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SUMÁRIO

CAPÍTULO I 3

DESENHO ARQUITETÔNICO 3

EXERCÍCIO 1 16

CAPÍTULO II 18

SITUAÇÃO DO IMÓVEL NO PLANO URBANO 18

EXERCÍCIO 2 22

CAPÍTULO III 23

NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL 23

EXERCÍCIO 3 26

CAPITULO IV 27

FIGURA S GEOMÉTRICAS E CÁLCULO DE ÁREAS 27

EXERCÍCIO 4 30

ANEXOS I 32

INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO - FIGURAS 32

ANEXOS II 34

PROJETO ARQUITETÔNICO 34

ANEXO II 34

PROJETO ARQUITETÔNICO 34
CAPÍTULO I

DESENHO ARQUITETÔNICO

1 . CONCEITO BÁSICO

É a representação gráfica constituída de linhas e símbolos que traduzem


tecnicamente aquilo que se pretende construir.
Tais desenhos devem ser feitos de acordo com a NB – 8 (Normas Para
Desenho Técnico da ABNT – Associação Brasileira de Normas técnicas).

2. PROJETO ARQUITETÔNICO

O desenho de arquitetura é composto pela representação gráfica


geométrica das diferentes projeções, vistas ou seções de um edifício ou parte do
mesmo, utilizando-se para isso as convenções da ABNT, que visa uniformizar e
facilitar a leitura do desenho e execução da obra.
Este conjunto de desenho está descrito a seguir:

a) Planta - é a seção que se obtém fazendo passar um plano horizontal paralelo


ao plano do piso a uma altura que o mesmo venha a cortar as portas, janelas,
paredes etc.

b) Planta baixa – usada para se ter uma visão de cima para baixo, onde se pode
verificar a distribuição interna de cada pavimento.

c) Planta de pavimento superior - quando a seção é feita ao nível superior.

d) Planta de subsolo - quando a seção é feita ao nível abaixo do solo.

e) Planta de mezanino - quando a seção é feita ao nível do mezanino (espaço


intermediário em um mesmo pavimento cujo pé-direito seja superior a 4,5 m).

f) Planta de pavimento tipo – repetição de uma mesma planta em vários


pavimentos.

g) Planta de cobertura – quando a seção é feita ao nível do último pavimento, e


cujo desenho seja diferenciado dos demais.

h) Planta de layout – planta que contém o mobiliário e equipamentos.

i) Planta de localização – localização do objeto arquitetônico dentro do terreno.

j) Planta de situação - localização do terreno dentro da quadra. Neste desenho


deve constar ruas e orientação magnética.

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k) Planta de telhado ou coberta – planta que contém o tipo de telhado da
edificação e seus elementos: rufo, tipo de telha, água, etc.

l) Corte - é a vista interna vertical da edificação. Existem dois tipos, o


longitudinal e transversal. O longitudinal mostra o corte da edificação, do
fundo à frente e o transversal mostra um corte de lado a lado . São
denominados por letras, ex.: Corte AA’, BB’.

m) Fachada – é a vista externa da edificação. Pode ser: fachada principal ou


frontal, fachada lateral direita e esquerda, fachada posterior ou de fundo.

n) Detalhe construtivo - desenho destacado de um ou mais componentes do


projeto.

Obs.Todos os desenhos acima são bidimensionais – duas dimensões: largura e


comprimento

o) Perspectiva – desenho tridimensional (altura, largura e comprimento) do


objeto arquitetônico

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3. ESCALAS

3.1 Definição

O uso da escala na representação gráfica, surgiu com a impossibilidade de


se representar, em muitos casos, em grandeza real, certos objetos de dimensões
que inviabilizam o uso dos tamanhos do papel recomendados pela ABNT.
Define-se por escala gráfica a relação entre a dimensão do desenho e a
dimensão do objeto.
Assim, os objetos podem ser desenhados com suas dimensões ampliadas,
iguais ou reduzidas.

3.2 Escalas Numéricas

As escalas são representadas por grandezas numéricas . As quais são


subdivididas em seguimentos de um metro , utilizando – se a seguinte fórmula:

Ex.:
Escala 1 metro
10 metros ;

lê – se : Escala 1/10 – um para dez – significa que o numerador é a unidade e


o denominador é o número de vezes que vamos dividir a grandeza real.

3.3 Representação Gráfica

Para facilitar a execução do desenho, utiliza-se a régua – escala ou


escalímetro, instrumento de forma triangular que posui gravada em suas faces
seis escalas gráficas. Evitando, portanto, o cálculo de cada escala para cada uso.

