neste caso a caracteristica quali psicolégico. Um exemplo da caracteristica quantitativa dum facto psicoldgico é 0 tempo de reaccdo do homem dado a um Irritante (por exemplo, a pessoa submetida a experiéncia é solicitada a apertar com o maxima de rapidez um botao em resposta a fulgaracao duma lampada. /. velocidade da reaccao pode variar entre 200 e 150 milissegundos, isto é, ‘© seu diapasdo € bastante grande). As diferencas indivi- duais da velocidade de reaccao observadas durante a expe- iéncia so factos psicolégicos estabelecidos através da pes- quisa cientifica, Estes factos permitem caracterizar quanti- tativamente algumas particularidades do psiquismo de diversas pessoas. Porém, a psicologia cientifica ndo pode limitar-se descrigo dum facto psicolégico, por sais interessante que este Ultimo seja. A cogni¢ao cientifica requer impera- tivamente a passagem da descrigdo dos fenémenos para a sua explicagdo. Mas esta altima requer, por ‘sua vez, a revelagdo das leis que regem estes fendmenos. Por iss0, g_objecto do estudo da psicologia _inclui néo sé factos psicolégicos mas também as leis psicglégicas, Por exemplo, certos factos psicolégicos verificam-se necessariamente sempre quando existem as respectivas condigées, isto é, © seu surgimento obedece a uma lei natural. E este, por exemplo, 0 carécter do facto, acima mencionado, de relativa constancia da percepgao; note-se que a constancia é inerente no s6 4 percepgao da cor mas também a do tamanho e da forma do objecto. Pesquisas especiais demonstraram que a constancia da percepco nio € algo Digitalizada com CamScanner ica! — Tules (séculos VII — VIS&.C.), Anaximenes lo V aC.) © Heraclita (sécules VI V aC.) — interpretavai do materialismo. Um resu ideias Inateralisias pelos atomtsias* D ) Epicuro (sé (século Fa.) foi a ima como um € guiado por um electo, que esso de vida. Uma vez € a alma represen Srgio do corpo, ios so corporeos e compdem-se de dtomos ssferoidais pequenos e por isso especialmente méveis. Apesar de toda a ingenuidade desta concepsdo, a sua ese de que as propriedades do vivo — desde as fungdes Inferiores do corpo até ao psiquismo, o intelecto, — sio propriedades da prépria matéria, € evidentemente pro- das ’itomo- 0, 05 dados de estes jento dos dtomos, da mistura ra visivel do cérebro. Foi isso bee a esrutueaiatermitente da materia, jay naturais © da fosofia@ atomisme foi sempre (BE cepgdes idealistas do psiquismo apresentadas por filbsofos que’ representavam os interesses da soc’ :lade escravista, jofos convém destacar Plato (428/427- -347 a.C.) que introduziu 0 conceito das partes da alma tendo destacado na qualidade destas: a) 0 intelecto: ) a coragem; c) a concupiscéncia — tendo-os colocado em diversas partes do corpo (a cabesa, 0 peito, 0 abdé- men). Plato ensinava que as partes da alma estavam ibuidas nos homens duma forma irregular e 0 dom delas sobre as demais determinava a pertenca do luo a um certo grupo soc’al. Por exemplo, os trabalhadores caracterizam-se pelo dominio da céncia. A sua sina sofos que se caracte- am pelo dominio da parte superior, ou intelectual, da alma, Aqui mani concep¢ées de Pl doutrina sobre as antes do nascimento. Quanto mais les Sd estas recordacdes, tanto mais verdadeiro € 0 conhecimento que se lhe abre. 77 Platdo é 9 fundador do duatismo na psicologia, isto-é a “doutrma~que © Corpo eo psi | terreno das A obra de Aristétcles Sobre a Alma comprova naquela época a psicologia ja se ‘inha destacado como um ramo peculiar do conhecimentc. Os seus éxitos foram condicionados pélas observacdes, descrigdes e andlise das \GBes concretas de vida tanto ent i 9 Digitalizada com CamScanner um do outro. Aristételes foi_o primeiro na hi humanidade a apresentar a ideia da alma_e do corpo viv. A alma nao pode di artes mas ela manifesta-se em diversas aptidoes para a actividade — que alimenta, que sente, que move e-racio- ina. A primeira capacidade € especifica para as plantas, a segunda e a terceira para os animais, a quarta, para ohomem, A doutrina sobre a alma vegetal, ani (roduzia o princir ores surgem das in estdo representados os niveis anteriores de desenvolvime to da vida e do asiquismo. A aptidao cognitiva pi a Ea sensagdo, Ela assume as formas de objectos percebidos, sensorialmente, sem a sua matéria. As sensacdes deixam um vestigio em forma de nogdes. Aristételes descobriu Que existe a esfera das nogdes como imagens dos objectos que i im anteriormente sobre os drgaos dos set Ele demonstrou também que estas nagens se unem em trés aspectos: quanto a semelhanga, quanto 4 afinidade © quanto ao contraste tendo apontado desta forma os Principais tipos de associagdes dos fenémenos psiquicos. Aristoteles partia de que 0 organismo realiza as possi lidades recebidas da natureza s6 através da sua prépria lade tendo formulado nesta_ ba: ‘ia_de_for- ¢do_do_cardcter_na_actividade real. Segundo este loséfo, um homem torna-se justo e moderado através da repetigdo fequente de accdes justas e moderadas. —>7 As doutrinis Je Heraclito, de Demécrito, de Platio ¢ de Aristételes tornaram-se 0 Ponti de desenvolvimento das ideias psicolégicas na etapa se- guinte. Aos poucos, a nocdo da alma passou a ser aplicada no a todas as manifestagdes da vida (incluindo os proces- Sos vegetais, puramente biolégicos) mas $6 ao nivel a que chamamos hoje psiquico. A nogao da consciéncia nasce dentro da prépria categoria do psiquico. O homem pode ter ndo sé percepgies e las mas também reparar que elas pertencem a ele; nao s6 realizar acces livres mas também saber que eles partem Precisamente dele Esta desagr=gacdo da nogdo, outrora ‘nica, da alma realizava-se sot a influéncia do pr rimental da estrutura e das fun a influéncia das necessidades so Lu is. No século III a.C., 95 médicos Herdfilo e Erasistratus, da cidade’ de 10 descobriram os ‘nervos tendo-os distinguido nentos ¢ dos tenddx édicos estudaram sistematicamente a dependéncia das fungdes psiquicas (sensagdes € movimentos) em relagdo a excilugdo do Gérebro, Soube-se que o psiquismo esté relacionade indissoluvelmente ndo com todo 0 corpo em geral mas, sim, com determinados érgaos (us nervos, o iquismo e apro: da nogdo da conscigncia. Ele apartou os mov ipam a atengao, a ‘movimentos que o homem re: © sono. Tanto uns, como outros, mas no primeira’ caso pa mentares. A nocio da consci surgimento, foi" u aleangou o seu ica, dos escravos € a guerra ci yPlotino (sécul (séculos IV —V da nossa consciéncia um ma mou-se wentos de meméria e 0 ragiocinio dos iza, por exemplo, durante $90 regulados pela alma momentos comple- . entéo em vias de ia idealista que com a religia com 0 maximo de fidi © 05 seus produtos interna que ionada pelos Sle ponto de speceao, rigncia. proporci s. Mais tarde, e ado ii a sentidos externo: vista passou a ser denomin A ideologia religiosa engendrava uma leas Hiovas que s neFemtento das Forgas produtivee seam NO Processo de Digitalizada com CamScanner epg ech cada ala, Oeardcter gral de ia reer a concengdouNaqucla cpocd, quando os extudane tes de alguma Universdaue queriam avatar 9 profs logo desde a sua primeira eonferéne lanes da alimage rts da novas. Eclodiram as revolugics brsaesse ina Hol la, depois na Is cc ‘operaram u ‘aUoptava, © exludo experimental inatureza, ine FO scculo [rolvimento 4 Deu-se uma viragem radical nas conepgdes eatives 20 icorro e 4 alma, 0 corpe pasou a sr considerado una principe ima ase day estruturas lcnices © que nfo as mesma forma que esas esrunuras — de jestreita cartes ( mesma forma que ¢ oimandado pelo mecanismo inter- no resposta natural icia externa, Descartes demonstrou pulsos externos do organisimo a influ que o misculo é capaz de responder Iquer intromissdo da al wervoso, Or > por uma superfi de mecanismos € 0s pro- cessos que se realizam Fvos so reflectidos do 2 até entdo algo inerente exclusivamente cou como podem surgir sensagdes, 350 Mas Descartes no conseguiv estender 0 seu reflexo para toda a acti sua doutrina em pé de igualdade com o reflexo, como algo independente do corpo, como uma substincia espe- cial, (Os demais pensadores do século XVII refutaram 0 a partir de posigoes dualismo de Descartes — algun: alistas, outros, de posicdes id inglés T. Hobbes (1588-1679) baniu totalmente anunciando que a inica realidade era 0 moi ‘mecanicista, cujas leis foram prociam a psicologia. Pela primeira vez na histori deixou de ser uma doutrina da alma e veio a ser a dos Fenémenos espirituais que surgem como sombras acom- panhando processos corpéreos. A integridade do mundo i alcangada através da transformaco do psiquismo em igo aparente. Este ponto de vista foi denominado epifeno- See ie ace aa ae ee eae Seo ee ee a ane agdo das coisas”, reza um dos teuremas da sua obra principal Etica. Tanto os corpos, como as suas ideias, esto incorporados na mesina ordem férrea da Se ee ee eee Hee ee eee Te Oe oe oie reseciatts ee SE oan de acordo com 0 qual todos of fenémenos sao engendrados pelo efeito das causas © das leis materiais. Afirmava-se 1B \ Digitalizada com CamScanner Jos, 0s pensamentos ¢ as 3, quanto 4 sua precisio as. Nao foi por acaso que semelhanga dum tratado de decorre inexoravelmente da ico era fecundado pelos da geometria. a descoberta do calculo / {que as leis que governam os sen acces do homem sio semel igorosidade, a leis geor a Etica foi construida ria, em que uma Serra, 0 penssmento psical Exitos da mecinica, da épti almas — “ménadas Ao mesmo tempo, el na psicologia, em pt ‘95 conhecimentos lo XVIII, para o prit rismo e 0 sensualismo — doutrinas que estabel 2 prioridade 4a experiéncia e da co; a razo “pura” e afirmava Pr ter nenhuma ideia ou principio inatos. Esta doutrina teve um defeasor enérgico na pessoa do _inelés John Locke (1632-1704), considerado habitual- mente fundador da psicologia empirica. A doul 2 origem de todos os conhecimentos da experién: uma grande importincia para a psicologia poi O estudo cuidadoso dos factos concretos da vida espiritual 6.035 vias de passagem dos fenémenos elementares para te complexe. Segundo Locke, a experiéncia tem duas Omics: @ actividade dos Srgdos dos sentidos externos 14 e complexas. Est ‘n percepgao interna (reflexio). 