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Sexa-feira, 22 de Maio de 2020 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA 1Série— No 69 Preco deste numero - Kz: 170,00 Tol # corsspondn quer Oca que NATUR Twn de ala Tha pach now Das relativa a mincio ¢ asimaturas do «Disrio Ano | da Republica 1* ¢ 2.* serie € de Kz: 75.00 ¢ para eee ee eereee taeamte | Antes saice Kz. 73415940 | 9 3* sie Ke: 95.00, nrescido do respctivo cents ea Cidade ta Care Peet non, | SE! 86 Ke 43352400 | imposto do seo, dependendo publicasto da covwinpresncinal gro = En llep: | 82" te x 22699000 | 3*série de deporte prtvioa fetusrnaterorra ingens Ad ie Ke. 18013320 J da ingensa Nacional -E P SUMARIO A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos das disposi¢des combinadas da alinea b) do Assembleia Nacional attigo 164° e da alinea c) n° 2 do artigo 166°, ambos da Leine 14205 Constituigio da Repablica de Angola, a seguinte: Dealteragho ALi de Bases da Protecgio Civil — Revoga cs atgoe 12 (©26° da ein? 2803, de 7 de Novembro. Resolupto n2 2320: ‘Concesteautrizagtopara.ado go dupla da menor Pain An ‘ial Afonio Lourengo Palaga Tehivaka e Sanda de La Acta Femandes, ASSEMBLEIA NACIONAL Lein.” 1420 de 22 de Maio Considerando que a evoluao tecnologica, as constantes alteragdes climticas, as situagbes de calamidades piblicas, a livre circulagdo € movimentagto de pessoas no interior do Pais, entre paises e ontras acedes humanas ou naturais, podem colocar em causa o bem-estar e a sustentabilidade da vida social, susceptivel de criar graves efeitos nas condigoes sociveconémicas das pessoas ¢ bens, tomando as nossas sociedades em sociedades de tisco: Considerando que constitui tarefa fundamental do Estado assegurar a protecgao dos direitos dos cidadaos, em. patticular o direito vida, devendo para oefeito dotar-se dos ‘meios legnis e materiais indisp ensiveis a prossecugao deste objectivo; Havendo anecessidade de se proveder a alteragio da Lei ne 28/03, de 7 de Novembro, Lei de Bases da Protecgo Civil, com vista a adapté-In & nova realidade juridico-cons- titucional ¢ as novas ameagas, intemas ¢ extemas, ¢ a0 bbem-estar colective; Com vista a actuslizar o Sistema de Protecgao Civil na Reptiblica de Angola, LEI DE ALTERACAO. ALEIDE BASES DA PROTECCAO CIVIL ARTIGO 1” (Atteragae erevopaeao) 1. B alterada a denominagao da Lei de Bases de Protecgao Civil, Lein° 28/03, de 7 de Novembro, para «ei de Protecgtio Civil. 2. $80 revogados os artigos 12° e 26° da Lei n® 28/03, de 7 de Novembro, 3. Sao alterados os artigos 2.°, 3°, 4°, 5°, 9°, 11°, 145, 158, 172, 18°, 20°, 21° © 24° da Lei n 28/03, de 7 de Novembro, que passam ater seguinte redacea0: “ARTIGO 2° @etinieoes) 1G.) aC.) xe) ©) «Calamidade Piblice» — & wna situagio de facto, um acontecimento ou uma série de acontecimentos graves, de origem natural, teenoloaica, sanitaria, com efeitos prolon- ‘gados no tempo © no espago, susceptiveis de provocar elevados prejizos materiais © vitimas humanas, afectando intensamente @ satide publica, as condigdes de vida dos cida- «aos, os seus bens, 0 tecido sociceconémico ca biodiversidade, 2 Considera-se que existe uma situagao de Catéstrofe ou Calamidade Pablien natural, ambiental, ou teenoléaica, quando face a ocorréncia ou 3078 DIARIO DA REPUBLICA ‘0 perigo de ocorréncia de algum dos acontecimen- tos referidos nos mimeros anteriores € reconhecida € declarada a necessidade de se