+ Doenga Reemergente: doengas ja conhecidas e que estavam controladas havia algum
tempo, mas que retornou devido alguma mudanga no padrao epidemiolégico.Ex. Dengue
+ Doenga Emergente: surgiu e continua infectando as pessoas, incidéncia aumentou nas
ultimas décadas ou tende a aumentar. Ex. Ebola na Africa, Covid
+ Doenga negligenciada: nao tem incentivo para inovar os tratamentos. Ex. Leishmaniose,
Malaria
* Doengas endémicas no MT: dengue, malaria, Leishmaniose...
* Indicador de satide: mensura como esta a satide naquele local, vai avaliar a morbidade,
mortalidade, natalidade, prevaléncia e incidéncia
+ Termos:
Surto: aumento repentino de casos e é maior do que o esperado
Epidemia: aumento de casos que ja é 0 esperado
Endemia: quando uma doenga é prevalente em uma determinada area populacional, pode
se tornar uma epidemia se os casos aumentarem de uma forma muito ampla
Pandemia: doenca de disseminagao global
Incidéncia: numero de casos novos
Prevaléncia: numero de casos novos e velhos
Sazonalidade: doencas especificas de certas estagdes do ano
Letalidade: determina a severidade da doenga
Caso: conjunto de critérios avaliados para determinar uma doenga, para chegar no
diagnéstico final
Vetor: aquele que leva a doenca
Agente etiolégico: aquele que causa a doenga, pode ser uma bactéria, virus, fungo, helminto
ou um protozoario
Reservatorio: é o habitat no qual o agente etiolégico vive
Hospedeiro definitivo: aquele que o agente etioldgico esta na fase sexuada
Hospedeiro intermedidrio: esta na fase assexuada
Zoonose: doengas que sao transmitidas entre homens e animais
Arbovirose: doengas transmitidas por arbovirus ex. Febre amarela, zika, dengue e
chikungunya.
Queimadas
—> Pratica agropastoril ou florestal, em que 0 fogo é utilizado de forma controlada, atuando
como um fator de produgao.
+ incéndio: queimada nao controlada
+ lesdo por inalagao de fumaca: acometimento de via aérea superior por lesdo térmica de
boca, orofaringe e laringe; acometimento de via aérea inferior e parénquima causado por
materiais quimicos e particulados oriundos da fumaga; asfixia metabdlica, através da qual
alguns constituintes da fumaga impedem a entrega de oxigénio aos tecidos e/ou seu
consumo pelos mesmosManifestagées clinicas:
1) Asfixia: oxigénio é impedido de chegar aos alvéolos por falta de oxigénio no ambiente,
por obstrugao mecanica das vias respiratérias ou por impossibilidade de realizar a
inspiragao ou expiragao.
2) Hipoxia: estado de deficiéncia de oxigénio no sangue, tecidos e células
3) Cianose: cor azulada devido a presenga de hemoglobina desoxigenada nos vasos
sanguineos perto da superficie da pele.
+ Poluentes primarios: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissao, vulcao,
escapamento, industria
+ Poluentes secundarios: é os poluentes primarios + particulados
Gas irritante: a¢ao pulmonar, didxido de enxofre (causa processo inflamatorio) e dxido de
nitrico (irritagao nos olhos, nariz, boca)
Gases org@nicos volateis: tinta, cola que causa irritagao
Gas asfixiantes: SNC, Monéxido de carbono é indolor, invisivel, sem cheiro, quando inalado
ele se liga a hemoglobina impedindo a ligagdo dela com 0 oxigénio, nao vai chegar oxigénio
nos tecidos (carboxiemoglobina- complexo carbono + hemoglobina), vai ter aumento da
frequéncia respirat6ria na tentativa de colocar mais oxigénio para dentro, mas no ambiente
esta cheio de Monéxido de carbono, sintomas: dor tordcica, taquicardia, taquipneia, edema
pulmonar, arritmia, faléncia cardiaca, hipotensao, ataxia, desordens de meméria,
convulsées, dificuldade de concentragéo
Diagnéstico: exame fisico geral (nivel de consciéncia do paciente), laboratorial: Dosagem
de carboxiemoglobina
Tratamento: oxigenioterapia, camara hiperbarica
Mecanismo de toxidade de inalagao Monoxido de carbono: possui 4 vias que culminam em
danificagao e lesdo neuronal e cardiaca
1) Formagaio do complexo de carboxiemoglobina, gerando um desvio a direita, com hipoxia
tecidual (porque nao vai ter troca gasosa) podendo desencadear um stress oxidativo que
vai gerar uma necrose celulat e consequentemente uma apoptose, pode também
desencadear dano nas células nervosas, ocasionando em lesdo neuronais e cardiacas.
