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LEITURA DE PROJETOS
Materiais e Instrumentos
Escalímetro
É uma espécie de régua graduada em formato triangular, trazendo seis escalas
de medição diferentes. No mercado existem vários padrões de escalímetro, variando de
acordo com o tipo de escala.
O escalímetro traz as escalas de 1:20 (lê-se: "um para vinte"); 1:25; 1:50; 1:75;
1:100 e 1:125 (também pode ser representada da seguinte forma: 1/20; 1/25; 1/50; 1/75;
1/100 e 1/125). Outro tipo existente é o escalímetro de bolso, que possui cinco lâminas,
contendo dez escalas de 1:15; 1:20; 1:25; 1:30; 1:33; 1:40; 1:50; 1:100; 1:125 e 1:175,
com dimensões de 18,5 x 2,0 cm.
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Escala Numérica
O termo escala pode ser entendido como sendo a relação entre cada medida do
desenho e a sua dimensão real no objeto. Ou seja, é uma relação de proporcionalidade
encontrada entre ambos, podendo ser de redução ou ampliação.
Na construção civil as escalas sempre serão de redução, devido às
características das edificações serem de grande porte. Quanto à escala de ampliação,
é mais comum nas áreas da mecânica e microeletrônica, em que algumas peças são
minúsculas e precisam ser desenhadas de maneira ampla para facilitar a compreensão
de seus detalhes.
As escalas podem ser classificadas como numérica ou gráfica. A numérica é
representada por números. Já a gráfica é a representação da numérica por meio de um
gráfico, normalmente utilizada em mapas geográficos.
Uma forma de obter a escala (BRABO, 2009), pode ser realizada por fórmula:
1/M = D/R
Onde:
1/M: módulo da escala
D: comprimento de linha no desenho
R: comprimento de linha no terreno (real)
Exemplo de como representar algumas medidas em escala utilizando uma régua
comum, por meio da fórmula que corresponde a uma regra de três simples.
Conclusão:
Um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1:50 no papel,
com 20 cm.
Observe que a resposta foi dada na mesma unidade de medida da pergunta do
problema, em metros. Sendo que para a utilização da régua normal, deve transformar
essa unidade para centímetros.
Cotas
São os números que representam às dimensões do que está sendo
representado pelo desenho. Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas significam
a verdadeira grandeza das dimensões.
Regras básicas:
• As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que permita a
leitura com o desenho na posição normal e o observador a sua direita;
• Os algarismos devem ser colocados acima da linha de cota, quando esta for
contínua;
• Todas as cotas de um desenho devem estar na mesma unidade de medida;
• Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho;
• As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção da medida;
• Passar as linhas de cota de preferência fora da área do desenho;
• Evitar a repetição de cotas;
• O valor das cotas prevalece sobre as medidas calculadas, tendo como base o
desenho.
Projeção Ortogonal
A projeção ortogonal é o meio ou técnica, que possibilita a representação gráfica
(ou desenho) dos vários lados de um elemento. No caso da construção, utilizada para
representação de fachadas externas de uma edificação.
Tipologia de Traços
A compreensão de um projeto (ou desenho) está relacionada intimamente aos
traços que o compõem. Cada tipo de linha vai passar uma informação ao leitor que o
auxilia na correta interpretação do desenho. Saber reconhecer,
portanto, cada tipo de linha é uma atividade indispensável ao
profissional da construção civil, pois ela trará informações importantes para execução
de um projeto.
Existe um padrão utilizado pelo desenho técnico em relação às espessuras e os
tipos de traços.
Esses devem ser:
• Linha contínua e traço grosso: Devem ser utilizados nas partes interceptadas
pelos planos de corte (planta baixa, cortes transversais e longitudinais), nas partes que
se encontram mais próximas do observador.
• Linha contínua e traço mais suave: Nas partes mais distantes do primeiro
plano. Nas linhas paralelas e pouco afastadas entre si.
• Linha tracejada e traço suave: Nas projeções das coberturas, no contorno das
paredes quando oculto pela cobertura ou quando o plano representado está acima ou
abaixo do plano de corte que deu origem a planta baixa.
• Linha traço e ponto e traço suave: Na projeção da caixa dágua, quando
representada na planta baixa e nas linhas utilizadas como eixos.
