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004232/21-00.

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PODER JUDICIÁRIO
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

PROVIMENTO Nº 12

Dispõe sobre a atualização do Código de


Normas Cartorárias da Primeira Instância da
Justiça Militar da União.
O MINISTRO-CORREGEDOR DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO, usando das
atribuições que lhe são conferidas pela Lei nº 8.457, de 4 de setembro de 1992, com as alterações da Lei nº
13.774, de 19 de dezembro de 2018, e pelo Regimento Interno do Superior Tribunal Militar, e
CONSIDERANDO que a Corregedoria da Justiça Militar da União é órgão de fiscalização
e orientação jurídico-administrativa da 1ª Instância da Justiça Militar da União;
CONSIDERANDO a necessidade de sistematização e atualização do Código de Normas
Cartorárias, para compatibilizá-lo aos preceitos do processo eletrônico;
CONSIDERANDO a indispensabilidade da atualização do Código de Normas Cartorárias
da 1ª Instância da Justiça Militar União, dada a implementação do sistema e-Proc/JMU;
CONSIDERANDO a necessidade de padronização das práticas da prestação jurisdicional
promovidos por intermédio do processo eletrônico;
CONSIDERANDO a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de
Jurisdição, instituída pela Resolução nº 194, de 26 de maio de 2014, e os instrumentos de distribuição de
servidores previstos na Resolução nº 219, de 26 de abril de 2016, ambas do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ);
CONSIDERANDO a necessidade de adotar medidas de impulsionamento processual com a
prática de atos de mero expediente, sem caráter decisório, assim entendidos os atos necessários à
movimentação processual, atinentes ao próprio rito processual, de acordo com o previsto a cada espécie no
Código de Processo Penal Militar ou nas demais legislações processuais; e
CONSIDERANDO, ainda, a necessidade do estabelecimento de ações que possibilitem e
fortaleçam a celeridade, efetividade, transparência e simplificação na tramitação dos feitos no âmbito da
Justiça Militar da União,

R E S O L V E:

Art. 1º Aprovar a atualização do Código de Normas Cartorárias da Primeira Instância da


Justiça Militar União, composto por preceitos e orientações a serem observados pelos servidores nas rotinas
dos serviços judiciários.
Parágrafo único. O Código de Normas Cartorárias é obrigatório em todas as serventias da
Primeira Instância da Justiça Militar da União.
Art. 2º Este Provimento será revisto e atualizado semestralmente, se houver necessidade.
Art. 3º Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES E GERAIS
Seção I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º As disposições deste Código têm caráter geral e aplicam-se a todos os atos
cartorários das Auditorias da Justiça Militar da União.
Art. 2º Havendo necessidade, em face de peculiaridades locais, o Juiz Federal da Justiça
Militar titular da Auditoria poderá baixar normas complementares, mediante portaria, a ser registrada no
Diário da Justiça Eletrônico.
Art. 3º Observar-se-á o Ato Normativo 239/STM, de 6 de novembro 2017, que regulamenta
a tramitação do processo eletrônico por meio do Sistema e-Proc no âmbito da Justiça Militar da União.
Art. 4º Os servidores das Auditorias, no desempenho de atividades cartorárias, devem zelar
pelo correto lançamento de eventos, precisamente em relação aos seguintes tópicos, que repercutem
diretamente na base estatística exigida pelos parâmetros do CNJ:
I – reativação de movimentação processual;
II – redistribuição/atribuição;
III – suspensão ou sobrestamento;
IV – remessa/recebimento de processos às instâncias superiores;
V – baixa definitiva;
VI – conclusão para sentença;
VII – conclusão para despacho/decisão;
VIII – baixa/retorno em diligências;
IX – prolação de sentenças; e
X – prolação de despachos e decisões.
Parágrafo único. É de responsabilidade do Diretor de Secretaria fiscalizar o lançamento
dos eventos arrolados neste artigo, considerando os prazos legais e os critérios de regularidade, atendendo aos
preceitos estabelecidos pelo Manual da Tabela Única de Movimentação Processual do Conselho Nacional de
Justiça.
Art. 5º A Tabela Única de Movimentação Processual é estabelecida e gerida pelo Conselho
Nacional da Justiça, e destina-se à uniformização dos eventos a serem lançados, a fim de permitir a obtenção
de dados estatísticos para gerenciamento das unidades judiciárias.
§ 1º As movimentações processuais no sistema e-Proc/JMU devem ser retratadas de forma
mais fidedigna possível, para valorizar o trabalho realizado e a verificação da produção no sistema virtual de
magistrados e servidores.
§ 2º Para evitar inconsistências nos relatórios gerenciais extraídos diretamente do e-
Proc/JMU, que possa afetar a confiabilidade da base de dados para fins de planejamento e gestão estratégica
da Primeira Instância, é defeso lançamentos de eventos desnecessários e/ou que não reflitam a realidade
processual.

Seção II
Das Disposições Gerais

Art. 6º O processo eletrônico deverá conter registro sobre réus presos menores de 21 anos e
maiores de 70 anos, situação de idoso (conforme a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003), e situação de
indígena (conforme disposições contidas na Resolução do CNJ nº 287/2019).
Art. 7º O Inquérito Policial Militar ou Inquérito Policial ficará vinculado à Ação Penal,
sendo desnecessária a reprodução, na Ação, de documentos que nele constem.
Art. 8º Todos os pedidos incidentes dirigidos ao Juízo serão, em regra, processados
separadamente e receberão numeração própria.
Parágrafo único. Os documentos obtidos deverão constituir anexo ao feito, providenciando-
se a baixa na autuação do incidente após cumpridas as diligências.
Art. 9º O Diretor de Secretaria ou servidor autorizado deverá, de ofício, certificar os
antecedentes criminais do acusado, imediatamente após o recebimento da Denúncia e, também, antes da
abertura do prazo para Alegações Finais.
Art. 10. Os processos protegidos por sigilo ou segredo de justiça não serão acessíveis por
meio de consulta pública.
Parágrafo único. Os registros audiovisuais não serão acessíveis a pessoas não credenciadas
como usuários.
Art. 11. O Diretor do Foro, obrigatoriamente, determinará ao Diretor de Secretaria o
registro dos feriados locais e a suspensão de prazos em casos excepcionais.
Art. 12. Os processos com réu preso, bem como os que tenham tramitação prioritária ou
urgente, e aqueles que tramitam em segredo de justiça, por determinação legal ou judicial, serão destacados
eletronicamente dos demais sempre que forem exibidos.

Seção III
Do Atendimento Prioritário

Art. 13. Os servidores da Justiça Militar da União darão atendimento prioritário às pessoas
portadoras de deficiência, aos idosos, às gestantes, às lactantes, às pessoas acompanhadas de crianças de colo
e aos obesos, mediante garantia de lugar privilegiado em filas, no atendimento na recepção, no atendimento ao
balcão, ou em qualquer outro tipo de atendimento, observadas as peculiaridades existentes na Circunscrição
Judiciária Militar.
Parágrafo único. A prioridade de que trata este artigo se aplica às advogadas públicas e
privadas, promotoras e procuradoras do Ministério Público gestantes ou lactantes, e a qualquer pessoa com
criança de colo, inclusive para preferência nas audiências em geral e nas sessões de julgamento, desde que
haja requerimento prévio, observada a ordem dos requerimentos e respeitados os demais beneficiários da Lei
nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que disciplina o atendimento prioritário.

CAPÍTULO II
DA DISTRIBUIÇÃO E DA AUTUAÇÃO
Seção I
Da Distribuição, Peticionamento e outros Procedimentos

