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Topografia 

e Geoprocessamento 
Aplicados
Prof. José Nonato Saraiva Filho
Topografia
Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções

Sistemas de Coordenadas
Segundo CÂMARA (et all), os sistemas de coordenadas dividem‐se em dois grandes grupos: sistema de
coordenadas geográficas ou terrestres e sistemas de coordenadas planas ou cartesianas.

O “sistema de coordenadas geográficas” representa um ponto na superfície da terra através de sua latitude e
longitude.

A “latitude” varia de 0 a  90, sendo positiva no hemisfério norte e negativa no hemisfério sul. A “longitude”
varia de 0 a  180 a partir do meridiano de Greenwich (meridiano de origem), sendo o sinal negativo para oeste
e positivo a leste.
Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções
O “sistema de coordenadas geográficas” representa um ponto na superfície da terra através de sua 
latitude e longitude N

P
paralelo
80°

60°

La titu de No rte
W 40°
E

20°
e
60° - de lest -20°
gitu
Lon
oeste
Longitude
40° 0° Equador
20°

-20°
meridiano meridiano
-40° Greenwich

-60°

-80°

Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
S
Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções
O “sistema de coordenadas planas ou cartesianas” é composto por dois eixos perpendiculares, horizontal (eixo 
das abscissas) e vertical (eixo das ordenadas), cuja interseção define a origem, usada como referência para a 
localização de qualquer ponto no plano.
Y
A
Ya

X
Xa
Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Plano
(carta)

Os sistemas de projeções cartográficas permitem representar a superfície terrestre, que é aproximadamente 
esférica, em um plano. Y
A
ya
A

xa X

Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Plano
Esferóide ou (carta)
Elipsóide

Assim, quando da “planificação” (procedimento para levar uma superfície curva para o plano, como no caso da 
cartografia), ocorrem deformações do tipo: linear, angular e superficial.
Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções
Segundo GEMAIEL (1987), “O geóide, que é simplesmente uma determinada superfície equipotencial do campo 
de gravidade; especificamente: o geope que mais se aproxima do nível médio dos oceanos. Nos continentes e 
ilhas (25% da superfície terrestre) acha‐se no interior da crosta.”  SUPERFÍCIE DA TERRA

GEOIDE

ELIPSÓIDE

Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002

O “geóide”, por ser uma figura complexa e de difícil tratamento matemático, fez com que os “geodesistas”
introduzissem uma nova superfície que se aproximasse do geóide: o elipsóide. O “elipsóide”, assim, é um sólido
gerado pela rotação de uma elipse em torno de seu eixo menor, sendo a superfície que mais se aproxima do
geóide.
Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções
Os sistemas de projeções cartográficas permitem representar a superfície terrestre, que é aproximadamente 
esférica, em um plano.

Y
A
A
ya

xa X

Plano
(carta)
Esferóide ou
Elipsóide

A  Xa = f(,)

 Ya = g(,)
Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Principais Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções

Superfícies de Projeção

Plano Cone Cilindro

Mapas planos das superfícies de projeção

Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Sistema de Projeção ‐ UTM

O sistema de projeção UTM – Universal Transversa de Mercator é uma projeção conforme, que tem o cilindro 
como anteparo (superfície de projeção), cujo eixo é perpendicular ao eixo terrestre.

Terra girando 6 graus (fusos) de cada vez dentro do cilindro, de oeste para leste, cada projeção é feita em cada 
fuso, de seis em seis graus, num total de 60 fusos, perfazendo 360 graus. 

Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Sistema de Projeção ‐ UTM

A origem das coordenadas planas em cada fuso é o cruzamento do equador com o meridiano central

Para evitar coordenadas negativas, por convenção internacional, na ordenada no hemisfério sul é subtraída a constante de 
10.000.000 m (dez milhões de metros) e, no eixo das abscissas, é acrescida a constante de 500.000 m (quinhentos mil metros) a
leste do meridiano central e subtraída a constante 500.000 m (quinhentos mil metros) a oeste.