• Linha de ruptura ou zig-zag e traço suave: Secciona parte de um projeto,
limitando sua área de representação. Seja para mostrar detalhadamente ou restringir
uma área predeterminada.
O Projeto
O projeto pode ser entendido como sendo o elemento de registro gráfico e
comunicação das características de uma obra. O projeto deve ser constituído por
algumas representações gráficas, tais como: planta de situação, planta de locação,
planta de cobertura, planta baixa, cortes (transversal e longitudinal), fachadas, detalhes
técnicos e perspectivas.
Planta de Situação
É a representação gráfica do projeto que indica as dimensões do terreno (lote),
a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de acesso e
opcionalmente pontos de referência. Essa representação vai localizar o terreno dentro
de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua identificação junto aos
órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização da obra.
Os dados fornecidos em uma planta de situação devem necessariamente estar
em acordo com a escritura pública do terreno, oficializando junto aos órgãos públicos o
título de propriedade daquela área.
A Planta de Situação abrange uma área relativamente grande, por isso,
normalmente é desenhado em escalas pequenas, ex.: 1/500, 1/750,
1/1000, etc.
ILUSTRAÇÃO DE UMA PLANTA DE SITUAÇÃO, COM TODOS OS DADOS
NECESSÁRIOS A PERFEITA IDENTIFICAÇÃO DO TERRENO
Planta de Locação
É a representação gráfica do projeto que indica a posição da construção no
terreno. Podendo ser indicado também muros, portões, vegetação existente, orientação
magnética (norte geográfico), passeio público e opcionalmente construções vizinhas.
Nesse tipo de representação, por se tratar de um tipo de vista superior, o
observador identifica em primeiro plano a cobertura, tendo a representação das paredes
externas da construção, abaixo da cobertura desenhada com linha tracejada e traço
suave (MONTENEGRO, 1978).
A Planta de locação é o ponto de partida para o início de uma obra. Porque
representa graficamente a sua marcação no terreno. Normalmente é desenhado em
escalas médias, ex.: 1/200, 1/250, 1/500.
Na planta de locação identificamos as dimensões do terreno conforme o registro
de imóveis, os afastamentos da construção em relação aos limites laterais, frontal e de
fundos, a presença de calçadas, piscinas etc.
ILUSTRAÇÃO DE UMA PLANTA DE LOCAÇÃO
Planta Baixa
Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma edificação
ou partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal resultante da
intersecção de um plano de nível acima e paralelo do piso (normalmente a 1,50 m) em
uma edificação, representando consigo portas, janelas, peças sanitárias, chuveiro e
opcionalmente mobiliário de ambientação interna.
As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75. Para entender com clareza esta
importante representação gráfica, basta imaginar uma superfície plana, cortando uma
casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o contorno das
paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa dessa casa.
Itens que compõem a planta baixa:
• Paredes;
• Janelas;
• Portas;
• Cotas;
• Cotas de nível;
• Projeções;
• Indicação dos cortes;
• Indicação do norte;
• Escada;
• Rampas.
Cortes
Desenhos que representam graficamente a projeção de uma seção vertical (ou
plano) de uma edificação. Utilizado para representar detalhes que não aparece em
planta baixa, indica seu pé-direito, altura de elementos construtivos, vistas de elementos
estruturais, altura de portas e janelas, cobertura, bancadas etc.
Seu objetivo é esclarecer o observador do projeto por meio de planos de
interseção longitudinal e transversal, dando uma terceira dimensão a leitura e
interpretação do projeto.
Sua indicação vem representada em planta baixa por uma linha do tipo traço e
ponto ou tracejada. As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75.
Recomenda-se que a identificação dos cortes em uma planta, seja feita por letras
consecutivas, evitando assim, equívocos que poderiam acontecer em indicações do tipo
AA’ e BB’ (MONTENEGRO, 1978).
A escolha da seção de corte em uma planta baixa pode ser influenciada por uma
série de fatores, dependendo do grau de detalhes que se pretenda demonstrar.
Porém, recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro,
visualizando o sanitário, lavatório e chuveiro. Existindo pavimento superior, a posição
do corte deve passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as alturas de seus
espelhos (face vertical).
