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Ministério da Educação
Instituto Politécnico da Humpata
Coordenação de Física
CINEMÁTICA E DINÂMICA
I. M. Gelfand (1913–2009).
Humpata, 2020
Material de apoio-10ª Classe-CINEMÁTICA/DINÂMICA
Derivadas
Regra 1: Derivada da soma:
Sejam f(x) e g(x) duas funções, tal que f(x)+g(x), então:
𝑑 𝑑 𝑑
𝑓 𝑥 ± 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Regra 2: Derivada de uma potência:
Se f(x)=xn, então:
𝑑𝑓 𝑑
= 𝑥 𝑛 = 𝑛 ⋅ 𝑥 𝑛−1
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Regra 3: Derivada de uma função constante,
Se f tem um valor constante, tal que f(x)=c, então:
𝑑𝑓 𝑑
= 𝑐 =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Regra 4: Multiplicação por uma constante
Se f é uma função variável de x e c é uma constante, tal que f(x)=cx, então:
𝑑𝑓 𝑑 𝑑
= 𝑐𝑥 = 𝑐 (𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Exemplos
Exemplo 1: Aplicação da regra 7:
Seja f(x)=8,
𝑑 𝑑
𝑓 = 8 =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Exemplo2: Aplicação da regra 4:
Seja f(x)=3x2
𝑑 𝑑
𝑓= 3𝑥 2 = 2 ∙ 3𝑥 = 6𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Exemplo 3: Aplicando simultaneamente as regras 1 e 4:
4
Seja 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 + 3 𝑥 2 − 5𝑥 + 1
𝑑 𝑑 4 𝑑 3 𝑑 4 2 𝑑 𝑑
𝑓= 𝑥 3 + 𝑥 2 − 5𝑥 + 1 = 𝑥 + 𝑥 − 5𝑥 + 1
𝑑𝑥 𝑑𝑥 3 𝑑𝑥 𝑑𝑥 3 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 𝑑 4 𝑑 2 𝑑 𝑑
𝑓= 𝑥3 + 𝑥 −5 𝑥 + 1
𝑑𝑥 𝑑𝑥 3 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑 4
𝑓 = 3𝑥 2 + ∙ 2𝑥 − 5 + 0
𝑑𝑥 3
𝑑 8
𝑓 = 3𝑥 2 + 𝑥 − 5 + 0
𝑑𝑥 3
Encontre as derivadas das seguintes funções:
y=2x2+3x-1
f(x)=8t5-4t4
Integrais
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Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................................... 5
1 ESTUDO DO MOVIMENTO DUMA PARTÍCULA OU PONTO MATERIAL ............................................... 5
1.1 Estudo do movimento de uma partícula material. ............................................................................... 5
1.2 VECTOR DESLOCAMENTO E DESLOCAMENTO ESCALAR. .............................................................. 7
1.2.1 DESLOCAMENTO ......................................................................................................................................... 7
1.2.2 DISTÂNCIA PERCORRIDA........................................................................................................................ 8
1.3 Movimento Rectilíneo: Velocidade ............................................................................................................... 9
1.4 Movimento Rectilineo: aceleração ............................................................................................................. 11
1.5 Exemplo de movimentos simples ............................................................................................................... 13
1.6 Ascensão e queda de um grave........................................................................................................................ 17
1.6.1 Queda de um grave .................................................................................................................................. 17
1.6.2 Ascensão de um grave ............................................................................................................................ 18
1.7 Lançamento horizontal .................................................................................................................................... 19
1.8 Lançamento oblíquo .......................................................................................................................................... 20
1.9 Movimento circular uniforme (MCU) ....................................................................................................... 22
2 UNIDADE II - INTERACÇÕES ENTRE OS CORPOS ....................................................................................... 25
2.1 Leis da Dinâmica. Conceito de Força......................................................................................................... 25
2.1.1 1ª Lei de Newton (Lei da Inércia) .................................................................................................... 25
2.1.2 2ª Lei de Newton ( Lei Fundamental da Dinâmica ) ............................................................... 25
2.1.3 3ª Lei de Newton ( Lei da Acção - Reacção ) ............................................................................... 25
2.2 Força de atrito ...................................................................................................................................................... 26
2.3 Quantidade de movimento ou Momento Linear de uma partícula ........................................... 28
2.4 Variação da quantidade de movimento de uma partícula. Impulso de uma força ............ 29
2.5 Lei da Conservação do Momento Linear ................................................................................................. 29
3 Unidade III: Trabalho, Energia e Potência........................................................................................................ 31
3.1 Trabalho ................................................................................................................................................................... 31
3.2 Energia...................................................................................................................................................................... 31
3.3 Potência.................................................................................................................................................................... 32
3.4 Unidades de trabalho e de potência .......................................................................................................... 32
3.5 Colisões entre partículas ................................................................................................................................. 33
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INTRODUÇÃO
A Física é um ramo do conhecimento organizado e fundamentado que, ambiciona
descrever, interpretar e prever fenómenos do universo, desde os mais simples aos mais
complexos.