Ex.:

 Escala 1/100 ou 1:100 , lê – se escala um para cem (o desenho é cem vezes


menor que o objeto real)

 Escala 1/125 ou 1:125 , lê – se escala um para cento e vinte e cinco (o


desenho é cento e vinte e cinco vezes menor do que o objeto real)

 Escala 1/75 ou 1: 75 , lê – se escala um para setenta e cinco (o desenho é


setenta e cinco vezes menor que o objeto real)

 Escala 1/ 50 ou 1: 50 , lê – se escala um para cinqüenta (o desenho é


cinqüenta vezes menor que o objeto real)

 Escala 1/ 20 ou 1: 20 , lê – se escala um para vinte (o desenho é vinte vezes


menor que o objeto real)

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3.4 Escalas Usadas em Desenho Arquitetônico

a) Plantas seccionadas e plantas de telhado :


geralmente utiliza-se a Esc. 1/50 ( podendo ser utilizadas também, 1/75 e 1/100)

b) Cortes e Fachadas:
geralmente utiliza-se a Esc. 1/50 ( podendo ser utilizadas também, 1/75 e 1/100)

c) Plantas de situação:
geralmente utiliza-se a Esc. 1/500 e 1/200

d) Plantas de locação:
geralmente utiliza-se a Esc. 1/100

e) Detalhes construtivos:
geralmente utiliza-se a Esc. 1/2 , 1/5, 1/10

4. FORMATO DO PAPEL

A ABNT normalizou o papel em formato da série A, a qual origina-se de um


retângulo de 1m² de área denominada de A0. A subdivisão do A0 gera os demais
formatos da série A, os quais com medidas em milímetros(mm).

A0
A0 = 1189 x 841 A1 A2
A1 = 841 x 594
A2 = 594 x 420
A3 = 420 x 297 A3 A4

A4 = 297 x 210

4.1 Características do Formato A

O papel utilizado para o desenho arquitetônico, é conhecido também como


“prancha”, as quais possuem as seguintes características:

a) Margem – constituída de duas margens; externa, com traço fino para delimitar
o local de corte do papel e interna, com um traço grosso delimitando o espaço
para o desenho. A margem esquerda deverá estar a 25mm do início do papel,
possibilitando a perfuração para arquivamento.

b) Carimbo ou Legenda - espaço demarcado , situado no canto inferior direito


da prancha junto à margem. Essa colocação é necessária para que haja boa
visibilidade quando a prancha for arquivada. Seu tamanho varia de acordo com o
formato do papel.

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c) O carimbo deve possuir as seguintes informações:

1- autor do projeto;
2- nome da empresa ou profissional liberal;
3- título do projeto;
4- nome do proprietário (cliente);
5- local da obra;
6- número da prancha;
7- escala e data;
8- outras.

Prancha

Observação : Todos os formatos da série A são dobráveis até que estejam


no tamanho A4, seguindo a NB para facilitar o arquivamento em pastas.

5. INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO

CONSIDERAÇÕES: Para a boa execução de desenho técnico faz-se necessário, se


possível, a utilização de instrumentos de melhor qualidade, os quais deverão ser
manejados de maneira correta e conservados sempre limpos .

MATERIAIS DE DESENHO: DESCRIÇÃO E USO

5.1- Esquadros
São instrumentos de desenho com a forma de triângulos retângulos, encontrados
sempre em pares. Um esquadro é isósceles com ângulos de 45° e o outro é escaleno
com ângulos de 30° e 60°.
Servem para traçar paralelas e ângulos . Os mais utilizados são de material acrílico
devido a sua transparência. Apresentam em vários tamanhos 16 cm, 20cm, 32cm,
etc.(Anexo Fig. 3.1)

5.2 – Régua “T”

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É uma régua composta de duas partes denominadas “cabeçote”, parte pequena e de
madeira grossa e “haste”, parte fina e longa em madeira , acrílico e mista.
Utilizada para traçar linhas horizontais paralelas no sentido da prancheta em que
está sobreposta onde deslizam verticalmente.

5.3 - Tecnígrafo
É um aparelho que substituí o conjunto de esquadros , régua “T” e transferidoras. O
instrumento é de grande precisão e alto custo .
É permanentemente fixo à mesa - prancheta e possui um jogo de réguas
perpendiculares graduadas em escalas.

5.4 – Régua Paralela


Apresenta a mesma função da régua “T”, sendo que é permanentemente fixa à
prancheta e não apresenta cabeçote.

5.5 - Prancheta
São mesas apoiadas em cavaletes com altura e inclinação reguláveis.

5.6 – Régua Comum


São réguas de vários comprimentos e geralmente em material acrílico transparente,
graduadas em centímetro e com corte transversal chanfrado para facilitar a leitura.