5 £200, 8 com. ‘éncia resulta fechada em si prépria e orientada ndo objectos reais mas para os seus préprios produtos. do de Locke da reflexdo (que nio pode ser com. om a no¢do do “reflexo") tinha cor a suposi¢do de que o homem conhiece os factos psi ‘ontrario dos factos spectiva, estabelecendo desta mai ‘ira novamente o dua- lismo. A'consciéncia € 0 mundo externo eram contrapostor um ao outro porque os modos da sua cos iferentes. _-» A dualidade da doutrina de Locke sobre a experiéncia interna € externa fez com que esta doutrina desse um e los jartley (1705-1757), os franceses, por D. Diderot 784) © os russos, por AN. Radichtcher (1749- -1802) adoptaram como base a experigncia externa dedu- zindo 0 conteddo ii m da sua interacgio com 0 mundo ci lealistas (chefiados por G. Berkeley) anunciaram este contetido primario que no podia ser deduzido de nada. De que maneira, de diversas 1s separadas se forma a a do homem? Depois de Locke, a opiniao de que a de associagéo das dominante da psi rengas na interpri associanismo cont correntes — a mater —> 0 maior respectivain idealista. ina (ele era um 3 nogdo do reflexo a nogdo da assuciagao. A su adoptava como principio je toda 2 vida Po Quica as influéncius externas sobre o sisteuts Nerves YE Digitalizada com CamScanner l, demonstrava mento sio ‘a expressio esto € que izam pro- como uma cas em forma Ye A repetica gue © momento inicial do processo de impressBes que vém de fora; 0 momento do pensamento em palavras ou por entre estes dois momentos no cérebro se real eessos nervosos desconhecidos. Portanto, também reste aso, 0 esquema basico fazia Tembrar um reflexo. Mss ‘alistas franceses utilizavam o termo “reflexo” 86 em relago aos actos motores inconscientes realizedes como Fesposta a excitagdes externas. Por exemplo, P. Cabanis explicou respondendo a interpelago da Con: ha como base 0 prinicpio do deter. vengio sol Isdes musculares dos guilhotinados iquica ndo restava nenhum recanto no causava sofrimentos aos ‘ado pela lei da associagao tido pare Condenados © que estes seus movimentos eram puree | fein Wo geral como a lei de gravitagdo iormente incorpora 3 uia-se pelo seu ter consequent is minismo, Na reza do hoi universal so inerentes duas ios (conscientes) © os cs inconscientes) — torna-se geral na. pri- ide do século passado. Esta opinido foi reforza. da pelos éxitos bri fisiologia qe culminaram ta inglés Charles Bell e pelo Francois Magendie da diferenca entre os nerves Sensitives © motores. A excitagao das raizes dos hervos produzia diversos resultados. icava-se sé quando eram excita. i lanto as traseir: Os partidérios da_psicologia das capacidades demonstravam que alma sao inerentes duma forms ings i Passa deste nervo, através do ta forgas internas (em primeiro lugar, a eapacidade de para 9 rzcs° Ra espinha cerebral, pelo nerve motor, representacao que assume a forma de cognis O reftegiscule. Esta via foi chamada arco rejlese——__ jo). Nao se indicava nenhum fundamento causal ds rerrerex0 deixou de ser uma hipdtese flosstica pore i destas forgas — elas eram consi fornar um facto confirmado. pel Primério, ndo condicionado por nada. Por! canismo do arco reflexo per apenas as for- dade resultava uma nogdo ficticia que su bislona simples das reacsdes motoras. A: experitncias do cago realmente cie Slogo alemdo E. Pfluger, realizadas na dicads de $0 oy 0 século XVI marcado com novos grandes Seulo Passado, demonstraram que a nopio do, sete’ Exitos mo estudo do sistema nervoso (A. Haller, J. Pros res ar a conduts nao $6 doe ais capazes de se adaptar fe. Numerosos factos faziam nga de outras Fung duvidar de que a nogao do reflexo pudesse expt: toda do organismo., Amadurecia a doutrina do psi * conduta. Ao mesmo tempo, esta nogdo encertas wet 16 [f oo inga_-do. movil Digitalizada com CamScanner ara dade do organismo é deter- ideia realmente valiosa: a activi a inada por influéncias materiais sobre um érgéo m: futar esta ideia significava voltar ao antigo conceito da Beettiga como motor do corpo. Na eiénea Tormou-se lima situagdo dificil: por um lado, s6 a nocao do reflexo proporcionava a “xplicagao causal da actividade dos seres, Vives, Por outro lado, a observagao desta actividade strava que ela nfo podia ser deduzida da simples faci mecanica entre os nervos. Este problema foi resolvido na segunda metade do século XIX pelo ci Setchenov (1829- 71905), cujas conviegdes materialistas se desenvolveram hha base filos6fica preparada pelos revoluciondrios-de~ mocratas russos. ae Cardcter reflexivs do psiquismo. Na sua obra Reflexos 7 do Cérebro (1863) LM. Setchenov chegou a conclusto de que todos os actos da vida consciente e inconsciente so, quanto 20 modo da sua origem, reflexos. Portanto, um acto de consciéncia’ (um fendmeno psi- quico) no é uma propriedade da alma, como uma sub- sténcia incorpérea, mas, sim, um processo que, na ling: gem de Setchenoy, é semelhante “quanto sua origem' (quanto a estrutura e tipo da sua realizagio) a um re- flexo, Um fendmeno psiquico nao se reduz aquilo que foi dado a0 homem no processo de observacao das suas sen- sages, ideias © sentimentos, Este fendmeno, da mesma forma que um reflexo, inclui a influéncia do excitador externo e a reacgdo motora a esta excitagdo, Nas antigas teorias, 0 objecto da psicologia era-considerado aqui que figura na nossa consciéncia em forma de imagens, presentacdes e pensamentos, Segundo Setchenov, estes si0 apenas alguns momentos isolados dos processos psiquicos legros que representam uma forma especifica de inte- racgao ("de encontros vitais") entre 0 organismo e o meio. Setchenov conside.ava um erro crasso a opinido de que os Processos psfquicos comeram e terminam na consciéncia. M. Seichenoy apontou que era incorrecto apartar 2 elo cerebral do reflexo do seu inicio natural (influéncia sobre os 61gacs dos sentidos) e do seu fim ( de resposta). Um fenémeno raanlacle 'o desempenha, ao mesmo tempo, © papel de factor que anteci (abgdo, movin G8 Anteipa 0 resultado executor 18 5 * Em que consiste o papel dos proceso psiquico’? E fungio de sinal ou de regulador que condiciona a acgao em fungdo das condigdes mutaveis assegurando desta forma o efeito de adaptagao itil. Naturulmente, 20 psiquico & regulador da capucidude de resposta néo por si préprio mas como propriedade, fungdo dus respecti- vas secgées do cérebro para onde flui, onde se guarda e se transforma a informagao sobre o mundo exterior. Um acto reflexo inclui, portanto, os conhecimentos do + homem e a sua visio do mund ‘undante, isto é, toda ‘iqueza da sua experiéncia indivi Os fenémenos ‘0s S40 respostas do cérebro a influéncias externas (meio ambiente)-e internas (estado do organismo como sistema fis ico). Os fendmenos psiquicos sdo regula- dores permanentes da actividude surgidos como reacgéo a excitagdes que actuam agora (seusagses, percepgoes) ou tiveram lugar outrora, isto é, na experiéncia passada (meméria), que sintetizam estas influéncias, asseguram @ prognosticagdo dos resultados a que eles levardo (pensa- mento, imaginagao), que intensific de um modo geral, excitam a uctividade sub a influéncia de algumas acgdes ¢ freium-na sob a influéncia das outras (sentimentos, vontade) e revelum diferengas na conduta dos homens (temperamento, cardcter, etc.). LM. Setchenov langou a ideia de que 0 psiquismo € a regulagao psiquica da actividade teriam um cardcter reflexivo. Estas teses tedricas importat confirmadas e concretizadas experiment: re pelo sidlogo soviético IP. Pavlov (1849-1936) que descobriu as leis de regulagdo pelo cérebro da interacgao dos animais e do homem com o meio ambiente. O conjunto das con- cepgdes de I.P. Pavlov a respeito destas leis é denot nado normalmente doutrina de duis sistemas de sinali- za¢ao. A imagem do objecto (visual, auditiva, olfativa, etc.) Serve para um animal na qualidade de sit excitador incondicional, o que redunda na alteragao da sua conduta de acurdo com o tipo do reflexo condi- cionado. si Digitalizada com CamScanner trebro surge uma ‘cemtron fo Uh cérebro. Estas ima, gens-sin regulando desta forma a con © homem, ao cor Possui, além do também o segundo sistema iménio exclusive, Os sinais izagdo sio fas, ouvidas e ssinais. A palavra subst Provocar todas as acces Provocam. Porta E pre ing tadores de da fala, o texto duma informacao 05 sinais como representacao dest \dores verbais no cérebro em forma do significado da palavra que, uma vez com. preendido pel a sua conduta, orienta-o no € quando no compreendido ou Jo pode influenciar 0 homem apenas 7 Tudo 0 que acabémos de dizer permite considerar © psiquismo como a imagem subjectiva do mundo ob- 20 tema de sinalizagdo ou deixd- ° b a reflexdo da realidade no cérchro. a ‘no de esséncia do psiquismo corresponde & teoria do reflex desenvolvida por V.1. Lénine. Segundo Val. Lénine,-as nossas sensa¢des, a nossa consciéncia sio apenas uma imagem do mundo exte x nosiolégica Bi thororcions = aga filos6fica, correcta d3 naa interpretaga Libsthncla do psiquisme como proceso de reflexso que iedade do cérebro. A teoria leninista € contré- tas como mecanicistas dos smo isola 0 psiquismo da ira em mundo interno © psiquismo ¢ a ndo psiqui 0 ccessos nervosos. A gnosiologia, isto é, teoria do conheci- é doutrina das fontes, formas e métodos da cogni- doe das vias de consecucac da verdade, estuda 0 psi- quismo tendo em vista esclarecer as reiagSes entre 0 sujeito 0 objecto (0 problema de veracidade dos conhecimentas do homem sobre 0 mundo, o problema de adequagio se realiza 0 processo de transformagao reflexio, que asseguram 0 governo da ago © a regulacio da capacidade de resposia do su GO trago caracteristica do psiquismo € @ actividude.” © seu aspecto indispensével so os estimulos, @ busca activa para uma melhor solucdo e a selecedo das variantes, da possivel conduta. A reflexdo psiquica nio funciona como um espelho nem € passiva: ela impl’ca a busca, a escolha e a ponderagao de diversas variantes da acgio € € um aspecto indispensavel da actividade do individuo. A regulacdo activa da conduta pressupse 0 funciona- mento do aparelho de reacedo. O conceito de reacgio é utilizado amplamente na psicologic. fisiologia ¢ ciber- ‘modernas. Na psicologia e na fisiologia isto sig Digitalizada com CamScanner .da pelo cérebro sob se pretende resolver. 0 nico, de resposta é aval ave ca ai, Ssonte de visa 0 Bre Le, es ent da asp de eon, Scions, a or pode ser conclu Ga pelo cero, 80 Pers (da periferia para 0 centro) ae i io sobre OS resultados da acgdo (reacgio)- da informasio 200% ge eacyio reaizase a compars- Com sind ado da acco com a imagem cujo surgimert® oo rea resultado como um modelo peculiar Sntecipa realidade. esctlpet : A existenca. do peareryo e comecar pela execupdo aso ss no p.ano interno (por exces alto 2 inrr) ge actuar 5 depois di. anes Os corms que sureiu no processo da elaborar um pro- grama das operagée: evolucio biolé da conduta, adQ\ , Sfarluzncia das leis da vida social, 05 Ko wonalidades, cada uma das quais co da pereao, historica em que se formou, Respect} viriciiy, mem adguire um card vidual. 4 conduta do Metipamos de dizer permite agora conte; ar a definigio do sbjecto 2a pcologa que foi ade inte: a psicologia & ci 5 , eis saerormen quis, tides como imager de real; zi a serve de a forma no cérebro e que serv ae dade que Jor conde ¢ da aciividade que (ém yo homem, um cardcter individual. 11,2. 0 céresro e 0 psiquismo do_cérebro. A acti- iquisma é iedade o. Q psiquismo é uma_propriedade do cere am grande nimero de dispositivos corporeos especial: AIETT® Scles assimilam as influéncigs externas, outros Wars fmam-nas em sinais, constroem, 5 planos de concet e-controlam-na, outros ainda, atribuem & conduts ® Oe gia e a impetuosidade; hd também dispositives ave gm acgdo os misculos, ete. Todo este trabalho Comet imo assegura a orientagao activa 7 Geio'em que vive ea resolugdo dos problemas vitals. 