2) 0 Monéxido de carbono quando inalado vai estar livre no plasma que vai se ligar a
citocromo-oxidase tornando a fungao mitocondrial diminuida consequentemente a cadeia
respiratoria vai estar prejudicada, pois nao vai gerar ATP, com isso vai ser ocasionada uma
faléncia energética e um stress celular.
3) 0 Monéxido de carbono pode se ligar 4s plaquetas que pode aumentar a sintese de dxidonitrico ou degranulag4o de neutréfilos que produzira espécies reativas de oxigénio
causando uma peroxidagao lipidica que vai reagir com a mielina ativando as microglias
ocasionando em um processo inflamatorio
4) stress oxidativo intracelular
Cianeto: age impedido a respiragao celular, se liga ao ferro 3 da citocromo-oxidase, inibe a
via aerdbica, vai ser ativada a via anaerdbica gerando a formagao de acido latico e acidose
metabdlica
- veneno de agao rapida
- produgao de hipoxia, devido a uma incapacidade de utilizagao do oxigénio (inibigao do
sistema citocromo-oxidase)
- coragao e cérebro mais rapidamente afetados
+ Tratamento: oxigenioterapia, camera hiperbarica, antidoto (hidroxicobolamina) que é um.
precursor da vitamina B12, transforma o Cianeto em cianocobalamina para ser excretada
na urina. Tiossulfato de sddio que o figado libera converte o Cianeto em tiocianato para ser
excretado na urina
Agrotéxicos
Principais intoxicagdes: aguda (sintomas rpidos e exposigéo maior), subaguda (exposicao
menor e sintomas mais brandos), subcrénica (sintomas subjetivos e claros, dor de cabeca,
fraqueza, mal-estar, dor de estomago, sonoléncia, entre outros.) e crénica (surgimento
tardio, por exposigao pequena ou moderada a um ou multiplos produtos toxicos).
Organofosforados: inibe a enzima acetilcolinesterase que quebra a acetilcolina, ou seja, vai
ter uma hiperestimulacao do parassimpatico
~> sindrome muscarinica: por estimulacdo parassimpatica pds ganglionar, excesso de
acetilcolina desencadeando uma hiperestimulacao das visceras
Manifestacdes: (s. Respiratério) hipersecrecao bronquica, rinorréia, broncoespasmo,
dispnéia, cianose, (Trato gastrointestinal) néuseas, vmitos, diarréia, tenesmo, dor e colicas
abdominais, incontinéncia fecal, (glandulas exécrinas) sialorréia, sudorese, lacrimejamento,
(Sistema cardiovascular) bradicardia, hipotensao e (olhos) miose, visdo, turva, hiperemia
conjuntival.
~> sindrome nicotinicas: por estimulago da jungao neuromuscular
Manifestagdes: musculo esquelético, fasciculagdes, cambrias, mialgias, debilidade
generalizada, aumenta a tensdo de tremor gerando fraqueza muscular, paralisia flacida e
parada respiratoria.
~> sindrome neurolégica central: com fase inicial de estimulagao e fase secundaria de
depressao
Manifestagées: sonoléncia, letargia, dispneia, coma, cefaléia, tremores, ataxia, fadiga,
confusdo mental, respiragao cheyne-stokes, convulsées, depressdo respiratoria, depressdo
cardiovascularTratamento: Atropina é uma agonista de receptor muscarinico e antagonista de acetilcolina,
nao deixa que a acetilcolina se ligar ao receptor muscarinico. Pralidoxima é um
medicamento que reativa a acetilcolinesterase.
Dengue: arbovirus
Agente etiolégico: flavivirus
Vetor: aedes aegypti
Reservatdrio: humano e aedes aegypti
Sintomas: febre, calafrio, dor retrorbitaria (leve - sem sinal de alarme, sem gravidade), so
esses + choque hipovolémico, queda da pressdo (com sinal de alarme - grave).
Diagnéstico: inespecificos: Hemograma (hematécrito aumentado porque aumenta a
permeabilidade e tem uma hemoconcentragao, leucocitopenia até leucocitose leve,
trombocitopenia porque aumentou a permeabilidade vascular e acaba perdendo plaqueta),
proteina C reativa e TGO e TGP (acometimento hepatico dengue 2 e 3), especificos: RT -
PCR (reacdo em cadeia polimerase), sorologia (ELISA), isolamento viral e deteccdo de NS1
Obs: prova do lago para dengue mas nao da diagnéstico, usado para avaliar a fragilidade
capilar
+ Fisiopatologia da dengue:
~> Em um primeiro momento tem-se a picada do mosquito fémea contaminado com o
flavivirus, esse virus tem afinidade por células musculares estriadas e lisas, fibroblastos e
linfonodos locais onde vai ocorrer a replicagao primaria, em seguida o virus vai para o
sangue onde o individuo entra em estado de viremia que 6 quando o virus fica livre no
plasma e passa a infectar monécitos/ macr6fagos e células dendriticas, com isso essas
células vao perceber essa lesdo (DAMP e PAMP) e vao liberar algumas citocinas, como TNF
alfa e IL-1 que sao liberadas pelos macréfagos ocasionando um processo inflamatorio.
