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IBGE

1 Princípios de contagem. ................................................................................................... 1


2 Razões e proporções. .................................................................................................... 12
3 Regras de três simples. ................................................................................................. 19
4 Porcentagens. ................................................................................................................ 27
5 Equações de 1º e de 2º graus. ....................................................................................... 34
6 Sequências numéricas. 7 Progressões aritméticas e geométricas. ................................ 48
8 Funções e gráficos. ........................................................................................................ 60
9 Estruturas lógicas. ......................................................................................................... 93
10 Lógica de argumentação. 10.1 Analogias, inferências, deduções e conclusões. ........ 115
11 Lógica sentencial (ou proposicional). 11.1 Proposições simples e compostas. 11.2
Tabelas-verdade. 11.3 Equivalências. 11.4 Leis de De Morgan. 11.5 Diagramas lógicos. 12
Lógica de primeira ordem. ................................................................................................... 130
13 Princípios de contagem e probabilidade. .................................................................... 150
14 Operações com conjuntos. ......................................................................................... 158
15 Raciocínio logico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais. ........ 169

1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA


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1 Princípios de contagem.

ANÁLISE COMBINATÓRIA

A Análise Combinatória1 é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com
problemas de contagem, sendo eles:
- Princípio Fundamental da Contagem (PFC);
- Fatorial de um número natural;
- Tipos de Agrupamentos Simples (Arranjo, permutação e combinação);
- Tipos de Agrupamentos com Repetição (Arranjo, permutação e combinação).

A Análise Combinatória é o suporte da Teoria das Probabilidades, e de vital importância para as


ciências aplicadas, como a Medicina, a Engenharia, a Estatística entre outras.

Princípio Fundamental da Contagem-PFC (Princípio Multiplicativo)

O princípio multiplicativo ou fundamental da contagem constitui a ferramenta básica para resolver


problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através das possibilidades
dadas. É uma das técnicas mais utilizadas para contagem, mas também dependendo da questão pode
se tornar trabalhosa.

Exemplos

1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco opções de suco de frutas: pêssego, maçã,
morango, caju e mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas deverá decidir também se
o suco será produzido com água ou leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?

2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu amigo Pedro (que mora na cidade C) João precisa
pegar duas conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e B1 ou B2 que o leva até o
destino final C. Vamos montar o diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

1
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia Cristina
Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.

1
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De forma resumida, e rápida podemos também montar através do princípio multiplicativo o número de
possibilidades:

3) De sua casa ao trabalho, Sílvia pode ir a pé, de ônibus ou de metrô. Do trabalho à faculdade, ela
pode ir de ônibus, metrô, trem ou pegar uma carona com um colega.
De quantos modos distintos Sílvia pode, no mesmo dia, ir de casa ao trabalho e de lá para a faculdade?
Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:

1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades


2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades.
Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos: 3 x 4 = 12.
No total Sílvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa – trabalho – faculdade.

DEFINIÇÃO do PFC: Se um evento que chamaremos de E1 puder ocorrer de a maneiras e um outro


evento que chamaremos de E2 puder ocorrer de b maneiras e E1 for independente de E2, assim a
quantidade de maneiras distintas de os dois eventos ocorrerem simultaneamente será dado por axb,
isto é, a quantidade de maneiras de a ocorrer, multiplicado pela quantidade de maneiras de b ocorrer.

Questões

01. (Pref. Chapecó/SC – Engenheiro de Trânsito – IOBV) Em um restaurante os clientes têm a sua
disposição, 6 tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o cliente
quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número de opções
diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, é:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90

02. (Pref. Rio de Janeiro/RJ – Agente de Administração – Pref. Rio de Janeiro) Seja N a
quantidade máxima de números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é:
(A) 120
(B) 240
(C) 360
(D) 480

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Comentários

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo vamos enumerar todas as
possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.

02. Resposta: C.
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000, logo para o primeiro algarismo só podemos
usar os números 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos para o segundo algarismo
poderemos usar os números (0,1,2,3 e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 – 1 =
6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5 possibilidades e para o último, o quarto algarismo,
teremos 4 possibilidades, montando temos:

Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4 = 360.


Logo N é 360.

Fatorial de um Número Natural

É comum aparecerem produtos de fatores naturais sucessivos em problemas de análise combinatória,


tais como: 3. 2 . 1 ou 5. 4 . 3 . 2 . 1, por isso surgiu a necessidade de simplificarmos este tipo de notação,
facilitando os cálculos combinatórios. Assim, produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:

Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-se: “n fatorial”)
Por convenção temos que:

Exemplos
1) De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma fila.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos na fila nas mais variadas posições:

Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320

9!
2) Dado , qual o valor dessa fração?
5!

Observe que o denominador é menor que o numerador, então para que possamos resolver vamos
levar o numerador até o valor do denominador e simplificarmos:

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Tipos de Agrupamento

Os agrupamentos que não possuem elementos repetidos, são chamamos de agrupamentos


simples. Dentre eles, temos aqueles onde a ordem é importante e os que a ordem não é importante.
Vamos ver detalhadamente cada um deles.

- Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a


ordem dos seus elementos é importante, é o que diferencia.

Exemplos
1) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6} quantos números de 3 algarismos
podemos formar com este conjunto?

Observe que 123 é diferente de 321 e assim sucessivamente, logo é um Arranjo.

Se fossemos montar todos os números levaríamos muito tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar
a fórmula do arranjo.
Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos tomados p a p).
Então:

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!

Então podemos formar com o conjunto S, 120 números com 3 algarismos.

2) Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um
coordenador pedagógico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)

n! 18! 18! 18.17.16.15!


An, p = → A18,3 = = = = 4896 grupos
(n − p)! (18 − 3)! 15! 15!

- Permutação simples: sequência ordenada de n elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos


todos os elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a ordem. A permutação simples é um
caso particular do arranjo simples.
É muito comum vermos a utilização de permutações em anagramas (alterações da sequência das
letras de uma palavra).

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Exemplos
1) Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Utilizando a fórmula da permutação temos:


n = 4 (letras)
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) → 24 . 1 = 24 anagramas

2) Utilizando a palavra acima, quantos são os anagramas que começam com a letra L?

P3! = 3! = 3 . 2 . 1! = 6 anagramas que começam com a letra L.

- Combinação simples: agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que


diferencia a combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é importante.
Vemos muito o conceito de combinação quando queremos montar uma comitiva, ou quando temos
também de quantas maneiras podemos cumprimentar um grupo ou comitiva, entre outros.

Exemplos
1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles deverão representar a escola em um
congresso. Quantos grupos de 4 professores são possíveis?

Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles de posição não alteramos o grupo formado,
os grupos formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda as seguintes possibilidades
que podemos considerar sendo como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, P4 – P4, P3, P1, P2 ...

Com isso percebemos que a ordem não é importante!

Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos cálculos:

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Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 =
P4, P2, P1, P3= P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula:
n! 7! 7! 7.6.5.4! 210 210
Cn, p = → C7,4 = = = = = = 35 grupos de professores
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! 3.2.1 6

2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, quantas cordas podem ser construídas com
extremidades em dois desses pontos?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois pontos entre


os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então sabemos que
se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados 2 a 2.
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
45 cordas

Agrupamentos com Repetição

Existem casos em que os elementos de um conjunto repetem-se para formar novos subconjuntos.
Nestes casos, devemos usar fórmulas de agrupamentos com repetição. Assim, teremos:
A) arranjo com repetição;
B) permutação com repetição;
C) combinação com repetição.

Vejamos:
a) Arranjo com repetição: ou arranjo completo, é um grupo de p elementos de um dado conjunto,
com n elementos distintos, onde a mudança de ordem determina grupos diferentes, podendo porém ter
elementos repetidos.
Indicamos por AR n,p

No arranjo com repetição, temos todos os elementos do conjunto à disposição a cada escolha, por
isso, pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:

Exemplo
Quantas chapas de automóvel compostas de 2 letras nas duas primeiras posições, seguidas por 4
algarismos nas demais posições (sendo 26 letras do nosso alfabeto e sendo os algarismos do sistema
decimal) podem ser formadas?

O número de pares de letras que poderá ser utilizado é:

Pois podemos repetir eles. Aplicando a fórmula de Arranjo com repetição temos:
𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟐𝟔, 𝟐 = 𝟐𝟔𝟐 = 𝟔𝟕𝟔

Para a quantidade de números temos (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 – 10 algarismos):

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𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim o número de chapas que podemos ter é dado pela multiplicação dos valores achados:
676 . 10 000 = 6 760 000 possibilidades de placas.

Observação: Caso não pudesse ser utilizada a placa com a sequência de zeros, ou seja, com 4 zeros
teríamos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟔𝟕𝟔. 𝟏𝟎𝟒 − 𝟔𝟕𝟔. 𝟏 = 𝟔𝟕𝟔. (𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎 − 𝟏)

b) Permutação com repetição: a diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
os elementos do conjunto. Na permutação com repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de elementos, n, e as vezes em
que o mesmo elemento aparece.

Com α + β + γ + ... ≤ n

Exemplo
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒 𝟐𝟎
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = = = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏 𝟐

B.1) Permutação circular: a permutação circular com repetição pode ser generalizada através da
seguinte forma:

Vejamos o exemplo como chegar na fórmula, para aplicação.


- De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda podem formá-la?
Fazendo um esquema, observamos que são posições iguais:

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só permutação circular. Assim, o total de permutações
circulares será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

C) Combinação com repetição: dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se combinação
com repetição, classe p (ou combinação completa p a p) dos n elementos desse conjunto, a todo grupo
formado por p elementos, distintos ou não, em qualquer ordem.

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Exemplo
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Ilustrando temos:

Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade
de enumerar todas as possibilidades:
n=3ep=2
𝟒! 𝟒! 𝟒. 𝟑. 𝟐! 𝟏𝟐
𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑 → 𝑪𝑹 𝟑 + 𝟐 − 𝟏, 𝟐 → 𝑪𝑹𝟒, 𝟐 = = = = =𝟔
𝟐! (𝟒 − 𝟐)! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐

Questões

01. (CRQ 2ª Região/MG – Auxiliar Administrativo – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um
grupo de trabalho com 3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um
deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

02. (PM/SP – Cabo – CETRO) Uma lei de certo país determinou que as placas das viaturas de polícia
deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto grego (24 letras). Sendo assim, o número de
placas diferentes será igual a
(A) 175.760.000.
(B) 183.617.280.
(C) 331.776.000.
(D) 358.800.000.

03. (TJ/RS – Técnico Judiciário - FAURGS) O Tribunal de Justiça está utilizando um código de leitura
de barras composto por 5 barras para identificar os pertences de uma determinada seção de trabalho. As
barras podem ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com todas as barras da mesma cor, o
número de códigos diferentes que se pode obter é de
(A) 10.
(B) 30.
(C) 50.
(D) 150.
(E) 250.

04. (SEED/SP – Agente de Organização Escolar – VUNESP) Um restaurante possui pratos principais
e individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com
vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três pratos principais individuais, um
para cada. Alberto não come carne vermelha nem frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só não
come vegetais. O total de pedidos diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições alimentares
dos três é igual a
(A) 384.
(B) 392.
(C) 396.
(D) 416.
(E)432.

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05. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Dentre os nove competidores de um campeonato
municipal de esportes radicais, somente os quatro primeiros colocados participaram do campeonato
estadual. Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
(A) 126
(B)120
(C) 224
(D) 212
(E) 156

06. (Pref. Lagoa da Confusão/TO – Orientador Social – IDECAN) Renato é mais velho que Jorge
de forma que a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa a diferença entre suas
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

07. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) Numa sala há


3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com interruptores independentes. De quantas maneiras é
possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
(A) 12.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 36.

08. (CREA/PR – Agente Administrativo– FUNDATEC) A fim de vistoriar a obra de um estádio de


futebol para a copa de 2014, um órgão público organizou uma comissão composta por 4 pessoas, sendo
um engenheiro e 3 técnicos.
Sabendo-se que em seu quadro de funcionários o órgão dispõe de 3 engenheiros e de 9 técnicos,
pode-se afirmar que a referida comissão poderá ser formada de _____ maneiras diferentes.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho acima.
(A) 252
(B) 250
(C) 243
(D) 127
(E) 81

09. (ESA – Música – EXÉRCITO BRASILEIRO) Colocando-se em ordem alfabética os anagramas da


palavra FUZIL, que posição ocupará o anagrama ZILUF.
(A) 103
(B) 104
(C) 105
(D) 106
(E) 107

10. (CODEMIG – Analista de Administração – Gestão de Concursos) Oito amigos encontraram-se


em uma festa. Se cada um dos amigos trocar um aperto de mão com cada um dos outros, quantos apertos
de mão serão trocados?
(A) 22.
(B) 25.
(C) 27.
(D) 28.

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Comentários

01. Resposta: B
Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
n!
Cn, p =
(n − p)! p!

Onde n = 12 e p = 3
n! 12! 12! 12.11.10.9! 1320 1320
Cn, p = → C12,3 = = = = = = 220
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3! 9! 3! 3.2.1 6

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.

02. Resposta: C
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
_ _ _ _ _ _ _
101010  242424 24=331.776.000

03. Resposta: B
_____
22222=32 possibilidades se pudesse ser qualquer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30

04. Resposta: E
Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

05. Resposta: A
1001.
C_9,4 = 9! / 5!4! = (9∙8∙7∙6∙5!) / (5!∙24) = 126

06. Resposta: C
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
720
Razão dos anagramas: 120 = 6
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

07. Resposta: C
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,3 = 3 ∙ 4 = 12

2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

10
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4!
𝐶4,4 = 0!4! = 1

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,4 = 3 ∙ 1 = 3

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,3 = 1 ∙ 4 = 4

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = =1
0!3!

4!
𝐶4,4 = =1
0!4!

𝐶3,3 ∙ 𝐶4,4 = 1 ∙ 1 = 1
Somando as possibilidades: 12 + 3 + 4 + 1 = 20

08. Resposta: A
Engenheiros
3!
𝐶3,1 = =3
2! 1!

Técnicos
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐶9,3 = = = 84
3! 6! 6 ∙ 6!

3 . 84 = 252 maneiras

09. Resposta: D
O anagrama que ele quer é ZILUF, assim como se inicia com Z podemos admitir todos os outros
anagramas que iniciam com letra diferente de “Z” estão antes do desejado, assim:
F_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
I_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
L_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
U_ _ _ _ = 4.3.2.1 = 24
Daí começa os com Z
Portanto colocaremos Z e a menor letra na segunda opção que será o F
ZF_ _ _ = 3.2.1 = 6
Agora depois do último que começa com ZF vem o que começa com ZI
Mas antes do L temos o F
Assim devemos contar todos que comecem por ZIF
ZIF_ _ = 2
Agora temos o que começa com ZIL
Mas só temos estes possíveis anagramas em ordem crescente que começam com ZIL

ZILFU = 1
ZILUF (Que é o anagrama que queremos)

Agora basta saber a posição em que ele ficará,


24 + 24 + 24 + 24 + 6 + 2 + 1 = 105 antes dele, portanto ele estará na 106ª posição.

10. Resposta: D
A primeira pessoa apertará a mão de 7
A Segunda, de 6, e assim por diante.
Portanto, haverá: 7+6+5+4+3+2+1=28

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2 Razões e proporções.

RAZÃO

Razão2 é o quociente (divisão) entre dois números (quantidades, medidas, grandezas).


𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏
Onde:

Você tem que ficar atento ao fato da frase que estiver o contexto, pois depende da ordem em que for
expressa.

Exemplos
01. Em um vestibular para o curso de marketing, participaram 3600 candidatos para 150 vagas. A
razão entre o número de vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1


= =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24

Lemos a fração como: Um vinte e quatro avos ( pronuncia-se “ávos”).

02. Em um processo seletivo diferenciado, os candidatos obtiveram os seguintes resultados:


− Alana resolveu 11 testes e acertou 5
− Beatriz resolveu 14 testes e acertou 6
− Cristiane resolveu 15 testes e acertou 7
− Daniel resolveu 17 testes e acertou 8
− Edson resolveu 21 testes e acertou 9
O candidato contratado, de melhor desempenho, (razão de acertos para número de testes), foi:
5
𝐴𝑙𝑎𝑛𝑎: = 0,45
11

6
𝐵𝑒𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧: 14 = 0,42

7
𝐶𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛𝑒: 15 = 0,46

8
𝐷𝑎𝑛𝑖𝑒𝑙: 17 = 0,47

9
𝐸𝑑𝑠𝑜𝑛: 21 = 0,42

Daniel teve o melhor desempenho pois 0,47 foi o maior número.

- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, essas devem ser expressas na mesma
unidade.

2
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12
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Razões Especiais

Escala
Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a
escala, que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas na mesma unidade).

𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙

Velocidade Média
É a razão entre a distância percorrida e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade
É a razão entre a massa de um corpo e o seu volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre
outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

PROPORÇÃO

É uma igualdade entre duas razões.


𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões 𝑏 e 𝑑 , à setença de igualdade 𝑏
= 𝑑 chama-se proporção3.
Onde:

Exemplo
1 - O passageiro ao lado do motorista observa o painel do veículo e vai anotando, minuto a minuto, a
distância percorrida. Sua anotação pode ser visualizada na tabela a seguir:

Distância percorrida (em km) 2 4 6 8 ...


Tempo gasto (em min) 1 2 3 4 ...

Nota-se que a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto para percorrê-la é sempre igual a 2:

2 4 6 8
=2; =2 ; =2 ; =2
1 2 3 4
Então:

2 4 6 8
= = =
1 2 3 4

Dizemos que os números da sucessão (2,4,6, 8, ...) são diretamente proporcionais aos números da
sucessão (1,2,3,3, 4, ...).

3
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Propriedades da Proporção

1 - Propriedade Fundamental

O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é, a. d = b. c

Exemplo
45 9
Na proporção = ,(lê-se: “45 está para 30, assim como 9 está para 6.), aplicando a propriedade
30 6
fundamental, temos: 45.6 = 30.9 = 270

2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim como a
soma dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo
2 6 2 + 3 6 + 9 5 15 2 + 3 6 + 9 5 15
= → = → = = 30 𝑜𝑢 = → = = 45
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o primeiro (ou para o segundo termo), assim
como a diferença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).

𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑


= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Exemplo
2 6 2 − 3 6 − 9 −1 −3 2 − 3 6 − 9 −1 −3
= → = → = = −6 𝑜𝑢 = → = = −9
3 9 2 6 2 6 3 9 3 9

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes, assim como cada antecedente está
para o seu consequente.

𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑

Exemplo
2 6 2+6 2 8 2 2+6 6 8 6
= → = → = = 24 𝑜𝑢 = → = = 72
3 9 3+9 3 12 3 3+9 9 12 9

5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos consequentes, assim como cada
antecedente está para o seu consequente.
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑

Exemplo
6 2 6−2 6 4 6 6−2 2 4 2
= → = → = = 36 𝑜𝑢 = → = = 12
9 3 9−3 9 6 9 9−3 3 6 3

Problemas envolvendo razão e proporção


01. Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de atendimentos a usuários internos e
o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa ordem,
foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que, no total,
o número de usuários atendidos foi:
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

14
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Resolução:
Usuários internos: i
Usuários externos: e
Sabemos que neste dia foram atendidos 140 externos → e = 140
𝑖 3 𝑖
𝑖+𝑒
= 5 = 𝑖+140 , usando o produto dos meios pelos extremos temos

420
5i = 3(i + 140) → 5i = 3i + 420 → 5i – 3i = 420 → 2i = 420 → i = 2
→ i = 210
i + e = 210 + 140 = 350
Resposta “E”

02. Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão do número de
candidatos aprovados para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3
B) 3/5
C) 5/10
D) 2/7
E) 6/7

Resolução:

Resposta “B”

03. Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados,
sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais alunos
chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de alunos
que chegaram com mais de 30 minutos de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa
ordem, foi de:
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

Resolução:
2
Se 5 chegaram atrasados
2 3
1 − 5 = 5 𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
2 1 1

5 4
= 10 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜
1
𝑡𝑖𝑣𝑒𝑟𝑎𝑚 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 30 min 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 10
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = = 3
𝑐ℎ𝑒𝑔𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑛𝑜 ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜
5
1 5 1
𝑟𝑎𝑧ã𝑜 = ∙ = 𝑜𝑢 1: 6
10 3 6

Resposta “C”

Questões

01. (Pref. de Cerquilho/SP – Professor de Ensino Fundamental I – Metro Capital Soluções/2018)


Durante um campeonato de tiro ao alvo, José disparou 12 vezes. Sabendo que a razão do número de
acertos para o total de disparos foi de 3/4 (três quartos), quantos disparos José acertou?
(A) 7.
(B) 10.
(C) 4.
(D) 7.
(E) 9.

15
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02. (Colégio Pedro II – Professor – Colégio Pedro II/2018) O trabalho infantil é um dos mais graves
problemas do país.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD 2015), mais de 2,7 milhões de
crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, estão em situação de trabalho no Brasil – no mundo, são 152
milhões que estão no trabalho precoce.

Disponível em: http://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br. Acesso em: 30 jul. 2018


De acordo com os dados apresentados, a fração que representa o número de meninas em situação
de trabalho infantil no Brasil é:
(A) 2/3
(B) 5/10
(C) 9/27
(D) 94/100

03. (FUNCABES – Escriturário – PROMUN/2018) Em um concurso público em que participaram 3000


candidatos, 1800 foram aprovados. A razão do número de candidatos aprovados para o total de
candidatos participantes do concurso é:
(A) 2/3
(B) 3/5
(C) 5/10
(D) 2/7

04. (MPE/SP – Oficial de Promotoria – VUNESP) Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da
universidade na qual estudou. Para a biblioteca de matemática, ele doará três quartos dos livros, para a
biblioteca de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de química, 36 livros. O número de
livros doados para a biblioteca de física será
(A) 16.
(B) 22.
(C) 20.
(D) 24.
(E)18.

05. (EBSERH/HUPA – Técnico em Informática – IDECAN) Entre as denominadas razões especiais


encontram-se assuntos como densidade demográfica, velocidade média, entre outros. Supondo que a
distância entre Rio de Janeiro e São Paulo seja de 430 km e que um ônibus, fretado para uma excursão,
tenha feito este percurso em 5 horas e 30 minutos. Qual foi a velocidade média do ônibus durante este
trajeto, aproximadamente, em km/h?
(A) 71 km/h
(B) 76 km/h
(C) 78 km/h
(D) 81 km/h
(E) 86 km/h.

16
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06. (SEPLAN/GO – Perito Criminal – FUNIVERSA) Em uma ação policial, foram apreendidos 1
traficante e 150 kg de um produto parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou que
o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma mistura da Cannabis sativa com outras
ervas. Interrogado, o traficante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava apenas 2 kg
da Cannabis sativa; o restante era composto por várias “outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que,
para fabricar todo o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
(E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.

07. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de Educação Básica – GR Consultoria e Assessoria) Eu tenho


duas réguas, uma que ao quebrar ficou com 24 cm de comprimento e a outra tem 30 cm, portanto, a
régua menor é quantos por cento da régua maior?
(A) 90%
(B) 75%
(C) 80%
(D) 85%

08. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Uma cidade A, com 120 km de vias,
apresentava, pela manhã, 51 km de vias congestionadas. O número de quilômetros de vias
congestionadas numa cidade B, que tem 280 km de vias e mantém a mesma proporção que na cidade A,
é
(A) 119 km.
(B) 121 km.
(C) 123 km.
(D) 125 km.
(E) 127 km.

09. (FINEP – Assistente – CESGRANRIO) Maria tinha 450 ml de tinta vermelha e 750 ml de tinta
branca. Para fazer tinta rosa, ela misturou certa quantidade de tinta branca com os 450 ml de tinta
vermelha na proporção de duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta branca.
Feita a mistura, quantos ml de tinta branca sobraram?
(A) 75
(B) 125
(C) 175
(D) 375
(E) 675

10. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria I – VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular


está para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso desse salão, foram colocados
somente ladrilhos quadrados inteiros, revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número mínimo de ladrilhos necessários para revestir
totalmente esse piso foi igual a
(A) 588.
(B) 350.
(C) 454.
(D) 476.
(E) 382.

Comentários

01. Resposta: E
3
A razão do número de acertos para o total é de 4 e o total de disparos foi 12, assim a proporção fica
da seguinte forma:
3 𝑥
=
4 12

17
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4x = 3.12
4x = 36
36
x= 4
x=9

02. Resposta: C
Vamos resolver este pela forma mais simples, nos dados apresentados temos que 2 em cada 3
crianças em situação de trabalho infantil são do sexo masculino, assim sobra apenas 1 em cada 3 para
1 9
o sexo feminino, em fração seria 3, mas não temos esta resposta, porém temos 27 que nada mais é que
1 1 9
3
porém não está simplificado, assim 3 = 27.

03. Resposta: B
De acordo com a ordem que foi expressa devemos ter 1800 no numerador e 3000 será o denominador,
ficando assim:
1800
3000
, simplificando:
18 3
=
30 5

04. Resposta: E
X = total de livros
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x
1 1
Física = 3 . 4 = 1/12
Química = 36 livros
3𝑥 1𝑥
Logo o número de livros é: 4 + 12 + 36 = x
Fazendo o m.m.c. dos denominadores (4,12) = 12
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 432
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥 → 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = → 𝑥 = 216
12 2

Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos:


1 216
12
. 216 = 12 = 18

05. Resposta: C
5h30min = 5,5h, transformando tudo em hora e suas frações.
430
5,5
= 78,18 𝑘𝑚/ℎ

06. Resposta: C
O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg da Cannabis sativa e os demais outras
2
ervas. Podemos escrever em forma de razão , logo:
5
2
. 150 = 60𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑛𝑛𝑎𝑏𝑖𝑠 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 ∴ 150 − 60 = 90𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠
5

07. Resposta: C
Como é a razão do menor pelo maior temos: 24/30 = 0,80. 100 = 80%

08. Resposta: A
A razão da cidade A será:
51
120

A da cidade B será:
𝑐𝑜𝑛𝑔𝑒𝑠𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠
280

Como seguem a mesma proporção teremos a seguinte proporção:

18
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51 𝑥
120
= 280
120.x = 51. 280 → x = 14280 / 120 → x = 119 km

09. Resposta: A
2
Como temos duas partes de tinta vermelha para três partes de tinta branca a fração ficará 3temos
ainda que ela utilizou 450ml de tinta vermelha, então vamos encontrar o quanto ela utilizou de tinta branca
e depois descobrir o quanto sobrou do total (750ml)
2 450
3
= 𝑥
2x = 450. 3 → x = 1350 / 2 → x = 675 ml de tinta branca foram utilizadas.
Sobraram: 750 ml – 675 ml = 75 ml

10. Resposta: A
Chamando de C o comprimento e de L a largura, teremos a seguinte proporção
𝐶 4
𝐿
= 3
Como no comprimento foram utilizados 28 ladrilhos, teremos C = 28 e substituindo na proporção, ficará:
28 4
𝐿
= 3

4L = 28. 3
84
L=
4
L = 21 ladrilhos
Como teremos 28 ladrilhos no comprimento e 21 na largura, a quantidade total será dada pela área
dessa região retangular, ou seja, o produto do comprimento pela largura.
Assim, o total de ladrilhos foi de 28. 21 = 588.

3 Regras de três simples.

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser
resolvidos através de um processo prático, chamado regra de três simples4.
Vejamos a tabela abaixo:

4
MARIANO, Fabrício. Matemática Financeira para Concursos. 3ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier,2013.

19
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Exemplos
01. Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer
210 km?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies
diferentes que se correspondem em uma mesma linha:

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas
distância e litros de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando,
indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
“litros de álcool”:

Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

180 15 180: 30 15
= → 𝑐𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: =
210 𝑥 210: 30 𝑥

1806 15
= → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠) → 6𝑥 = 7.15
2107 𝑥
105
6𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6

Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

02. Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu gastaria 7 h para fazer certo percurso.
Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso?

Indicando por x o número de horas e colocando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, temos:

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos colocar uma flecha:

20
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Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica reduzido à metade. Isso significa que as
grandezas velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse fato é
indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da coluna
“tempo”:

Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das flechas. Assim, temos:


7 80 7 808 35
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 → 𝑥 = → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
𝑥 50 𝑥 50 8

Como 0,375hora corresponde a 22 minutos aproximadamente (0,375 x 60 minutos), então o percurso


será feito em 4 horas e 22 minutos aproximadamente.

03. Ao participar de um treino de fórmula Indy, um competidor, imprimindo a velocidade média de 180
km/h, faz o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 km/h, que tempo teria gasto no
percurso?

Vamos representar pela letra x o tempo procurado.


Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (180 km/h e 300 km/h) com dois valores
da grandeza tempo (20 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os outros três.

Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto para fazer o percurso cairá para a metade;
logo, as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300 são inversamente
proporcionais aos números 20 e x.
Daí temos:
3600
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = → 𝑥 = 12
300

Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 300 km/h, teria gasto 12 segundos para
realizar o percurso.

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre o número de casos de dengue na cidade de Campinas.

21
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De acordo com essas informações, o número de casos registrados na cidade de Campinas, até 28 de
abril de 2014, teve um aumento em relação ao número de casos registrados em 2007, aproximadamente,
de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo – VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto
sobre o valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é correto afirmar que o valor total
desse título era de
(A) R$ 345,00.
(B) R$ 346,50.
(C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.

03. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte
e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o valor de custo do tal veículo, por
quanto Manoel adquiriu o carro em questão?
(A) R$24.300,00
(B) R$29.700,00
(C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

04. (Pref. Guarujá/SP – Professor de Matemática – CAIPIMES) Em um mapa, cuja escala era
1:15.104, a menor distância entre dois pontos A e B, medida com a régua, era de 12 centímetros. Isso
significa que essa distância, em termos reais, é de aproximadamente:
(A) 180 quilômetros.
(B) 1.800 metros.
(C) 18 quilômetros.
(D) 180 metros.

05. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) A Bahia (...) é o maior produtor de cobre
do Brasil. Por ano, saem do estado 280 mil toneladas, das quais 80 mil são exportadas.
O Globo, Rio de Janeiro: ed. Globo, 12 mar. 2014, p. 24.

Da quantidade total de cobre que sai anualmente do Estado da Bahia, são exportados,
aproximadamente,
(A) 29%
(B) 36%
(C) 40%
(D) 56%
(E) 80%

06. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um comerciante comprou uma caixa com 90 balas
e irá vender cada uma delas por R$ 0,45. Sabendo que esse comerciante retirou 9 balas dessa caixa
para consumo próprio, então, para receber o mesmo valor que teria com a venda das 90 balas, ele terá
que vender cada bala restante na caixa por:
(A) R$ 0,50.
(B) R$ 0,55.
(C) R$ 0,60.
(D) R$ 0,65.
(E) R$ 0,70.

22
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07. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 25 de maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo
publicou a seguinte informação sobre a capacidade de retirada de água dos sistemas de abastecimento,
em metros cúbicos por segundo (m3/s):

De acordo com essas informações, o número de segundos necessários para que o sistema Rio Grande
retire a mesma quantidade de água que o sistema Cantareira retira em um segundo é:
(A) 5,4.
(B) 5,8.
(C) 6,3.
(D) 6,6.
(E) 6,9.