2 No decurso da longa evolusio do mundo orginico — desde a ameba até a0 homem — os mecanismos fisiolé- gicos de conduta tornavai-se cada vez mais complexos € diferenciados, 0 que aumentava a sua flexibilidade € eficiéncia. Estrutura.do sistema snervoso.e o;psiquismo. Um orga- nismo unicelular, uma ameba por exempl nenhum érgio especii para a sua busca ou 40 mesmo tempo yn Srgdo sensorial, um drgé0 motor ou um érgdo digestivo, E evidente que as possibilidades itais duma ameba, isto é, a sua capacidade de obter imento e de evitar a morte, so muito limitadas, enquan- nto e reagir a0 perigo com grande rapidez e precisio. A especializagio manifesta-se no surgimento de células, cuja tinica fungdo se torna 4@ percepeao dos sinais. Estas células formam os chamados receptores (aparelho que assimila a influéncia do meio ambiente). Outras células encarregam-se do trabalho sscular ou da secregdo interna efectuada por diversas slandulas. So os efeituadures. A especializagao divide 08 drgios e as fungdes enquanto que a vida e facto permanente entre eles, a coordenagio des movi- mentos com as torrentes de sinais provenientes dos ob- Jectos circundantes e do préprio organismo. Isto consegue- “se gragas ao “painel de comando” principal — o sistema nervoso central que funciona EA estrutura geral do sistema todos os vertebrados. Os seus elementos fundamentais sao células nervosas ou neurénios, cuja fungdo consiste em transmitir a excitagdo. O neurénio € formado do corpo du célula, dendrites, isto é, fibras ramificadas deste corpo que recebem a excitagdo, e 0 axénio, ou seja, a fibra que trasm Jo a outros neurdnivs. O ponto de contacto dum axénio com dendrites ou com 0 corpo da célula dos outros neurénios chama-se sinupse. Neste ponto realiza-se a ligagdo funcional entre os neurdnios. A napse € atribuida uma importéncia decisiva quando da explicagdo do mecanismo de estabelecimento de novos contactos dentro do sistema nervoso. Supde-se que no pro- cesso de elaboragdo destes contactos precisamente as variagdes (quimicas ou estruturais) nas sinapses asse- 23 Digitalizada com CamScanner J ‘esmagadora re diversos pontos partes pri 1A parte superior do cerebrais cobertos coi em seis. ca a demanda de 's do organismo. A estrutura de todas as partes mencionadas do sistema Segundo os conceitos ile 0 tranco cerebral exerce) le refle: inatas (reflexos i cerebral dos sobretudo, as formas @ categan moderna ¢ aos métodos de ex (através da introdusdo neste de Numerosas experiéncias deste tipo foram realizadas nos animais. Quanto a0 homem, o cérebro duma pessoa submetido a experiéncias que impliquem a intervengio cirirgica. Apenas em algumas poucas operagdes, 0s especialistas em neurocirurgia tiveram a lage eléctrica do cértex ar 0 cérebro com ajuda de eléctro- dos. Uma vez que no cérebro nao existem pontos dolo- rosos, 0 doente nao sente nenhuma sensacao desagradave ‘Ao mesmo tempo, ele esté consciente pode, portant dizer ao médico 0 que sente no processo de irritaca Com ajuda deste método foi estabelecido que a irritagio de alguns sectores provoca contrac¢des musculares, dos outros, sensagées ¥i esto dispostas numa determinada ordem e que a repre- 40 de diversas partes do organismo no-cérebro-~é— Siferente) especialmente do polegar, que todos os demais dedos, ‘assim las relacionadas a fi cértex cerebral dos grandes hemisférios estéo represen- tados, sobretudo, os érgios que desempentiam a principal fungao no trabalho e no contac AS leis gerais de funcionamento dos grandes hemisté- rios foram estabel imento). No entanto, seria doutrina de AAs pesquisas modernas mostram que as ‘eis gerais de 25 i jigitalizada com CamScanner Sola Cc se revelam na funcionamento do sistema nervoso cen ‘conduta activa dos animais. al mma caixa experimen ‘omedouro com gros or exenpl, um pombe colocade em us sue wi bdo pode $0 cal dando uma bie Srponbo Ha cpa de Sonado e.8 reacgdo do Goureve que. a. reachd0. 8 Toque de cumpanha ou luz no caso do clo tas experénin ae LP. Pavlow. no estudo das fungdes do tranco ce- Feral cam pe emf engi de fazer uma ideia a respei do homem. As ondas que surgem no cérebro so oscil aes electromagnéticas de diversas frequénc Jentas delas verificam-se quando a pessoa esté em estado de repouso, esté sentada com. olhos fechados, ndo est {tensa ¢ a sua atengio nao esté concentrada em alguma coisa, Mas basta que a pessoa que se encontra neste estado receba alguma tarefa (por exemplo, seja incumbida de resolver um problema aritmético), a curva biocorrentes muda imediatamente acusando ves ondas muito mais frequentes. zd descoberta de correntes.eléctricas que surgem cérebro e que podem ser gravadas com ajuda de sl cadores em forma de electroencefalograma, teve uma grande importancia tanto para os fisiélogos e médicos como Para 0s psicélogos. Os electroencefalogramas per- ‘mitem seguir a varia¢do da actividade do cérebro e com- Parar estas variagdes com os processos psiquicos. E em. ae Savatio das biocorrentes mostre apenas @ activ —— 0s mecanismus cerebrais dos processos psi ica geral do cérebro, mas nio feslas pesquisas so m importantes. & ambém no futuro elas fap ee ea sobre o cérebro ¢ o psiquismo. Nao po " soubor ; gue tanta alenglo seja dedicada a0 estudo das biocorrentes we binis das pessoas que se encontram em diversas condigdes de actividade, em particular, nas condigdes tao complexas como um vo césmico. A gravagdo das biocorrentes do cérebro dum cosmonauta é o indice das sistema nervoso central, OreartSlNde gravapdo uas biocorrentes perinite fazer dade biofisi ‘© conteido do homem tém. muito em comum com os mecai iquismo dos animais. O cardcter geral da estrutura e do funcionamento do sistema nervoso € o mesmo em todos os ro dos animais é ologia, Mas ndo se pode que as difer: ica do homem e do animal tm um cardcter nao s6 0 (que € bastante evidente) mas também rengas surgiram duma forma na- do trabalho — um poderoso factor material que transformou todas as estruturas e fungdes do organismo humano. Mudou~tambénito~érgio” do- Psiquismo, o cérebro. As suas difere: comparagao com o cérebro dos ani claramente aquando do estudo dos m ces805 cognitives superiores, em primeiro lugar, o pensa- mento, Estes processos nao se localizam num certo lugar do cérebro & semelhanga dos processos de de percepedo. Uma pessoa que sof occipital do cértex cerebral, perde sages visuais, A 05. processos cog; uperiores diferente, Neste caso, as fungdes do sector lesado passam a Ser desempenhadas por um outro sector. A grande plasticidade e a capacidade miitua dos sectores de se Digitalizada com CamScanner Substituirem uns aes outros \j0 trabalh © fonadores. as elementares da conduta mas supe~ 0, 9 doentes com lesio dos lébulos a visio, a fala e a capacidade de resolver um problema aritméi FO seu enun iores. Por exempl frontais conservam ‘escrever mas a etc. Numerosos ue a leséo dos lébulos frontais iGo das capacidades intelectuais, Pessoal do homem e no seu ca. le antes de adoecer eram pessoas tornam-se descontroladas, irasci acarreta, a par da di Perturbacdes na esters Ticter. Os enfermos qu Melicadas e equilibradas eis © grosseiras, YA Foi estabelecido que as fu "atin Sim: deseonse (aes esquerdo ¢ direito. Ambos feceber e de transformar a informaydo tanto em forma ie imagens como em forma de palavras. Exise, poréms a assimetria funcional do cérebro, ito €, diversos grauk A isférios esquer- ntre os hemisféri hemisférios sio capazes de de manifestagao de varias fungdes nos he A Fungo do nemistério esquerdo é a leitura a informacio que vem em fornia de sinais (palavras, simbolos, numa fos, etc.). O hemisfério esquerdo assegura de especulagies légicas, sem as quais € impostivel o racy coerente. O distarbio na actividade do hemisté ssquerdo acarreta, -via de regra, a pei (surgimento de afasias), impede a possi ‘engao de contactos normais Jo tecido nervoso, produz = 0 cdlculo e, de um modo geral, toda lade de manu- ‘0 caso de leso profunda 8 F em e forma-se metria funcional é inerente apenas ao home ae sae en a a paigasedode fe pode formar o predominio relative do funcionamento do hemistério direito ou exquerdo, 0 que influen eristi olégico-individu: — 1 O cérebro € um sistema complexo de érgfos, cuja * ctividade condiciona o psiquismo dos animais Superiores e do homem. O conteddo do psiquismo € determina elo mundo exterior com que 0 ser vivo esté em contacto. Para o cérebro humano, © mundo externo nao é apenas um meio biolégico’ (como o € para o cérebro dum ani- mal) mas, sim, um mundo de fendmenos e de objectos criados pelos homens no processo da sua historia social. No fundo da cultura que se forma historicamente estZo as raizes de desenvolvimento psicol6gico de cada individuo concreto desde 0s primeiros passos da sua vi | Elementos psiquico ¢ fisiolégico-nervoso no funciona- mento do cérebro. A questo de.correlacio dos processos psiquicos e fisiolégico-nervosos € bastante “complexa. No processo da sua anélise podem ser esclarecidas algumas cteristicas substanciais da esp. lade do elemento do elemento fisiolégico-nervoso. Se esta especificidade ndo existisse, a psicologia ndo teria di- reito de se considerar uma esfera auténoma de conheci- mento e teria de se identificar com a fisiologia do sistema nervoso. As dificuldades de esclarecimento da especificidade do elemento psiquico consistem em que eribora as pro- Priedades psiquicas pressuponham a actividade fisiolégico- snervosa do homem e sejam o seu resultado, estes pro- cessos fisiolégico-nervosos ndo esto representados, de facto, no fenémeno psiquico ou estdo “camuflados” de alguma maneira neste fenmeno. C3 processos psiquicos encerram as caracteristicas dos objectos exteriores (for- ma, tamanho, interaccao dos objectos) e nao dos processos Mernos, por meio dos quais este trago especi- fico do elemento psiquico, isto & 0 reflexo, a represen tacdo do mundo externo nos estados do sistema corpéreo, surge ¢ é revelado. © estudo da esp bastante difi estavam representados no contetido e na estrutura do Psiquismo € 0s pesquisadores no conseguiam, por causa Digitalizada com CamScanner disso, capté-los. fenémenos psiquicos como oo Eee ga sua esséncia, “incorpéreos” ¢ imateriais, jtavam-se intensamente deste facto ‘doutrinas sobre a existéncia duma alma especial. Eis porque 2 2: a fentemente materialista em relaco icos resultava, aS vezes, num out (¢Ho dos elementos psiquico € ‘de substituir a psicologia pel fo cardcter erréneo desta tent: 0 que mostra o papel \ismo no acto reflexo. do homem jor diversos © mais smo inerente 20 homem forma a consciéncia’ ia é forma suprema, Iitegrante, do, psiauisma,_um resultado das condisdes ist6 "pao do homem_no process soci-historicas da forma See vidade Taboral através _do_contacto permanente (pormeio di linguagem). com oulras pessoas. Neste wa Consciéncia nao é outra coisa sendo a ¢: nome: a conscién 0 conjunto de conheciment. Portanto, a_estrutura -da_con: importantes p-ocessos cognitivos, homem enriquece permanentemente S Mek categor a destes procéssos inclui as sensagdes © as pertepeées, a meméria, a imaginacdo e 0 raciocinio. Gracas a sensacaes e percepeaes, no processo de reflexo directo dos excitantes que influenciam 0 cérebro, na Consciéncia forma-se o quadro sensorial do mundo — tal qual ele se apresenta a0 homem no presente momento. ‘A meméria permite renovar na consciéncia as imagens © Uma explicagio detathada sobre o