adoptarem medi- das para evitar a sua propagaeio, de modo a repor a ‘nermalicade. ARTIO3* (Objectivore dominios de ntuario) 1A protecgiio civil tem os seguintes objectivos @) Prevenir a ocorréncia de riscos colectivos resultantes de acidentes graves, de Catéstrofes ‘ou Calamidade Pablica, DOD C.) @) Intervir perante a ocorréncia de acidentes ara- ves, de Catastrofes ou Calamidade Publica 20) ARTIGO4* (Medidas) 1. Sem prejuizo do disposto na Lei de Bases do Sistema Nacional de Satie, no Rezulamento Sanitario ‘Nacional e demais legislario, ocorrendo ou havendo perigo de ocorréncia de acidente grave, ou com a declaragio da siniagao de Catastrofe ou de Calamidade Publica, previstas na presente Lei, 0 Titular do Poder Executivo pode adoptar medidas de natureza adminis- trativa, que incidem sobre: @ 0 funcionamento dos OraiiosdaAdministracao Directa e Indirecta do Estado, 1b) 0 exercicio da actividade comercial, indus- trial eo acesso a bens e servigos, 6) 0 funcionamento dos mercados @) As actividades que envolvem a participagao massiva de eidadaos, enquanto existit 0 risco de contigio ou de inseguranga dos eidadaos, €) A protecgto de cidadtos em sitiagio de vulnerabilidade, A 0 funcionamento dos transpertes colectivos, 12) 0 fimcionamento de ereches, infantarios, ins- tituisdes de ensino, lares da terceira idade © lares de acolhimento; 10 O funcionamento do trifegorodoviirio, aéreo, ‘maritimo, fluvial e ferrovirio; D A prestagio de servigos de saide: J) Arealizagao de especticulos, actividades des- potivas,culturais e de lazer, 4) O fimcionamento doslocais de culto, enquanto existir risco de contagio ou de inseguranga dos cidadios; 1 A mobilizacio de vohmtarios, 1m) A defesa e controlo senitério das fronteiras 1) A prestago compulsiva de cuidados indivi duais de saide, com ou sem internamento, no interesse da sate piblica 0) A definigio de cordées sanitarios. 2 0 funcionamento dos draios de soberania € objecto de tratamento especifico a definir por estes, nos temnos da Constituigao da Repabliea de Angola, 3. As medidas previstas no nlimero anterior devern ser definidas e aplicadas respeitando 0 principio da proporcicnalidade do agir piblico, devendo ser neces sarias e adequadas para pr cobro é ameaga que visa ccombater ot evitr, 4A pessoa singular ou colectiva que, como con= sequéncia das medidas tomadas durante a sintagao de Catastrofe on de Calamicade Publica, for prejudicada citamente tem direito 4 indemnizagao nos termos da Ie 5. A ocupagio tempordria de iméveis ¢ a requisi- ‘40 civil, em situagao de Catastrofe ou de Calamidade Piiblica, confere o direito & indemnizago aos pro- prietitios dos bens iméveis ou méveis utilizados, nos termos da lei. 6. A declaragio da situagio de Catastrofe ow Calamidade permite a convocagao dos Orgios de Defesa, Seauranga ¢ Ordem Interna, enquanto agentes de proteccdo civil, para apoio aos cidadaos ¢ garantia «de cumpriimento das medidas tomadas. 7. As medidas tomadas pelo Presidente da Repabtica, enquanto Titular do Poder Executivo, a0 abrigo da presente Lei nao podem, em caso algun, colocar em causa direitos, liberdades ¢ garantias dos: cidaios, bem como 0 artigo 58.° da Constituigao da Repiblica de Angola ARTIGO 5° Petes fontes) 1.(..) 