08. (FUNDUNESP – Auxiliar Administrativo – VUNESP) Certo material para laboratório foi adquirido
com desconto de 10% sobre o preço normal de venda. Sabendo-se que o valor pago nesse material foi
R$ 1.170,00, é possível afirmar corretamente que seu preço normal de venda é
(A) R$ 1.285,00.
(B) R$ 1.300,00.
(C) R$ 1.315,00.
(D) R$ 1.387,00.
(E) R$ 1.400,00.

09. (PC/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) A mais antiga das funções do Instituto Médico Legal
(IML) é a necropsia. Num determinado período, do total de atendimentos do IML, 30% foram necropsias.
Do restante dos atendimentos, todos feitos a indivíduos vivos, 14% procediam de acidentes no trânsito,
correspondendo a 588. Pode-se concluir que o total de necropsias feitas pelo IML, nesse período, foi
(A) 2500.
(B) 1600.
(C) 2200.
(D) 3200.
(E) 1800.

10. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) A expectativa de vida do Sr. Joel é de 75
anos e, neste ano, ele completa 60 anos. Segundo esta expectativa, pode-se afirmar que a fração de vida
que ele já viveu é
4
(A) 7
5
(B) 6
4
(C)
5
3
(D) 4
2
(E) 3

23
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11. (SAAE/SP – Auxiliar de Manutenção Geral – VUNESP) Foram digitados 10 livros de 200 páginas
cada um e armazenados em 0,0001 da capacidade de um microcomputador. Utilizando-se a capacidade
total desse microcomputador, o número de livros com 200 páginas que é possível armazenar é
(A) 100.
(B) 1000.
(C) 10000.
(D) 100000.
(E) 1000000.

12. (IF/GO – Assistente de Alunos – UFG) Leia o fragmento a seguir


A produção brasileira de arroz projetada para 2023 é de 13,32 milhões de toneladas, correspondendo
a um aumento de 11% em relação à produção de 2013.
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/projecoes-ver saoatualizada.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2014. (Adaptado).

De acordo com as informações, em 2023, a produção de arroz excederá a produção de 2013, em


milhões de toneladas, em:
(A) 1,46
(B) 1,37
(C) 1,32
(D) 1,22

13. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Numa transportadora, 15 caminhões de


mesma capacidade transportam toda a carga de um galpão em quatro horas. Se três deles quebrassem,
em quanto tempo os outros caminhões fariam o mesmo trabalho?
(A) 3 h 12 min
(B) 5 h
(C) 5 h 30 min
(D) 6 h
(E) 6 h 15 min

14. (Câm. de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma receita para fazer 35 bolachas
utiliza 225 gramas de açúcar. Mantendo-se as mesmas proporções da receita, a quantidade de açúcar
necessária para fazer 224 bolachas é
(A) 14,4 quilogramas.
(B) 1,8 quilogramas.
(C) 1,44 quilogramas.
(D) 1,88 quilogramas.
(E) 0,9 quilogramas.

15. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) Laerte comprou 18 litros de tinta látex que, de
acordo com as instruções na lata, rende 200m² com uma demão de tinta. Se Laerte seguir corretamente
as instruções da lata, e sem desperdício, depois de pintar 60 m² de parede com duas demãos de tinta
látex, sobrarão na lata de tinta comprada por ele
(A) 6,8L.
(B) 6,6L.
(C) 10,8L.
(D) 7,8L.
(E) 7,2L.
Comentários

01. Resposta: E
Utilizaremos uma regra de três simples diretamente proporcional:
ano %
11442 ------- 100
17136 ------- x

11442.x = 17136. 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8% (aproximado)


149,8% – 100% = 49,8%
Aproximando o valor, teremos 50%

24
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02. Resposta: C
Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$ 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples diretamente proporcional:
$ %
315 ------- 90
x ------- 100

90.x = 315. 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

03. Resposta: C
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90% do valor total, regra de três simples
diretamente proporcional.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


𝑥
= 10010 → 𝑥
= 10 → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000 → x = 30000.

04. Resposta: C
1: 15.104 equivale a 1:150000, ou seja, para cada 1 cm do mapa, teremos 150.000 cm no tamanho
real. Assim, faremos uma regra de três simples diretamente proporcional:
mapa real
1 --------- 150000
12 --------- x
1.x = 12. 150000 x = 1.800.000 cm = 18 km

05. Resposta: A
Faremos uma regra de três simples:
cobre %
280 --------- 100
80 ---------- x
280.x = 80. 100 x = 8000 / 280 x = 28,57%

06. Resposta: A
Vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
1 ----------- 0,45
90 ---------- x
1.x = 0,45. 90
x = R$ 40,50 (total)
* 90 – 9 = 81 balas
Novamente, vamos utilizar uma regra de três simples:
Balas $
81 ----------- 40,50
1 ------------ y
81.y = 1 . 40,50
y = 40,50 / 81
y = R$ 0,50 (cada bala)

07. Resposta: D
Utilizaremos uma regra de três simples INVERSA:
m3 seg
33 ------- 1
5 ------- x
5.x = 33 . 1 x = 33 / 5 = 6,6 seg

25
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08. Resposta: B
Utilizaremos uma regra de três simples:
$ %
1170 ------- 90
x ------- 100
90.x = 1170 . 100 x = 117000 / 90 = R$ 1.300,00

09. Resposta: E
O restante de atendimento é de 100% – 30% = 70% (restante)
Utilizaremos uma regra de três simples:
Restante:
atendimentos %
588 ------------ 14
x ------------ 100
14.x = 588 . 100 x = 58800 / 14 = 4200 atendimentos (restante)
Total:
atendimentos %
4200 ------------ 70
x ------------ 30
70.x = 4200 . 30 x = 126000 / 70 = 1800 atendimentos

10. Resposta: C
Considerando 75 anos o inteiro (1), utilizaremos uma regra de três simples:
idade fração
75 ------------ 1
60 ------------ x
75.x = 60 . 1 x = 60 / 75 = 4 / 5 (simplificando por 15)

11. Resposta: D
Neste caso, a capacidade total é representada por 1 (inteiro).
Assim, utilizaremos uma regra de três simples:
livros capacidade
10 ------------ 0,0001
x ------------ 1
0,0001.x = 10 . 1 x = 10 / 0,0001 = 100.000 livros

12. Resposta: C
Toneladas %
13,32 ----------- 111
x ------------- 11
111 . x = 13,32 . 11
x = 146,52 / 111
x = 1,32

13. Resposta: B
Vamos utilizar uma Regra de Três Simples Inversa, pois, quanto menos caminhões tivermos, mais
horas demorará para transportar a carga:
caminhões horas
15 ---------------- 4
(15 – 3) ------------- x
12.x = 4 . 15 → x = 60 / 12 → x = 5 h

14. Resposta: C
Bolachas açúcar
35----------------225
224----------------x
224.225
𝑥 = 35 = 1440 𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 = 1,44 𝑞𝑢𝑖𝑙𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠

26
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15. Resposta: E
18L----200m²
x-------120
x=10,8L
Ou seja, pra 120m² (duas demãos de 60 m²) ele vai gastar 10,8 l, então sobraram:
18-10,8=7,2L

4 Porcentagens.

PORCENTAGEM

Razões de denominador 100 que são chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
simplesmente de porcentagem5. Servem para representar de uma maneira prática o "quanto" de um
"todo" se está referenciando.
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo % (Lê-se: “por cento”).
𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
01. A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das aplicações financeiras de Oscar e Marta entre
02/02/2013 e 02/02/2014.

Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em 02/02/2013 é:

50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
500
50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
400

Quem obteve melhor rentabilidade?

Resolução:
Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o mesmo denominador (no nosso caso o 100),
para isso, vamos simplificar as frações acima:

50 10
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
500 100
50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
400 100

Com isso podemos concluir que Marta obteve uma rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco
B.

Uma outra maneira de expressar será apenas dividir o numerador pelo denominador, ou seja:

5IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e Estatística Descritiva


IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com

27
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50
𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = 0,10 = 10%
500
50
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = 0,125 = 12,5%
400

02. Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são moças. Qual é a taxa percentual de
rapazes na classe?
Resolução:
18
A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é 30 . Devemos expressar essa razão na forma
centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
18 𝑥
= ⟹ 𝑥 = 60
30 100
E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter divido 18 por 30, obtendo:
18
= 0,60(. 100%) = 60%
30

Lucro e Prejuízo

É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.


Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja negativa, temos prejuízo(P).

Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Podemos ainda escrever:


C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P

A forma percentual é:

Exemplos:
01. Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Determinar:
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.

Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 → Lucro = R$ 25,00

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

02. O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00. O comerciante tem um ganho de 25%
sobre o preço de custo deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00
B) R$ 70,50
C) R$ 75,00
D) R$ 80,00
E) R$ 125,00

Resolução:
𝐿
𝐶
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Preço de Custo(PC).

28
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C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00
Resposta D

Aumento e Desconto Percentuais


𝒑
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎).V .
Logo:
𝒑
VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
01. Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 1,20, pois:
20
(1 + 100).V = (1+0,20).V = 1,20.V

02. Aumentar um valor V de 200%, equivale a multiplicá-lo por 3, pois:


200
(1 + 100).V = (1+2).V = 3.V

03. Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% e 20%, respectivamente, a área do


retângulo é aumentada de:
(A)35%
(B)30%
(C)3,5%
(D)3,8%
(E) 38%

Resolução:
Área inicial: a.b
Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial. Logo o aumento foi de 38%.
Logo, alternativa E.
𝒑
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎).V.
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
01. Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo por 0,80, pois:
20
(1 − 100). V = (1-0,20). V = 0, 80.V

02. Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por 0,60, pois:


40
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100

03. O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual
era o seu valor antes do desconto?

Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que queremos achar.


𝑝
V D = (1 − 100). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V = 115/0,92 → V = 125
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + 𝟏𝟎𝟎) ou (𝟏 − 𝟏𝟎𝟎), é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil
para resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no
valor do produto.

29
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Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:

Aumentos e Descontos Sucessivos

São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou
aumentos, fazemos uso dos fatores de multiplicação.

Vejamos alguns exemplos:


01. Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1, como são dois de 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21
100
Analisando o fator de multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos significam um único
aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 21% e não a 20%.

02. Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um único desconto de:


𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . Analisando o fator de multiplicação 0,64,
100
observamos que esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim o valor pago com o
desconto. Para sabermos o valor que representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a 36% e não a 40%.

03. Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida,
um desconto de 20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e desconto?
𝑝 𝑝
Utilizando VA = (1 + 100).V para o aumento e VD = (1 − 100).V, temos:
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo
em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Questões

01. (MPE/GO – Auxiliar Administrativo – MPE/GO/2018) João e Miguel são filhos de Pedro e
recebem pensão alimentícia do pai no percentual de 20% sobre o seu salário, cada um. Considerando
que os rendimentos de Pedro são de R$ 2.400,00 mensais, quantos reais sobram para Pedro no final do
mês?
(A) R$ 1.510,00
(B) R$ 1.920,00
(C) R$ 960,00
(D) R$ 1.440,00
(E) R$ 480,00

02. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE/GO/2018) Joana foi trazer compras. Encontrou um vestido
de 150 reais. Descobriu que se pagasse à vista teria um desconto de 35%. Depois de muito pensar, Joana
pagou à vista o tal vestido.
Quanto ela pagou?

30
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(A) 120,00 reais;
(B) 112,50 reais
(C) 127,50 reais.
(D) 97,50 reais.
(E) 95,00 reais.

03. (SABESP – Agente de Saneamento Ambiental – FCC/2018) O preço de um automóvel, à vista,


é de R$ 36.000,00 e um certo financiamento permite que esse mesmo automóvel seja pago em 18
parcelas mensais idênticas de R$ 2.200,00. Sendo assim, optando por financiar a compra do automóvel,
o valor total a ser pago pelo automóvel, em relação ao preço à vista, aumentará em
(A) 20%.
(B) 12%.
(C) 10%.
(D) 15%.
(E) 22%.

04. (SANEAGO/GO – Agente de Saneamento – UFG/2018) As vendas de Natal em 2017 nos


shopping centers cresceram 6% em relação a 2016, movimentando R$ 51,2 bilhões [O Estado de S.
Paulo, 27/12/2017, p. B1]. De acordo com essas informações, o valor movimentado, em bilhões, pelos
shopping centers com as compras de Natal em 2016 foi, aproximadamente, de
(A) R$ 45,13
(B) R$ 48,20
(C) R$ 48,30
(D) R$ 50,14

05. (SEAD/AP – Assistente Administrativo – FCC/2018) Em uma empresa, o departamento de


recursos humanos fez um levantamento a respeito do número de dependentes de cada funcionário e
organizou os resultados na seguinte tabela:

A porcentagem dos funcionários que têm exatamente um dependente é igual a


(A) 60%.
(B) 40%.
(C) 50%.
(D) 33%.
(E) 66%.

06. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO/2018) Um comerciante comprou


algumas geladeiras, ao preço unitário de R$ 1.550,00, e conseguiu vender apenas algumas delas. Em
cada geladeira vendida, o comerciante obteve um lucro de 16% sobre o preço de compra, e o lucro total
obtido com todas as geladeiras vendidas foi de R$ 26.040,00.
Quantas geladeiras o comerciante vendeu?
(A) 15
(B) 45
(C) 75
(D) 105
(E) 150

07. (Câm. de Chapecó/SC – Assistente de Legislação e Administração – OBJETIVA) Em


determinada loja, um sofá custa R$ 750,00, e um tapete, R$ 380,00. Nos pagamentos com cartão de
crédito, os produtos têm 10% de desconto e, nos pagamentos no boleto, têm 8% de desconto. Com base
nisso, realizando-se a compra de um sofá e um tapete, os valores totais a serem pagos pelos produtos
nos pagamentos com cartão de crédito e com boleto serão, respectivamente:
(A) R$ 1.100,00 e R$ 1.115,40.
(B) R$ 1.017,00 e R$ 1.039,60.
(C) R$ 1.113,00 e R$ 1.122,00.
(D) R$ 1.017,00 e R$ 1.010,00.

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08. (UFPE - Assistente em Administração – COVEST) Uma loja compra televisores por R$ 1.500,00
e os revende com um acréscimo de 40%. Na liquidação, o preço de revenda do televisor é diminuído em
35%. Qual o preço do televisor na liquidação?
(A) R$ 1.300,00
(B) R$ 1.315,00
(C) R$ 1.330,00
(D) R$ 1.345,00
(E) R$ 1.365,00

09. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) O preço de venda de um produto,
descontado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%,
os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de
venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

10. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a
seguinte promoção:
Cerveja em lata: R$ 2,40 a unidade.
Na compra de duas embalagens com 12 unidades cada, ganhe 25% de desconto no valor da segunda
embalagem.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro
obtido por ele com a revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
(A) R$ 33,60
(B) R$ 28,60
(C) R$ 26,40
(D) R$ 40,80
(E) R$ 43,20

11. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica – GR Consultoria e Assessoria) Marcos


gastou 30% de 50% da quantia que possuía e mais 20% do restante. A porcentagem que lhe sobrou do
valor, que possuía é de:
(A) 58%
(B) 68%
(C) 65%
(D) 77,5%

Comentários

01. Resposta: D
Para resolver esta questão devemos encontrar 20% do salário de Pedro, ou seja:
2.400,00 x 20% = 2400 x 0,20 = 480,00
que é o valor que ele paga de pensão, mas como são 2 filhos será 480 + 480 = 960,00, portanto o
valor que ele recebe será de 2400 – 960 = 1440,00.

02. Resposta: D
Vamos calcular quanto representa 35% de 150 reais.
150 x 0,35 = 52,50 (é o valor do desconto)
Logo o valor do vestido à vista será de: 150,00 – 52,50 = 97,50.

03. Resposta: C
Primeiramente vamos encontrar o valor o automóvel financiado em 18 parcelas de 2.200:
18 x 2.200 = 39.600.
Agora basta fazermos uma regra de três simples onde o valor à vista de 36.000,00 será os 100% e do
resultado o que aumentar além dos 100% será o valor da porcentagem de acréscimo.

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36000 ---- 100
39600 ---- x
36000x = 39600 . 100
36000x = 3960000
3960000
x = 36000 = 110
Assim o valor financiado passou a ser 110%, logo o aumento foi de 110 – 100 = 10%

04. Resposta: C
Primeiramente devemos saber que 51,2 bilhões já está com o aumento de 6% então ele representa
106%, agora basta descobrir o valor ante do aumento, através de uma regra de três simples.

51,2 ---- 106


x ---- 100
106x = 51,2 . 100
106x = 5120
5120
x= = 48,30 aproximadamente.
106

05. Resposta: B
Aqui devemos ficar atentos pois existe uma pegadinha, observe que o número de funcionários que têm
um ou mais dependentes é de 15, e na outra coluna o número de funcionários que têm dois ou mais
dependentes é de 5, assim estes 5 já estão inclusos nos 5, portanto o total de funcionários será 10 + 15
= 25 e também temos que o número de funcionários que terão apenas 1 dependente será 15 – 5 = 10
funcionários.
Vamos agora encontrar a porcentagem dos funcionários que têm exatamente um dependente:
10
25
= 0,40 = 40%

06. Resposta: D
O primeiro passo é saber quanto que o comerciante lucra por geladeira, com ele lucra 16%, basta
encontrar 16% de 1550.
0,16 x 1550 = 248
Assim o valor que ele lucra por geladeira será 248, mas 26040 foi o valor total de lucro, portanto para
saber quantas geladeiras ele vendeu devemos dividir o lucro total pelo lucro de uma geladeira.
26040
= 105
248
Vendeu 105 geladeiras no total.

07. Resposta: B
Vamos encontrar o valor pago pelo sofá e pelo tapete em cada uma das formas de pagamento:
10
Cartão de crédito: 100 (750 + 380) = 0,10 . 1130 = 113
1130 – 113 = R$ 1017,00
8
Boleto: 100. (750 + 380) = 0,08 . 1130 = 90,4
1130 – 90,4 = R$ 1039,60

08. Resposta: E
Vamos encontrar o preço que ele revende e depois dar o desconto sob esse preço de revenda.
Preço de revenda: 1500 + 40% = 1500 + 1500 x 0,40 = 1500 + 600 = 2100
Preço com desconto: 2100 – 35% =2100 – 0,35 x 2100 = 2100 – 735 = R$ 1365,00

09. Resposta: A
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

33
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
𝑉 1,4
= = 1,67
𝐶 0,84
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.

10. Resposta: A
Vamos encontrar o valor da primeira embalagem:
2,40 . 12 = 28,80
Agora como tem desconto de 25% na segunda embalagem, vamos encontrar seu valor (100% - 25%
= 75%):
28,80. 0,75 = 21,60
O total que ele gastou foi de
28,80 + 21,60 = 50,40
Como ele revendeu cada lata por 3,50 ele terá recebido um total de:
3,50 x 24 = 84,00
O lucro então foi de:
R$ 84,00 – R$ 50,40 = R$ 33,60

11. Resposta: B
De um total de 100%, temos que ele gastou 30% de 50% = 30%.50% = 15% foi o que ele gastou,
sobrando: 100% - 15% = 85%. Desses 85% ele gastou 20%, logo 20%.85% = 17%, sobrando:
85% - 17% = 68%.

5 Equações de 1º e de 2º graus.

EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR

Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade e uma incógnita
(termo desconhecido) ou variável (x, y, z,..).
Observe a figura:

A figura acima mostra uma equação (uma igualdade), onde precisamos achar o valor da variável x,
para manter a balança equilibrada. Equacionando temos:
x + x + 500 + 100 = x + 250 + 500 → 2x + 600 = x + 750.

Exemplos
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8
3a – b – c = 0

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x– 5<3 (Não é igualdade)
5≠7 (Não é sentença aberta, nem igualdade)

Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a ≠ 0) são números conhecidos e a diferença de 0, se resolve de maneira simples,
subtraindo b dos dois lados obtemos:

34
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ax + b – b = 0 – b → ax = - b → x = - b/a

Termos da equação do 1º grau

Nesta equação cada membro possui dois termos:


1º membro composto por 5x e -1.
2º membro composto pelo termo x e +7.

Resolução da equação do 1º grau


O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a
incógnita sozinha em um dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é invertermos as
operações. Vejamos:
Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os termos que tem x para um lado e os números
para o outro invertendo as operações.
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha equação → x = 150

Outros exemplos
1) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a


subtração). Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação por 3).

Registro

2) Resolução da equação: 1 – 3x + 2 = x + 1 , efetuando a mesma operação nos dois lados da


5 2
igualdade(outro método de resolução).

Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados da equação pelo mmc (2;5) = 10. Dessa
forma, são eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações, os cálculos necessários e isolamos
o x, sempre efetuando a mesma operação nos dois lados da igualdade.

Registro:

35
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Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia nessas ideias e na percepção de um
padrão visual.

- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado esquerdo; na segunda, a parcela b
aparece subtraindo no lado direito da igualdade.

- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.


Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece
dividindo no lado direito da igualdade.

O processo prático pode ser formulado assim:


- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com incógnita de um lado da igualdade e os demais
termos do outro lado;
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.

Equações Literais 6
Uma equação será literal se possuir no mínimo, uma letra que não é a variável, chamada de parâmetro
e que assume um valor numérico. Alguns exemplos de equações literais são:

7ax + 10ax = 27

7ax + 10ax → Primeiro membro


27 → Segundo membro
x → Variável
a → Parâmetro

9aby + 11a = 7aby – 3

9aby + 11a → Primeiro membro


9aby – 3 → Segundo membro
y → Variável
a → Parâmetro
b → Parâmetro

Uma equação literal será do primeiro grau quando o maior expoente que a variável possuir for o número
1. Para resolver uma equação literal do primeiro grau com uma variável, devemos isolar o termo que
representa a variável em um dos membros da equação de modo que, no outro membro, tenhamos a sua
solução, que é representada pelo parâmetro e algum valor numérico.

Exemplo:

Obtenha a solução da equação ax + 2a = 2

Variável: x
Parâmetro: a

ax + 2a = 2

ax = 2 – 2a

x = (2 – 2a) / a

x = 2/a – 2

6https://bit.ly/3gRRU8Z

36
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x = 2a-1 – 2

Primeiro membro (variável isolada): x


Segundo membro e solução: 2a-1 – 2

Questões

01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) O gráfico mostra o número de gols marcados, por
jogo, de um determinado time de futebol, durante um torneio.

Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um total de 28 gols, então, o número de jogos
em que foram marcados 2 gols é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

02. (Pref. Imaruí – Agente Educador – Pref. Imaruí) Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente
entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de
cada uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos reais), qual foi a quantia
dividida inicialmente?
(A) R$900,00
(B) R$1.800,00
(C) R$2.700,00
(D) R$5.400,00

03. (PRODAM/AM – Auxiliar de Motorista – FUNCAB) Um grupo formado por 16 motoristas


organizou um churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
(A) R$ 570,00
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
(D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00

04. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC) Uma linha de Metrô inicia-se na 1ª estação
e termina na 18ª estação. Sabe-se que a distância dentre duas estações vizinhas é sempre a mesma,
exceto da 1ª para a 2ª, e da 17ª para a 18ª, cuja distância é o dobro do padrão das demais estações
vizinhas. Se a distância da 5ª até a 12ª estação é de 8 km e 750 m, o comprimento total dessa linha de
Metrô, da primeira à última estação, é de
(A) 23 km e 750 m.
(B) 21 km e 250 m.
(C) 25 km.
(D) 22 km e 500 m.
(E) 26 km e 250 m.

37
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05. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Um funcionário de uma empresa
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a
semana, ele executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a e 4a semanas, o funcionário
termina a execução da tarefa e verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia executado na
4a semana. Sendo assim, a fração de toda a tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual
a
(A) 5/16.
(B) 1/6.
(C) 8/24.
(D)1/ 4.
(E) 2/5.
06. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Bia tem 10 anos a mais que Luana,
que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de idades entre Bia e Felícia?
(A) 3 anos.
(B) 7 anos.
(C) 5 anos.
(D) 10 anos.
(E) 17 anos.

07. (DAE Americana/SP – Analista Administrativo – SHDIAS) Em uma praça, Graziela estava
conversando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era sua idade, e ele respondeu da seguinte
forma:
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspondem à metade de minha idade.
Qual é a idade de Rodrigo?
(A) Rodrigo tem 25 anos.
(B) Rodrigo tem 30 anos.
(C) Rodrigo tem 35 anos.
(D) Rodrigo tem 40 anos.

08. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Dois amigos foram a uma pizzaria. O
3 7
mais velho comeu da pizza que compraram. Ainda da mesma pizza o mais novo comeu da
8 5
quantidade que seu amigo havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada dessa pizza foi comido,
a fração da pizza que restou foi
3
(𝐴)
5
7
(𝐵)
8
1
(𝐶)
10
3
(𝐷)
10
36
(𝐸)
40

09. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Glauco foi à livraria e comprou 3
exemplares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com preço unitário de 15 reais a mais que o
preço unitário do livro J. Comprou também um álbum de fotografias que custou a terça parte do preço
unitário do livro K.

Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum
o valor, em reais, igual a
(A) 33.
(B) 132.
(C) 54.

38
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(D) 44.
(E) 11.

10. (METRÔ/SP - Agente de Segurança Metroviária I - FCC) Hoje, a soma das idades de três irmãos
é 65 anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era o dobro da idade do irmão do meio,
que por sua vez tinha o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a idade do irmão mais
velho será, em anos, igual a
(A) 55.
(B) 25.
(C) 40.
(D) 50.
(E) 35.

Comentários

01. Alternativa: E
0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2 → x = 7

02. Alternativa: D
Quantidade a ser recebida por cada um: x
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou
R$300,00.
𝑥
𝑥 3
= + 300
3 2
𝑥 𝑥
= + 300
3 6
𝑥 𝑥
− = 300
3 6
2𝑥 − 𝑥
= 300
6
𝑥
= 300
6
x = 1800
Recebida: 1800.3=5400

03. Alternativa: E
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

04. Alternativa: A

Sabemos que da 5ª até a 12ª estação = 8 km + 750 m = 8750 m.


A quantidade de “espaços” da 5ª até a 12ª estação é: (12 – 5). x = 7.x
Assim: 7.x = 8750
x = 8750 / 7
x = 1250 m

39
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Por fim, vamos calcular o comprimento total:
17 – 2 = 15 espaços
2.x + 2.x + 15.x =
= 2.1250 + 2.1250 + 15.1250 =
= 2500 + 2500 + 18750 = 23750 m 23 km + 750 m

05. Alternativa: B
Tarefa: x
Primeira semana: 3/8x
1 3 1
2 semana: ∙ 𝑥 = 𝑥
3 8 8

3 1 4 1
1ª e 2ª semana:8 𝑥 + 8 𝑥 = 8 𝑥 = 2 𝑥

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois ele executou a metade na 1ª e 2ª semana
como consta na fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y
1
2𝑦 + 𝑦 = 𝑥
2
1
3𝑦 = 𝑥
2
1
𝑦 = 6𝑥

06. Alternativa: A
Luana: x
Bia: x + 10
Felícia: x + 7
Bia – Felícia = x + 10 – x – 7 = 3 anos.

07. Alternativa: B
Idade de Rodrigo: x
2 1
5
𝑥 + 3 = 2𝑥
2 1
5
𝑥 − 2 𝑥 = −3

Mmc(2,5)=10
4𝑥−5𝑥
= −3
10

4𝑥 − 5𝑥 = −30
𝑥 = 30

08. Alternativa: C
𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎: 𝑥 ∴ 𝑦: 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑡𝑜𝑢 𝑑𝑎 𝑝𝑖𝑧𝑧𝑎

3
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑣𝑒𝑙ℎ𝑜: 𝑥
8
7 3 21
𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜 ∶ ∙ 𝑥= 𝑥
5 8 40
3 21
𝑥+ 𝑥+𝑦 =𝑥
8 40
3 21
𝑦=𝑥− 𝑥− 𝑥
8 40

40
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40𝑥 − 15𝑥 − 21𝑥 4𝑥 1
𝑦= = = 𝑥
40 40 10

Sobrou 1/10 da pizza.

09. Alternativa: E
Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
𝑥 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚:
3
Valor pago:197 reais (2.100 – 3)

𝑥 + 15
3𝑥 + 4(𝑥 + 15) + = 197
3

9𝑥 + 12(𝑥 + 15) + 𝑥 + 15
= 197
3

9𝑥 + 12𝑥 + 180 + 𝑥 + 15 = 591


22𝑥 = 396
𝑥 = 18
𝑥 + 15 18 + 15
á𝑙𝑏𝑢𝑚: = = 11
3 3

O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.

10. Alternativa: C
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x
Irmão mais velho:4x
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10
Irmão do meio: 2x + 10
Irmão mais velho:4x + 10
x + 10 + 2x + 10 + 4x + 10 = 65
7x = 65 – 30 → 7x = 35 → x = 5
Hoje:
Irmão mais novo: x + 10 = 5 + 10 = 15
Irmão do meio: 2x + 10 = 10 + 10 = 20
Irmão mais velho:4x + 10 = 20 + 10 = 30
Daqui a dez anos
Irmão mais novo: 15 + 10 = 25
Irmão do meio: 20 + 10 = 30
Irmão mais velho: 30 + 10 = 40
O irmão mais velho terá 40 anos.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em sua composição incógnitas, coeficientes,
expoentes e um sinal de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o maior expoente de
uma das incógnitas.

41
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Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

Nas equações de 2º grau com uma incógnita7, os números reais expressos por a, b, c são chamados
coeficientes da equação.

Equação completa e incompleta

- Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.

Exemplos
x2 - 5x + 6 = 0 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c = 6).
- 3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = - 3, b = 2, c = - 15).

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se diz incompleta.

Exemplos
x² - 36 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² - 10x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
4x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio
de transformações convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-
las a essa forma.

Exemplo
Pelo princípio aditivo.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0

Exemplo
Pelo princípio multiplicativo.

Raízes de uma equação do 2º grau


Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma equação, transforma-a numa sentença
verdadeira. As raízes formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma incógnita


Primeiramente devemos saber duas importantes propriedades dos números Reais que é o nosso
conjunto Universo.

7
somatematica.com.br
IEZZI, Gelson. DOLCE, Osvaldo. Matemática: ciência e aplicações. 9ª ed. Saraiva. São Paulo. 2017.

42
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
1°) A equação é da forma ax2 + bx = 0.
x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x=0 ou x–9=0
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação.

2º) A equação é da forma ax2 + c = 0.


x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos Reais temos:
x+4=0 x–4=0
x=–4 x=4
ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}.

Resolução das equações completas do 2º grau com uma incógnita

Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Bháskara.


Usando o processo de Bháskara e partindo da equação escrita na sua forma normal, foi possível
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação do 2º grau
de maneira mais simples.

Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Bháskara.

Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender do discriminante Δ; temos então, três
casos a estudar.

A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas ou uma única dependem,
exclusivamente, do discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

Exemplos
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9

43
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−7 ± √−59
𝑥=
6

Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.