5.7 - Compasso
Instrumento empregado para traçar circunferências, arcos ou transpor medidas. Os
compassos comuns têm 12cm de comprimento aproximadamente, com articulações e
pontas removíveis para o porta grafite numa perna e a ponta seca na outra.

5.8 – Lápis , Lapiseiras e Grafite


O lápis é um instrumento em madeira e em seu interior apresenta um mineral
denominado grafite. Este de textura compacta, cinza - negro, lustroso, composto
quase exclusivamente de carbono.
A Lapiseira apresenta-se em diversos tipos de material e atualmente é mais
utilizado que o lápis; são mais confortáveis para o uso e facilitam a troca de gravites.
Os gravites são classificados em duros, médios e moles, identificados pelas séries H
e B . Quanto mais H, mais duro; quanto mais B, mais mole (ou suave) e os médios HB
e F.

5.9 - Borracha
A borracha utilizada para desenho deve ser macia e que não deixe mancha no
papel. A mais recomendada é a borracha vegetal.

5.10 - Transferidor
É um instrumento utilizado na construção e medição de ângulos. É fabricado
em metal ou em acrílico. O mais usado tem a forma semicircular, graduado de 0° a
180° com diâmetro de 12 cm.

5.11 – Curvas Francesas ou Pistolões

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São gabaritos para curvas, recortadas por inúmeros arcos e são utilizados para
desenhos em que não se pode usar o compasso.

5.12 – Caneta par uso de Tintas


Também conhecidas como canetas de tinta nanquim. Utilizadas para cobrir
desenhos a grafite, desenhos definitivos. Possuem em seu interior um reservatório
para tinta nanquim. Apresenta-se com várias espessuras como 0.1 , 0.2, 0.3, etc.

5.13- Normógrafo
Instrumento utilizado para escrever a caligrafia técnica em desenho. Em uma de
suas extremidades é colocada a caneta a nanquim e a outra possui uma ponta cega
que serve para contornar as réguas vazadas que contém as letras e números .

5.14 - Gabaritos
Instrumentos geralmente em acrílico, vazados, contendo diversas formas como:
arcos, telhas, louças sanitárias, etc.

5.15 – Tinta indelével


Tipo de tinta que não pode ser apagada. Serve para renderizar, colorir
apresentações como : layout, perspectivas , etc.

5.16 - Papéis
Vários tipos de papéis são utilizados em desenho como o papel manteiga , papel
vegetal, sulfite, canson, couche, etc.

5.17 - Pranchas
São papeis em formatos (dimensões) padronizados pela ABNT.

5.18 – Software
Atualmente com a era da informática os projetos de arquitetura, engenharias e
demais desenhos técnicos são desenvolvidos ou desenhados no computador,
fazendo com que a maioria dos materiais acima citados estejam praticamente em
desuso.
Os programas mais utilizados para o desenvolvimento de projetos são:
 Auto Cad – desenhos em duas e três dimensões;
 Arq 3 D – maquetes eletrônicas;
 Vector;
 InteliCad,etc.

6. SÍMBOLOS CONVENCIONAIS

6.1 - Letras e números


Seguem a NB (Gothic Letter), onde todas as letras e os números utilizados em
desenho arquitetônico devem ser iguais para que seja de fácil visualização e
uniformidade.
Este tipo de letra/número é denominado “bastão”, e sua escrita é feita através
de normógrafo, à mão no computador, sendo que neste, a fonte é “Romans Shx.”

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6.2 - Tipos de Linhas
No desenho técnico, são utilizados vários tipos de linhas, onde cada uma
delas indica uma situação.

a) linha cheia grossa - para contornos de arestas visíveis do observador


ex. paredes em primeiro plano

b) linha cheia fina - para contornos de arestas distantes do observador


ex. linha de cota

c) linha tracejada – para contornos e arestas invisíveis


ex. beiral, armário embutido

d) linha traço - ponto – para eixos e planos de corte


ex. linha de corte

e) linha de ruptura – para indicar cortes de interrupção


ex. diminuição do desenho

TIPOS DE LINHAS:

LINHA CHEIA GROSSA LINHA CHEIA FINA

LINHA TRACEJADA LINHA TRAÇO-PONTO

LINHA DE RUPTURA

7. COTAS E LINHAS DE COTAS

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Cotas, são medidas de distância, em linha reta, entre dois pontos dados. Esta
indicam altura, largura, comprimento. São dispostas no desenho acima de uma
linha paralela ao que se quer dimensionar. Para esta linha , chama-se “ linha de
cota”.
Ex.:

cota

5,00
linha de cota

8. ESQUADRIAS

8.1 - Portas
Representação Gráfica:

Dimensões mínimas :

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Ambiente Largura (m) Altura (m)
Sala 0.80 2.10
Quarto 0.70 2.10
Cozinha 0.70 2.10
Banheiro 0.50 2.10

8.2 – Janelas e balancins


Representação Gráfica:

 As dimensões míninas (largura e altura) de janelas e banlancins dependem da


área dos ambientes.