2. Os principios fundamentais e os objectivos per~ manentes da protecgao eivil decorrem da Constituigao da presente Lei, competindo a0 Presidente da Repiiblica, enquanto Titular do Poder Executivo, a definigao da politica de protecgao civil, seu desenvol- vimento ¢ permanente actualizagao. ARTIGO 9° (Deveres geval eepecias) ( Go) (Revogado) (). ARTIGO 11 (orm e exeengso da palitie de protec ett) 1, A formnilagtio © execugiio da politica de pro tecgo civil € da competéncia do Titular do Poder Executivo que, no seu prosrama deactuagio, deve ins- ctever as principais otientagoes a adoptar ou a prepor naguele dominio. 2, Ao Titular do Poder Bxecutivo compete: 4) Definir as linhas gerais da politica de protec- Ho civil, bem como a sua execugio: I SERIE -N¢ 69 —DE 22 DE MAIO DE 2020 3079 DG ©) Declarar a situagao de Catistrofe ou de Calannidade Publica, @ Adoptar, no caso previsto na alinea anterior, ‘as medidas destinadas a repor a normalidade: ©) Decidir sobre a afectagao extracrdinaria dos meios financeiros indispensaveis & aplica- ‘40 das medidas previstas na alinea anterior, podendo, para o efeito, abrir créditos adicio- nai extraordindios; Ai Coordenar eorientaraacgaodosDepartamentos Ministeriais nos assuntos relacionados com a proteccio civil, #) Coavorar 0 Conselho Nacional de Protecgaio civil, J) Assumi a direcgao das operagdes em caso de Catéstrofe ou Calamidade Piblica 3. A declaraciio de situngao de catistrofe ot de Calamidade Piblica € feita por acto do Titular do Poder Executive, devendo desta constar a especifi- cago da sua natureza, mestdas e ambito territorial 4. A declaragao da situagao de catéstrofe ou de Calamidade Piblica vigora enquanto persistir a situagdo que Ihe serviu de fimdamento ou houver alteragoes significativas certificadas pelas autorida- des competentes do Estado, ARTIGO 12" ‘evozadd ARTIGO 142 (Composiio) 1 A camposigao do Conselho Nacional de Protecgo Civil € definida pelo Titular do Poder Executivo, que o preside 26). 3G). 4, ORegimento do Conselho Nacional deProtecsa0 Civil é aprovado pelo Titular do Poder Executivo. 5. Sempre que se justficar, o Titular do Poder Executivo pode criar comissdes especificas € temp oré- rias para resolugdo de questoes resultantes de acidentes graves, Catastrofes ¢ Calamidade Publica ARTIGO 15° etic «composi LG 2 A presidéncia € @ composigio da Comissio ‘Nacional de Protecgao Civil sao definidas pelo Titular do Poder Executivo. 36. 4. Compete ao Titular do Poder Executivo definir © funcionamento da Comissao Nacional de Proteccao civil. ARTIGO IT" (Servos de Protees 0 Chit) 1.¢.). 2 Ao nivel das provincias © dos municipios so criadas Comissdes de Protecgao Civil 3.60) AG) 5...) ARTIGO 18° (gents de pretecean cv) 1). a Aaatidade responsive pela Protecgo Civil Bombeiros, 1) Os Orgios de Defesa, Sesuranga e Ordem Intema; ©) Aentdade responsivel pela Aviagio Civ @ Aaatidaderesponsivel pela Marinha Mercente ePortos: ¢) A catidade responsavel pela Fiscalizacao Maritima, do Urbanismo e do Ambiente. 26. BC). 4, Sem prejuizo do dsposto na Lei sobre o Bstado de Sitio ¢ Estado de Emergéncia, a: condigdes de ‘emprego dos Orgios de Defesa, Seguranga e Ordem Interna, am situagao de Catistrofe ou de Calemidade Publica, sao definidas por aeto do Titular do Poder Executive, 5.) 6,Toxios 0 cidadaos s8e agentes ativos de protec- ‘80 civil € devem participar nas medidas preventivas definidas pelas autoridadesadministrativase contrib uir com comportamentos de auto-proteceo adequados. ARITGO 20° (Centro aperacenas de protec ct) LG) 2 Consoante a natureza da Catistrofe ow da Calamidade Piblica, a gravidade e a extensio dos sens efeitos sio activados centros operacionais de protec 80 civil de nivel nacional, provincial ou municipal, especialmente destinados a assegurar a reitigio do sau impacto sobre a vida das pessoas, os seus bens ea biodiversidade. 