Fachadas
Desenho que representa graficamente as faces externas do edifício (frontal e
lateral). As fachadas podem ser interpretadas como a representação daquilo que se
almeja construir.
Em geral, nas fachadas especificam os materiais de revestimentos externos,
funcionamento de esquadrias, paginação de cores, indicação de detalhes técnicos, etc.
As escalas mais usuais são: 1/50 e 1/75.
FACHADA LATERAL
FONTE: (BEZERRA, 2010).
Detalhes Técnicos
Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um elemento
específico ou estrutural do edifício, para detalhe com precisão nas plantas e cortes.
Pode ser detalhe interno ou externo ao prédio.
Convenções e Símbolos
No Brasil, a representação gráfica do projeto, corresponde às normas editadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as principais:
• NBR 6492 - Representação de projetos;
• NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico.
Elementos do Projeto
Os elementos do projeto são diferenciados em dois pontos:
- O próprio projeto (o objeto representado);
- O conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.
Paredes
Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm,
mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o
uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no
entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa entre
dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc.).
Portas
Portas de correr
Janelas
O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1,50m,
sendo estas representadas conforme a figura abaixo, sempre tendo
como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente.
Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas
invisíveis.
ESQUEMA DE JANELAS
ESQUEMA DE JANELA
Níveis
São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada
referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero.
Regras principais para as cotas altimétricas:
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível;
• Indicar sempre em metros, na horizontal;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de
desníveis iguais (escada).
Comum Impermeável
Legenda
Usada para a informação, indicação e identificação do desenho:
• Designação da empresa;
• Projetista;
• Local;
• Data;
• Assinatura;
• Conteúdo do desenho;
• Escala;
• Número do desenho;
• Símbolo de projeção;
• Logotipo da empresa;
• Unidade empregada.
Escadas
As escadas são constituídas por:
• Degraus: pisos + espelhos;
• Pisos: pequenos planos horizontais que constituem a escada;
• Espelhos: planos verticais que unem os pisos;
• Patamares: pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da escada,
geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objetivo de facilitar a subida e o
repouso temporário do usuário da escada;
• Lances: sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano e um
patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares;
• Guarda-corpo e corrimão: proteção em alvenaria, balaústre, grades, cabos de
aço etc., na extremidade lateral dos degraus para a proteção das pessoas que utilizam
a escada.
O ORÇAMENTO
Elaborar um orçamento exige um processo ao qual se denomina orçamentação.
A técnica orçamentária exige identificação clara do produto e ou serviço, descrição
correta, quantificação, análise e valorização de uma série de itens, requerendo técnica,
atenção e, principalmente, conhecimento de como se executa uma determinada obra
e/ou serviço.
O conhecimento detalhado do serviço, a interpretação detalhada dos desenhos,
planos e especificações da obra lhes permite a melhor maneira de realizar cada tarefa
de uma obra, bem como identificar a dificuldade de cada serviço e consequentemente
seus custos.
Além dos serviços identificados e extraídos do projeto, existem outros
parâmetros que devem ser identificados, como é o caso das chuvas, condições do solo,
acesso, dificuldades de abastecimento de materiais, flutuações na produtividade dos
operários e despesas indiretas, tais como: água, luz, telefone, refeições, combustíveis,
manutenção do canteiro, etc.
A elaboração de um orçamento pode determinar o sucesso ou fracasso de uma
empresa construtora e/ou construtor, um erro no orçamento acarreta imperfeições,
frustrações, falta de credibilidade e prejuízos a curto e médio prazo.
O orçamento é à base de fixação do preço de um determinado projeto ou
empreendimento, é uma das mais importantes áreas no negócio da construção civil.
Executar um orçamento, não pode ser considerado um jogo de adivinhação,
deve ser um trabalho bem executado com critérios, normas, regras e utilização de
informações confiáveis; para que o verdadeiro custo de um empreendimento se
aproxime ao máximo da estimativa de custo realizado, ou seja; nenhum orçamento fixa
de antemão o valor exato dos custos, o que um bom orçamento realmente consegue é
uma estimativa de custos bem precisa em função da qual a empresa construtora irá
atribuir o seu melhor Preço de Venda.
