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Escalas e cotas

Considerações Iniciais

Todo mapa/carta/planta é uma representação esquemática da realidade, dando-se segundo


proporções entre o desenho e a medida real.

Tamanho de papel
Escala:

É uma forma de representação que mantém as proporções das medidas lineares do objeto
representado.

• É a relação matemática constante entre o comprimento de uma linha medida na planta (d) e
o comprimento de sua medida homóloga no terreno (D) .

Escala numérica

onde N é o módulo da escala

Observações:

√ Numerador (d) e denominador (D) têm que ter a mesma unidade de medida.

√ Quanto MAIOR o denominador, MENOR será a escala.

Interpretação das escalas

• Uma escala de 1:500

Informa que, o comprimento de um segmento representado em uma planta, equivale a


quinhentas vezes este comprimento no campo.
– Exemplos

a) 1m em planta representa uma linha de 500 m no terreno

= 500 m

Tipos das escalas

• - Escala Natural: quando as dimensões do modelo (d) são iguais as dimensões do objeto
original (D)

• - Escala de Ampliação: quando as dimensões do desenho (d) são maiores que as dimensões
do objeto original (D)

• - Escala de Redução: quando as dimensões do desenho (d) são menores que as dimensões
reais do objeto original (D)

Escala de Redução:

Quando as dimensões do desenho (d) são menores que as dimensões reais do objeto original
(D)
Escalímetro
Escalímetro: é um instrumento de desenho técnico utilizado para desenhar objetos em escala
ou facilitar a leitura das medidas de desenhos representados em escala. Podem ser planos ou

triangulares .
Escala gráfica

As escalas gráficas são representações gráficas que, geralmente, vêm desenhadas nas margens
das plantas. As escalas gráficas possibilitam a realização de determinações rápidas no desenho.

Cota
Introdução

Em desenho, a NBR 10126 define cota como sendo as medidas da peça no desenho.

A cota de um desenho deve ser executada de forma funcional e objetiva, possibilitando


utilização do desenho como meio para a fabricação de peças mecânicas ou a construção de
edificações conforme projetos de engenharia e arquitetura.

As dimensões do objeto representado deve ser


informado no desenho técnico, além da
representação da forma tridimensional, é muito
importante que o desenho apresente
características geométricas do objeto. Sendo assim
a forma mais utilizada em desenho técnico é a
definição de dimensões por meio de cotas.
As cotas devem conter somente as dimensões necessárias para que assim possa ser construído
o objeto desenhado.
Podemos dividir a cotagem em 2 tipos:

- Cotagem de tamanho: referem-se às medidas do objeto ou da figura, necessárias à execução


da peça.

- Cotagem de localização: utilizada para indicar a posição de algum detalhe na peça ou a


posição do objeto em relação a outro, tomado como referência.

Elementos da cota

A seguir, veremos os vários elementos que compõem uma cota:

Linha de cota: estreita e contínua, traçada paralelamente às dimensões da peça, estando


aproximadamente 7mm do contorno do desenho;

Setas: devem ser delgadas, abertas ou fechadas. A seta pode ser substituída por linhas
oblíquas; estas devem ser feitas em traço médio e inclinação de 45°, normalmente usadas em
desenho de arquitetura;

Linha auxiliar ou de extensão: estreita e contínua, limita as linhas de cota. A linha auxiliar não
pode encostar nas linhas e contorno do desenho que está sendo cotado, e deve ultrapassar
um pouco as linhas de cota (± 3 mm); são perpendiculares aos elementos do desenho a que se
referem;

Cotas: são os valores numéricos que representam as medidas da peça. São escritas
centralizadas e acima das linhas de cota quando na horizontal, ou centralizadas e à sua
esquerda quando na vertical.

A altura mínima dos algarismos deve ser de 2,5mm, dependendo da escala que está sendo
utilizada.