surgimento ¢ desenv’ a conseigncia encontra-se no capitulo 3. Joba _os por meio, dos quais © ‘0s seus conhecimen- jolvimento 30 construir modelos figurados ssado; a imayinag ‘que € objecto das presente momento. O das tarefas através da utilizagao tizados. A perturbagao ou distirbio, sem falar da d de qualquer um dos processos c icados acarreta inevitavelmente a deformagao da consciéncia. ‘A segunda caracteristica da conscié! fixa nela, entre 0 sujeito ¢ 0 objecto, isto “ego” do entre aquilo mem, O ho- do mundo mem, que ira vez 0 organico se dist cireundante, cor vivo capaz de efectuar @ autor a auto-avaliagdo conscienciosa dos seu: prio em geral. A separagao do “ego” do Irajecto que qualquer pessoa percorre na infancia, realiza- se no processo de formagao da aufoconsciéncia do homem, da acti homem. A fungio da consciéncia engloba a formasao jade; no decurso deste processo \dos 0s seus motivos, tomam-st bs objectives, qualy) orientagao desta actividade € considerada como distirbio da consciéncia. E, finalmente, a quarta caracteris incorporagao nesta-duma certa da pessoa humana entra i abrangem também o homem. Na consciéncia do homem das relagdes ida a compreender ia normal. No caso de algumas enfermidades mentais, a perturbagio da .con- 31 Digitalizada com CamScanner et a amor, fala com fi Uma premissa obs de todas as propriedades ai ° proxi ia na formagao e mani A nogio da “cor na psiquiatria e em outras j tesponde a caract + das. Note-se que os ras que enfrentam permanen- temente com o problema de existéncia, de conservagao ‘ou de perturbacao da conscigncia do doente, interpretam a consciéncia como pos s, encerradas no psiquis- mo da pessoa dada, de se dar conta do lugar, do tempo, do estado e do modo de acg ‘A pessoa, cuja eonsciéncia Jo que 0 cérebro destaca-se prépria do meio ambiente, conserva o sistema existente ‘de relagdes com outras pessoas e para com 0 ambiente fem que actua € com base em todos estes dados orienta ‘a sua-tonduta. produto social is no possuem consi iquismo € constituido pelo /e 6 conjunto de processos, actos_ O inconsciente continua (ai se compreende que a nogao 70 é mais ampla do que as nogdes da “conscién~ i ‘mas representa uma forma tal de reflexo da realidade em que se perde a plenitude da Sten mo fempo no loa deseo « Sv Fear ee eoeeino inconscente €impessvel con tala devidemen or mposivel a avaliagdo do seu rest ne ‘esfera do inconsciente engloba os consciente € uma manifesta- humana como a con- le de examinar 0 problem: 10. Apenas a compreenséo de como o reflexo psiquico surgiu, se desenvolveu € transformou em diversas fases da sua ev de como estabelecer as es leis co psiquismo e revelar 0s factos psicol importantes. Digitalizada com CamScanner ESTADO, ESTRUTURA E METODOS DA PSICOLOGIA MODERNA marxista-leninista SE 16gica da psicologia cientifica Ea base metodo! jcologia pertence a0 niimero das ciéncias em que se cue clatamente a importéncia da atitude floss SSrrecta em relacdo a elaboracéo ndo sé dos problemas feoricos gerais mas também das questdes concretas da cognigdo da personalidade humana e das relagdes entre 6s individuos. A psicologia abrange num dos seus aspectos era das ciét cias naturais (zoopsicologia, psicofisi etc.) , por isso, oferece as de utilizagdo das leis do materi ‘Ao enumerar as esferas de conhecimento de que se forma a teoria marxista da cogni¢ao, V.I. Lénine indica, entre outras, i , 10 sentido rigoraso desta palavra: a ia de desenvolvimento electual dos animais, V.I. Lénine aponta mais uma iéncia, a quarta, que esta ligada estreitamente a estas psicologia que correspondem a esferas do conhecimento, destacados por V.I. Lénine, torna absolutamente evidente lo XX verifica-se 0 processo de apartacdo da psicologia da filosofia idealista e metafisica, Natural- mente, a psi ia no se isola de qualquer filosofia. A base da psicologia cientifica da actualidade é constituida Por concepedes cientificas da filosofia, pela éptica Gialéctico-materialista em relagao ao psiquis Propriedade de cérebro de reflectir a real lade objectiva, 34 ia da cognicéo A filosofia e 0 seu componente, a teoria gnis: (ou gnosiologia), resolve a questo da atitude do psi- quismo para com o mundo circundante € interpreta © psiquismo como reflexdo do mundo ressaltando que a matéria é primédria, enquanto que a consciéncia é secundaria. A psicologia esclarece o papel que o psiquismo desempenha na actividade do homem e no seu desenvol- esgotavel para a elaboragao da teoria da psicologia cientifica sdo as obras filoséficas dos cléssicos do marxismo-leninismo (obras de Marx, Engels e Lé ne). As bases da teoria psicolégica nao forain expostas numa forma pronta nas obras dos classicos da filosofia marxista-leninista. Foi preciso um grande trabalho criador encontrar 0 fundamento tedrico de edificagao da ciéncia psicolégica, foi preciso 0 estudo aprofundado da heranca riquissima do marxismo e, a0 mesmo tempo, a pondera¢do das maiores dificuldades € tarefas que’a psicologia enfrenta na via do seu desen- volvimento e que nao podem ser superadas e resolvidas sem uma bissola filoséfica certa. A psicologia soviética destacou nas obras de K. Marx trés ideias filosdficas que tiveram uma importancia excepcional para a $40 dos principios fundamentais do estudo psicolégico {para a compreensio da conseiéncia humana. + Aesséncia da consciéncia é a segui ién- “ha humane ade pre SoS oS ln festada através do seu reflexo ideal, 0 que se realiza na eralica por_meio_de_linguagem. Este reflexo ideal en- Contra-se entre a situagdo que existe rea © a acgdo or meio da qual se realiza a alleragdo desta situagdo direuedsenaa,mais amplo, a alterasdo geral do. mundo ias ‘i mmediato da eonseigncia pertensemne soon 9gotaeier da psicologia cientifica e contr Principio, as doutrinas psicolégi vas) que estabelecem 0 cardcier (tem i © dos produtos desta actividade, 722, A actividade do homem (tanto pritica, como teori- Digitalizada com CamScanner o Jo pela ac desenvolvimento de Iho, © produto do traba outro. Se 0 produto de rr dade humana, esis scr na integra pelo seu ot Mem, equanto i ureza e; decorre em poucas que do acesso aos deleites huma- Fiais, Nao s6 o os chamai ais, os sentimentos prai ) Surgem 56 gragas & natureza ta forma que a prépria sociedade produz 0 homtem como homem, 0 homem tam- bém produz a sociedad. Desta forma, 0 relagio entre o natur: dos dotes humanos é mais um resultado do que a causa da divisdo do trabalho tendo, porém, ressaltado: “A diferenga 36 I entre um carregador e um .ilésofo € menor do ¢ um galgo. O abismo entre batho. As capacidades huma- rnas surgem com base nas particularidades naturais mas de Engels sobre 0 ps tiveram uma importan: do desenvolvimento hi e das diferengas de e dos animais, F, Engels desenvolve a seguir as ideias de Marx sobre o cardcter histérico da psicolo; € analisa as necessidades como forte de ac de sobre o pensamento do homem. s de Lénine permitem compreender de desen- Ja em 1894, Vil, Lénine publicou a obra Quem ymigos do Povo” e como Eles Lutam Contra os mocratas? desmascarando o modo tipico para este periodo de criagdo de diversas teorias e sistemas baseados em considerag&es dogr demonstrou claramente que semel is ja devido aos métodos fundamentais que zam e devido ao seu cardcter total e irremediavelmente 0. Vil. Lénine abrangeu na sua caracteri a esfera de pesquisas fi icas que se outorgava naquela época 0 di de se denoi i a € apontou o seu 7 Digitalizada com CamScanner ji ério dos factos. objectiva € a0 estudo sério dos ‘Com as suas jogos-met esereveram durante a vida int psi especulagdes posit uestbes Fo es aa‘ss “Amigos do Povo" e como Eles Lulam "Sociais-Democratas? ele proclamou a unidade da pratica. A sua ci a. 'No livro Quem Sao os “Amigos do Povo” ¢ como Eles Lutam Contra os Sociais-Democratas? foram deter minadas as tarefas da ciéncia psicolégica. Na obra leni 10 € nas suas obras jangada idas nos Cadernos Filoséficos fi posteriores incl a base da teoria do reflexo que constitui o fundamento filosifico da psicologia dialéctico-materialista. A teoria do reflexo determinou que os mais importantes problemas psicologicos e gnosiolégicos, em primeiro lugar, os proble- mas da substancia do psiquico e da relagao entre o psi- 10 € 0 cérebro, de relagdes entre o reflexo eo reflecti- do, da relagao entre o subjectivo e o objectivo, entre a sen- sago € 0 pensamento e muitos outros podem ser basica~ mente resolvidos. As obras de V.I. Lénine oferecem, na realidade, um quadr> pronto e integro da actividade psiquica do homem, tido como actividade do seu cérebro. Entre as mais importantes teses a: as pelos psi- célogos através do estudo das obras leninistas pode-se mencionar as seguintes que se tornaram fundamentos tedricos da elaboragdo da psicologia dialéctico-materia- lista cientifica e, em primeiro lugar, dos processos de cognigio, _ AS sensagdes que so, da mesma forma que toda a con- sciéneia humana, um produto da matéria organizada duma ‘mani so a fonte basica da cognigdo humana, 38 V.I. Lénine escreveu que ndo se pode obler nenhum conhecimento sobre quaisquer formas da matéria e do movimento seno através das sensagées. Ele combateu ftando que as sensacdes reflectem sujeito que a cor cognigd0 da realidade pelo homem. Um degrau mais alto do reflexo da realidade € a for- magao do raciocinio sob a forma de noo; a passagem da sensagdo para a nocdo tem o cardcier dum salto dialéctico, é uma “ruptura da con Ao rizar os movimentos e as transformagdes mituas das nogdes, Lénine ressaltava que as nosdes humanas nao so iméveis mas que se movem permanentemente, trans- formando-se umas nas outras. ‘A penetragao no essencial da natureza das coisas pode ser efectuada no processo de imaginagao criadora ou fan- tasia, V.L. Lénine qualificava a fantasia como ‘mesmo a descoberta € integral ‘seria impossi Nao foi por acaso que Lénine qu: sia como uma qualidade “excepcionalmente "Esta éptica da fantasia como um elemento indispensavel da criagéo orienta o pensamento do psicélo- 0 para a cuidadosa anélise do método de resolucao do problema. A teoria do reflexo, formulada por V.1. Lé ta de numerosos estudos dos processos de cog- nsorial (sensagdes, percepgdes, mem: inio (formacao das nocdes, andlise e lade_mental), da fantasia, como componentes da actividade criadora, 0 que teve ampla difusio nas obras dos psicélogos sov experimental da ac se os problemas teéricos da cigncia psi A interpretagdo gnosiolégica correcta da essé quismo, tido como um proceso de reflexo, que & le . uma Propriedade do cérebro, passa a ser uma base solida para 4 luta contra o idealismo que aparta o psiquismo da matéria, 39 Digitalizada com CamScanner 0 ' BOF sua vez, os prin larecendlo como se 0 « sfo uma rice fonte do pensa- ». Os pricbloges recorrem permanentemente 8 estes obres vendo nelas ume biscala ceria da 6ptica mesodologica em selagko aos problemas mais complexos, 1.2.2, Psicologia moderna € 0 sex suger no sistema das ciéncias No século XX, 2 pricologia ingremos ns fase de crise $0 dos fundementos cientifices cos seus problemas mais importantes. Hoje em dia, 2 pricclogis tem 0 sex prépric objecio de estudo, 25 