Em geral, um orçamento é elaborado considerando-se:
• Custos diretos: mão de obra de operários, materiais e equipamentos.
Aqueles diretamente relacionados com os serviços a serem feitos na obra;
• Custos indiretos: equipes de supervisão e apoio, despesas gerais com o
canteiro de obras, taxas, etc.
Aqueles que não estão diretamente relacionados com os serviços, mas fazem
parte da estrutura organizacional da empresa construtora e da administração da obra.
Em relação aos custos indiretos, são as despesas relativas às instalações do
escritório, aluguel, condomínio, luz, telefone, etc; despesas com pessoal administrativo
(diretor, gerente, contador, secretária e outros), com comercialização (montagem de
propostas, visitas a clientes, marketing, brindes, etc.), despesas com apoio técnico de
escritório com obras e horas ociosas (pessoal parado por falta de serviço).
• Preço de venda: Incluindo custos diretos e indiretos, adicionando-se os
impostos e lucro da operação.
O preço final de um orçamento em uma planilha de vendas, proposta por uma
construtora ou construtor não deve ser tão baixo a ponto de não permitir lucro, e também
não deve ser tão alto a ponto de não ser competitivo com outras empresas na disputa
da realização de determinado serviço ou empreendimento.
Na elaboração de um orçamento, duas empresas construtoras chegarão sempre
a orçamentos bem distintos e diferentes para uma determinada concorrência; porque
diferentes são os critérios utilizados, a metodologia de levantamento de quantidade, as
técnicas e métodos utilizados para a execução de obra, os preços coletados, o BDI
(Bonificação de Despesas Indiretas) adotado pelas empresas, dentre outros fatores.
Em resumo, pode-se afirmar que o orçamento reflete a ideologia e as premissas
de uma construtora, constituindo-se em um produto que define a qualidade e
competência da empresa.
Regras gerais:
• Deve conter nome da obra, autor, data e número;
• Deve ser mostrada a referência de outros gráficos;
• Para análise, deve apresentar a estrutura existente.
• Cada função pode ser representada por um retângulo:
• Os retângulos devem conter os títulos dos cargos;
• Se há necessidade do nome do ocupante, este deve aparecer fora do
retângulo (ou dentro com letra de tipo diferente);
• Se o gráfico mostrar apenas parte da organização, deve haver linhas
abertas para demonstrar continuidade.
Principais objetivos:
• Padronização na representação dos métodos e nos procedimentos
administrativos;
• Podem-se descrever com maior rapidez os métodos administrativos;
• Pode facilitar a leitura e o entendimento das rotinas administrativas;
• Podem-se identificar os pontos mais importantes das atividades
visualizadas;
• Permite uma maior flexibilização e um melhor grau de análise.
Obs.:
• Estes não são os únicos símbolos existentes;
• Você pode criar seus próprios símbolos (usa-se muito em peças de
divulgação ou apresentações);
• Sempre coloque a legenda com o significado dos símbolos usados (nem
todos sabem o que significam);
• Você pode identificar com letras ou números os passos no seu
fluxograma.
Por exemplo:
Alguns dos elementos mais solicitados em nível da legislação brasileira quanto
ao código de obras:
Esta legislação está na Lei n.º 10.257, de 10 de Julho de 2001, que regulamenta
os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, onde estabelecem diretrizes gerais da
política urbana em nível da Legislação urbana e uso do solo.
Alvará de Construção
Licença expedida pela Prefeitura Municipal (Câmara Municipal de Curitiba,
2012), autorizando a execução de obra de construção. Para construções e
determinadas reformas de edificações, é necessário um alvará emitido pela prefeitura
da cidade na qual o imóvel está inscrito.
Diante de recentes acidentes, alguns com vítimas fatais, tornaram esse
procedimento de maior importância, pois os técnicos da Prefeitura devem analisar o
projeto proposto e verificar sua conformidade com o código de Edificações e com as
boas práticas de Engenharia para só então emitir o alvará de construção ou reforma.
A expedição de um alvará é obrigatória para todo e qualquer tipo de construção,
já para reformas, existem algumas distinções.