9. ORIENTAÇÃO MAGNÉTICA

A orientação magnética é de fundamental importância para o projeto


arquitetônico, pois através desta orientação, pode definir o melhor posicionamento
dos ambientes em relação à ventilação, iluminação, insolação.
Num projeto arquitetônico, as plantas geralmente indicam a orientação norte - N .
Para que haja um melhor conforto térmico, recomenda-se em um projeto, que
os ambientes de uso prolongado sejam direcionados para o Leste (nascente),
levando-se em consideração a direção dos ventos predominantes.

N
N - NORTE
NO NE S - SUL
L - LESTE
O - OESTE
O L NE - NORDESTE
NO - NOROESTE
SE - SUDESTE
SO SE SO - SUDOESTE

Pode-se denominar as fachadas de acordo com a orientação (norte, sul leste,


oeste ou nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste).

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10. TERMOS TÉCNICOS USADOS EM ARQUITETURA

Alicerce - fundação, serve de base para uma edificação

Andar - pavimento situado acima do térreo

Beiral - prolongamento do telhado além do limite das paredes

Bitola - dimensionamento do diâmetro de matérias: ferro, tubulação,etc.

Caixilho - parte da esquadria que sustenta as folhas das portas, janelas e os


vidros

Circulação - corredor ou área de interligação entre os ambientes

Closed - quarto de vestir, vestiário privativo a uma suite

Copa/cozinha - espaço que agrega o preparo e uso das refeições

Cozinha americana - cozinha aberta para sala, geralmente dividida pôr um


balcão de refeição

Congogó - elemento vazado em cimento e outros materiais, para facilitar a


ventilação e iluminação

Cumeeira – viga ou trave colocada no ponto mais alto do telhado, onde acontece
o encontro das águas

Dependência de empregada - dormitório com acesso pela área de serviço

Despensa - área para depósito, com acesso geralmente pela cozinha

Domo – cobertura translúcida no alto da construção que oferece iluminação e


ventilação natural.

Elevador panorâmico - elevador que possui parede de vidro, permitindo a


visualização do exterior durante o percurso

Elevador social - aquele que dá acesso à área social

Elevador de serviço - aquele que dá acesso à área serviço, reservado também


para transporte de carga e mercadoria

Emboço - é a primeira camada de argamassa nas paredes, feita com areia


grossa e não peneirada

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Estuque - massa à base de cal,gesso, areia, cimento e água, utilizada como
revestimento em forros e paredes
Fissura – trinca (rachadura) superficial no concreto ou alvenaria

Hall social - área de circulação, contendo o elevador social

Hall de serviço - área de circulação, contendo o elevador de serviço

Gabinete - quarto de estudo/escritório, geralmente com acesso pela área social

Lavabo - banheiro contendo apenas lavatório e vaso sanitário

Lavanderia - área destinada à lavagem e secagem de roupas

Mão francesa – elemento estrutural inclinado que serve para ligar um


componente e um balanço à parede

Playground - área destinada a lazer de crianças

Pavimentos – andar do edifício / revestimento de piso

Pé – direito – distância vertical entre piso e teto de uma edificação – medida


mínima para residências: 2.80m e para indústrias: 4.50m.

Quadra polivalente - quadra de jogos demarcada para várias modalidades de


esporte

Quarto reversível - quarto opcional, podendo servir à área íntima ou área de


serviço

Reboco – massa composta da mistura de cimento, areia, água e quimical,


utilizada para revestimento de paredes

Sanca – moldura colocada entre parede e teto

Sala de estar - sala social de conversação

Sala íntima - sala situada na área íntima, geralmente destinada ao lazer (tv, som,
conversação)

Sala de jantar - sala social de refeições

Suite - dormitório com banheiro privativo

Suite máster - dormitório com maiores dimensões com banheiro privativo

Suite reversível - dormitório com banheiro, servindo para área privativa e social

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Varanda - área aberta para o exterior

Verga – viga que apóia a continuação das paredes sobre portas e janelas

W.C reversível - banheiro servindo à área social e íntima

W.C social - banheiro servindo à área social

W.C serviço - banheiro servindo à área de serviço

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EXERCÍCIO 1

1) Medidas de distância, em linha reta, entre dois pontos dados :

a) Corte
b) Cota
c) Cumeeira
d) Fachada
e) Orientação Magnética

2) O escalímetro, instrumento triangular que possui gravadas as escalas gráficas é


utilizado para desenvolver desenhos ampliados, reduzidos ou iguais ao tamanho
real do objeto.Qual o desenho geralmente elaborado com a escala 1:500?

