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® 0 pensamento politico Seguindo pontos de vista diversos, alguns pensadores modemnos produziram as ba- 865 teéricas que justificavam os govemos absolutistas. O florentino Nicolau Maquiavel (1469-1527), em sua obra O Principe, por exempio, Daseou-se em sua propria experion- cia administrativa e diplomatica, ¢ também no conhecimento que tinha dos autores da Antiguidade, para criar um manual explicativo de como um estadista deveria proceder para conquistar ¢ manter-se ne poder Segundo Maquiavel, 0 ideal seria que 0 estadista fosse, 20 mesmo tempo, amado e temido por seus siiitos. Caso isso nao tose possivel, era melhor ser temido, em razao da natureza mae oportunista dos seres humanos. Ele também defencia que a unidade italiana sob um poder central forte era a tinica forma de garantir sua seguranca, constantemente ameacada pelas poténcias estrangeiras. © inglés Thomas Hobbes (1588-1679), assim como Ma- auiavel, era profundamente pessimista quanto & natureza hu- mana, 2 qual considerava essencialmente egoista e cruel. Ele afirmava que a autoridade do rei advinha de um contrato so- cial tirmado entre ele e seus suditos. De acordo com Hobbes, esse contrato era estabelecido quando os siiitos transferiam a0 soberano 0 dirsito de go- verné-los. No caso do Absolutismo, esse poder era concedi- do ao Estado, representado na figura do rei Nicolau Maquiavel Pintura do séeulo XVI, felta por Sant di Tito (Omercantilismo 1 Durante @ época modems, a economia mercantl fave grande desenvolvimento na Europa Oct dental. Os Estados absolutistas modernos se apolavam no coméreio para o seu fortalecimento eco: ‘Némico @ politico, Com a finalidade de ampllar seus rendimentos, os governantes desses Estados desemolveram uma série de ideias @ praticas econémicas conhacidas como mercantiismo, cuja principal caracteristica ara o rigido controle da economia pelo Estado. Para que ae priticas mercantlistas fesse bem-sucedidas, era eseencial a manutengdo de uma balanga comercial favordvel, ou seja, 0 reino deveria expandir as exporiagdes @ limitar as importa (goes, de modo que a quantidade de capital @ entrar no Estado superasse os gastos com compras {de mercadorias estrangoiras. Para atingir esse objetivo, os monarcas lanearam mio de polticas protecionistas, estipulanco altas taxas allandegérias aos produtos estrangeiros a fm de desestimular 1s importagées. Apesar dasses objetivos comuns, as praticas mercantlistas adquirram caracteristi- ‘cas especiioas am cada Estaclo europeu. Balanca comercial positiva Balanca comercial negativa Exportagae Importagao Reformas raigiosas e Estados absolutistas J 43 ‘Thomas Hobbes apresentou sua teoria do contrato social na obra Leviatd ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiastico e Civil, publicada em 1651. Observe, a seguir, a ilustrago que apareceu na capa da primeira edig&o da obra. lhusteacia da capa ca feita por Abranarn Bosse. @ Agora, Ieia 0 texto, que apresenta os principais elementos dessa ilustracao. Explorando Corleone DA coroe opracanta 6 sistema politico deleridida por Thomas: Hablied‘om sua obra, a monarquia. Neste caso, a coroa ¢ usada também para fazer alusio 20 + Estabeleca lider politico deste sistema, rei ou monarca. ore @ 4 espada, 4 méo direita do rei, simboliza uma das mais fortes justificativas para a formagao do Absolutismo, a seguranga (0 exército nacional), Em Leviata, da imagem & Se ibberidis que /O{Rlewo ream fudern trace fo, gram dorm te aeguronge do Estado €} 0 cetro, 4 mao esquerda, simboliza o poder soberano do monarca. [Ele] acumulave absolutista. os poderes politicos [..] e econdmico (através das medidas mercantilistas) e através Orientagoes doctos, somado ao apoio coneodide pola Igteja, oxoraia tum forto eontrolo eooial @ Ao observarmos com um pouco mais de atengao 0 corpo do rei, perceberemos que 0 mesmo 6 formado por pessoas, Neste caso, a imagem 6 uma perteita ilus- tragdo da origam do pador toal, pois sagunde Habbes: “O gavorne absolute havia sido estabelecido pelo préprio povo’ @& A proporcdo (tamanho) destinada a figura do tei deve ser atribuida ao poder real Na figura acima, fina a geneagaa da qua a antaridada manarrguica aleanga facilmente todo 0 tex ‘tério nacional, ou seja, nos é passada a ideia de um con- trole estabelecido que podemos chamar de governo, sLNOR, Hermes O monacs de Lats Hates por racer, april am cis Jstonoperagem sosepat come 44

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