No conjunto das ciências, a Física ocupa um lugar especial pela sua estreita relação com a
tecnologia e produção, pelos seus métodos e relações com outras ciências, pelo papel que joga
no desenvolvimento e estabelecimento da concepção científica do mundo e pelas suas
implicações sociais, entre outros aspectos.
Um dos objectivos dos físicos e dos engenheiros é descobrir a relação entre os movimentos e
as interações que os produzem e dispor as coisas de modo a produzir movimentos úteis.
O conjunto de regras ou princípios que se aplicam à análise de todos os tipos de movimento
constitui a Mecânica.
A Mecânica divide-se em: Cinemática, Dinâmica e Estática.
UNIDADEI – CINEMÁTICA
1 ESTUDO DO MOVIMENTO DUMA PARTÍCULA OU PONTO MATERIAL
1.1 Estudo do movimento de uma partícula material.
Como já sabemos, o mundo em que vivemos é um mundo em movimento; desde o
infinitamente pequeno, como as partículas sub-atómicas, ao infinitamente grande, como as
grandes galáxias. Tudo está em constante movimento e transformação.
Como o mundo em que vivemos esta em contínuo movimento, vamos começar por falar da
Física a partir de uma incursão ao estudo generalizado do movimento independentemente das
suas causas e efeitos, ao que chamamos de cinemática. Considerando a cinemática como a
ciência que estuda o movimento dos corpos sem ter em conta suas causas, é nos importante
analisar todas as grandezas Físicas que lhe vinculam. Procedemos, inicialmente, à descrição
do movimento de um ponto material (partícula material).
Em Física tudo que existe na natureza e que tem peso e ocupa espaço chama-se Corpo Físico,
e que estão em contínuo movimento. E é comum, ao estudarmos o movimento de um corpo
qualquer, trata-lo como se ele fosse uma partícula (ou corpo material).
Dizemos que um corpo é uma partícula ou pontomaterial quando as suas dimensões podem
ser desprezíveis em comparação com a distância que percorre e reduzidas a um ponto. Por
exemplo: um avião é considerado como ponto material ao longo do seu movimento de
Lubango a Luanda. O mesmo avião já não pode ser assim considerado durante suas manobras
no aeroporto
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Tarefa 1.1: Cite mais exemplos de situações em que um corpo pode ser considerado
ponto material.
Quando um corpo pode ser tratado como uma partícula, o estudo do seu movimento
simplifica-se bastante. Por este motivo, sempre que nos referimos ao movimento de um
objecto qualquer, estaremos tratando-o como se fosse uma partícula.
Uma partícula ou corpo físico está em movimento quando a sua posição se altera ao longo do
tempo em relação a um referencial. Caso contrário, diz-se que está em repouso.
Relatividade do movimento
A linha formada por diversos pontos do espaço ocupados pela partícula durante o seu
movimento ao longo do tempo chama-setrajectória, que pode ser rectilínea (quando a
partícula se desloca numa linha recta) e curvilínea (quando a partícula se desloca numa linha
curva). Mas independentemente da trajectória, os movimentos podem ser uniformes ou
variados.
Tarefa 1.2: dê exemplos de corpos que se movem em linha recta e em linha curva (um
exemplo para cada caso).
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Em Física, o deslocamento de um corpo é uma grandeza que pode ser definida como a
variação de posição de um corpo dentro de uma trajectória determinada. Dessa forma,
deslocamento pode ser obtido pela diferença da posição final e a posição inicial do móvel. O
deslocamento é independente da trajectória e seu módulo representa a menor distância entre o
ponto inicial e final de um corpo em movimento.
Chama-se vector deslocamento (𝑆) de um corpo, ao segmento de recta orientado que une a
posição inicial do corpo com a sua posição final. Portanto, o deslocamento de uma partícula,
num dado intervalo de tempo Δt, corresponde a variação do vector posição da partícula nesse
intervalo de tempo.
O Deslocamento escalar de uma partícula num dado intervalo de tempo é a diferença entre a
posição final, e a posição inicial. No Sistema Internacional de unidades (SI) em metros (m)
Se 𝑥 = 𝑥0 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 ∆𝑥 = 0
A posição de um corpo pode ser determinada de três maneiras, se o corpo se move sobre um
eixo, no plano e no espaço e assim o deslocamento também pode ser determinado na recta, no
plano e no espaço.