a) Planta baixa
b) Planta de locação
c) Planta de situação
d) Cortes
e) Detalhes construtivos

3) Segundo a legislação a distância mínima entre piso e teto de uma residência é de


2,80m.Para esta medida denomina-se:

a) Cumeeira
b) Pé direito
c) Rufo
d) Beiral
e) Pavimento

4) A Planta de Situação é aquela que :

a) Contém maior número de pilares


b) Contém o mobiliário e /ou equipamentos
c) Contém a fundação
d) Contém a localização do terreno dentro da quadra
e) Contém a localização do objeto arquitetônico dentro do terreno

5) É de fundamental importância para o Projeto Arquitetônico quanto à definição do


melhor posicionamento dos ambientes em relação à ventilação, iluminação e
insolação :

a) Cota
b) Escala
c) Fundação
d) Cortes e Fachadas
e) Orientação magnética

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6) Prolongamento do telhado além do limite das paredes:

a) Reboco
b) Beiral
c) Rufo
d) Cumeeira
e) Testada

7) Banheiro que contém apenas lavatório e vaso sanitário:

a) Banheiro reversível
b) Suíte reversível
c) Banheiro de serviço
d) Banheiro social
e) Lavabo

8) Vista externa da edificação:

a) Perspectiva
b) Corte
c) Fachada
d) layout
e) Planta Baixa

9) Planta seccionada, usada para se ter uma visão de cima para baixo, onde se pode
verificar a distribuição interna de cada pavimento :

a) Planta de Pilotis
b) Planta de Mezanino
c) Planta de Pavimento Tipo
d) Planta Baixa
e) Planta de Telhado

10) Linha usada para representar contornos e arestas invisíveis:

a) Linha Tracejada
b) Linha Cheia Fina
c) Linha Cheia Grossa
d) Linha Traço-Ponto
e) Linha de Ruptura

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CAPÍTULO II

SITUAÇÃO DO IMÓVEL NO PLANO URBANO

As cidades são organismos vivos, que nascem e se desenvolvem,


transmudando – se a cada momento. A conveniência entre passado, presente e
futuro deve ser o objetivo maior do planejamento urbano.
Para que haja um planejamento e desenvolvimento adequado, faz-se
necessário à utilização de instrumentos legais que direcionem a ordenação das
cidades.

1. LEGISLAÇÃO

1.1 – CÓDIGO DE OBRAS


É um conjunto de normas que visa garantir à comunidade, melhores
condições de higiene, conforto e segurança, quando da construção das suas
moradias.
OBJETIVOS
a) orientar os projetos e a execução de edificações no Município;
b) assegurar a observância de padrões mínimos de segurança, higiene.
Salubridade e conforto das edificações de interesse para a comunidade;
c) promover melhoria de padrões de segurança e conforto de todas as
edificações em seu território;
d) orientar os projetos de preservação e restauração nas áreas do Patrimônio
histórico e artístico;
e) instrumentalizar as ações de fiscalização da execução de obras

1.1.2.- ETAPAS DE ELABORAÇÃO E LICENCIAMENTO DE OBRAS

Estudo
Preliminar

PROJETO Consulta
Arquitetônico Anteprojeto Prévia

Alvará De
Projeto Construção
Definitivo

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Habite - Se
De acordo com a legislação, para a execução de uma obra, há a necessidade de
seu licenciamento junto aos órgãos como a Secretaria de Urbanismo, Conselho
Regional, Corpo de Bombeiros, entre outros utilizando os seguintes
procedimentos:

PROJETO ARQUITETÔNICO
Projeto elaborado por profissionais de arquitetura ou engenharia com o objetivo
de organizar espaços de uma edificação para sua construção. Tais profissionais
deverão estar registrados no Conselho de Arquitetura e Engenharia – CREA, os
quais assinarão e assumirão a responsabilidade técnica do projeto/obra
O projeto arquitetônico divide-se nas seguintes etapas:

a) Estudo preliminar – etapa em que o profissional organiza os espaços , de


acordo com as necessidades do cliente. A apresentação é através de plantas
de Lay – out e perspectivas

b) Anteprojeto – etapa de desenvolvimento de desenhos técnicos, tendo o


projeto sido aprovado pelo cliente. A apresentação é através planta de
pavimentos, cortes, fachadas, planta de coberta, planta de locação e situação.

Obs.: nesta etapa dá-se entrada do projeto no órgão competente para


CONSULTA PRÉVIA, para verificar se o projeto está de acordo com a legislação.

c) Projeto definitivo – etapa onde possíveis alterações são executadas. A


apresentação é através dos mesmos desenhos da etapa anterior mais
detalhes construtivos e especificações técnicas.