Art. 14. O Juiz Federal da Justiça Militar e o Juiz Federal Substituto da Justiça Militar
concorrem à distribuição em igualdade de condições, mesmo em caso de vacância, quando o Magistrado em
exercício jurisdicionará em todos os feitos.
Art. 15. Na distribuição, deverá ser observada a classificação dos feitos da Tabela de
Classes do Conselho Nacional de Justiça-CNJ usado pela 1ª Instância da Justiça Militar da União, da seguinte
forma:
I - Inquérito Policial Militar;
II - Instrução Provisória de Deserção;
III - Instrução Provisória de Insubmissão;
IV - Inquérito Policial;
V - Auto de Prisão em Flagrante;
VI - Procedimento Investigatório Criminal (PIC/MP);
VII- Termo Circunstanciado;
VIII - Representação Criminal;
IX - Notícia crime;
X - Petição;
XI - Exceção de Impedimento;
XII - Exceção de Incompetência de Juízo;
XIII - Exceção de Suspeição;
XIV - Insanidade Mental do Acusado;
XV - Incidente de Falsidade;
XVI - Pedido de Busca e Apreensão Criminal;
XVII - Pedido de Quebra de Sigilo de Dados e/ou Telefônico;
XVIII - Pedido de Prisão Preventiva;
XIX - Carta de Ordem Criminal;
XX - Carta Precatória Criminal;
XXI - Ação Penal Militar – Procedimento Ordinário;
XXII - Deserçao de Oficial;
XXIII - Deserçao de Praça;
XXIV - Insubmissão;
XXV - Mandado de Segurança;
XXVI - Habeas Corpus;
XXVII - Habeas Data;
XXVIII - Reabilitação;
XXIX - Restauração de Autos;
XXX - Execução da Pena;
XXXI - Execução de Medida de Segurança; e
XXXII - Execução Provisória.
Art. 16. Serão obrigatoriamente distribuídos ao Juízo:
I - comunicação de prisão em flagrante, ou qualquer outra forma de constrição dos direitos
fundamentais previstos na Constituição da República;
II - representação ou requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público Militar
para a decretação de prisões de natureza cautelar;
III - requerimento do Ministério Público Militar, do Encarregado do IPM (Inquérito Policial
Militar) e de qualquer outra autoridade policial, de medidas constritivas ou de natureza acautelatória;
IV - oferta de Denúncia pelo Ministério Público Militar ou apresentação de Queixa-Crime
pelo ofendido ou por seu representante legal; e
V - pedido de arquivamento deduzido pelo Ministério Público Militar.
Art. 17. Os requerimentos do Ministério Público Militar que digam respeito à medidas
constritivas ou de natureza acautelatória, quando tenham relação com fato que não esteja sendo apurado em
Inquérito Policial em curso, serão instruídos com os elementos necessários ao esclarecimento do Juízo.
Art. 18. As petições iniciais, inseridas pelas Organizações Militares ou partes, serão
distribuídas automaticamente pelo sistema eletrônico, observando-se os casos legais e normativos de
prevenção.
§ 1º Incumbe ao autor informar os dados necessários à distribuição no sistema eletrônico,
cabendo ao Juízo a que for distribuído o processo a conferência e a retificação dos dados, se necessário.
§ 2º Os documentos indispensáveis à propositura da ação, bem como todas as petições
destinadas aos autos, deverão ser juntados na forma eletrônica, em formato pdf com a extensão OCR, não
partilhados e adequadamente classificados, conforme art. 19, caput, do Ato Normativo nº 239/STM, de 30 de
outubro de 2017, e da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
§ 3º Os originais dos documentos digitalizados para juntada ao processo eletrônico serão
preservados pela parte, conforme art. 19, §2º do Ato Normativo 239/STM, de 2017.
§ 4º Os bens e objetos relevantes à instrução do processo serão depositados em Secretaria,
salvo determinação judicial em contrário.
§ 5º Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável, por não serem legíveis ou
devido ao grande volume, deverão ser apresentados em Secretaria no prazo de 10 (dez) dias, contados do
envio de petição eletrônica que comunica o fato, fornecendo-se recibo da entrega e tudo será certificado pelo
Diretor de Secretaria, conforme art. 19, §4º do Ato Normativo 239/STM, de 2017.
§ 6º A inviabilidade técnica deverá ser devidamente justificada ao Magistrado, a quem
cumprirá deferir a juntada física. Em caso de indeferimento, o Juiz fixará prazo para que a parte digitalize os
documentos.
§ 7º É admitida a apresentação de documentos em meio físico, para o registro dos elementos
e informações necessárias ao processamento do feito, com devolução ao interessado quando não mais
necessários à instrução e julgamento.
§ 8º No caso de apresentação de documentos em desacordo com as normas deste Código, a
petição inicial poderá ser indeferida, sem prejuízo de novo ajuizamento.
Art. 19. Nos processos de distribuição livre, a Secretaria, com o auxílio dos mecanismos do
e-Proc, registrará possíveis prevenções, cabendo a sua análise ao Juízo a que forem distribuídos.
Art. 20. Havendo necessidade de redistribuição, esta será feita diretamente no sistema pelo
Juízo que a determinar.
Art. 21. A redistribuição resultará de decisão jurisdicional, de ato normativo do Tribunal ou
de erro grosseiro na distribuição.
Art. 22. A distribuição equivocada será baixada mediante decisão do Juízo, e terá o
lançamento do evento “Cancelada a Distribuição” e alteração da Situação do Processo para “BAIXA - ERRO
DE DISTRIBUIÇÃO”.
Art. 23. O critério de distribuição utilizado pelo sistema informatizado é público, e a
listagem dos processos distribuídos e redistribuídos estará disponível no sistema e-Proc/JMU.
Art. 24. A distribuição por dependência será automática nas hipóteses de incidentes
processuais vinculados ao feito.
Art. 25. Não será admitida a afirmação prévia e genérica de impedimento, para bloqueio de
distribuição, devendo as decisões em tal sentido ser deduzidas, nos autos, em cada processo.
Art. 26. As medidas que exijam decisão judicial urgente, recebidas em plantão judiciário,
serão encaminhadas à distribuição ou à Auditoria competente, se já definida, no início do primeiro dia de
expediente seguinte.
Art. 27. O processo de restauração de autos será distribuído por dependência e tramitará
com nova numeração até ser decidido definitivamente, suspendendo-se o originário, com o devido registro no
sistema.
Parágrafo único. Havendo decisão pela procedência, seguir-se-á a baixa do número do
processo restaurado, que prosseguirá sob o número do processo eletrônico, que deverá ser reautuado com a
classe da ação originária.
Art. 28. O registro da baixa e a remessa dos autos a seu destino, bem como sua reativação,
serão feitos pelo Diretor de Secretaria, preferencialmente, ou por servidor designado da respectiva Auditoria.
Art. 29. As petições ou documentos cujas juntadas forem indeferidas serão retirados do
processo.
Art. 30. Nos casos de incompetência em que os autos devam ser remetidos a outro Juízo
que não disponha de sistema compatível, a Secretaria onde tramita o processo providenciará o
encaminhamento das peças, preferencialmente por meio eletrônico, com a indicação da “chave” para aferição
de autenticidade.
Parágrafo único. Na hipótese de retorno dos autos físicos ao Juízo de origem, a Secretaria
fará a digitalização das peças produzidas perante o outro Juízo, prosseguindo o processo nos mesmos autos
eletrônicos.
Art. 31. Os processos físicos recebidos de outro Juízo serão digitalizados e encaminhados
para cadastro e distribuição no Sistema e-Proc/JMU, devendo ser anexada aos autos eletrônicos certidão com
as informações relativas à sua identificação originária.
§ 1º Concluída a distribuição no e-Proc/JMU, o setor responsável certificará os
procedimentos adotados nos autos físicos e os remeterá ao Juízo competente, que providenciará a
digitalização das peças para incluir no sistema eletrônico e registrará os autos físicos como anexo.
§ 2º Em caso de não reconhecimento da competência, o Juízo certificará e restituirá os autos
físicos, instruindo-os com cópia das peças produzidas na Justiça Militar da União, com extinção do processo
no e-Proc/JMU, somente após confirmação da incompetência no moldes do art. 112, I, b, do CPPM .
§ 3º Em caso de existência de documentos de difícil reparação, o Juiz adotará as cautelas
que entender pertinentes.
Art. 32. Serão assinados pelo Juiz Federal da Justiça Militar ou pelo Juiz Federal Substituto
da Justiça Militar:
I - as Cartas Precatórias e Rogatórias, ou formulários de cooperação jurídica internacional;
II - os ofícios dirigidos a Oficiais Generais, a membros dos Poderes Judiciário, Executivo e
Legislativo, a Ministros e a Secretários de Estado ou à autoridades que recebam igual tratamento protocolar
nas unidades da Federação;
III - as autorizações de levantamento de valores, os ofícios de liberação de bens, os Alvarás
de Soltura, os Salvo-Condutos, os Mandados e os Contramandados de prisão; e
IV - os Mandados de busca e apreensão e os ofícios de quebra de sigilo fiscal, financeiro,
telefônico ou telemático.
Art. 33. Correspondências dirigidas a Magistrados e a outras autoridades com tratamento
de “Excelência” ou similar devem ser subscritas pelo Juiz.
Art. 34. Os Mandados de caráter geral e os ofícios serão assinados pelo Diretor de
Secretaria, sempre em cumprimento a ordem judicial e com menção de fazê-lo por ordem do Juiz.
Art. 35 No peticionamento eletrônico a assinatura se dá pelo login do advogado no sistema,
com o registro da respectiva senha, não sendo necessária assinatura digital nem digitalização da petição
assinada.

Seção II
Da Comunicação Eletrônica dos Atos Processuais

Art. 36. Para a comunicação de atos processuais, a Secretaria deverá utilizar o processo
eletrônico.
Art. 37. O Diretor de Secretaria ou outro servidor designado deverá consultar a caixa postal
eletrônica da unidade judiciária, o malote digital e o Sistema SEI ao menos uma vez por dia.
Art. 38. O meio eletrônico não será utilizado somente em casos de urgência ou que, pelas
peculiaridades, exijam cautela especial.
Art. 39. Sempre que possível, a Secretaria utilizará sistema informatizado para
solicitar/obter informação necessária ao andamento dos feitos (ex.: certidão de antecedentes penais).

Seção III
Da Autuação

Art. 40. A autuação da Ação Penal Militar deverá ser instruída com a Denúncia e seu
respectivo recebimento, bem como o cumprimento do que segue:
I - lançamento da Pauta de Audiências;
II - antecedentes criminais na Justiça Militar da União, e, também, nas Justiças Estadual e
Federal, preferencialmente mediante pesquisa na internet;
III - certidão do Conselho de Justiça;
IV - alteração da Situação da Parte;
V - definição do Assunto;
VI - nível de Sigilo do Processo;
VII - verificação da existência de Conselho/Órgão Singular;
VIII - existência de prioridade de atendimento; e
IX - Organização Militar e Força na qual a OM está inserida.
Art. 41. Deve a Secretaria:
I - conferir, rigorosamente, se os documentos produzidos encontram-se em formato que
permita o reconhecimento de caracteres (art. 5º, § 1º, do Ato Normativo 239/STM, de 2017), bem como se os
arquivos em formato pdf possuem a extensão OCR;
II - observar o lançamento correto e a perfeita adequação do feito, devendo ser sanadas as
imperfeições e, se necessário, solicitar a reinserção do que for acostado sem a observância do descrito no
inciso I, certificando a respeito;
III - havendo indiciado/flagranteado, certificar sobre os respectivos antecedentes criminais
na Justiça Militar da União, bem como nas Justiças Estadual e Federal, preferencialmente, mediante pesquisa
na internet;
IV - nos casos de Prisão em Flagrante, juntar a certidão expedida pelo BNMP - Banco
Nacional de Mandado de Prisão;
V - diligenciar junto à respectiva Seccional da OAB acerca de impedimento ou suspensão do
advogado constituído nos autos ou cadastrado para atuar como Defensor Dativo;
VI - verificar se há ou não prevenção ou processo relacionado; e
VII - caso o denunciado estiver preso, deverá inserir no campo autuação, de forma precisa e
destacada, a expressão: “ATENÇÃO: PROCESSO COM RÉU PRESO”.
Parágrafo único. Após as conferências e correções necessárias, o servidor lançará a
movimentação “Processo Corretamente Autuado”.
Art. 42. Após a verificação dos itens descritos no artigo anterior, devem ser preenchidos,
impreterivelmente, os seguintes dados, retificando-os, nos casos que se fizerem necessários:
I - dados criminais: data de início do fato; data de término do fato (se for diferente daquela
de início); data de nascimento do agente; idade do agente na data do fato; cálculo prescricional;
II - classe da Ação;
III - nome do envolvido e, de forma imprescindível, seu respectivo nº de CPF, inclusive com
a situação civil, se militar, estrangeiro, indígena, idoso, dentre outros;
IV - agente preso;
V - nível de sigilo do processo;
VI - prioridade de atendimento;
VII - processo em GLO;
VIII - bens apreendidos;
IX - nível de sigilo de documentos;
X - associação de documento à Parte específica;
XI - situação da Parte;
XII - Organização Militar de lotação do indiciado ou acusado;
XIII - número da Portaria que determinou a abertura do procedimento investigatório; e
XIV - nome do Encarregado do IPM
§ 1º No que pertine à autuação em apartado, registro, juntada e manutenção do sigilo das
informações oriundas de expedientes de natureza confidencial, como quebra de sigilo de dados bancários,
quebra de sigilo e dados telefônicos, medidas preventivas e assecuratórias declaradas sigilosas pela
Autoridade Judiciária, bem como feitos envolvendo menores, dentre outros, será designado servidor
responsável pela aludida tarefa.
§ 2º Na ausência ou impedimento de servidor, é responsável pelo procedimento o ocupante
do cargo de Diretor de Secretaria ou seu substituto.
§ 3º Deve a Secretaria atentar para que os Pedidos de Quebra de Sigilo de Dados e/ou
Telefônico sejam relacionados, obrigatoriamente, ao feito principal como Apensos.
§ 4º Sob pena de responsabilidade funcional, fica vedado ao Magistrado e ao servidor
fornecer quaisquer informações, a terceiros ou a órgão de imprensa, contidas em processos, atos processuais
ou inquéritos declarados sigilosos.
Art. 43. Arquivado o feito, deve ser procedida a baixa para a Corregedoria da Justiça
Militar, com a retificação correspondente no tocante à situação da Parte em “gerenciamento de partes”
localizado no campos de “Ações”.
Art. 44. No tocante à parte final do art. 397 do Código de Processo Penal Militar, deverá a
Secretaria produzir cópia em mídia, para remessa à Procuradoria-Geral do Ministério Público Militar.
Art. 45. Na hipótese de recebimento da Denúncia, nos casos do art. 397 parte final, do
Código de Processo Penal Militar, será distribuído/autuado feito dependente, o qual ficará vinculado ao
procedimento originário.
Art. 46. Nas hipóteses previstas nos artigos 40, 41 e 42 é obrigatória a alteração da Situação
da Parte em “gerenciamento de partes” localizado no campos de “Ações”.
Art. 47. Deve ser procedida a associação da Procuradoria do Ministério Público Militar
como Parte no campo de “Partes e Representantes”.
Art. 48. Devem ser anotadas na autuação todas as informações relevantes ao andamento do
processo, tais como intervenções obrigatórias, benefícios concedidos, prioridades legais a serem observadas,
entre elas Metas do CNJ e objetos anexos.
Art. 49. A juntada de documentos, certidões, atos e termos processuais aos autos devem
seguir a ordem cronológica de sua realização/apresentação.
Art. 50. Ao receber qualquer petição que indique estar acompanhada de documentos, o
servidor fará a devida conferência. Caso falte alguma peça, deverá proceder às diligências para sanar o
equívoco e certificará de imediato tal fato.
Art. 51. Havendo dúvida sobre qualquer petição ou peça apresentada pelas partes, quanto à
regularidade, tempestividade ou outro dado relevante, o fato será levado à imediata apreciação do Diretor de
Secretaria.
Art. 52. O prazo para diligências cartorárias é de 48h, salvo determinação em contrário.
Art. 53. Imediatamente após o término da audiência/sessão, devem ser adotadas todas as
medidas cabíveis, como atualização da pauta, elaboração de ofícios, Mandados, ata e demais providências.