suas tarefas especificas € at seus todos especiais de pesquisa: Eapte duma rede de inmti- Psicologia e ciéncias naturais. Para a transformacio da Psicologia em eigncia auténoma contribuiu a sua alianga cada vez mais sélida com as ciéncias naturais sut ainda na segunda metade do século XIX. P¢ ro de LLM. Setchenov Reflexos do demonstrado que os fenémenos psi- quices séo tio naturais como todas as demais funcdes, do organismo humano, que eles no podem d motivo de existéncia © sio um resultado da a go sslema nervoso, A teoria do reflexo de de TPP psicolégica pelas * Gustay Theodor Fechner (1801-1887), fsico e psicélogo alemio, 4 Digitalizada com CamScanner 10 estudo aprofundado dos mecanismos neurofi- iaetividade cerebral efectuado por cientistas Portanto, os éxitos 10 estudo do siste- we tomplexo de mecanismos fisioldyicos da actividade ‘atguiea foram um resuliado concreto do contacto entre Pinicologia « as ciéncias naturals mais avangadas. Tico eSimulo enorme para a elaboragao dos problemas fundamentais da psicologia moderna foram Tacionistas do grande naturalista Ch. Darwin (180: UNfostas no liveo Da Origem das Expécies por Via da Sriccodo Netural ou Conservacdo das Ragas mais Favore- Sidi ‘na Luta pela Vida (1859), Estas ideias perm ciaisrecer o papel do psiquismo no processo de adapt Gearseres vivas variagao das condiges do meio ambiente qesmpreender como as formas superiores da actividade fale tem a sua arigem em formas inferiores, mais Frimitivas. Darwin conseguiu com a ideia de evolucdo Pe odo o ser vivo explicar a origem dos instintos dos Sgimais tendo demonstrado que os mesmos factores fundamentais de que depende, no processo de desenvol- vimento bioldgico, a variagdo da estrutura do corpo e dos Jeus diversos 6rgdos (ou seja, 0 efeito da selecgao natural), fo forsas motrizes do desenvolvimento psiquico na filo- gracas a siologicos da de muitos paises. jas de Darwin sobre a evolugio do psiquismo is foram desenvolvidas nas obras de muitos ieiro lugar, A.V. Severtsov alisar certas formas de vista cientistas soviéticos, em prim e V.A. Vagner, 0 que permitiu. an da actividade psiquica dos animais sob 0 ponto da sua origem. Como demonstrou A.N. Severtsov, fugdo das adaptagdes por meio da variagdo da coi do animal sem alteracao da sua organizacao seguin vias divergentes principais e alcangou o seu cume ni tipos do reino animal. No tipo de articulados evoluciona- ram progressivamente as variagdes hereditdrias da con- duta (os instintos) e os representantes mais altos desta ‘elaborar acces instintivas espécie, 0s insectos, chegaram a adaptadas a todos os porme- mais complexas e perfeitas, nores do seu modo de vida, Mas este aparelho complexo e perfeito da actividade instintiva, ao mesmo tempo, permanece estagnado: o animal ndo pode adaptar-se as variagdes répidas do meio. A evolugdo dos cordados seguiu uma outra via: a actividade instintiva nao chegou a evo- nduta duas dois a 4 atingir um nivel muito alto, em compensagao a adapta- 80 por meio da variagao individual da conduta passow a desenvolver-se duma forma progressiva ¢ aumentou muito a plasticidade ‘do organismo. Acima da adap lidade hereditaria surgiu a superstrutura de variagdo individual de conduta. Portanto, a doutrina evolucionista permite explicar origem tanto das formas instintivas de conduta, progra- madas hereditariamente, como das formas adquiridas du- rante a vida, em resullado da formagdo de sistemas a par com- apéndice_inerte ‘como 0 afirmam posigdes contra- dum mundo ‘os na qualidade dum Preender q (epifenémeno) dos processos fisioldgicos gos que adopt rias ao materialismo complexo de fendinenos epifenémeno dos processos fisioligicos que ndo desem- Penha nenhum papel na vida € na actividade do homem seria evidentemente contréria aos principios ¢ as leis da evolugao (é sabido que a selecrao natural que ¢ desnecessario ao ser vivo, tudo que ¢ inactive © inatil) Para esclarecer papel desempenhado pelo psiquismo na conduta humana contribuiram muito as_pesquisas dos psiedlogos clinicos que tinham elaborado os funda- Psicologia utiliza os éxitos da cigncia psic Jiagnéstico e no tratamento de doengas, na resolugdo das questdes relacionadas ao restabelecimento da saide © 4 profilaxia das doengas. Por un lado a evolugao duma doenga depende dos factores psiquicos (apatia, inquietude, cisma mérbida, etc.), por outro, a prépria doenga acarreta certos estados psiquicos especiais que podem diminuir, por exemplo, a eficiéncia da acgao terapéutica, Tudo isso torna necessiria a unificagao dos esforgos do médico € do psicélogo. Ao mesmo tempo, © estudo médico-psicolégico das perturbagies do psi quismo no caso de lesio de alguns sectores do cértex cerebral, por exemplo, dos lébulos temporais, proporciona novos dados para a compreensio das leis da percep¢io 43 Digitalizada com CamScanner i as nel Fda meméria, 9 cardcter dos ou da sua capaci mais i Um py te, uma base Evolucionista, ete.) V. meiro lugar, a-psical 8 etologia, a psicolog; & alguns outros sao, ai ifico. O século XX ca dita de desenvolvimento tipos de transporte ci Tudo isso apresenta exig homem que lida com a moderna, nos. transp adquicido Yo chamad er e do temiperamento, rapidez de reacgio, etc. Por exemplo, nas condigdes de tensdo psiqui rvosa devida a necessidade de tomar decisées responsaveis em prazos minimos (estas situagdes a 1s supersénica moderna, de fornecimento de energi resultam muito im- ides is que permitem efectuar esta actividade sem grandes erros e falhas. ss acarreta acidentes. A neces- 44 empenha na resolugio do problema “homem — maquina (Eesta a denominacao concisa das questées de interac- gio entre o homem e a maquinaria), assim como a psico- Togia do trabalho em geral esté em contacto mais estreito ‘os mais diversos tipos da tecnologia, resolve questées de interacgao entre o homem e os computadores electr- Psicologia e pedagogia. O progresso técnico-cienti € um factor de desenvolvimento da ciéncia psicologica que contribui para a libertar dos conceivos metafisicos ivos. Hoje em dia, precisamente o progresso ico-cientifico tornou especialmente evidente a ligagdo estreita entre a psicologia e a pedagogia. Esta ligagao ja, naturalmente, sempre € 0s psicdlogos pedagogos mais avangados sempre se deram conta disso. O destacado pedagogo russo K.D. Uchinski (1824-1870) frisava que a cigncia mais importante para a pedagogia é a psicologia. Para proporcionar uma educa¢ao multilateral a uma pes- soa, dizia K.D. Uchinski, € preciso estudar todos os aspectos da sua personalidade. Na actual etapa, a ligagdo entre a psicologia e a pe- dagogia tem adquirido um cardcter especial. Na realidade, durante varios anos estas ligagdes eram em grande parte uma adaptagao externa da psicologia & pedagogia existen- tee uma forma de registo externo pelo pedagogia dos “dados prontos” fornecidos pela psicolog:a. Por exemplo, afirmava-se amitide que a tarefa da psicologia consisti em “fundamentar psicologicamente” os meios € as teses Jé existentes © confirmados da pedagogia, em melhorar © aperfeigod-los; a pedagogia partia frequentemente de certas “formulas psicoldgicas", interpretadas, na reali- dade, duma forma dogmatica (afirmava-se, por exemplo, que um aluno dos primeiros anos da escola seria incapaz de raciocinar duma forma abstracta e que 0 seu pensa- mento seria Gnica e exclusivamente concreto).. Actualmente as tarefas da evolucao geral da persona- lidade nas condigdes duma consideravel aceleragao do Progresso técnico-cientifico e os éxitos jé alcancados no desenvolvimento das pesquisas psicolégicas concretas per- mitem interpretar duma maneira nova as: possibilidades da psicologia e a sua participagao no processo de instrugao ¢ de educacao dos alunos. Os psicélogos progressistas formulam tarefas que a ciéncia psicolgica enfrenta 45 Digitalizada com CamScanner ¢ de cuja solugdo depende a resolugao dos mais impor- lantes problemas pedagégicos. ‘A primeira tarefa pressupi de estudos psicoldgicos que vise nem tanto fundamentar © que jé esta pronto e estabelecido (contetido, métodos ¢ meios de ensino e de educagdo), mas ultrapassar a prd- ica pedagogica estabelecida, abrir para ela novas vias e assegurar uma vasta busca do novo para o ensino e educagao. ‘A segunda tarefa, Se uma tal organizacao que provém da primeira, € condi- cionada pelas exigésIcias apresentadas @ pedagogia pelo progresso.técnico-cientifico, O volume da_informagao, ji io é obrigatéria, cresce muito depressa. fo que a informagdo se torna rapidamente Gesactualizada e que necessita de renovagdo. Isto torna Gvidente que o ensino orientado, sobretudo, pela recorda~ gio e conservacdo do material na mem: fazer apenas em parte as exigéncias modernas. No pi neiro plano apreseiiia-se 0 problema de formacao das ‘qualidades do pensamento que permitam a0 aluno a fr independentemente a informago que acusa a ten~ déncia permanente de se renovar e de desenvolver facul- Gades que se conservem mesmo depois da conclusio da instruszo proporcionando ao homem a possibilidade de do sé atrasar em relago ao progresso técnico-cintifico. 0 desenvolvimento intenso do sistema de instrucao coloca perante a psicologia muitas tarefas actuais: determinar as {eis gerais de desenvolvimento do psiquismo na ontogenia; dar a caracterstica psicoldgica da actividade ¢ da indi- vidualidade em cada eta esclarecer os mecanis- mos psicolégicos de assimilagdo pelo homem da experién- jualidade revelando a interligagéo entre jento psiquico do home! lades ete formagdo da ensino e de educé a educagdo ¢ 0 desenvolvi estudar a correlagéo ent e individuais dos homens; estabelecer as zicas dos desvios no vlesenvolvimento psiquico de diversas pessoas em relacdo ao desenrolar geral da evolugdo € elaborar métodos de diagnéstico destes desvios. ‘Ao resolver as tarefas gerais, acima indicadas, e ta- refas particulares relacionadas com elas, a psicologia 46 12 em contacto estreito com a pedagogia. Varies ramos concretos da psicologia empenhados na Tesolugdo destas tarefas (a psicologia pedagogica ¢ a psi Cologia etdria, em primeiro lugar) interactuam com diversas partes da pedagogi eme- tédica da educagdo comunista, com a diddctica, com es de ensino de diversas matérias geogratia, el Nas escolas soviéticas.comeso escala de computadores electrénicos, 0 q moderna trabalhi introdugdo em ampla jue coloca perante psicologicamente fo dos respectivos os alunos para a sua ul habits ¢ 0 dominio do lugar da psicologia no sistema das ciéncias. acabamos de dizer torna evidente que a psicolo} med Tudo 0 que ia moder- dade em relagdo a estas cié de varios ramos em que ela actua jun delas no a destitui de forma alguma da sua autonomia. ‘A psicologia conserva em todos vs ramos o sew proprio object de estudo, os seus principios tedricos e as suas proprias vias de estudo desta matéria, A multivariedade dos problemas psiculigicos, que sio tdo importantes niio 56 para a psicologia mas também para as suas afins, reside no facto do centro das atengdes dos psicdlogos ser sempre 0 homem, 0 principal protagonista do pro- gresso mundial. Todas as ciéncias e ramos do conheci- mento tém sentido € importincia apenas na me que servem ao homem, pois elas apetrecham-no, sio criadas por ele, surgem e desenvolvem-se como teoria € pratica humana. Todo 0 ulterior desenvolvimento dos conhecimentos psicoldgicos é tido como ampliagdo maxi- ma dos vinculos entre a psicologia © as ciéncias afins conservando a psicologia 0 seu objecto de estudo auté- nomo. da psicologia moderna Segundo ja dissemos, a interpretagdo dos ‘ retagao dos fenéimenos psiquicos e a atitude que se adopta em relacio a eles 47 Digitalizada com CamScanner eee dugdo em ampla ue coloca perante pcologicamente fs respectives ncas, Tudo 0 que picologia moder ine a exisencia ene com algunas restudo auld Tendimenos lagi a eles a “ae chogues entre at Pare de picologr a vids pelqtca ‘do objecto @ iexempio 4: Peron 5 que determinan du ecto da psienlogia moderna nos que surgi lado das observarses .