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Também pode-se entender Distância ou Espaço Percorrido como distância real percorrida
pelo móvel.
𝑑 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 + 𝐶𝐷 Eq. 1.4
Actividades
Actividade 1.3:Um caminhão parte do km 30 de uma rodovia, leva uma carga até o km 145
dessa mesma estrada e volta, em seguida, para o km 65. Determine:
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O movimento mais fácil de analisar é o rectilíneo, cuja trajectória é uma linha recta. É este,
por exemplo, o movimento de um corpo que cai verticalmente na superfície terrestre.
Tomemos o nosso sistema de referência de modo que o eixo X (fig. 7) coincida com a
trajectória. A posição do objecto é definida pela sua coordenada x, que é a distância a partir de
um ponto arbitrário O, ou origem do sistema de coordenadas. Em principio, a coordenada x
pode relacionar-se com o tempo por meio de uma relação funcional x=f(t). Obviamente, x
pode ser negativo ou positivo, conforme a posição do corpo em relação a origem O.
A velocidade média durante um certo intervalo de tempo é igual à razão entre o espaço
percorrido e esse intervalo de tempo.
Contudo, num intervalo de tempo, um corpo pode deslocar-se algumas vezes mais
rapidamente e outros mais lentamente.
Para se determinar a velocidade instantânea num certo tempo, quando um corpo passa por um
dado ponto, como P, deve-se tomar o menor intervalo de tempo Δt possível. Em linguagem
matemática, isto equivale a calcular o valor limite da fracção da equação 1.5 quando o
denominador Δt tende para zero. Escreve-se na forma
𝛥𝑥
v=lim vmed= lim , que é a definição matemática da derivada temporal de x, isto é:
𝛥𝑡
Δt→0 Δt→0
𝑑𝑥
𝑣= Eq. 1.6
𝑑𝑡
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E assim,
Transformação Importante:
Para converter a velocidade de Km/h para m/s basta dividir o valor por 3,6. E de m/s para
km/h basta multiplicar o valor por 3,6.
Exemplo:
Solução: 15x3,6=54
Logo, 15km/s=54km/h
Tarefa 1.6: Investiga por quê é que para transformar de km/h para m/s e vice-versa basta
dividir ou multiplicar por 3.6.
É necessário recordar que o deslocamento Δx (dx) pode ser positivo ou negativo, conforme o
movimento da partícula seja para a direita ou para a esquerda. O resultado é um sinal positivo
ou negativo para a velocidade. Assim:
∆x = 59 km – 73 km = – 14 km
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Vm = – 84 km/h
Em geral, quando um corpo se move, sua velocidade não é sempre a mesma. Em alguns
momentos a velocidade do corpo é maior de que em outros. Para medir a variação da
velocidade de um corpo, introduziu-se o conceito de aceleração. Observando a figura 9,
suponhamos que no instante t 0 se encontra um objecto em P0 com velocidade v0, e que no
instante t se encontra em P com velocidade v. A aceleração média entre P e P 0 calcula-se por
maio da relação
𝑣−𝑣0 𝛥𝑣
𝑎𝑚 = = 1.7
𝑡−𝑡 0 𝛥𝑡
Onde Δv=v-v0 é a variação da velocidade e Δt=t-t0 é o tempo decorrido. Deste modo:
a aceleração media durante um certo intervalo de tempo é dada pela razão entre a variação
da velocidade e esse intervalo de tempo.
Ex: A tabela a seguir fornece a velocidade escalar instantânea de uma partícula em alguns
instantes:
V 40 60 40 20
(m/s)
t(s) 1 5 7 12
Determine a aceleração escalar média da partícula nos seguintes intervalos de tempo:
a) De t = 1 s a t = 5 s;
b) De t = 1 s a t = 7 s;
c) De t = 5 s a t = 7 s.
Respostas: a) 5 m/s2; b) Zero; c) –10 m/s2
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Exemplo 1
Um automóvel é acelerado durante alguns segundos, de modo que a sua posição ao longo
da estrada como função do tempo é dada por:
x= 0,2t3+0,5t2+0,5 (SI);
Solução
𝑑𝑣 𝑑
a= 𝑑𝑡 =𝑑 (0,6t2+1,0t)=(1,2t+1,0)ms-2
Exemplo 2
Actividades propostas
Seja 𝑣 = 4𝑡 2 + 8𝑡(SI) uma função que representa a variação da velocidade com o tempo.
Determine:
Actividades propostas
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Um corpo percorre uma trajectória de acordo com a lei x=16t-6t2, onde x é medido em metros
e t em segundos. Determine:
Actividades propostas
A aceleração de um corpo é dada por a=4-t2, onde a é dado em m/s2 e o tempo em segundos.