Seção IV
Do Registro de Materiais e Bens Apreendidos

Art. 54. Os bens pertinentes aos crimes, apreendidos ou não, serão relacionados de forma
circunstanciada, em local próprio no processo, mantidos em local seguro e devidamente identificados com
número do processo e nome das Partes.
Art. 55. A Secretaria da Auditoria deverá alimentar o Sistema Nacional de Bens
Apreendidos (SNBA).
Art. 56. Os objetos apreendidos em Inquéritos Policiais ou durante o processo seguirão os
trâmites seguintes:
I – o Juiz do feito determinará a vinculação dos bens apreendidos com etiqueta
identificadora ao número do procedimento;
II – o servidor verificará as características entre os bens descritos no termo de apreensão e os
apresentados e, em caso de não coincidirem, diligenciará a respeito, certificando e fazendo conclusão ao Juiz
do feito; e
III – o servidor registrará os bens apreendidos no Sistema e o acautelamento em cofre na
Secretaria, sob responsabilidade do Diretor de Secretaria.
Art. 57. Não dispondo a Auditoria de condições físicas ou adequadas para armazenamento
dos bens, a Secretaria deverá providenciar:
I – no caso de substância entorpecente:
a) registros fotográfico e descritivo das substâncias ilícitas acauteladas vinculando-as aos
respectivos feitos e certificando a existência, ou não, dos laudos toxicológicos de constatação preliminar e
definitivo;
b) guarda na Organização Militar de origem, com as devidas precauções ou, se necessário, o
envio, mediante Termo de Cautela, com a devida descrição e certificação nos respectivos autos das drogas já
periciadas, à Polícia Federal, para que:
1. armazene a substância apreendida até que o Juízo autorize sua destruição;
2. providencie a destruição da substância ilícita relativa ao feito já decorrido o prazo recursal
e o prazo de 90 (noventa) dias previsto no art. 196 do Código de Processo Penal Militar, anexando, ao ofício
de comunicação, cópia autenticada do despacho, decisão ou sentença que determinou a destruição e da
certidão do decurso de prazo ou do trânsito em julgado; e
3. em se tratando de arquivamento de Instrução Provisória, anexe também ao ofício, além
dos documentos mencionados no inciso II, cópia autenticada do parecer do MPM;
II - no caso de material bélico:
a) a juntada de registro fotográfico e descritivo do material, inclusive indicando se já foram
realizados exames periciais relativos à eficiência da arma, bem como os exames de balística, quando houver; e
b) a devolução à Organização Militar de origem, mediante Termo de Cautela, do material
bélico para a guarda ou armazenamento, onde deverá permanecer lacrado e à disposição do Juízo, salvo
autorização judicial para utilização na rotina do quartel; e
III – no caso de numerário:
a) os valores apreendidos em moeda nacional ou estrangeira deverão ser depositados em
conta-poupança vinculada ao processo, conforme disposição no Manual de Bens Apreendidos do Conselho
Nacional de Justiça;
b) o numerário em moeda nacional será recolhido à Caixa Econômica Federal, em conta de
depósito judicial vinculada ao processo e remunerada, com comprovação nos autos;
c) o numerário em moeda estrangeira será encaminhado, para custódia, ao Banco Central do
Brasil e, onde não houver representação dessa autarquia, à Caixa Econômica Federal;
d) as moedas cuja falsidade tenha sido constatada por laudo pericial deverão ser carimbadas
com os dizeres “moeda falsa” e encaminhadas ao Banco Central do Brasil, onde deverão permanecer
custodiadas até que sua destruição seja determinada pelo Juiz, reservada amostra para instrução do processo;
e) os cheques serão compensados, depositando-se o valor correspondente em conta
remunerada à disposição do Juízo na Caixa Econômica Federal, mantendo-se cópia nos autos; e
f) os títulos financeiros serão custodiados na Caixa Econômica Federal, ficando o resgate
condicionado à decisão judicial, oportunizada prévia manifestação ao Ministério Público Federal;
§ 1º O Juiz, ouvido o Ministério Público Militar e a Defesa, pode decidir pela devolução do
bem apreendido à vítima.
§ 2º As joias, pedras e metais preciosos serão custodiados na Caixa Econômica Federal.
§ 3º Os objetos provenientes de contrabando ou descaminho, bem como os meios de
transporte utilizados, deverão permanecer sob custódia da Unidade Militar competente.
Art. 58. Deverá ser registrada, obrigatoriamente, no Sistema e-Proc/JMU, ainda que de
forma sumária, a providência tomada para o acautelamento e destino dado a todos os objetos vinculados aos
feitos, em especial os encaminhados a local diverso do Juízo.
Art. 59. O Diretor de Secretaria é responsável por manter atualizada a situação dos bens
armazenados na Auditoria.
Art. 60. O Diretor de Secretaria encaminhará ao Magistrado, a cada 3 (três) meses, a
relação de bens vinculados aos procedimentos investigatórios ou ações penais militares, indicando o estado
em que se encontram para que a autoridade judiciária avalie a manutenção da guarda ou a destinação a ser
dada aos referidos bens.
Art. 61. Na sentença, o Juiz deverá, necessariamente, dispor acerca da destinação dos bens
apreendidos.

Seção V
Do Desentranhamento de Peças e Cancelamento de Eventos

Art. 62. Mediante determinação judicial, documentos poderão ser desentranhados dos autos
pelo Diretor de Secretaria ou servidor por ele indicado.
Art. 63. A Direção de Secretaria deverá proceder ao cancelamento de movimentação
processual, independentemente de despacho, quando verificar que a documentação juntada está em desacordo
com o sistema e-Proc/JMU.
Parágrafo único. Nos casos previstos nos arts. 62 e 63, o cancelamento da movimentação
processual requer certidão informando o motivo da exclusão do Evento/Documento, na qual constará o fato, o
motivo e o número do evento antes ocupado.
Art. 64. O cancelamento de evento é ato excepcional. Ao fazê-lo, o servidor deverá, ato
contínuo, certificar o motivo de tal providência.
Parágrafo único. O sistema eletrônico registrará o evento cancelado e o servidor responsável
pelo cancelamento.

Seção VI
Da Conclusão ao Magistrado

Art. 65. Com a necessidade de apreciação ou de providência judicial, a remessa dos autos
conclusos ao Juiz deverá ser precedida do lançamento do evento conclusão.
§ 1º É vedada a retenção, na Secretaria, de autos, os quais deverão ser conclusos dentro do
prazo estabelecido na Lei de Organização Judiciária Militar.
§ 2º Nenhum feito ficará sem movimentação por mais de 30 (trinta) dias, salvo expressa
autorização judicial em contrário e os casos legais de suspensão. Na falta destas hipóteses, os autos serão
conclusos ao Juiz.
§ 3º Deve ser procedida a análise do processo antes da conclusão, bem como o agrupamento
nos localizadores específicos, de acordo com o motivo da conclusão.
Art. 66. Sempre que o prazo da parte escoar in albis, tal fato deve ser certificado antes da
conclusão dos autos ao Juiz.

CAPÍTULO III
DA PREVENÇÃO

Art. 67. Recebidos no Juízo os documentos ou autos de procedimentos investigatórios,


proceder-se-á à verificação de cadastramento anterior do envolvido ou portaria indicativa da abertura de
procedimento para estabelecer ou não a prevenção.
Art. 68. Os procedimentos investigatórios sujeitam-se à classificação e à distribuição, livre
ou por dependência, salvo aqueles apresentados durante o regime de plantão.
Parágrafo único. Também deverá haver a verificação da ocorrência de prevenção durante o
plantão judiciário.
Art. 69. O Juiz plantonista determinará todas as providências necessárias nos feitos
recebidos em plantão judiciário, não estabelecendo sua vinculação, devendo os autos serem enviados,
necessariamente, ao Juiz Natural, via sistema e-Proc/JMU.
§ 1º O Magistrado que decidir sobre medidas cautelares antes da chegada do procedimento
investigatório ficará prevento, independentemente da numeração que o procedimento vier a receber, com a
posterior compensação na distribuição, exceto no plantão judiciário.
§ 2º Este artigo não se aplica aos despachos e decisões proferidos durante o plantão
judiciário ou no período de férias do outro Magistrado.
§ 3º Toda compensação realizar-se-á com procedimentos investigatórios novos, vedada a
compensação com feitos já em andamento.
Art. 70. Em caso de retificação na autuação processual para inclusão ou alteração de partes
será feita nova verificação de prevenção, certificando-se nos autos essa diligência.

CAPÍTULO IV
DOS ATOS PROCESSUAIS QUE INDEPENDEM DE DESPACHO JUDICIAL

Art. 71. Independem de despacho judicial os atos processuais a seguir, devendo ser
realizados pelo Diretor de Secretaria ou por demais servidores devidamente autorizados:
I – intimação da parte para juntada de documentos necessários à Instrução, sendo que, em
caso de não atendimento no prazo assinalado, os autos deverão ser conclusos;
II – intimação da parte-autora para esclarecer divergência entre a qualificação constante na
petição inicial e os documentos que a instruem;
III – reiteração de Citação, por Mandado ou por Carta, na hipótese de mudança de endereço
da parte, quando indicado novo endereço;
IV– intimação da parte contrária para manifestar-se sempre que forem juntados novos
documentos ou quando houver necessidade de manifestação prévia da parte contrária;
V– intimação das partes para manifestarem-se sobre o laudo do perito e do assistente
técnico;
VI - intimação das partes para apresentarem cálculos ou para se manifestarem acerca de
cálculos apresentados, bem como quanto à respostas a ofícios relativos à diligências determinadas pelo Juízo;
VII– intimação do perito para apresentar o laudo, na hipótese de estar vencido o prazo
fixado pelo Juiz;
VIII– decorrido o prazo de suspensão deferido, sem manifestação da parte interessada,
intimação do autor para dar prosseguimento ao processo;
IX– intimação das partes acerca da expedição de Cartas Precatórias;
X – intimação do não cumprimento de Carta Precatória;
XI– intimação da não localização de testemunha;
XII– abertura de vista ao Ministério Público Militar, quando o procedimento assim o
requerer;
XIII– determinação do registro da penhora, quando for efetivada por termo e não tiver sido
providenciado o registro;
XIV– solicitação de informações sobre o cumprimento de mandados/diligências com prazo
vencido;
XV– transitada em julgado a Sentença, intimação das partes para requererem o que
entenderem de direito;
XVI– desarquivamento de processos, com a consequente vista e, nada sendo requerido, o
retorno ao arquivo;
XVII– resultando o pedido de desarquivamento dos autos em prosseguimento do feito,
promoção da reativação da movimentação processual;
XVIII– juntada de documento ou peça relativos a processos já arquivados, promovendo a
reativação da movimentação processual, se necessária;
XIX– baixa de processos, salvo nos casos em que seja necessário despacho com conteúdo
decisório;
XX– remessa de petições protocolizadas na Unidade Judiciária, cujos processos se
encontrem em outro órgão;
XXI– expedição de certidão narratória; e
XXII – emissão de certidão de antecedentes criminais.
Parágrafo único. Não são passíveis de delegação:
I - o cancelamento de audiências a pedido e que dependa de análise subjetiva da
justificativa;
II - as nomeações de curador e de advogado dativo;
III - a análise da necessidade de produção de prova pericial;
IV - a dilação de prazo, salvo se não peremptório e por uma única vez;
V - a destinação de bens apreendidos;
VI - a determinação de juntada de documentos para instrução de pedido de liberdade
provisória; e
VII - a audiência admonitória no processo de execução penal.

