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CTP – 182 Sossegai!

Mestre! O mar se revolta


E as ondas nos dão pavor!
O céu se reveste de trevas;
Não temos um salvador!
Não se te dá que morramos?
Podes assim dormir,
Quando a cada momento nos vemos
Já prestes a submergir?

As ondas atendem ao meu mandar.


Sossegai!
E seja o encapelado mar,
A ira dos homens, ou gênio do mal,
Tais águas não podem a nau tragar
Que leva o Senhor, rei do céu e mar,
Pois todos ouvem o meu mandar.
Sossegai! Sossegai!
Convosco estou para vos salvar.
Paz! Paz gozai!

Mestre! Tão grande tristeza


Me quer hoje consumir!
A dor que perturba minha alma
Te implora: vem me acudir!
De ondas do mal que me encobrem
Quem me virá valer?
Oh! Não tardes, não tardes, ó mestre!
Estou quase a perecer!

Mestre! Chegou a bonança!


Em paz vejo o céu e o mar.
O meu coração goza calma
Que não poderá findar.
Fica ao meu lado, bom mestre,
Dono da terra e céu,
E contigo eu irei bem seguro
Ao porto, destino meu.

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