Além disso, a IL-1 é responsavel também pela febre, IL-12 vai ativar as células NK a liberar
IFN gama ativando macréfagos para fazer fagocitose, a NK também faz apoptose pela via
das caspases e IFN inibe essa replicagao viral. Entdo, vai ter uma apresentacao antigénica
para um linfécito TCD8 que vai liberar granzimas e perforinas ativando a via das caspases e
fazendo a apoptose da célula infectada, também vai ter uma ligagdo cruzada onde os
linfocitos TCD4 padrao Th1 libera IL-2 fazendo a expans&o clonal do TCD8.
~> IL-8 estimula a liberagdo de histamina ativando mastocito, aumenta a permeabilidade
vascular que esta relacionado ao choque hipovolémico.
~> forte processo inflamatério: aumento subito da permeabilidade vascular, que resulta em
perda de plasma, queda de press4o, plaquetopenia, hemoconcentragaio, hipovolemia
ocasionando o choque hipovolémico que esta associado a dengue grave
+ Tipos de dengue:
= Tipo 1: pouco agressivo ao figado, maior taxa de morbidade e menor taxa de mortalidade
- Tipo 2: agressiva ao figado, causando alteragées do fator de coagulagdo e provoca
hemorragia leve
- Tipo 3: muito agressiva ao figado, causando acentuadas alteracdes dos fatores de
coagulagao e provoca hemorragia grave
- Tipo 4: poucas informagées sobre sua patogenicidadeObs: Tipo 5 é novo, nao se tem muita informagao
Zika: arbovirus
Agente etiolégico: flavivirus
Vetor: aedes aegypti
Reservatdrio: humano e aedes aegypti
Sintomas: febre mas nao é alta, hiperemia conjuntival sem secregao e prurido, edema
periarticular e exantema
Diagnéstico: inespecificos: Hemograma, desidrogenase lactica sérica LDH (marcador de
hemélise, nado muito utilizada), proteina C reativa, especificos: RT - PCR (direto), isolamento
viral (direto) , sorologia de IgM (indireto).
Obs: espectro de transmiss4o maior, transfusdo, relagao sexual, congénita (pode causar
microcefalia) e pela picada do mosquito.
Febre amarela: arbovirus
Agente etioldgico: flavivirus
Vetor: aedes aegypti (urbano) e haemagogus (silvestre)
Reservatdrio: humano e aedes aegypti
Sintomas: inicio subito de febre, dores no corpo, nauseas, vémito, calafrios, dor de cabega
intensa e dores nas costas.
Diagnéstico: inespecificos: TGO e TGP (fungao hepatica), Hemograma, proteina C reativa,
especificos: RT - PCR, isolamento viral e sorologia.
Obs: associar com ictericia, comprometimento hepatico, existe vacina para essa doenga e é
a Unica eficaz para uma arbovirose
Chikungunya: arbovirus
Agente etiolégico: alphavirus (familia togaviridae)
Vetor: aedes aegypti
Reservatorio: humano e aedes aegypti
Sintomas: febre de inicio subito e intensa, poliartralgia, dores nas costas, cefaléia, fadiga e
astenia
Diagnéstico: inespecificos: hemograma (leucopenia com linfocitopenia), velocidade de
hemossedimentagao e proteina C reativa, especificos: RT - PCR, isolamento viral, sorologia
de IgM e IgG.
Obs: IgG de alta avidez é cronica e baixa avidez é aguda.
Obs: pode ter trés fases: aguda (observa 0 inicio subito de febre elevada), subaguda (nao.
tem tanta febre mas comega as dores articulares) e crénica (dor nas articulagdes muito
intensas - artralgia crénica)
Obs: Até 4 dias precisa pedir exames especificos diretos (Isolamento viral), passado de 4
dias comega a resposta imunoldgica entao da para pedir exames imunoldgicos.