CAPÍTULO V
DAS CITAÇÕES, INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 72. As citações serão realizadas, em regra, mediante expedição de Mandado


acompanhado da contrafé, e, da mesma forma, serão as intimações de réus e testemunhas nos processos nos
quais não haja advogado constituído.
Art. 73. Intimações e notificações ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos
advogados constituídos serão realizadas diretamente no processo eletrônico, dispensada a publicação no diário
oficial ou a expedição de Mandado.
§ 1º Nos processos com advogado constituído, as intimações e notificações serão feitas por
intermédio do causídico.
§ 2º Não se aplica a regra prevista nos arts. 72 e 73, § 1º, às intimações realizadas em
audiência ou em Secretaria, cabendo à Unidade Judiciária realizar seu registro no sistema eletrônico.
§ 3º Quando for inviável o uso do sistema eletrônico para a realização de intimação ou
notificação, esses atos serão praticados mediante a expedição de Mandado ou Carta em que constará a
“chave” para acesso ao inteiro teor do processo no sítio próprio da internet, sendo desnecessário o
encaminhamento de cópia impressa (Ato Normativo nº 239/STM, de 2017).
§ 4º Deverá constar no Mandado que, caso o citado não disponha de acesso à internet, ele
poderá consultar o processo em qualquer uma das unidades das Circunscrições Judiciárias Militares da União.
§ 5º As Auditorias das Circunscrições Judiciárias Militares fixarão alternativas de contatos
com as Organizações Militares, objetivando o encaminhamento de comunicações pelo sistema eletrônico, de
forma a dispensar a expedição de Mandado ou Carta.
§ 6º Havendo acordo, na forma do § 5º, somente serão expedidos Mandados em situações de
urgência ou excepcionalidade que justifiquem a medida.
§ 7º As ordens de soltura serão, preferencialmente, comunicadas por meio eletrônico, na
forma estabelecida em acordos celebrados por cada Circunscrição Judiciária Militar com a OM – Organização
Militar da área.
Art. 74. Declarando o acusado, no momento da citação, que não pretende constituir
advogado, a Auditoria providenciará a imediata intimação do Defensor Público vinculado ao Juízo.
Art. 75. As ordens judiciais a serem cumpridas por Oficiais de Justiça serão
instrumentalizadas mediante a expedição dos Mandados judiciais correspondentes.
§ 1º Os Mandados judiciais serão confeccionados pelas Secretarias de cada Auditoria e
conterão, obrigatoriamente:
I – o nome do Juiz Federal da Justiça Militar e do Juiz Federal Substituto da Justiça Militar
que expediu a ordem;
II – o nome completo do destinatário do Mandado e o respectivo número do Cadastro de
Pessoa Física (CPF/MF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ/MF) lançados nos campos
apropriados de modo a alimentar o banco de dados informatizado;
III – o endereço completo do destinatário do Mandado Judicial, acompanhado do respectivo
Código de Endereçamento Postal (CEP), lançados nos campos apropriados de modo a alimentar o banco de
dados informatizado;
IV – a Ordem Judicial a ser cumprida pelo Oficial de Justiça, expressa em verbo conjugado
na 3ª (terceira) pessoa do modo imperativo afirmativo;
V – a chave eletrônica para acesso ao inteiro teor do processo no sítio próprio da internet,
ressalvados os casos de processo sigiloso, intimação de testemunhas e demais exceções legais; ou, sendo
absolutamente imprescindível, os documentos necessários à compreensão da ordem judicial e de sua
finalidade pelo destinatário, que serão anexados ao Mandado diretamente no sistema para serem impressos
pelos Oficiais de Justiça; e
VI – a assinatura eletrônica do servidor ou Magistrado que expediu o Mandado.
§ 2º Será expedido um Mandado Judicial para cada destinatário, exceto quando o
representante legal de pessoa jurídica seja, também, destinatário da ordem judicial em nome próprio.
§ 3º Caso os endereços do destinatário do Mandado já tenham sido diligenciados por Oficial
de Justiça e constem como inativados, a Secretaria da Auditoria não expedirá o Mandado, certificará no
processo judicial que os endereços indicados como sendo o paradeiro do destinatário do Mandado já foram
objeto de diligência e anexará as certidões que relataram as diligências negativas de endereço.
§ 4º Os Mandados Judiciais que contiverem incorreções, dados incompletos, ou que
estiverem em desacordo com o disposto neste artigo e seus parágrafos serão devolvidos às Secretarias das
Auditorias de origem para regularização.
Art. 76. Quando a Ordem Judicial tiver que ser cumprida em outra Circunscrição Judiciária
Militar, o Mandado será remetido por meio eletrônico ao destinatário, que ficará encarregado da impressão do
que for necessário ao seu cumprimento.
Art. 77. Os alvarás de soltura serão dirigidos diretamente à autoridade correspondente via
Sistema e-Proc e havendo necessidade por Oficial de Justiça.
Art. 78. A citação por edital só será feita após esgotados todos os meios para a localização
pessoal do acusado.

Seção II
Do Cumprimento de Mandados pelos Oficiais de Justiça

Art. 79. Com fulcro nas disposições do art. 81 da Lei nº 8.457, de 4 de setembro de 1992,
incube ao Oficia de Justiça:
I – efetuar pessoalmente as citações, intimações, penhoras, arrestos e demais diligências
próprias do seu ofício, certificando minuciosamente o ocorrido e lavrando os respectivos autos;
II– executar as ordens do Juiz a que estiver subordinado no cumprimento do Mandado e do
Diretor de Secretaria; e
III– Acompanhar e realizar as diligências necessárias durante as audiências.
Art. 80. Em caso de dúvida quanto ao cumprimento da ordem contida no Mandado, o
Oficial de Justiça poderá esclarecê-la, verbalmente ou por escrito, com o Diretor de Secretaria do respectivo
Juízo, que a levará ao Juiz do processo, quando for o caso, vedada, entretanto, a devolução do Mandado sob
tal pretexto.
Art. 81. Por determinação do Juiz do processo, cabe aos Oficiais de Justiça a realização de
avaliações socioeconômicas ou a elaboração de laudos de constatação com a mesma finalidade.
Art. 82. Cada Auditoria deverá distribuir os Mandados visando à racionalização e à
equanimidade da distribuição.
§ 1º A Direção do Foro da Circunscrição Judiciária Militar deverá disponibilizar, na medida
do possível e se necessário, veículo para auxiliar o deslocamento dos Oficiais de Justiça quando estes não
optarem pela execução do trabalho por transporte próprio.
§ 2º A indenização pelo custo do transporte observará normativo próprio do Superior
Tribunal Militar-STM quando a diligência decorrer por meio de transporte do próprio Oficial de Justiça.
Art. 83. Quanto ao resultado das diligências, o Mandado considera-se:
I - cumprido, aquele cuja ordem foi executada na íntegra ou quando, existindo ordens
sucessivas, o cumprimento de uma delas esgotar o objeto do Mandado;
II - parcialmente cumprido, o que, contendo mais de uma ordem, tenha sido devolvido com
uma ou mais ordens não executadas; e
III - sem cumprimento, o que não teve executada qualquer das ordens nele contidas.
Art. 84. O Juízo pode estabelecer relatório, que será disponibilizado mensalmente no
Sistema SEI, acerca das atividades dos Oficiais de Justiça, e conterá:
I – os nomes dos Oficiais de Justiça;
II – a quantidade de Mandados distribuídos, classificados por tipo;
III – o total de diligências realizadas;
IV – o número de Mandados cumpridos, de Mandados parcialmente cumpridos e de
Mandados devolvidos sem cumprimento;
V – o número de Mandados remanescentes; e
VI – o período a que se refere o relatório.
Art. 85. O prazo para cumprimento de Mandados será determinado pelo Juiz.
§ 1º O Oficial de Justiça poderá requerer a prorrogação do prazo para cumprimento do
Mandado, apontando todas as diligências já realizadas e as circunstâncias que justifiquem o requerimento.
§ 2º Determinada ou deferida a prorrogação, o cumprimento deverá ser realizado com
prioridade em relação à distribuição ordinária.
§ 3º Cumprido o Mandado ou esgotado o prazo para cumprimento, e não sendo o caso de
prorrogação, o Oficial de Justiça certificará a diligência diretamente no sistema e-Proc/JMU, restituindo o
Mandado no prazo de até 48h (quarenta e oito horas).
Art. 86. A inserção da certidão no Sistema Eletrônico de Processamento (e-Proc/JMU) será
considerada a juntada do Mandado para todos os efeitos legais.
Art. 87. É vedada a nomeação de Oficial de Justiça ad hoc, salvo em casos de extrema
necessidade justificada pelo Juiz para cumprimento de atos determinados em cada processo.
Parágrafo único. Em caso de necessidade de serviço, poderá ser solicitada à Direção do Foro
a designação de Oficial de Justiça de outra Circunscrição.
Art. 88. Os Mandados serão emitidos de forma individualizada, salvo em caso de extrema
necessidade e justificado pelo Juiz no processo.
Art. 89. Nos processos que tramitam sob o regime de segredo de justiça, emitir-se-á
Mandado com a expressão “Segredo de Justiça”.
Art. 90. O Oficial de Justiça certificará o resultado das diligências, informando
precisamente a quantidade, a data, a hora e o local.
Art. 91. Os Mandados de prisão deverão ser, obrigatoriamente, expedidos no sistema
eletrônico, que alimentará o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Art. 92. O Juiz Federal da Justiça Militar manterá controle das prisões provisórias, zelando
pelo encaminhamento das informações respectivas à Corregedoria da Justiça Militar no sistema próprio.
Art. 93. As Secretarias das Auditorias expedirão os Mandados e os enviarão
eletronicamente aos Oficiais de Justiça, que os imprimirão.
Parágrafo único. Nos Mandados constará a chave para acesso ao inteiro teor do processo no
sítio próprio da internet.
Art. 94. As eventuais dúvidas no cumprimento dos Mandados serão dirimidas pelo Juízo
que emitir a ordem.
Art. 95. Os Alvarás de Soltura deverão conter dados de qualificação aptos a identificar o
beneficiário e, sempre que indicado no processo ou passível de determinação, o número do Registro Geral de
identificação e do CPF.
Parágrafo único. Em todos os Alvarás de Soltura será consignada a expressão “se por outro
motivo não estiver preso”.
Seção III
Das Cartas Precatórias e Rogatórias, De Ordem e dos Pedidos de Cooperação

Art. 96. Somente serão expedidas Cartas Precatórias para:


I – cumprimento em outras Circunscrições Judiciárias Militares - CJM;
II – cumprimento pela Justiça Estadual ou/e Federal;
III – fiscalização de suspensão condicional da pena;
IV – fiscalização do cumprimento de penas; e
V – realização de audiência admonitória para o cumprimento das condições da suspensão
condicional da pena.
§ 1º As Cartas Precatórias remetidas para cumprimento em outras regiões ou pela Justiça
Estadual ou/e Federal deverão ser encaminhadas por meio de malote digital, salvo indisponibilidade do
sistema ou ausência de cadastro.
§ 2º Eventuais dúvidas no cumprimento da Carta serão dirimidas pelo Juiz deprecante.
§ 3º As Cartas Precatórias, Rogatórias e De Ordem de que trata este artigo, após cumpridas,
serão baixadas e restituídas ao Juízo deprecante.
Art. 97. As demais Cartas Precatórias, Rogatórias e De Ordem, bem como os pedidos de
cooperação jurídica internacional, somente serão cumpridos após despacho judicial.
Art. 98. Os honorários advocatícios devidos aos defensores ad hoc nomeados para atuar em
Cartas Precatórias, Rogatórias e De Ordem e nos pedidos de cooperação jurídica internacional deverão ser
arbitrados e ter seu pagamento solicitado pelo Juízo deprecado.
Art. 99. Na elaboração da Carta Rogatória ou do pedido de cooperação jurídica
internacional, a Secretaria da Unidade Judiciária atentará para as normas atualizadas do Ministério da Justiça
– Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.
Art. 100. O Juiz fixará prazo para o cumprimento da Carta Rogatória ou do pedido de
cooperação jurídica internacional, levando em consideração a natureza e a complexidade da diligência
requerida.
Art. 101. Retornando a Carta ou o pedido de cooperação jurídica internacional, a Parte será
imediatamente intimada, independentemente de despacho, para providenciar a tradução do ato rogado para o
vernáculo, no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 102. O controle de cumprimento das Cartas Precatórias expedidas dar-se-á por
consulta ao sistema informatizado e a cobrança, se necessária, por meio mais expedito tal como via telefônica.
§ 1º Não havendo cumprimento no prazo estipulado ou, na falta desse, a cada 2 (dois)
meses, serão solicitadas informações sobre o seu andamento.
§ 2º Excetuam-se da disciplina do parágrafo anterior as Cartas destinadas à prática de ato
para fiscalização do cumprimento de condição para o gozo da suspensão condicional do processo e para o
gozo da suspensão condicional da pena, cujo pedido de informações poderá ocorrer a cada 4 (quatro) meses.
§ 3º Em caso de resistência no cumprimento da Carta Precatória, mesmo após a solicitação
de providências ao Juízo deprecado, o fato será comunicado à Corregedoria da Justiça Militar.
Art. 103. A Carta Precatória expedida conterá obrigatoriamente:
I - referência ao número dos autos de origem em todas as comunicações;
II - identificação dos Juízos deprecante e deprecado: endereço, telefones e e-mails;
III - inteiro teor do despacho do Juiz;
IV - finalidade e qualificação do deprecado; e
V - remessa das peças principais, tais como cópia da Denúncia, procuração ou declaração da
Defensoria Pública da União, quesitos e outras necessárias.
Parágrafo único. As Cartas Precatórias expedidas informarão, além dos dados e documentos
de praxe, se o réu é defendido pela Defensoria Pública da União, por advogado constituído ou dativo, nestes
últimos casos indicando o número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), endereço e
telefone profissionais do advogado.
Art. 104. A Carta Precatória envolvendo réu preso conterá, obrigatoriamente, essa situação
destacada.
Art. 105. O ato deprecado para inquirição de testemunha indicará qual Parte a arrolou.
Art. 106. Nos casos urgentes, poderá ser utilizado qualquer meio idôneo para
encaminhamento e recebimento de Cartas Precatórias, com prévia decisão do Juízo.
Art. 107. Ao receber uma Carta Precatória, a Secretaria deverá conferir se veio instruída
com os documentos necessários (Denúncia, quesitos, laudos, dentre outros), bem como se o endereço para
cumprimento compete à Circunscrição Judiciária Militar.
§ 1º Não sendo endereço da jurisdição da Auditoria, certificar-se-á o ato, indicando-se a
Auditoria/Vara/Comarca/Seção Judiciária pertinente e fazendo-se os autos conclusos ao Juiz.
§ 2º Sendo o endereço da jurisdição da Auditoria e faltando alguma peça necessária para
cumprimento da deprecata, certificar-se-á o fato e solicitar-se-ão as peças faltantes, fazendo-se o expediente
concluso ao Juiz.
§ 3º O Juízo deprecado providenciará sempre a intimação ou a notificação das Partes do
Juízo Deprecante.
Art. 108. Recebida a Carta Precatória devidamente cumprida, o Juízo deprecante
determinará a sua juntada, com posterior vista às Partes.
Parágrafo Único. As Cartas Precatórias cumpridas em locais sem acesso ao e-Proc/JMU e
com depoimentos gravados em CD-R ou DVD-R não necessitam de degravação, e serão inseridas no sistema
e-Proc/JMU pela Secretaria do Juízo deprecante.
Art. 109. As Partes serão intimadas da expedição de Cartas Precatórias para a oitiva de
testemunhas (CPPM, art. 359), fixando-se prazo razoável para o cumprimento da diligência.
Parágrafo único. Deverá ser fornecido ao Juízo deprecado acesso ao processo eletrônico.
Art. 110. A Carta Rogatória conterá:
I - original e cópia, em português, dos documentos julgados indispensáveis pelo Juízo
rogante;
II - original e cópia da tradução, efetuada por tradutor juramentado, dos documentos
julgados indispensáveis pelo Juízo rogante e para vernáculo do país rogado;
III - original e cópia da Denúncia em português;
IV - original e cópia da tradução, por tradutor juramentado, da Denúncia para o vernáculo
do país destinatário;
V - nome e endereço completos da pessoa a ser citada, notificada, intimada ou inquirida no
Juízo rogado;
VI - designação de audiência com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias, a contar
de expedição da Carta Rogatória pelo Juízo rogante; e
VII - indicação na Carta Rogatória de que o interessado é beneficiário da Justiça Gratuita,
quando for o caso.
Parágrafo único. Nas Cartas Rogatórias para inquirição, é indispensável que as perguntas
sejam formuladas pelo Juízo rogante, com original em português, cópia e tradução para o vernáculo do país
rogado;
Art. 111. Devolvida a Carta Rogatória, será traduzida por tradutor juramentado.

Seção IV
Do Perito e demais Auxiliares do Juízo

Art. 112. O perito, os militares indicados pelas Organizações Militares e os demais


auxiliares do Juízo serão credenciados como usuários e intimados de suas designações diretamente no e-
Proc/JMU.
Art. 113. Observar-se-à a Resolução nº 232/CNJ, de 13 de julho de 2016, quanto a valores a
serem pagos pelos serviços de perícia de responsabilidade de beneficiário da gratuidade.
Art. 114. Até a criação do Cadastro Eletrônico de Peritos no âmbito da JMU, conforme o
art. 1º da Resolução nº 233/CNJ, de 14 de julho de 2016, quando ocorrer a necessidade de proceder prova
pericial que não utilize peritos do próprio quadro das Força Armadas, o Juízo pode lançar edital para seleção
do perito, ou aproveitamento do cadastro da Justiça Federal, ou consulta ao Conselho de Classe e até
notificação direta a profissionais com habilitação na área da perícia demandada.

CAPÍTULO VI
CONSULTA DE AUTOS

Art. 115. Os atos processuais são públicos, salvo os feitos sob sigilo ou que tramitem em
segredo de justiça, casos em que o exame dos Autos ficará restrito às partes e seus procuradores.
Art. 116. Para a segurança dos autos e das peças que os instruem, somente poderão
consultar as informações que não estejam disponíveis na internet para o público em geral as partes, os
advogados e os estagiários de direito, devidamente identificados e autorizados.
Parágrafo único. Em se tratando de Procedimentos Investigatórios, observados os termos do
Enunciado da Súmula Vinculante nº 14 do Supremo Tribunal Federal, a associação da Defesa deverá ser
autorizada pelo Juízo, devendo a Secretaria tomar as providências necessárias para acostar o petitório ao feito.
Art. 117. Identifica-se o advogado e o estagiário de direito por meio do documento de
identificação profissional, nos termos do art. 13 da Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia
e da OAB), sem prejuízo da providência contida no art. 15, § 1º, da mesma Lei, e atentando para eventual
revogação de mandato e substabelecimentos sem reserva.
Art. 118. É vedado ao servidor prestar informação por telefone sobre andamento
processual, salvo ao Oficial de Justiça e ao Diretor de Secretaria, em cumprimento de Ordem Judicial,
ressalvada a hipótese em que o processo tramita em segredo de justiça. Neste caso, a informação deverá ser
obtida pelo interessado pessoalmente na Secretaria da Auditoria.
Parágrafo único. Essa vedação não abrange informações que já estejam disponíveis na
internet para o público em geral ou, em situações devidamente justificadas pela excepcionalidade, as
informações que não possam ser obtidas diretamente por consulta ao e-Proc.

CAPÍTULO VII
Ê
DAS AUDIÊNCIAS E SESSÕES DE JULGAMENTO
Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 119. As audiências serão registradas no sistema e-Proc/JMU e os arquivos