Regras básicas

1- Deve-se indicar sempre as medidas totais de uma peça (altura, largura e comprimento).
Essas medidas deverão estar localizadas entre as duas vistas a que tal dimensão seja comum.
2- As cotas são colocadas na vista que melhor caracteriza o detalhe a que se refere,
distribuindo-as entre todas as vistas da peça.

3- A cotagem deve ser feita de preferência fora da vista, sendo, porém, em alguns casos,
aceitável cotar-se internamente.

4- Deve-se evitar que as linhas de cota toquem as linhas representadas no desenho ou toquem
entre si. Desta forma, as cotas maiores deverão ser colocadas por fora das menores, e a
distância entre duas linhas de cota paralelas deve ser de aproximadamente 7mm.

5- Quando o espaço a cotar for pequeno, as setas devem ser representadas externamente, no
prolongamento da linha de cota desenhado com esta finalidade. Quando existirem duas cotas
pequenas consecutivas, a seta entre elas será substituída por um traço oblíquo a 45°.

6. As linhas de centro e eixos de simetria não devem interceptar a linha de cota.

7. Em algumas peças, para auxiliar a cotagem, são utilizados pontos resultantes da interseção

de duas linhas de construção da peça .


Cotagem de furo

Observe a Fig. Abaixo . Veja que ela possui um furo na sua vista frontal. Note que o furo não
está no centro da vista frontal.

Neste caso, além das cotas que indicam o tamanho do furo, necessitamos também das cotas
de localização. A vista que será utilizada para realizar a cotagem será a vista frontal.

O tamanho do furo é determinado por duas cotas: altura e comprimento. Observe como estas
cotas aparecem na vista frontal.

A partir do centro do elemento, é determinado a localização do furo, para facilitar a execução


da peça. Duas cotas de localização são necessárias. Veja a Fig. abaixo

Agora veja como fica o desenho técnico com furo na Fig. abaixo, com as cotas básicas, as cotas
de tamanho e de localização do elemento.
A cotagem da peça pode ser feita por meio das cotas de tamanho ou das cotas de localização.
Vejamos a Fig.

Vejamos agora duas formas diferentes de cotar . Observe o desenho da esquerda, o rebaixo
aparece dimensionado de forma direta por meio de cotas de tamanho, ou seja, os valores
numéricos que representam as medidas da peça. Observe agora a figura da direita: o rebaixo é
dimensionado de forma indireta, pois são indicadas apenas suas cotas de localização.
Carimbo ou Legenda
Fica localizado na parte inferior direita, onde devemos inserir todos os dados do projeto, tais
como:

- Nome da empresa;

- Nome do desenhista e/ou projetista;

- Nome do cliente;

- Escala, quando houver;

- Data;

- Título do desenho;

- Número da folha

- Etc.

Simbologia

Todos os elementos arquitetônicos, hidráulicos, sanitários, elétricos, eletrônicos e etc., têm


suas representações gráficas padronizadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).

Você terá contato com essas simbologias, durante o decorrer do curso, em cada uma das
matérias específicas.

Obs.: Quando se deseja representar um elemento que se deseja diferenciar da simbologia


aprovada, ou não existir tal representação, pode criar um símbolo próprio, desde que venha
indicada na planta a convenção utilizada.
Linhas e Traçados

Para cada tipo de representação dos elementos de um desenho devemos utilizar linhas com
formatos e espessuras diferenciadas, a fim de facilitar a compreensão do mesmo.

Hachuras

Tem como finalidade acrescentar graficamente o tipo de material empregado nos elementos
representados, principalmente quando realizamos a representação dos seus cortes.