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CINEMÁTICA/DINÂMICA
Ficha de exercícios
1. Como deve ser a velocidade para que um corpo percorra distâncias iguais em intervalos
de tempos iguais?
2. A que é igual a aceleração no Movimento Rectilíneo Uniforme? Justifique sua resposta.
3. A posição de um corpo varia no tempo de acordo com a equação:
𝑥 = 10 + 5𝑡 SI
Determine:
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Exercícios resolvidos
1.Estabeleça a função horária do espaço correspondente ao movimento uniforme que ocorre
na trajetória a seguir:
X0 = 18 m ; v = ∆x / t∆=(12 – 18)/(3 – 0)
v = – 2 m/s
x = x0 + v t ⇒x = 10 – 2t (SI)
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2.Um comboio move-se ao longo de uma secção recta de via com velocidade de 180kmh -1. A
desaceleração de travagem é de -2ms-2. Supondo-se que a aceleração permanece constante, a
que distância da estação deverá o maquinista travar para que o comboio pare na estação?
Quanto tempo demorará para parar?
Solução
Temos v0=180kmh-1=50ms-1 e a=-2ms-2. Também, como o comboio para, v=0. Então, pela
equação 2.10,
0=(50ms-1)2+2(-2ms-2)(x-x0)
2500 𝑚 2 𝑠 −2
De modo que x-x0= =625m
4𝑚 𝑠 −2
O tempo necessário para parar o comboio é determinado com ajuda da equação 1.12 fazendo
v=0: 0= 50ms-1+(-2ms-1)(t-t0) ou t-t0=25s.
3.Em uma estrada de pista única, uma moto de 2,0 m de comprimento, cuja velocidade tem
módulo igual a 22,0 m/s, quer ultrapassar um caminhão longo de 30,0 m, que está com
velocidade constante de módulo igual a 10,0 m/s. Supondo-se que a moto faça a ultrapassagem
com uma aceleração de módulo igual a 4,0 m/s2, calcule o tempo que ela leva para ultrapassar o
caminhãoe a distância percorrida durante a ultrapassagem.
Tomando o caminhão como referencial, temos, para a moto:
V0 = 22,0 m/s – 10,0 m/s = 12,0 m/s; a = 4,0 m/s2 e ∆s = 32 m
∆s = v0 t +0,5 a t2
32,0 = 12,0t + 2,0t2 ⇒ t = 2,0 s
• Em relação ao solo, temos:
Δs = v0 t + 0,5 a t2
Δs = 22,0 · 2,0 + 2,0 · 2,02 ⇒ Δs
= 52,0 m
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Actividades propostas
(UAN/2014) O Pedro lançou verticalmente para cima, a partir de uma altura de 2.0m do solo,
uma bola. Sendo a altura máxima atingida pela bola em relação ao solo de 5.2m, calcule o valor
da velocidade de lançamento da bola. Despreze a resistência do ar.
Respostas: A) 7.1m/s; B) 9.7m/s; C) 7.9m/s; D) 8.5m/s; E) 6.4m/s; E) 10.5m/s; G) 11.2m/s; H) outro
1. Um corpo é arremessado verticalmente para cima, do solo, com velocidade escalar igual a 40
m/s. Desprezando a resistência do ar e adoptando g = 10 m/s², determine: (adopte a orientação da
trajectória para cima com origem no solo)
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A partir de um ponto situado a uma altura h, acima do solo, a particula é lançada horizontalmente
e percorre uma trajetória parabólica, que pode ser construída utilizando-se a composição de dois
movimentos independentes:
Exercício resolvido
1. Uma bolinha rola por toda a extensão de uma mesa horizontal de 5m de altura e a
abandona com uma velocidade horizontal de 12m/s. Calcule o tempo de queda e a
distância do pé da mesa ao ponto onde cairá a bolinha (g = 10m/s2).
Solução: Calculemos, inicialmente, o tempo de queda, considerando apenas omovimento
vertical (queda livre – MUV acelerado):
y = 1 g t2 ⇒5 = 10 t2 5=5 t2 ⇒t=1s Considerando agora o movimento horizontal (uniforme),
2 2
teremos:V= Sh/t⇒Sh = vh.t = 12 . 1 =12m (o corpo cairá a 12m do pé da mesa).
2. (UAN/2015) De uma torre de 180 metros de altura é lançado um projéctil
horizontalmente com a velocidade igual a 200m/s. Achar o módulo da velocidade com
que o projéctil chega ao solo.
Respostas: A) 360m/s; B) 190m/s; C) 175m/s; D) 208.8m/s; E) 275m/s; F) 250m/s; G) 225m/s; H) Outro
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a) Movimento horizontal – Esse movimento é uniforme, uma vez que Vox é constante
(desprezando-se a resistência do ar).