Pequenas reformas como pintura, substituições e consertos, reparos em
instalações elétricas e hidráulicas não necessitam do alvará, ao contrário de reformas
que incluem a alteração da estrutura original do imóvel, como a derrubada de paredes
de sustentação da edificação, em que a emissão do alvará se demonstra extremamente
importante, e obrigatória.
Para obter o alvará de construção o procedimento é simples:
• Antes de se iniciar uma construção ou reforma é necessária a criação
de um projeto. Com o auxílio de engenheiro ou arquiteto, a fase de análise do que
será ou não viável à construção ou reforma já pode ser antecipada, o que garante
maior facilidade na emissão do alvará da prefeitura.
• Com o projeto pronto, anexar os seguintes documentos:
• Cópia do último carnê do IPTU ou Incra (não precisa estar quitado);
• Cópia de um título de propriedade (escritura, formal de partilha ou
contrato particular de compra e venda registrado em cartório);
• Duas cópias do projeto;
• Duas cópias da carteira que comprove o registro do engenheiro
responsável no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA);
• Cópia do RG e CPF do proprietário do imóvel;
• Comprovante de regularidade da construção existente (caso não
possua, é possível conseguir as cópias originais das plantas aprovadas do imóvel com
a própria prefeitura).
Independente da cidade onde está situada a sua construção ou reforma, os
procedimentos burocráticos e documentos exigidos são basicamente os mesmos para
o processo de requerimento do alvará.
Observações importantes:
Efetuada a vistoria e constatada que a obra não se encontra concluída ou possua
itens em desacordo com o projeto aprovado, serão cobradas taxas adicionais referentes
às novas vistorias que porventura sejam necessárias para a comprovação da conclusão
da obra de acordo com o projeto aprovado (ver valor especificado no requerimento)
(Câmara Municipal de Curitiba, 2012).
Documentos Necessários:
• Requerimento próprio assinado pelo Resp. Técnico e Proprietário do
imóvel;
• Fotocópia do alvará de construção;
• Declaração quanto ao atendimento dos itens mínimos obrigatórios para
solicitação do CVCO;
• Documentos condicionados na folha do Alvará de Construção.
• Posteriormente poderão ser solicitados documentos adicionais que
porventura sejam necessários para atendimento à legislação vigente na época da
vistoria.
INSTALAÇÕES
Instalações Elétricas
Normas
A NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas em Baixa Tensão, baseada na
norma internacional IEC 60364, é a norma aplicada a todas as instalações cuja tensão
nominal é menor ou igual a 1000VCA ou 1500VCC.
Outras normas complementares à NBR 5410 são:
Instalações Hidrossanitárias
Normas
• NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria;
• NBR 7198/1993 – Instalações Prediais de Água Quente;
• NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de
tanques sépticos;
• NBR 8160/1983 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários;
• NBR 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento
complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e
operação.
Individual
O sistema de aquecimento é individual quando alimenta uma única peça de
utilização. Ex.: chuveiros, torneiras.
Central Privado
O sistema de aquecimento é central privado, quando alimenta várias peças de
utilização de um único domicílio. Ex.: aquecedor de acumulação e reservatório de água
quente.
Central Coletivo
O sistema de aquecimento é central coletivo, quando alimenta peças de
utilização de vários domicílios ou várias unidades. Ex.: edifício de apartamentos, hotéis,
motéis, hospitais etc.
O despejo de esgoto sanitário poderá ser feito por meio das seguintes formas:
Direto
O esgoto é lançado diretamente do coletor predial ao coletor público, quando a
profundidade do mesmo não exceder à do coletor público.
Indireto
O esgoto é recolhido em uma elevatória, quando a profundidade do coletor
predial exceder à do coletor público e em seguida é recalcado para o mesmo.
Aspectos gerais
Características do gás
O GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) é obtido a partir da destilação do petróleo,
sendo formado basicamente pela mistura de propano e butano, em proporções variáveis
(BERTONCEL, 2008). Apresenta as seguintes propriedades:
• Densidade 2 em relação ao ar, na forma de gás 0,55 em relação a
água, na {forma líquida;
• Facilidade e rapidez de operação;
• Não produz resíduos após a queima;
• Poder calorífico médio 12 000 Kcal/kg.