Sistema Internacional de Unidades (SI)

O metro é a unidade de comprimento padrão que pertence ao Sistema Internacional de


Unidades (SI), que é oficialmente adotado por muitos países, inclusive Brasil. O SI é, na
verdade, um conjunto de unidades de medidas estabelecidas como padrão de uso, com a
finalidade de evitar confusões e facilitar as comparações e conversões das medidas das
diversas grandezas.
São sete as grandezas definidas como fundamentais e, consequentemente, são sete as
unidades básicas do SI, conforme você pode observar no quadro a seguir:

Todas as outras grandezas podem ser derivadas daquelas consideradas básicas suas unidades
são expressas por multiplicações ou divisões das unidades básicas. Assim, no SI define-se
apenas uma unidade para cada grandeza, mas algumas unidades podem ser utilizadas em
várias grandezas diferentes.

Sistema Inglês de Unidades

Outro sistema de unidades de medida importante é o chamado Sistema Inglês.

Apesar de não ser o sistema adotado oficialmente no Brasil, muitas vezes, em situações
específicas, estas unidades são utilizadas.

O Sistema Inglês utiliza à polegada, o pé, a jarda e a milha como unidades de comprimento.

Talvez você conheça algumas das unidades de medidas inglesas, veja como são as conversões
para o SI:

1 Polegada (in) = 2,54 cm

1 Pé (ft) = 12 in = 30,48 cm

1 Jarda (yd) = 3 ft = 36 in = 91,44 cm

1 Milha (mi) = 1.760 yd = 1.609,34 m = 1,60934 km

Múltiplos e submúltiplos das unidades do SI

Imagine que você pretende comprar um computador. Ao entrar na loja, o vendedor


imediatamente lhe oferece um modelo novo e diz que ele tem um HD de 1500000000000 byte
de memória.
É fácil perceber que essa representação é inadequada! Não é usual alguém expressar um
número tão grande dessa maneira, com tantos zeros, não acha? Isso dificulta muito, além da
leitura, operar com esses números.

Agora veja essa outra notação para aquele número: o computador que o vendedor ofereceu
tem 1,5 Tb (terabyte) de memória.

Para expressar medidas extremamente grandes ou extremamente pequenas, o SI adotou


alguns prefixos, facilitando sua representação, leitura e cálculos.

Veja alguns exemplos na tabela a seguir.

Medidas lineares e de áreas

Voltando à nossa planta baixa, veja que uma das utilidades da notação das cotas, por exemplo,
é determinar as dimensões do terreno:
Largura do terreno: 7,25 + 5 = 12,25 metros
Portanto, a partir das cotas fica fácil determinar as dimensões desse terreno: 12,25 m de
largura e 17,00 m de comprimento.

Agora, veja outro exemplo: vamos utilizar um dos cômodos da mesma planta baixa e
identificar suas dimensões:
O cálculo da área de uma superfície plana depende do seu formato. Nas plantas baixas de
residências, por exemplo, os cômodos normalmente são retangulares ou quadrados e,
portanto, o cálculo da área (A) nesses casos é a multiplicação do comprimento pela largura:

Mas e se você precisar calcular a área de uma superfície circular como, por exemplo, de uma
sala com formato de um semicírculo?

Conversão de unidades entre o SI e o Sistema Inglês

Em determinadas situações, é comum precisarmos fazer as conversões de um sistema de


unidade para outro. Para efetuar os cálculos precisamos saber algumas conversões
fundamentais, utilizando uma tabela de conversão.

Veja algumas das conversões mais utilizadas, na tabela a seguir:


Paquímetro

Paquímetro é um instrumento de medição formado basicamente por uma escala e um


cursor15. No cursor está gravada uma segunda escala chamada nônio, também conhecida
como vernier. Sua função principal é executar medições externas por meio dos bicos (por
exemplo, diâmetro externo de eixos), podendo ainda executar medições internas, tendo como
referência as orelhas ou de profundidades

– por meio da haste de profundidade (por exemplo, profundidade de furo não passante)

– e de ressaltos.

São muitas as funções do paquímetro.

Entre elas, temos:

a) medição interna;

b) medição externa;

c) medição externa com ressalto;

d) medição externa e de profundidade.