As suas equações são:
Actividades propostas:
1.Um lançador de granadas deve ser posicionado a uma distância D da linha vertical que passa
por um ponto A. Este ponto está localizado em uma montanha a 300m de altura em relação à
extremidade de saída da granada, conforme o desenho abaixo.
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𝑆 = 𝑆0 + 𝑣𝑡
Essa função fornece a posição “s” em cada instante “t” sobre a trajectória e já foi usada no
movimento uniforme estudado anteriormente. Continua sendo válida pois o movimento circular,
em questão é uniforme. Função horária angular:
𝜃 = 𝜃0 + 𝜔𝑡
Sendo
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3. É possível que um corpo tenha aceleração centrípeta e não tenha aceleração tangencial,
ou que tenha aceleração tangencial e não tenha centrípeta?
4. Explique porque a aceleração efectiva da gravidade aumenta com a latitude?
5. Calcule a velocidade angular de um disco que gira, com movimento uniforme, 13.2 rad
em cada 6s.
a. Calcule o período e a frequência de rotação. Quanto tempo demorará o disco para:
b. Descrever um ângulo de 780º
c. Para efectuar 12 revoluções.
6. Calcule a velocidade angular de cada um dos três ponteiros de relógio.
7. A Lua efectua uma revolução completa em cada 28 dias e a distância média à Terra é
3.84x108 m. Calcula
a. A velocidade angular;
b. A velocidade linear;
c. A aceleração centrípeta.
8. O raio da orbita da Terra é de 1.49x1011 m e o seu período de revolução em volta do Sol é
de um ano (3.16x107s). Determine:
a. O módulo da velocidade;
b. A aceleração centrípeta do seu movimento em volta do Sol.
9. O Sol gira através da Via Láctea num raio de 2.4x10 20 m, com um período de revolução
de 6.3x1015s. determina:
a. O módulo da velocidade orbital.
b. A aceleração centrípeta do seu movimento através da galáxia.
10. Para o átomo de hidrogénio admite-se uma orbita de raio 5x10 -11 m e que o período do
movimento é 1.5x10-16s. Determine:
a. A velocidade do electrão.
b. A aceleração centrípeta.
11. Um volante de 3m de diâmetro gira 120rpm. Para um ponto na periferia calcule:
a. A sua frequência;
b. O período;
c. A velocidade angular;
d. A velocidade linear.
12. A velocidade angular de um volante aumente uniformemente de 20 rad/s para 30 rad/s
em 5s. Calcule
a. A aceleração angular;
b. O angulo total descrito.
13. Um corpo inicialmente em repouso é acelerado numa trajectória circular de 1.3m de raio
de acordo com a equação 𝛼 = 120𝑡 2 − 48𝑡 + 16. Determine:
a. A posição angular;
b. A velocidade angular do corpo como função do tempo;
c. As componentes tangencial e centrípeta da aceleração.
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Se a resultante das forças que actuam sobre um corpo de massa mé diferente de zero, este adquir
uma aceleração proporcional à resultante das forças que sobre ele actuam. A constante de
proporcionalidade é a massa m.
Matematicamente temos: F 1 F2 ... Fn m a1 m a 2 ... m a n
Para uma força que forma um ângulo com a direcção do movimento, a sua projecções serão:
X
Fy F Sen m a Sen
FyF
Fx F Cos m a Cos θ
Fx
Pelo teorema de Pitágoras F FX FY
2 2 2
Qualquer acção exercida por uma partícula sobre outra provoca sempre uma reacção desta, com
igual intensidade, mesma direcção e linha de acção, e sentido oposto.
A B
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A força exercida sobre a partícula A pela partícula B é simétrica da força exercida sobre a
partícula B pela partícula A.
Estas forças traduzem um par acção – reacção, isto é, uma acção recíproca entre os dois corpos.
Um par acção – reacção não tem resultante nula pois as forças estão aplicadas em corpos
diferentes, ou seja, têm pontos de aplicação diferentes.
Exercícios
1. Um automóvel tem 1500kg de massa e velocidade inicial de 60km/h. Quando se aplicam
os freios, ele fica sujeito a um movimento uniformemente retardado e para 1,2s depois.
Determine a força aplicada ao carro.
2. Calcule durante quanto tempo deve actuar uma força constante de 80N sobre um corpo
de 12,5kg de massa para lhe imprimir uma velocidade de 72km/h a partir do repouso.
3. Um avião de massa 4,0 toneladas descreve uma curva circular de raio R = 200 m com
velocidade escalar constante igual a 216 km/h. Qual a intensidade da resultante das forças
que agem na aeronave?