Obs: Tratamento para arboviroses: tratar os sintomas e Hidratagdo, ndo tem medicacao.Toxoplasmose: protozoério, Forma infectante: taquizoito (forma livre no sangue, aguda),
bradizoito (no tecido, crénica) e oocisto (nas fezes do gato)
Obs: todas as formas no corpo tendem a virar taquizoitos para infectar as células e se o
sistema imune nao conseguir combater essa forma, pode evoluir para uma infeccao
crénica que seria os cistos contendo os bradizoitos.
Agente etioldgico: toxoplasma gondii
Hospedeiro intermediario: humano
Hospedeiro definitivo: gato
Ciclo heteroxénico
Sintomas: tem sintomas em individuos imunodeficientes, mas geralmente é assintomatica
Diagnéstico: clinico: dificil, normalmente assintomatico, laboratorial: pode ser pela
demonstrag4o do parasito ou por testes soroldgicos
+ Demonstragao do parasito: fase aguda = taquizoitos, faz a pesquisa no sangue e outros
liquidos corpéreos, faz pela centrifugagao ou RT-PCR. fase crénica = bradizoitos, faz a
pesquisa por bidpsia de tecidos
+ Testes Sorolégicos: RIFI, ELISA (detecta IgM, IgG, IgA e IgG de baixa avidez),
hemaglutinagao
Obs: vo indicar 0 titulo (concentragao) de anticorpos circulantes correspondentes a
determinada fase da doenga
Obs: Toxoplasmose aguda tem 0 titulo maior do que na toxoplasmose crénica
+ IgG e IgM na gestante (Toxoplasmose):
- Perfis sorolégicos:
1) IgG e IgM negativos = gestante de risco, quando a gestante nao teve contato, mas a
qualquer momento se entrar em contato com a toxoplasmose automaticamente 6 uma
gestagao de risco.
2) IgG positivo e IgM negativo = baixo risco, é o perfil esperado para uma gestante, significa
que ela tem uma resposta imune contra esse parasito e o IgM significa que nao esta para
doenga infecciosa aguda.
3) IgG negativo e IgM positivo = toxoplasmose, significa que a gestante nao tem imunidade
contra e esta com 0 parasito
4) IgG e IgM positivos = pode significar que esta evoluindo para a cura ou pode estar coma
toxoplasmose, nesse caso é necessério fazer a mensura¢do de avidez do IgG quando nao
tem uma elucidagao diagndstica.
Obs: na gestante se tiver 0 aumento do titulo 4x 6 toxoplasmose ativa.
Obs: Para diferenciar uma primeira infecgdo de uma segunda infeccdo verifica-se a avidez
do IgG que é a velocidade com que se liga ao epitopo antigénico, quanto maior a avidez do
IgG menor a possibilidade de ser uma doenga infecciosa aguda. (Em uma re-exposigao 0
IgG tem mais avidez)1° trimestre da gestagdo: aborto, predomina o padrao Th1
2° trimestre da gestagao: aborto ou nascimento prematuro, podendo a crianga apresentar-
se com anomalias graves, balango entre padrao Th1 e Th2
3° trimestre da gestagao: a crianga pode nascer normal e apresentar evidéncias da doenca
alguns dias, semanas ou meses apos 0 parto, predomina padrao Th2
Obs: no recém nascido tem que ser feita a pesquisa de IgM para toxoplasmose porque IgG
atravessa a placenta entéo consequentemente nas primeiras semanas de vida vai estar
alto. Essa pesquisa é monitorada novamente com 5 meses.
* Ciclo: fase assexuada: humano ingere o cisto contendo os bradizoitos na carne crua, pode
ocorrer de ingerir os taquizoitos, via transplacentaria, material contaminado ou leite
pasteurizado (raro) ou pode acontecer de ingerir os oocistos contendo os esporozoitos
(sao liberadas nas fezes do gato e contamina agua e alimentos), com isso na forma de
taquizoito vao invadir as células formando o vactiolo parasitéforo onde esses taquizoitos
vao sofrer endodiogenia se multiplicando, em seguida essa célula parasitada se rompe e
libera os taquizoitos para infectar outras células.
fase sexuada: os esporozoitos, bradizoitos ou taquizoitos invadem as células epiteliais do
intestino delgado do gato onde vao sofrer um processo de multiplicagdo chamado de
merogonia gerando merozoitos (conjunto de merozoitos = meronte), em seguida ocorre o
rompimento da célula parasitada e esses merozoitos invadem outras células onde viram
gametocitos, esses gametécitos sofrem maturagéio e gera um gameta masculino
(microgameta) e um gameta feminino (macrogameta), ocorre a fecundacao e a formacao
do zigoto que depois ird formar uma parede externa dupla dando origem ao oocisto imaturo
que serd liberado nas fezes do gato.