Então: S = ᴓ

2) Resolver a equação 5x2 – 12x + 4=0


Temos que a= 5, b= -12 e c = 4.
Aplicando na fórmula de Bháskara:

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−12) ± √(−12)2 − 4.5.4 12 ± √144 − 80 12 ± √64


𝑥= = = =
2𝑎 2.5 10 10

Como Δ > 0, logo temos duas raízes reais distintas:

12 ± 8 12 + 8 20 12 − 8 4: 2 2
𝑥= → 𝑥′ = = = 2 𝑒 𝑥 ′′ = = =
10 10 10 10 10: 2 5

S= {2/5, 2}

Relação entre os coeficientes e as raízes


As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas raízes, são as chamadas relações de
Girard, que são a Soma (S) e o Produto (P).
𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒂

𝒄
2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 = 𝒂

Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:

x2 – Sx + P = 0
Exemplos
1) Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os números 2 e 7.
Resolução:
Pela relação acima temos:
S = 2+7 = 9
P = 2.7 = 14
Com esses valores montamos a equação: x2 - 9x + 14 = 0

2) Resolver a equação do 2º grau: x2 - 7x + 12 = 0


Observe que S = 7 e P = 12, basta agora pegarmos dois números aos quais somando obtemos 7 e
multiplicados obtemos 12.
S= 3 + 4 = 7 e P = 4.3 = 12, logo o conjunto solução é: S = {3,4}

Questões

01. (Pref. Jundiaí/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessariamente, ser diferente de:
(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

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02. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são
1 e 3/2?
(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0

03. (Câmara de Canitar/SP – Recepcionista – INDEC) O dobro da menor raiz da equação de 2º grau
dada por x²-6x=-8 é:
(A) 2
(B) 4
(C) 8
(D) 12

04. (CGU – Administrativa – ESAF) Um segmento de reta de tamanho unitário é dividido em duas
partes com comprimentos x e 1-x respectivamente.
Calcule o valor mais próximo de x de maneira que
x = (1-x) / x, usando 5=2,24.
(A) 0,62
(B) 0,38
(C) 1,62
(D) 0,5
(E) 1/ 𝜋

05. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Hoje João tem oito anos a mais que sua irmã, e o produto
das suas idades é 153. Daqui a dez anos, a soma da idade de ambos será:
(A) 48 anos.
(B) 46 anos.
(C) 38 anos.
(D) 36 anos.
(E) 32 anos.

06. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática – IMA) Temos que a raiz do polinômio p(x) = x²
– mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:
(A) 15
(B) 7
(C) 10
(D) 8
(E) 5

07. (CBTU – Analista de Gestão – CONSULPLAN) Considere a seguinte equação do 2º grau: ax2 +
bx + c = 0. Sabendo que as raízes dessa equação são x’ = 6 e x’’ = –10 e que a + b = 5, então o
discriminante dessa equação é igual a
(A) 196.
(B) 225.
(C) 256.
(D) 289.

08. (SAAE/SP - Fiscal Leiturista – VUNESP) O dono de uma papelaria comprou 98 cadernos e ao
formar pilhas, todas com o mesmo número de cadernos, notou que o número de cadernos de uma pilha
era igual ao dobro do número de pilhas. O número de cadernos de uma pilha era
(A) 12.
(B) 14.
(C) 16.
(D) 18.
(E) 20.

45
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09. (Pref. de São Paulo/SP - Guarda Civil Metropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2 são as
1 1
raízes da equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de 𝑥 - 𝑥 é:
2 1
1
(A) .
27

1
(B) .
13

(C) 1.
1
(D) 182.

1
(E) 14.

10. (Pref. de Mogeiro/PB - Professor – EXAMES) A soma das raízes da equação (k - 2)x² - 3kx + 1
= 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas condições. Temos:
(A) k = 1/2.
(B) k = 3/2.
(C) k = 1/3.
(D) k = 2/3.
(E) k = -2.

Comentários

01. Resposta: C
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3

02. Resposta: D
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor
numérico de b; e P= duas raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 5
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
3 3
𝑃 =1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2
5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2

2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0

03. Resposta: B
x²-6x+8=0
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4

−(−6)±√4 6±2
𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2

6+2
𝑥1 = =4
2

6−2
𝑥2 = 2
=2

Dobro da menor raiz: 22=4

46
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04. Resposta: A
1−𝑥
𝑥=
𝑥
x² = 1-x
x² + x -1 =0
∆= (1)2 − 4.1. (−1) ⇒ ∆= 1 + 4 = 5
−1 ± √5
𝑥=
2
(−1 + 2,24)
𝑥1 = = 0,62
2
−1 − 2,24
𝑥2 = = −1,62 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
2

05. Resposta: B
Hoje:
J = IR + 8 ( I )
J . IR = 153 ( II )
Substituir ( I ) em ( II ):
(IR + 8). IR = 153
IR² + 8.IR – 153 = 0 (Equação do 2º Grau)
𝛥 = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝛥 = 82 − 4.1. (−153)
𝛥 = 64 + 612
𝛥 = 676

−𝑏±√𝛥
𝑥= 2𝑎

−8±√676 −8±26
𝑥= 2.1
= 2

−8+26 18
𝑥1 = 2
= 2
=9

−8−26 −34
𝑥2 = = = −17 (Não Convém)
2 2

Portanto, hoje, as idades são 9 anos e 17 anos.


Daqui a 10 anos, serão 19 anos e 27 anos, cuja soma será 19 + 27 = 46 anos.

06. Resposta: B
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como: x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das
raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

07. Resposta: C
O discriminante é calculado por ∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
Antes, precisamos calcular a, b e c.
* Soma das raízes = – b / a
– b / a = 6 + (– 10)
– b / a = – 4 . (– 1)
b=4.a
Como foi dado que a + b = 5, temos que: a + 4.a = 5. Assim:
5.a = 5 e a = 1
*b=4.1=4
Falta calcular o valor de c:
* Produto das raízes = c / a

47
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c / 1 = 6 . (– 10)
c = – 60
Por fim, vamos calcular o discriminante:
∆ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
∆ = 42 − 4.1. (−60) = 16 + 240 = 256

08. Resposta: B
Chamando de (c o número de cadernos em cada pilha, e de ( p ) o número de pilhas, temos:
c = 2.p (I)
p.c = 98 (II)
Substituindo a equação (I) na equação (II), temos:
p.2p = 98
2.p² = 98
p² = 98 / 2
p = √49
p = 7 pilhas
Assim, temos 2.7 = 14 cadernos por pilha.

09. Resposta: D
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1

−𝑏±√∆ −(−27)±√1 27±1


𝑥= = = → x1 = 14 ou x2 = 13
2𝑎 2.1 2

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2

1 1 𝑥1 − 𝑥2 14 − 13 1
− = = =
𝑥2 𝑥1 𝑥2 . 𝑥1 14.13 182

10. Resposta: C
−𝑏 𝑐
Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = eP= .
𝑎 𝑎
(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1
S=P
−𝑏 𝑐
= → - b = c → -(-3k) = 1 → 3k = 1 → k = 1/3
𝑎 𝑎

6 Sequências numéricas. 7 Progressões aritméticas e geométricas.

SEQUÊNCIAS

Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências como, por exemplo, a sucessão de
cidades que temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem numérica, ou seja, adotando a 1 para o
1º termo, a2 para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também chamado
termo geral das sequências, em que n é um número natural diferente de zero. Evidentemente, daremos
atenção ao estudo das sequências numéricas.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um último termo, ou, infinitas, quando não
apresentam um último termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no final.

48
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Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma
sequência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos
que esta é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10
= 9.

Igualdade de Sequências
As sequências são apresentadas com os seus termos entre parênteses colocados de forma ordenada.
Sucessões que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas sucessões
diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e somente se, apresentarem os mesmos
termos, na mesma ordem.

Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x =
5; y = 8; z = 15; e t = 17.

Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem
os mesmos elementos, eles estão em ordem diferente.

Termo Geral
Podemos apresentar uma sequência através de um determinado valor atribuído a cada termo an em
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta fórmula que determina o valor do
termo an é chamada fórmula do termo geral da sucessão.

Exemplos
Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:
an = n2 – 2n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
- se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
- se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é igual a:


an = 3n + 2, com n ∈ N*.

- se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
- se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
- se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
- se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17

Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo geral é igual a:

an = 45 – 4n, com n ∈ N*.

Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
- se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47

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Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
apresentação de uma sucessão é chamada lei de recorrências.

Exemplos
Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4, em que n ∈ N*.

Teremos: o primeiro termo já foi dado.


- a1 = 3
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 12

Determinar o termo a5 de uma sequência em que:


a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*.

- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4

Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência através do termo geral é mais pratica, visto
que podemos determinar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de determinarmos os
termos intermediários, como ocorre na apresentação da sequência através da lei de recorrências.

Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do termo geral. Um exemplo de uma sequência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
fórmula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro valor adotado é n = 1. No entanto de no
enunciado estiver n > 3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que n é sempre um
número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências, uma delas a Progressão Aritmética.

Sequência de Fibonacci

O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação simples: cada elemento,
a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento
de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é conhecida
como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um
retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a
figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os retângulos formam
a sequência de Fibonacci.

50
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Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,
encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os elementos da
sequência de Fibonacci.

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada principal do
edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado igual à altura. Essa forma
sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

𝑦 𝑎
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos: 𝑎 = 𝑏 (1).

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação:

𝑎(1±√5 1−√5
𝑦= 2
em que ( 2
< 0) não convém.

𝑦 (1+√5
Logo: = = 1,61803398875
𝑎 2

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

1 + √5
𝜃=
2

51
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Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo
como o caso da fachada do Partenon.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição
É uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual ao termo anterior somado
com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão
A razão de uma Progressão Aritmética é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação
Uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:

Fórmula da soma dos n primeiros termos

Propriedades
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplos
01. (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

52
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02. (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...)
a
a 2 = a3 .
1
Exemplo

P.G. – PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição
É uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior
multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão
A razão de uma Progressão Geométrica é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 2 = 3 = 4 = ⋯……… = 𝑛
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1

Exemplos
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q =
2 4 2
5 5 1
- (15, 5, , ,...)
3 9
é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação
Uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

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Fórmula do Termo Geral
Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

Soma dos n primeiros termos (Soma Finita)

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)


Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
.
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

54
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Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos
01. (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

02. (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, …)

Como podemos observar, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no meio
(8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos extremos. Porém, só
existe termo médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = √a3 . a1 .
Exemplo

Questões

01. (Câm. Municipal de Eldorado do Sul/RS – Técnico Legislativo – FUNDATEC/2018) Para


organizar a rotina de trabalho, um técnico legislativo protocola os processos diariamente, de acordo com
as demandas. Supondo que o número de processos aumenta diariamente em progressão aritmética e
que no primeiro dia foram protocolados cinco processos e 33 no décimo quinto dia, quantos processos
serão protocolados no trigésimo dia?
(A) 20.
(B) 35.
(C) 48.
(D) 63.
(E) 66.

02. (FUB – Assistente em Administração – CESPE/2018) A tabela seguinte mostra as quantidades


de livros de uma biblioteca que foram emprestados em cada um dos seis primeiros meses de 2017.

A partir dessa tabela, julgue o próximo item.

Situação hipotética: Os livros emprestados no referido semestre foram devolvidos somente a partir de
julho de 2017 e os números correspondentes às quantidades de livros devolvidos a cada mês formavam
uma progressão aritmética em que o primeiro termo era 90 e razão, 30. Assertiva: Nessa situação, mais
de 200 livros foram devolvidos somente a partir de 2018.
( ) Certo ( ) Errado

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03. (SEFAZ/RS – Assistente Administrativo Fazendário – CESPE/2018) Sobre uma mesa há 9
caixas vazias. Em uma dessas caixas, será colocado um grão de feijão; depois, em outra caixa, serão
colocados três grãos de feijão. Prosseguindo-se sucessivamente, será escolhida uma caixa vazia, e nela
colocada uma quantidade de grãos de feijão igual ao triplo da quantidade colocada na caixa anteriormente
escolhida, até que não reste caixa vazia.
Nessa situação, nas 9 caixas será colocada uma quantidade de grãos de feijão igual a
39 −1
(A) 2
9
(B) 3 − 1
310 −1
(C)
2
10
(D) 3 −1
38 −3
(E) 2

04. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51, ...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

05. (Câm. de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma sequência inicia-se com o número
0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos 0,07. Dessa
maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

06. (EBSERH/UFSM/RS – Analista Administrativo – AOCP) Observe a sequência:


1; 2; 4; 8;...

Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?


(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64
Se observar teremos uma PG de razão q = 2 e a1 = 1, portanto vamos encontrar o valor do a6 e do
a8, podemos fazer por fórmula e sem fórmula, pois os números são pequenos.
Fórmula do termo geral
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞 𝑛−1
Assim:
𝑎6 = 1.26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 1. 28−1 = 27 = 128
Se fosse sem fórmula basta ir multiplicando por 2 a soma e encontrar o sexto e oitavo termo: 1, 2, 4,
8, 16, 32, 64, 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

07. (Pref. Nepomuceno/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) O primeiro e


o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são, respectivamente, 4 e 100. A soma do
segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

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08. (TRF/ 3ª Região – Analista Judiciário – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se fosse
possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64 grãos na
quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser colocado na 64ª
casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

09. (Polícia Militar/SP – Aluno Oficial – VUNESP) Planejando uma operação de policiamento
ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P, conforme mostrado
na figura.

Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

10. (EBSERH/UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Observe a sequência numérica a seguir:


11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

11. (METRÔ/SP – Usinador Ferramenteiro – FCC) O setor de almoxarifado do Metrô necessita


numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único algarismo
de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos (um
algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no processo
completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

12. (MPE/AM – Agente de Apoio – FCC) Considere a sequência numérica formada pelos números
inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros elementos são dados a seguir. (4, 8, 12,
16, 20, 24, 28, 32,...)
O último algarismo do 234º elemento dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4

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(D) 6
(E) 8

Comentários

01. Resposta: D
Sabemos pelo enunciado que se trata de uma PA, ele quer descobrir quantos processos serão
protocolados no trigésimo dia, então será nosso a30, pela fórmula do termo geral temos que:
a30 = a1 + (30-1)r
a30 = a1 + 29r
Precisamos descobrir a razão, portanto vamos analisar os outros dados.
a1 = 5
a15 = 33
Utilizando o termo geral neste passo.
a15 = a1 + 14r
33 = 5 + 14r
33 – 5 = 14r
28 = 14r
28
r = 14
r = 2, agora podemos encontrar o que ele quer no exercício.
a30 = a1 + 29r
a30 = 5 + 29.2
a30 = 5 + 58 = 63

02. Resposta: Certo


Como serão devolvidos em forma de PA a partir de julho, teremos o seguinte, nem precisamos de
fórmula para resolver esta questão (Caso queira pode encontrar eles através do termo geral da PA).
Julho: 90
Agosto: 90 + 30 = 120
Setembro: 120 + 30 = 150
Outubro: 150 + 30 = 180
Novembro: 180 + 30 = 210
Dezembro: 210 + 30 = 240
Total devolvido até dezembro: 90 + 120 + 150 + 180 + 210 + 240 = 990 livros devolvidos (Pode utilizar
a fórmula da soma dos termos da PA se quiser)

Vamos encontrar o total de livros que foram emprestados


50 + 150 + 250 + 250 + 300 + 200 = 1200 livros emprestados.
Assim 1200 – 990 = 210 livros ainda faltam para ser entregues no ano de 2018 o que é mais que 200.

03. Resposta: A
Para resolver esta questão devemos descobrir que se trata de um PG pela dica deixada “feijão igual
ao triplo da quantidade colocada na caixa anteriormente escolhida” quando multiplica a razão será PG,
se fosse somada a razão seria uma PA.
Enfim, temos 9 caixas vazias e essa PG será assim, 1, 3, 9, 27, 81, ... até chegar na nova caixa, então
é finita essa PG, como ele que saber a quantidade de grãos colocadas no total de caixas, teremos a soma
desta PG Finita.
𝑞𝑛 −1
𝑆𝑛 = 𝑎1 . 𝑞−1
, onde n = 9, q = 3 e 𝑎1 = 1
39 − 1 39 − 1
𝑆9 = 1. =
3−1 2
04. Resposta: A
O próprio enunciado já diz que é uma PA, então vamos utilizar a fórmula do termo geral da PA, mas
primeiro vamos descobrir a razão.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

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05. Resposta: D
Como temos uma subtração será uma PA decrescente, 𝑎1 = 0,3; 𝑟 = −0,07
Termo Geral da PA:𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
Vamos calcular o valor do a4 e do a7 e depois soma-los.
𝑎4 = 0,3 + 3. (−0,07)
𝑎4 = 0,3 − 0,21 = 0,09
𝑎7 = 0,3 + 6. (−0,07)
𝑎7 = 0,3 − 0,42 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 + (−0,12) = 0,09 − 0,12 = −0,03

06. Resposta: C
Se observar teremos uma PG de razão q = 2 e a1 = 1, portanto vamos encontrar o valor do a6 e do
a8, podemos fazer por fórmula e sem fórmula, pois os números são pequenos.
Fórmula do termo geral
𝑎𝑛 = 𝑎1 . 𝑞 𝑛−1
Assim:
𝑎6 = 1.26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 1. 28−1 = 27 = 128
Se fosse sem fórmula basta ir multiplicando por 2 a soma e encontrar o sexto e oitavo termo: 1, 2, 4,
8, 16, 32, 64, 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

07. Resposta: E
Vamos utilizar o primeiro e terceiro temos para descobrir a razão desta PG.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2
100 = 4 ∙ 𝑞 2
𝑞 2 = 25
𝑞=5
Agora vamos calcular o valor do segundo e do quarto termos e depois soma-los.
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞1 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎1 ∙ 𝑞 3 = 4 ∙ 53 = 4.125 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

08. Resposta: B
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
a64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

09. Resposta: D
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: 𝑟
= 𝑟1
, ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2 .
2
Assim: 𝑟1 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

10. Resposta: C
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

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11. Resposta: A
Vamos resolver este exercício sem fórmula, utilizando apenas o raciocínio lógico, mas também é
possível resolver com fórmula.
Número que tem 9 de 1 até 100 são:
09, 19, 29, 39, 49, 59, 69, 79, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98 e 99, assim em 20 vezes aparece
o algarismo 9.
Por fórmula ficará assim:
Pois começa no 9 e vai de 10 em 10 até chegar no 99.
99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10
Vamos tirar o 99 para ser contado a parte: 10-1=9
Agora vamos encontrar do 90 até 99.
99 = 90 + (𝑛 − 1). 1
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10
São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2
19+1=20

12. Resposta: D
Sabemos que a razão é 4 e que pela sequência teremos uma PA, assim:
r=4
𝑎1 = 4
E como ele que saber o último algarismo do 234° termo, devemos encontrar o 𝑎234
Pela fórmula do termo geral:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936
Portanto, o último algarismo é 6.

8 Funções e gráficos.

RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas

Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas; e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um espaço. Além do mais, o plano
cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação ao
par ordenado (x, y) ou (a, b).

60
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Par Ordenado

Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo


conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico Cartesiano do Par Ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano

Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis


pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

61
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Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

Listagem dos Elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem
conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) . n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) . n (B) = 3 . 2 = 6

Diagrama de Flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um
dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento
do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

Plano Cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os
elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no
plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação

Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:


A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

62
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Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:
R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:


R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B

Noção de Função

Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Analisemos através dos diagramas de Venn.

63
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Analisemos agora através dos gráficos:

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função, é traçarmos retas


paralelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x existem elementos com mais de uma
correspondência, aí podemos dizer se é ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da Função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que, dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

Pelo diagrama de Venn:

64
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Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD
ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x).
(Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A, dá-se o nome de conjunto
imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂ B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

Domínio de uma Função Real de Variável Real


Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa
cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo
subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

65
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Exemplos
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real e obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 = 𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) =
𝒙−𝟐

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

Questão

01. Dado o conjunto A= {0, 1, 2, 3, 4}, e seja a função f: A→ R, da função f(x) = 2x + 3. O conjunto
imagem desta função será?
(A) Im = {3, 5, 7, 9, 11}
(B) Im = {0, 1, 2, 3, 4}
(C) Im = {0, 5, 7, 9, 11}
(D) Im = {5, 7, 9,11}
(E) Im = {3, 4, 5, 6, 7}

Comentário

01. Resposta: A
Basta substituirmos o x da função f(x) = 2x + 3 pelos elementos de A.
Então:
f(0) = 2.0 + 3 = 0 + 3 = 3
f(1) = 2.1 + 3 = 2 + 3 = 5
f(2) = 2.2 + 3 = 4 + 3 = 7
f(3) = 2.3 + 3 = 6 + 3 = 9
f(4) = 2.4 + 3 = 8 + 3 = 11
Assim Im = {3, 5, 7, 9, 11}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Função do 1º grau ou função afim ou polinomial do 1º grau recebe ou é conhecida por um desses
nomes, sendo por definição8: Toda função f: R → R, definida por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o
contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma Função

Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.


Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.

8
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

66
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x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Construção do gráfico no plano cartesiano:

Observe que a reta de uma função afim é


sempre uma reta.
E como a > 0 ela é função crescente, que
veremos mais à frente

Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0, logo é uma função decrescente

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou
sobre o eixo (igual ao eixo das abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos
que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

67
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E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Função Injetora
Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também distintas no
contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.

Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao


eixo x, notaremos que o mesmo cortará a reta
formada pela função em um único ponto (o que
representa uma imagem distinta), logo
concluímos que se trata de uma função injetora.

Função Sobrejetora
Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.

68
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Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente em x.
Logo é sobrejetora.
Im(f) = B

Observe que nem todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente em x.
Logo não é sobrejetora.
Im(f) ≠ B

Função Bijetora
uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

69
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A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

Função crescente e decrescente


A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma
reta.

Observe que medida que os valores de x


aumentam, os valores de y ou f(x) também
aumentam.

Observe que medida que os valores de x


aumentam, os valores de y ou f(x) diminuem.

Através do gráfico da função notamos que:


- Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo x (horizontal) é agudo
(< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim teremos
uma equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = -3

70
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Graficamente temos:

No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo
x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.
Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de
acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

Estudo do sinal da Função


Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

71
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Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
x=4
2
x=2
A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
x>4
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

3) Quais valores de x tornam negativa a função?


y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
x<4
2
x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Questões

01. (MPE/SP - Geógrafo - VUNESP) O gráfico apresenta informações do lucro, em reais, sobre a
venda de uma quantidade, em centenas, de um produto em um hipermercado.

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Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do lucro e a variação da quantidade vendida e
que se pretende ter um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de venda desse produto,
então a média diária de unidades que deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, de:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000.
(D) 9 050.
(E) 9 150.

02. (Pref. Jundiaí/SP - Eletricista - MAKIYAMA) Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00


por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa
final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale a seguir
a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. (PM/SP - Sargento CFS - CETRO) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

04. (BNDES - Técnico Administrativo - CESGRANRIO) O gráfico abaixo apresenta o consumo médio
de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática
de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS - Técnico Ambiental Júnior - CESGRANRIO)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

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06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) A função inversa de uma função f(x) do 1º
grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.

07. (BRDE/RS - Técnico Administrativo) Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto
𝑥 2
é C(x) = 2 + 10000, e o faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 3 𝑥. Para
que a firma não tenha prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 33.000,00
(C) R$ 35.000,00
(D) R$ 38.000,00
(E) R$ 40.000,00

08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) Qual dos pares de pontos a seguir
pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - CONSULPLAN) A reta que representa a função f(x) = ax +
b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e passa pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT - Oficial Bombeiro Militar - UNEMAT) O planeta Terra já foi
um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos anos, mas seu núcleo
ainda está incandescente.
Em certa região da terra onde se encontra uma mina de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80
metros da superfície, a temperatura no interior da Terra aumenta 2 graus Celsius.
Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a temperatura no interior da mina
num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C

Comentários

01. Resposta: E
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade
(ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$ 90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo
menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida,
vamos usar o valor encontrado para acharmos a quantidade de peças que precisam ser produzidas:

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∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 = → ∆𝑄 = 915
∆𝑄 ∆𝑄 100

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que deverão ser vendidas, em 10 dias, para que
se obtenha como lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

02. Resposta: B
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

04. Resposta: E
A proporção de oxigênio/tempo:

10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10

4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg
52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

05. Resposta: C
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = 2 = 2 = 23 ; igualando as duas equações:
23 = 6m - 1
m=4
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2 – p = 4 – 1 → p = - 1 → m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5 → 2.a – 3.a = 5 → – a = 5 . (– 1) → a = – 5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5

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y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = – x / 5 + 3 → x / 5 = 3 → x = 3 . 5 → x = 15

07. Resposta: E
𝑥
C(x) = 2 + 10000
2
F(x) = 3 𝑥
F(x) ≥ C(x)
2 𝑥
3
𝑥 ≥ 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 ≥ 10000  6
≥ 10000  6
≥ 10000 x = 1  x ≥ 60000, como ele quer o menor
6
valor.

Substituindo no faturamento as 60000 unidades temos:


2
F(x) = 3 60000 = 40.000

Portanto o resultado final é de R$ 40.000,00.

08. Resposta: C
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO DO 2º GRAU

Chama-se função do 2º grau9, função quadrática, função polinomial do 2º grau ou função trinômio do
2º grau, toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma:

9
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

76
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Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2;
b é o coeficiente de x;
c é o termo independente.

Exemplos
y = x2 – 5x + 6, sendo a = 1, b = – 5 e c = 6
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
f(x) = 3x2 + 3x, sendo a = 3 , b = 3 e c = 0

Representação Gráfica da Função


O gráfico da função é constituído de uma curva aberta chamada de parábola.
Vejamos a trajetória de um projétil lançado obliquamente em relação ao solo horizontal, ela é uma
parábola cuja concavidade está voltada para baixo.

Exemplo
Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x. Atribuindo à variável x qualquer valor real,
obteremos em correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da função:

1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para cima;


2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y, neste caso no 0 (zero);
4) O valor do mínimo pode ser observado nas extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4.

Concavidade da Parábola
No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade
voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a < 0). A concavidade é determinada pelo valor do a
(maior que zero ou menor que zero). Esta é uma característica geral para a função definida por um
polinômio do 2º grau.

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Vértice da Parábola
Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou ponto de ordenada mínima, a esse ponto
denominamos vértice. Dado por V (xv , yv).

Eixo de Simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz com que possamos dizer que a parábola
é simétrica a reta que passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de simetria. Vamos
entender melhor o conceito analisando o exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos que:
f (-3) = f (1) = 0
f (-2) = f (0) = -3

Conjunto Domínio e Imagem


Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, sua concavidade está voltada para cima, e
o seu conjunto imagem é dado por:

Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o seu conjunto imagem é dado por:

Coordenadas do Vértice da Parábola


Como visto anteriormente a função apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta
o gráfico num ponto chamado de vértice.

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As coordenadas do vértice são dadas por:

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Valor Máximo e Valor Mínimo


- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
ponto de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

Exemplo
Dado a função y = x2 – 2x – 3 vamos construir a tabela e o gráfico desta função, determinando também
o valor máximo ou mínimo da mesma.

Como a = 1 > 0, então a função possui um valor mínimo como pode ser observado pelo gráfico. O
valor de mínimo ocorre para x = 1 e y = - 4. Logo o valor de mínimo é - 4 e a imagem da função é dada
por: Im = { y ϵ R | y ≥ - 4}.

Raízes ou Zeros da Função

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As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0,
ou seja são valores que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de resolução da equação
do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.

b 
x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos
um esboço do gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e precisamos montar a sentença matemática que
expresse a função.

Estudo da Variação do Sinal da Função


Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os valores reais de x que tornam a função
positiva, negativa ou nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela função dado a e Δ (delta).

Observe que:

Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois pontos distintos, e temos duas raízes
reais distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo x em nenhum ponto e não temos raízes
reais.

Exemplos
1) Considere a função quadrática representada pelo gráfico abaixo, vamos determinar a sentença
matemática que a define.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= - 4 e x2 = 0), podemos utilizar a forma fatorada:
f (x) = a.[ x – (- 4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (- 2,4), temos:
4 = a.(- 2 + 4).(- 2) → a = - 1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (- x - 4x).x → - x2 - 4x

80
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2) Vamos determinar o valor de k para que o gráfico cartesiano de f(x) = -x2 + (k + 4). x – 5 ,passe pelo
ponto (2;3).
Resolução:
Como x = 2 e f(x) = y = 3, temos:
3 = - (2)2 + (k + 4).2 - 5 → 3 = - 4 + 2k + 8 - 5 → 2k + 8 - 9 = 3 → 2 k - 1 = 3 → 2k = 3 + 1 → 2k = 4 →
k = 2.

Questões

01. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma
distância d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em
quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do tempo t, em
100−𝑡 2
horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = 𝑡+1 . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em
todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

02. (ESPCEX – Cadetes do Exército – Exército Brasileiro) Uma indústria produz mensalmente x
lotes de um produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é V(x)=3x²-12x e o custo mensal
da produção é dado por C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença entre o valor
resultante das vendas e o custo da produção, então o número de lotes mensais que essa indústria deve
vender para obter lucro máximo é igual a
(A) 4 lotes.
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes.

03. (IPEM – Técnico em Metrologia e Qualidade – VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de
parábola AB sobre a porta da entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y)
passe pelo ponto mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco
sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-
se afirmar que a distância ̅̅̅̅
𝐴𝐵 , em metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

04. (Polícia Militar/MG – Soldado – Polícia Militar) A interseção entre os gráficos das funções y = -
2x + 3 e y = x² + 5x – 6 se localiza:
(A) no 1º e 2º quadrantes
(B) no 1º quadrante
(C) no 1º e 3º quadrantes
(D) no 2º e 4º quadrantes

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Comentários

01. Resposta: A
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = 0+1
= 100𝑘𝑚

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0=
𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

02. Resposta: D
L(x) = 3x² - 12x-5x² + 40x + 40
L(x) = - 2x² + 28x + 40
𝑏 28
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − 2𝑎 = − −4 = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠

03. Resposta: B
C = 0,81, pois é exatamente a distância de V
f(x) = - x² + 0,81
0 = - x² + 0,81
x² = 0,81
x =  0,9
A distância AB é 0,9 + 0,9 = 1,8

04. Resposta: A
- 2x + 3 = x² + 5x - 6
x² + 7x - 9 = 0
 = 49 + 36 = 85
−7 ± √85
𝑥=
2
−7 + 9,21
𝑥1 = = 1,105
2
−7 − 9,21
𝑥2 = = −8,105
2
Para x=1,105
y = - 2 . 1,105 + 3 = 0,79
Para x = - 8,105
y = 19,21
Então a interseção ocorre no 1º e no 2º quadrante.

TABELAS E GRÁFICOS

O nosso cotidiano é permeado das mais diversas informações, sendo muito delas expressas em
formas de tabelas e gráficos10, as quais constatamos através do noticiários televisivos, jornais, revistas,
entre outros. Os gráficos e tabelas fazem parte da linguagem universal da Matemática, e compreensão
desses elementos é fundamental para a leitura de informações e análise de dados.
A parte da Matemática que organiza e apresenta dados numéricos e a partir deles fornecer conclusões
é chamada de Estatística.

Tabelas: as informações nela são apresentadas em linhas e colunas, possibilitando uma melhor
leitura e interpretação. Exemplo:

10
https://www.infoenem.com.br
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br

82
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Fonte: SEBRAE

Observação: nas tabelas e nos gráficos podemos notar que a um título e uma fonte. O título é utilizado
para evidenciar a principal informação apresentada, e a fonte identifica de onde os dados foram obtidos.

Tipos de Gráficos

Gráfico de linhas: são utilizados, em geral, para representar a variação de uma grandeza em certo
período de tempo.
Marcamos os pontos determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligados por
segmentos de reta. Nesse tipo de gráfico, apenas os extremos dos segmentos de reta que compõem a
linha oferecem informações sobre o comportamento da amostra. Exemplo:

Gráfico de barras: também conhecido como gráficos de colunas, são utilizados, em geral, quando há
uma grande quantidade de dados. Para facilitar a leitura, em alguns casos, os dados numéricos podem
ser colocados acima das colunas correspondentes. Eles podem ser de dois tipos: barras verticais e
horizontais.