O emprego do GLP nos domicílios é cada dia maior, visto que poucas
cidades no Brasil dispõem de gás combustível canalizado nas ruas, sendo necessária
a instalação domiciliar com recipientes que armazenam o GLP.
Recipientes
As empresas que fazem a distribuição do gás liquefeito de petróleo utilizam
recipientes de aço, que podem ser transportáveis (butijões ou cilindros) ou fixos,
dependendo de suas capacidades.
Há um grande número de normas da ABNT que regulamentam as dimensões,
os testes para o controle de qualidade dos recipientes para GLP, bem como as
mangueiras flexíveis utilizadas e as válvulas para os recipientes.
Os recipientes transportáveis de aço para GLP têm as seguintes capacidades,
regulamentadas pelas normas:
• kg - NBR 8470/84;
• 5kg - NBR 8471/84;
• 13 kg - NBR 8462/84;
• 45 kg - NBR 8463/84;
• 90 kg - NBR 8472/84.
Os butijões de 2 e 5 kg são utilizados em lampiões para iluminação, laboratórios,
camping, etc., os de 13 e 45 kg são utilizados em casas e prédios residenciais: os
cilindros de 90 kg são empregados nas instalações de maior consumo.
Pressões de utilização
O GLP é fornecido em recipientes de aço, no estado líquido, com
pressões da ordem de 50 a 150 psi (35 a 105m H2O). Na saída dos recipientes, por
meio do regulador de alta ou de 1º estágio, ocorre uma redução para 15 psi (10 m
H2O) e, posteriormente, pelo regulador de baixa ou de 2º estágio, a pressão chega a
0,4 psi (0,28 m H20), valor indicado para o consumo nos aparelhos. A figura abaixo
ilustra um regulador de 2º estágio.
www.temseguranca.com/2011_03_01_archive.html
A instalação predial do GLP pode ser individual, onde cada domicílio possui seus
recipientes ou por distribuição central, com um medidor de consumo para cada
domicílio. Em residências, o recipiente de GLP (botijão ou cilindro de gás) deve ficar
localizado em áreas externas, reservadas para este fim, sendo o gás levado aos pontos
de consumo por meio de canalizações próprias, às quais denominamos instalações
prediais de gás (ou de GLP). No esquema abaixo é indicada as distâncias mínimas a
serem observadas para instalar a central de gás.
Instalações Especiais
Ar-Condicionado
Vantagens do equipamento:
• Longevidade dos eletrodomésticos é prolongada;
• Uma atmosfera mais confortável;
• Utilizados tanto no inverno como no verão.
• Desvantagens do equipamento:
• Resseca o ar causando irritação aos olhos;
• Recirculação do ar (não renovação do ar);
• Alto consumo de energia elétrica;
• Uso de gases prejudiciais à camada de ozônio e efeito estufa;
• Manutenção periódica;
• Interfere na arquitetura de interiores (espaços necessários); O mau
uso do ar-condicionado compromete a saúde.
O que os mais diversos modelos de ar-condicionado ainda não conseguiram
eliminar é um incômodo efeito colateral: o ressecamento do ar. "Em contato com o frio,
a umidade do ar se condensa em gotinhas dentro do aparelho, como acontece em uma
garrafa fechada e gelada”.
Instalações de Incêndio
www.technomaster.com.br/ILUMINACAOEMERGENCIA/ILUMINACAO%20DE
%20EMERGEN CIA.html
Sinalização com símbolos e letras que indicam a rota de saída que pode ser
utilizada.
A função da “Iluminação de Emergência” é iluminar as áreas escuras de
passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de
controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação
normal. A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e garantir
a evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumo nas áreas.
Obs.: A central de iluminação de emergência com baterias não pode ser utilizada
para alimentar quaisquer outros circuitos ou equipamentos. Esta exigência baseia-se no
cálculo de tempo limitado da autonomia da iluminação de emergência definida para
abandono do prédio e não para a autonomia definida para outros tipos de serviço.
A iluminação de emergência pode ser realizada com um sistema autônomo ou
por um sistema centralizado:
• Sistema autônomo: Cada bloco autônomo, ponto de luz e placa de
saída possuem as suas próprias baterias e os seus próprios carregadores de bateria.
