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DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

GEOMETRIA DESCRITIVA

Aula

Avelino Vemba, Engº

Lubango, 23
SUMÁRIO

 Introdução ao Estudo de Geometria Descritiva;


 Normalização.
OBJECTIVOS

 Que o Estudante conheça a importância do estudo da


Geometria Descritiva no seu Corso e na Engenharia;
 Que o Estudante conheça as normas técnicas a serem
obedecidas na execução de um desenho.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOMETRIA
DESCRITIVA

A Geometria Descritiva é a ciência de base matemática que estuda a


representação gráfica dos elementos do espaço projectados sobre dois ou
mais planos. Deste modo permite a solução de problemas tridimensionais
com o auxílio da geometria plana, e possui aplicações na indústria e nas
artes.
O estudo da Geometria Descritiva tem como objectivo principal o
desenvolvimento do raciocínio tridimensional e consequente aprimoramento
da percepção espacial1, indispensáveis à criatividade e à inteligência
necessárias para a concepção de projectos. Este objectivo é alcançado quando
existe uma total compreensão do espaço tridimensional e de sua
representação em um domínio bidimensional.
A Geometria Descritiva (GD) constitui uma das bases teóricas dos cursos de
Engenharia, Arquitectura, Desenho Industrial, além dos cursos de Matemática,
Geologia e Artes Plásticas. Os conceitos de GD adquiridos são aplicados nas
demais disciplinas destes cursos e, principalmente, no decorrer da actividade
profissional, pois essas profissões exigem um alto grau de pensamento lógico e a
capacidade de pensar em três dimensões.
É importante lembrar que o aprendizado da GD, por se tratar de um assunto
totalmente novo para o aluno, pois geralmente não faz parte do currículo das
disciplinas do ensino médio, exige paciência e dedicação. A segurança e o
amadurecimento se adquirem com a prática.
A Geometria Descritiva foi concebida por Gaspard Monge (Figura 1) quando
este era professor na École Militaire de Mézières na França, no período de 1765
a 1789 (STRUIK 1992, p.235). No princípio, a Geometria Descritiva foi
utilizada para resolver problemas de projecto, sendo considerada assunto de
interesse da Defesa Nacional. Essa disciplina foi ensinada por Monge.

Figura 1: Imagem de Gaspard Monge, o criador da Geometria Descritiva.


Para Monge, os dois principais objectivos da Geometria Descritiva eram:
 Representar através de desenhos bidimensionais os objectos tridimensionais que são
susceptíveis de definição rigorosa (linguagem para quem concebe o projecto, dirige a
execução ou executa diferentes partes do trabalho) ;
 Inferir, a partir da descrição exacta dos objectos, informações sobre a sua forma e
posição.
RORMALIZAÇÃO

 Normas técnicas
 Material para o desenho
 Formatos de Papel
 Esquadria e Legenda
 Dobragem
 Linhas
 Caligrafia Técnica
 Escalas
 Cotagem
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

GEOMETRIA DESCRITIVA

Aula 02

Avelino Vemba, Engº

Lubango, 23
SUMÁRIO

 Escalas

 Cotagem
OBJECTIVOS

 Conhecer os tipos de escalas a serem aplicados na execução do


desenho;
 Usar a cotagem para indicar a forma e a localização dos elementos
de uma peça;
 Cotar desenhos com representações e aplicações diversas, como
sejam: vistas múltiplas, desenhos de conjunto e perspectivas;
 Aplicar as técnicas da cotagem a peças de geometria e
complexidade diversas, de modo a garantir a legibilidade,
simplicidade e clareza do desenho..
ESCALA

Deve-se sempre que possível, procurar fazer o desenho nas medidas reais da
peça, para transmitir uma ideia melhor de sua grandeza. Para componentes
que são demasiadamente pequenos, precisamos fazer ampliações que
permitam a representação de todos os detalhes conforme norma. No caso
inverso, isto é, para peças de grande tamanho, o desenho deve ter proporções
menores, sendo possível assim a sua execução dentro dos formatos
padronizados.
A escala é a relação entre a dimensão do objecto representado no papel
(desenho) e a sua dimensão real ( dimensão do objecto).
ESCALAS RECOMENDADAS PELA ABNT
EXEMPLOS DOS TIPOS DE ESCALAS
COTAGEM

