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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO UFAM \00ancs RESOLUCAO N° 008/2010 © VICE-REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS, no exercicio da PRESIDENCIA DO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO, no uso de suas atribuigdes estatutarias, CONSIDERANDO 0 teor do Processo n°, 23/2009 - CONSEPE; CONSIDERANDO © Oficio n° 300/2009 - PROEXTI, datado de 13.10.2009, que encaminhou os autos para aprovagao neste Colegiado; CONSIDERANDO o parecer da Relatora ¢ decisao extraida em reunido ordinaria realizada nesta data; RESOLVE: APROVAR a POLITICA DE EXTENSAO NA UFAM, nos termos especificados no documento anexo a esta Resolugao. PLENARIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS “ABRAHAM MOYSES COHEN", em Manaus, 16 de margo de 2010. CL Ba} arr pA pw Hedinald hee Lima Presidente em exercicio A a, ) UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS hind CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO UFAM |002n0s ANEXO A RESOLUGAO N° 008/2010 POLITICA DE EXTENSAO NA UFAM 1. Apresentagio O desenvolvimento de agées de extensdio no processo de formagao discente @ no aprimoramento técnico-cientifico de docentes e técnico-administrativos contribui para uma formagao cidada e para o fortalecimento de politicas publicas que atendam as reais necessidades das populagdes amazOnidas’. Nesta diregao, a Pré-Reitoria de Extensdo e Interiorizagdo - PROEXT! desencadeou um amplo e gradativo processo de discussao com a comunidade académica sobre a necessidade de definicao de diretrizes para uma politica de extenséo da UFAM, com 0 intuito de reorganizar a sua atuacao, bem como orientar, apoier acompanhar as agées extensionistas da UFAM, buscando assegurar a sua efelividade, eficacia e eficiéncia A Politica da Extensao Universitaria na Universidade Federal do Amazonas, constitui-se em instrumento crucial para a consolidagao da extenséio como “um processo educativo, cultural e cientifico que articula 0 ensino e a pesquisa de forma indissocidvel e viabliza a relacéo transformadora entre a universidade e a sociedade" (FORPROEX, 1987) A Pré-Reitoria de Extensao e Interiorizagao (PROEXT|) da UFAM integra o Forum de Pré-Reitores de Extensao das Universidades Publicas Brasileiras (FORPROEX), desde a sua criagdo em 1987 € juntamente com outras Universidades construiu os fundamentos tedricos de sustentago do Plano Nacional de Extenséo Universitaria das Universidades Pablicas Brasileiras, que embasa a Politica de Extensao ¢ Interiorizagéo da UFAM. Esta, além dos principios gerais definidos pelo FORPROEXTI, orienta as diferentes modalidades de ages planejadas e desenvolvidas. A concretizagéo dessa Politica de Extensdo esta condicionada a efetivagao da triade recurso, gestéo e controle. Neste sentido, a UFAM deve destinar, de forma crescente e continua, recursos & implementagao e ampliagéo de suas agdes de extensdo, as quais seguem um tramite institucional regulamentado que se inicia no momento de inscrigéo da agdo proposta, passa em sequida pelas diferentes instancias de avaliagao e se desdobra na entrega dos relatérios parcial e final, e emissao dos respectivos certificados. A efetividade e a ampliagéo das agées de extensdo possibilitam uma formagao discente mais qualificada, ratificando institucionalmente @ concepgao de que a extensdo se expressa como um instrumento, real e potencial, de produgdo e transferéncia de conhecimento de desenvolvimento s6cio- econdmico, cultural e politico, por meio do qual a Universidade reafirma seu compromisso sécio- académico. gr or ‘Ane & Resolucdon* 00672010, de 16.05.2010, " Missdo da Pro: Reitoria de Extensdo e Interiorizagao da UFAM, / C3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. w y UFAM CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO. UFAM \00an0s As diretrizes conceituais, institucionais e politicas apresentadas a seguir, articulam as instancias da diversidade, da complexidade, do desenvolvimento, do compromisso sdcio-académico, da institucionalizagao, da regulamentagao e da consolidagao da extensdo Universitaria, somadas aos avangos @ desafios que Ihes conferem ldcus de uma das dimensdes fundamentais, ao lado da pesquisa e do ensino, para a efetividade e organicidade da exceléncia académica com compromisso social. 