correspondentes anexados ao mesmo sistema eletrônico.
§ 1º No caso de depoimentos registrados por meio digital em que o tamanho do arquivo
produzido for superior ao permitido pelo sistema, a Auditoria deve dividi-lo em capítulos com tamanhos
aceitos pelo sistema, fazendo a inserção no e-Proc/JMU.
§ 2º Quando inviável a assinatura dos termos de audiência na forma digital, serão colhidas
as assinaturas em meio físico e digitalizadas para juntada no e-Proc/JMU, eliminando-se os originais.
Art. 120. Na realização das audiências, deverá ser cumprido o horário designado para o seu
início e, na designação da pauta, o espaçamento deverá refletir, tanto quanto possível, o tempo previsto para a
realização do ato, evitando espera excessiva.
Art. 121. A data e hora das audiências deverão ser previamente cadastradas no e-
Proc/JMU, de forma inequívoca, para a consulta externa.
Art. 122. O Ministério Público Militar e a Defensoria Pública da União e/ou advogado
dativo, ou constituído pelo réu, serão intimados da designação da audiência.
Art. 123. O adiamento de audiências é medida excepcional, que somente deverá ser
adotada quando impraticável a realização do ato, sendo imprescindível o lançamento do evento respectivo no
sistema.
§ 1º Caso haja adiamento, sempre que possível, no próprio despacho deverá ser marcada
nova data, cientificando-se as partes e testemunhas.
§ 2º A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o Defensor ou o Ministério
Público não puderem comparecer.
Art. 124. Em caso de afastamento, o Juiz designado para substituição não poderá adiar
audiências já marcadas, salvo se a designação for sem prejuízo de sua jurisdição originária e haja audiências
pautadas em horário coincidente.
Art. 125. A fim de evitar a frustração de audiências, deverá ser estabelecida rotina de
verificação do cumprimento de todas as diligências necessárias, tais como intimação de partes, procuradores,
membros do Ministério Público e testemunhas, requisição de réu preso e necessidade de intérprete, entre
outras.
Parágrafo único. Eventuais expedientes anexos aos autos com documentos deverão estar
previamente separados e à disposição para consulta imediata.
Art. 126. Compete ao servidor designado para atuar na audiência ou sessão:
I - conhecer o conteúdo do feito, alertando ao Magistrado acerca de providência pendente,
devendo, inclusive, colocar as anotações pertinentes no campo “lembrete”;
II - adotar ao término da audiência ou sessão as providências cabíveis, como atualização da
pauta, elaboração de ofícios e Mandados, salvo disposição em contrário; e
III - elaborar a ata com a consignação do horário de início e término do ato, indicação do ato
realizado, resumo da manifestação das Partes, além de outras informações relevantes.
Art. 127. O Diretor de Secretaria comunicará a suspensão ou transferência prévia da
audiência aos advogados, partes, testemunhas e certificará as providências adotadas.
Art. 128. Oficial de Justiça e Escrivão devem zelar para que a audiência/sessão comece no
horário previsto. Constatada, até 10 (dez) minutos antes do início, a falta de quem deva participar do ato,
deverá o Oficial de Justiça diligenciar a respeito, informando ao Juiz, até o horário marcado, o que verificar.
Art. 129. Em se cuidando de audiência com réu preso, deverá o Juiz solicitar,
antecipadamente, se for o caso, reforço da segurança, podendo, ainda, limitar o acesso do público, incluindo
familiares.
Parágrafo único. O réu preso poderá ser mantido algemado durante a realização do ato, nos
casos da Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal e de acordo com o art. 234, § 1º, do CPPM.
Art. 130. O ofício de requisição de testemunha militar ou funcionário público supre, em
regra, a expedição de Mandado para intimação da testemunha, devendo mencionar o número do expediente
administrativo que gerou a Ação Penal, se houver.
Art. 131. Em sendo a testemunha autoridade com direito legal à determinação de horário e
local para prestar depoimento, deverá ser expedido ofício sugerindo data para comparecimento em Juízo,
preferencialmente, com consulta informal prévia.
Art. 132. As testemunhas serão qualificadas e ficarão dispensadas de assinar o termo de
comparecimento.
Art. 133. Os documentos apresentados em audiência serão digitalizados pela parte
interessada, que fará a juntada ao processo, no prazo a ser fixado pelo Juiz.
Art. 134. Nas Ações Penais Militares de Procedimento Especial, findo o prazo para a
Defesa arrolar testemunhas, o Cartório deverá verificar se todas as informações solicitadas pelas partes ou por
despacho judicial foram respondidas, reiterando as que forem necessárias e fazendo de imediato os autos
conclusos ao Juiz, a fim de possibilitar a realização do julgamento e o proferimento da sentença na própria
audiência.
Art. 135. Nas Ações Penais Militares de Procedimento Ordinário, antes de fazer os autos
conclusos para o fim dos artigos. 427, 428 e 430 do CPPM, o Cartório deverá verificar e certificar se há
diligências pendentes, solicitadas pelas partes ou por despacho judicial, reiterando as que forem necessárias e
fazendo de imediato os autos conclusos ao Juiz.
Art. 136. As atas de sessões/audiência consignarão o horário de início e término do ato,
além de outras informações relevantes.

Seção II
Audiência de Custódia

Art. 137. Na realização de Audiências de Custódia durante o plantão judicial, além do que
dispõe a Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019, será observado os termos da Resolução 213/CNJ, de 15
de dezembro de 2015, e a Resolução 228/STM, de 26 de outubro de 2016.
Art. 138. Deve ser lançado, além do evento audiência, também, o evento específico sobre o
tipo de decisão proferida na audiência de custódia, tais como Prisão em Flagrante, Liberdade Provisória,
Menagem, dentre outras, conforme o Manual da Tabela Única de Movimentação Processual do CNJ.

Seção III
Do Interrogatório

Art. 139. O interrogatório, em regra, será realizado perante o Juízo processante.


Art. 140. Fica autorizado o interrogatório do réu solto por videoconferência ou por Carta
Precatória quando houver concordância das partes ou quando for reconhecida a sua dificuldade de
deslocamento.
Art. 141. Excepcionalmente, o Juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento
das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender
a uma das seguintes finalidades:
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante
dificuldade para seu comparecimento em Juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja
possível colher o depoimento destas por videoconferência; ou
IV - responder a gravíssima questão de ordem pública.
§ 1º Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes
serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência.
§ 2º Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo
sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência.
Art. 142. No interrogatório, o réu deve ser perguntado sobre a existência de filhos ou
dependentes sob seus cuidados e histórico de doença grave (incluídos os transtornos mentais e a dependência
química), para análise de cabimento de encaminhamento assistencial e da concessão da liberdade provisória,
sem ou com a imposição de medida cautelar, atendendo-se à Resolução de nº 213/CNJ, de 2015.
Parágrafo único. Em sendo a parte do sexo feminino, deve ser acrescentada às perguntas
hipótese de gravidez.
Art. 143. Na hipótese de interrogatório e outros atos processuais por sistema de
videoconferência, consoante a Lei nº 11.900/09, de 8 de janeiro de 2009, observar-se-á a Resolução nº
224/STM, de 17 de maio de 2016, que disciplina a videoconferência no âmbito da JMU.

Seção IV
Do Interrogatório do Réu em Situação de Indígena

Art. 144. No interrogatório, o réu deve ser perguntado, dentre as questões legais e outras
necessárias, sobre eventual condição de indígena, atendendo-se à Resolução do CNJ nº 287/2019.
§ 1º O reconhecimento da pessoa como indígena se dará por meio da autodeclaração, que
poderá ser manifestada em qualquer fase do processo criminal ou na audiência de custódia (art. 3º, caput, da
Resolução CNJ nº 287/2019).
§ 2º Diante de indícios ou informações de que a pessoa trazida a Juízo seja indígena, a
autoridade judicial deverá cientificá-la da possibilidade de autodeclaração e informá-la das garantias
decorrentes dessa condição (art. 3º, § 1º, da Resolução CNJ nº 287/2019).
§ 3º Em caso de autodeclaração como indígena, a autoridade judicial deverá indagar acerca
da etnia, da língua falada e do grau de conhecimento da língua portuguesa (art. 3º, § 2º, da Resolução CNJ nº
287/2019).
§ 4º Diante da identificação de pessoa indígena prevista neste artigo, as cópias dos autos do
processo deverão ser encaminhadas à regional da Fundação Nacional do Índio – Funai mais próxima em até
48 (quarenta e oito) horas (art. 3º, § 3º, da Resolução CNJ nº 287/2019).

Seção V
Do Sistema de Registro de Audiências
Art. 145. Os depoimentos serão registrados por meio audiovisual ou reduzidos a termo.
§ 1º A degravação só poderá ser determinada em casos excepcionais, cuja complexidade a
justifique.
§ 2º É facultada às partes a degravação, no todo ou em parte, sem ônus para o Poder
Judiciário.
§ 3º Fica dispensada a consignação do indeferimento de perguntas no termo de audiência no
caso de registro por meio audiovisual.
Art. 146. De forma prévia à oitiva da testemunha, o Juiz deverá indagar se essa tem
conhecimento sobre os fatos e, em caso negativo, se meramente abonatória de conduta, dará preferência à
redução a termo do depoimento.
Art. 147. Na hipótese de necessidade da preservação da intimidade, da honra e da imagem
do depoente, o Juiz procederá ao registro das declarações sem captação da sua imagem.
Art. 148. A ata das audiências conterá os seguintes dados:
I - data e hora;
II - nome do Juiz que a presidiu e dos membros do Conselho de Justiça;
III - nome do servidor que a secretariou;
IV - local do ato;
V - nome do Procurador ou Promotor de Justiça;
VI - nome das partes;
VII - nome do advogado e número de inscrição na OAB;
VIII - nome das testemunhas, se for o caso;
IX - presença ou ausência das partes, testemunhas, defensores ou Ministério Público;
X - eventuais requerimentos das partes; e
XI - eventuais deliberações e observações do Juiz.
Art. 149. A ata e os termos de depoimento ou interrogatório colhidos por meio audiovisual
não serão impressos, sendo assinados digitalmente apenas pelo Juiz, salvo requerimento das partes.
Parágrafo único. O acusado assinará o seu termo de qualificação.
Art. 150. O registro audiovisual será anexado ao processo eletrônico.
Parágrafo único. Em caso de realização de videoconferência, incumbe ao Juízo requerente a
anexação.
Art. 151. Quando houver transcrição dos depoimentos, será oportunizada a impugnação
pelas partes no prazo conferido pelo Juiz, não podendo este ser superior a 10 (dez) dias.
§ 1º Havendo impugnação do teor da transcrição, o Juiz apreciará o pedido, determinando,
caso procedente a insurgência, a imediata correção, reabrindo prazo às partes e lavrando termo a respeito do
conteúdo observado.
§ 2º Constatada eventual falha na gravação ou deficiência quanto à percepção do registro,
poderá ser designada audiência de reinquirição.
§ 3º O termo de transcrição a ser juntado nos autos será elaborado ou conferido por servidor
da Secretaria da unidade judiciária, que informará corresponder a reprodução aos termos das declarações
registradas.
§ 4º Se, decorrido o prazo, não tiverem sido apontados erros na transcrição, o Diretor de
Secretaria certificará nos autos a inexistência de impugnações.
Art. 152. As Alegações Finais, quando houver, serão registradas em meio audiovisual, sem
transcrição.
Art. 153. A Sentença prolatada em audiência será juntada e publicada no mesmo ato ou, se
proferida oralmente, reduzida a termo.

Seção VI
Da Limitação à Cobertura Jornalística

Art. 154. Cumpre ao Magistrado, na sua relação com os meios de comunicação social,
comportar-se de forma prudente e equitativa, cuidando especialmente para que não sejam prejudicados
direitos e interesses legítimos das partes e de seus procuradores.
Art. 155. O Magistrado deve:
I - abster-se de emitir opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou
fazer Juízo depreciativo sobre despachos, votos, sentenças ou acórdãos de órgãos judiciais, ressalvada a crítica
nos autos, doutrinária ou no exercício do magistério;
II - evitar comportamentos que impliquem a busca injustificada e desmesurada por
reconhecimento social, mormente a autopromoção em publicação de qualquer natureza.

CAPÍTULO VIII
DA QUEBRA DE SIGILO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 156. Os pedidos de quebra de sigilo (PQS), Pedido de Busca e Apreensão (PBAC) e
Pedido de Prisão (PPRI) devem ser distribuídos como incidentes ao Inquérito ou ao Processo, e receberão
numeração própria tanto na fase de Inquérito quanto na fase processual, em autos apartados, fazendo-se
vinculação ao feito principal.

Seção II
Da Interceptação Telefônica, de Informática e Telemática

Art. 157. Os pedidos de interceptação telefônica, de informática e de telemática devem ser


distribuídos como incidentes ao Inquérito, ou ao Processo, com acesso reservado ao Juiz Federal da Justiça
Militar ou ao Juiz Federal Substituto da Justiça Militar, que conferirá as necessárias autorizações de acesso.
Art. 158. A autoridade requerente será intimada da expedição dos ofícios, encarregando- se
do seu encaminhamento à operadora ou provedor.

Seção III
Da Quebra de Sigilo Financeiro
Art. 159. O pedido de informações referentes à quebra de sigilo financeiro será efetuado,
obrigatoriamente, por meio do sistema informatizado do Banco Central do Brasil (BacenJud) e, caso seja
inviável o uso do Sistema BacenJud, por ofício expedido diretamente à instituição financeira .
Art. 160. O acesso às informações obtidas mediante quebra do sigilo financeiro deverá ficar
restrito aos defensores constituídos pelos acusados observados os §§ 1º e 2º, do art. 192, deste Código.

