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Fotopolimerização 1

 Maior colonização bacteriana na superfície da


restauração
 Descoloração marginal
Hoje a gente tem uma série de materiais restauradores
 Quebra da matriz
que vão requerer a utilização da ativação por uma
 ↑ lixiviação de componentes.
fonte de luz, para que aquele material tenha a sua
reação de presa completada. Todos esses fatores podem ser ocasionados em
decorrência de uma polimerização inadequada.
E essa reação, essa fotopolimerização tem que ser
efetiva o suficiente para que a gente possa alcançar a Diversos instrumentos foram propostos com o objetivo
melhores propriedades possíveis daqueles materiais. de a gente fotoativar esses materiais.
A polimerização iniciada pela radiação, decorrente de Os primeiros instrumentos eram a base de luz UV.
uma energia luminosa ou fonte de luz, é o que a gente
pode chamar de fotopolimerização. Qual era o grande problema da luz UV?

Para a RC endurecer, por exemplo, precisa da ativação  Queimaduras de pele


pela fonte de luz. Eu preciso aplicar uma radiação, que  Lesão nos olhos
é a fonte de luz, para que haja a polimerização.  Geravam alto aquecimento (resina e dente
muito aquecidos)
Se eu for comparar a realidade clínica, com o que a
gente observa nos trabalhos publicados, ou seja, existe Em seguida surgiram os instrumentos de lâmpadas
diversos trabalhos publicados na literatura e existe halógenas:
uma pirâmide do grau de importância de evidência.
 Também gera aquecimento
No topo da pirâmide tem-se os ensaios clínicos feitos  Possui um conjunto de filtros (filtra apenas a
em seres humanos (randomizados). luz necessária para fotoativar)
 Possui um ventilador (diminui a geração de
Esses ensaios clínicos, representam o padrão ouro
calor)
entre todas as pesquisas envolvendo uma série de
 Ainda existe em uso
produtos e materiais na área da saúde.
 Essa lâmpada tem vida útil curta
Então, quando eu comparo a realidade clinica com os
Em seguida surgiram os arcos de plasma e xenônio.
resultado dos ensaios clínicos randomizados, um
estudo de 1991 observou que na prática privada as  Aparelhos extremamente potentes
restaurações duravam 35% menos do que as  Se efetivava a polimerização em 5-10’’
analisadas em ensaios clínicos randomizados.  Alta potencia
Ou seja, o que a gente tem de evidencia, ainda é muito  Geração de calor significativa
pior na prática clínica. Mais recentemente surgiu os aparelhos LED.
E a que isso se deve?  Começaram no Brasil em 2002-2003
Dentre uma série de fatores, a polimerização Independente da fonte de luz utilizada para fotoativar,
inadequada é um dos principais fatores que levam a os fundamentos físicos da fotoativação, serão os
essas falhas precoces. Essa polimerização inadequada mesmos.
vai favorecer:
O que é um espectro eletromagnético?
 ↑ Desgaste e fratura do material
 ↓Resistência de união, ou seja, esse material No espectro eletromagnético a gente vai ter uma série
não vai ficar bem aderido a estrutura dentária de espectros:
 Vai predispor ao aparecimento de cárie  Raio γ
secundária,  Raio X
 Raio UV

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 Luz visível Quanto mais fótons essa luz emitir maior a intensidade
 Infravermelho de luz.
 Micro-ondas
Quando a gente vai medir a intensidade de um
 Ondas de rádio
aparelho fotopolimerizador a gente precisa considerar
O que vai diferenciar o tipo de onda eletromagnética a área pelo qual o feixe de luz vai sair, ou seja, a
vai ser o comprimento de onda e a sua frequência. intensidade pela área:

Enquanto os raios γ estão na faixa de comprimento de mW/cm²- intensidade


onda de 10-6 nm, as ondas de rádio tem 10km.
Exemplo:
Como a gente pode definir o comprimento de onda?
2 condutores de 2 aparelhos fotopolimerizadores:
Distância entre 2 picos ou 2 vales;
 Diâmetro 1: 9.9
Frequência é o número de oscilações completas por  Diâmetro: 7.8
unidade de tempo.
Se eu considerar que a energia gerada pela fonte é
A frequência é aferida em Hertz que significa 1 1000mw para ambos, quando eu considero a área de
oscilação/s, que é o tempo necessário para percorrer a cada condutor eu vejo que:
oscilação completa.
 Irradiância do condutor maior: 1.30
Se a gente considerar que a formula da velocidade da  Irradiância do condutor menor: 2.1
luz é:
Ou seja, quanto menor a área, maior a intensidade de
V=λ x f luz.

