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_Ao acorda sinto meus pés sobre um chão molhado e quente, estranho!

Não recordo de
nenhum ambiente assim. Tento enxergar a minha frente, mas sobre meus olhos, estão
inúmeras camadas de tecido. Droga! Onde será que estou, e por que sinto tantas dores
em meu corpo, como se tudo estivesse quebrado. Uma lembrança vem a minha mente.

”Caminho na floresta, em busca de flores e frutos para criar uma nova essência para
meus cremes, quando escuto pássaros assustados com algo, não enxergando nada
continuo a minha busca, mas com a estranha sensação de está sendo observada. Decido
então aumentar o meu passo para voltar rapidamente a minha casa, já que não é mais
seguro andar sozinha.
Quando me aproximo do vilarejo sou surpreendida por uma mão delicada, que ao mesmo
tempo que me segura firme me sufoca com um lenço embebecido em um cheiro forte,
fazendo-me desfalecer”.

Volto a realidade com um som que parece familiar e tento compreender de onde o
conheço. Não consigo formar meu pensamento e sinto a presença de alguém em minhas
costas e no momento que tento me virar, sou surpreendida pelo puxão de minha venda e
preferindo que ainda estivesse com ela, entendo a causa do meu sofrimento e me
desespero entendendo o que acontece.

Ailin
Meu nome é Ailin, sou a mais velha de três irmãos e moramos com nosso pai em Fênix,
uma ilha situada na Noruega, onde o seu fim de tarde nós presenteia com as mais belas
cores, prevalecendo o laranja, dando assim, a paisagem um tom surreal e único. Nosso
vilarejo sobrevive da pesca e do comércio que é mantido no cais, graças a inúmeros
barcos que por aqui passam todos os dias dando a possibilidade de comercializamos tudo
que conseguimos produzir na ilha.

Hoje é 18 de abril, dia em que festejamos o florencer nome dado ao nosso festival da
primavera e durante a festividade o povo escolhe o rosto mais belo de Fênix. Única parte
boba da festa é essa, querer procurar um tipo de beleza para representar tantas outras,
se ela pode ser encontrada em variadas formas, mas como não me envolvo nessa parte
vou ajudando nas demais tarefas. A noite chega e com ela o perfume das flores e a
música tocada por nosso povo invade o vilarejo, convidando todos a esquecer seus
problemas e se entregarem a alegria da primavera com muita comida e dança. Vejo
minha melhor amiga e vou ao seu encontro.

_ Oi Nora, pronta pra nos divertimos?

_Sim, o que você tem em mente?

Ouço meu nome e me viro rapidamente, é Lion, meu pai, e junto dele Darson, um cara
recém chegado que conquistou a confiança dos homens e os suspiros das moças,
inclusive a que se encontra do meu lado.

_ Nora, dar pra disfarçar esse olhar de boba pro cara.

_desculpa, ainda não me acostumei com o sorriso de Darson.

_Olá garotas, qual das duas fará a honra de apresentar nossa dança ao recém chegado?
A boba da Nora, tremia incapaz de responder e antes que ela desmaiasse, empurrei ela
nós braços dele e fui embora, procurar por meus irmãos, mas não andei muito quando
sou puxada pelo braço. Uma senhora com sorriso amarelo me entrega um bilhete, já
imaginando o autor imediatamente jogo fora.
Desde que chegou, Darson, vem me cortejando através de bilhetes, mas algo nele me
intriga.

Darson
Cheguei recentemente a Fênix, trabalhava antes com pesca em alto-mar, e devido a
algumas passagens pelo vilarejo me encantei pelo local e por uma certa moça de cabelos
cacheados e olhos cor de mel. Tal moça tem se demostrado difícil, com cortejos por meio
de escritas, mas não sou de desistir fácil.
Converso com o senhor Lion, sobre a beleza da festa, e como gostaria de aprender a
dançar. Ele por sua vez, me leva justamente onde eu queria, sua filha Ailin. Vejo em seu
semblante que não lhe agrada minha presença, jogando sobre meus braços sua amiga e
indo embora. Sou obrigado a dançar com ela, que por inúmeras vezes pisa em meus pés,
me fazendo desistir e ir embora.

Ailin
Encontro meus irmãos e juntos vamos desfrutar da festa com comidas e bebidas, essa
última escondido de nosso pai.
Horas se passam e decido me afastar da festa para aliviar minha cabeça que está pesada
devido a bebida que ingerir. Depois de algum tempo Nora, junta-se a mim, sua companhia
é sempre prazerosa, e o fato dela mim procurar reacende esperanças em mim. Mas hoje
ela encontra-se extremamente chata, o motivo um certo rapaz com quem dançou, ou
tentou, já que não para de falar que pisou em seus pés e o fez sumir. Ao passar de algum
tempo escutamos gritos vindo da festa, voltamos correndo e afastando as pessoas de
nossa frente vimos o motivo do pânico.

Ao se aproximarem as moças Nora e Ailin, se deparam com a imagem de uma senhora


sem vida em um recanto da festa. Seus olhos sangravam e continuavam abertos com a
expressão de medo, sua boca estava presa a tiras como se quisessem manter um sorriso
em sua face e sobre sua cabeça repousava a coroa de flores usada no festival para
coroação do mais belo rosto de Fênix.

O medo e curiosidade se instalaram, os representantes do vilarejo pediam calma e falam


que ao amanhecer, coletaria informações sobre o ocorrido e o melhor agora eram todos
irem para suas casas.
De cada fresta de janela se via olhos amedrontados e vigilantes ao olhar para fora, onde o
corpo da senhora já se encontrava coberto com um lençol.
Ao amanhecer bateram na porta do senhor Lion, era os representantes querendo
informações sobre sua filha mais velha, cuja pessoa foi a última a ser vista com a
senhora.
Lion, ao adentrar no quarto para chamar sua filha, se depara com uma cama vazia e
sobre está repousa uma coroa de flores.
Ailin

Ouço o meu nome e imediatamente saio do meu quarto. Meu pai, me pergunta o que
conversei com a senhora morta na noite anterior. Falo que apenas informei onde se
encontrava Darson, acredito que tinham contas a acerta sobre os pescados.

Decido então ir ao encontro de Nora, ela ficou bastante amedrontada pela imagem do
rosto da senhora. A vejo de longe com um olhar perdido

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