Seção IV
Do Sigilo de Documentos

Art. 161. Aos documentos ou arquivos que contenham cena de sexo explícito ou
pornografias com crianças, adolescentes e mulheres, deverá ser atribuído grau máximo de sigilo.
Art. 162. A tramitação sob segredo de justiça registrar-se-á no sistema e-Proc/JMU sem a
indicação do que se trata e do andamento.
§ 1º O registro do andamento processual será feito somente após a conclusão das diligências,
se cessado o sigilo.
§ 2º Sob pena de responsabilidade funcional, fica vedado ao Magistrado ou servidor
fornecer quaisquer informações contidas em processos, atos processuais ou Inquéritos declarados sigilosos a
terceiros ou a órgão de imprensa.

CAPÍTULO IX
DAS CERTIDÕES DE DISTRIBUIÇÃO

Art. 163. As certidões de distribuição serão expedidas individualmente, por solicitação do


interessado, mediante verificação dos registros disponíveis no momento da consulta.
§ 1º Na certidão constará o respectivo tipo, a qualificação da pessoa física e seu número no
Cadastro de Pessoa Física – CPF; tratando-se de pessoa jurídica, constarão razão social, local da sede e
número no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ.
§ 2º A certidão poderá ser solicitada por terceiros, ressalvados dispositivos em contrário
deste provimento, e desde que sejam fornecidos, no ato do pedido, dados suficientes para a identificação da
pessoa.
Art. 164. As certidões de distribuição serão fornecidas segundo os parâmetros da Resolução
nº 121/CNJ, de 5 de outubro de 2010, e da Resolução nº 149/STM, de 3 de agosto de 2007.
Art. 165. É gratuita a expedição de certidões de distribuição na JMU.
Art. 166. A certidão, quando resultar negativa, poderá ser fornecida por meio de serviços de
autoatendimento ou via internet no Portal do Superior Tribunal Militar.
Art. 167. As certidões solicitadas mediante consulta ao Portal do Superior Tribunal Militar
terão sua expedição imediata, salvo em razão da existência de provável homônimo, de possibilidade de
positivação ou, ainda, em razão de alguma inconsistência, situações em que o sistema indicará os
procedimentos necessários e os locais de atendimento da Justiça Militar da União para que o requerente,
munido de documentação, peça novamente a certidão.

CAPÍTULO X
DA SENTENÇA
Art. 168. A Sentença proferida deverá ser acostada ao feito, devendo ser observado o
Evento da hierarquia Julgamento com ou sem resolução do mérito, adequando-se, no que couber, à
Classificação de eventos da Tabela Unificada do Conselho Nacional de Justiça.
§1º Lançado na Ação Penal Militar um dos eventos da hierarquia julgamento, a situação do
feito deve ser alterada para “JULGADO”.
§2º O e-Proc/JMU extrai da Tabela Unificada do Conselho Nacional de Justiça os
movimentos de eventos das decisões, pelo qual, para sentença ou decisão, há somente os eventos possíveis da
hierarquia “Julgamento com resolução do mérito ou sem resolução do mérito” ou da hierarquia “Decisão”.
Art. 169. A intimação das partes deverá obedecer ao disposto nos arts. 443, in fine, 444,
445 e 446, todos do Código de Processo Penal Militar, sem prejuízo do disposto no art. 288 do CPPM, no que
couber.
Art. 170. O recurso interposto pelo réu deverá ser reduzido a termo quando, intimado da
sentença, preso ou não, manifestar vontade de recorrer, independentemente do defensor, de acordo com o art.
694 e seguintes do CPPM.
Parágrafo único. Recebido o recurso interposto, a situação do feito há de ser alterada no
momento da remessa dos autos ao STM em grau de recurso para “REMETIDO AO STM”.

CAPÍTULO XI
DA EXECUÇÃO

Art. 171. Deverão ser providenciados a cada 6 (seis) meses, a contar da autuação do
Processo de Execução Penal, preferencialmente pela internet, os antecedentes criminais do condenado perante
a Justiça Federal, a Justiça Estadual, e, também, certificados os antecedentes relativos à Justiça Militar da
União.
Parágrafo único. A partir da implantação do Sistema Eletrônico de Execução Unificado-
SEUU no âmbito da JMU, o processamento da execução ocorrerá no referido Sistema, nos moldes da
Resolução nº 280/CNJ, de 9 de abril de 2019.
Art. 172. Quando se tratar de fiscalização por Carta Precatória e desde que não conste no e-
Proc, a Secretaria deverá solicitar, a cada 6 (seis) meses, contados da expedição da Deprecata e
independentemente de despacho judicial, informações junto ao Juízo Deprecado quanto ao cumprimento das
condições do sursis impostas ao condenado.
Art. 173. Em conformidade com a Resolução nº 29/CNJ, de 27 de fevereiro de 2007,
regulamentando o disposto no art. 41 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, modificada pela Lei nº 10.713,
de 13 de agosto de 2003, a Secretaria deverá tomar, dentre outras providências relativas à execução de pena
privativa de liberdade:
I - após o trânsito em julgado da sentença condenatória, deverão ser encaminhadas duas
vias da Carta de Execução de Sentença à Autoridade Carcerária (Militar ou Civil), a fim de que seja entregue
uma das vias ao apenado, mediante recibo a ser restituído ao Juízo da Execução;
II - a cada 12 (doze) meses de cumprimento de pena privativa de liberdade, seja expedida
pela Secretaria, certidão circunstanciada do cumprimento da pena constando, além do termo inicial e do termo
final, o regime da pena, a quantidade de tempo que ainda resta a cumprir, já detraídos os benefícios porventura
concedidos, tais como a Comutação ou a Detração, dentre outros, bem como a partir de que data poderá o
sentenciado postular o benefício da liberdade condicional ou a progressão de regime prisional; e
III - o documento do inciso II deverá ser encaminhado pelo Diretor de Secretaria à
Autoridade Carcerária, com uma via a ser entregue ao preso, mediante recibo a ser restituído ao Juízo, e
juntada cópia autenticada nos respectivos autos de execução.
Art. 174. As Execuções Penais deverão ser instruídas, pelo menos, com os seguintes
documentos:
I - Denúncia;
II - informação sobre prisão e/ou soltura;
III - Sentença e/ou Acórdão;
IV - certidão de Trânsito em Julgado.

CAPÍTULO XII
DA BAIXA E ARQUIVAMENTO

Art. 175. Encerrada a causa, os autos serão baixados e arquivados eletronicamente no e-


Proc/JMU, por determinação judicial, e alterada a situação do feito de “EM MOVIMENTO” para
“BAIXADO”.
§ 1º A consulta aos autos eletrônicos arquivados se dará da mesma forma como se
estivessem em movimento e sua reativação será feita de ofício ou mediante petição das Partes.
§ 2º Os autos eletrônicos arquivados ficarão sujeitos aos procedimentos de gestão
documental, incluindo eliminação, depois de cumpridos os requisitos definidos por regulamentação própria.
§ 3º Os processos de primeiro grau baixados definitivamente e que receberem petições
deverão ser desarquivados e o documento inserido no e-Proc/JMU.
§ 4º A Corregedoria poderá gerar eventos de natureza administrativa em processos baixados,
para fins de orientação e fiscalização.
Art. 176. No processo com baixa definitiva deverá ser lançado o evento “BAIXA
DEFINITIVA”, o qual gera, automaticamente, a remessa dos autos da Auditoria para a Corregedoria da Justiça
Militar.
§ 1º Caso os autos retornem para cumprimento de diligência pelas Auditorias, após esse
cumprimento deverá ser lançado o evento “remessa interna” e jamais nova baixa definitiva.
§ 2º Após a correição do processo realizada pela Corregedoria da Justiça Militar, a situação
do feito deverá ser alterada para “BAIXADO”.

CAPÍTULO XIII
DO PLANTÃO JUDICIÁRIO

Art. 177. O plantão judiciário funcionará em todos os períodos em que não haja expediente
forense normal e, nos dias úteis, antes e após o horário de expediente ordinário, destinando-se ao exame de:
I - pedidos de Habeas Corpus e Mandados de Segurança em que figurar como coatora
autoridade submetida à competência jurisdicional do Magistrado plantonista;
II - comunicações de prisão em flagrante e apreciação dos pedidos de concessão de
liberdade provisória;
III - representação da Polícia Judiciária ou do Ministério Público Militar visando à
decretação de prisão preventiva ou temporária, em caso de justificada urgência;
IV - pedidos de busca e apreensão de pessoas, material bélico, bens ou valores, desde que
objetivamente comprovada a urgência;
V - medida cautelar e medidas urgentes que não possam ser realizadas no horário normal de
expediente, ou de caso em que da demora possa resultar risco de grave prejuízo ou de difícil reparação; e
VI - recebimento e análise de ocorrências relacionadas ao monitoramento eletrônico.
Parágrafo único. O plantão judiciário não se destina à reiteração de pedido já apreciado no
órgão judicial de origem ou em plantão anterior, nem à sua reconsideração ou reexame ou à apreciação de
solicitação de prorrogação de autorização judicial para escuta telefônica.
Art. 178. Os Diretores do Foro de cada Circunscrição Judiciária Militar elaborarão a
respectiva escala de plantão, ouvidos os demais colegas do Juízo.
§ 1º Haverá escala de plantão própria para o recesso judiciário compreendido entre os dias
20 de dezembro e 6 de janeiro.
§ 2º A escala de plantão será publicada mensalmente no Portal do Superior Tribunal Militar
e deve conter:
I - os nomes dos Magistrados plantonistas e dos Diretores de Secretaria; e
II - os nomes e os telefones de comunicação imprescindíveis ao imediato contato e
localização dos servidores de plantão.
Art. 179. A Secretaria manterá escala de Magistrados para o plantão judiciário nos horários
fora do expediente do Juízo.
Parágrafo único. Salvo determinação judicial em contrário, a Secretaria escalará para apoio
ao Juiz plantonista, ao menos, o Diretor de Secretaria ou seu substituto ou um analista e um motorista.
Art. 180. A Secretaria manterá atualizados no sítio eletrônico institucional os dados da
Auditoria, como endereço e números telefônicos, bem como a escala de Magistrados e servidores escalados
para o plantão judiciário, além de outras informações úteis para o acionamento do plantão.
Art. 181. O exercício da atividade de plantão incumbe aos Juízes e aos servidores por ele
indicados, bem como ao oficial de justiça designado pelo magistrado.
Parágrafo único. A realização de audiência de custódia no plantão seguirá as disposições da
Seção II do Capítulo VII deste Código.
Art. 182. As atividades do Juiz plantonista dar-se-ão por meio do processo eletrônico, salvo
diligências cuja presença física seja recomendável.
Art. 183. Nos sábados, domingos e dias feriados, assim como fora do horário de expediente
normal, para efeito de plantão, não será necessária a permanência de Juízes e servidores no prédio da
Circunscrição Judiciária Militar, salvo se as demandas a exigirem.
§ 1º A comprovação da disponibilidade para atender as demandas da escala de plantão será
feita por meio do acesso do Magistrado no sistema eletrônico com seu login e senha.
§ 2º A compensação pelo sobreaviso ou serviço prestados no plantão por folgas realizar-se-á
conforme critérios estipulados em regulamento do Superior Tribunal Militar-STM.
Art. 184. Todos os processos sujeitos a plantão devem ser remetidos no sistema
informatizado ao plantonista e, após, restituídos ao Juízo natural.
§ 1º O cumprimento das medidas ou o conhecimento de questões derivadas de deliberações
tomadas no horário normal de expediente e que demandem imediato atendimento, com extensão dos trabalhos
além do referido horário, são de responsabilidade da unidade judiciária correspondente, não podendo essas
questões ser repassadas ao plantão.
§ 2º Os Juízes plantonistas ordenarão as providências necessárias à solução das questões que
lhe forem apresentadas e que digam respeito à matéria de plantão.
§ 3º O Juiz plantonista é responsável por despachar todos os pedidos protocolados no
sistema dentro de seu horário de plantão, ainda que o cumprimento venha a ocorrer posteriormente.
Art. 185. O Juiz Federal da Justiça Militar ou o Juiz Federal da Justiça Militar plantonista
determinará todas as providências necessárias nos feitos recebidos em plantão judiciário, não estabelecendo
sua vinculação, devendo os autos serem enviados, necessariamente, à distribuição regular no primeiro dia útil
após o respectivo plantão.