Obs: os oocistos imaturos nas fezes sofrem esporogonia, onde esse oocisto gera dois
esporocistos contendo quatro esporozoitos cada
Leishmaniose: protozoario, habitat:
Agente etioldgico: Leishmania
Vetor: femeas do mosquito flebotomineo ou hematéfago (palha)
Reservatorio: animais em matas nativas (silvestre) e homem, cachorro, gato e cavalo
(acidental)
Ciclo heteroxénico e metaxénico
Forma infectante: promastigota metaciclicas (humano) amastigota (mosquito)
Sintomas: Tegumentar : cutanea (Ulceras Unicas ou multiplas - padrao Th1), cutanea
mucosa (lesdo inicial lenta e de curso crénico, atinge lingua, nariz, |Abios, gengiva - balanco
entre padrao Th1 e Th2), cutanea difusa (maculas, nao tem ulceras, curso crénico,
dissemina pela via linfatica e venosa - padrao Th2) e Visceral: febre persistente,
hepatoesplenogalia, anemia, linfoadenopatia, emagrecimento, caquexia (padrao Th2)
‘élulas do sistema monocitico fagocitario
Obs: padrdo Th1 estimula 0 ataque pelos macréfagos, entdo diminui a carga parasitaria
mas tem mais lesées na pele (relagao com hiper 4) e 0 padrao Th2 que é uma respostamais humoral vai ter uma alta carga parasitdria mas menos leses na pele
Diagnéstico: clinico (tegumentar): sera observado a caracteristica da lesdo, dados
epidemioldgicos, diferenciagao de outras doengas (baciloscopia para descartar
hanseniase). Laboratorial (tegumentar): esfregago sanguineo, hemaglutinagdo, exame
histopatolégico, cultura, ELISA, RIFI, intradermoreagdo de Montenegro (nao é mais
utilizado), RT-PCR
clinico (visceral): exame fisico geral. Laboratorial: pungao aspirativa de materiais dos
Orgaéos afetados, coloragado pesquisando a amastigota, RT-PCR, teste rapido, exames
imunoldgicos (ELISA, RIFI), mielograma.
Fatores de viruléncia: Metaloprotease gp63 (amastigota e promastigota): inibe a agao das
enzimas lisossomais para 0 macréfago nao fazer fagocitose, inibe o sistema complemento
(cliva C3b em C3b1). Lipofosfoglicano (LPG): capsula protetora, nao deixa o sistema
complemento reconhecer o parasito. Maxidilan: esta presente na saliva do parasito,
vasodilatadora, antiagregante plaquetario e tem agado imunomoduladora (muda o padrao de
resposta para um padrao Th2 favorecendo o parasito).
* Ciclo: pessoa contaminada com a leishmaniose —> mosquito fémea pica essa pessoa e
ingere a forma amastigota -> no intestino do mosquito os macréfagos se rompem e
liberam essa forma onde vai virar promastigota prociclica -> divisdo bindria ->
paramastigota -> promastigota metaciclica infectante para o humano —> fémea pica um
individuo saudavel e inocula a promastigota metaciclica que é a forma resiste a inata (s.
complemento) -> facilita a endocitose nos macréfagos —> forma o vactiolo parasitéforo
que resiste aos radicais livres da fagocitose facilitando a formagao da amastigota dentro
do macréfago —> tem-se a multiplicacaio e posteriormente sua liberacdo onde infectam
outros macréfagos.
Malaria: protozodrio, Forma infectante: esporozoito (humano) gametocito (mosquito)
Agente etiolégico: plasmodium falciparum, malariae, ovale e vivax
Vetor: femea do mosquito anopheles (prego)
Reservatorio: humano e anopheles
Hospedeiro intermediario: humano
Hospedeiro definitivo: anopheles
Ciclo heteroxénico e metaxénico habitat: hepatdcito e eritrocito
Sintomas: cefaléia, mialgia, sensagdo de cansaco, mal-estar e febre intermitente por conta
do ciclo eritrocitico (quando 0 merozoito sai da hemacia tem a febre e quando entra na
hemécia para essa febre por isso que é intermitente).
+ Malaria grave: plasmodium falciparum —> citoaderéncia, formagao de rosetas, hiper-
parasitemia
~> pode ocasionar em malaria cerebral, insuficiéncia renal, edema pulmonar agudo, anemia
grave, ictericia acentuada, hipertermia, coma malarico, sangramento espontaneo,
hipoglicemia (inibe a gliconeogénese), choque, convulsées, colapso respiratério.+ Acesso malarico ou ataque paroxistico: nos primeiros 15min a pessoa comega a sentir
frio, arrepios, tremedeiras, calafrios, sudorese e depois vem a febre que pode chegar a 41°C
acompanhada de cefaleia.