Os desenhos para fabricação ou produção devem possuir todas as


informações necessárias à sua execução, tais como: medidas, tipo de
material, acabamento, etc.
As medidas são dadas através da cotagem destes desenhos, que deve ser
feita de forma clara, sem omissões.
Toda a cotagem segue uma padronização que visa facilitar seu
entendimento. Portanto, para se ler e interpretar a cotagem de um desenho é
necessário conhecer alguns de seus elementos:
 Linha de cota - estreita e contínua, traçada paralelamente às dimensões
da peça, distando aproximadamente 7 mm do contorno do desenho.
 Setas - devem ser abertas ou fechadas, e ter ângulo de 15° (ou dimensões
de aproximadamente 3 mm por 1 mm).
 Linha auxiliar ou de extensão - estreita e contínua, limita as
linhas de cota. A linha auxiliar não pode encostar nas linhas de contorno
do elemento do desenho que está sendo cotado, e deve
ultrapassar um pouco as linhas de cota (2 ou 3 mm).
 Cotas - são os valores numéricos que representam as medidas da peça.
São escritas centralizadas e acima das linhas de cota quando na
horizontal, ou centralizadas e à sua esquerda quando na vertical.
A altura mínima dos algarismos deve ser de 2,5 e o máximo de 4 mm.
 Deve-se evitar cotas em arestas não visíveis, se necessário aplicando um
corte.
TÉCNICAS DE COTAGEM

Existem algumas regras fixas para a representação das cotas, embora seu
posicionamento admita uma certa variação de acordo com as características
de cada peça. Sendo assim, observe com atenção algumas regras básicas:
 Deve-se indicar sempre as medidas totais de uma peça (altura, largura,
comprimento). Essas medidas deverão estar localizadas entre as duas
vistas a que tal dimensão seja comum.
 As cotas são colocadas na vista que melhor caracteriza o detalhe a que
se refere, distribuindo-as entre todas as vistas da peça.
 A cotagem deve ser feita de preferência fora da vista, sendo porém, em
alguns casos, aceitável cotar-se internamente.
 Deve-se evitar que as linhas de cota interceptem as linhas representadas
no desenho ou se interceptem entre si. Desta forma, as cotas maiores
deverão ser colocadas por fora das menores; e a entre duas linhas de cota
paralelas deve ser de aproximadamente 8 ou 10 mm.
 Quando o espaço a cotar for pequeno, as setas devem ser representadas
externamente, no prolongamento da linha de cota desenhado com esta
finalidade. Quando existirem duas cotas pequenas consecutivas, a seta
entre elas será substituída por um traço oblíquo a 45° ou por um ponto.

Observação: De maneira geral, as cotas com valor abaixo de 10 mm


{Escala natural - ver item sobre escalas) tem as setas deslocadas para
fora.
 A localização de detalhes circulares será sempre feita em função do centro.
 Linhas de centro, linhas de contorno e eixos de simetria podem ser usados
como linhas de extensão, mas jamais como linhas de cota.
 As linhas de centro e eixos de simetria não devem interceptar a linha de
cota.
 As circunferências são cotadas interna ou externamente, dependendo do
espaço disponível. Quando cotada internamente, a linha de cota deverá
estar inclinada a 45°.
 Na cotagem de várias circunferências concêntricas, deve-se evitar
colocar mais de duas cotas passando pelo centro a fim de não dificultar a
leitura do desenho.
 Os raios de arcos são cotados interna ou externamente, de acordo com o
espaço disponível

 Para a cotagem de ângulos, os valores deverão ser dispostos de acordo


com o quadrante, em uma das formas apresentadas na figura.
Trabalho individual
1. Completa as lacunas
2. Dadas as peças abaixo, desenhar e cotar correctamente na
escala dada.

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