4. Um bloquinho de massa m = 0,4 kg preso a um fio, gira numa mesa horizontal
perfeitamente lisa com velocidade escalar constante v = 2 m/s. O raio da trajectória é R =
20 cm. Qual é a intensidade da força de tração no fio suposto ideal?
5. Um carro de 800 kg, deslocando-se numa estrada, passa pelo ponto mais baixo de uma
depressão com velocidade de 72 km/h, conforme indica a figura. Qual é a intensidade da
força normal que a pista exerce no carro? É dado g = 10 m/s2.
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a. Considere agora que o carro passa pelo ponto mais alto de uma lombada. Qual é a
intensidade da força normal que a pista exerce no carro? É dado g = 10 m/s2.
6. Um corpo de massa m=5 Kg está sobre a superfície horizontal plana. De quanto deve ser
a força a aplicar para que ele entre em movimento até atingir uma velocidade de 20 m/s
num intervalo de 2s?
7. Um corpo de 7 Kg de massa está em repouso sobre uma superfície horizontal e plana.
Quanto deve valer a força horizontal que actua durante 4s sobre o corpo, para que se
mova com velocidade constante de 10m/s?
8. Um corpo desloca-se ao longo de uma superfície plana horizontal em que o coeficiente
de atrito é igual a 0.33. Se o corpo tem uma massa de 3Kg e é actuado por uma força de
40N, determine a sua aceleração.
9. Um menino arrasta seu carrinho de lata de 1.5 Kg de massa aplicando uma força de 30N,
que faz um angulo de 30º com a horizontal e que produz movimento apenas na
horizontal. Calcula a aceleração do carrinho.
a. Determine a força normal.
10. Um estivador empurra um carrinho de mão com uma carga total de 70 Kg, com uma
força F segundo um ângulo de 10º com a direcção horizontal do movimento do corpo,
imprimindo uma aceleração de 1.2 m/s2. Qual é o valor da força que o homem imprime
ao carrinho de mão?
11. Um automóvel de 1.5 toneladas de massa é puxado por um pronto-socorro através da sua
rampa inclinada segundo um ângulo de 25º com a horizontal. Admitindo que a rampa é
lisa e que o automóvel sobe com uma aceleração de 2m/s2, calcule o valor da força com
que o pronto-socorro puxa o automóvel.
12. Um corpo de 500 Kg de massa desce uma rampa de 100 metros, durante 10s, partindo do
repouso, sob acção de uma força F. Sabendo que o plano é inclinado de 20º com a
horizontal, calcule o valor dessa força.
13. Um corpo com 1,0 kg de massa encontra-se num plano inclinado liso cujo ângulo com a
horizontal é de 30º. Com que aceleração e em que sentido se moverá o corpo se se aplicar
uma força de 8,0 N paralela ao plano e dirigida (a) para cima, (b) para baixo?
14. Um corpo sobe uma rampa com inclinação de 20º em relação a horizontal. O coeficiente
de atrito da rampa é de 0.4 e a massa do corpo é de 5 Kg. Se o mesmo sobe por acção de
uma força paralela a rampa e de 50N, determina a aceleração.
15. Dois corpos A e B, ligados um ao outro por meio de um fio inextensível e de massa
desprezível. Os corpos têm massas de 2Kg e 5Kg, respectivamente, e deslocam-se sobre
um plano horizontal sob acção de uma força de 70N que actua sobre o corpo B.
Considerando um coeficiente de atrito de 0.2, determine a tensão no fio e a aceleração do
sistema.
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16. Determine a aceleração do sistema conforme mostrado na figura abaixo, sabendo qua os
corpos A e B têm massa de 6Kg e 8Kg, respectivamente, e que o coeficiente de atrito no
plano inclinado é de 0.5. O fio é inextensível e de massa desprezível, bem como a
roldana.
17. No plano inclinado representado abaixo, o bloco encontra-se impedido de se movimentar
devido ao calço no qual está apoiado. Os atritos são desprezíveis, a massa do bloco vale
5,0 kg e g = 10 m/s.
O momento linear paraum sistema de partículas é a soma vectorial dos momentos lineares das
partículas constituintes do sistema.
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No movimento rectilíneo uniformemente variado, v v o a t logo P m a t
Pela 2ª lei de Newton, F m a logo P F t (*)
O membro directo da equação (*) é o impulso da força durante o intervalo de tempo ∆t, isto é,
O impulso de uma força constante que actua numa partícula é o produto da força pelo intervalo
de tempo durante o qual actuou a força. A unidade (SI) de impulso é o N s.
O impulso da resultante das forças exteriores que actuam sobre uma partícula, durante um certo
intervalo de tempo, é igual à variação do momento linear da partícula, nesse intervalo de tempo.