Gráfico de barras verticais: as frequências são indicadas em um eixo vertical. Marcamos os pontos
determinados pelos pares ordenados (classe, frequência) e os ligamos ao eixo das classes por meio de
barras verticais. Exemplo:

Gráfico de barras horizontais: as frequências são indicadas em um eixo horizontal. Marcamos os


pontos determinados pelos pares ordenados (frequência, classe) e os ligamos ao eixo das classes por
meio de barras horizontais. Exemplo:

83
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Observação: em um gráfico de colunas, cada barra deve ser proporcional à informação por ela
representada.

Gráfico de setores: são utilizados, em geral, para visualizar a relação entre as partes e o todo.
Dividimos um círculo em setores, com ângulos de medidas diretamente proporcionais às frequências
de classes. A medida α, em grau, do ângulo central que corresponde a uma classe de frequência F é
dada por:
360°
𝛼= .𝐹
𝐹𝑡
Onde:
Ft = frequência total

Exemplo

Para acharmos a frequência relativa, podemos fazer uma regra de três simples:
400 --- 100%
160 --- x
x = 160 .100/ 400 = 40%, e assim sucessivamente.

Aplicando a fórmula teremos:

360° 360°
−𝐹𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 160 → 𝛼 = 144°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑉ô𝑙𝑒𝑖: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 120 → 𝛼 = 108°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝐵𝑎𝑠𝑞𝑢𝑒𝑡𝑒: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 60 → 𝛼 = 54°
𝐹𝑡 400

360° 360°
−𝑁𝑎𝑡𝑎çã𝑜: 𝛼 = .𝐹 → 𝛼 = . 20 → 𝛼 = 18°
𝐹𝑡 400

Como o gráfico é de setores, os dados percentuais serão distribuídos levando-se em conta a proporção
da área a ser representada relacionada aos valores das porcentagens. A área representativa no gráfico
será demarcada da seguinte maneira:

84
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Com as informações, traçamos os ângulos da circunferência e assim montamos o gráfico:

Pictograma ou gráficos pictóricos: em alguns casos, certos gráficos, encontrados em jornais,


revistas e outros meios de comunicação, apresentam imagens relacionadas ao contexto. Eles são
desenhos ilustrativos. Exemplo:

Histograma: o consiste em retângulos contíguos com base nas faixas de valores da variável e com
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada retângulo é denominada
densidade de frequência ou simplesmente densidade definida pelo quociente da área pela amplitude da
faixa. Alguns autores utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na construção do histograma, o
que pode ocasionar distorções (e, consequentemente, más interpretações) quando amplitudes diferentes
são utilizadas nas faixas. Exemplo:

85
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Polígono de Frequência: semelhante ao histograma, mas construído a partir dos pontos médios das
classes. Exemplo:

Gráfico de Ogiva: apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, utiliza uma poligonal
ascendente utilizando os pontos extremos.

Cartograma: é uma representação sobre uma carta geográfica. Este gráfico é empregado quando o
objetivo é de figurar os dados estatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.

Interpretação de tabelas e gráficos

Para uma melhor interpretação de tabelas e gráficos devemos ter em mente algumas considerações:
- Observar primeiramente quais informações/dados estão presentes nos eixos vertical e horizontal,
para então fazer a leitura adequada do gráfico;
- Fazer a leitura isolada dos pontos.
- Leia com atenção o enunciado e esteja atento ao que pede o enunciado.

86
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Exemplos

(Enem) O termo agronegócio não se refere apenas à agricultura e à pecuária, pois as atividades
ligadas a essa produção incluem fornecedores de equipamentos, serviços para a zona rural,
industrialização e comercialização dos produtos.
O gráfico seguinte mostra a participação percentual do agronegócio no PIB brasileiro:

Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).


Almanaque abril 2010. São Paulo: Abril, ano 36 (adaptado)
Esse gráfico foi usado em uma palestra na qual o orador ressaltou uma queda da participação do
agronegócio no PIB brasileiro e a posterior recuperação dessa participação, em termos percentuais.
Segundo o gráfico, o período de queda ocorreu entre os anos de
A) 1998 e 2001.
B) 2001 e 2003.
C) 2003 e 2006.
D) 2003 e 2007.
E) 2003 e 2008.

Resolução

Segundo o gráfico apresentado na questão, o período de queda da participação do agronegócio no


PIB brasileiro se deu no período entre 2003 e 2006. Esta informação é extraída através de leitura direta
do gráfico: em 2003 a participação era de 28,28%, caiu para 27,79% em 2004, 25,83% em 2005,
chegando a 23,92% em 2006 – depois deste período, a participação volta a aumentar.
Resposta: C

(Enem) O gráfico mostra a variação da extensão média de gelo marítimo, em milhões de quilômetros
quadrados, comparando dados dos anos 1995, 1998, 2000, 2005 e 2007. Os dados correspondem aos
meses de junho a setembro. O Ártico começa a recobrar o gelo quando termina o verão, em meados de
setembro. O gelo do mar atua como o sistema de resfriamento da Terra, refletindo quase toda a luz solar
de volta ao espaço. Águas de oceanos escuros, por sua vez, absorvem a luz solar e reforçam o
aquecimento do Ártico, ocasionando derretimento crescente do gelo.

Com base no gráfico e nas informações do texto, é possível inferir que houve maior aquecimento global
em
(A)1995.
(B)1998.
(C) 2000.
(D)2005.
(E)2007.

87
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Resolução

O enunciado nos traz uma informação bastante importante e interessante, sendo chave para a
resolução da questão. Ele associa a camada de gelo marítimo com a reflexão da luz solar e
consequentemente ao resfriamento da Terra. Logo, quanto menor for a extensão de gelo marítimo, menor
será o resfriamento e portanto maior será o aquecimento global.
O ano que, segundo o gráfico, apresenta a menor extensão de gelo marítimo, é 2007.

Resposta: E

Mais alguns exemplos:

01. Todos os objetos estão cheios de água.

Qual deles pode conter exatamente 1 litro de água?


(A) A caneca
(B) A jarra
(C) O garrafão
(D) O tambor

O caminho é identificar grandezas que fazem parte do dia a dia e conhecer unidades de medida, no
caso, o litro. Preste atenção na palavra exatamente, logo a resposta está na alternativa B.

02. No gráfico abaixo, encontra-se representada, em bilhões de reais, a arrecadação de impostos


federais no período de 2003 a 2006. Nesse período, a arrecadação anual de impostos federais:

(A) nunca ultrapassou os 400 bilhões de reais.


(B) sempre foi superior a 300 bilhões de reais.
(C) manteve-se constante nos quatro anos.

88
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(D) foi maior em 2006 que nos outros anos.
(E) chegou a ser inferior a 200 bilhões de reais.
Analisando cada alternativa temos que a única resposta correta é a D.

Questões

01. (Pref. Fortaleza/CE – Pedagogia – Pref. Fortaleza) “Estar alfabetizado, neste final de século,
supõe saber ler e interpretar dados apresentados de maneira organizada e construir representações, para
formular e resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise de informações. Essa
característica da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma demanda em abordar
elementos da estatística, da combinatória e da probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Observe os gráficos e analise as informações.

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afirmar que:


(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianópolis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

89
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02. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE)

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)

A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no sistema penitenciário brasileiro por


região em 2013. Nesse ano, o déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit de
vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no sistema penitenciário — registrado
em todo o Brasil foi superior a 38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil
habitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se encontrava na região Sudeste.
( )certo ( ) errado

03. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP) A distribuição de salários de uma empresa com
30 funcionários é dada na tabela seguinte.

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total.

04. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP) Considere a tabela de distribuição de frequência


seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor representa a distribuição de
frequência da tabela.

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05. (SEJUS/ES – Agente Penitenciário – VUNESP) Observe os gráficos e analise as afirmações
I, II e III.

I. Em 2010, o aumento percentual de matrículas em cursos tecnológicos, comparado com 2001,


foi maior que 1000%.
II. Em 2010, houve 100,9 mil matrículas a mais em cursos tecnológicos que no ano anterior.
III. Em 2010, a razão entre a distribuição de matrículas no curso tecnológico presencial e à
distância foi de 2 para 5.
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

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06. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE)

A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o item que se segue.


Se os percentuais forem representados por barras verticais, conforme o gráfico a seguir, então
o resultado será denominado histograma.

( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: C.
A única alternativa que contém a informação correta com os gráficos é a C.

02. Resposta: CERTO.


555----100%
306----x
X=55,13%

03. Resposta: D.
(A) 1,8*10+2,5*8+3,0*5+5,0*4+8,0*2+15,0*1=104 salários
(B) 60% de 30, seriam 18 funcionários, portanto essa alternativa é errada, pois seriam 12.
(C)10% são 3 funcionários
(D) 40% de 104 seria 41,6
20% dos funcionários seriam 6, alternativa correta, pois5*3+8*2+15*1=46, que já é maior.
(E) 60% dos trabalhadores: 18
30% da renda: 31,20, errada pois detêm mais.

04. Resposta: A.
A menor deve ser a da primeira 30-35
Em seguida, a de 55
Depois de 45-50 na ordem 40-45 e 35-40

05. Resposta: E.
I- 69,8------100%
781,6----x

92
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X=1119,77

II- 781,6-680,7=100,9
10 2
III- 25 = 5

06. Resposta: ERRADO.


Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não simplesmente um dado.

9 Estruturas lógicas.

ESTRUTURAS LÓGICAS

A lógica pela qual conhecemos hoje foi definida por Aristóteles, constituindo-a como uma ciência
autônoma que se dedica ao estudo dos atos do pensamento (Conceito, Juízo, Raciocínio, Demonstração)
do ponto de vista da sua estrutura ou forma lógica, sem ter em conta qualquer conteúdo material.
A lógica matemática (ou lógica formal) estuda a lógica segundo a sua estrutura ou forma. As estruturas
lógicas consistem em um sistema dedutivo de enunciados, que tem como objetivo criar um grupo de leis
e regras para determinar a validade dos raciocínios. Assim, um raciocínio é considerado válido se é
possível alcançar uma conclusão verdadeira a partir de premissas verdadeiras.
O estudo das estruturas lógicas11, consiste em aprendermos a associar determinada proposição ao
conectivo correspondente. Mas é necessário aprendermos alguns conceitos importantes para o
aprendizado.

Conceito de Proposição

Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou


uma ideia de sentido completo. Assim, as proposições transmitem pensamentos, isto é, afirmam,
declaram fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.
Elas devem possuir além disso:
- um sujeito e um predicado;
- deve sempre ser possível atribuir um valor lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma proposição.

Exemplos
A) Júpiter é o maior planeta do sistema Solar
Analisando temos:
- Quem é o maior planeta do sistema Solar? Júpiter, logo tem um sujeito e um predicado;
- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);
- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

B) Salvador é a capital do Brasil.


- Quem é a capital do Brasil? Salvador (atenção, não estamos aqui para julgar), logo tem um sujeito e
um predicado;
- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);
- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

C) Todos os músicos são românticos.


- Quem são românticos? Todos os músicos, logo tem um sujeito e um predicado;
- É uma frase declarativa (a frase informa ou declara alguma coisa);
- Podemos atribuir um valor lógico V ou F, independente da questão em si.

Princípios Fundamentais da Lógica


11
CABRAL, L. C. D.; NUNES, M. C. de A. Raciocínio lógico passo a passo. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação a lógica matemática. São Paulo. Nobel, 2002.

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A Lógica matemática adota como regra fundamental três princípios 12 (ou axiomas):

I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição


falsa é falsa.

II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa
ao mesmo tempo.

III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa,


verificamos sempre um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.

Se os princípios acimas não puderem ser aplicados, NÃO podemos classificar uma frase como
proposição.

Valores Lógicos das Proposições

Chamamos de valor lógico de uma proposição: a verdade, se a proposição for verdadeira (V), e a
falsidade, se a proposição for falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos
verdade e falsidade respectivamente.

Consideremos as seguintes proposições e os seus respectivos valores lógicos:


a) A velocidade de um corpo é inversamente proporcional ao seu tempo. (V)
b) A densidade da madeira é maior que a densidade da água. (F)

A maioria das proposições são proposições contingenciais, ou seja, dependem do contexto para sua
análise. Assim, por exemplo, se considerarmos a proposição simples:

“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira ou falsa, não importa no que nós pensamos, o
que importa é que pode ser atribuído um valor lógico que será verdadeiro ou falso.

Classificação das Proposições

As proposições podem ser classificadas em:

I - Proposições simples (ou atômicas): são formadas por uma única oração, sem conectivos, ou seja,
elementos de ligação.

Exemplos
O céu é azul.
Hoje é sábado.

II - Proposições compostas (ou moleculares): possuem elementos de ligação (conectivos) que ligam
as orações, podendo ser duas, três, e assim por diante.

Exemplos
O ceu é azul ou cinza.
Se hoje é sábado, então vou à praia e jogo futebol.

Observação: os termos em destaque são alguns dos conectivos (termos de ligação) que utilizamos
em lógica matemática.

Sentença aberta
Quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!),
portanto, não é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
12
Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

94
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c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa”
(expressão paradoxal); O cavalo do meu vizinho morreu (expressão ambígua); y + 6 = 4 (se y = - 2 é
verdadeira, mas se y for igual a qualquer outro valor, será falsa e uma proposição não pode ser verdadeira
e falsa ao mesmo tempo, princípio da não contradição).

Proposição (sentença) fechada


Quando a proposição admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será
considerada uma frase, proposição ou sentença lógica.

DICA: Tire esse PESO de você!


P: Perguntas;
E: Exclamações;
S: Sem sentido;
O: Ordem.
Não são consideradas proposições.

Questões

01. (TJ/PR – Técnico Judiciário – CESPE/2019) Considere as seguintes sentenças.


I A ouvidoria da justiça recebe críticas e reclamações relacionadas ao Poder Judiciário do estado.
II Nenhuma mulher exerceu a presidência do Brasil até o ano 2018.
III Onde serão alocados os candidatos aprovados no concurso para técnico judiciário do TJ/PR?
Assinale a opção correta.
(A) Apenas a sentença I é proposição.
(B) Apenas a sentença III é proposição.
(C) Apenas as sentenças I e II são proposições.
(D) Apenas as sentenças II e III são proposições.
(E) Todas as sentenças são proposições.

02. (CEEE/RS – Técnico em Enfermagem do Trabalho – FUNDATEC/2019) Lista de símbolos:


⇒ Condicional
⇔ Bicondicional
∧ Conector “e”
∨ Conector “ou”
⊻ Conector “ou” exclusivo
¬ Negação da proposição
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de proposição simples.
(A) João é alto e Maria é baixa
(B) Qual é o horário da missa?
(C) Se João estuda, então Maria passa no concurso.
(D) Dois é um número par se e somente se dez é um número ímpar.
(E) Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina.

03. (Pref. de Guarulhos/SP – Inspetor Fiscal de Rendas – VUNESP/2019) Dentre as sentenças a


seguir, aquela que é uma sentença aberta é
(A) 3 ⋅ x + 4 – x – 3 – 2 ⋅ x = 0
(B) 7 + 3 = 11
(C) 0 ⋅ x = 5
(D) 13 ⋅ x = 7
(E) 43 – 1 = 42

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04. (FDSBC – Oficial Administrativo – QUADRIX/2019) Das frases a seguir, a única que representa
uma proposição é:
(A) Ronaldo, venha até aqui, por favor.
(B) Que tarde agradável!
(C) Sim.
(D) Maria preparou os documentos.
(E) Onde estão os documentos?

05. (PM/RR – Soldado da Polícia Militar – UERR) Uma sentença aberta pode ser transformada numa
proposição se for atribuído valor a uma variável. Dada a sentença aberta p(y): y2 > 10, assinale o valor a
ser atribuído para tornar a proposição p(y) verdadeira:
(A) x = 4
(B) y = -2
(C) y = 1
(D) x = 0
(E) y = 5

Comentários

01. Resposta: C
I A ouvidoria da justiça recebe críticas e reclamações relacionadas ao Poder Judiciário do estado. É
PROPOSIÇÃO.
II Nenhuma mulher exerceu a presidência do Brasil até o ano 2018. É PROPOSIÇÃO.
III Onde serão alocados os candidatos aprovados no concurso para técnico judiciário do TJ/PR? NÃO
É UMA PROPOSIÇÃO, pois é uma pergunta.

02. Resposta: E
(A) João é alto e Maria é baixa (proposição composta ligada pelo conectivo “e” conjunção)
(B) Qual é o horário da missa? (Não é proposição, pois é uma pergunta)
(C) Se João estuda, então Maria passa no concurso. (proposição composta ligada pelo conectivo
se...então... condicional)
(D) Dois é um número par se e somente se dez é um número ímpar. (proposição composta ligada pelo
conectivo ...se, e somente se... bicondicional)
(E) Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina. (é uma proposição simples)

03. Resposta: D
(A) 3 ⋅ x + 4 – x – 3 – 2 ⋅ x = 0 (simplificando esta expressão teremos 0x + 1 = 0, logo será sentença
fechada, pois qualquer que seja o valor para x, teremos sempre uma mesma resposta)
(B) 7 + 3 = 11 (é uma sentença fechada, pois podemos assumir apenas um valor, F ou V)
(C) 0 ⋅ x = 5 (é uma sentença fechada, pois qualquer que seja o valor de x, sempre podemos atribuir a
mesma resposta, logo podemos valorar em V ou em F)
(D) 13 ⋅ x = 7 (não é uma sentença fechada, pois um valor gera V e qualquer outro valor gera uma F)
(E) 43 – 1 = 42 (é uma sentença fechada, pois podemos assumir apenas um valor, F ou V.)

04. Resposta: D
(A) Ronaldo, venha até aqui, por favor. (Uma ordem, não é proposição)
(B) Que tarde agradável! (Exclamação, não é uma proposição)
(C) Sim. (não é proposição, não possui nem verbo)
(D) Maria preparou os documentos. (É uma proposição, pois possui sentido e verbo, podendo atribuir
V ou F)
(E) Onde estão os documentos? (É uma pergunta, logo não é proposição)

05. Resposta: E
Analisando as alternativas:
A) x = 4, errado pois não temos a variável x.
B) y = -2, errado, pois −22 = 4 < 10
C) y = 1, errado, pois 12 = 1 < 10
D) x = 0, não temos a variável x.
E) y = 5, correto. 52 = 25 > 10

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Conceito de Tabela Verdade

É uma forma usual de representação das regras da Álgebra Booleana. Nela, é representada cada
proposição (simples ou composta) e todos os seus valores lógicos possíveis. Partimos do Princípio do
Terceiro Excluído, toda proposição simples é verdadeira ou falsa , tendo os valores lógicos V (verdade)
ou F (falsidade).
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das
proposições simples que a compõe.

ATENÇÃO:
O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos
valores lógicos das proposições simples componentes, ficando por eles
UNIVOCAMENTE determinados.

Número de Linhas de uma Tabela Verdade

“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes


contém 2n linhas.” (* Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para a primeira proposição “p” e de um em um
para a segunda proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV, VF, FV e FF, em cada
linha, são todos os arranjos binários com repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a Análise
Combinatória.

Construção da tabela verdade de uma proposição composta


Vamos começar contando o número de proposições simples que a integram. Se há n proposições
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 =
2n -1 valores V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante.

Exemplos
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e 2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição
2 valores V e 2 valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam
de 1 em 1 (ou seja metade dos valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira parte dela
corresponde a árvore de possibilidades e a segunda a tabela propriamente dita.

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

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2) Se tivermos 3 proposições simples, fazendo os cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4,
temos para a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em 4 , para a 2ª proposição temos
que os valores se alternam de 2 em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos valores
que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

Estudo dos Operadores e Operações Lógicas (Conectivos Lógicos)


Quando efetuamos certas operações sobre proposições chamadas operações lógicas, efetuamos
cálculos proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de forma a determinarmos os valores
das proposições.

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico
é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico
oposto daquele de p.
Pela tabela verdade temos:

Exemplos

Na primeira parte da tabela todas as afirmações são verdadeiras, logo ao negarmos os termos passam
a ter como valor lógico a falsidade.
Para negar algo que já possui o “não”, basta retirá-lo.
A negação de “Mário não é palmeirense” será “Mário é palmeirense”.

- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos considerar as seguintes proposições primitivas, p:”
Netuno é o planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao negarmos “p”, vamos obter a
seguinte proposição ~p: “Netuno NÃO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno NÃO é o planeta mais distante do Sol”,
sendo seu valor lógico verdadeiro (V). Logo, a dupla negação equivale a termos de valores lógicos a sua
proposição primitiva.
p ≡ ~(~p)

2) Conjunção “e” – produto lógico (^): chama-se de conjunção de duas proposições p e q a


proposição representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando as proposições, p e q, são
ambas verdadeiras e falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).

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Pela tabela verdade temos:

Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico e Ricardo é professor.
VeV
Gera uma proposição composta Verdadeira.

II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico e João é Dentista.
VeF
Gera uma proposição composta Falsa.

III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol e Ricardo é professor.
FeV
Gera uma proposição composta Falsa.

IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

João é dentista e Manoel é jogador de futebol.


FeF
Gera uma proposição composta Falsa.

DICA:
Na conjunção (e), só é Verdade se as duas partes
forem V, caso contrário a conjunção será Falsa.

3) Disjunção inclusiva “ou” – soma lógica – disjunção simples (v): chama-se de disjunção
inclusiva de duas proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo valor lógico é verdade
(V) quando pelo menos uma das proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando ambas são
falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Pela tabela verdade temos:

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Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico ou Ricardo é professor.
V ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.

II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico ou João é Dentista.
V ou F
Gera uma proposição composta Verdadeira.

III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol ou Ricardo é professor.
F ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.

IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

João é dentista ou Manoel é jogador de futebol.


F ou F
Gera uma proposição composta Falsa.

DICA:
Na disjunção simples (ou), só é Falso se as duas
partes forem F, caso contrário a disjunção simples
será V, ou seja, uma parte sendo V já garante que
ela seja V.

4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor


lógico é verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é verdadeira, mas não quando p e q são
ambas verdadeiras e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q, MAS NÃO AMBOS”).
Pela tabela verdade temos:

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Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
OU Carlos é médico ou Ricardo é professor.
Ou V ou V
Gera uma proposição composta Falsa.

II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Ou Carlos é médico ou João é Dentista.
Ou V ou F
Gera uma proposição composta Verdadeira.

III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
OU Manoel é jogador de futebol ou Ricardo é professor.
Ou F ou V
Gera uma proposição composta Verdadeira.

IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Ou João é dentista ou Manoel é jogador de futebol.
Ou F ou F
Gera uma proposição composta Falsa.

DICA:
Na disjunção exclusiva (ou...ou...), só é Falso se as
duas partes forem F, ou se as duas partes forem V,
ou seja, se as duas partes tiverem o mesmo valor
lógico, o resultado será falso.

5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se proposição condicional ou apenas condicional


representada por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em que p é verdade e q é falsa
e a verdade (V) nos demais casos.

Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente para q; q é condição necessária para p).


p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de símbolo de implicação.

101
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Pela tabela verdade temos:

Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Se Carlos é médico, então Ricardo é professor.
V→V
Gera uma proposição composta Verdadeira.

II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Se Carlos é médico, então João é Dentista.
V→F
Gera uma proposição composta FALSA.

III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Se Manoel é jogador de futebol, então Ricardo é professor.
F→V
Gera uma proposição composta Verdadeira.

IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Se João é dentista, então Manoel é jogador de futebol.
F→F
Gera uma proposição composta Verdadeira.

DICA:
Na condicional (Se...então...), só é Falso se a
primeira parte (antecedente) for V e a segunda parte
(consequente) for F, caso contrário será sempre
Verdadeiro.

6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se proposição bicondicional ou apenas


bicondicional representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é verdade (V) quando p e q são
ambas verdadeiras ou ambas falsas e a falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e suficiente para q; q é condição necessária
e suficiente para p).

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Pela tabela verdade temos:

Exemplos
Sejam as seguintes proposições:
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)

I–
p: Carlos é médico;
r: Ricardo é professor;
Carlos é médico se, e somente se Ricardo é professor.
V↔V
Gera uma proposição composta Verdadeira.

II –
p: Carlos é médico; (suponha que seja V)
q: João é dentista; (suponha que seja F)
Carlos é médico se, e somente se João é Dentista.
V↔F
Gera uma proposição composta FALSA.

III –
r: Ricardo é professor; (suponha que seja V)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
Manoel é jogador de futebol se, e somente se Ricardo é professor.
F↔V
Gera uma proposição composta FALSA.

IV –
q: João é dentista; (suponha que seja F)
s: Manoel é jogador de futebol. (suponha que seja F)
João é dentista se, e somente se Manoel é jogador de futebol.
F↔F
Gera uma proposição composta Verdadeira.

DICA:
Na bicondicional (...se, e somente se...), só é
Verdadeiro quando ambas forem iguais (FF ou VV),
se for uma parcela verdadeira e a outra falsa, a
bicondicional será falsa, é o contrário da disjunção
exclusiva.

Transformação da linguagem corrente para a simbólica


Este assunto é muito abordado em provas, ou então, os candidatos(as) acabam utilizando para
resolver as questões de lógica, eu particularmente, sempre transformo para a linguagem simbólica, pois
acredito que facilita a resolução dos exercícios.

103
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Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”, “q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Sejam, agora, as seguintes proposições compostas denotadas por: “P”, “Q”, “R”, representadas por:
P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não estuda.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.

O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos (modificadores e conectivos) e as proposições.


Depois reescrevermos de forma simbólica, vejamos:

Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r

Continuando:

Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana estuda.

Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).

R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se, João não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”, “É mentira que” e “É uma falácia que”,
quando iniciam as frases negam, por completo, as frases subsequentes.

O uso de parêntesis
A necessidade de usar parêntesis na simbolização das proposições se deve a evitar qualquer tipo de
ambiguidade, assim na proposição, p ^ q v r, nos dá as seguintes proposições:

(I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção simples.


(II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção.

As quais apresentam significados diferentes, pois os conectivos principais de cada proposição


composta dão valores lógicos diferentes como conclusão.
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, colocando parêntesis as seguintes proposições:
a) ((p ^ q) → r) v s
b) p ^ ((q → r) v s)
c) (p ^ (q → r)) v s
d) p ^ (q → (r v s))
e) (p ^ q) → (r v s)

Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. Porém existem muitos casos que os
parêntesis são suprimidos, a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que, naturalmente,
ambiguidade alguma venha a aparecer. Para isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
algumas convenções, das quais duas são particularmente importantes:

104
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1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:
(I) ~ (negação)
(II) ^, v (conjunção “e” ou disjunção simples “ou”, têm a mesma precedência, operando-se o que ocorrer
primeiro, da esquerda para direita).
(III) v (disjunção exclusiva, ou...ou...)
(III) → (condicional, se...então...)
(IV) ↔ (bicondicional, ...se, e somente se...)
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.

Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v.

Exemplos
1) p → q ↔ s ^ r, é uma bicondicional e nunca uma condicional ou uma conjunção. Para convertê-la
numa condicional há que se usar parêntesis:
p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção:
(p → q ↔ s) ^ r

2ª) Quando um mesmo conectivo aparece sucessivamente repetido, suprimem-se os


parêntesis, fazendo-se a associação a partir da esquerda.

Segundo estas duas convenções, as duas seguintes proposições se escrevem:

- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):


“¬” (cantoneira) para negação (~).
“●” e “&” para conjunção (^).
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→).

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

(Fonte: http://www laifi.com.)

Exemplo

1) Vamos construir a tabela verdade da proposição:


P(p,q) = ~ (p ^ ~q)

1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas correspondentes as duas proposições simples p e q.


Em seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a útima contendo toda a proposição ~ (p ^
~q), atribuindo todos os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores lógicos.

105
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2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas correspondentes a proposições simples p e q ,
depois traçar colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos conectivos que compõem
a proposição composta.

Depois completamos, em uma determinada ordem as colunas escrevendo em cada uma delas os
valores lógicos.

Observe que, vamos preenchendo a tabela com os valores lógicos (V e F), depois resolvemos os
operadores lógicos (modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores lógicos da proposição que
correspondem a todas possíveis atribuições de p e q.

3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade anterior as duas primeiras da esquerda relativas
às proposições simples componentes p e q. Obtermos então a seguinte tabela verdade simplificada:

ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES13

Propriedades da Conjunção
Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também simples, cujos
valores lógicos respectivos são V (verdade) e F (falsidade), temos as seguintes propriedades:

1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa equivalência).


A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica.

13
CABRAL, L. C. D.; NUNES, M. C. de A. Raciocínio lógico passo a passo. Rio de Janeiro. Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, E. de. Iniciação a lógica matemática. São Paulo. Nobel, 2002.

106
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica.

3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^
r) é tautológica.

4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p^w⇔w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w
são tautológicas.

Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento neutro e elemento absorvente
da conjunção.

Propriedades da Disjunção
Sendo as proposições p, q e r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também simples, cujos
valores lógicos respectivos são V (verdade) e F (falsidade), temos as seguintes propriedades:

1) Idempotente: p v p ⇔ p
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a bicondicional p v p ↔ p é tautológica.

2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.

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3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v
r) é tautológica.

4) Identidade: p v t ⇔ t e pvw⇔p
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p
são tautológicas.

Estas propriedades exprimem que t e w são respectivamente elemento absorvente e elemento neutro
da disjunção.

Propriedades da Conjunção e Disjunção


Sejam p, q e r proposições simples quaisquer.

1) Distributiva:
- p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)

A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas, e observamos que a


bicondicional p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.

Analogamente temos ainda que a tabela verdade das proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são


idênticas e sua bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.

A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a conjunção é distributiva em relação à


disjunção, e a equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a disjunção é distributiva em relação
à conjunção.

Exemplo
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge viaja”.

2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p

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A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.

Analogamente temos ainda que a tabela verdade das proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou
seja, a bicondicional p v (p ^ q) ↔ p é tautológica.

Sinônimos dos Conectivos Lógicos

Não é tão incomum utilizar alguns sinônimos para os conectivos lógicos, vamos ver alguns deles.
Seja p: João é Dentista, q: João é paulista.

João é dentista, mas é paulista.


João é dentista e paulista.
e = mas (conjunção)

João não é dentista, nem paulista.


João não é dentista e não é paulista.
Nem = e + não
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.

Questões

01. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – IBFC) Se o valor lógico de uma proposição “P” é
verdade e o valor lógico de uma proposição “Q” é falso, então o valor lógico do bicondicional entre as
duas proposições é:
(A) Falso
(B) Verdade
(C) Inconclusivo
(D) Falso ou verdade

02. (DOCAS/PB – Assistente Administrativo – IBFC) Dentre as alternativas, a única correta é:


(A) O valor lógico da conjunção entre duas proposições é verdade se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.
(B) O valor lógico do bicondicional entre duas proposições é verdade se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.
(C) O valor lógico da disjunção entre duas proposições é verdade se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.
(D) O valor lógico do condicional entre duas proposições é falso se os valores lógicos das duas
proposições forem falsos.

03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – AOCP) Considerando a proposição composta (p ∨ r), é


correto afirmar que
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
(B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.