2. Politica de Extensao da UFAM A Politica de Extenséo da UFAM esta estruturada por meio da articulagaio de doze Diretrizes Conceituais, Institucionais e Politicas, conforme teor a seguir: 2.1 Institucionalizagao das Agées de Extensao. Funda-se a partir de duas esferas complementares: a institucionalizagao, implementada no dmbito interno, visto que, de acordo com os pressupostos hierarquicos da UFAM, compete a Prd-Reitoria de Extensao e Interiorizagéo - PROEXTI regulamentar os trdmites relativos a todas as agdes de extensdo da instituico, bem como a gestao de seus respectivos recursos orgamentarios. A esfera que perpassa o ambito extemo diz respeilo a institucionalizaggo exdgena: envolve orgdos especificamente vinculados a estrutura do Ministério da Educagao que atuam como interlocutores especificos junto as Universidades Publicas em relagao as agdes extensionistas, com relagdo a inclusdo orgamentaria dos seguintes indicadores: alocacao de recursos em rubrica orgamentéria do MEC; financiamento de programas permanentes de extensdio, acompanhados da oferta de bolsas regulares para estudantes etc.; 2.2 Indissociabilidade entre as Atividades de Ensino, Pesquisa e Extenséo. O principio da indissociabilidade perpassa duas relagdes: a) relagdo ensinolextensto, pela qual se toma viavel a democratizagao do saber académico, propiciando que esse saber retome & universidade reelaborado e enriquecido; b) relagdio pesquisa/extensao, através da qual ocorre uma produgao do conhecimento capaz de contribuir positivamente para a alleragdes significativas das relagbes sociais. Tais relagdes integram-se organicamente formagéo académica, permitindo que alunos e professores interajam como sujeitos do ato de aprender, de forma que a extensao se transforme dialeticamente num instrumento capaz de articular teoria e pratica, dando suporte as mudancas necessérias ao processo pedagogico; 2.3 Cardter Interdisciplinar das Agdes Extensionistas. A extensto, como um dos espagos que propiciam a realizagao de atividades académicas, possibilita a interlocugao entre as areas distintas do conhecimento e 0 desenvolvimento de agdes interprofissionais e interinstitucionais. Na medida em que investe numa nova forma do fazer cientifico, a extenséo articula e integra conhecimentos, constituindo-se como um dos proficuos caminhos para reverter a tendéncia de departamentalizago do conhecimento sobre a realidade; 2.4 Compromisso Social da Universidade na Busca de Solucao dos Problemas mais urgentes da maioria da populacao. A extensao constitui-se em canal privilegiado para que a misao social das Instituigbes de Ensino Superior Publicas seja cumprida, visto que, em sendo a Universidade concebida como um espago aberto as discussées que contribuem para a formago técnica, para o exercicio da Cidadiania e para a superagao das formas de excluséo, ratica-se que as agdes de extenséo devem ser desenvolvidas em diregao @ autonomia das comunidades, evitando-se qualquer forma de d assistencialismo ou pateralismo; Ri ‘Anaxo 8 Resolupo n° 008/2010, de 15.03 2010, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO UFAM j00ancs 2.5 Reconhecimento dos Saberes Tradicionais e da Grande Relevancia das suas Interagdes com 0 Saber Académico. As interagdes entre os saberes tradicionals e o saber académico potencializam a produgéo do conhecimento, estendendo-a, orgénica e continuamente, 2 reciproca decodificagéio e sistematizacao dos resultados alcangados. Possibilita, ainda, 0 confronto com a realidade e a efetiva patticipagéio das comunidades tradicionais em face da atuagdo da universidade. Ou sea, ao articular 0 ensino e a pesquisa de forma indissociavel, a extensdo viabiliza uma relagdo transformadora entre universidade e sociedade; 2.6 Incentivo ao debate permanente em torno da realidade amazénica propiciando a implementagao de acdes correspondentes as demandas das populagées locais. © espago das acdes extensionistas portuniza possibilidades impares de reflexdo acerca da realidade socio - ambiental da Amazéria, debrugando-se sobre questées que afligem as comunidades da regiao. Possibilta, ainda, a construgao de aliangas € parcerias em defesa dessas populagdes, contribuindo para o seu fortalecimento enquanto sujeitos de direitos 2.7 Financiamento majoritario da Extensao como Responsabilidade Governamental e em cardter de complementaridade, por meio do estabelecimento de cooperagao técnica e financeira junto as instituigdes e organismos - governamentais, ndo-governamentais, locais, regionais, nacionais e internacionais. As ages de extensao devem ser mejoritariamente desenvolvidas em articulagao com as administragdes pliblicas (municipal, estadual e federal). Ademais, visando a ampliagao e o fortalecimento das alividades extensionistas, a universidade deve assumir a interlocugao e @ negociagéo com outras instituigdes e organizagdes, assegurando, assim, parcerias que contribuam para um maior alcance das agdes desenvolvidas. 