Δp1= -Δp2
Esta relação vectorial indica que, para duas partículas em interacção, a variação de momento de
uma partícula durante um intervalo de tempo é igual em módulo, mas tem sentido oposto, à
variação do momento da outra durante o mesmo intervalo. Podemos concluir que uma
interacção produz uma troca de momentos.
A variação do momento 1 no intervalo de tempo Δt=t´-t é
Δp1=p1´-p1
A variação do momento da partícula 2 durante o mesmo intervalo de tempo é
Δp2=p2´-p2
Deste modo podemos reescrever a relação 2.18
p1´-p1= -(p2´-p2)= -p2´+p2
Reordenando os termos, escrevemos
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p1´+p2´ = p1 +p2
Definimos
P= p1 +p2=m1 v1+m2 v2
Como o momento de duas partículas no instante t. De modo idêntico, P´= p 1 ´+p2 ´é o momento
total das duas partículas no instante t´. Desta forma P´=P é uma igualdade verdadeira, quaisquer
que sejam os valores de t e t, concluímos que o momento total do sistema de duas partículas é o
mesmo. Em outras palavras:
O momento total de um sistema composto por duas ou mais partículas sujeitas apenas à sua
interacção mútua permanece constante:
P= p1 +p2=const.
Exemplo 1
Uma arma cuja massa é 0,80 kg dispara um projétil com massa de 0,016 kg com velocidade
de 700m/s. Calcule a velocidade de recuo da arma.
Solução
Inicialmente, tanto a arma como o projétil se encontram em repouso e o momento total é zero.
Apos a explosão, o projétil move-se para frente com o momento
Podemos aplicar o mesmo método para obter a relação entre as velocidades dos fragmentos de
uma granada que se divide em duas partes ao explodir.
Actividades propostas
1. Um vagão que se move a 0,04m/s colide com outro vagão em repouso. Depois da colisão,
o vagão que estava em repouso põe-se em movimento com velocidade de 0,053m/s,
enquanto a velocidade do outro diminui para 0.015m/s. Calcule o quociente das massas
dos dois vagões.
2. O carro A é empurrado com uma velocidade de 0,5m/s contra o carro B, que inicialmente
está em repouso. Após a colisão, A recua com velocidade de 0,1m/s, enquanto B se move
para a direita com velocidade de 0,3m/s. Numa segunda experiência, A é carregado com
uma massa de 1kg e empurrado contra B com velocidade de 0,5m/s. Após a colisão, A
fica em repouso, enquanto B se move para a direita com velocidade de 0,5m/s. Determine
a massa de cada carro.
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3. Determine o momento adquirido por uma massa de 1g, 1kg e 103kg quando cada uma
percorre em queda a distância de 100m.
a. Como o momento adquirido pela Terra é igual em módulo e de sentido oposto,
determine a velocidade (para cima) adquirida pela Terra. A massa da Terra é de
5.98x1024kg. O que conclui disso?
3.1 Trabalho
Chama-se trabalho mecânico, o processo mediante o qual um corpo desloca-se sobre a acção de
uma força a ela aplicada. Por isso, o valor do trabalho é dado pelo produto da força pela distância
percorrida sob acção de tal força. Deve-se lembrar que deve-se considerar a componente da força
na direcção do deslocamento.
Tabalho= Força x distância
𝑊 = 𝐹𝑥 ∆𝑥
Como 𝐹𝑥 = 𝐹𝑐𝑜𝑠𝜃,
𝑊 = 𝐹∆𝑥𝑐𝑜𝑠𝜃
3.2 Energia
Considera uma partícula de massa m que se move entre dois pontos A e B de uma trajectória sob
a acção de uma força dada por:
𝑑𝑣
𝐹 = 𝑚𝑎 = 𝑚
𝑑𝑡
O trabalho realizado por esta força ao longo do deslocamento dS é dado por:
𝑑𝑣
𝑑𝑊 = 𝐹𝑑𝑆 = 𝑚 𝑑𝑆 = 𝑚𝑣𝑑𝑣
𝑑𝑡
O trabalho total realizado ao longo da trajectória entre A e B é o integral da equação anterior
𝐵
1 1
𝑊= 𝑚𝑣𝑑𝑣 = 𝑚𝑣𝐵2 − 𝑚𝑣𝐴2
𝐴 2 2
A equação anterior indica que o trabalho total realizado pela força é igual a variação de uma
1
quantidade 2 𝑚𝑣 2 . Esta quantidade chama-se energia cinética da partícula, isto é:
1
𝐸𝐶 = 𝑚𝑣 2
2
Conclui-se que o trabalho realizado é igual a variação da energia cinética da partícula. Este
resultado é conhecido como teorema do trabalho e energia cinética.