+ Resisténcia ao Plasmodium: anemia falciforme, talassemia (deficiéncia na cadeia de
globina), deficiéncia de G6PD (transforma a hemoglobina em metaglobina que é toxica ao
parasito)
+ Vivax: hemacias novas
+ Falciparum: todos os tipos de hemacias
+ Malariae: hemdcias velhas
+ Ovale nao tem afinidade por um tipo
Diagnéstico: clinico: observagao da situagao epidemiolégica (no Brasil, principalmente
regiao norte), analisa também os sinais e sintomas. Laboratorial: gota espessa (padrao
ouro) ou esfregaco sanguineo, RT-PCR, testes rapidos.
Obs: doenga de notificagaéo compulsdria exceto na regido amaz6nica.
+ Ciclo: femea do anopheles inocula o esporozoito no humano, esse esporozoito invade os
hepatdcitos onde vao se desenvolver, os esporozoitos vao se diferenciar em trofozoitos pré
eritrocitico, ocorre a esquizogonia gerando um esquizonte e posteriormente um merozoito,
essa célula se rompe e esses merozoitos invadem os eritrécitos, dentro dos eritrécitos os
merozoitos transformam-se em trofozoitos jovens e depois trofozoitos maduros que
sofrem esquizogonia dando origem aos esquizontes e posteriormente merozoitos, esses
merozoitos invadem novos eritrécitos e alguns se diferenciam em gametéfitos. O mosquito
ingere esses gametofitos e no intestino ocorre a gametogénese formando um gametécito
feminino (macrogameta) e um gametécito masculino (microgameta), ocorre a fecundacao
e tem a formacao do ovo ou zigoto, quando esse zigoto passa a se movimentar por conta
das contragoes intestinais forma 0 oocineto, ele se encista na camada epitelial dando
origem ao oocisto, ocorre a diviséo esporogénica onde é gerado os esporozoitos dentro
desse oocisto que vao ser transmitidos para o ser humano pela saliva do mosquito fémea.
Giardiase: protozoario
Agente etioldgico: giardia lamblia
Reservatorio: humano
Ciclo monoxénico
Forma infectante: cistos, habitat: duodeno e jejuno (intestino delgado)
Sintomas: quadro de diarréia aguda ou diarréia persistente, com evidéncia de ma absorc¢ao
e perda de peso. A diarréia é do tipo aquosa, odor fétido acompanhada de gases. Porém,
maioria das infecgdes sao assintomaticas.
Diagnéstico: clinico: em criangas a sintomatologia mais indicativa é diarréia com
esteatorréia, insonia, nauseas, vomitos, perda de apetite e dor abdominal. Laboratorial:
fezes formadas (cistos) método de Faust e fezes diarréicas (trofozoitos) faz-se 0
esfregaco. Imunoldgico: RIFI, ELISA, RT-PCR (molecular)+ Ciclo: ingestao dos cistos pelo ser humano, o desencistamento é¢ iniciado no meio acido
do estémago e completado no duodeno e jejuno onde ocorre a colonizagao do intestino
delgado pelos trofozoitos, esses trofozoitos se multiplicam por divisao binaria e 0 ciclo se
completa quando ocorre novamente o encistamento desses trofozoitos que vao ser
eliminados para o meio exterior.
Amebiase: protozoario, forma infectante: cistos
Agente etioldgico: entamoeba histolytica
Reservatorio: humano
Ciclo monoxénico
Habitat: intestino grosso.
Sintomas: A maioria das infecgdes sao assintomaticas. Na amebiase intestinal: (colites
nao disentéricas) —> fezes diarréicas moles ou pastosas, as vezes contendo muco ou
sangue, desconforto abdominal ou cdlicas, (colites disentéricas) -> célicas intestinais,
evacuagdes mucossanguinolentas, tenesmo (vontade intensa de evacuar), tremores de frio.
Frequentemente ocorrem perfuragées no intestino. Na amebiase extra intestinal:
abscessos hepaticos (dor, febre e hepatomegalia), febre intermitente e irregular, com
calafrio, anorexia e perda de peso. Na invaséo pulmonar: tosse com expectoragao, febre,
dor toracica.
Diagnéstico: clinico: dificil por conta dos sintomas serem comuns a varias doencas
intestinais mas os sintomas indicativos sao: febre, dor abdominal prolongada, diarréia com
muco, pus e sangue, distensdo abdominal e flatuléncia. Laboratorial: Método direto a
fresco, Hematoxilina férrica (trofozoitos), método de Hoffman, método de Faust, ELISA,
Hemaglutinagao indireta, RT-PCR. Na amebiase extra intestinal hepatica faz raio X,
ressonancia, aspirado hepatico, hemograma, transaminases e bilirrubina.