O paquímetro é mais utilizado na área da Eletroeletrônica para medir diâmetros de furos e de
brocas, quando da instalação de sistemas.

Na medição com o paquímetro, o cursor desliza sobre a régua carregando consigo a orelha
móvel, o bico móvel, a haste de profundidade, o parafuso de fixação e o nônio. Para entender
melhor, veja figura a seguir.

Perspectivas

Esse tipo de desenho é utilizado nos casos em que é necessário representar o objeto
transmitindo a sensação de profundidade e de relevo em um único plano.
As perspectivas são representações tridimensionais, ou seja, as três dimensões do objeto
(comprimento, largura e altura). Essas dimensões são representadas em um único desenho. A
fotografia, por exemplo, é um registro muito próximo da imagem vista pelo olho humano, e
indica claramente a noção tridimensional.

Ao observar um objeto, o olho humano é capaz de identificar as três dimensões e transmitir ao


nosso cérebro essa noção de profundidade e relevo. Essa percepção gera também uma
distorção quando observamos dois objetos de mesmas dimensões situados em distâncias
diferentes: o objeto que está mais afastado parece menor do que aquele que está mais perto.

Veja na figura a seguir exemplos de algumas técnicas de perspectivas:

a) A perspectiva cônica é a que mais se assemelha à interpretação do olho humano.

b) A perspectiva cavaleira é a que representa os objetos com suas medidas reais.

c) A perspectiva isométrica é semelhante à perspectiva cavaleira, pois também utiliza linhas


paralelas. Mas ela é baseada em um sistema de três eixos que partem de um mesmo ponto
formando ângulos iguais (120°) entre as três dimensões, característica que provoca menor
deformação do objeto representado.

Tipos de projeção

Projeção cônica ou central: o centro de projeção está a uma distância finita (que possui início
e fim) do plano de projeção e os raios projetados são divergentes;
Projeção cilíndrica ou paralela: o centro de projeção está a uma distância infinita (que não
possui início e fim) do plano de projeção e os raios projetados são paralelos entre si.
Classificam-se em:

• Oblíqua: os raios projetados formam com o plano de projeção um ângulo diferente de 90°.

• Ortogonal: os raios projetados formam com o plano de projeção um ângulo igual a 90°.

Nos tipos de projeções apresentadas, iremos adotar a projeção cilíndrica ortogonal.

Diedros

Podemos definir diedro como a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si.
Os diedros são

numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos


ponteiros do relógio.

O método de representação de objetos em dois semiplanos perpendiculares entre si, criado


por Gaspar Monge, é também conhecido como método mongeano. Atualmente, a maioria dos
países que utiliza o método mongeano adota a projeção ortográfica no 1º diedro. No Brasil, a
ABNT recomenda a representação no 1º diedro. Todos os projetos e plantas elaborados no
Brasil são desenhados em 1° diedro.

Por isso, para facilitar o entendimento e a execução dos desenhos técnicos, todos os desenhos
aqui representados estarão sempre em 1º diedro.

Não podemos esquecer que em países como EUA e Canadá não é adotado o 1º diedro, e sim o
3º diedro.

Essa observação é importante para evitar o risco de interpretar errado, as características do


objeto e do desenho.

Para indicar que o desenho está representado em 1º diedro, será utilizado símbolo conforme
mostra a Fig. A seguir.

Este símbolo aparece no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos, dentro
da legenda.

Introdução

Para produzir um objeto, é necessário conhecer todos os seus elementos em verdadeira


grandeza. Por essa razão, em desenho técnico, quando usamos sólidos geométricos ou objetos
tridimensionais como modelos, costumamos representar sua projeção ortográfica em mais de
um plano de projeção.
No Brasil, conforme vimos na unidade 4, adota-se a representação no 1º diedro, além do plano
vertical e do plano horizontal, e utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano lateral. Este
plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano vertical e ao plano horizontal.