𝑊 = ∆𝐸𝑐
Para o caso de forças conservativas, por exemplo a força da gravidade, o trabalho é independente
da trajectória, ou seja, depende apenas da posição inicial e final. Neste caso:
𝑊 = 𝐸𝐴 − 𝐸𝐵
As quantidades 𝐸𝐴 𝑒 𝐸𝐵 Denominam-se energia potencial 𝐸𝑝 . A equação anterior toma a forma:
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𝑊 = −∆𝐸𝑝
Para a força da gravidade, a energia potencial gravítica é: 𝐸𝑝 = 𝑚𝑔𝑦, sendo y o deslocamento
vertical da partícula.
A soma da energia cinética e potencial de uma partícula denomina-se energia mecânica.
𝐸𝑚 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝
Para forças conservativas a energia mecânica conserva-se, isto é,
𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 , o que equivale dizer que:
0 = ∆𝐸𝑐 + ∆𝐸𝑝 ⟹ ∆𝐸𝑐 = −∆𝐸𝑝
1 1
𝐸𝑐0 + 𝐸𝑝0 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑝 ⟺ 𝑚𝑣02 + 𝑚𝑔𝑦0 = 𝑚𝑣 2 + 𝑚𝑔𝑦
2 2
A expressão anterior é a Lei da Conservação da Energia Mecânica de um Sistema.
Enunciado da Lei da Conservação da Energia Mecânica:
Num Sistema isolado (em que actuam apenas forças conservativas)a energia mecânica total
conserva-se.
Para forças conservativas a energia cinética varia, assim como a potencial, mas o somatório das
variações é igual a zero, porque se a anergia cinética aumenta, a energia potencial diminui na
mesma proporção.
3.3 Potência
Em muitas aplicações práticas é importante conhecer a rapidez com que o trabalho é feito.
Define-se potência como o trabalho realizado por unidade de tempo. Assim, sendo dW o
trabalho realizado durante um intervalo de tempo muito pequeno dt, a potência será
𝑑𝑊
𝑃=
𝑑𝑡
Pela equação 2.32, dW=F.dx, e recordando que v=dx/dt, podemos escrever também
𝑑𝑥
P=F 𝑑𝑡 =F.v
Assim a potência pode também ser definida como o produto escalar da força pela velocidade. A
potência média é:
𝑊
P=𝛥𝑡
Exercícios
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As colisões podem ser elásticas, inelásticas e perfeitamente inelásticas. Para o caso do nosso
estudo consideraremos partículas cuja massa não varia.
Numa colisão elástica há conservação do momento linear e também de energia cinética.
𝑝𝑖 = 𝑝𝑓 ; 𝐸𝑐𝑖 = 𝐸𝑐𝑓
Uma colisão inelástica ocorre com há conservação do momento, mas não há conservação da
energia cinética.
𝑝𝑖 = 𝑝𝑓 ;𝐸𝑐𝑖 ≠ 𝐸𝑐𝑓
Numa colisão perfeitamente inelástica há conservação do momento linear, mas não há
conservação da energia cinética do sistema e as partículas, após a colisão, ficam juntas.
𝑚1 𝑣1𝑖 + 𝑚2 𝑣2𝑖 + 𝑚3 𝑣3𝑖 + ⋯ + 𝑚𝑛 𝑣𝑛𝑖 = (𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚3 + ⋯ + 𝑚𝑛 )𝑣𝑓
Exercícios:
1. Um bloco A de massa 2.0kg e com velocidade 𝑣𝐴 = 6.0𝑖 (em m/s) colide frontalmente
com um bloco B, de massa 4.0kg que se encontrava em repouso, numa superfície
horizontal, sem atrito. Considerando a colisão elástica, determine as velocidades dos dois
blocos após a colisão.
a. Considerando que depois da colisão as partículas movem-se em direcções
diferentes, formando ângulos 𝜃𝐴 = 50º 𝑒 𝜃𝐵 = 35º, determine as velocidades dos
blocos depois da colisão.
2. Uma esfera, de massa𝑚1 = 1.0𝑘𝑔 move-se sobre uma superfície plana e horizontal,
perfeitamente polida, com uma velocidade 𝑣1 = 16.0𝑖 (m/s). Num dado instante colide
com outra esfera, de massa 𝑚2 = 4.0𝑘𝑔, em repouso. Após a colisão, a sua velocidade
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passa a ser 12.0 m/s, segundo uma direcção que faz um angulo de 90º com a direcção
inicial.
a. Determine o valor da velocidade da esfera 2 após a colisão.
b. Qual a direcção da velocidade da esfera 2 após a colisão?
c. A colisão terá sido elástica? Justifica com cálculos.
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