* Ciclo: (nao patogénico) -> ingestao do cisto maduro, passa pelo estomago, chega no final
do intestino delgado e comego do grosso, ocorre o desencistamento liberando o metacisto,
esse metacisto sofre divisdes formando os trofozoitos, os trofozoitos migram para 0
intestino grosso onde se colonizam e formam o pré cisto, depois cisto onde vai ter a
eliminagao pelas fezes.
(patogénico) --> nao tem a formagao do cisto, o trofozoito magna invade a mucosa
intestinal e vai para o figado, coragao, pulmao, rim, cérebro e pele.
Enterobiase: helminto ou verme
Agente etioldgico: enterobius vermicularis
Reservatorio: humano
Ciclo monoxénico
Forma infectante: ovo embrionado
Habitat: ceco, ovos vao para o anus
Sintomas: prurido anal, perda de sono, irritabilidade, presenga do verme nas fezes,
raramente pode acontecer inflamagao intestinal e inflamagao no apéndice. Nas mulheres
pode ocorrer a presenga de vermes na regido genital levando inflamagao na vagina, titero e
bexiga.Diagnéstico: clinico: prurido anal caracteristico. Laboratorial: Método de Graham (fita
gomada).
+ Ciclo: Tem-se a ingestio dos ovos pelo ser humano, liberagao das larvas no intestino
delgado, do intestino migram para 0 ceco onde sofrem duas mudas até virar verme adulto,
a fémea e 0 macho fazem a copula e apds essa copula os machos so eliminados com as
fezes e morrem. As fémeas repletas de ovos se desprendem do ceco e dirigem-se para 0
anus onde se rompe e libera os ovos.
Teniase: helminto
Agente etioldgico: taenia solium (ténia da carne de porco) e taenia saginata (ténia da carne
bovina)
Reservatorio: humano, porco e boi
Hospedeiro definitivo: humano para T.solium e T.saginata
Hospedeiro intermediario: porco para T.solium e bovino para T.saginata
Ciclo heteroxénico
Forma infectante: cisticerco (larva de T. Solium e T. Saginata)
Habitat: intestino delgado
Sintomas: dor epigastrica, nauseas, vomito, bulimia, anorexia, presenga de proglotes nas
fezes e nas roupas intimas. Pode haver apendicite e obstrucao intestinal pela massa total
da ténia.
Diagndstico: método de Hoffman, Tamizacao, RIFI, ELISA
+ Ciclo: ingestdo do cisticerco com a carne mal cozida ou crua, 0 cisticerco sofre agao do
suco gastrico em seguida, fixa-se no intestino delgado tornando-se uma ténia adulta,
eliminacdo das proglodes gravidas maduras nas fezes, essas proglotes esto repletas de
ovos que vao ser ingeridos por um hospedeiro intermediario. No estomago do hospedeiro
intermedidrio, a pepsina enfraquece o embri6foro (casca), no intestino as oncosferas sao
ativadas e liberam-se do embridforos, vao penetrar nas vénulas e veias mesentéricas e se
alojam em tecidos vizinhos, com isso a oncosfera evolui para cisticerco recomegando o
ciclo.
Cisticercose: helminto
Agente etioldgico: Taenia solium
Reservatdrio: humano e porco
Hospedeiro definitivo: humano
Ciclo monoxénico
Forma infectante: ovo de T. Solium
Habitat: tecidos gerais
Sintomas: variam de acordo com 0 local a larva esta.
Diagnéstico: ELISA, exame radioldgico, tomografia (neuroimagens).
+ Ciclo: os ovos, cerca de 3 dias apés serem ingeridos, rompem e liberam as larvas que
conseguem passar do intestino para a corrente sanguinea, onde circulam pelo corpo e se
alojam em tecidos como cérebro, figado, mUusculos ou coragao.Ascaridiase: helminto
Agente etioldgico: Ascaris Lumbricoides
Reservatorio: humano
Ciclo monoxénico
Forma infectante: Larva L3 do tipo filaridide
Habitat: intestino delgado porgao alta
Sintomas: em infecgdes macigas encontra-se lesdes hepaticas e pulmonares. No figado
pode ocorrer focos hemorragicos e de necrose. Nos pulmées ocorrem pontos.
hemorragicos na passagem das larvas para os alvéolos, determinando um quadro
pneuménico: febre, tosse, dispnéia e eosinofilia. Pode haver edemaciagao dos alvéolos,
ocasionando manifestagées alérgicas, febre, bronquite e pneumonia (sindrome de Loeffler).