Vista frontal

Imagine a figura de uma caixa. Você está olhando a caixa de frente (indicação da seta), ou seja,
está olhando apenas a projeção ortográfica da caixa vista de frente.

Vista frontal

A projeção ortográfica da caixa, vista de frente no plano vertical, dá origem à vista ortográfica
chamada vista frontal.
Vista lateral

A vista frontal não nos dá a ideia exata das formas do objeto estudado. Para isso, necessitamos
de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma em outros planos do
1º diedro.

Imagine, então, você observando a mesma caixa, só que agora na direção indicada pela seta,
como mostra a Fig.

Representação da vista lateral esquerda

Como a caixa está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfica resulta num
quadrado, paralelo ao plano lateral, chamada de vista lateral esquerda.

Vista superior

Imagine, agora, a projeção ortográfica da caixa de sapato vista de cima por você na direção
indicada pela seta, como mostra a Fig.
Representação da caixa com seta indicando a vista superior

Como a caixa está em posição paralela ao plano horizontal, determina a vista ortográfica
chamada vista superior.

Representação da vista superior

Projeção em três planos

Agora, que você já viu como se determina a projeção de um objeto em cada plano, fica mais
fácil entender as projeções do mesmo simultaneamente, como mostra a Fig.

A vistas frontal (VF), superior (VS) e lateral (VL) direita da caixa


Em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para tanto, usamos
um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção horizontal e lateral.

Chamamos a atenção para um detalhe muito importante. A vista esquerda do objeto, após o
rebatimento do plano lateral, ficará colocada do lado direito da vista principal. Assim também,
a vista superior, após o rebatimento, ficará colocada por baixo da vista frontal. Resumindo, as
posições relativas das vistas no 1º diedro: a vista esquerda fica do lado direito e a vista
superior fica em baixo. Mais adiante, veremos a aplicação prática dessa definição.

O rebatimento dos planos de projeção permitiu representar, com precisão, um modelo de três
dimensões, um objeto (a caixa da Fig.), numa superfície de duas dimensões (como a folha de
papel que você está utilizando). Além disso, o conjunto das vistas representa o modelo em
verdadeira grandeza, possibilitando interpretar suas formas com exatidão.

Significado das linhas

Para que o desenho técnico seja compreendido, é necessário o conhecimento das linhas
utilizadas para que assim, se possa ter uma leitura e interpretação e o entendimento de um
objeto em vistas ortográficas.

As linhas estreitas que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os planos de
projeção são as linhas projetantes, conforme mostra a Fig.

As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três planos são chamadas linhas
projetantes auxiliares. Estas linhas ajudam a relacionar os elementos do modelo nas diferentes
vistas .

Essas linhas são importantes porque ajudam a relacionar os elementos do modelo nas
diferentes vistas. Elas são imaginárias, por isso não são representadas no desenho técnico
definitivo.

As linhas de arestas que são representadas devem ter linhas diferentes, para que sejam
identificadas imediatamente.

No desenho técnico, para cada tipo de contorno ou aresta, existe um tipo de linha associado.
Linha para contornos e arestas visíveis: é uma linha contínua, larga e uniforme, que serve para
indicar as arestas (linhas) visíveis do objeto.

Linha para contornos e arestas não visíveis: é uma linha tracejada, larga e uniforme, que serve
para indicar as arestas não visíveis do objeto, ou seja, para representar um detalhe que não
pode ser visto pelo observador.

Linha de centro: linha estreita formada de traços e pontos alternados uniformemente. Ela
serve para indicar no desenho o centro de furos (circulares ou quadrados) e arcos de
circunferência.
Exemplo de linha de centro

Eixo de simetria: semelhante à linha de centro. Serve para indicar que o objeto é simétrico, ou
seja, que pode ser dividido em duas partes iguais e opostas.

Exemplo de eixo de simetria

Projeção de um objeto

Agora, faremos a projeção ortográfica de um objeto com elementos paralelos e oblíquos.