109
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(C) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que ambas, p e r sejam falsas.
(E) para que a proposição composta seja falsa é necessário que ambas, p e r sejam falsas.

04. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos 9,10,11 e 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam


proposições lógicas, e V e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.

A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na


posição horizontal é igual a

( ) Certo ( ) Errado

05. (FLAMA/SC – Geólogo – UNESC/2019) Considere verdadeiras as afirmações a seguir:


I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Com base nessas afirmações podemos concluir corretamente que:
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira

06. (Pref. de Manaus/AM – Assistente Técnico Fazendário – FCC/2019) Aos domingos,


− como pizza no jantar ou não tomo açaí,
− corro ou jogo futebol e
− tomo açaí ou não corro.
Se, no último domingo, não joguei futebol, então
(A) corri e não comi pizza no jantar.
(B) não corri e comi pizza no jantar.
(C) não comi pizza no jantar e não tomei açaí.
(D) não corri e não tomei açaí.
(E) corri e tomei açaí.

110
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07. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de Sistemas – FUNDATEC) Qual operação
lógica descreve a tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B? Considere que V significa
Verdadeiro, e F, Falso.

(A) Ou.
(B) E.
(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então).
(E) Bicondicional (se e somente se).

08. (TCE/SP – Auxiliar da Fiscalização Financeira II – FCC) Considere a afirmação condicional: Se


Alberto é médico ou Alberto é dentista, então Rosa é engenheira.
Seja R a afirmação: 'Alberto é médico';
Seja S a afirmação: 'Alberto é dentista' e
Seja T a afirmação: 'Rosa é engenheira'.
A afirmação condicional será considerada necessariamente falsa quando
(A) R for verdadeira, S for falsa e T for verdadeira.
(B) R for falsa, S for verdadeira e T for verdadeira.
(C) R for falsa, S for falsa e T for falsa.
(D) R for falsa, S for falsa e T for verdadeira.
(E) R for verdadeira, S for falsa e T for falsa.

09. (TER-RJ – Analista Judiciário – CONSULPLAN) De acordo com algumas implicações lógicas,
analise as afirmativas a seguir.
I. Se p é verdadeira e q é verdadeira, então p Λ q é verdadeira.
II. Se p é verdadeira ou q é verdadeira, então p V q é falsa.
III. Se p é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então q é verdadeira.
IV. Se ~p é verdadeira e p V q é verdadeira, então q é verdadeira.
V. Se ~q é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então ~p é verdadeira.
VI. Se p V q é verdadeira, p ⟶ r é verdadeira e q ⟶ r é verdadeira, então r é verdadeira.
VII. p V [q Λ (~q)]⇔ p.
VIII. p⟶ q⇔(~p) V p.
Estão INCORRETAS apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) II e VIII.
(C) I, II, VI e VIII.
(D) III, IV, V e VI.

10. (ISGH - Médico Pediatra - Instituto Pró Município) Analise as seguintes proposições:
Proposição I: 4 é número par;
Proposição II: 2 > 5;
Proposição III: 6 é número ímpar.
Qual das proposições abaixo apresenta valor lógico verdadeiro?
(A) Se 2 > 5 e 6 é número ímpar, então 4 é número par;
(B) Se 2 > 5 ou 4 é número par, então 6 é número ímpar;
(C) Se 4 é número par ou 6 é número ímpar, então 2 > 5;
(D) Se 4 é número par, então 2 > 5 ou 6 é número ímpar.

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11. (Câm. de Indaiatuba/SP – Analista de Sistemas – VUNESP/2018) Considere verdadeiras as
afirmações I e II, e falsa a afirmação III.
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora.
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora.
A alternativa que contém uma afirmação necessariamente verdadeira, com base nas afirmações
apresentadas é:
(A) Fernando não é vereador
(B) Hugo é policial.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.

Comentários

01. Resposta: A
Na tabela da bicondicional só será verdadeiro se a primeira parte for igual à segunda, ou seja, VV ou
FF, neste exercício ele pergunta VF, portanto gera uma falsidade.

02. Resposta: B
Vamos relembrar as tabelas verdades.
Conjunção: Só é Verdadeiro se as duas partes forem verdadeiras (VV), caso contrário será FALSA.
Disjunção Simples: Só é Falso se as duas partes forem falsas (FF), caso contrário será VERDADEIRA.
Condicional: Só é Falso se for Verdade na primeira e falsidade na segunda (VF), caso contrário será
VERDADEIRA.
Bicondicional: Só é Verdadeiro se as duas partes forem iguais (VV ou FF), caso contrário será FALSA.
Disjunção Exclusiva: É o contrário da bicondicional, é Falsa quando as duas partes forem iguais (VV
ou FF), caso contrário será VERDADEIRA.
Portanto a alternativa correta é a alternativa B.

03. Resposta: E
O símbolo “v” é da disjunção simples, e ela só é falsa quando as duas proposições que a compõe são
falsas.

04. Resposta: Certo


Precisamos montar a tabela verdade de P v (Q↔R), como a bicondicional está entre parêntesis a
última coluna será da disjunção simples, montando a tabela verdade temos:

No enunciado a última coluna está na horizontal, mas a ordem é idêntica, logo está correta.

05. Resposta: B
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Como elas são verdadeiras, procuramos alguma proposição simples ou alguma conjunção, pois só
existe uma possibilidade para elas serem verdadeiras, vamos iniciar pela III - Virna é professora, pois é
uma proposição simples.

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Agora vamos pela:
Como temos um Ou...ou... para ser verdadeiro sabendo que Virna não é professora é falso, resta que
Verinha é bailarina será verdadeira.
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
V F
Agora vamos para a II
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
V V
Verônica é advogada tem que ser verdadeira, pois caso contrário teríamos VF e na condicional isso é
falso, agora vamos para I.
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
F F
Verônica não é advogada será falso, pois Verônica é advogada era verdadeira, logo Vivi é costureira
precisa ser falsa, senão teríamos um VF e na condicional isso é falso.
Verinha é bailarina – VERDADEIRO
Virna é professora – VERDADEIRO
Verônica é advogada – VERDADEIRO
Vivi é costureira – FALSO
Vamos analisar as alternativas agora:
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
V→F essa condicional é falsa
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
F → F, essa condicional é verdadeira, logo é a alternativa correta.
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
F e F a conjunção será FALSA
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira
F ou F, essa disjunção simples será falsa.

06. Resposta: E
Repare que temos algumas premissas, portanto precisamos encontrar alguma destas premissas que
contenha uma conjunção ou proposição simples, ou iniciar pela informação dada no enunciado, observe:
Se, no último domingo, não joguei futebol, então
Não jogar futebol será V, logo jogar Futebol será F, portanto partiremos daqui, agora utilizaremos a
premissa que fala sobre futebol:
− corro ou jogo futebol
? ou F, para a disjunção simples ser verdadeira o ? precisa obrigatoriamente ser V, logo correr é V.
− tomo açaí ou não corro.
? ou F, repare que para a disjunção simples ser V o ? precisa obrigatoriamente ser V, logo tomo açaí
é V.
− como pizza no jantar ou não tomo açaí,
? ou F, novamente o ? precisa ser V, logo como pizza no jantar é V.
Sendo assim teremos:
Correr: VERDADEIRO
Jogar futebol: VERDADEIRO
Tomar açaí: VERDADEIRO
Comer pizza no jantar: VERDADEIRO
Vamos analisar as alternativas:
(A) corri e não comi pizza no jantar.
V e F, essa conjunção é FALSA.
(B) não corri e comi pizza no jantar.
F e V, essa conjunção é FALSA.
(C) não comi pizza no jantar e não tomei açaí.
F e F, essa conjunção é FALSA.
(D) não corri e não tomei açaí.
F e F, essa conjunção é FALSA.
(E) corri e tomei açaí.
V e V, essa conjunção é VERDADEIRA, logo é a alternativa correta.

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07. Resposta: D
Como Z é o operador, repare a tabela verdade, só temos 1 caso em que é falso, sendo assim já diminui
nossas possibilidades, repare que no falso, os operandos temos VF e gera F, pensando na tabela
verdade, teríamos uma condicional, vamos exemplificar:
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q e Z = condicional.

08. Resposta: E
RvS→T
Para a condicional ser falsa, devemos ter:
V→F
Portanto a afirmação (T: Rosa é engenheira) tem que ser falsa.
E para RvS ser verdadeira, as duas só não podem ser falsas.
Lembrando pela tabela verdade de cada uma:
Condicional

Disjunção

Desta forma, T é necessariamente falsa, já R, S só não pode ser ambas falsas, portanto a única
alternativa em que T é falsa e R ou S não são falsas simultaneamente é a alternativa E.

09. Resposta: B
Vamos analisar as informações.
I. Se p é verdadeira e q é verdadeira, então p Λ q é verdadeira.
Verdadeira, pois V e V gera uma verdade
II. Se p é verdadeira ou q é verdadeira, então p V q é falsa.
Na disjunção se uma for verdadeira já basta para a disjunção simples ser verdadeira.
III. Se p é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então q é verdadeira.
Na condicional, p,q verdadeiras gera p ⟶ q verdadeira, correta.
IV. Se ~p é verdadeira e p V q é verdadeira, então q é verdadeira.
~p é verdadeira, então p é falsa, com isso q é obrigatoriamente verdadeira, logo está correta.
V. Se ~q é verdadeira e p ⟶ q é verdadeira, então ~p é verdadeira.
~q é verdadeira, então q é falsa, mas temos que p ⟶ q é verdadeira, logo p precisa ser falsa, sendo
assim ~p vai ser verdadeira.
Podemos até continuar mostrando cada uma delas, mas apenas com a I sendo verdadeira e II sendo
falsa, a única alternativa que dá certo é a alternativa “B”.

10. Resposta: A
Para solucionar essa questão, basta saber que na condicional (A ⟶ B), sendo B (Verdade) ela será
sempre verdadeira.
Pois na condicional somente é falso quando:
(V ⟶ F = F)
Sabendo disso,
Se 2 > 5 e 6 é número ímpar, então 4 é número par;
Nem precisa fazer ⟶ V = Verdadeiro

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4 é um número par então será verdadeiro, daí não importa o valor do antecedente (nesse caso 2 > 5
e 6 é número ímpar) a afirmação inteira já vai ser verdadeira.

11. Resposta: A
No enunciado foi dado os valores lógicos das afirmações:
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA
Precisamos descobrir o valor lógico de cada uma das proposições simples, vamos começar pela III,
pois para a disjunção simples ser falsa, só tem uma possibilidade, que será ambas falsas, sendo assim
Beatriz não é juíza FALSA
Vanessa é professora FALSA
Agora vamos para a afirmação II.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora
? ⟶ F, logo o ? precisa obrigatoriamente ser Falso, pois II é verdadeiro, sendo assim:
Fernando é vereador FALSA
Vamos analisar a afirmação I.
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza.
? ⟶ V, independentemente do valor de ? a condicional sempre será verdadeira, logo não podemos
afirmar nada sobre Hugo é policial.
Portanto:
Beatriz é juíza VERDADEIRO
Vanessa não é professora VERDADEIRO
Fernando não é vereador VERDADEIRO
Hugo é policial – NADA podemos afirmar.
Vamos analisar as afirmativas:
(A) Fernando não é vereador
Verdadeiro, portanto, é a alternativa correta.
(B) Hugo é policial.
Não podemos afirmar.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
? e F, independentemente de Hugo não ser policial, na conjunção se uma proposição já for falsa a
conjunção já será falsa.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
? e V, para esta conjunção ser V, Hugo é policial deveria ser V, mas não podemos afirmar nada sobre
ele, portanto não podemos concluir.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
? ou F, como temos uma disjunção simples, pelo menos uma das proposições precisa ser verdadeira,
logo neste caso Hugo é policial deveria ser verdadeiro, mas não podemos afirmar nada sobre ele,
portanto, não podemos concluir a veracidade desta afirmação.

10 Lógica de argumentação. 10.1 Analogias, inferências, deduções e


conclusões.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de alguma coisa. A
argumentação faz uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas sólidas e argumentos
aceitáveis.
A lógica de argumentação é também conhecida como dedução formal e é a principal ferramenta
para o raciocínio válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a argumentação pode tomar e
avalia quais dessas conclusões são válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas
válidas de inferências de uma linguagem proposicional também faz parte da Teoria da argumentação.

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Conceitos

Premissas (proposições): são afirmações que podem ser verdadeiras ou falsas. Com base nelas que
os argumentos são compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aceito.

Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas se chegar a novas proposições. Quando
a inferência é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela ser utilizada em
outras inferências.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da inferência e que está alicerçada nas
premissas. Para separar as premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, “portanto,
...”, “por isso, ...”, entre outras.

Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.

Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou tecnicamente falho na capacidade de provar


aquilo que enuncia.

Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, dispostas de tal maneira que a conclusão
é verdadeira e deriva logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão é a terceira
premissa.

Argumento: é um conjunto finito de premissas – proposições –, sendo uma delas a consequência das
demais. O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade lógica à conclusão com base nas
premissas que o antecedem) ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se baseiam na
conclusão, mas não implicam nela)
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e conclusões (dois elementos fundamentais da
argumentação).

Alguns exemplos de argumentos:

1)
Todo homem é mortal
Premissas
João é homem
Logo, João é mortal Conclusão

2)
Todo brasileiro é mortal
Premissas
Todo paulista é brasileiro
Logo, todo paulista é mortal Conclusão

3)
Se eu passar no concurso, então irei viajar
Premissas
Passei no concurso
Logo, irei viajar Conclusão

Todas as PREMISSAS têm uma CONCLUSÃO. Os exemplos acima são considerados silogismos.

Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão Q, indica-se por:

P1, P2, ..., Pn |----- Q

116
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Argumentos Válidos
Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo) quando a conclusão é VERDADEIRA (V),
sempre que as premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que um argumento é válido
quando a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades de suas premissas.Ou seja:

A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da conclusão.

Um argumento válido é denominado tautologia quando assumir, somente, valorações verdadeiras,


independentemente dos valores assumidos por suas estruturas lógicas.

Argumentos Inválidos
Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou mal construído), quando as verdades das
premissas são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas pelas verdades de suas premissas,
tem-se como conclusão uma contradição (F).
Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA.
Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica.
É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para
analisar a argumentação alheia.

- A verdade e a falsidade são propriedades das proposições.


- Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes aos argumentos.
- Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou falsa, mas nunca válida e inválida.
- Não é possível ter uma conclusão falsa se as premissas são verdadeiras.
- A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente entre as premissas e
conclusões.

Critérios de Validade de um argumento


Pelo teorema temos:

Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente se a condicional:


(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.

Métodos para testar a validade dos argumentos14


Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência), atribuirmos valores lógicos as premissas
de um argumento para determinarmos uma conclusão verdadeira.
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam estruturas categóricas (frases formadas pelas
palavras ou quantificadores: todo, algum e nenhum).

Os métodos constistem em:

1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na dedução dos valores lógicos das premissas
de um argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente, será representado pelo
valor lógico de uma premissa formada por uma proposição simples ou de uma conjunção. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas as premissas que
compõem esse argumento são, na totalidade, verdadeiras.

Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos conectivos.

DICA:
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos
conectivos, portanto, tente memorizar quando é verdadeiro e quando é falso os
conectivos lógicos!

14
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

117
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Exemplo
Sejam as seguintes premissas:
P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo.
P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo.
P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada.
P4: Ora, a rainha fica na masmorra.

Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então todas premissas que compõem o
argumento são necessariamente verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a rainha fica
na masmorra”; por ser uma proposição simples e verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a
dedução dos valores lógicos das demais proposições que, também, compõem esse argumento. Teremos
com isso então:

Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico
confirmará como verdade a 1a parte da condicional da premissa P3 (1º passo).

Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, implicará que a 2ª parte também
deverá ser verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade (vide a tabela-verdade da
condicional). Assim teremos como valor lógico da premissa uma verdade (V).

Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a
1ª parte da disjunção simples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”, será falsa (4º passo).

Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples, lembramos que ela será verdadeira, se
pelo menos uma de suas partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo, a 2ª parte
deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo).

118
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Ao confirmarmos como verdadeira a proposição simples “o príncipe não foge a cavalo”, então,
devemos confirmar como falsa a 2a parte da condicional “o príncipe foge a cavalo” da premissa P2 (6o
passo).

E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional como falsa, devemos confirmar, também, sua
1 parte como falsa (7o passo).
a

Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores lógicos chegamos as seguintes
conclusões:
- A rainha fica na masmorra;
- O bárbaro usa a espada;
- O rei não fica nervoso;
- o príncipe não foge a cavalo.

Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos o não para ter o seu correspondente como
válido, expressando uma conclusão verdadeira.

Caso o argumento não possua uma proposição simples ou uma conjunção “ponto de referência inicial”,
devem-se iniciar as deduções pela disjunção exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. Lembrando
que, no caso da bicondicional(VV ou FF) e a disjunção exclusiva(VF ou FV), cada uma possui duas
possibilidades de serem verdadeiras, logo, é necessário testar as duas possibilidades.

2) Método da Tabela Verdade: para resolvermos temos que levar em considerações dois casos.

1º caso: quando o argumento é representado por uma fómula argumentativa.

Exemplo

A → B ~A = ~B
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as proposições, as premissas e as conclusões
afim de chegarmos a validade do argumento.

119
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(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)

O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa está sinalizada na tabela acima
pelo asterisco.Observe também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira.
Chegamos através dessa análise que o argumento não é valido.

2o caso: quando o argumento é representado por uma sequência lógica de premissas, sendo a última
sua conclusão, e é questionada a sua validade.

Exemplo:
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo. Logo, compreendo.”
P1: Se leio, então entendo.
P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:
P1 ∧ P2 → C

Representando inicialmente as proposições primitivas “leio”, “entendo” e “compreendo”,


respectivamente, por “p”, “q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
P1: p → q
P2: q → ~r
C: r
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

𝑝→𝑞
𝑞 → ~𝑟
𝑟
Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo a passo):

120
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Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma contingência (possui valores verdadeiros e falsos),
logo, esse argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de sofisma embora tenha
premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em alguns casos torna-se muito trabalhoso,
principlamente quando o número de proposições simples que compõe o argumento é muito grande, então
vamos aqui ver outros métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

3.1 - Método da adição (AD)


p
ou p → (p ∨ q)
p ∨ q

3.2 - Método da adição (SIMP)

1º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → p
p

2º caso:
p ∧q
ou (p ∧ q) → q
p

121
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3.3 - Método da conjunção (CONJ)
1º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (p ∧ q)
p∧q

2º caso:
p
q
ou (p ∧ q) → (q ∧ p)
q∧p

3.4 - Método da absorção (ABS)


p→q
ou (p → q) → [p → p ∧ q)]
p → (p ∧ q)

3.5 – Modus Ponens (MP)


p→q
p
ou [(p → q) ∧ p] → q
q

3.6 – Modus Tollens (MT)


p→q
~q
ou [(p → q) ∧ ~q] → p
~p

3.7 – Dilema construtivo (DC)

p→q
r →s
p ∨r
ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (p ∨ r) ] → (q ∨ s)
q∨s

3.8 – Dilema destrutivo (DD)

p→q
r →s
~q ∨ ~s
ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (~q ∨ ~s) ] → (~p ∨ ~r)
~p ∨ ~r

3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)

1º caso:

p ∨q
~p
ou [(p ∨ q) ∧ ~p] → q
q

2º caso:

p ∨q
~q
ou [(p ∨ q) ∧ ~q] → p
p

122
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3.10 – Silogismo hipotético (SH)

p →q
q→r
ou [(p → q) ∧ (q → r)] → (p → r)
p→r

3.11 – Exportação e importação.

1º caso: Exportação

(p ∧ q) → r
ou [(p ∧ q) → r] → [p → (q → r)]
p → (q → r)

2º caso: Importação

p → (q → r)
ou [p → (q → r)] → [(p ∧ q) → r]
(p ∧ q) → r

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na dedução de uma condicional conclusiva,
que será a conclusão do argumento, decorrente ou resultante de várias outras premissas formadas
por, apenas, condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições simples iguais que se localizam em partes
opostas das condicionais que formam a premissa do argumento, resultando em uma condicional
denominada condicional conclusiva. Vejamos o exemplo:

Nós podemos aplicar a soma lógica em alguns casos, como por exemplo:

1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas proposições simples que aparecem apenas
uma vez no conjunto das premissas do argumento.

Exemplo

Dado o argumento:
Se chove, então faz frio.
Se neva, então chove.
Se faz frio, então há nuvens no céu.
Se há nuvens no céu, então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


p: chover
q: fazer frio
r: nevar
s: existir nuvens no céu

123
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t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

𝑝→𝑞 𝑝→𝑞
𝑟→𝑞 𝑟→𝑞
𝑟→𝑝 𝑟→𝑝 𝑟→𝑠 𝑟→𝑠
𝑥{ ⇒ 𝑥{ ⇒ 𝑥 {𝑞 → 𝑠 ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑠 ⇒ 𝑥 { ⇒ 𝑥{ ⇒𝑟→𝑡
𝑞→𝑠 𝑞→𝑠 𝑠→𝑡 𝑠→𝑡
𝑠→𝑡 𝑠→𝑡
𝑠→𝑡 𝑠→𝑡

Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”.

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está claro” só apareceram uma vez no conjunto
de premissas do argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, apenas, uma proposição simples que
aparece em ambas as partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra. As demais
proposições simples são eliminadas pelo processo natural do produto lógico.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte,
necessariamente VERDADEIRA.

DICA:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de equivalência da
contrapositiva (contraposição) de uma condicional, para que ocorram os devidos
reajustes entre as proposições simples de uma determinada condicional que resulte
no produto lógico desejado.
(p → q) ⇔ ~q → ~p

Exemplo
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. Se Carlos não viaja, então Beto não
estuda. Se Carlos viaja, Ana trabalha.

Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas:


P1: Se Ana trabalha, então Beto não estuda.
P2: Se Carlos não viaja, então Beto não estuda.
P3: Se Carlos viaja, Ana trabalha.
Denotando as proposições simples teremos:
p: Ana trabalha
q: Beto estuda
r: Carlos viaja
Montando o produto lógico teremos:
𝑝 → ~𝑞 𝑝 → ~𝑞
𝑟 → ~𝑞
{ ~𝑟 → ~𝑞 (𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎) ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑟 ⇒ 𝑥 { 𝑞 → 𝑟 ⇒ ⏟
𝑞 → ~𝑞

𝑟→𝑝 𝑟→𝑝 𝐹 𝑉

Conclusão: “Beto não estuda”.

Questões

01. (IFAL – Assistente Social – COPEVE/UFAL/2019) Considere as seguintes premissas:


– Se é domingo, então Carlos lava seu carro. – Se chover, então Carlos não lava seu carro. – Se não
é domingo, então Carlos acorda cedo. – Carlos acordou tarde.
Com base nessas premissas, pode-se concluir que:
(A) Não é domingo
(B) Não lavou o carro

124
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(C) Não choveu
(D) Choveu
(E) É impossível concluir

02. (CRM/AC – Assistente Administrativo – QUADRIX/2019)


P: Se João obedece à sua mãe, então ele come pudim.
Q: Se João não come pudim, então ele fica triste.
R: João gosta de futebol e sua mãe gosta de novela.
Considerando as proposições lógicas acima, julgue o item.
Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe.
( ) Certo ( ) Errado

03. (FLAMA/SC – Geólogo – UNESC/2019) Considere verdadeiras as afirmações a seguir:


I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Com base nessas afirmações podemos concluir corretamente que:
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira

04. (Pref. de Petrolina/PE – Guarda Civil – IDIB/2019) Em uma sala de aula, o professor instiga os
alunos com problemas de raciocínio lógico relacionando as cores dos carros e seus proprietários. Desta
forma, o professor repassou aos alunos as afirmativas verdadeiras a seguir:
I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde.
II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul.
III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul.
IV. Cinthia tem um carro verde.
Com base nas afirmações anteriores, pode-se concluir com certeza que:
(A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa.
(B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo.
(C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo.
(D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul.
(E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul.

05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam
verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo ( ) Errado

06. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 – CESPE) Mariana é uma estudante que tem
grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo
suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste
semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto,
ela não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições:
p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo de Química Geral";
q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral";

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c: “Mariana foi aprovada em Química Geral", é correto afirmar que o argumento formado pelas
premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.
( ) Certo ( ) Errado

07. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Se Esmeralda é


uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se Monarca
é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

08. (Câm. de Indaiatuba/SP – Analista de Sistemas – VUNESP) Considere verdadeiras as


afirmações I e II, e falsa a afirmação III.
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora.
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora.
A alternativa que contém uma afirmação necessariamente verdadeira, com base nas afirmações
apresentadas é:
(A) Fernando não é vereador
(B) Hugo é policial.
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.

Comentários

01. Resposta: C
Observe que dentre as premissas temos uma proposição simples, portanto iremos começar por ela e
a partir daí descobriremos os valores lógicos das outras, lembrando, as premissas são sempre
verdadeiras.
Carlos acordou tarde (V)
Vamos procurar uma que fale sobre o Carlos acordar ou não tarde.
Se não é domingo, então Carlos acorda cedo(F).
Como Carlos aordou tarde, Carlos acordou cedo é Falso, sendo assim temos uma condicional ? →F,
logo o valor de não é domingo tem que ser obrigatoriamente Falso, pois a premissa tem que ser verdadeira
e se tivermos um VF teremos uma premissa falsa, por isso devemos ter FF, continuando para outra
premissa.
Se é domingo, então Carlos lava seu carro
Não é domingo é F, logo ser domingo é V, portanto obrigatoriamente Carlos lava seu carro tem que
ser V, pois senão teríamos um V→F que na condicional seria falso, continuando,
Se chover, então Carlos não lava seu carro
? → F (pois Carlos lava seu carro é V)
Como é uma condicional, Chover tem que ser Falso, para a condicional ser verdadeira, logo temos o
seguinte:
Chover = F
Ser domingo = V
Carlos lava seu carro = V
Carlos acordou tarde = V
Assim a conclusão verdadeira está na alternativa “C” Não choveu, pois se chover é falso, não chover
é verdadeiro.

02. Resposta: Errado


Vamos analisar as premissas, lembrando que elas devem ser sempre verdadeiras, temos que tentar
concluir: Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe.
O ponta pé inicial é procurar a premissa mais simples, ou seja, a proposição simples ou uma conjunção,
se não houver nenhuma dessas aí partimos para uma bicondicional ou uma disjunção exclusiva, mas aí

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meu amigo, amarra as calças, pois tem que testar todos os casos em que elas são verdadeiras, mas
voltando para nossa questão aqui, temo uma conjunção em “R”.
R: João gosta de futebol e sua mãe gosta de novela.
A conjunção só é verdadeira se for tudo V, logo:
João gosta de futebol = V
sua mãe gosta de novela = V
Agora vamos para as outras premissas utilizando essas informações já encontradas.
Mas aí não conseguimos mais nada com as outras premissas, logo vamos tentar o método de negar
a conclusão, aí se a conclusão for falsa e as premissas continuar verdadeiras estaremos diante de um
argumento inválido, vamos lá!
Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe (para ser falso devemos ter VF)
João não fica triste = V
Ele obedece sua mãe = F
Vamos para as premissas, “R” já conseguimos determinar que ela pode ser Verdadeira, falta P e Q
Q: Se João não come pudim, então ele fica triste.
? → F, assim João não come pudim é F.

P: Se João obedece à sua mãe, então ele come pudim.


F→F
Essa premissa também vai ser verdade, então meu amigo(a), as premissas são verdadeiras mesmo
eu negando a conclusão, desta forma não podemos ter um argumento válido, assim ele é inválido,
portanto não podemos concluir que Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe, logo gabarito
errado.

03. Resposta: B
Para resolver esse tipo de questão, lembre-se de procurar uma proposição simples ou por uma
conjunção, pois todas as premissas são verdadeiras.
I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
III - Virna é professora
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
Vou começar pela premissa III pois é uma proposição simples.
Virna é professora (V)
Procure uma premissa que contenha algo de Virna (IV).
IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora.
?v F como é uma disjunção exclusiva para ser verdadeiro as proposições simples
precisam ter valor lógico diferentes logo a primeira é V.
Verinha é bailarina (V)
Premissa II
Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada
V→? A segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira, logo
Verônica é advogada (V)
Premissa I
Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada
? → F, a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira, logo
Vivi é costureira (F)
Agora, sabendo o valor lógico dessas proposições, vamos para as alternativas
(A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada
V→F essa condicional é FALSA
(B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina
F → F essa condicional é verdadeira, logo é a alternativa correta
(C) Virna é professora e Verônica não é advogada
V ^F essa conjunção é FALSA
(D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira
FvF essa disjunção simples é falsa

04. Resposta: A
Precisamos procurar uma proposição simples ou uma conjunção, para ser nosso ponto de partida.
I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde.

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II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul.
III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul.
IV. Cinthia tem um carro verde.
Iremos iniciar então pela premissa IV
Cinthia tem um carro verde (V)
Agora vamos para a premissa I
Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde
? v F a primeira parte precisa ser V para a disjunção exclusiva ser Verdadeira
Bruno tem um carro rosa (V)
Premissa III
Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul
V → ? a segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira.
Ana tem um carro azul (V)
Premissa II
Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul
? → F a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira.
Daniel tem um carro amarelo (F)
Agora vamos analisar as alternativas.
(A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa.
V → V essa condicional é verdaderia, logo é nossa alternativa correta.
(B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo.
F v F essa disjunção simples é FALSA
(C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo.
F ^ V essa conjunção é FALSA
(D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul.
V ^F essa conjunção é FALSA
(E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul.
V → F essa condicional é FALSA

05. Resposta: Errado


A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão.
Enumerando as premissas:
A = Chove
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:

A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos:


O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido
temos que Quando chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento
seja válido temos que Maria vai ao cinema tem que ser V.
2º - Quando Cláudio sai de casa (F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja
válido temos que Quando Cláudio sai de casa tem que ser F.
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando
Fernando está estudando pode ser V ou F.

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1º- Durante a noite (V), faz frio (V). // F → D = V
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava
estudando (V ou F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).

06. Resposta: Errado


Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa
desse argumento:
P1 ∧ P2 → C
Organizando e resolvendo, temos:
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
C: Mariana é aprovada em Química Geral
Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as premissas serem verdadeiras, para
sabermos se o argumento é válido:
Testando C para falso:
(A → B) ∧ (B →C)
(A →B) ∧ (B → F)
Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm que ser F:
(A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
(F → F) ∧ (V)
Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que o “A” seja falso:
(A → F) ∧ (V)
(F → F) ∧ (V)
(V) ∧ (V)
(V)
Então, é possível que o conjunto de premissas seja verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo
tempo, o que nos leva a concluir que esse argumento não é válido.

07. Resposta: B
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza não é bruxa, considerando ela como (V),
precisamos ter como conclusão o valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem
verdadeiras, logo, a única que contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.