Na tosse produtiva o catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas do helminto.
Diagnéstico: método de Hoffman, técnica de kato-katz (quantificacdo de ovos, estima a
carga parasitaria)
* Ciclo: ingestao do ovo contendo a larva L3 infectante pelo ser humano, 0 ovo atravessa 0
trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado, caem nos vasos linfaticos e veias,
invadem o figado e em seguida chegam ao coragao, do coragao invadem os pulmdes
mudando para L4, rompem os capilares caem nos alvéolos onde mudam para L5, sobem
pela drvore bronquica, traquéia, laringe e faringe onde pode ser expectorado ou deglutido,
caso seja deglutido volta para o intestino delgado onde se fixa e a larva se desenvolve,
formando a larva adulta macho e fémea, ocorre a copula e o ciclo se reinicia.
Ancilostomiase: helminto
Agente etiolégico: Ancylostoma Duodenale e Necator americanus
Reservatorio: humano
Ciclo monoxénico
Forma infectante: Larva L3 do tipo filaridide
Habitat: intestino delgado porcao alta
Sintomas: patogenia primaria -> penetragao e migragao das larvas ocasionando hiperemia,
prurido, edema resultante do processo inflamatorio, durante a migragao pelos pulmées:
dispneia, tosse e febre baixa, dor epigastrica, diminuigao do apetite, célica, flatuléncia,
diarréia sanguinolenta ou constipagao intestinal. Patogenia secundaria -> o parasito fica
instalado no duodeno, ocasionando anemia, desnutri¢ao, ictericia, hipoalbuminemia,
geofagia (vontade de ingerir barro), hemorragias, inflamagdo dos vasos.
Diagnéstico: clinico: analisar se tem ictericia, anemia, sinais cutaneos e pulmonares.
Laboratorial: Método de Hoffman e Willis (ovos leves).
+ Ciclo: penetrag&o da larva L3 na pele, larva chega na circulagao sanguinea e vai para o
coragao, do coragao segue para os pulmées, atingem os alvéolos e mudam para L4,
passam pela drvore brénquica em diregdo a laringe e posteriormente faringe onde pode ser
expectorada ou deglutida. Caso seja deglutida vai para o intestino delgado onde muda para
L5, em seguida viram larvas adultas, macho e fémea faz a copula e os ovos sao eliminados
nas fezes.* Diagndstico laboratorial: pode ser etioldgico ou imunolégico
~> Etioldgico: é feita a pesquisa do prdprio agente etiolégico
~> Imunoldgico: é feita a pesquisa do anticorpo contra 0 agente etioldgico
Obs: os exames laboratoriais possuem limitagdes metodoldgicas, ou seja, existem
protocolos a serem seguidos para que nao ocorra um falso positivo.
+ Testes imunolégicos: podem ser clasificados como marcados (diretos e indiretos) e nao
marcados
~> Marcados: sao mais sensiveis, observa-se a interagao antigeno/anticorpo através de
uma substancia sinalizadora. Ex. Enzima - ensaio Imunoenzimatico (ELISA). Podem ser
diretos, ou seja, 6 a pesquisa do antigeno e podem ser indiretos onde pesquisa
necessariamente um anticorpo.
~> Nao Marcados: sao mais especificos, para verificar a interagao antigeno/anticorpo é
através de uma particula quimicamente inerte. Ex. Hemacias- hemaglutinagao.
+ Exame Parasitolégico de Fezes (EPF): Tem como objetivo diagnosticar os parasitos
intestinais, por meio da pesquisa das diferentes formas parasitdrias que so eliminadas
nas fezes.
—> Método de Hoffman: sedimentagao espontanea, tem como objetivo verificar a
concentragao de ovos, cistos, oocistos e larvas, é 0 mais utilizado, tem amplo espectro e
baixo custo.
—> Método de Willis: flutuagao espontanea, tem como objetivo a visualizagao de ovos de
helmintos de baixa densidade quando a amostra é diluida em uma solugao saturada de alta
densidade (sal ou agucar).
~> Método de Faust: centrifugo-flutuagao, tem como objetivo a visualizagao de ovos e
larvas de helmintos e cistos e oocistos de protozodrios, usa-se o sulfato de zinco que faz a
flutuagdo e também muda a forma do parasito.
~> Método de Baermann: migragao ativa de larvas, tem como objetivo o isolamento de
larvas, baseia-se no hidrotropismo, termotropismo e sedimentagao das larvas quando em
contato com a agua.
~> Método de Graham (fita gomada): tem como objetivo a pesquisa de ovos de Enterobius,
Taenia saginata e Taenia solium.