Observe a Fig.

Objeto a ser estudado

Observando o objeto de frente, você terá uma vista frontal projetada no plano vertical. Todos
os pontos do objeto estão representados na vista frontal, mas apenas as arestas visíveis ao
observador são desenhadas.
Vista frontal do objeto da Fig

Observando o objeto de cima, você terá a vista superior projetada no plano horizontal. Todas
as arestas visíveis ao observador são desenhadas na vista superior.

Vista superior da Fig

Finalmente, observando o objeto de lado, você terá a vista lateral esquerda projetada no plano
lateral. Observe que nesta vista foi usada a linha tracejada. Isso ocorre porque é um detalhe
que não pode ser visto pelo observador, porém existe um detalhe e ele precisa ser
representado.

Vista lateral esquerda da Fig


Cortes

Muitas peças são representadas de forma clara através das projeções ortogonais simples.
Entretanto, algumas peças ficam confusas e sua interpretação fica comprometida. Nestes
casos, são utilizados os cortes.

A representação em corte consiste em imaginar o objeto ou a peça cortada por um ou mais


planos, sendo omitida uma das partes. Cortar quer dizer dividir, secionar, separar partes de um
todo.

Executam-se hachuras sobre a superfície cortada. As hachuras de corte indicam as partes da


peça cortada pelo plano de corte. É feita por linhas a 45º e com espaçamento conveniente. A
linha deve ser contínua e fina.

Corte da vista lateral esquerda da Fig

Corte total

Corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão. E não podemos esquecer que o
corte é apenas

imaginário, ou seja, é necessário que você use sua imaginação quando for desenhar, e assim
visualizar o corte.

No corte total, o plano de corte passa completamente a peça ou objeto, atingindo suas partes
maciças, conforme mostra a Fig.

Corte total de uma figura


Os cortes podem ser representados em qualquer uma das vistas do desenho técnico. A escolha
da vista onde o corte é representado depende dos elementos que se quer destacar e da
posição de onde o observador imagina o corte. Observe agora a Fig.

Se você for um observador que está posicionado próximo à vista frontal, você não irá
conseguir ver os furos existentes na vista lateral.

Para que estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte. Imagine as Fig. sendo
secionada, isto é, atravessada por um plano de corte, conforme mostra a Fig. a seguir.

O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano longitudinal vertical.
Este plano de corte divide a Fig. ao meio, em toda sua extensão, atingindo todos os elementos
da figura.

Na projeção da figura cortada, no plano vertical, os elementos atingidos pelo corte são
representados pela linha para arestas e contornos visíveis.

As partes maciças da Fig. A seguir, atingidas pelo plano de corte, são representadas
hachuradas.

Figura com corte diagonal


Os furos não recebem hachuras, pois são partes ocas que não foram atingidas pelo plano de
corte. Os centros dos furos são determinados pelas linhas de centro, que também devem ser
representadas nas vistas em corte.

Como o corte pode ser imaginado em qualquer das vistas do desenho técnico, agora você vai
aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior. Imagine a mesma figura anterior
vista de cima por você.

Corte da vista frontal

Para que os furos fiquem visíveis, deverá imaginar um corte. Observe a Fig. abaixo seccionada
por um plano de corte horizontal.

Este plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção horizontal, é chamado plano
longitudinal horizontal. Ele divide a figura em duas partes. Com o corte, os furos, que antes
estavam ocultos, ficaram visíveis.

Fig. com corte horizontal e vista superior em corte.

Observe mais uma vez a Fig. com dois furos, um em cada lado da figura. Imagine você vendo a
figura de lado e um plano de corte vertical atingindo a figura. Veja na Fig. que a parte anterior
ao plano de corte foi retirada.
Figura 79 com corte transversal e vista lateral em corte

O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de plano
transversal. As partes maciças, atingidas pelo corte, são representadas hachuradas.

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