Uma das vantagens é o lado prático deste sistema, pois basta fixar e ligar o
equipamento à rede elétrica. Uma desvantagem é o custo de manutenção destes
equipamentos, pois de cada dois a três anos é necessária à
substituição de todas as baterias. Essas possuem uma vida útil e
perdem o tempo de autonomia exigido pelas normas, o que geralmente corresponde a
50% do valor do equipamento novo mais a mão de obra.
Definição:
• Fase de projeto – consultar segurança, seguradora, bombeiros, instaladores e
manutenção;
• Identificar as razões da proteção (vida, propriedade, etc.);
• Análise de risco nas áreas a proteger;
• Extensão da proteção (parcial ou total);
• Avaliar os recursos disponíveis (humanos, financeiros, etc.).
Principais normas:
• NBR 9441 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
• NBR 11836 - Detectores Automáticos de Fumaça;
• NBR 13848 - Acionadores Manuais.
IMPLANTAÇÃO
Topografia:
• Deriva das palavras gregas topos e graphen;
• Significa: descrição exata e minuciosa de um lugar;
• Estudo de parte da superfície terrestre e sua representação gráfica.
GABARITO E LOCAÇÃO
construfacilrj.com/locacao-da-obra/
A locação por tábuas corridas é indicada para obras de maior porte com muitos
elementos a serem locados. Consiste em contornar a futura edificação com um cavalete
contínuo constituído de estacas e tábuas niveladas, e em esquadro.
Definem-se as linhas do gabarito cravando-se pontaletes de pinho distanciados
entre si de 1,50 m e afastados das futuras paredes 1,20 m ou mais.
São estes pontaletes que dão rigidez ao cercado e devem ser fincados já
nivelados e alinhados. Em seguida, pregam-se as tábuas sucessivas, niveladas,
formando uma cinta em volta da área a ser construída.
construfacilrj.com/locacao-da-obra/
ESQUADRO DA TABEIRA
www.flickr.com/photos/tecdaconstrucao/3793296535/
Antes de iniciar a locação da obra, o terreno deve estar limpo e de preferência,
na cota de arrasamento das fundações.
A locação é então iniciada a partir de um ponto conhecido e previamente
definido. Pode-se ter como referência os seguintes pontos:
• O alinhamento da rua;
• Um poste no alinhamento do passeio;
• Um ponto deixado pelo topógrafo;
• Uma lateral do terreno.
(b) distância entre roldana e tambor do guincho: esta distância deve estar
compreendida entre 2,5 m e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a
posição do guincheiro;
(c) baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que a
largura da caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras
dimensões (altura e comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do volume
correspondente a uma carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as dimensões
usuais são aproximadamente:
3,00 m x 3,00 m x 0,80 m (altura);
(d) estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser estimada
com base no orçamento e na programação da obra. As seguintes dimensões devem
ser consideradas neste cálculo:
- dimensões do saco de cimento: 0,70 m x 0,45 m x 0,11 m (altura);
- altura máxima da pilha: 10 sacos. No caso de armazenagem inferior a 15 dias a
NBR 12655 permite pilhas de até 15 sacos;
(e) estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no
orçamento e na programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico,
limitando, por questões de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da
pilha em aproximadamente 1,40 m;
(g) bancada de fôrmas: a bancada deve possuir dimensões em planta que sejam
pouco superiores às da maior viga ou pilar a ser executado;
(h) portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a passagem
do maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de
execução. Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m é suficiente;
Áreas de vivência
Instalações Sanitárias
Vestiário
Todo canteiro de obras deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residam no local.
Os vestiários devem:
• Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
• Ter bancos, com largura mínima de 0,30 m.
Refeitório
É obrigatória a existência de local adequado para as refeições, que deve:
• Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no
horário das refeições;
• Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior.
Para qualquer número de trabalhadores, mesmo que não haja cozinha no
canteiro, deve haver local exclusivo para aquecimento das refeições.
Áreas de apoio
O depósito de materiais deve ficar próximo dos acessos da obra e ser localizado
de modo a permitir fácil distribuição dos materiais pelo canteiro.