CAPÍTULO XIV
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA E DOS HONORÁRIOS PERICIAIS RESPECTIVOS

Art. 186. A Assistência Judiciária será prestada pela Defensoria Pública da União e, quando
não houver, mediante requerimento do interessado, que indicará desde logo o advogado que prefere para sua
defesa e incluirá declaração do profissional de que aceita o encargo.
Parágrafo único. Na impossibilidade de atuação da Defensoria Pública e na ausência de
advogado constituído pelo Réu, será nomeado defensor dativo pelo Juiz.
Art. 187. Os honorários dos defensores dativos serão fixados, no que couber, de acordo
com a complexidade do trabalho, a natureza e a importância da causa, o grau de zelo profissional e o tempo de
tramitação do processo conforme os termos do Ato Normativo/STM nº 189, de 30 de setembro de 2016, e
respectiva tabela anexa.
Parágrafo Único. O pagamento dos honorários deverá ser efetuado após o julgamento em
Primeira Instância, salvo quando se tratar de defensor ad hoc.
Art. 188. O pagamento dos honorários periciais só será efetuado após o término do prazo
para que as Partes se manifestem sobre o laudo, ou depois de prestados esclarecimentos satisfatórios.
Art. 189. Até a criação do Cadastro Eletrônico de Peritos no âmbito da JMU, conforme o
Art. 1º da Resolução nº 233/CNJ, de 2016, quando ocorrer a necessidade de proceder prova pericial que não
utilize peritos do próprio quadro das Forças Armadas, o Juízo pode lançar edital para seleção do perito, ou
aproveitamento do cadastro da Justiça Federal, ou consulta ao Conselho de Classe e, até notificação direta a
profissionais com habilitação na área da perícia demandada.
Art. 190. Observar-se-á a Resolução nº 232/CNJ, de 2016, quanto aos valores a serem
pagos pelos serviços de perícia de responsabilidade de beneficiário da gratuidade da justiça.

CAPÍTULO XV
DOS SISTEMAS BACENJUD, RENAJUD, INFOJUD, SERASAJUD, INFOSEG, BNMP 2.0 E OUTROS

Art. 191. É obrigatório o uso das ferramentas dos “Sistemas Jud” para a obtenção de
resultado de consulta positiva ou negativa, ou de efetivação de ordem judicial, salvo impossibilidade de uso
dos Sistemas.
§ 1º Os dados de natureza fiscal e financeira serão insertos nos autos eletrônicos
observando-se a preservação do sigilo necessário.
§ 2º Caso o feito deixe de tramitar em segredo de justiça em virtude de decisão judicial, as
informações referentes aos sigilos fiscais e financeiros deverão ser desentranhadas mediante certidão e
arquivadas de forma segura.
Art. 192. Os magistrados e servidores, devidamente autorizados, com cadastro nos
“Sistemas Jud” deverão observar os prazos e recomendações constantes dos próprios regulamentos.
Art. 193. O INFOSEG é um instrumento de uso indispensável pelos servidores de
secretaria com a incumbência de promover o cadastro de Partes junto ao Sistema e-Proc/JMU e aos oficiais de
justiça para levantamento de endereço e identificação de pessoas em diligências de cumprimento de
mandados.
Art. 194. Deve ser utilizado o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões – BNMP 2.0,
para registro dos mandados de prisão e soltura, conforme a Resolução nº 251/CNJ, de 4 de setembro de 2019.

CAPÍTULO XVI
RELATÓRIO ANUAL DAS ATIVIDADES JUDICIÁRIAS

Art. 195. Cada Auditoria fará compor do Relatório de Gestão Anual, dirigido à Presidência
do Superior Tribunal Militar, até o 5º (quinto) dia útil de todo mês de fevereiro, demonstrativo das suas
atividades judiciárias, conforme modelo constante no Anexo I deste Código.
Art. 196. Com a implementação do DATAJUD, fonte primária de dados do Sistema de
Estatística do Poder Judiciário, pelo CNJ, exige-se de magistrados e servidores a cultura de exatidão quanto
ao lançamento de eventos nos feitos em trâmite no e-Proc/JMU, nos termos da Resolução nº 331/CNJ, de 25
de agosto de 2020, e o § 1º do art. 5º deste Código de Normas de Serviços Cartorários.

CAPÍTULO XVII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 197. As disposições deste Código de Normas de Serviços Cartorários não excluem a
observância do disposto no Código de Processo Penal Militar, no Código de Processo Penal Brasileiro,
quando aplicado, na Lei de Organização Judiciária Militar, no Regimento Interno do Superior Tribunal
Militar, no Código de Ética dos Servidores da JMU, no Código de Ética da Magistratura Nacional e nos
Provimentos da Corregedoria da Justiça Militar, estes últimos na parte em que não tiverem sido revogados
pela presente Norma.
Art. 198. Este Código entra em vigor na data de sua publicação.

Documento assinado eletronicamente por JOSÉ BARROSO FILHO, MINISTRO-CORREGEDOR


DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO, em 09/03/2021, às 15:30 (horário de Brasília), conforme art.
1º,§ 2º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.stm.jus.br/controlador_externo.php?


acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 informando o código verificador 2117702 e o
código CRC 1355283C.

ANEXO I
MODELO PARA O
RELATÓRIO ANUAL DAS ATIVIDADES JUDICIÁRIAS
PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO
... AUDITORIA DA ... CJM ATIVIDADE JUDICANTE EXERCÍCIO

QUADRO DEMONTRATIVO DE INQUÉRITOS E AUTOS DE PRISÃO EM FLAGRANTE

VINDOS DO ANO ANTERIOR

ENTRADOS NO ANO

ENCERRADOS NO ANO

PASSARAM PARA O ANO SEGUINTE

PEDIDOS DE ARQUIVAMENTO

ARQUIVADOS/REMETIDOS PARA AUDITORIA DE

CORREIÇÃO

ARQUIVAMENTOS INDEFERIDOS/REMETIDOS PARA

PGJM

DENÚNCIAS OFERECIDAS

DENÚNCIAS RECEBIDAS

DENÚNCIAS REJEITADAS COM RECURSO

RECURSO NÃO PROVIDO

RECURSO PROVIDO

RECURSO NÃO DECIDIDO ATÉ 31 DE DEZEMBRO

ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO OU DA JMU

Ó
DEFERIDA/ENCAMINHADA AO ÓRGÃO COMPETENTE

INDEFERIDA

COM RECURSO MPM

SEM RECURSO DO MPM

BAIXADO PARA CUMPRIMENTO DE DILIGÊNCIAS

AGUARDANDO RETORNO EM 31 DE DEZEMBRO

FEITOS SUSPENSOS

QUADRO DEMONTRATIVO DE INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS DE DESERÇÃO E INSTRUÇÕES


PROVISÓRIAS DE INSUBMISSÃO

VINDAS DO ANO ANTERIOR

ENTRADAS NO ANO

ENCERRADAS NO ANO

AGUARDANDO CAPTURA E/OU APRESENTAÇÃO

VOLUNTÁRIA

PASSAM PARA O ANO SEGUINTE

PEDIDOS DE ARQUIVAMENTO

ARQUIVAMENTOS REJEITADOS / REMETIDOS À PGJM

DENÚNCIAS OFERECIDAS

DENÚNCIAS RECEBIDAS
FEITOS SUSPENSOS

QUADRO DEMONTRATIVO DE PROCESSOS DE FORMA ORDINÁRIA

VINDOS DO ANO ANTERIOR

ENTRADOS NO ANO

ENCERRADOS NO ANO

PASSARAM PARA O ANO SEGUINTE

ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO OU DA JMU

DEFERIDA/ENCAMINHADA AO ÓRGÃO COMPETENTE

INDEFERIDA

COM RECURSO DO MPM

SEM RECURSO DO MPM

PROCESSOS JULGADOS

ABSOLVIÇÕES (POR ACUSADO)

CONDENAÇÕES (POR ACUSADO)

COM SURSIS

SEM SURSIS

COM DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE


SEM DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE

RECURSOS IMPETRADOS

PELO MPM

PELA DEFESA

PROCESSOS SUSPENSOS

QUADRO DEMONTRATIVO DE PROCESSOS DE FORMA ESPECIAL

VINDOS DO ANO ANTERIOR

ENTRADOS NO ANO

ENCERRADOS NO ANO

PASSARAM PARA O ANO SEGUINTE

PROCESSOS JULGADOS

EXTINTOS SEM JULGAMENTO DE MÉRITO

ABSOLVIÇÕES (POR ACUSADO)

CONDENAÇÕES (POR ACUSADO)

RECURSOS IMPETRADOS

PELO MPM
PELA DEFESA

RECURSO PROVIDO

RECURSO NÃO PROVIDO

INDULTO

COMUTAÇÃO DE PENA

PROCESSOS SUSPENSOS

QUADRO DEMONTRATIVO DE EXPEDIENTE JUDICIÁRIO

ALVARÁ DE SOLTURA

MANDADO DE PRISÃO

ANULAÇÃO DE FLAGRANTE

DECRETAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

RELAXAMENTO DE PRISÃO

CARTA DE GUIA

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE FACE INDULTO

COMUTAÇÃO DE PENA

EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE/OUTRO MOTIVO

PRECATÓRIA EXPEDIDA

PRECATÓRIA RECEBIDA
MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO

QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO

QUEBRA DE SIGILO FISCAL

QUEBRA DE SIGILO TELEFÔNICO

DECISÃO DE REABILITAÇÃO

EXECUÇÕES DE SENTENÇA EM ANDAMENTO

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

RÉUS/CONDENADOS CUMPRINDO MEDIDA DE SEGURANÇA

RÉUS/CONDENADOS CUMPRINDO PENA ALTERNATIVA

CONDENADOS COM EXECUÇÃO DEFINITIVA

RÉUS COM EXECUÇÃO PROVISÓRIA

RÉUS/CONDENADOS FORAGIDOS/AGUARDANDO

CAPTURA

QUADRO DEMONSTRATIVO DA MOVIMENTAÇÃO DOS CONSELHOS DE JUSTIÇA

SESSÕES DE CONSELHO PERMANENTE

CPJ/MARINHA

CPJ/EXÉRCITO

CPJ/AERONÁUTICA
Subtotal

SESSÕES DE CONSELHO ESPECIAL

CEJ/MARINHA

CEJ/EXÉRCITO

CEJ/AERONÁUTICA

SESSÕES DO JUIZ FEDERAL

Subtotal

SESSÕES DO JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Subtotal

TOTAL

2117702v55
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