N
o
Para evitar coordenadas negativas, por convenção internacional, na interseção do Meridiano 
3
Central com a linha do equador:
Central

‐ Na ordenada (Eixo Norte): no hemisfério Sul é subtraída a constante de 10.000.000,000 m
Equador
W E
‐ Na abscissa (Eixo Leste) :  ‐ acrescida a constante 500.000,000 a leste do meridiano central
‐ subtraída a constante 500.000,000 a oeste do meridiano central
Meridiano

o
3

S Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Sistemas de Coordenadas e Sistemas de Projeções

72° 66° 60° 54° 48° 42° 36°

4° 4°

0° 0°
N

3
o
Central
-4° -4°

-8° -8°

-12° -12°
Equador 19 20 21 22 23 24
W E 18 25
-16° -16°
Meridiano

-20° -20°

3
o
-24° -24°

S
-28° -28°
Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
-32° -32°

78° 72° 66° 60° 54° 48° 42° 36° 30°

Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
GNSS

Global Navigation Satellite System – GNSS

Permitir a identificação da posição em qualquer ponto na superfície da terra.

Sistemas existentes

GPS – Departamento de Defesa dos Estados Unidos

GLONASS – Sistema do Governo Russo

GALILEO – Sistema da União Europeia

BEIDOU / COMPASS – Sistema Chines
Composição do Sistema
 Segmento Espacial
 Segmento de Controle – é o responsável pela operação do sistema GPS. A função principal deste segmento é
atualizar a mensagem de navegação transmitida pelos satélites
 Segmento do Usuário: receptor

Técnicas de posicionamento
Método absoluto – necessita‐se apenas de um receptor. É o método mais utilizado em navegação de reduzida
precisão. O posicionamento é instantâneo (tempo real), usando o código C/A. A precisão pode variar de 10 m 30 m.

Método relativo – a posição de um ponto é determinada ema relação a outro cujas coordenadas são conhecidas.
Dependendo da técnica utilizada e dos equipamentos a precisão obtida é milimétrica
Na Topografia é necessário o uso de GPS 
Geodésico → Precisão milimétrica.

Constelação de satélites

Link de rádio

Marco  Hover
do IBGE
Elaboração: SARAIVA, José Nonato, 2002
Base

Constelação de satélites GNSS (Global Navigation Satellite
Systems): GPS (Americano);  GLONASS (Russo); GALILEO 
(Europeu); e BEIDOU / COMPASS (Chinês).
Autor: SARAIVA, José Nonato, 2020
FOTOGRAMETRIA
• Trata‐se da representação do terreno através de fotografias aéreas, as quais 
são tomadas ao longo de uma direção de vôo, formando uma faixa de vôo.

• Para se obter estereoscopia, é necessário que entre duas fotos sucessivas de 
uma mesma faixa, haja uma sobreposição de cerca de 60%.

• Já entre as faixas de vôo paralelas, é necessário que haja uma sobreposição 
de 30% entre duas faixas adjacentes.
Fotogrametria

Fotografias aéreas – linha de vôo Fotografias aéreas – faixas de vôo


Fotografias aéreas – faixas de recobrimento
Recobrimento Longitudinal

Recobrimento Lateral
Fotogrametria
Fotogrametria Visão Estereoscópica
Par Estereoscópico
• Visão estereoscópica significa a visão 
tridimensional.

• Estereoscopia é um processo de obtenção 
desta visão tridimensional, através de um 
estereoscópio.
SISTEMA LIDAR – LASER SCANNER
Sistema Laser Scanner
• A tecnologia do Laser Scanner 3D é utilizada para realizar varreduras em objetos, superfícies e áreas para 
mapeamento.
• Atualmente devido à evolução da tecnologia encontramos diversos tipos e modelos de Laser Scanners, como, 
por exemplo, modelos terrestres estáticos, modelos móveis embarcados em veículos, modelos móveis 
embarcados em mochilas, modelos aéreos embarcados em Drones, dentre outros.
Sistema Laser Scanner

a. Laser Scanners Estáticos:

• Um Laser Scanner estático, necessita estar parado para que a varredura seja realizada.