 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO – após a aprovação do projeto, e expedido pelo


órgão competente o documento que licencia a execução da obra.

 HABITE – SE – documento que licencia a ocupação da edificação após a


conclusão da obra e estando a mesma de acordo com o projeto e a legislação.

 ART- Anotação de Responsabilidade Técnica – documento expedido pelo


CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia,
assinado pelo profissional engenheiro e/ ou arquiteto e pelo proprietário da
obra , no qual o profissional assume a autoria do projeto e/ ou a
responsabilidade da obra .

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1.2 - LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
É um conjunto de normas que ordena a divisão do município em zonas, de
acordo com suas características, visando organização de suas funções, controle
e preservação de áreas ambientais e controle do uso da infra-estrutura.
1.2.1 - Zoneamento – consiste na organização da cidade e das áreas
urbanizáveis em zonas, de acordo com a ocupação predominante.

1.3 – LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO


É o processo de urbanificação de uma gleba, mediante sua divisão ou
redivisão em parcelas destinadas ao exercício das funções urbanísticas
elementares. E refere- se a :

1.3.1 - Arruamento – abertura ou prolongamento de vias

1.3.2 – Loteamento – é a divisão da gleba em lotes destinados à edificação, com


abertura de novas vias de circulação ou prolongamento, modificação das vias
existentes

1.3.3. - Desmembramento – é subdivisão da gleba em lotes destinados à


edificação, com a conservação vias existentes.

DEFINIÇÕES
 Acesso – chegada, entrada, trânsito, passagem, modo pelo qual se chega
a um lugar
 Acréscimo – aumento de uma construção em sentido horizontal ou vertical
 Afastamento – distância entre divisas do terreno e o parâmetro externo da
edificação
 Alinhamento – linha divisória entre o terreno de propriedade particular e a
via ou logradouro público
 Área construída – é a soma das áreas de piso utilizáveis cobertos do
pavimento térreo e dos pisoa utilizáveis ou não, dos demais pavimentos
 Área livre – superfície não edificada do lote ou terreno
 Área coletiva – é a área existente no interior de quadras, mantida como
servidão de uso comum para várias edificações
 Área útil – medida da superfície de uma edificação, excluídas paredes e
pilares
 Área coberta - superfície de qualquer edificação coberta, nela incluídas
paredes, pilares, marquises, beirais .
 Área parcial – soma das áreas construídas de todos os pavimentos de uma
edificação, não sendo computados estacionamentos, áreas de lazer,
subsolo, circulação horizontal e vertical
 Área total – soma das áreas de todos os pavimentos de uma edificação
 Aclividade - inclinação do terreno, considerado de baixo para cima

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 Caixa de rolamento – parte do logradouro destinada ao tráfego de veículos
 Calçada - parte do logradouro destinada ao passeio de pedestre
 Conjunto residencial – uma ou mais edificações domiciliares, isoladas ou
agrupadas vertical ou horizontalmente , dispondo obrigatoriamente de
espaços e/ou instalações de utilização comum.
 Declividade – inclinação do terreno, considerado de cima para baixo
 Divisa – linha limite de um terreno
 Frente – divisa do lote com o logradouro
 Gabarito – dimensões pré- estabelecidas para a altura das edificações
 Habitação unifamiliar – é a constituída por um só edificação, habitada por
uma só família
 Habitação multifamiliar – é a constituída pelo agrupamento de edificações,
habitada por várias famílias
 Logradouro público – é a parcela do território de propriedade pública e de
uso comum da população
 Lote – a menor parcela ou subdivisão de uma gleba , destinada à
edificação
 Marquise – estrutura em balanço , destinada, exclusivamente, à cobertura e
proteção de pedestres
 Mezanino – pavimento que divide parcial e verticalmente o compartimento
em que estiver situado
 Pavimentação – é o revestimento de um logradouro ou dos pisos das
edificações
 Pilotis – conjunto de pilares não embutidos em paredes e integrantes da
edificação, para o fim de proporcionar áreas abertas de livre circulação
 Profundidade do lote – é a distância entre a testada e a divisa posterior do
lote
 Terreno – extensão de terra edificada ou não
 Testada – linha limítrofe entre terreno e logradouro público

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EXERCÍCIO 2

1) Linha limítrofe entre terreno e logradouro público:

a) Testada
b) Habite-se
c) ART
d) Alvará
e) Alinhamento

2) Etapa do Projeto Arquitetônico em que se desenvolve o desenho técnico, tendo o projeto sido
aprovado pelo cliente:

a) Estudo preliminar
b) Consulta prévia
c) Anteprojeto
d) Habite-se
e) Alvará de construção