E que para todas as ondas eletromagnéticas a V é Existem dispositivos usados para aferir essas
constante, posso dizer que o λ é inversamente intensidades luminosas: irradiometros.
proporcional a sua frequência.
 Irradiometros digitais
Ou seja, quanto maior o λ, menor a energia e menor a  Irradioemtros que dão apenas a faixa ideal
reatividade.  Irradiometros que dão a intensidade analógica
Quanto maior a frequência de uma onda, maior o Existem equipamentos de fotopolimerização em que
potencial energético e maior a sua reatividade. os irradiometros vão estar acoplados a base do
equioamentos.
No caso do espectro de luz visível, ele vai variar de
400nm (violeta) até 700nm (vermelho), única faixa Nos equipamentos de LED não é comum.
percebida pelo olho humano.
O irradiometro vai captar a luz que vai ter o λ específico
No caso da fotoativação das RC a gente vai precisar de para polimerizar a resina.
uma fonte de luz que tenha um λ específico e uma
intensidade suficiente para que essa polimerização seja Ele capta a luz e reproduz em mW/cm²
efetiva. Existe outra forma de avaliar como é que esse
Quando a gente fala em fotoativação, a gente precisa equipamento se comporta:
saber qual é a intensidade ideal. Avaliando como o feixe de luz é montado.
A intensidade de luz é também conhecida como Pico e um platô e a distribuição da intensidade de luz:
intensidade luminosa ou densidade de potência ou quanto mãos vermelho maior a intensidade.
ainda irradiância.
Comparando:
Intensidade de luz é a quantidade de fótons emitida
por uma fonte de luz.  Feixe em forma de chapéu: bem distribuído
(ideal)

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 Feixe central A gente observa que, para uma mesma resina, até sua
cor vai determinar o tempo de exposição necessário.
Intensidade luminosa X tempo de exposição = energia
total/ densidade de energia A gente observa que resinas translucidas requerem
uma menor quantidade de energia para serem
J/cm² - densidade de energia
devidamente fotoativadas.
Em 99 foi definido, considerando uma intensidade
Ou seja, o grau de translucidez do material, também
média de 400mW/cm² e os tempos de exposição 40-
influencia no tempo de exposição necessário para
60s que:
fotopolimerização.
A Densidade de energia necessária para
Se fizer um tempo maior de exposição o que gera?
fotopolimerizar uma RC de forma adequada seria de
16-24 J/cm². Calor. E o calor pode gerar problemas de interface e
aquecimento do dente. Mas em termos de reação,
Isso quer dizer o que?
chega um momento que mesmo com mais exposição,
Se eu tenho um equipamento com uma potência um ela está “travada”, não ocorre mais conversão.
pouco menor que 400mW/cm² e se eu aumentar um
A única forma de aumentar o grau de conversão é
pouquinho o tempo de exposição, pode-se compensar
aplicando calor sob pressão, aplicando só mais luz, não
essa relação.
aumenta.
Ao mesmo tempo, se tem-se um equipamento com
O fato de colocar mais luz também não impede a não
uma potência menor, pode-se reduzir o tempo de
conversão da camada superficial, necessária para
exposição para poder compensar, desde que se
adesão do incremento posterior.
obtenha uma intensidade entre 16-24 J/s.
Para que a reação de fotopolimerização ocorra se faz
Entretanto se tem um limite dessas compensações:
necessário a adição de agente foto iniciadores.
Até quando eu posso ter de baixa potência e até
O que é a reação de polimerização?
quanto eu posso ter de tempo para superar.
Conversão dos monômeros em polímeros. União dos
A mesma coisa, o quanto de alta potência e qual tempo
monômeros para formar um polímero.
mínimo para fotoativar a RC.
Para isso há a necessidade de um estimulo, que pode
O ideal era que os fabricantes não dissessem o tempo
ser um agente químico ou físico, para gerar os radicais
de fotoativação, porque cada fotopolimerizador tem
livres.
uma potência.
Exemplos:
A intensidade de cada foto, muda.
Foto iniciador – canforoquinona
O ideal é que os fabricantes dissessem:
Canforoquinona ativada pelo luz de λ de 400-500 nm,
Para um fotopolimerizador de 700mW/cm², você
ela vai absorver fótons e mudar seu estado
precisa para essa RC 20’’ (por exemplo)
conformacional.
Isso é importante porque hoje em dia existe uma
Vai ficar num estado excitatório crítico e que ao colidir
tendência de os fabricantes estarem lançando
com o co-iniciador (amina alifática), tem-se a geração
materiais e dizendo que eles só precisam de 5-10
de radicais livres.
segundos de ativação. Mas quando o fabricante diz
isso, leia bem todas as instruções, pois ele deve estar Toda reação de polimerização se dá pela formação de
associando a algum tipo específico de radicais livres. (isso vale para resina, resina acrílica,
fotopolimerizador para obter, nesse tempo uma materiais de moldagem, etc)
fotopolimerização efetiva.
Esse agente co-iniciador não vai absorver luz, mas é ele
quem vai interagir com a canforoquinona quando ela