08. Resposta: A
Sabemos que I e II são VERDADEIRAS e que III é FALSA
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA
III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA
Não recomendo iniciar pelas premissas I e II, pois a condicional possui três formas de verdade em sua
tabela, já a premissa III é uma disjunção simples e só possui uma forma de ser FALSA (F v F), logo
começaremos por ela
Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora
FvF
Agora podemos partir para as outras, tanto faz começar pela I ou pela II.
II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora
? → F, para essa condicional ser verdadeira a primeira parte precisa ser FALSA

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Fernando é vereador (F)
I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza
? → V, para essa condicional ser verdadeira não importa o valor lógico da primeira parte, pois ela
sempre vai ser verdadeira, deste modo, não podemos concluir nada sobre Hugo ser policial, vamos
analisar as alternativas.
(A) Fernando não é vereador
Essa é a alternativa correta
(B) Hugo é policial.
Não podemos concluir isso do HUGO
(C) Hugo não é policial e Fernando é vereador.
? ^ F não importa o que o Hugo seja, essa conjunção já é FALSA
(D) Hugo é policial e Fernando não é vereador.
? ^ V para essa conjunção ser verdadeira a primeira parte obrigatoriamente precisa ser Verdadeira,
mas não podemos afirmar nada dela, então não podemos concluir isso.
(E) Hugo é policial ou Fernando é vereador.
? v F, para essa disjunção simples ser verdadeira, a primeira parte deveria ser verdadeira, mas não
podemos afirmar nada do Hugo, portanto não podemos assinalar ela.

11 Lógica sentencial (ou proposicional). 11.1 Proposições simples e compostas.


11.2 Tabelas-verdade. 11.3 Equivalências. 11.4 Leis de De Morgan. 11.5
Diagramas lógicos. 12 Lógica de primeira ordem.

Caro(a) Candidato(a), os seguintes assuntos: 11.1 Proposições simples e compostas. 11.2 Tabelas-
verdade, já foram abordados no tópico: 9 Estruturas lógicas.

LÓGICA SENTENCIAL
OPERAÇÕES LÓGICAS SOBRE SENTENÇAS ABERTAS

Caro(a) candidato(a), para que você possa entender o conteúdo de Logica Sentencial -Operações
lógicas sobre sentenças abertas, é necessário ficar atento a alguns itens que estão presentes em:
- Estruturas Lógicas;
- Proposições Funcionais ou Quantificadas (Lógica de Primeira Ordem ou Lógica dos Predicados).

Portanto é um amplo conhecimento necessário, assim sendo, esse assunto você poderá encontrar
nos conceitos apresentados em nosso material.

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

Diz-se que duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo
estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são
CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são equivalentes.

Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são equivalentes.

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Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p ∨ q” são equivalentes.

~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os símbolos que representam a equivalência


entre proposições.

Equivalências fundamentais (Propriedades Fundamentais): a equivalência lógica entre as


proposições goza das propriedades simétrica, reflexiva e transitiva.

1 – Simetria (equivalência por simetria)

a) p ^ q ⇔ q ^ p

b) p v q ⇔ q v p

c) p ∨ q ⇔ q ∨ p

d) p ↔ q ⇔ q ↔ p

2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)


p→ p⇔p→ p

3 – Transitiva
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .

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Equivalências notáveis

1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)

a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)

b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)

2 - Associação (equivalência pela associativa)

a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)

b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)

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3 – Idempotência

a) p ⇔ (p ∧ p)

b) p ⇔ (p ∨ p)

4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra condicional equivalente à primeira, apenas
invertendo-se e negando-se as proposições simples que as compõem.

1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)

Exemplo

p → q: Se André é professor, então é pobre.


~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.

2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)

Exemplo

~p → q: Se André não é professor, então é pobre.


~q → p: Se André não é pobre, então é professor.

3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)

Exemplo

p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.


q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.

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4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q

Exemplo

p → q: Se estudo então passo no concurso.


~p v q: Não estudo ou passo no concurso.

5 - Pela bicondicional
a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição

b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a contrapositiva às partes

c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)

6 - Pela exportação-importação

[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]

Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)

Chama-se proposições associadas a p → q as três proposições condicionadas que contêm p e q:


– Proposições recíprocas: p → q: q → p
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p

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Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:

Note que:

Observamos ainda que a condicional p → q e a sua recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO


SÃO EQUIVALENTES.

Exemplos

p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)


q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F)

Exemplo

Vamos determinar:
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
c) A contrapositiva da contrária de p → q

Resolução

a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q

b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva de q → p é ~p → ~q

c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p

Equivalência “NENHUM” e “TODO”

1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.


Exemplo:
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (= Todo médico não é tenista)

2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


Exemplo:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (= Nenhuma música é bela)
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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Questões

01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) Considere a sentença:


“Corro e não fico cansado".
Uma sentença logicamente equivalente à negação da sentença dada é:
(A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.

02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 – CESPE) Em campanha de incentivo à


regularização da documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz com os seguintes dizeres:
“O comprador que não escritura e não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel".
A partir dessa situação hipotética e considerando que a proposição P: “Se o comprador não escritura
o imóvel, então ele não o registra" seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O comprador escritura o imóvel, ou não o
registra".
( ) Certo ( ) Errado

Comentários

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P→Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q = ~p v q)

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Quando se nega uma proposição composta primitiva, gera-se outra proposição também composta e
equivalente à negação de sua primitiva.

Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as proposições.

Vejamos:

– Negação de uma disjunção exclusiva


Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA, gera-se uma BICONDICIONAL.
~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)

p q ~ (p v q) p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
V V V V F V V V V V V V V V V V
V F F V V F V F F V F F F F V V
F V F F V V F F V F V V F V F F
F F V F F F F V F F V F V F V F

- Negação de uma condicional


Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico de sua 1ª parte, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pelo conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.

~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q

p q ~ (p → q) p ^ ~q
V V F V V V V F F
V F V V F F V V V

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F V F F V V F F F
F F F F V F F F V

- Negação de uma bicondicional


Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos negando a sua fórmula equivalente dada
por “(p → q) ∧ (q → p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas condicionais: “(p → q)”
e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de uma conjunção a essa bicondicional, teremos:

~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]

p q ~ (p ↔ q) ~ [(p → q) ^ (q → p)] (p ^ ~q) v (q ^ ~p)


V V F V V V F V V V V V V V V F F F V F F
V F V V F F V V F F F F V V V V V V F F F
F V V F F V V F V V F V F F F F F V V V V
F F F F V F F F V F V F V F F F V F F F V

DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)

– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)

p ~ (~ p)
V V F V
F F V F

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª parte da condicional, troca-se o conectivo
CONDICIONAL pela DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma proposição primitiva duas
vezes consecutivas, a proposição resultante será equivalente à sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS

Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que
(“<”); maior ou igual a (“≥”) e menor ou igual a (“≤”). Estes símbolos, associados a números ou variáveis,
formam as chamadas expressões aritméticas ou algébricas.

Exemplo

a) 5 + 6 = 11
b) 5 – 3 ≠ 4
c) 5 > 1
d) 7< 10
e) 3 + 5 ≥ 8
f) y + 5 ≤ 7

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos os símbolos matemáticos, assim
estaremos negando toda sentença, vejamos:

Sentença Matemática ou algébrica Negação Sentença obtida


5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11
5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
5>1 ~ (5 > 1) 5≤1
7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10
3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7

É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os candidatos a cometerem um erro


muito comum, que é a negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da operação

137
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matemática em questão para a obtenção desse resultado, e não, como deve ser, pela negação
dos símbolos matemáticos.
Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão “4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠
16”

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE MORGAN

As Leis de Morgan ensinam

- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivale a afirmar que pelo
menos uma é falsa;
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivale a afirmar que ambas são
falsas.

As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO transforma:


CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

Vejamos:
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo
DISJUNÇÃO.

~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)

p q ~ (p ^ q) ~p v ~q
V V F V V V F F F
V F V V F F F V V
F V V F F V V V F
F F V F F F V V V

- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)


Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-
CONJUNÇÃO.

~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)

p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
V V F V V V F F F
V F F V V F F F V
F V F F V V V F F
F F V F F F V V V

Exemplo

Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos que se trata de uma CONJUNÇÃO, pela
Lei de Morgan temos que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO, negando-se as partes,
então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Considere a afirmação:


“Mato a cobra e mostro o pau"
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
(B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
(D) mato a cobra e não mostro o pau;
(E) mato a cobra ou não mostro o pau.

02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV) Em uma empresa, o diretor de um departamento


percebeu que Pedro, um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu trabalho e comentou:
“Pedro está cansado ou desatento."
A negação lógica dessa afirmação é:
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
(D) Pedro está descansado e atento.
(E) Se Pedro está descansado então está desatento.

03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e Administrativa- FCC) Vou à academia todos os


dias da semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que corresponde à negação lógica da
afirmação anterior é
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro durante a semana.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não corro três dias na semana.

04. (HUGG-UNIRIO / Advogado – IBFC) Considerando a frase “João comprou um notebook e não
comprou um celular”, a negação da mesma, de acordo com o raciocínio lógico proposicional é:
(A) João não comprou um notebook e comprou um celular.
(B) João não comprou um notebook ou comprou um celular
(C) João comprou um notebook ou comprou um celular.
(D) João não comprou um notebook e não comprou um celular.
(E) Se João não comprou um notebook, então não comprou um celular.

Respostas

01. Resposta: A.
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o conectivo ''ou'' pelo ''e''.

02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja, Pedro está descansado e atento.

03. Resposta: A.
Quebrando a sentença em P e Q:
P: Vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∧ (e)
Q: Corro três dias na semana

Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q


~P: Não vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∨ (ou)
~Q: Não corro três dias na semana

Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não corro três dias na semana.

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04. Resposta: B.
Para negarmos uma proposição composta ligada pelo conectivo operacional “e”, basta negarmos
ambas as proposições individuais (simples) e trocarmos o conectivo “e” pelo conectivo ”ou”.

DIAGRAMAS LÓGICOS

Os diagramas lógicos muito comuns em provas de raciocínio lógico, é uma ferramenta para
resolvermos problemas que envolvam argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento
podem ser formadas por proposições categóricas, ou seja, proposições do tipo “Todo A é B”, “Nenhum
A é B””, “Algum A é B” e “Algum A não é B”. Os diagramas lógicos ou digramas de Euller-Venn, ajudam
(e sustentam) a conclusão deste argumento dedutível.

Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

Tipo Proposição Quantidade Extensão Diagramas

TODO A é B
A Afirmativa Universal

Se um elemento pertence ao
conjunto A, então pertence também a B.

E NENHUM A é B Negativa Universal


Existe pelo menos um elemento que
pertence a A, então não pertence a B, e
vice-versa.

Existe pelo menos um elemento comum


aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das
seguintes formas:
I ALGUM A é B Afirmativa Particular

O ALGUM A NÃO é B Negativa Particular

140
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Perceba-se que, nesta sentença, a
atenção está sobre o(s) elemento (s) de
A que não são B (enquanto que, no
“Algum A é B”, a atenção estava sobre
os que eram B, ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a
diferença entre conjuntos, que forma o
conjunto A - B

Temos ainda que:

Proposição Equivalência Negação


TODO A é B NENHUM NÂO ALGUM NÃO
NENHUM A é B TODO NÃO ALGUM
ALGUM A é B Existe A que é B NENHUM
ALGUM A NÃO é B Pelo MENOS UM a que É B TODO

- Inclusão
Todo, toda, todos, todas.

- Interseção
Algum, alguns, alguma, algumas.

Ex.: Todos brasilienses são bons ciclistas.


Negação lógica: Algum brasiliense não é bom ciclista.

- Disjunção
Nenhum A é B.

Ex.: Algum brasiliense não é bom ciclista.


Negação lógica: Nenhum brasiliense é bom ciclista.

Vamos ver um exemplo:

1) (CETRO) Em um pote de doces, sabe-se que existe pelo menos um chiclete que é de hortelã. Sabe-
se, também, que todos os doces do pote, que são de sabor hortelã, são verdes. Segue-se, portanto,
necessariamente que:
(A) todo doce verde é de hortelã;
(B) todo doce verde é chiclete;
(C) nada que não seja verde é chiclete;
(D) algum chiclete é verde;
(E) algum chiclete não é verde.

Primeiramente vamos separar as premissas e analisa-las colocando-as dentro dos seus respectivos
diagramas.

P1: existe pelo menos um chiclete que é de hortelã;


P2: todos os doces do pote, que são de sabor hortelã, são verdes.
Portanto, representando as premissas P1 e P2 na forma de diagramas lógicos, obteremos a seguinte
situação conclusiva:

141
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P1: existe pelo menos um chiclete que é de hortelã;

P2: todos os doces do pote, que são de sabor hortelã, são verdes.

Por esses diagramas, podemos concluir que:


a) nem todo chiclete é de hortelã e verde;
b) algum chiclete é de hortelã e verde;
c) todos os chicletes podem ser verdes ou não.

Vamos analisar cada alternativa:


a) todo doce verde é de hortelã (ERRADO, pois nem todo doce verde é de hortelã);
b) todo doce verde é chiclete (ERRADO, pois nem todo doce verde é chiclete);
c) nada que não seja verde é chiclete (ERRADO, pois alguns chicletes não são verdes);
d) algum chiclete é verde (CERTO);
e) algum chiclete não é verde (ERRADO, pois não podemos afirmar esse fato).
Resposta D.
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Questões

01. Represente por diagrama de Venn-Euler


(A) Algum A é B
(B) Algum A não é B
(C) Todo A é B
(D) Nenhum A é B

02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como
uma proposição verdadeira, é correto inferir que:
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.

03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos
de corda e 60 tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos desta Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?

142
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04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que “Nenhum G é R”, então é necessariamente
verdadeiro que:
(A) algum A não é G;
(B) algum A é G.
(C) nenhum A é G;
(D) algum G é A;
(E) nenhum G é A;

Respostas

01.
(A)

(B)

(C)

(D)

02. Resposta: B

A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é instrutivo” implica a total dissociação entre os
diagramas. E estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeitamente correta. Percebam como
todos os elementos do diagrama “livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente
perfeito que algum livro é instrutivo.

03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos de corda e S dos que tocam instrumentos
de sopro. Chamemos de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este tipo de problema faça
o diagrama, assim você poderá visualizar o problema e sempre comece a preencher os dados de dentro
para fora.
Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após fazermos o diagrama, este número vai no
meio.
Passo 2:
a) 160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só tocam corda são, portanto 160 - 60 =
100
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:

143
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Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil achara as respostas: Quantos músicos desta
Filarmônica tocam:
a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do problema: 100 + 60 + 180 = 340
b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 = 280
c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 = 160

04. Resposta: A.
Esta questão traz, no enunciado, duas proposições categóricas:
- Alguns A são R
- Nenhum G é R

Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas por círculos para ajudar-nos a obter a
resposta correta. Vamos iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois círculos
separados, sem nenhum ponto em comum.

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única para a proposição categórica do Alguns A
são R, mas geralmente a representação em que os dois círculos se interceptam (mostrada abaixo) tem
sido suficiente para resolver qualquer questão.

Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições categóricas para analisarmos qual é a
alternativa correta. Como a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G, então teremos
diversas maneiras de representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser
aquela que é verdadeira para quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução da questão não
faremos todas as representações gráficas possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas)
representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a alternativa que satisfaz esta(s)
representação(ões), se tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já achamos a resposta
correta, senão, desenhamos mais outra representação gráfica possível e passamos a testar somente as
alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o seguinte desenho, em que fazemos duas
representações, uma em que o conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e outra em que não há
intersecção entre eles.

Teste das alternativas:

Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os desenhos dos círculos, verificamos que
esta alternativa é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas representações há elementos
em A que não estão em G. Passemos para o teste da próxima alternativa.
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para
o desenho de A que está mais à direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem elementos em A
que não estão em G. Pelo mesmo motivo a alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.

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Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para
o desenho de A que está mais à esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem elementos em A
que estão em G. Pelo mesmo motivo a alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a alternativa
“A”.

PROPOSIÇÕES FUNCIONAIS OU QUANTIFICADAS


(LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM OU LÓGICA DOS PREDICADOS)

Em Lógica e em Matemática, são chamadas proposições somente as sentenças declarativas, às quais


se pode associar um e, somente um, dos valores lógicos, V ou F.
As sentenças que não podem ser classificadas com V ou F, são chamadas de sentenças abertas.

Exemplos

a) x + 2 > 15
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente.
Observe que as variáveis “x” e “ele”, analisando os valores lógicos temos que:

a) x > 13
Se x assumir os valores maiores que 13 (14,15, 16, ...) temos que a sentença é verdadeira.
Se assumir valores menores ou iguais a 13 (12,11, 10, ...) temos que a sentença é falsa.

b) Em 2022, ele será presidente do Brasil novamente.


Se ele for substituído, por exemplo, por Lula, teremos uma expressão verdadeira (pois Lula já foi
presidente do Brasil, podendo ser novamente).
Se for substituído por Aécio Neves, teremos uma expressão falsa (pois Aécio nunca foi presidente do
Brasil não podendo ser novamente).

Sentenças que contêm variáveis são chamadas de sentenças funcionais. Estas sentenças não são
proposições lógicas, pois seu valor lógico (V ou F) é discutível em função do valor de uma variável.

Podemos transformar as sentenças abertas em proposições lógicas por meio de duas etapas: atribuir
valores às variáveis ou utilizar quantificadores.

QUANTIFICADORES

Considerando, por exemplo, o conjunto A={5, 7, 8, 9, 11, 13}, podemos dizer:


- qualquer que seja o elemento de A, ele é um número natural;
- existe elemento de A que é número ímpar;
- existe um único elemento de A que é par;
- não existe elemento de A que é múltiplo de 6.
Em Lógica e em matemática há símbolos próprios, chamados quantificadores, usados para representar
expressões do tipo das quatro que acima dissemos.
Podemos afirmar que:

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

TIPOS DE QUANTIFICADORES

- Quantificador universal: usado para transformar sentenças (proposições) abertas em proposições


fechadas, é indicado pelo símbolo “∀” (lê-se: “qualquer que seja”, “para todo”, “para cada”).

Exemplos

1) (∀x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Qualquer que se x, temos que x + 5 = 9 (falsa)


2) (∀y)(y ≠ 8)(y – 1 ≠ 7) - Lê-se: Para cada valor de y, com y diferente de 8, tem-se que y – 1 ≠ 7
(verdadeira).

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- Quantificador existencial: é indicado pelo símbolo “∃” (lê-se: “existe”, “existe pelo menos um” e
“existe um”).

Exemplos

1) (∃x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Existe um número x, tal que x + 5 = 9 (verdadeira).


2) (∃y ∊ N) (y + 5 < 3) - Lê-se: Existe um número y pertencente ao conjunto dos números Naturais, tal
que y + 5 < 3 (falsa).

Observação: Temos ainda um quantificador existencial simbolizado por “∃?”, que significa: “existe um
único”, “existe um e um só” e “existe só um”.

REPRESENTAÇÃO

Uma proposição quantificada é caracterizada pela presença de um quantificador (universal ou


existencial) e pelo predicado, de modo geral.

∀: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟
(∀𝑥)(𝑝(𝑥)) {
𝑝(𝑥): 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

∃: 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟
(∃𝑥)(𝑝(𝑥)) {
𝑝(𝑥): 𝑝𝑟𝑒𝑑𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜

Exemplos

(Ǝx) (x > 0) (x + 4 = 11)


Quantificador: Ǝ – existencial
Condição de existência: x > 0
Predicado: x + 4 = 11
Lemos: Existe um valor para x, com x maior que zero, tal que x mais 4 é igual a 11.
Valor Lógico: V (verdade)

(ᗄx) (x ϵ Z) (x + 3 > 18)


Quantificador: ᗄ - universal
Condição de existência: x ϵ Z
Predicado: x + 3 > 18
Lemos: Para qualquer valor de x, com x pertencente ao conjunto dos inteiros, tem-se que x, mais 3 é
maior que 18.
Valor Lógico: F (falso)

O “domínio de discurso”, também chamado de “universo de discurso” ou “domínio de


quantificação”, é uma ferramenta analítica usada na lógica dedutiva, especialmente na lógica de
predicados. Indica o conjunto relevante de valores, os quais os quantificadores se referem. O
termo “universo de discurso” geralmente se refere à “condição de existência” das variáveis
(ou termos usados) numa função específica.

VARIÁVEL APARENTE E VARIÁVEL LIVRE

Quando um quantificador incide sobre uma variável, está diz-se aparente ou muda, caso contrário,
diz variável livre.
Vejamos:

A letra “x” é nas sentenças abertas “2x + 2 = 18”; “x > 5” é considerada variável livre, mas é considerada
aparente nas proposições: (ᗄx) (x > 5) e (Ǝx) (2x + 2 = 18).

146
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PRINCÍPIO DE SUBSTITUIÇÃO DAS VARIÁVEIS APARENTES – Todas às vezes que uma
variável aparente é substituída, em todos os lugares que ocupa uma expressão, por outra
variável que não figure na mesma expressão, obtém-se uma expressão equivalente.

Ou seja, qualquer que seja a sentença aberta p(x) em um conjunto A substituem as equivalências?
(ᗄ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (ᗄ y ϵ A) (p(y))
(Ǝ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (Ǝ y ϵ A) (p(y))

Exemplos

(ᗄ Fulano) (Fulano é mortal) ⇔ (ᗄ x) (x é mortal)


(Ǝ Fulano) (Fulano foi à Lua) ⇔ (Ǝ x) (x foi à Lua)

QUANTIFICADOR DE EXISTÊNCIA E UNICIDADE

Consideremos no conjunto dos números reais (R) a sentença aberta “x2 = 16”, por ser: 42 = 16, (-4)2 =
16 e 4 ≠ -4.

Podemos concluir: (Ǝ x, y ϵ R) (x2 = 16 ^ y2 = 16 ^ x ≠ y).


Ao contrário, para a sentença aberta “x3 = 27” em R teremos as duas proposições:
1ª) (Ǝ x ϵ R) (x3 = 27)
2ª) x3 = 27 ^ y3 = 27 ⇒ x = y

A primeira proposição diz que existe pelo menos um x ϵ R tal que x3 = 27 (x = 3), é uma afirmação
de existência. Observe que não existe outra forma de obtermos o resultado, uma vez que não podemos
colocar número negativo elevado a expoente ímpar e obter resultado positivo (propriedade da potência).
A segunda proposição diz que não pode existir mais de um x ϵ R tal que x3 = 27; é uma afirmação
de unicidade.
A conjunção das duas proposições diz que existe x ϵ R e um só tal que x3 = 27. Para indicarmos este
fato, vamos escrever da seguinte forma:
(Ǝ! x ϵ R) (x3 = 27)

Onde o símbolo “Ǝ!” é chamado de Quantificador existencial de unicidade e lê se: “Existe um e um


só”.

Muitas proposições encerram afirmações de existência e unicidade. Por exemplo no universo R:


a ≠ 0 ⇒ (ᗄ b) (Ǝ! x) (ax = b)

Exemplos

(Ǝ! x ϵ N) (x2 – 9 = 0)
(Ǝ! x ϵ Z) (-1 < x < 1)
(Ǝ! x ϵ R) (|x| = 0)

Todas as proposições acima são verdadeiras.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES QUANTIFICADAS OU FUNCIONAIS

1º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∀x)(A(x)). Sua negação será dada da seguinte forma:
substitui-se o quantificador universal pelo existencial e nega-se o predicado A(x), obtendo-se
(∃x)(~A(x)).

Exemplo

(∀x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∀x) (x + 7 = 25), temos: (∃x) (x + 7 ≠ 25)

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2º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∃x)(B(x)). Sua negação será dada da seguinte forma:
substitui-se o quantificador existencial pelo universal e nega-se o predicado B(x), obtendo-se
(∀x)(~B(x)).

Exemplo

(∃x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∃x) (x + 7 = 25), temos: (∀x) (x + 7 ≠ 25).

Em resumo temos que:

Quantificador Universal passa para Existencial e vice e versa:


1º passo (∀x) ⇨ (∃x)
(∃x) ⇨ (∀x)
2º passo Conserva-se a condição de existência da variável, caso exista.
3º passo Nega-se o predicado.

RELAÇÕES ENTRE AS LINGUAGENS CATEGÓRICAS E QUANTIFICADAS

Representação de uma Representação Nomenclaturas dos


proposição categórica simbólica termos dos predicados
quantificada
ALGUM paulistano é p(x) = paulistano
(∃x) (p(x) ^ q(x))
corintiano. q(x) = corintiano
NENHUM bancário é p(x) = bancário
~(∃x) (p(x) ^ q(x))
altruísta. q(x) = altruísta
TODO professor é p(x) = professor
(∀x) (p(x) → q(x))
atencioso. q(x) = atencioso

Exemplos

1- A negação da proposição: [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] é:


(A) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y = 1];
(B) (∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(C) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(D) (∀x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(E) (∃x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1].

Resolução:
Como sabemos para negarmos temos 3 passos importantes, logo:
~ [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] ⇔ [(∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) (x.y ≠ 1)]
Resposta: C

2 - Seja p(x) uma proposição com uma variável “x” em um universo de discurso. Qual dos itens a seguir
define a negação dos quantificadores?
I. ~[(∀x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
II. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
III. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∀x) (~ p(x));
(A) apenas I;
(B) apenas I e III;
(C) apenas III;
(D) apenas II;
(E) apenas II e III.

Resolução:

Como sabemos para negarmos temos 3 passos importantes, logo:


No item I, ele trocou o quantificador pelo existencial e negou o predicado – Verdadeiro
No item II, ele NÃO trocou o quantificador, somente negando o predicado – Falso

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No item III, trocou os quantificadores e negou o predicado – Verdadeiro
Resposta: B.

Questões

01. (Petrobras – Técnico(a) de Informática Júnior – CESGRANRIO) Determinado técnico de


atletismo considera seus atletas como bons ou maus, em função de serem fumantes ou não. Analise as
proposições que se seguem no contexto da lógica dos predicados.
I - Nenhum fumante é bom atleta.
II - Todos os fumantes são maus atletas.
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.

As proposições que formam um par tal que uma é a negação da outra são:
(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV
(E) III e IV

02. (SEDUC-CE – Língua Portuguesa – SEDUC-CE) Assinale a alternativa que nega a seguinte
proposição:
Algum professor que trabalha na escola não é efetivo.

(A) Todo professor que trabalha na escola é efetivo.


(B) Nenhum professor que trabalha na escola é efetivo.
(C) Qualquer professor que trabalha na escola não é efetivo.
(D) Algum professor que não trabalha na escola não é efetivo.
(E) Todo professor que trabalha na escola não é efetivo.

03) (Prefeitura de Piraquara/PR – Agente Operacional – FAU) A negação lógica à afirmativa abaixo
encontra-se em qual opção?
“Nenhuma calça de João é azul”.
(A) João não veste azul.
(B) João veste calça azul em casa.
(C) Todas as calças de João são azuis.
(D) João tem uma calça azul.
(E) Nenhuma calça de João é verde.

04. (EMSERH – Agente de Portaria – FUNCAB) Considere que as seguintes afirmações são
verdadeiras:

“Algum maranhense é pescador.”


“Todo maranhense é trabalhador.”

Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:


(A) Algum maranhense não pescador não é trabalhador.
(B) Algum maranhense trabalhador é pescador.
(C) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
(D) Algum maranhense pescador não é trabalhador
(E) Todo maranhense trabalhador é pescador.

Respostas
01. Resposta: E.
Sabemos que a negação do quantificador "Todos" é "Pelo menos um" (vice - versa) e que ao negarmos
qualquer proposição significa trocar seu sentido, temos que:
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.
Formam um par tal que uma é a negação da outra.

149
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
02. Resposta: A.
Negação do todo, nenhum e algum...
Algum não é → Todo é.
Nenhum é → Algum é.
Todo é → Algum não é.

03. Resposta: D.
A negação de nenhum é algum, assim sendo João não precisa ter todas as calças azuis, basta ter
uma.

04. Resposta: B.
(A) ERRADA → Todo maranhense é trabalhador
(B) CORRETA.
(C) ERRADA → Todo maranhense pescador é trabalhador
(D) ERRADA → Todo Maranhense pescador é trabalhador
(E) ERRADA → Existe maranhense trabalhador que não é pescador.

13 Princípios de contagem e probabilidade.

Caro(a) Candidato(a), o assunto Princípios de Contagem já foi abordado no primeiro tópico da nossa
apostila!!

PROBABILIDADE

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos de
cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos do
conhecimento.

Definições15:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos para
estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os cálculos
probabilísticos.

Experimentos aleatórios

São fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições
sejam semelhantes.

Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas páginas.

Espaço amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado experimento aleatório.


Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S, A, Ω ... variando de acordo com a bibliografia
estudada.

Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da moeda
cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:

15
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna

150
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

Evento

É qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser caracterizado
por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:

Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto de
si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado comum ser 7.
E: Ø

Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E indicado


por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

151
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em Espaços Equiprováveis

Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de


ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
𝐧(𝐒)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance” de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3

n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

Probabilidade da União de dois Eventos

Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de


elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

152
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

Probabilidade Condicional

Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade


𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 ( ), a razão:
𝐵

𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.

Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4),
(6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois Eventos Simultâneos (ou sucessivos)

A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em


relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos

153
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:

𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
no dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade

Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅ ) = 1 – p, probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

154
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,
precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n –
k) elementos, em outras palavras isso significa:
𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = 𝑘.(𝑛−𝑘)! = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
dada:
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌

A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2

Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:


1 3 1 1
(2) . (1 − 2) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:

1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto (2) . (1 − 2) ,
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4

Questões

01. (BANESTES – Técnico em Segurança do Trabalho – FGV/2018) Dados os conjuntos A = {1, 2,


3} e B = {4, 5, 6, 7}, João escolhe ao acaso um elemento de cada um deles. A probabilidade de que o
produto dos dois elementos escolhidos seja um número par é:

(A) 1/4;
(B) 1/3;
(C) 1/2;
(D) 2/3;
(E) 3/4.

155
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
02. (ENEM – CESGRANRIO) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês
é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, em
uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um, o entrevistador
entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por qualquer um dos
alunos.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

03. (ENEM – CESGRANRIO) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

04. (Pref. Niterói – Agente Fazendário – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades
dos funcionários de certa repartição pública:

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

05. (UFES – Economista – UFES/2018) Um casal pretende ter 3 filhos. A probabilidade de nascerem
2 meninos e 1 menina, desse casal, é
(A) 45,5%
(B) 37,5%
(C) 33,3%
(D) 30%
(E) 26,5%

06. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV) Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32
quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.


A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;

156
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. (Pref. Jucás/CE – Professor de Matemática – INSTITUTO NEO EXITUS) Fernanda organizou
um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em pedaços de papel o nome de
cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam desse sorteio e colocou dentro
de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um nome de dentro do saco. A
probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.
(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

08. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST) Uma loja de
eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o conserto
em um serviço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas nos
seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

09. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST) Em uma caixa estão
acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão impróprios para o
consumo.
Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade de ambos estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3
Comentários

01. Resposta: D
Vamos fazer o total de possíveis resultados entre os conjuntos A e B.
Como em A temos 3 elementos e em B temos 4 elementos, teremos um total de 12 possibilidades de
fazer A vezes B,
Vamos ver quais serão pares agora:
A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6, 7},
A.B
1.4=4
1.6=6
2.4=8
2 . 5 = 10
2 . 6 = 12
2 . 7 = 14
3 . 4 = 12
3 . 6 = 18
Assim, teremos 8 possibilidades de um total de 12, logo a probabilidade desse número ser par será de
8/12 = 2/3 (simplificando a fração)

02. Resposta: D
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

157
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03. Resposta: C
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: B
1 1
Como terá três filhos a probabilidade de sair menino será 2
e de sair menina será 2, assim como terá
1 1 1 1
três filhos será: 2 𝑥 2 𝑥 2 = 8, mas atente-se pelo fato que ele não pediu em determinada ordem, ou seja,
podemos ter:
Menino/Menino/Menina
Menino/Menina/Menino
Menina/Menino/Menino
1 3
Três ordens, logo a resposta será: 8 𝑥3 = 8 = 0,375 = 37,5%

06. Resposta: E
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 64 quadradinhos no total, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸) = =
64 32

07. Resposta: C
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 =
10

08. Resposta: B
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃 = 100 . 100 = 10000 = 81%

09. Resposta: C
3 2 6 1
𝑃 = 18 . 17 = 306 = 51
(: 6 / 6)

14 Operações com conjuntos.

CONJUNTOS

Conjunto16 é uma reunião ou agrupamento, que poderá ser de pessoas, seres, objetos, classes…,
dos quais possuem a mesma característica e nos dá ideia de coleção.

