Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resposta Prova 2B Penal I PDF
Resposta Prova 2B Penal I PDF
Questão 01
Questão 02
No caso, Ubaldo não será responsabilizado pela lesão causada. O enunciado narra
a conduta prevista no art 303 caput do CTB “praticar lesão corporal culposa na
direção de veiculo automotor” Nos termos desse tipo penal exige-se a culpa por
parte de Ubaldo seja ela por imperícia, imprudência ou negligencia, o que de fato
não aconteceu. Observa-se que o médico Biteco, por negligencia deixa de avisar
Ubaldo sobre os possíveis efeitos colaterais do remédio, o que fez com que qualquer
previsão dos efeitos desse medicamento fosse de impossível constatação por
Ubaldo. Não havia como se precaver. Não havendo como ele saber em que
condições realmente se encontrava, logo não havia razões para se preocupar em
dirigir para então pensar em agir de outra forma.
Questão 03
A) Falso. É possível perceber que o dolo de Julieta em relação a Justina é o direto
(1°grau) eis que quis mata-la, escolheu um modo adequado, idôneo e o realizou
com esse fim pretendido.
B) Falso. É possível perceber o dolo direto mas de 2° grau. Como consta no caso
citado, Julieta sabia que Boris beberia a água no bebedouro, eis que assim faz
todos os dias, sendo portanto, a morte deste, uma consequência do dolo de 1°
grau, no caso, a morte de Justina.
C) Falso. É possível perceber o dolo eventual em relação a Petrusco. Neste caso,
Julieta não tinha certeza que outra pessoa poderia beber, além de Boris, porém
sabendo que havia a possibilidade de alguém faze-lo, ao colocar o veneno na
água assumiu o risco de que isso ocorresse. Como aconteceu, trata-se de dolo
eventual.
D) Verdadeiro. Em relação a Justina, Julieta respondera por tentativa de homicídio,
pois estamos diante da situação de concausa independente (ou seja, que não se
originou com a conduta principal – veneno) absoluta (ou seja, totalmente alheia a
colocação de veneno) o que fará com que responda apenas pelo que fez, logo,
por ter tentado matar. Já em relação aos dois, como explicado nas letras
anteriores. Justina agiu com dolo em relação aos outros dois ( 2° grau Boris e
eventual – Petrusco) respondendo por fim pelo resultado atingido, a morte de
ambos.
Questão 04
A morte de Reinaldo não poderá ser imputada a Marcia. Conforme a teoria de Roxin,
a imputação objetiva pressupõe a realização de um perigo criado pelo autor e não
acobertado por um risco permitido dentro da abrangência do tipo. Pode também
considerar o incremento do risco e o fim da proteção a norma. Logo, a norma só
poderia ser atribuída a ela se a partir da conduta Marcia tivesse sido criado um risco
juridicamente desaprovado, proibido e relevante ( o risco de um acidente, morte) que
deste perigo fosse realizado o resultado e que o tipo penal abrangesse este
resultado. Ainda, sustenta Clau Roxin que só é imputável aquele resultado que pode
ser finalmente previsto e dirigido pela vontade. Desse modo, os resultados que não
forem previsíveis ou dirigíveis pela vontade não são típicos. Bem, o enunciado do
caso citado trata que Marcia tomou todas as medias preventivas devida. (fornece as
instruções prévias e nesse momento ressalta a importância de usar o colete salva-
vidas). Por liberalidade sua Reinaldo desatou o nó de seu colete, o que, na
sequência, permitiu com que fosse puxado mar adentra (nexo causal). Logo, aquela
não produziu risco algum. Não havia como sequer prever o resultado.