3, As matérias respeitantes as atrbuigoes, com peténcias, composigao € modo de funcionamento dos centros operacionais de proteccio civil io rewuladas por acto do Titular do Poder Executivo. AC ARTIG0 21° Cama deme genta comings) 1...) xan} 3G.) 4. Os planos de emergéncia © contingéncia de ‘ambito nacional sio aprovados pelo Titular do Poder Executivo, mediante parecer prévio da Comissio ‘Nacional de Proteceo Civil 3080 DIARIO DA REPUBLICA 5. Os planos de emergéncia ¢ contingéncia de Ambito provincial © mumicipal si aprovados pela (Comisstio Nacional de Proteceo Civil, mediante pare- cet prévio do respective Govemador Provincial e/ou da competente autoridade municipal, ARTIGO 24° (Desobediénla) © incumprimento das ordens leaitimas das enti- dades competentes, quando praticadas cm caso de acidente grave ou em caso de declaragao de situacao de Catéstrofe ou de Calamidade Piblica é punida como crime de desobediéncia, nos termos da Lei Penal ARTIGO 26" evorndo ARTIGO 2° (itamento) Haditado aLein® 28/03, de7 de Novembro, oaitigo 11-A, conta sete reagan: GARTIGO 114 ‘Coop erasiointituconal (© Titular do Poder Executivo pode criar condigtes, para a Coopera¢ao Insttucional com as autarquias locais, Instiuigdes Piblicas © Privadas, no ambito de situgdes de Catistrofe, de Calamidade Natural, Ambiental, Sanitéria ou Teenolésica, que colocam em risco a Seguranga Publica» ARTIGO 3° (Contermagso« republicario) ALei n? 28/03, de 7 de Novembro € objecto de repu bilicagao e as expresses «Govemon € «Chefe de Governor ccontiias na mesa devern ser substituidas por «Titular do Poder Executivoy, ARTIGO 4° Wives ¢ anise) [As diividas © as omissdes resultantes da interpretagio € da aplicagio da presente Lei sto resolvidas pela Assembleia Nacional. ARTIGOS* (Entrada vig) Appresente Lei entra em vigor & data da sua publicagao. ‘Vista ¢ aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, ‘aos 22 de Maio de 2020. (OPresidente da Assembleia Naciosal, Fernunch cla Pied Dias dos Sawos, Promulgada aos ‘de Maio de 2020. Publique-se. Presidente da Reptblica, JoXo Manust. Goncatves: Lovrenco. Resolucio n.°23720 ie22 de Male Considerando que © casal Afonso Lourengo Palanga ‘Tehiyaka, de nacionalidade sngolana, e Sandra de La Caridade Acosta Femandes, de nacionalidade eubana, requereu a adopeao dupla da menor Paulina Antonia, de nacionalidade angolana, Tendo an conta que os adoptantes reinem todos os requisitos estobelecidos na lei, designadamente, no Cédigo dda Familias e cumpridas todas as formalidades por ele mpostas, -AAssembleia Nacional aprova, por mandato do ovo, n0s termos da alinea f) do n° 2 do artigo 166° da Constituigao 4a Reptilica de Angola, a seauinte Resolucso: 12 — Conceder autorizagao para adopeio dupla da ‘menor Paulina Antonia pelo casal Afonso Lourengo Palanga ‘Tehiyaka e Sandra de La Caridade Acosta Fernandes. 2°— A presente Resolugo entra em vigor a data da sa publicagéo. Vista e aprovada pela Assembleia Nacional em Luanda, ‘40s 28 de Abril de 2020, Publique-se. (Presidente da Assembleia Nacioual, Fernand ct Piedad Dias dos Santos. TE 0-5 S0ex INR 2000

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