Noções Primitivas
Na teoria dos conjuntos, três noções são aceitas sem definições:
- Conjunto;
- Elemento;
- E a pertinência entre um elemento e um conjunto.

16
GONÇALVES, Antônio R. - Matemática para Cursos de Graduação – Contexto e Aplicações
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

158
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de
conjuntos pois possuem elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou um
livro.
Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
A relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A.


Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x  A.


Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como Representar um Conjunto


1) Pela designação de seus elementos
Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.

Exemplos:
{a, e, i, o, u} indica o conjunto formado pelas vogais
{1, 2, 5,10} indica o conjunto formado pelos divisores naturais de 10.

2) Pela sua característica


Escrevemos o conjunto enunciando uma propriedade ou característica comum de seus elementos.
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, | (tal que) x tem a propriedade P}.

Exemplos:
- {x| x é vogal} é o mesmo que {a, e, i, o, u}.
- {x | x são os divisores naturais de 10} é o mesmo que {1, 2, 5,10}.

3) Pelo diagrama de Venn-Euler


Os elementos do conjunto são colocados dentro de uma figura em forma de elipse, chamada diagrama
de Venn.

Exemplos:
- Conjunto das vogais

- Conjunto dos divisores naturais de 10

159
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos A e B são ditos iguais (ou idênticos) se todos os seus elementos são iguais, e
escrevemos A = B. Caso haja algum que não o seja, dizemos que estes conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.

Exemplos:
a) A = {3, 5, 7} e B = {x| x é primo e 3 ≤ x ≤ 7}, então A = B.

b) B = {6, 9,10} e C = {10, 6, 9}, então B = C, note que a ordem dos elementos não altera a igualdade
dos conjuntos.

Tipos de Conjuntos
- Conjunto Universo
Reunião de todos os conjuntos que estamos trabalhando.

Exemplo:
Quando falamos de números naturais, temos como Conjunto Universo os números inteiros positivos.

- Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se por 0 ou, simplesmente { }.

Exemplo:
A = {x| x é natural e menor que 0}.

- Conjunto Unitário
Conjunto caracterizado por possuir apenas um único elemento.

Exemplos:
- Conjunto dos números naturais compreendidos entre 2 e 4. A = {3}.
- Conjunto dos números inteiros negativos compreendidos entre -5 e -7. B = {- 6}.

- Conjuntos Finitos e Infinitos


Finito: quando podemos enumerar todos os seus elementos.
Exemplo: Conjuntos dos Estados da Região Sudeste, S= {Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo,
Minas Gerais}.
Infinito: contrário do finito.
Exemplo: Conjunto dos números inteiros, Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}. A reticências representa o
infinito.

Relação de Pertinência
A pertinência é representada pelo símbolo ∈ (pertence) ou 
com conjunto.

Exemplo:
Seja o conjunto B = {1, 3, 5, 7}
1∈ B, 3 ∈ B, 5 ∈ B
2 B,9B
Subconjuntos
Quando todos os elementos de um conjunto A são também elementos de um outro conjunto B, dizemos
que A é subconjunto de B.
Podemos dizer ainda que subconjunto é quando formamos vários conjuntos menores com as mesmas
caraterísticas de um conjunto maior.

Exemplos:
- B = {2, 4} ⊂ A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 2 ∈ {2, 3, 4, 5, 6} e 4 ∈ {2, 3, 4, 5 ,6}

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1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
- C = {2, 7, 4}  A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 7  {2, 3, 4, 5, 6}
- D = {2, 3} ⊂ E = {2, 3}, pois 2 ∈ {2, 3} e 3 ∈ {2, 3}

DICAS:
1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio;
2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto;
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.

Exemplo: Pegando o conjunto B acima, temos as partes de B:


B= {{ },{2},{4},B}
Podemos concluir com essa propriedade que: Se B tem n elementos, então B possui 2n
subconjuntos e, portanto, P(B) possui 2n elementos.
Se quiséssemos saber quantos subconjuntos tem o conjunto A = {2, 3, 4, 5, 6}, basta calcularmos
aplicando o fórmula:
Números de elementos(n)= 5 → 2n = 25 = 32 subconjuntos, incluindo o vazio e ele próprio.

Relação de Inclusão
Deve ser usada para estabelecer a relação entre conjuntos com conjuntos, verificando se um conjunto
é subconjunto ou não de outro conjunto.
Representamos as relações de inclusão pelos seguintes símbolos:

⊂→Está contido ⊃→Contém


⊄→Não está contido ⊅→Não contém

Exemplo:
Seja A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {0, 2, 4}
Dizemos que B ⊂ A ou que A ⊃ B

Operações com Conjuntos


- União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem
a A ou a B. Representa-se por A U B.
Simbolicamente: A U B = {x | x∈A ou x∈B}

Exemplos:
- {2, 3} U {4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4} U {3, 4, 5} = {2, 3, 4, 5}
- {2, 3} U {1, 2, 3, 4} = {1, 2, 3, 4}

161
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
- {a, b} U  = {a, b}

- Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem,
simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B. Simbolicamente: A∩B = {x | x ∈ A e x ∈ B}

Exemplos:
- {2, 3, 4} ∩ {3, 5} = {3}
- {1, 2, 3} ∩{2, 3, 4} = {2, 3}
- {2, 3} ∩{1, 2, 3, 5} = {2, 3}
- {2, 4} ∩{3, 5, 7} = 

Observação: Se A∩B =  , dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

- Propriedades dos conjuntos disjuntos


1) A U (A ∩ B) = A
2) A ∩ (A U B) = A
3) Distributiva da reunião em relação à intersecção: A U (B U C) = (A U B) ∩ (A U C)
4) Distributiva da intersecção em relação à união: A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C)

- Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre
os respectivos números de elementos.

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)

Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados duas
vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim
a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma
eficiência.

Observe o diagrama e comprove:

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) + 𝑛(𝐶) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶) − 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) + 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)

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1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
- Propriedades da União e Intersecção de Conjuntos
Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) Idempotente: A U A = A e A ∩ A= A
2) Elemento Neutro: A U Ø = A e A ∩ U = A
3) Comutativa: A U B = B U A e A ∩ B = B ∩ A
4) Associativa: A U (B U C) = (A U B) U C e A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C

- Diferença
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para determinar a diferença entre conjuntos, basta
observamos o que o conjunto A tem de diferente de B.
Simbolicamente: A – B = {x | x ∈ A e x  B}

Exemplos:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}  A – B = {1, 3} e B – A = 
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}  A – B = {1} e B – A = {4}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}  A – B = {0, 2, 4} e B – A = {1, 3, 5}

Note que A – B ≠ B - A

- Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que B ⊂ A (B é subconjunto de A), chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.

Dizemos complementar de B em relação a A.

Exemplos:
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4}  A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 }  B = {0, 1, 2}
c) C =   C = S

Resolução de Problemas Utilizando Conjuntos


Muitos dos problemas constituem- se de perguntas, tarefas a serem executadas. Nos utilizaremos
dessas informações e dos conhecimentos aprendidos em relação as operações de conjuntos para
resolvê-los.

Exemplos:
1) Numa pesquisa sobre a preferência por dois partidos políticos, A e B, obteve-se os seguintes
resultados. Noventa e duas disseram que gostam do partido A, oitenta pessoas disseram que gostam do
partido B e trinta e cinco pessoas disseram que gostam dos dois partidos. Quantas pessoas responderam
à pesquisa?
Resolução pela Fórmula
» n(A U B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
» n(A U B) = 92 + 80 – 35
» n(A U B) = 137

163
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Resolução pelo Diagrama:
- Se 92 pessoas responderam gostar do partido A e 35 delas responderam que gostam de ambos,
então o número de pessoas que gostam somente do partido A é: 92 – 35 = 57.
- Se 80 pessoas responderam gostar do partido B e 35 delas responderam gostar dos dois partidos,
então o número de operários que gostam somente do partido B é: 80 – 35 = 45.
- Se 57 gostam somente do partido A, 45 responderam que gostam somente do partido B e 35
responderam que gostam dos dois partidos políticos, então o número de pessoas que responderam à
pesquisa foi: 57 + 35 + 45 = 137.

2) Num grupo de motoristas, há 28 que dirigem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que dirigem
automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no grupo?
(A) 16 motoristas
(B) 32 motoristas
(C) 48 motoristas
(D) 36 motoristas
Resolução:

Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8


Os que dirigem apenas automóvel: 28 – 8 = 20
Os que dirigem apenas motocicleta: 12 – 8 = 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20 + 8 + 4 = 32 motoristas.
Resposta: B

3) Em uma cidade existem duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente 70% dos
estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da
cidade é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles que utilizam as duas empresas?
(A) 20%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 33%
(E) 35%
Resolução:

70 – 50 = 20.
20% utilizam as duas empresas.
Resposta: A.
Questões

01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Dos 43 vereadores de uma cidade,
13 dele não se inscreveram nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos
vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se inscreveram apenas nas
comissões de Educação e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comissões. O número
de vereadores inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a

164
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
(A) 15.
(B) 21.
(C) 18.
(D) 27.
(E) 16.

02. (UFS/SE - Tecnólogo em Radiologia - AOCP) Em uma pequena cidade, circulam apenas dois
jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma pesquisa realizada com os moradores dessa cidade
mostrou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B. Sendo assim, quantos por
centos não leem nenhum dos dois jornais?
(A) 15%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 29%
(E) 35%

03. (TRT 19ª – Técnico Judiciário – FCC) Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos
15 deles também estão aptos para classificar processos e os demais estão aptos para atender ao público.
Há outros 11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não são capazes de arquivar
documentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de classificar
processos. Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que
todos os técnicos que executam essas três tarefas foram citados anteriormente, eles somam um total de
(A) 58.
(B) 65.
(C) 76.
(D) 53.
(E) 95.

04. (Metrô/SP – Oficial Logística – FCC) O diagrama indica a distribuição de atletas da delegação de
um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquistou medalhas
apenas em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo
com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma
medalha de ouro.

A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas


conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.

05. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância em Saúde NM – AOCP) Qual é o número de elementos
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3, menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13

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1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
06. (Pref. de Camaçari/BA – Téc. Vigilância Em Saúde NM – AOCP) Considere dois conjuntos A e
B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa que apresenta o
conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}

07. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa biblioteca são lidos
apenas dois livros, K e Z. 80% dos seus frequentadores leem o livro K e 60% o livro Z. Sabendo-se que
todo frequentador é leitor de pelo menos um dos livros, a opção que corresponde ao percentual de
frequentadores que leem ambos, é representado:
(A) 26%
(B) 40%
(C) 34%
(D) 78%
(E) 38%

08. (Metrô/SP – Engenheiro Segurança do Trabalho – FCC) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92
pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C. Utilizam as
linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e C um total
de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente
que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.

09. (Pref. de Inês – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa recepção, foram
servidos os salgados pastel e casulo. Nessa, estavam presentes 10 pessoas, das quais 5 comeram pastel,
7 comeram casulo e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhum dos dois salgados?
(A) 0
(B) 5
(C) 1
(D) 3
(E) 2

10. (Corpo de Bombeiros/MT – Oficial de Bombeiro Militar – UNEMAT) Em uma pesquisa realizada
com alunos de uma universidade pública sobre a utilização de operadoras de celular, constatou-se que
300 alunos utilizam a operadora A, 270 utilizam a operadora B, 150 utilizam as duas operadoras (A e B)
e 80 utilizam outras operadoras distintas de A e B.
Quantas pessoas foram consultadas?
(A) 420
(B) 650
(C) 500
(D) 720
(E) 800

Comentários

01. Resposta: C
De acordo com os dados temos:
7 vereadores se inscreveram nas 3.
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer
nos conjuntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.

166
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18

02. Resposta: D

26 + 7 + 38 + x = 100
x = 100 - 71
x = 29%

03. Resposta: B
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46 – 15 = 31
Classificam e atendem: 4
Classificam: 15 + 4 = 19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes de classificar processos, logo apenas 11 -
4 = 7 técnicos são aptos a atender ao público.
Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos: 31 + 15 + 7 + 4 + 8 = 65 técnicos.

04. Resposta: D
O diagrama mostra o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três
medalhas multiplica-se por 3.
Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2
4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2 + 5 + 8 + 12 + 2 + 8 + 9 = 46

167
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
05. Resposta: B
Se nos basearmos na tabuada do 3, teremos o seguinte conjunto
A = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
10 elementos.

06. Resposta: E
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
A – B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A  B, tiramos que B = {0; 3; 5}.

07. Resposta: B

80 – x + x + 60 – x = 100
- x = 100 - 140
x = 40%

08. Resposta: E

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92 - [80 - x] + 94 - [98 - x] + 110 - [102 - x] + 38 + 42 – x + 60 – x + 26 = 200
92 – 80 +x + 94 – 98 +x + 110 – 102 + x + 166 -2x = 200
x + 462 – 280 = 200  x + 182 = 200  x = 200-182  x = 18

09. Resposta: C

2 + 3 + 4 + x = 10
x = 10 - 9
x=1

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10. Resposta: C

300 – 150 = 150


270 – 150 = 120
Assim: 150 + 120 + 150 + 80 = 500(total).

15 Raciocínio logico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e


matriciais.

RACIOCÍNIO ARITMÉTICO

Caro aluno, Raciocínio Lógico Aritmético, é um conceito amplo abordado, assim sendo, nosso
conteúdo abordará tudo o que você irá precisar, estude:
- Lógica Sequencial;
- Sequências; (Já foi abordado nos tópicos acima)
- Múltiplos e Divisores.
MÚLTIPLOS E DIVISORES

Múltiplos de um número natural


Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
Podemos dizer então que:

“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal
que c . b = a.
Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que:
30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30.

Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela
sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números
da sucessão dos naturais:

O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7,
14, 21, 28,...}.

169
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Observações:
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
- Todo número natural é múltiplo de 1.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k
(k  N). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k
N).
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.

Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem
efetuarmos a divisão.

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando


ele é par.

Exemplos
a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par.
b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par.

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos é divisível por 3.

Exemplos
a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3.
b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos são 00 ou
formam um número divisível por 4.
Exemplos
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4.
c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4.

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.

Exemplos
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4.

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado
por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será
repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Exemplo
41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 =
413 → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou
formarem um número divisível por 8.

170
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Exemplos
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000.
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por
8.
c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é
divisível por 8.

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus
algarismos formam um número divisível por 9.

Exemplos
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9.
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em
zero.

Exemplos
a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero.

Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos
de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou
quando essas somas forem iguais.

Exemplos
- 43813:
a) 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 =
15.)
4 3 8 1 3
2º 4º  Algarismos de posição par. (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4)

15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11.

-83415721:
b) 1º 3º 5º 7º  (Soma dos algarismos de posição ímpar:8 + 4 + 5 + 2 = 19)
8 3 4 1 5 7 2 1
2º 4º 6º 8º  (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 + 7 + 1 = 12)

19 – 12 = 7  diferença que não é divisível por 11. Logo 83415721 não é divisível por 11.

Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 (7 + 8 + 3 + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 652011 não é divisível por 12, pois não é divisível por 4 (termina em 11).
c) 863104 não é divisível por 12, pois não é divisível por 3 (8 + 6 + 3 +1 + 0 + 4 = 22).

Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Exemplos
a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 (6 + 5 + 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 723042 não é divisível por 15, pois não é divisível por 5 (termina em 2).
c) 673225 não é divisível por 15, pois não é divisível por 3 (6 + 7 + 3 + 2 + 2 + 5 = 25).

171
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FATORAÇÃO

Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores primos. Para decompormos um número


natural em fatores primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo, depois repetimos a operação
com o seu quociente ou seja, dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos
o quociente 1. O produto de todos os fatores primos representa o número fatorado.

Exemplo

Divisores de um número natural


Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma fatorada:
12 = 22 . 31
O número de divisores naturais é igual ao produto dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:
⏟2 . ⏟
2 31 → (2 + 1) . (1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
(2+1) (1+1)

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu
respectivo expoente natural que varia de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na
decomposição do número natural.
Exemplo:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Observação
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois
divisores, um negativo e o outro positivo).
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros.

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:

MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B

Questões

01. (Fuvest/SP) O número de divisores positivos do número 40 é:


(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 20

02. (Pref. Itaboraí – Professor) O máximo divisor comum entre dois números naturais é 4 e o produto
dos mesmos 96. O número de divisores positivos do mínimo múltiplo comum desses números é:
(A) 2

172
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(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. (DEPEN – Pedagogia) Considere um número divisível por 6, composto por 3 algarismos distintos
e pertencentes ao conjunto A={3,4,5,6,7}. A quantidade de números que podem ser formados sob tais
condições é:
(A) 6
(B) 7
(C) 9
(D) 8
(E) 10

04. (Pref.de Niterói) No número a=3x4, x representa um algarismo de a. Sabendo-se que a é divisível
por 6, a soma dos valores possíveis para o algarismo x vale:
(A) 2
(B) 5
(C) 8
(D) 12
(E) 15

05. (Banco Do Brasil – Escriturário – CESGRANRIO) Em uma caixa há cartões. Em cada um dos
cartões está escrito um múltiplo de 4 compreendido entre 22 e 82. Não há dois cartões com o mesmo
número escrito, e a quantidade de cartões é a maior possível. Se forem retirados dessa caixa todos os
cartões nos quais está escrito um múltiplo de 6 menor que 60, quantos cartões restarão na caixa?
(A)12
(B)11
(C)3
(D)5
(E) 10

06. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria – ZAMBINI) Na sequência matemática a seguir, os dois


próximos números são
65 536 ; 16 384 ; 4 096 ; 1 024 ; _________ ; ________
(A) 256 e 64
(B) 256 e 128
(C) 128 e 64
(D) 64 e 32

07. (BRDE/RS) Considere os números abaixo, sendo n um número natural positivo.


I) 10n + 2
II) 2 . 10n + 1
III) 10n+3 – 10n

Quais são divisíveis por 6?


(A) apenas II
(B) apenas III
(C) apenas I e III
(D) apenas II e III
(E) I, II e III

Comentários

01. Resposta: A
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51; pela regra temos que devemos adicionar 1 a cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2; então pegamos os resultados e multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de
40.

173
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02. Resposta: D
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) = 24, fatorando o número 24 temos:
24 = 23 .3, para determinarmos o número de divisores, pela regra, somamos 1 a cada expoente e
multiplicamos o resultado:
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

03. Resposta: D
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo, e por isso deverá ser par
também, e a soma dos seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 números.

04. Resposta: E
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo. Um número é divisível por 3
quando a sua soma for múltiplo de 3.
3 + x + 4 = .... Os valores possíveis de x são 2, 5 e 8, logo 2 + 5 + 8 = 15

05. Resposta: A
Um número é divisível por 4 quando seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível por
4.
Vamos enumerar todos os múltiplos de 4: 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, 52, 56, 60, 64, 68, 72, 76, 80 (15
ao todo).
Retirando os múltiplos de 6 menores que 60 temos: 24, 36 e 48 (3 ao todo)
Logo: 15 – 3 = 12

06. Resposta: A
Se dividimos 4096 por 1024, obtemos como resultado 4. Com isso percebemos que 4096 é o produto
de 1024 x 4, e 4096 x 4 = 16384. Então fica evidente que todos os números são múltiplos de 4. Logo para
sabermos a sequência basta dividirmos 1024/4 = 256 e 256/4 = 64.
Com isso completamos a sequência: 256; 64.

07. Resposta: C
n ∈ N divisíveis por 6:

I) É divisível por 2 e por 3, logo é por 6. (Verdadeira)


II) Os resultados são ímpares, logo não são por 2. (Falsa)
III) É Verdadeira, pela mesma razão que a I.

LÓGICA SEQUENCIAL OU SEQUÊNCIAS LÓGICAS

Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o desenvolvimento do método matemático, este
considerado instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos. Logo,
resumidamente o raciocínio pode ser considerado também um dos integrantes dos mecanismos dos
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e da solução de problemas.

Sequências Lógicas
As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas
de se estabelecer uma sequência, o importante é que existem pelo menos três elementos que caracterize
a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam de mais elementos para definir sua
lógica.

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Sequência de Números

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um mesmo número.

Incremento em Progressão: O valor somado é que está em progressão.

Série de Fibonacci: Cada termo é igual à soma dos dois anteriores.

1 1 2 3 5 8 13
Números Primos: Naturais que possuem apenas dois divisores naturais.

2 3 5 7 11 13 17

Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são naturais.

1 4 9 16 25 36 49

Sequência de Letras
As sequências de letras podem estar associadas a uma série de números ou não. Em geral, devemos
escrever todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e circular as letras dadas para
entender a lógica proposta.

ACFJOU

Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses números estão em progressão.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU

B1 2F H4 8L N16 32R T64

Nesse caso, associou-se letras e números (potências de 2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3,
1, 3, 1, 3 e 1 posições.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRST

Sequência de Pessoas
Na série a seguir, temos sempre um homem seguido de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão
em uma posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º, ...) serão mulheres e a posição dos braços sempre alterna,
ficando para cima em uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º, ...). Sendo assim, a sequência se repete
a cada seis termos, tornando possível determinar quem estará em qualquer posição.

Sequência de Figuras

175
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Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente
sofrer rotações, como nos exemplos a seguir.

Sequência de Fibonacci
O matemático Leonardo Pisa, conhecido como Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem uma lei de formação simples: cada elemento,
a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1 + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim
por diante. Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo
da sequência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento
de modelos explicativos de fenômenos naturais.
Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de Fibonacci e entenda porque ela é conhecida
como uma das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados de lado 1, podemos obter um
retângulo de lados 2 e 1. Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 2, obtemos um novo
retângulo 3 x 2. Se adicionarmos agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo 5 x 3. Observe a
figura a seguir e veja que os lados dos quadrados que adicionamos para determinar os retângulos formam
a sequência de Fibonacci.

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de circunferência inscrito em cada quadrado,


encontraremos uma espiral formada pela concordância de arcos cujos raios são os elementos da
sequência de Fibonacci.

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre arquiteto grego Fidias. A fachada principal do
edifício, hoje em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado de lado igual à altura. Essa forma
sempre foi considerada satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções sendo chamada
retângulo áureo ou retângulo de ouro.

176
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𝑦 𝑎
Como os dois retângulos indicados na figura são semelhantes temos: 𝑎 = 𝑏 (1).

Como: b = y – a (2).
Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.
Resolvendo a equação:

𝑎(1±√5 1−√5
𝑦= 2
em que ( 2
< 0) não convém.

𝑦 (1+√5
Logo: = = 1,61803398875
𝑎 2

Esse número é conhecido como número de ouro e pode ser representado por:

1 + √5
𝜃=
2

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor lado for igual a 𝜃 é chamado retângulo áureo
como o caso da fachada do Partenon.
As figuras a seguir possuem números que representam uma sequência lógica. Veja os exemplos:

Exemplo 1

A sequência numérica proposta envolve multiplicações por 4.


6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4
22 – 17 = 5
28 – 22 = 6
35 – 28 = 7

177
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Exemplo 3

Multiplicar os números sempre por 3.


1x3=3
3x3=9
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
729 x 3 = 2187

Exemplo 4

A diferença entre os números vai aumentando 2 unidades.


24 – 22 = 2
28 – 24 = 4
34 – 28 = 6
42 – 34 = 8
52 – 42 = 10
64 – 52 = 12
78 – 64 = 14

Questões

01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada linha do esquema seguinte:

178
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A carta que está oculta é:

02. Considere que a sequência de figuras foi construída segundo um certo critério.

Se tal critério for mantido, para obter as figuras subsequentes, o total de pontos da figura de número
15 deverá ser:
(A) 69
(B) 67
(C) 65
(D) 63
(E) 61

03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990, 970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um
deles que pode ser:

(A) 76
(B) 10
(C) 20
(D) 78

05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos
(C) 28 palitos
(D) 22 palitos

179
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06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu em cada um, números de 1 a 6. Ao montar
o cubo, ela deseja que a soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A única alternativa cuja
figura representa a planificação desse cubo tal como deseja Ana é:

07. As figuras da sequência dada são formadas por partes iguais de um círculo.

Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16 círculos completos na:


(A) 36ª figura
(B) 48ª figura
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

08. Analise a sequência a seguir:

Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar
que a figura que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:

09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o próximo número?
(A) 20
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo número?


(A) 4
(B) 20
(C) 31
(D) 21

11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados segundo determinado critério.
LACRAÇÃO  cal
AMOSTRA  soma
LAVRAR  ?

Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o lugar do ponto de interrogação é:
(A) alar
(B) rala
(C) ralar
(D) larva
(E) arval

180
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12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a linha, segundo determinado padrão.

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui corretamente o ponto de interrogação é:

13. Observe que na sucessão seguinte os números foram colocados obedecendo a uma lei de
formação.

Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X + Y é igual a:


(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(E) 48

14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em forma de triângulo, segundo determinado
critério.

Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:
(A) P
(B) O
(C) N
(D) M
(E) L

15. Considere que a sequência seguinte é formada pela sucessão natural dos números inteiros e
positivos, sem que os algarismos sejam separados.

1234567891011121314151617181920...

O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa sequência é:


(A) 9
(B) 8
(C) 6
(D) 3
(E) 1

181
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16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram desenhadas de acordo com determinado padrão.

Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve substituir o ponto de interrogação é:

17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os números que foram colocados nos dois primeiros
triângulos obedecem a um mesmo critério.

Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo da direita, o número que deverá substituir o ponto
de interrogação é:
(A) 32
(B) 36
(C) 38
(D) 42
(E) 46

18. Considere a seguinte sequência infinita de números: 3, 12, 27, __, 75, 108, ... O número que
preenche adequadamente a quarta posição dessa sequência é:
(A) 36,
(B) 40,
(C) 42,
(D) 44,
(E) 48
1 1 1 1
19. Observando a sequência (1, 2 , 6 , 12 , 20 , ...) o próximo número será:
1
(A) 24

1
(B) 30

1
(C) 36

1
(D) 40

20. Considere a sequência abaixo:

BBB BXB XXB


XBX XBX XBX
BBB BXB BXX

O padrão que completa a sequência é:

182
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(A) (B) (C)
XXX XXB XXX
XXX XBX XXX
XXX BXX XXB

(D) (E)
XXX XXX
XBX XBX
XXX BXX

21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do terceiro é igual à soma de seus dois termos
precedentes. Sabendo-se que os dois primeiros termos, por definição, são 0 e 1, o sexto termo da série
é:
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte


modo: cada letra é substituída pela letra que ocupa a quarta posição depois dela. Então, o “A” vira “E”, o
“B” vira “F”, o “C” vira “G” e assim por diante. O código é “circular”, de modo que o “U” vira “A” e assim
por diante. Recebi uma mensagem em código que dizia: BSA HI EDAP. Decifrei o código e li:
(A) FAZ AS DUAS;
(B) DIA DO LOBO;
(C) RIO ME QUER;
(D) VIM DA LOJA;
(E) VOU DE AZUL.

23. A sentença “Social está para laicos assim como 231678 está para...” é melhor completada por:
(A) 326187;
(B) 876132;
(C) 286731;
(D) 827361;
(E) 218763.

24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435 está para...” é melhor completada pelo
seguinte número:
(A) 53452;
(B) 23455;
(C) 34552;
(D) 43525;
(E) 53542.

25. Repare que com um número de 5 algarismos, respeitada a ordem dada, podem-se criar 4 números
de dois algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o 34, o 47, o 71 e o 12. Procura-se um
número de 5 algarismos formado pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja abaixo alguns
números desse tipo e, ao lado de cada um deles, a quantidade de números de dois algarismos que esse
número tem em comum com o número procurado.

Número Quantidade de
dado números de 2
algarismos em comum
48.765 1
86.547 0
87.465 2
48.675 1

183
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O número procurado é:
(A) 87456
(B) 68745
(C) 56874
(D) 58746
(E) 46875

26. Considere que os símbolos  e  que aparecem no quadro seguinte, substituem as operações
que devem ser efetuadas em cada linha, a fim de se obter o resultado correspondente, que se encontra
na coluna da extrema direita.
36  4  5 = 14
48  6  9 = 17
54  9  7 = ?

Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o ponto de interrogação deverá ser substituído
pelo número:
(A) 16
(B) 15
(C) 14
(D) 13
(E) 12

27. Segundo determinado critério, foi construída a sucessão seguinte, em que cada termo é composto
de um número seguido de uma letra: A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6 – .... Considerando que no alfabeto
usado são excluídas as letras K, Y e W, então, de acordo com o critério estabelecido, a letra que deverá
anteceder o número 12 é:
(A) J
(B) L
(C) M
(D) N
(E) O

28. Os nomes de quatro animais – MARÁ, PERU, TATU e URSO – devem ser escritos nas linhas da
tabela abaixo, de modo que cada uma das suas respectivas letras ocupe um quadrinho e, na diagonal
sombreada, possa ser lido o nome de um novo animal.

Excluídas do alfabeto as letras K, W e Y e fazendo cada letra restante corresponder ordenadamente


aos números inteiros de 1 a 23 (ou seja, A = 1, B = 2, C = 3,..., Z = 23), a soma dos números que
correspondem às letras que compõem o nome do animal é:
(A) 37
(B) 39
(C) 45
(D) 49
(E) 51

Nas questões 29 e 30, observe que há uma relação entre o primeiro e o segundo grupos de letras. A
mesma relação deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco grupos que aparecem nas alternativas,
ou seja, aquele que substitui corretamente o ponto de interrogação. Considere que a ordem alfabética
adotada é a oficial e exclui as letras K, W e Y.

29. CASA: LATA: LOBO:?


(A) SOCO
(B) TOCO

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(C) TOMO
(D) VOLO
(E) VOTO

30. ABCA: DEFD: HIJH:?


(A) IJLI
(B) JLMJ
(C) LMNL
(D) FGHF
(E) EFGE

31. Os termos da sucessão seguinte foram obtidos considerando uma lei de formação (0, 1, 3, 4, 12,
13, ...). Segundo essa lei, o décimo terceiro termo dessa sequência é um número:
(A) Menor que 200.
(B) Compreendido entre 200 e 400.
(C) Compreendido entre 500 e 700.
(D) Compreendido entre 700 e 1.000.
(E) Maior que 1.000.

Para responder às questões de números 32 e 33, você deve observar que, em cada um dos dois
primeiros pares de palavras dadas, a palavra da direita foi obtida da palavra da esquerda segundo
determinado critério. Você deve descobrir esse critério e usá-lo para encontrar a palavra que deve ser
colocada no lugar do ponto de interrogação.
32. Ardoroso  rodo
Dinamizar  mina
Maratona  ?
(A) mana
(B) toma
(C) tona
(D) tora
(E) rato

33. Arborizado  azar


Asteroide  dias
Articular  ?
(A) luar
(B) arar
(C) lira
(D) luta
(E) rara

34. Preste atenção nesta sequência lógica e identifique quais os números que estão faltando: 1, 1, 2,
__, 5, 8, __,21, 34, 55, __, 144, __...

