KARLIENY (23), está dentro de um ônibus. Avisa ao motorista que vai descer.

Ela
espera em uma rodovia, próximo a um ponto de ônibus quebrado. ADIZIA (24),
moradora do vilarejo se aproxima em uma moto. Avisa que veio a mando de
Aparecida, tia Karlieny, e que a levará a casa da tia. Karlieny sobe na moto. As duas
vão seguindo um caminho de terra, ladeado de árvores quase secas, enquanto
Karlieny observa o entorno. Chega na casa de APARECIDA (52), sua tia que não
via desde a infância. Karlieny cumprimenta a tia sem jeito, a tia comenta o quanto
ela cresceu e a convida para comer. No quarto, Karlieny liga o celular e passa a
receber diversas notificações de mensagens do seu ex-namorado, DAVID (28), que
não aceita o término do namoro. De madrugada, Karlieny tem um pesadelo que
David está invadindo a casa. Acorda assustada.

Dias se passam e Karlieny acompanha Aparecida até a casa de uma amiga que fica
em um distrito próximo. Quando passam pela pracinha, Karlieny vê uma pirâmide
bem no meio da praça. A casa da amiga de Aparecida é um facção, com diversas
máquinas de costura. A amiga de Aparecida tira as medidas de Karlieny para uma
roupa. A noite, Karlieny sonha de novo com David e recebe mais notificações no
celular.

Karlieny acompanha um cortejo pelo vilarejo, junto com Adizia. Há várias pessoas
vestidas a caráter e com máscaras. O corteja chega em uma praça com uma
enorme pirâmide no meio. Karlieny bebe o aluá de um caldeirão na praça. A dança
do reisado começa e a cada batida Karlieny sente na cabeça. Está tonta. Um
bumba-meu-boi dança na roda. Tem uma visão de David no meio da multidão e
foge, mas logo é agarrada por um desconhecido que a dopa. Acorda na casa de
Aparecida, que celebra um ritual no quintal com outras pessoas. Conversa com
Adizia sobre o aluá e que não lembra de nada. Adizia fala dos benefícios do aluá
para enfrentar os medos.

Dias depois, Karlieny e Adizia voltam de um banho de açude. Encontram uma

pirâmide menor que a da praça da cidade. Karlieny cavuca a parede de barro da
pirâmide e encontra uma unha. Karlieny e Aparecida conversam sobre os rituais da
região. A noite, Karlieny recebe uma ligação, avisando que a sua mãe está no
hospital. Desesperada, liga para David e pede pra vir buscá-la.

Outro dia, Aparecida encontra o quarto de Karlieny vazio. Um cortejo sai pelas ruas.
Na praça, as pessoas bebem o aluá. As pessoas festejam. Entra o bumba-meu-boi!
Um forte gritos e vaias. Ele tenta fugir, mas a roda de dançarinos o impede. Os
dançarinos batem as espadas uma na outra e a risca no chão, tirando faíscas. Outro
forte grito é dado e os dançarinos cravam as espadas nas costas do bumba-meu-
boi. Sangue escorre das costas do bumba-meu-boi. Algumas pessoas retiram o traje
do bumba-meu-boi. É David. Um dos dançarinos retira a máscara de carranca. É
Karlieny. David é levado até a pirâmide no meio da praça. Colocam uma coroa feita
de macambira em seus olhos. O povo e Karlieny emparedam David.