-A'sua base incia como objecto tarefa da psicologia consiste em prognosi smo a resposta ou reacgdo (R) a um estimvlo (S), jeeido de antemo (uma replica, um um mecanismo passvo, pode possuir ou no 0 ie 2 infludneias a que 0 sub- “mas responde invariavel mando tudo que se enconira ese verifica entre a “entrada : fi) oa 8 om a ajuda do metodo de “provas e de erros” que se “seleegdo cega” dor mov mentor feitos ie examinar desta mancirs inimerse (es, 0 animal enconira uma que garante 3 conse 145 seu objective. Esta conciusio for transterida steulo XX a. psicundlize designada {requentemente come freudismo (cm homenagem a0 paiquisira e pcologo uma eriatura anti-social. A conduta do homem est subordinada a dois principios. “principit do. prazer” é sobretudo, 5 manifestagSes da atracqi0 pio da reaidade” (a necesidade devida edade de. cecalear az atracyoet sexuais como vergonliosas € probe as). O choque entre (0 “principio do prazer" 0 “principio 42 realidade™ faz €om que as “atracgbes nlo satsfeitas” jam entre as exigéncias apresentadas, por um que produzem proibigies que ele sente subjectivamente 0 Digitalizada com CamScanner desvios no processo de desenvolvimento do psiquismo, Siiagregagao do psiquismo sob a influéncia de formas da patologia cerebral; a psicologia oli ia da patologia do desenvolvimento ps causa dos defeites inatos do cérebro; a surdopsicolo- fia —psicologia de formagao das criancas que sofrem deficiéncias graves da at ou so, inclusive, total- mente surdas; a tiflopsi vimento das pessoas com compat - is e do homem e estabelece o cardcter e as causas ‘dum ramo relativamente novo da biologia e da psicologia, a etologia. dade e 0 individuo, veri uma série de ramos da conceito de psicologi . ; A psicologia social estuda os fendmenos psiquicos que surgem no processo Je interaceao das pessoas em diversos grupos sociair organizados e nao organizados. A estrutura da psicologia social engloba actualmente os trés circulos seguintes de problemas. Fendmenos sécio- ‘olégicos em grandes grupos (macromeio). ulo abrange os problemas de comunicagdo social (radio, televisdo, imprensa, etc.), 05 mecanismos ¢ 0 efeito da influéncia dos meios de com nicagao social sobre ides humanas, lei de propagacio da 1a ;, dos gostos ¢ dos ritos universalmente aceites, dos preconceitos, das tendén- cias sociais, problemas de psicologia das classes e das ages € a psicologia da religiao. 54 nudos grupos pequenos (1 os problemas de compat ges ent relacionamer ¢ dos.demais membros do gruj (associagdes, corporagdes, colec! ivos dos pequenos grupos, 0s graus e as causas de coesio dos grupos, problemas associados a percep¢o dum homem por outro dentro do grupo, valores ado} i tages nos grupos, etc, No caso da far € um grupo pequeno, entre os mais imp pode-se mencionar o dinamismo dere © 0s fi problema de conservagio do pres pessoas mais idosas, Manifestacaes icolégicas dé humana (psicologia social da personalidade). A indivi- dualidade humana € objecto da Tamo estuda 0 quanto a personalidade corresponde as esperangas sociais nos grandes € pequenos grupus, como cla admite a influéncia destes grupos, de que maneira imila os valores adoptados por grupos como orienta- $9es, qual a dependéncia entre a avaliagao pela person: dade de si mesma e a sua avaliagdo pelo grupo de esta personalidade faz parte, etc. A psicologia social abrange os problemas relacionados ao estudo de ori do da personalidade, da sua auto-avaliagdo, do seu do geral, do respeito que nutre por si pi de da personalidade e da sua suscep\ 0s problemas do cole Bes entre 0s pais jigio das © ao seu dinamismo e as perspe: Certamente, os irés circulos cologia soci juntos. Apreser ide entre a personalidade © a sociedade e pelo das relagdes em que se determina a substincia da personalidade, O que acabamos de expor torna evi cologia moderna se caracteriza pelo proceso de diferen. ciagdo que engendra uma grande ramificagao dos ramos da psicologia, alguns dos quais estio, as vezes, bastante 3S Digitalizada com CamScanner nas Outras), embora o objecto geral Pesquisa seja o mesmo — os factos, a3 leis e os n 105 do psiquismo. A diferenciagio da psicologia € completatla pelo processo inverso de integragdo que : ro lugar, na jungdo da psicolo; {as cigncias afins (através da. psicologia com as cigncia as; através da psicologia pedagogi- | ca — com a pedagogia, etc.); em segundo lugar, dentro da prépria ciéncia de unir ramos que ai revelam-se pos ‘mente ndo estavam ‘0 ponto de vista da psicolo- serve de base para a aproxima re a psicologia social e a psico- if ntre os demais ramos da psico- logia. Nao se trata dum ramo da ciéncia psicolégica que | possa ser colocado em pé de igualdade com a psicologia pedagoy juridica, médica, mi geral por esta ‘os conceitos cientifieos fun te descrever est gerais € preciso das nos ramos, logia geral é € experimental. AS SW dos problemas de m: A psico- tarefas englobam a adologia e da gerais das sensai maginagdo, do pensamento € 0 temperamento, os motivos predominantes da conduta, tte, Os resultados dus. pesquisas nu esfera da psicologia geral conslituem o fundamento da evolugao de todos os ramos e partes da ciéncia psicolégica. ‘© presente livro € um curso de psicologia geral, isto é, proporciona uma nogao cientifica sobre os prin ios teoricos gerais ¢ os mais importantes métodos da icologi ‘os conceitos cientificos funda- sles conceitos, 05 ipertantes leis da comodo, estas autores trataram de mostrar as mais Psicologia. Para tornar 0 estudo m: hogdes foram unidas em trés categorias fundaments processos psiquicos, estados psiquicos, propriedades psi- quicas ou particularidades da personalidade. ‘A categoria de processos psiqt icos engloba normal- mente os processos. cognilivos: sensages e percepgoes como reflexo dos objectos e dos irritantes que influenciam directamente 0s drgaos dos sentidos; memédria como reflexo renovado da realidade; imaginagao € pensamento como reflexo, sintetizado e transform: ‘iénci do homem, das propriedades da re para a cognicdo directa; processos voli das necessidades, o surgimento de motivos ou de estimulos de actuar duma determinada maneira, a tomada de deci- sOes ea sua execugdo); processos emocionais (surgi- mento dos sentimentos, 0 seu dinamismo em fungao da satisfagdo das necessidades, etc.). A categoria de extados psiquicos inclui manifestacdes dos sentimentos (humores, Extases); da atencdo (concentracao, distracio); da von- tade (certeza, incerteza); do pensamento (davida), etc. A categoria de propriedades psiquicas ou particularidades luo inelui as qualidades do sew intelecto, do seu pensamento, parti lades estaveis da sua esfera voliti- va fixas no seu cardcter, temperamento e aptiddes; ados e que surgem ovamente para actuar determinada maneira, propriedades dos sentimentos (arrebatamento, sentiment A divisio de todas as manifestacdes do psiquismo nas trés categorias acima mencionadas é muito conven- cional. 0 conceito do “processo psiquico” ressalta 0 dina- mismo do facto estabelecido pela psicologia, ressalta que ele tem o cardcter de um proceso. A ncgo do “estado psiquico” caracteriza 0 momento estdtico e a relativa ST Digitalizada com CamScanner Psiquica” ou da “propriedade psiquica” manifesta a estabilidade do facto psiquico, a sua fixagdo e repetivi- dade na estrutura da personalidade. O mesmo facto psiquico, por exemplo, 0 éxtase, isto é, o transporte emo- onal, impetuoso e curto, pode ser qualificado com pleno to tanto como um proceso psiquico (uma vez que exprime o dinamismo de desenvolvimento dos sentimentos revela as fases que se revezam), como estado psiquico (pois representa caracteristica da actividade psi durante um certo lapso de tempo) ou como manifestacao das particularidades psiquicas da pessoa (uma vez que ai se revelam certos tragos da personalidade, como, por exemplo, o arrebatamento, a disposi¢do a acessos de célera e 0 descomedimento). ‘mais correcta para a anilise das questdes funda- a psicologia geral & indicada pelo principio ex- posto acima que revela a estrutura de toda a psicologia moderna, isto é, 0 principio de evolucao da personalidade nos seus contactos € na actividade. Precisamente este principio deve ser adoptado como base para a exposi¢ao da psicologia geral. Ele coloca em primeiro plano o estudo da personalidade nos seus contactos e na actividade ea andlise das suas manifestagdes psiquicas mais impor- tantes; 0 exame das esferas cognitiva, emocional e volitiva rsonalidade e Ja actividade do homem. Tudo isso com a caracteristica das suas particularidades - iduais mais importantes (temperament, caracter, aptiddes). 1.2.4, Métodos de pesquisa da psicologia moderna _ Os métodos de pesquisa psicolégica dependem dos principios te6ricos fundamentais realizados pela psicologia € das tarefas concretas que ela resolve. __A base tedrica da psicologia marxista é o materialismo dialéctico e histérico e por isso, a sua éptica fundamental em relagdo as pesquisas psicoldgicas é determinada pelas exigéncias do método dialéctico. Este método pressupde © estudo do ubjecto em todas as suas relagdes e mani- 58 igar, 0 esclarecimento \ciais dos fenémenos tudado no desenvolvi- festagdes indirectas e, em primeiro das ligagdes e das relacies subst e das leis, o exame do objecto es! mento, a revelagdo das contradigdes, da unidade © da dos contrérios e a transformagao da quantidade qualidade. E preciso estudar os _métodos da psicolo 2 partir duma posigdo histérica. Sob este ponto de vista, (os métodos da psicologia sofrem variagées hist6ricas téo grandes como 0 proprio objecto desta ciéncia. O cardcter especial do objecto da pesquisa psicolégica nfo pode deixar de levar a ideia de que € preciso aplicar métodos especiais para 0 seu estudo. Cardcter objectivo dos métodos cientificos da psicologia. ‘A psicologia idealista podia propor um Gnico método por meio do qual ela procurava penetrar na “alma” do Fomem. Este método era a auto-observagdo (ou intro- isto é, visdo interna). Ga auto-observagdo como método pr: ais foi speceao, A escolha mente inico de estudo dos fends Condicionada pelo conceito de que a “alma” (0 psiquismo, S consciéncia) é um mundo interno especifico, fechado em si préprio, uma substancia espiritual especial (base priméria) que no esté ligada ao mundo exterior e que, por