3) É o processo de urbanificação de uma gleba, mediante sua divisão ou redivisão em parcelas


destinadas às funções urbanísticas elementares:

a) Alvará de construção
b) Lei de parcelamento do solo
c) Lei de uso e ocupação do solo
d) Habite-se
e) Código de obras

4) Soma das áreas de todos os pavimentos de uma edificação:

a) Área total
b) Área livre
c) Área coberta
d) Área coletiva
e) Área construída

5) É a divisão da gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de vias, modificação e


prolongamento de vias existentes:

a) Arruamento
b) Loteamento
c) Zoneamento
d) Alinhamento
e) Desmembramento

6) Aumento de uma construção em sentido horizontal e vertical:

a) Afastamento
b) Aclive
c) Acesso
d) Acréscimo

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e) alinhamento

CAPÍTULO III

NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Um prédio necessita de uma parte de sua função destinada a suportar os


esforços produzidos por:

a) peso de todos os seus componentes, isto é, do telhado, paredes, forros,


pisos, etc.;
b) instalações;
c) móveis;
d) pessoas;
e) força do vento;
f) peso da água da chuva; etc.

1 – ESTRUTURAS

A estrutura de um prédio ( edificação ), é o conjunto de peças destinadas a


formar um quadro suficientemente rígido e resistente, que possa suportar todos
os esforços decorrentes do peso dos elementos que constituem este prédio e
mais os das cargas acidentais.

1.1 – TIPOS DE ESTRUTURAS

a) Alvenaria - em pequenas edificações, as próprias paredes de alvenaria


devem resistir aos esforços como uma estrutura.

b) Concreto armado – é um conjunto rígido, muito usado em prédios de vários


pavimentos . É composta de blocos de fundação, cintas de segurança, pilares,
vigas e lajes.

c) Aço – composta de peças de aço padronizadas , possui menor peso, fácil


montagem e podem ser desmontadas e reutilizadas. Como principal
desvantagem, está sujeita a ação do tempo e do fogo.

d) Madeira - são as mais fáceis de montar, suas peças podem ser


desmontadas. Mas, tem como desvantagem o ataque de fungos e insetos.

1.2 ELEMENTOS QUE CONSTITUEM A ESTRUTURA

1.2.1 Lajes - são placas, cuja função é de receber as cargas e transferi-las para
vigas ou paredes . Podendo ser de piso e/ ou de teto.

23
Tipos de laje:

 Convencional – constituída de ferro e concreto


 Nervurada - constituída de ferro e concreto, apresentando vigamento
paralelo
 Grelhada - constituída de ferro e concreto, apresentando vigamento
paralelo e cruzado
 Pré – moldada – constituída de vigas de concreto pré – moldado e tijolos
ou isopor.

1.2.2 Vigas - são barras que localizam – se geralmente abaixo da laje e


destinam – se a suportar cargas que tendem a dobrá-la.

Tipos de vigas:
 Convencional – localiza – se abaixo da laje
 Invertida - localiza – se acima da laje
 Balanço – apoiada somente em uma extremidade

1.2.3 Pilares – são peças verticais destinadas a suportar unicamente esforços


de compressão ou tração de uma edificação.

Tipos de material:
 Madeira
 Aço
 Concreto

1.3 Fundação – parte do prédio destinada a receber seu peso, transferindo – o


para o solo. É a primeira parte do prédio a ser construída. Seu tipo, dimensões e
forma dependem da carga ( peso atuante ) e do tipo de solo ( resistência )

24
2. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

2.1 ACABAMENTO

REVESTIMENTOS DE PAREDES

 Azulejos – é um produto cerâmico feito de argila prensada e queimada,


impermeável, recoberta por uma camada de esmalte. São indicados para
revestir paredes de cozinhas, banheiros, áreas de serviço, outros.

 Pastilhas – é um material cerâmico encontrado em diversos tipos: porcelana


ou cerâmica grés, vidrada, esmaltada, e porcelana vitrificada. É ideal para ser
instalada em locais sujeitos a grande umidade, como é o caso de cozinhas,
banheiros, fachadas externas.

 Lambris – chapas de madeira prensada com diversas espessuras. São


indicados para revestir paredes internas e forros .

 Chapa de fibrocimento – usado como elemento de vedação de vãos,


revestimento da alvenaria ou decorativo. Podendo ser aplicadas sobre
qualquer superfície: alvenaria, madeira, ferro, outras.

 Tintas – utilizadas para interiores e exteriores. Podem ser acrílica, pva, outras.

