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Avaliação Penal I – 2° Bimestre

Aluna: Alessandra Fernando Adriano


Matricula: 1901973
Turma: 2MB

Aluna: Luana Carolina Francisco


Matricula: 1606696
Turma: 2Mb

Questão 01

Nos crimes comuns, o agente pode ser qualquer pessoa.


b) Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou
vigilância a vexame ou a constrangimento:

Nos crimes próprios, o agente, necessariamente necessita de uma qualidade


específica, pré-definida pelo tipo penal, para ser considerado agente do crime. Ou
seja, necessariamente o agente precisa ser funcionário público.
c) Concussão: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida:

O crime de mão-própria: Crimes de mãos próprias: estão descritos em figuras


típicas necessariamente formuladas de tal forma que só pode ser autor quem
esteja em situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível.
Somente uma pessoa determinada pode praticar a conduta, sendo necessária para
isso, ainda, uma situação especial, e quedando impossível a existência de
coautores.
a) Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao
julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara
dos Vereadores: I - apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em
proveito próprio ou alheio;

RECURSO ESPECIAL. INSCRIÇÃO FRAUDULENTA DE ELEITOR


(CE, art. 289). CRIME DE MÃO PRÓPRIA. PARTICIPAÇÃO
POSSÍVEL ATRAVÉS DE CUMPLICIDADE. 1. O crime do artigo 289
do Código Eleitoral é qualificado como crime de mão própria, na
medida em que somente pode ser praticado pelo eleitor. Assim, sendo,
não admite a coautoria, mas é possível a participação. Precedente do
TSE. 2. A Indução à prática da inscrição fraudulenta perfectibiliza o tipo
do artigo 290 do Código Eleitoral. Se, porém, há prestação de auxílio
material à conduta delitiva, está caracterizada a participação no delito
do artigo 289 do Código Eleitoral. 3. Recurso Especial desprovido.
(TSE - REspe: 571991 RN, Relator> Min. MARIA THEREZA ROCHA
DE ASSIS MOURA, Data de Julgamento: 03/02015, Data de
Publicação: DJE - Diário de Justiça eletrônico, Tomo 58, Data
25/03/2015, Página 37).

Questão 02

No caso, Ubaldo não será responsabilizado pela lesão causada. O enunciado narra
a conduta prevista no art 303 caput do CTB “praticar lesão corporal culposa na
direção de veiculo automotor” Nos termos desse tipo penal exige-se a culpa por
parte de Ubaldo seja ela por imperícia, imprudência ou negligencia, o que de fato
não aconteceu. Observa-se que o médico Biteco, por negligencia deixa de avisar
Ubaldo sobre os possíveis efeitos colaterais do remédio, o que fez com que qualquer
previsão dos efeitos desse medicamento fosse de impossível constatação por
Ubaldo. Não havia como se precaver. Não havendo como ele saber em que
condições realmente se encontrava, logo não havia razões para se preocupar em
dirigir para então pensar em agir de outra forma.

Questão 03
A) Falso. É possível perceber que o dolo de Julieta em relação a Justina é o direto
(1°grau) eis que quis mata-la, escolheu um modo adequado, idôneo e o realizou
com esse fim pretendido.
B) Falso. É possível perceber o dolo direto mas de 2° grau. Como consta no caso
citado, Julieta sabia que Boris beberia a água no bebedouro, eis que assim faz
todos os dias, sendo portanto, a morte deste, uma consequência do dolo de 1°
grau, no caso, a morte de Justina.
C) Falso. É possível perceber o dolo eventual em relação a Petrusco. Neste caso,
Julieta não tinha certeza que outra pessoa poderia beber, além de Boris, porém
sabendo que havia a possibilidade de alguém faze-lo, ao colocar o veneno na
água assumiu o risco de que isso ocorresse. Como aconteceu, trata-se de dolo
eventual.
D) Verdadeiro. Em relação a Justina, Julieta respondera por tentativa de homicídio,
pois estamos diante da situação de concausa independente (ou seja, que não se
originou com a conduta principal – veneno) absoluta (ou seja, totalmente alheia a
colocação de veneno) o que fará com que responda apenas pelo que fez, logo,
por ter tentado matar. Já em relação aos dois, como explicado nas letras
anteriores. Justina agiu com dolo em relação aos outros dois ( 2° grau Boris e
eventual – Petrusco) respondendo por fim pelo resultado atingido, a morte de
ambos.

Questão 04

A morte de Reinaldo não poderá ser imputada a Marcia. Conforme a teoria de Roxin,
a imputação objetiva pressupõe a realização de um perigo criado pelo autor e não
acobertado por um risco permitido dentro da abrangência do tipo. Pode também
considerar o incremento do risco e o fim da proteção a norma. Logo, a norma só
poderia ser atribuída a ela se a partir da conduta Marcia tivesse sido criado um risco
juridicamente desaprovado, proibido e relevante ( o risco de um acidente, morte) que
deste perigo fosse realizado o resultado e que o tipo penal abrangesse este
resultado. Ainda, sustenta Clau Roxin que só é imputável aquele resultado que pode
ser finalmente previsto e dirigido pela vontade. Desse modo, os resultados que não
forem previsíveis ou dirigíveis pela vontade não são típicos. Bem, o enunciado do
caso citado trata que Marcia tomou todas as medias preventivas devida. (fornece as
instruções prévias e nesse momento ressalta a importância de usar o colete salva-
vidas). Por liberalidade sua Reinaldo desatou o nó de seu colete, o que, na
sequência, permitiu com que fosse puxado mar adentra (nexo causal). Logo, aquela
não produziu risco algum. Não havia como sequer prever o resultado.

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