Os depósitos são locais destinados à estocagem de materiais volumosos ou de
uso corrente, podendo ser a céu aberto ou cercado, para possibilitar o controle.
FUNDAÇÕES
Definição
Conjunto de elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno as cargas
da edificação.
Função
As fundações devem ter resistência adequada para suportar as tensões
causadas pelos esforços solicitantes.
Classificação
• Fundações diretas
As cargas da edificação são transmitidas ao solo pela base da fundação.
Podem ser rasas ou profundas.
• Fundações indiretas
As cargas da edificação são transferidas ao solo pelo atrito que ocorre entre a
fundação e o solo. São sempre profundas.
Sapatas
www.sitengenharia.com.br/softwaresapata.html
Sapata Isolada
Recebe as cargas de apenas um pilar. É uma solução preferencial por ser, em
geral, mais econômica em razão de consumir menos concreto. As sapatas podem ter
vários formatos, mas o mais comum é o cônico retangular, pois consome menos
concreto e exige trabalho mais simples com a fôrma. No caso de pilares de formato não
retangular, a sapata deve ter seu centro de gravidade coincidindo com o centro de
cargas.
construironline.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=397
Sapata Corrida
A sapata corrida é normalmente utilizada como apoio direto de paredes, muros
e pilares alinhados, próximos entre si. A transferência de carga é feita linearmente.
construironline.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=397>.
Sapatas alavancadas
Caso o projeto preveja uma sapata em divisa de terreno ou com algum obstáculo,
a peça não consegue ter o centro de gravidade e o centro de cargas coincidentes. Para
compensar a excentricidade das cargas, é necessário transferir parte dos esforços para
uma sapata próxima por meio de uma viga alavancada.
construcaociviltips.blogspot.pt/2012_02_01_archive.html
Estacas
www.uepg.br/denge/aulas/fundacao/fig10.htm
Estacas de Concreto
As estacas de concreto são comercializadas com diferentes formatos
geométricos. A capacidade de carga é bastante abrangente, podendo ser simplesmente
armadas, protendidas, produzidas por vibração ou centrifugação.
Estacas Metálicas
São constituídas de perfis laminados ou soldados e de tubos de chapa drobrada
nas seções circular, quadrada ou retangular, também na forma de trilhos. A cravação
pode ser feita com bate-estacas e as emendas, quando necessárias, são feitas com
talas aparafusadas ou soldadas.
Estacas de Madeira
As estacas de madeira somente devem ser usadas quando for garantida a
durabilidade da madeira a fim de que ela não apodreça por causa das variações do
lençol freático. A madeira deve ser tratada para evitar ataque de fungos. Se as estacas
forem cravadas em terrenos firmes, as pontas devem ser protegidas com ponteiras de
aço.
• Tipo Strauss
Elemento de fundação escavado mecanicamente, com o emprego de uma
camisa metálica recuperável, que define o diâmetro das estacas. O equipamento
utilizado é leve e de pequeno porte, facilitando a locomoção dentro da obra e
possibilitando a montagem do equipamento em terrenos de pequenas dimensões.
A perfuração é feita por meio da queda livre da piteira com a utilização de água.
O furo geralmente é revestido. Atingida a profundidade de projeto, o furo é limpo e
concretado. Durante a concretagem, o apiloamento do concreto e a retirada cuidadosa
do revestimento devem ser observados, para que não haja interrupção do fuste.
arquitectandoufpb.blogspot.pt/2012/06/fase-da-obra-fundacoes.html
www.solotecgeo.com.br/iframe/servicos/fundacoes/estacas_helice_continuas.ht
m
• Estaca Raiz
Estacas escavadas com perfuratriz, executadas com equipamento de rotação ou
rotopercussão com circulação de água, lama bentonítica ou ar comprimido. É
recomendado para obras com dificuldade de acesso para o equipamento de cravação,
pois emprega equipamento com pequenas dimensões (altura de aproximadamente 2m).
Pode atravessar terrenos de qualquer natureza, sendo indicado também quando o solo
possui matacões e rocha, por exemplo. Pode ser executada de forma inclinada,
resistindo a esforços horizontais.
www.vtn.com.br/pre-moldados-e-fundacoes/fundacao-eestaca/index.php
Radier