REVESTIMENTOS DE PISO

 Madeira – para revestir os pisos de áreas internas da edificação não


molháveis. As opções deste revestimento são: tacos, tábuas corridas, outros.
 Cerâmica – atualmente a cerâmica é utilizada tanto em ambientes secos ,
como em ambientes molhados como: salas, dormitórios, cozinhas , banheiros,
etc.
 Mármore – tipo de pedra utilizadas em áreas internas e externas.

FORROS

 Madeira
 PVC
 Gesso

25
EXERCÍCIO 3
01. Placas, cuja função é de receber as cargas e transferi-las para vigas ou
paredes , podendo ser de piso e/ ou de teto.
a) Viga
b) Verga
c) Laje
d) Pilar

02. Laje constituída de ferro e concreto, apresentando vigamento paralelo e


cruzado :

a) Convencional
b) Nervurada
c) Grelhada
d) Pré - moldada
e) Balanço

03. Viga apoiada somente em uma extremidade:


a) Invertida
b) Balanço
c) Convencional
d) Radier

04. Tipo de fundação:


a) Invertida
b) Balanço
c) Convencional
d) Radier

05. São peças verticais destinadas a suportar unicamente esforços de


compressão ou tração de uma edificação :
a) Viga
b) Verga
c) Laje
d) Pilar

26
CAPITULO IV

FIGURA S GEOMÉTRICAS E CÁLCULO DE ÁREAS


Área de uma figura é o número, associado à sua superfície, que exprime a
relação existente entre esta superfície e a superfície de um quadrado de lado
unitário.
Dizemos que duas superfícies são equivalentes quando possuem a mesma
área.
O perímetro de uma figura é a soma dos lados dessa figura.

1. Quadrado
É o quadrilátero que tem os lados de mesma medida e os quatro ângulos
internos retos.

a (lado)

a (lado)

1.1. Área do quadrado

A = a2

1.2. Perímetro do quadrado

P = 4a

2. Retângulo:
É o quadrilátero que tem os quatro ângulos retos.

27
2.1. Área do retângulo

P=axb

2.2. Perímetro do retângulo

P = 2a + 2b

3. Paralelogramo:
É o quadrilátero que tem os lados opostos iguais

3.1. Área do paralelogramo

A=axb

3.2. Perímetro do paralelogramo

A = 2a + 2b

4. Triângulo:
É o polígono de três lados.

h (altura)

b
4.1. Área do triângulo

28
A=b xh
2

5. Trapézio:
É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. Esses lados paralelos são
chamados de bases do trapézio.

base menor (b)

h (altura)

base maior (b)

5.1. Área do trapézio

A = (B + b)x h
2

6. Círculo:

r (raio)

Obs.: π = 3,14

6.1. Área do círculo

A = π x r2

6.2. Comprimento do círculo

C = 2πr

29
7. Losango:
É o quadrilátero que tem os quatro lados de mesma medida.

diagonal maior (D)

______________
diagonal menor (d)

7.1. Área do losango

A=Dxd
2

EXERCÍCIO 4
1. Um quadrado tem 1,8 m de lado. Calcule sua área.

2. A área de um quadrado é 49 cm2. Calcule o lado desse quadrado.

3. Calcule a área de um retângulo de 17 cm de comprimento e 13 com de largura.

4. Um terreno retangular tem 200 m2 de área e 25 m de comprimento. Qual é a


sua largura.

5. Quanto Maria gastará para lajotar uma sala quadrada de 3 m de lado, sabendo
que o preço do m2 da lajota é R$ 9,36?

6. A área de um triângulo é 60 cm2. Sabendo que a base é igual a 8 cm, quanto


mede a altura desse triângulo?

7. Calcule a área das figuras hachuradas:


a)
3 cm

5 cm
6 cm

4 cm

14 cm

30
b)

3 cm

3 cm

8 cm 3 cm

31
ANEXOS I

INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO - FIGURAS

Esquadros Régua “T”

Tecnígrafo Prancheta

Régua Comum Compasso

32
Lápis , Lapiseiras Borracha

Transferidor Curvas Francesas

33
ANEXOS II

PROJETO ARQUITETÔNICO

ANEXO II
PROJETO ARQUITETÔNICO

PERSPECTIVA

34
PALNTA BAIXA - LAY OUT

35
36
37
38
39
40
41
GABARITO

Exercício 1

1.B, 2.C, 3 .B, 4 .D , 5.E, 6.B, 7.E, 8.C, 9.D, 10. A

Exercício 2

1. A , 2.C ,3.B, 4.A , 5.B, 6.A

Exercício 3

1.C, 2.C, 3.B, 4.D, 5.D

Exercício 4

1- 3,24 m2 , 2- 7cm2, 3 - 221c2 , 4 - 8m , 5- R$ 84,24, 6 – 15cm2,

7- a) 138cm2, b) 57cm2

42

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