isso, ndo pode ser concebida de outra maneira senao Srravés da visio interna, Neste caso, a auto-observa¢ao gomo um método subjectivo contraposta duma forma especial aos métodos utilizados por outras ciéncias sociais @ naturais, Os psicélogos-idealistas afirmam que os fené- menos psiquicos podem ser conhecidos s6 através da auto- -observacio. ‘Note-se que a qualificagdo da auto-observago como Hhétodo tnico da psicologia é to iluséria como a afirma- Gao de que o objecto da psicologia é uma certa alma {naterial, cuja actividade estaria fora do ainbito das leis das ¢ naturais, Qs dados obtidos s6 através da auto- sobservacdo nao siocientificamente fidedignos mesmo quando esta auto-observacao € efectuada por psicdlogos especialmente preparados. Ainda mais longe da ciéncia estZo as tentativas de interpretar o psiquismo duma crianga pequena ou dum animal com base nos dados da auto-observagdo duma pessoa adulta e instruida. No entanto, alguns psiclogos-introspectivistas mais conse- quentes ja fieram semelhantes tentativas esforgando-se 59 Digitalizada com CamScanner fa se colocar a si préprio no lugar Jo © mesino cardcter que a consciénci de sua consci x al e depois recons! lo “animal com base nas propriedades Pe ee !ar © psiquicmo através do estudo das condicdes €m que surgiram os fenémenos psiquit agdes object | outra pessoa (por ex para fazer una do desenrolar do proceso de recordagao, nés an 65 resultados da reprodugao, tanto nos casos em que : se trata da mei ia, como da propria). E igualmente ia de que se pode conhecer as part | racter, aptiddes, qu: idades intelectuais, etc.) através da ‘mam, portanto, que a psicologia seus conhecimentos nao através ‘A interpretagio da essen juica reflexiva torna evidente o cardcter trospecedo. Uma pessoa que tenta dar "uma trospectiva em si propria ver os seus précesros para fora” vendo o mundo objectivo Teflectido no seu cérebro e nio o priprio cérebro com as suas propriedades psiquicas. Portanto, a introspec¢ao so, da mesma forma que a alma, de que logos-idealistas. ‘A negagao da auto-observagae como método especial de pesquisa directa do psiquismo nao significa que a auto- “observagio seja refutada totalmente. £ perfeitamente ad- vel a auto-observacio que assume a forma de rela- que uma pessoa vé, 0 ta auto-observacdo jos usando métodos Jénticos aos de que dispdem outras pessoas as esta auto-observagio nao pode ser specsao, pois representa um to de pesquisa. A anica diferenga entre esta observagio e a observagao comum o-observagdo € menos fidedigna a_possi erpretagdes subjectivas.. E, final- te, no se deve confundir a introspecgdo ‘com a psiquicos e qualidades préprias), pois por sua vez, um cardcter med Digitalizada com CamScanner 10s € das dedugdes a este respeito, a co Bebra (eso propria a espelo de si com as opines das outras pesos pjectivo © objectivo dos estudos na se mutuamente. A psicologia realmente tcomo base os métodos objectives do i G0 do facto 1m outro método. sae a conscie estudo do psiquismo € 2 cons. de que na cigncia nio pode existir nen! dos factos @.a seguinte: 0 fendmeno psig ‘como um processo e.0 pesquisador pr todas os momentos do seu desenvolvi todos oreender como eles se revezain ¢ faz uma i Se apreseniar o facto psiquico estudado na sua bi concreta. 10s de aplicacio do principio genético nos estudos psicolagices podem ser encontrados nas obras de LS. Vi- igotski. E precisamente este o cardcter do seu estudo da thamada ““linguagem egocéntrica da crianga” — lin- guagem peculiar das criangas pequenas que no serve para o contacto, nem altera a conduta da crianga mas Spenas acompanha a sua actividade ¢ emogdes. guagem egocéntrica ¢ a fala da crianca pequena si prépria. A medida que a crianca cresce, esta lingua- gem torna-se cada vez mais incompreensivel para as de- mais pessoas e a sua quota nas reacgdes fonadoras das criangas (“coeficiente da linguagem egocéntrica”) di- nna fase inicial da idade escolar para 2ero. Alguns gos (em particular 0 destacado psicédlogo suigo |. Piaget) consideravam que a linguagem egocéntrica sim- plesmente se atrofia ou desaparece em vésperas da idade tsk: encarou este problema duma ma- fente. Ele fez a suposigdo com base no principio genético que a linguagem egocéntrica ndo desaparece mas passa para o plano interno, tornando-se linguagem interna que desempenha um importante papel no governo ca.conduta do homem. Portanto, as mais it particularidades da linguagem interna (que ificil de estudar experimentalmente) podiam ser compreendidas geneticamente, mediante a andlise 62 do desenvolvimento e da variagdo da linguagem egocén- o& pesquisa teve uma grande nna qualidade do chamado mét da personalidade da criangu. Com a ajuda deste método, © desenvolvimento psiquico € revelado ndo por meio de fases (isto é, caracteristicas de diversas etapas etérias da evolugéo ¢ da sua comparacdo entre si), mas por anos, da perso- {embora isso seja perfeitamente ia) deve ser ressaltada a parte, pois a iu, por razdes que foram caracterizadas anteriormente, a observa¢do 4 auto-obser- vagdo (introspecgo) e negou a experiéncia um papel mais ou menos importante nas pesquisas psicolégicas, especialmente quando se trata do estudo dos processos psiquicos superiores. ‘A observacdo t quando nao se ré observagdo nio se reduz ao mero registo dos factos mas engloba a explicagao cientifica das causas destes factos psicolégicos. As chamadas observugdes do dia-a-dia restringem-se ao registo dos factos através dos quais a pes- soa procura as apalpadelas as causas de e acgdes. As observacdes do observagdes cientificas em pri ricter casual e desorganizado preciso. As observacoes deste tipo raramente permitem levar em conta todas as condigdes importantes que influenciam 0 surgimento dum facto psiquico e a sua realizagio, Porém as observagdes do dia-a-dia sio 63 Digitalizada com CamScanner como resultado 0 oldgica. Inmeras obser- io acumuladas nos ic ia dum plano pre assim ina assim como a fixagio de resultados eblidos num dria Um tipo de observagio ‘produtos gto é prépria tilise_psic lade. Neste caso, como que se estuda idade mas apenas 0 seu produt quistou 0 seu lugar na cem anos e represe conhecimentos psi eorias. ‘Ao contrério da observag: quisador na acti "Por exemplo, o pesa psicolégico pode revelar-se claramente, pode ser modi “tado de acordo coin o seu desejo ou repetido varias vezes para que a sua andlise seja mais pormenorizada. as experiéncias de laboratério séo organizadas maneira a modelar certos estados psi- idade que a pessoa executa nas condi- des habituais (por exemplo, numa experiéncia podem ser modeladas situagdes de grande tensdo emccional durante as quais a pessoa submetida a ex de carreira por exemplo — deve tomar decisées conscien- tes, executar movimentos complexos que exigem um alto grau de coordenacdo, reagir as indicagdes dos instrumen- tos, etc.). Uma experiéncia natural (que foi proposta pela pri- meira vez pelo psicélogo russo A.F. Lazurski em 1910) deve excluir a tensdo que a pessoa submetida a experiéncia sente por causa disso e transferir a experiéncia para um ambiente natural habitual (uma aul, uma palestra, um jogo, a execucao de tarefas em casa, etc.). Um exempla da experiéncia natural ¢ 0 esto da dependéncia 4a produtivdade da recordagao em fung3o da orientagso pela longa ‘na memoria. Um grupo de alunos 2pren- k-O profeswor ava que a. chamada.ser3 Um ouiro grupo aprende o mesmo material aque a chamada serd Teta deniro de oma 8 alunos de ambos os grupos tiveramy de fesponder b chamada Gust semanas depos. Lat experancis fentes 25 vantagens da srientagSo pela conserva- $40 do material na meméria por um longo periods. 65 Digitalizada com CamScanner ’ sio muito conven- do abso- categori ratério ¢ experiéncia natural labo ‘endo devem ser elevadas 4 cionais luto. ., {ute ag psice'Sgicns. Os métodos de que faldmos aré agora “Testes idos de pesquisa que permitem ao cientista esiabe- ao sefos importantes para a cognieso cientificay isto & nela de diversas leis e revelar 0 meca~ descobrir a existé desc0pr to dos fenémenos psiquices, Por outras. pac seo objecto das pesquisas realizadas com 2 ajuda lavas Mérodos coincide com 0 objecto da psicologia como ciéncia. oe no cgrodos psicblégicos podem ser utilizados no s6 parana pesquisa mas também para os feses. Neste dltimo para @ Rarefa ndo consiste em obter alguns dados novos cas gam necessdrios para o ulterior aprofundamento dos i em esclarecer 0 quan- conhecimentos cientificos mas, cero cea jualidades psicol6gicas da pessoa submetida & expe- Hiéncia correspondem as normas € padroes revelados rieneformente, Os métodos por meio dos quais um psicélo- go tenta estabelecer certas qualidades psicologicas do individuo chamam-se testes. ‘Um teste é uma tarefa calculada para um prazo curto, cuja execugio pode servir de indice de perfeigto de cas fungges psiquicas. Os testes so utilizados para r a existéncia ou a ‘auséncia de certas capacidades, habitos, aptidées, caracterizar com 0 maximo de preciso certas qualidades do individuo, revelar 0 grau da sua Splidio para exercer uma certa profissao, etc. Os testes psicologicos sfo utilizados quando é preciso, por exemplo, Esclarecer o grau de preparagdo psicolégica do cosmo- frauta para o voo césmico, como assimilaram os conhe- Cimentos os alunos dum grupo experimental em que foram itilizados métodos especiais de ensino e em muitos outros casos, O valor diagnéstico do teste depende em grande parte do nivel da experincia cientifica da fidedignidade Go facto psicolégico que foi adoptado como base do teste, isto € do modo de organizagao do respectivo teste que pode ser um resultado do grande trabalho experimental executado de antemdo ou de observagoes aproximadas, casuais e superficiais. Os testes psicolégicos mal funda- mentados e verificados podem ser causa de graves erros capazes de causar 1m grande prejulzo na prética peda- gogica, na esfera de selecgao profissional e nos casos 66 de diagnasticos dos defeitos ¢ dos atrasos tempordrios do desenvolvimento psiquico. Metodologia das. pesquisas psicoldgicas. A nocao de “método de pesquisa psicolégica” pode ser também no sentido de mefodolugia especial de resolugao dum problema cientifico concreto de psicologia. Nestes nétodos concretos realizam-se, naturalmente, os princi- pios metodolégicos ¢ revelain-se modos de cogni¢ao que Sd comuns no s6 para o problema dado mas também para muitos outros problemas. Mas a especificidade dos métodos concretos € determinada, antes de mais, pelo cardcter da tarefa cientifica que se resolve com a sua ajuda. A psicologia moderna utiliza um nimero excepcio- nalmente grande de métodos psicolégicos concretos. As suas formas muito variadas so determinadas pelo cardcter peculiar da esfera estudada pela psicologia ¢ pelos proble- mas que exigem um meio dado ue estudo, isto &, uma metédica concreta. ‘Ao mesmo tempo, pode-se destacar varios muns inerentes & maioria das metédicas Jo com o exemplo de concretas. Vamos demosntr: quisa destinada a estudar as diferencas etdrias na esta dade da aten das criangas normais € das criangas que sofrem de atraso mental (oligofrenia). ‘A pesquisa