2.8 Avaliagdo das Agées de Extensao. Com o propésito de monitorar e analisar as potencialidades distorgdes das agdes de extensdo, de forma sistematica, participativa e quanti-qualitativa, a avaliagao é concebida como um instrumento pedagdgico que, ao avaliar o mérito, os efeitos e resultados concretos das ag6es, possibilita também a identificagao das fragilidades, cujos mecanismos de avaliagdo devem estar associados ao desenvolvimento e conclusdo das mesmas. Dai porque a avaliacdo das acdes de extensa0 deve ser inerente a rotina académica da instituigdo, visto que ela propria objetiva nortear as politicas institucionais, democratizar informagdes e aprimorar agoes; 2.9 Programa institucional de Bolsas de Extensdo. Deve-se assegurar 0 apoio aos paricipantes de agdes de extensdo, através de duas modalidades de bolsas, a serem oferecidas de forma regular e por via de edital. entre 0 oferecimento de bolsas, destacam-se aquelas destinadas aos discentes que participa de agbes de extensao e para as atividades relacionadas a projetos desenvolvidos através do Programa Atividade Curricular de Extenséo (PACE), conforme prevé o planejamento orgamentario institucional: 2.10 Programa de Difusao e Publicagao das Ades Extensionistas. A socializagao dos resultados que envolvem 0 conjunto de ages de extensdo, desenvolvido por docentes, discentes, técnico-administrativos € colaboradores, e, principalmente quando se trata de agdes implementadas junto aos beneficiados, tais procedimentos devem efetivar-se através da utlizagao de diferentes formas de divulgagao, inclusive quando se tratar da midia escrita efou falada, como: anais, revistas, jomais, programas de TV et conforme demanda planejamento sistematico e qualitativo; FA Dor 4 ‘Anexo 8 Resoucdo n* 0082010, de 1508 2010, 6 A, OY UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS te UFAM CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO UFAM 100arcs 2.11 Incentivo a Flexibilizagéo Curricular. Alsm de medidas implementadas no ambito da PROEXT! importante 0 apoio a fiexibilizagé curricular. Dada a sua importancia, é necessério adotar estratégias, Cujos procedimentos envolvam varios setores académicos e administratvos, como colegiados de cursos, pro-reltorias de graduagao € pos-graduagao, no sentido de sensibilzar discentes, docentes e tcnico- administrativos, de tal forma que as agdes de extensto sejam incorporadas a propria estrutura dos projetos pedagdgicos, 0 que exige agdes de impacto politico que promovam a conscientizacao e motivacao da comunidade académica; 2.12 Apoio Sistematico a Implementacéo e Ampliagéo de todas as Acées Extensionistas Institucionalizadas, O apoio técnico e financeiro da PROEXT! as agdes de extensdo institucionalizadas deve ser concebido como forma de estimulo & proposigo de novas agdes e como incentivo & ampliagao consolidagao de ages ja desenvolvidas, levando-se em consideracao a necessidade de intensificagao desse apoio 8s novas Unidades Académicas Permanentes da UFAM no interior, sobretudo se analisadas as inimeras dificuldades inerentes aos processos iniciais de implantag3o do PROGRAMA UFAM MULTICAMPI, % ‘Anexo & Resolugdon* 006/2010 de 16.03.2010, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSAO UFAM 100an0s Referéncias ANDRADE, liza Araujo Leao de (Org). Metodologia do Trabalho Social: a experiéncia da extenséo universitaria. Natal, RN: EDUUFRN Editora da UFRN, 2006. Estatuto e Regimento Geral da Universidade Federal do Amazonas, 1995. FORUM DE PRO-REITORES DE EXTENSAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICAS BRASILEIRAS. Plano Nacional de Extensao Universitaria. IInéus; Editus, 2001. FORUM DE PRO-REITORES DE EXTENSAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICAS BRASILEIRAS, Extensdo Universitaria: organizagao e sistematizaco. Coordenagao Nacional FORPROEX, Belo Horizonte: Coopmed, 2007. FORUM DE PRO-REITORES DE EXTENSAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICAS BRASILEIRAS. Institucionalizagéo da Extensao nas Universidades Publicas Brasileiras: estudo comparativo 1993/2004. Coordenagéo Nacional FORPROEX, Joao Pessoa: Editora Universidade da UFPB; Belo Horizonte: Coopmed, 2007, FORUM DE PRO-REITORES DE EXTENSAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICAS BRASILEIRAS, Extensao Universitaria e Flexibilizag&o Curricular: uma visao da extensao. Porto Alegre: UFRGS; Brasilia: MECISESu, 2006 FORUM DE PRO-REITORES DE EXTENSAO DAS UNIVERSIDADES PUBLICAS BRASILEIRAS. Indissociabilidade ensino-pesquisa-extensao e a Flexibilizagao Curricular: uma visdo da extensdo. Porto Alegre: UFRGS; Brasilia, MEC/SESu, 2006. Guia de Extenséo das Agdes de Extensdo da UFAM, 2006 GURGEL, R. M, Extensdo universitaria: comunicagao ou domesticagao. Sao Paulo: Cortez, Autores Associados, UFC, 1986. NOGUERIA, M. D. P. Politicas de Extensdo Universitaria Brasileira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. Resolugdo 01/2007/CEVPROEXTIUFAM. Cax7 Resolugéo 02/CEl/PROEXTI/UFAM, 2007. 6 ‘Anexo & ResolugSo n° 0082010, de 18.03.2010,

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