35. Uma lesma encontra-se no fundo de um poço seco de 10 metros de profundidade e quer sair de
lá. Durante o dia, ela consegue subir 2 metros pela parede; mas à noite, enquanto dorme, escorrega 1
metro. Depois de quantos dias ela consegue chegar à saída do poço?

36. Quantas vezes você usa o algarismo 9 para numerar as páginas de um livro de 100 páginas?

37. Quantos quadrados existem na figura abaixo?

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38. Retire três palitos e obtenha apenas três quadrados.

39. Qual será o próximo símbolo da sequência abaixo?

40. Reposicione dois palitos e obtenha uma figura com cinco quadrados iguais.

41. Observe as multiplicações a seguir:


12.345.679 × 18 = 222.222.222
12.345.679 × 27 = 333.333.333
... ...
12.345.679 × 54 = 666.666.666

Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679 por quanto?

42. Esta casinha está de frente para a estrada de terra. Mova dois palitos e faça com que fique de
frente para a estrada asfaltada.

43. Remova dois palitos e deixe a figura com dois quadrados.

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44. As cartas de um baralho foram agrupadas em pares, segundo uma relação lógica. Qual é a carta
que está faltando, sabendo que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A vale 1?

45. Mova um palito e obtenha um quadrado perfeito.

46. Qual o valor da pedra que deve ser colocada em cima de todas estas para completar a sequência
abaixo?

47. Mova três palitos nesta figura para obter cinco triângulos.

48. Tente dispor 6 moedas em 3 fileiras de modo que em cada fileira fiquem apenas 3 moedas.

49. Reposicione três palitos e obtenha cinco quadrados.

50. Mude a posição de quatro palitos e obtenha cinco triângulos.

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Respostas

01. Resposta: A.
A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2, em cada linha, tem como resultado o valor
da 3ª carta e, além disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das opções dadas só pode ser
a da opção (A).

02. Resposta: D.
Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de simetria, tem-se:
Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no total.
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no total.
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no total.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado  08 pontos no total.
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no total.
Em particular:
Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no total.

Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria, tem-se:


Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no total.
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no total.
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no total.
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no total.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1) pontos no total.

Em particular:
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos no total. Incluindo o ponto central, que ainda não
foi considerado, temos para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30 + 32 + 1 = 63 pontos.

03. Resposta: B.
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o
970 e 940 é 30, entre 940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o próximo número é 60,
dessa forma concluímos que o próximo número é 790, pois: 850 – 790 = 60.

04. Resposta: D.
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre 24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e
28 é 6, entre 42 e 34 é 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o próximo número e 64 é
14, dessa forma concluímos que o próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.

05. Resposta: D.
Observe a tabela:
Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
N° de 4 7 10 13 16 19 22
Palitos

Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de palitos das três primeiras figuras. Feito isto,
basta perceber que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de palitos da figura anterior
acrescida de 3 palitos. Desta forma, fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a quantidade
de palitos da 7ª figura.

06. Resposta: A.
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a planificação de um lado, pois o 4 estaria do
lado oposto ao 6, somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da mesma forma, o 5 estaria
em face oposta ao 3, somando 8, não formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria em face oposta
ao 4, não determinando um lado. Já na figura apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta
ao número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado. Logo, podemos concluir que a
planificação apresentada na letra “A” é a única para representar um lado.

07. Resposta: B.

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1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Como na 3ª figura completou-se um círculo, para completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por
16: 3. 16 = 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos.

08. Resposta: B.
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5
elementos. A figura de número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que representam número
5n + 2, com n ∈ N. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”.
09. Resposta: D.
A regularidade que obedece a sequência acima não se dá por padrões numéricos e sim pela letra que
inicia cada número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, Dezenove, ... Enfim, o próximo só
pode iniciar também com “D”: Duzentos.

10. Resposta: C.
Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três, Treze, Trinta, ... O próximo só pode ser o
número Trinta e um, pois ele inicia com a letra “T”.
11. Resposta: E.
Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem
invertida. Da mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da palavra AMOSTRA, pelas 4
primeiras letras invertidas. Com isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras letras, na ordem
invertida, obtém-se ARVAL.

12. Resposta: C.
Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já
há cabeças com círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está faltando é um quadrado.
As mãos das figuras estão levantadas, em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter as
mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas). As figuras apresentam as 2 pernas ou
abaixadas, ou 1 perna levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse caso, a figura que
está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça
quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a esquerda.

13. Resposta: A.
Existem duas leis distintas para a formação: uma para a parte superior e outra para a parte inferior. Na
parte superior, tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma multiplicação por 2; já do 2º termo
para o 3º, houve uma subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado por 2, ou seja, X =
10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo para o 2º termo ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º termo
para o 3º, houve uma subtração de 2 unidades. Assim, Y é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y = 30.
Logo, X + Y = 10 + 30 = 40.

14. Resposta: A.
A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita do triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita
para a esquerda; continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na ordem inversa – pela 4ª
linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então, as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra
que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra “P”.

15. Resposta: B.
A sequência de números apresentada representa a lista dos números naturais. Mas essa lista contém
todos os algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por exemplo: 101112 representam os
números 10, 11 e 12. Com isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos. Do número 10 até o
número 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos. Do número 100 até o número 124 existem: 3 x 25 = 75
algarismos. E do número 124 até o número 128 existem mais 12 algarismos. Somando todos os valores,
tem-se: 9 + 180 + 75 + 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-se que o algarismo que ocupa a 276ª posição
é o número 8, que aparece no número 128.

16. Resposta: D.
Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2 “orelhas”, a 2ª figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo
e a 3ª figura possui 1 “orelha” no lado direito. Esse fato acontece, também, na 2ª linha, mas na parte de
cima e na parte de baixo, internamente em relação às figuras. Assim, na 3ª linha ocorrerá essa regra,
mas em ordem inversa: é a 3ª figura da 3ª linha que terá 2 “orelhas” internas, uma em cima e outra em

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1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
baixo. Como as 2 primeiras figuras da 3ª linha não possuem “orelhas” externas, a 3ª figura também não
terá orelhas externas. Portanto, a figura que deve substituir o ponto de interrogação é a 4ª.

17. Resposta: B.
No 1º triângulo, o número que está no interior do triângulo dividido pelo número que está abaixo é igual
à diferença entre o número que está à direita e o número que está à esquerda do triângulo: 40 : 5 = 21 -
13 = 8.
A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = 23 - 17 = 6.
Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo:
? ÷ 3 = 19 – 7
? ÷ 3 = 12
? = 12 x 3 = 36.

18. Resposta: E.
Verifique os intervalos entre os números que foram fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75,
108, obteve-se os seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3, 3x5, 3x7, 3x9, 3x11. Logo 3x7
= 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 + 27 = 48.

19. Resposta: B.
Observe que o numerador é fixo, mas o denominador é formado pela sequência:

Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto


1 1x2=2 2x3=6 3 x 4 = 12 4 x 5 = 20 5 x 6 = 30

20. Resposta: D.
O que de início devemos observar nesta questão é a quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos:

BBB BXB XXB


XBX XBX XBX
BBB BXB BXX
7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X

Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que os “X” estão aumentando de 2 em 2; notem
também que os “B” estão sendo retirados um na parte de cima e um na parte de baixo e os “X” da mesma
forma, só que não estão sendo retirados, estão, sim, sendo colocados. Logo a 4ª figura é:

XXX
XBX
XXX
1B e 8X

21. Resposta: D.
Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34... A resposta da questão é a
alternativa “D”, pois como a questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é igual à soma de seus dois
termos precedentes. 2 + 3 = 5

22. Resposta: E.
A questão nos informa que ao se escrever alguma mensagem, cada letra será substituída pela letra
que ocupa a quarta posição, além disso, nos informa que o código é “circular”, de modo que a letra “U”
vira “A”. Para decifrarmos, temos que perceber a posição do emissor e do receptor. O emissor ao escrever
a mensagem conta quatro letras à frente para representar a letra que realmente deseja, enquanto que o
receptor, deve fazer o contrário, contar quatro letras atrás para decifrar cada letra do código. No caso,
nos foi dada a frase para ser decifrada, vê-se, pois, que, na questão, ocupamos a posição de receptores.
Vejamos a mensagem: BSA HI EDAP. Cada letra da mensagem representa a quarta letra anterior de
modo que:
VxzaB: B na verdade é V;
OpqrS: S na verdade é O;
UvxzA: A na verdade é U;
DefgH: H na verdade é D;

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EfghI: I na verdade é E;
AbcdE: E na verdade é A;
ZabcD: D na verdade é Z;
UvxaA: A na verdade é U;
LmnoP: P na verdade é L;

23. Resposta: B.
A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com a outra e, em seguida, nos traz uma
sequência numérica. É perguntado qual sequência numérica tem a mesma ralação com a sequência
numérica fornecida, de maneira que, a relação entre as palavras e a sequência numérica é a mesma.
Observando as duas palavras dadas, podemos perceber facilmente que têm cada uma 6 letras e que as
letras de uma se repete na outra em uma ordem diferente. Tal ordem, nada mais é, do que a primeira
palavra de trás para frente, de maneira que SOCIAL vira LAICOS. Fazendo o mesmo com a sequência
numérica fornecida, temos: 231678 viram 876132, sendo esta a resposta.

24. Resposta: A.
A questão nos traz duas palavras que têm relação uma com a outra, e em seguida, nos traz uma
sequência numérica. Foi perguntado qual a sequência numérica que tem relação com a já dada de
maneira que a relação entre as palavras e a sequência numérica é a mesma. Observando as duas
palavras dadas podemos perceber facilmente que tem cada uma 6 letras e que as letras de uma se repete
na outra em uma ordem diferente. Essa ordem diferente nada mais é, do que a primeira palavra de trás
para frente, de maneira que SALTA vira ATLAS. Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida
temos: 25435 vira 53452, sendo esta a resposta.

25. Resposta: E.
Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não acontecem no número procurado. Do número
48.675, as opções 48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números apresentados nas alternativas.
Portanto, nesse número a coincidência se dá no número 75. Como o único número apresentado nas
alternativas que possui a sequência 75 é 46.875, tem-se, então, o número procurado.

26. Resposta: D.
O primeiro símbolo representa a divisão e o 2º símbolo representa a soma. Portanto, na 1ª linha, tem-
se: 36  4 + 5 = 9 + 5 = 14. Na 2ª linha, tem-se: 48  6 + 9 = 8 + 9 = 17. Com isso, na 3ª linha, ter-se-á:
54  9 + 7 = 6 + 7 = 13. Logo, podemos concluir então que o ponto de interrogação deverá ser substituído
pelo número 13.

27. Resposta: A.
As letras que acompanham os números ímpares formam a sequência normal do alfabeto. Já a
sequência que acompanha os números pares inicia-se pela letra “E”, e continua de acordo com a
sequência normal do alfabeto: 2ª letra: E, 4ª letra: F, 6ª letra: G, 8ª letra: H, 10ª letra: I e 12ª letra: J.

28. Resposta: D.
Escrevendo os nomes dos animais apresentados na lista – MARÁ, PERU, TATU e URSO, na seguinte
ordem: PERU, MARÁ, TATU e URSO, obtém-se na tabela:

P E R U
M A R A
T A T U
U R S O

O nome do animal é PATO. Considerando a ordem do alfabeto, tem-se: P = 15, A = 1, T = 19 e 0 = 14.


Somando esses valores, obtém-se: 15 + 1 + 19 + 14 = 49.

29. Resposta: B.
Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas: letra “A”. Portanto, as vogais da 4ª sequência de
letras deverão ser as mesmas da 3ª sequência de letras: “O”. A 3ª letra da 2ª sequência é a próxima letra
do alfabeto depois da 3ª letra da 1ª sequência de letras. Portanto, na 4ª sequência de letras, a 3ª letra é
a próxima letra depois de “B”, ou seja, a letra “C”. Em relação à primeira letra, tem-se uma diferença de 7

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letras entre a 1ª letra da 1ª sequência e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto, entre a 1ª letra da 3ª
sequência e a 1ª letra da 4ª sequência, deve ocorrer o mesmo fato. Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência
é a letra “T”. Logo, a 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja, TOCO.

30. Resposta: C.
Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeiras letras do alfabeto e, em seguida, volta-se para a 1ª
letra da sequência. Na 2ª sequência, continua-se da 3ª letra da sequência anterior, formando-se DEF,
voltando-se novamente, para a 1ª letra desta sequência: D. Com isto, na 3ª sequência, têm-se as letras
HIJ, voltando-se para a 1ª letra desta sequência: H. Com isto, a 4ª sequência iniciará pela letra L,
continuando por M e N, voltando para a letra L. Logo, a 4ª sequência da letra é: LMNL.

31. Resposta: E.
Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo de 1 unidade. Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu
a multiplicação do termo anterior por 3. E assim por diante, até que para o 7º termo temos 13 . 3 = 39. 8º
termo = 39 + 1 = 40. 9º termo = 40 . 3 = 120. 10º termo = 120 + 1 = 121. 11º termo = 121 . 3 = 363. 12º
termo = 363 + 1 = 364. 13º termo = 364 . 3 = 1.092. Portanto, podemos concluir que o 13º termo da
sequência é um número maior que 1.000.

32. Resposta: D.
Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e “ro” e inverteu-se a ordem, definindo-se a palavra
“rodo”. Da mesma forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as sílabas “na” e “mi”, definindo-se a palavra
“mina”. Com isso, podemos concluir que da palavra “maratona”. Deve-se retirar as sílabas “ra” e “to”,
criando-se a palavra “tora”.

33. Resposta: A.
Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas letras “a” e “z” em sequência, mas em ordem
invertida. Já as letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra “arborizado”. A palavra “dias” foi obtida
da mesma forma: As letras “d” e “i” são obtidas em sequência, mas em ordem invertida. As letras “a” e
“s” são as 2 primeiras letras da palavra “asteroides”. Com isso, para a palavras “articular”, considerando
as letras “i” e “u”, que estão na ordem invertida, e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.

34. O nome da sequência é Sequência de Fibonacci. O número que vem é sempre a soma dos dois
números imediatamente atrás dele. A sequência correta é: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...

35.
Dia Subida Descida
1º 2m 1m
2º 3m 2m
3º 4m 3m
4º 5m 4m
5º 6m 5m
6º 7m 6m
7º 8m 7m
8º 9m 8m
9º 10m ----
Portanto, depois de 9 dias ela chegará na saída do poço.

36. 09 – 19 – 29 – 39 – 49 – 59 – 69 – 79 – 89 – 90 – 91 – 92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99.
Portanto, são necessários 20 algarismos.

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37.

Portanto, há 16 + 9 + 4 + 1 = 30 quadrados.

38.

39. Os símbolos são como números em frente ao espelho. Assim, o próximo símbolo será 88.

40.

41.
12.345.679 × (2×9) = 222.222.222
12.345.679 × (3×9) = 333.333.333
... ...
12.345.679 × (6×9) = 666.666.666
Portanto, para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679 por (9x9) = 81

42.

193
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43.

44. Sendo A = 1, J = 11, Q = 12 e K = 13, a soma de cada par de cartas é igual a 14 e o naipe de paus
sempre forma par com o naipe de espadas. Portanto, a carta que está faltando é o 6 de espadas.

45.

46. Observe que:

Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120 x 8 = 120.960

47.

48.

49.

194
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50.

RACIOCÍNIO GEOMÉTRICO

Em algumas provas é possível observar que questões de raciocínio lógico exigem a capacidade de
pensar logicamente.
No entanto podemos nos deparar com questões de todo o tipo de assunto, acolhidas por
nomenclaturas como “raciocínio lógico envolvendo problemas geométricos”, assim esses problemas
lógicos envolverão conceitos de geometria plana, espacial, analítica, etc.

Exemplo

1. (EBSERH – Assistente Administrativo – Instituto AOCP/2017) Em uma obra, há um reservatório


com capacidade total de 16.000 litros, onde devem ser depositados entulhos. Se esse reservatório está
totalmente cheio e retiramos 7,5 m3 de entulhos, então o total de entulhos que sobrará nesse reservatório,
em m3, será igual a
(A) 8.500.
(B) 6,5.
(C) 850.
(D) 8,5.
(E) 6.500.

Resposta:
Observe que a resposta deverá estar em m3. Sendo assim, 1m3 = 1000L então 16.000L = 16m³, logo,
16-7,5 = 8,5m³.

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

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Área é a medida da superfície de uma figura plana.
A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

196
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Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvalo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual Editora
www.brasilescola.com.br

Questões

01. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

02. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

03. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Respostas

01. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
- o lado será l = 4 e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
30−x
- o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)
x2 (30−x)2
S = 16 + 16
, como temos o mesmo denominador 16:

x 2 + 302 − 2.30. x + x 2
S=
16
x 2 + 900 − 60x + x 2
S=
16
2x2 60x 900
S= 16
− 16
+ 16 ,

197
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sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

−60 60
− ( 16 )
xv = = 16
2 4
2. 16 16
60 16 60
xv = 16 . 4
= 4
= 15,

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

02. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

03. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:

Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = . 𝑟, então temos:
2

II- Coroa circular:

É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

198
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III- Setor circular:

É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:

É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvalo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual Editora
www.brasilescola.com.br

Questões

01. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) A área de um


círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

02. (Petrobrás - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Quatro tanques de armazenamento de


óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m
de largura, como representados na figura abaixo.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam 5
da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
de cada tanque?

199
1662346 E-book gerado especialmente para MARCELINO NOBREGA DE ALENCAR PITANGA
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

03. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos
de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha
quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π)
cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

Respostas

01. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r = 2π
r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

02. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret

2
4.πr2 = 5.496
992
4.3,1.r2 = 5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

03. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
𝐿 2 𝐿2 𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9. 𝜋. → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 −
6 36 4

200
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Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:
𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

MATRIZES

Em jornais, revistas e na internet vemos frequentemente informações numéricas organizadas em


tabelas, colunas e linhas. Exemplos:

Em matemática essas tabelas são exemplos de matrizes17. O crescente uso dos computadores tem
feito com que a teoria das matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia,
Matemática, Física, dentre outras.

Definição
Seja m e n números naturais não nulos. Uma matriz do tipo m x n, é uma tabela de m.n números reais
dispostos em m linhas e n colunas.
Exemplo:

Um elemento qualquer dessa matriz será representado pelo símbolo: aij, no qual o índice i refere-se à
linha, o índice j refere-se à coluna em que se encontram tais elementos. As linhas são enumeradas de
cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita.

17
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/equacoes-envolvendo-matrizes.html

201
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Exemplo

Representamos uma matriz colocando seus elementos (números) entre parêntese ou colchetes ou
também (menos utilizado) duas barras verticais à esquerda e direita.

Exemplos
1
𝐴 = (5 −1 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 1 𝑥 3
2
7 −2
𝐵=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 2
3 4

√5 1/3 1
𝐶=‖ 7 2 −5‖ é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 3 𝑥 3
−4 1/5 2

−1 5 8
𝐷=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 3
−1 2 −3

Exemplo
Escrever a matriz A = (aij)2 x 3, em que aij = i – j
A matriz é do tipo 2 x 3 (duas linhas e três colunas), podemos representa-la por:

Matrizes Especiais
Algumas matrizes recebem nomes especiais. Vejamos:

- Matriz Linha: é uma matriz formada por uma única linha.


Exemplo
𝐴 = [1 7 −5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1𝑥3

- Matriz coluna: é uma matriz formada por uma única coluna.


Exemplo
1
𝐵 = [−5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 3𝑥1
7

- Matriz nula: é matriz que possui todos os elementos iguais a zero.

Exemplo
0 0
𝐶 = (0 0) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑛𝑢𝑙𝑎 3𝑥2
0 0

202
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- Matriz quadrada: é a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas. Podemos,
neste caso, chamar de matriz quadrada de ordem n.

Exemplo
3 2
𝐷=( ) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2𝑥2 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2.
−4 1

A diagonal principal de D é formada pelos elementos cujo índice é igual ao índice da coluna (a11 e a22).
A outra diagonal recebe o nome de diagonal secundária de D.

- Matriz identidade: é a matriz quadrada em que cada elemento da diagonal principal é igual a 1, e os
demais têm o valor 0. Representamos a matriz identidade pela seguinte notação: In.

Exemplos

Também podemos definir uma matriz identidade da seguinte forma:

𝑎𝑖𝑗 = 1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
𝐼𝑛 = [𝑎𝑖𝑗 ]𝑛 𝑥 𝑛 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 {
𝑎𝑖𝑗 = 0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

- Matriz transposta: é a matriz onde as linhas são ordenadamente iguais a colunas desta mesma
matriz e vice e versa. Ou seja:
Dada uma matriz A de ordem m x n, chama-se matriz transposta de A, indicada por At, a matriz cuja a
ordem é n x m, sendo as suas linhas ordenadamente iguais às colunas da matriz A.

Exemplo
2 −1 2 7
𝐴=[ ] , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴𝑡 = [ ]
7 10 − 10

Observe que:
- a 1ª linha da matriz A é igual à 1ª coluna da matriz At.
- a 2ª linha da matriz A é igual a 2ª coluna da matriz At.

Generalizando, temos:

203
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- Matriz oposta: é a matriz obtida a partir de A, trocando-se o sinal de todos os seus elementos.
Representamos por - A tal que A + (- A) = O, em que O é a matriz nula do tipo m x n.

Exemplo

- Matriz simétrica: é uma matriz quadrada cujo At = A; ou ainda aij = aji

Exemplo

- Matriz antissimétrica: é uma matriz quadrada cujo At = - A; ou ainda aij = - aij.

Exemplo

Classificação de Acordo com os Elementos da Matriz


- Real: se todos os seus elementos são reais.

Exemplo
1 −5
𝐴= [ ]
3 2

- Imaginária: se pelo menos um dos seus elementos é complexo.

Exemplo
1 −5
𝐵= [ ]
3 𝑖

- Triangular superior: é uma matriz quadrada em que os elementos abaixo da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

- Triangular inferior: é uma matriz quadrada em que os elementos acima da diagonal principal são
nulos.

204
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Exemplo

Igualdade de Matrizes
Dizemos que duas matrizes A e B, de mesma ordem, são iguais (A = B) se, e somente se, os seus
elementos de mesma posição forem iguais, ou seja:
A = [aij] m x n e B = [bij] p x q

Sendo A = B, temos:
m=pen=q

Operações com Matrizes


- Adição: a soma de duas matrizes A e B de mesma ordem é matriz também de mesma ordem, obtida
com a adição dos elementos de mesma posição das matrizes A e B.

Exemplo

Propriedades: considerando as matrizes de mesma ordem, algumas propriedades são válidas:


Comutativa: A + B = B + A
Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
Elemento simétrico: A + (-A) = 0
Elemento neutro: A + 0 = A

- Subtração: a diferença entre duas matrizes A e B, de mesma ordem, é a matriz obtida pela adição
da matriz A com a oposta da matriz B, ou seja:

205
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Exemplo

- Multiplicação de um número real por uma matriz: o produto de um número real k por uma matriz
A, é dado pela multiplicação de cada elemento da matriz A por esse número real k.

Exemplo

- Multiplicação de matrizes: para multiplicarmos duas matrizes A e B só é possível mediante a uma


condição e uma técnica mais elaborada. Vejamos:

Condição: o número de COLUNAS da A (primeira) têm que ser igual ao número de LINHAS de B
(segunda).

Logo a ordem da matriz resultante é a LINHA de A e a COLUNA DE B.

Técnica: Multiplicamos o 1º elemento da LINHA 1 de A pelo 1º elemento da primeira COLUNA de B,


depois o 2º elemento da LINHA 1 de A pelo 2º elemento da primeira COLUNA de B e somamos esse
produto. Fazemos isso sucessivamente, até termos efetuado a multiplicação de todos os termos.
Exemplo

A matriz C é o resultado da multiplicação de A por B.

Propriedades da multiplicação: admite-se as seguintes propriedades


Associativa: (A.B). C = A.(B.C)
Distributiva: (A + B). C = A. C + B. C e C. (A + B) = C. A + C. B

Observação: a propriedade comutativa NÂO é válida na multiplicação de matrizes, pois geralmente


A.B ≠ B.A

Matriz Inversa
Dizemos que uma matriz é inversa A–1 (toda matriz quadrada de ordem n), se e somente se, A.A-1 = In
e A-1.A = In ou seja:
𝐴 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑑𝑎𝑑𝑎.
𝑨. 𝑨−𝟏 = 𝑨−𝟏 . 𝑨 = 𝑰𝒏 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 { 𝐴−1 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝐴.
𝐼𝑛 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝐴.

206
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Exemplos
1
8 −2 −1
1) A matriz 𝐵 = [ ] é inversa da matriz 𝐴 = [23 ] , pois:
3 −1 −4
2

2 5 1 2
2) Vamos verificar se a matriz 𝐴 = ( ) 𝑒𝐵=( ) , são inversas entre si:
1 3 1 1

Portanto elas, não são inversas entre si.

2 1
3) Dada a matriz 𝐴 = [ ], determine a inversa, A-¹.
3 2
𝑎 𝑏
Vamos então montar a matriz 𝐴−1 = [ ] , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝐴. 𝐴−1 = 𝐼𝑛
𝑐 𝑑
2 1 𝑎 𝑏 1 0 2𝑎 + 𝑐 2𝑏 + 𝑑 1 0
[ ].[ ]=[ ]→[ ]=[ ]
3 2 𝑐 𝑑 0 1 3𝑎 + 2𝑐 3𝑏 + 2𝑑 0 1

Fazendo as igualdades temos:


2𝑎 + 𝑐 = 1 2𝑏 + 𝑑 = 0
{ {
3𝑎 + 2𝑐 = 0 3𝑏 + 2𝑑 = 1

Resolvendo os sistemas temos: a = 2; b = -1; c = -3 e d = 2


Então a matriz inversa da matriz A é:
2 −1
𝐴−1 = [ ]
−3 2

Equação Matricial

No caso das equações com matrizes (equações matriciais), elas são equações cujas incógnitas são
matrizes.
Vejamos um exemplo:
Encontre a matriz X da equação 2.A+B=X, sabendo que:

Neste exemplo, a incógnita já estava isolada.


Vejamos um exemplo em que a incógnita não está isolada na equação. Nestes casos devemos tomar
cuidado ao operarmos as matrizes de um lado para o outro da igualdade.
Exemplo:
Resolva a equação a seguir: X+B=2A, utilizando as mesmas matrizes do exemplo anterior.

207
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Antes de substituirmos as matrizes, façamos o isolamento da incógnita, lembrando sempre das
propriedades das operações das matrizes.

Note que não passamos a matriz B para o outro lado da igualdade; na verdade operamos a matriz
oposta de B (matriz -B) dos dois lados.
Devemos tomar esse cuidado, pois quando nos depararmos com produto de matrizes, não poderemos
passar a matriz para o outro lado dividindo; deveremos operar a matriz inversa dos dois lados.
O diferencial das equações que conhecíamos para as equações com matrizes está nesse maior
cuidado ao isolarmos a incógnita.
Voltando à resolução da equação, temos que substituir os valores das matrizes A e B na equação.
Sendo assim:

Questões

01. (Pref. do Rio de Janeiro/RJ - Professor - Pref. do Rio de Janeiro) Considere as matrizes A
e B, a seguir.

O elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna da matriz produto BA vale:
(A) 9
(B) 0
(C) – 9
(D) – 11

02. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATEC) Considere as seguintes matrizes: 𝐴 =


2 3
2 3 2 1 0
[ ] , 𝐵 = [ 4 5] 𝑒 𝐶 = [ ], a solução de C x B + A é:
4 6 4 6 7
6 6
(A) Não tem solução, pois as matrizes são de ordem diferentes.

10 14
(B) [ ]
78 90
2 3
(C) [ ]
4 5
6 6
(D) [ ]
20 36
8 11
(E) [ ]
74 84

208
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03. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) A matriz abaixo registra as ocorrências policiais em uma
das regiões da cidade durante uma semana.

Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o número de ocorrência no turno i do dia j da
semana.
O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando como 3º turno do 6º dia e com o 1º turno
do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
(E) 62

04. (CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA) Para que a soma de uma
𝑎 𝑏
matriz 𝐴 = [ ] e sua respectiva matriz transposta At em uma matriz identidade, são condições a serem
𝑐 𝑑
cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(E) b=-c e a=d=1/2

05. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa que apresente o resultado da


multiplicação das matrizes A e B abaixo:

2 1 0 4 −2
𝐴=( ) ∙𝐵 =( )
3 −1 1 −3 5
−1 −5 1
(A) ( )
1 15 11

1 5 1
(B) ( )
−1 15 − 11
1 5 −1
(C) ( )
1 −15 11

1 5 1
(D) ( )
1 15 11

−1 5 − 1
(E) ( )
1 15 − 11

06. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sentença envolvendo matrizes:

6 𝑦 1 −3 7 7
( )+( )=( )
7 2 8 5 15 7

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.

209
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Comentários

01. Resposta: D
Como as matrizes são quadradas de mesma ordem, podemos então multiplica-las:
5 −2 0 1 2 −2
𝐵. 𝐴 = [−1 2 4] . [−1 3 0 ] →
−3 −2 1 2 1 3

5.1 + (−2). (−1) + 0.2 5.2 + (−2). 3 + 0.1 5. (−2) + (−2). 0 + 0.3 7 4 −10
[ −1.1 + 2. (−1) + 4.2 −1.2 + 2.3 + 4.1 −1. (−2) + 2.0 + 4.3 ] = [5 8 14 ]
−3.1 + (−2). (−1) + 1.2 −3.2 + (−2). 3 + 1.1 −3. (−2) + (−2). 0 + 1.3 1 −11 9

Logo o elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna é o -11.

02. Resposta: B
Vamos ver se é possível multiplicar as matrizes.
C(2x3) e B(3x2), como o número de colunas de C é igual ao número de colunas de B, logo é possível
multiplicar, o resultado será uma matriz 2x2(linha de C e coluna de B):
2 3
2 1 0 2.2 + 1.4 + 0.6 2.3 + 1.5 + 0.6 8 11
𝐶 𝑥𝐵 = [ ] . [ 4 5] → [ ]=[ ]
4 6 7 4.2 + 6.4 + 7.6 4.3 + 6.5 + 7.6 74 84
6 6

Agora vamos somar a matriz A(2x2) a matriz resultante da multiplicação que também tem a mesma
ordem:
8 11 8 11 2 3 8 + 2 11 + 3 10 14
[ ]+𝐴 = [ ]+[ ]→[ ]=[ ]
74 84 74 84 4 6 74 + 4 84 + 6 78 90

03. Resposta: E
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19
Somando:18+25+19=62

04. Resposta: E
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐 2𝑎 𝑏+𝑐 1 0
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑 𝑏+𝑐 2𝑑 0 1
2a =1 → a =1/2 → b + c = 0 → b = -c
2d=1
D=1/2

05. Resposta: B

2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3 ) 2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5


𝐴∙𝐵 =( )
3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + (−1) ∙ (−3) 3 ∙ (−2) + (−1) ∙ 5

1 5 1
𝐴∙𝐵 =( )
−1 15 − 11

06. Resposta: D
6+1=7 𝑦−3=7
( )
7 + 8 = 15 2 + 5 = 7
y=10

210
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