realiza-se, via de regra, em quatro etapas. Durante a eira etapa, a preparatéria, diversos meios sao utilizados para estudar o material e recolher informagées preliminares (utiliza-se a observacdo durante as aulas e 0 trabalho, na_vi diana, no processo de palestras orga! as de untemao; as es, emprega-se © método de questiondrios com perguntas especialmente seleccionadas, sao revelados factos biograficos, faz-se a ‘anammnésia, isto é, discrigZo das condigdes que antecede- ram o surgimento do facto em questo, etc.). [Na pesquisa em questio foi observada a estabilidade d gio (sta &, execugdo Ua acgio dada sem erros e distrages {25 das eriangas normals © das criangas com deficigncias i no funcignamento do cérebro que estudavam em escolas espe- as, AS observag6es foram feilas em diversos ambientes € acompa- thadas pela recolha de informagBes complementares. Via de cegra, 4 etapa preparatéria permite a0 pesquisador orientar-se pelo mate- os com a pessoa subm icolégicas = Digitalizada com CamScanner Stianess norman e fifere principaimente ni Asetnds S'3P2, que € a etapa propriamente experi- Gividense, por cua yer died concreta da pesquisa ; vez, em vari onsect Ghamados series experimentain: mens COMETS Ne ovat Tee sluts 8 Metidica consist na chamads revisio de pr feos submetida 8 experincia devia vere que as criangas relhantes “ten eeu vida {Que permitiu obter novos la teoria das probabilidades. Isto permite fazer sobre a fidedii das conclusdes obtidas isa é a interpretacao dos dados ase na teoria psicolégica iese € correcta ou errénea, tragos caracteristicos da pesquisa psicolégica objectiva, cuja fundamentagéo metodolégica ji foi exposta. A ob- 68 pressupde @ hi Tespectiva m licagiio de diversas elevado nivel de pesqu isas na psicologia Digitalizada com CamScanner DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO E DA CONSCIENCIA Desenvolviment 134 logenia do psiquismo na 10 como resultado da evolu¢do da matéria. 0 ento eo desenvolvimento do psiquismo do homem € um dos problemas mais complexos que 0s pesquisadores, empenhados em descobrir as leis da natu- era, ja enfrentaram, Os cientistas de orientagao materia~ ‘explicam o aparecimento do psiquismo pela evolugao da matéria durante um longo periodo. Ao investigar a natureza da matéria, eles estudam diversas formas do seu movimento, pois 0 movimento é 0 modo de existéncia da matéria, a sua propriedade inaliendvel, algo que lhe é lerente internamente. A matéria imével que permanece jariavelmente no estado de repouso absoluto ndo existe. Toda a matéria do Universo, toda a natureza organica estd em movimento. Psiquism aparecit — desde a morta, inorgénica, até a e complexa, o cérebro humano — ‘uma qualidade geral do mundo material —a lade de reflexo, isto é, capacidade de responder & influéncia. As formas do Tetlexo dependem das formas da existéncia da matéria; reflexo manifesta-se na capacidade’ de responder as influéncias externas em fade com o cardcter desia influéncia ¢ forma ia da matéria. Na natureza morta, 0 movimento pode ass sumir as formas de interaccio mecénica, fisica ou quimica dos corpos ou das substancias. Eis alguns exemplos mais simples do movimento na natureza inorganica: uma rocha isténcia a in- banhada pelo mar oferece uma certa re fluéncia da agua — as ondas desfazem-se contra a rocha ‘mas esta Gitima também é destruida gradualmente; um raio de sol refl.ctido pela superficie da agua; 0 ozono 70 que surge como resul se verifica a passa! ualitativamente também as forma: matéria viva so inerentes ‘¢ numa determinada etapa da ev surge 0 10 uma forma gu nova do reflexa. ‘A forma biolégica do movimento vida —é um degrau qual volvimento da natureza. E: explicam a passagem viva. Segundo-uma soviético A.. Oparii mento da maté ‘orginicas, isto é, cujos atomos esto dtomos de nitrogénio, oxigénio, enxofre. Actualment ‘De acordo com a hipétese de Opar' mente dois mil quimicas e a fot 1s surgiran de anos na at 0 oxigénio livre que condicionou as reacgdes foto- rossintese’ nas substancias organicas. O era algo semelhante a um caldo de is No proceso de evolugdo das ram compostos carbénicos da_matéri novo de a ciéncia acumulou muitos que confirmam a hipdtese da A.l. Oparin. , hd aproxi Itado de descargas eléctricas. Quando gem para a matéria viva, s do seu movi ‘formas bioldyicas de reflexo jolugéo da matéria viva alitutivamente judam iento. ia—a desen- xistem varias hipdteses que ‘da matéria morta para a matéria delas, formulada pelo bioquimico ‘a premissa indispensivel de surgi- “viva € a formagdo das, substdncias ‘compostos que fém como base 0 carbono, igados de diversas maneiras aos hidrogénio, fésforo & dados imada- josferas especialmente complexos — moléculas gigantescas,' cujo trago caracteristico era a capacidade de st desintegrar em componentes. Para manter a existéncia destes postos era necessério 0 metabolisimo permanente com 0 selectivamente ig; estas moléculas deviam assit substancias novas © desassimi com- ir os produtos da decomposicao para o meio externo. Portanto, as gigan- tescas moléculas transformavam-se sistemas -reprodusiveis que regulavam por meio da autocatdlise 0 de substincias orga fade é extremament Digitalizada com CamScanner um processo ay chamadas coucer 3K de concervato a entre sina joléculas gigantescas Existe a suposigio de que got ‘corriam, num determinado. sentido, Por substancias nutrientes. Algumas ma composig3o ou uma @ cresciam mais rapidamente iava-se: crescimen- cavamn-se também fusdes de Quais eram estas Is coacery: scleniva substanciae lectivamente as acusando uma certa oacervatos, idir produ mposi¢des quimicas diferentes, ide de criar toda uma variedade te papel a evolucdo. Além disso, neste dependia nao ias mas também 0s coacer- is. 0g na seleceao n: flexos que Ihes eram varias épocas geol6 os dos as vives da novas em ci morta. O reflexo de} 2 intes externos, reve- ‘qualitativamente nova da matéria viva — a auto-regulagar. °K longa evolugao fez com que os organismos modernos tivessem numerosas formas de reflexo, desde a excitabili- de até as formas mais altas de reflexo — sensacdo, percepcdo, meméria, pensamento, — que sio formas de jo da vida psiquica. ; jade. Tropismos. Todos os organismos vivos, as etapas da evolugdo das formas vegetais & possuem uma forma biolégica especial de reflexo — a irritabilidade. 4 icritabilidade & a capacidade do_organisma_uivo de_reagir.@ accao de influéncias biologicamente-imporiantes-(Bidticas). tabilidade elementar é inerente mesmo a orga- es mais simples que reagem com um movimento a influéncia do meio. O meio pode exercer também influénci protoplasma do orgai um sistema auto-re; excitagdo, surgem mentos cessam no meio que contribui para o restabele- cimento do quimismo inerente a célula dada e da estrutura do seu protoplasma. Os modos de reacgdo com aos factores Distingue-se 0 fo iva de se deslocar sob a acgao da I tendéncia de se deslocar sob a pismo —tendéncia Je se deslocar de um exitador mecénico e varios outros tropismos. A forma biolégica de reflexo das plantas reduz-se & existéncia de tropismos que contribuem para @ auto-regulagao, as. formas taco — a sei ao passa — sob jo como resposta que levain 0 organisrro a estabelecer relages com outras influéncias, isto é, orientam o orga- B Digitalizada com CamScanner fo de sinalizagao. nismo do meio desempenhando a funcéi ‘Atransigao da excitagao para a se A caitim outro modo de vida. Nos ani nace ados desenvolve-se a sensbiidade, surgem 05 grzaniatessmidos, Os sintomas dos objectos (cheiros 25, cores) que S80 formas, coftm, para satisfazer as necessidades organicas) Saquirem 0 valor de sinais. Por excitadores bi os, indiferentes que jade em relagdo aos agentes = os organismos animais adquirem a lectir um nimero muito maior de idade de rel influéncias do que as plantas. ‘Por exempla,jé foi constatada a reaceio dos infusérios a um ete. A experiencia foi feta da seguinte tubo cheio de agua, Um {dodo tubo foi aquecido. Os ares possuem © termo- (jor sso comegaram a deslocar-se rapidainente fente do fubo. Depois o aquecimento foi fminagao da mesina exiremidade do tubo. Belt fusorios ndo reagem a luz. Mas quando a luz se iaiirias experiencias com uma temperatura M fits, estes comeparam a concentrar-se no local Parse quando a temperatura af continuava a mesma. Portanto, mesmo o animal mais simples acusa a tendéncia para a orientagao activa no meio externo € para a formagio do reflexo temporario da luz e do calor. Trata-se, indubitavelmente, apenas da tendéncia para ‘a formagdo do reflexo condicionado temporério nos tunicelulares; este reflexo nao pode ser qual sélido, pois desaparece logo depois de surgir. Mais: formas extintas de reflexo ndo se restabelecem mai um animal que perdeu estas formas de reflexo deve orientar-se de novo em busca das condigdes que cor- respondam as suas necessidades bioldgicas. Os animais multicelulares .possuem um alto de reflexo. A categoria de multicelulares mais primitivos inclui os celenterados (por exemplo, os polipos hidréides, medusas) ue vivem, da mesma forma que os & combinagao 14 tunicelulares, na dgua, Mas estes organismos possuem uma estrutura ‘muito mais complexa do que os unice- lulares, o que se deve nem tanto ao facto de eles pussuirem muitas células; € muito mais te a relative hetero~ geneidade das suas células. Por exemplo, as células da janto que as que se parte externa sdo nematocistas enq} encontram no seu interior sa0 di dos multicelulares (metazodrios) ex: ‘com um protoplasma bastante sensivel que desempenham Tungdes do condutor da excitagio surgida em algum ponto do organismo. As células expecialmente sensiveis (as nervosas) estio ligadas entre si formando a rede nervosa que abrange todo 0 corpo do animal. Um érgio altamente sensivel dos celenterados so os tentéculos por meio dos quais eles agarram a sua presa. ‘A conduta dos celenterados é condicionada em parte pela meméria hereditéria, isto é, por ligagdes, elaboradas e transmitidas por heranga no processo de evolugao, entre certos excitantes € as respectivas reaccdes do orga- nismo (que tém, sobretudo, como, por ligagdes tempor: nados — que se formam durante a vida dum determi individuo. Eis um exeimplo que mostra a formagio de ligasies clara- mente expressas. Se se aproni ia um pevago de Papel, o animal agarra.o tmedistamer Speragio for repetila varias veu ‘Aestrutura do corpo dos metazodrios que estdo dos celenterados na cadeia da evolugdo e vivem na terra & mais complexa por causa da alteracdo do seu modo de existéncia; estes animais j6 possuem dredos especificos de reflexo do excitante dum determinado tipo, isto & drgdos dos sentidos. Tornam-se muito mais complexas também as formas de reflexo. Ja os vermes possuem 0 corpo de estrutura mais complexa (segmentaria), assim como rudimentos dos érgdos dos sentidos (rudimentos dos olhos, dos érgaos do tacto, do olfato e do paladar). Em cada segmento do verme’ existe uma acumulagdo de células rnervosas chamadas ganglios. Os ginglios dos segmentos (excepto 0 encefélico) so homogéneos quanto i sua 15 Digitalizada com CamScanner

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