• Há modelos que podem fazer a união de cenas de forma automática em campo, e há também modelos em 
que é necessário que a orientação das cenas seja feita utilizando a posição de alvos localizados nas cenas.
Sistema Laser Scanner
b. Laser Scanners Móveis:

• Laser Scanners móveis permitem que a varredura seja realizada enquanto o equipamento está em 
movimento, como a bordo de uma mochila, podendo realizar, por exemplo, o levantamento 3D de um túnel, a 
inspeção de construções, ou trabalhar com mineração aberta ou subterrânea.

• Ainda dentro da classificação de Laser Scanners móveis é possível encontrar equipamentos que podem ser 
instalados em veículos e realizar varreduras, permitindo identificar ativos urbanos e rodoviários, mesmo 
o veículo estando a mais de 100 km/h.

Disponível em: https://leica‐geosystems.com/pt‐br/about‐us/content‐
features/reality‐capture‐for‐construction‐and‐engineering
Sistema Laser Scanner
c. Laser Scanner Aerotransportado:

• Os Laser Scanner Aerotransportados são sensores acoplados em uma plataforma aérea, por exemplo, 
aeronaves, drones e, juntamente com dispositivos inerciais, permitem o levantamento de centenas de 
milhares de pontos por segundo com precisão, otimizando o trabalho e oferecendo uma visão de levantamento 
única.

• Além disso, muitos modelos possuem capacidade de penetrar vegetações e retornar informações sobre o que 
está sob a vegetação, mesmo sem o desmate. 
Sistema Laser Scanner

Laser Scanner de
Superfície
DRONES
Processamento de Imagens obtidas por Drones e Produção Cartográfica Especializada 
(Disponível em: http://geodrones.com.br/)

Os Drones podem ser considerados uma nova tecnologia, enquanto veículos 
aéreos controlados de forma remota. Porém, para fins da Cartografia, a ciência 
por detrás dos Drones já tem mais de um século: a Fotogrametria.

O mapeamento aéreo com Drones e VANT’s exige uma grande capacidade de 
processamento de dados.  Além de computadores de alta performance, demanda 
profissionais experientes em processamento digital de imagens, resultando em 
produção qualitativa de dados raster.
Drones
Além do plano de vôo é necessário a aquisição de pontos de controle e checagem em campo.

Definição do Plano de Vôo


Processamento da Imagem

Ortomosaico digital
Drones

• Modelo Digital de Superfície ‐ MDS
• Modelo Digital do Terreno ‐ MDT
• Nuvem de pontos
• Geração de curvas de nível
• Restituição planimétrica e geração de modelos 3D
• Ortofotos digitais
• Relatório de inspeções
• Cálculo de volumes (pilhas de minério, terraplenagem, etc)

http://www.geodrone.pt/modelacao-3d/
Topografia – Controle de Máquinas

Disponível em: https://leica-geosystems.com/pt-br/products/machine-control-systems/software/leica-icon-site


Topografia e 
Geoprocessamento    10  Conclusão e entrega
 11  Monitoramento estrutural
Aplicado &                         
BIM Gestão da 
Edificação    1  Levantamento / 
Captura da realidade
. 5.

 2  Planejamento, conceito, 
design 3D e pré‐construção
 6 
Infraestrutura   3  Locação, implantação 
conectora em campo
 4  Trabalhos no canteiro / 
terraplenagem e nivelamento

 6  Validação   5  Utilidades


da construção
 6  Construção

Disponível em: https://leica‐geosystems.com/pt‐br/about‐us/content‐features/reality‐capture‐for‐construction‐and‐engineering
BIBLIOGRAFIA
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133 : execução de levantamento topográfico. Rio de
Janeiro: ABNT, 1994.
 TULER, Marcelo. Fundamentos de topografia. 1. Porto Alegre Bookman 2013 ISBN 9788582601204.
 ALBERTO DE CAMPOS BORGES. Exercícios de topografia. Editora Blucher 205 ISBN 978852121744.
 BORGES, Alberto de Campos. Topografia, v.2 aplicada à engenharia civil. 2. São Paulo Blucher 2013 1 recurso
online ISBN 9788521207658.
 BORGES, Alberto de Campos. Topografia aplicada à engenharia civil, v. 1. São Paulo Blucher 2013 1 recurso
online ISBN 9788521207610.

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