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está em seu estado crítico para formar os radicais uma perda, porque a luz perde intensidade a medida
livres. que atravessa o incremente, mas não pode ser menor
que 80%.
O número de radicais livres e a proporção em que são
formados é na verdade o fator mais importante para Exemplos:
reação de polimerização, é quem vai garantir o grau de
Corte de dentes com resinas bem e mal polimerizadas.
conversão de monômeros em polímeros.
O que se observa a medida que a resina vai se
O grau de conversão pode ser definido como:
polimerizando?
Exprime em % a quantidade de ligações insaturadas de
Diminui o grau de infiltração marginal nas restaurações
C=C convertidas em ligação saturada C-C.
Dentro dos fotoiniciadores disponíveis na RC, a
Um bom grau de conversão, vai:
CANFOROQUINONA é realmente a mais empregada.
 Otimizar as propriedades mecânicas do
Porque as fontes de luz, atualmente trabalham entre
material
400-500 nm?
 Favorecer a biocompatibilidade do material
(quanto maior a conversão, menor a lixiviação Porque o pico máximo de absorção da canforoquinona,
e além disso quanto menos produtos liberados situa-se nesse intervalo de 400-500nm.
há uma maior estabilidade de cor)
Quais as vantagens da canforoquinona como
Profundidade de polimerização fotoiniciador?

A espessura máxima de RC que a gente pode colocar  Praticamente todas as unidades de luz
para que se tenha uma adequada polimerização. englobam seu espectro de absorção.
 Para a canforoquinona entrar no seu
Hoje, a maioria das resinas, as convencionais, aplica-se
estado excitatório triplo ela precisa
incrementos de 1-2mm para garantir a polimerização
absorver energia naquele mesmo
adequada de cada incremento.
comprimento de onda.
Resinas Bulk Fill tem profundidade de polimerização de
Entretanto a canforoquinona tem uma grande
até 5mm. Houve alguma modificação dentro da
desvantagem: sua coloração amarelada.
composição desses materiais que permitem uma
profundidade de polimerização em incremento único Isso hoje é um grande problema, porque tem-se uma
com espessura de ate 5mm. serie de materiais com alta estética, materiais que
precisam ser muito brancos ou transparentes.
Vídeo:
Isso é o grande problema da canforoquinona.
Fotopolimerização inadequada – movendo o
fotopolimerizador – polimerização inadequada – dura A canforoquinona também gera radicais livres, mas
na superfície, mole no interior. apenas na presença de um co-iniciador, que seria a
amina.
Na boca isso não pode acontecer, a parte interna está
em contato com a estrutura dental e isso gera uma Observação!
série de problemas:
Há fotoiniciadores que não precisam de um co-
 Lixiviação de componentes iniciador, para colidir e iniciar a reação, quando são
 Problemas de sensibilidade ativados já iniciam a reação.

Precisa-se então garantir uma profundidade de Iniciadores alterantivos


polimerização, tal que, tanto a parte interna quanto a
 Canforoquinona
superfície, estejam adequadamente polimerizadas.
 PPD
Admite-se que a camada inferior/interior pode ter até  TPO
80% de polimerização da superior. É normal que haja

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Fotopolimerização 5

Gráfico:  Qual a faixa de comprimento de onda


necessária para que aquele fotoiniciador
Cada fotoiniciador tem um espectro de absorção
realmente seja ativado
diferente.
 Densidade de energia requeriva
Canforoquinona: aproximadamente 470 (pico de
Exemplo:
absorção)
O ivocerin, aquela resina Bulk Fill, lançaram tudo aquilo
PPD: 410-130 (pico de absorção)
e o mesmo fabricante tem o fotopolimerizador
TPO: 390-410 (pico de absorção) poliwave.

Exemplo: Hoje já existe uma serie de trabalho, mostrando que os


fotopolimerizadores poliwave garantem uma maior
Uma RC que usa TPO e se usa um fotopolimerizador
profundidade de polimerização em superfície, mas em
que tem uma faixa de comprimento de onda que não
profundidade não mostra diferença.
engloba o fotoiniciador, o que acontece?
Um fotopolimerizador monowave, custa em torno de
A RC não vai fotopolimerizar de forma adequada.
1.200 R$;
Fotoiniciadores com picos diferentes, como o PPD e
Um fotopolimerizador poliwave, custa em torno de
TPO, são muito usados em materiais restauradores de
3.700R$;
cores variadas e materiais que necessitam, por
exemplo serem aplicados para translucidez incisal e Existe uma diferença muito grande de preço, mas o
para alguns sistemas adesivos para evitar o fabricante faz isso, lança um material e um
amarelamento. equipamento agregado;

Dentre as resinas Bulk Fill, por exemplo, uma faz Observação!


formas de se conseguir uma maior profundidade de
Se usou a resina ivocerin da Bulk Fill, fotopolimerizada
polimerização é através da adição de fotoiniciadores
com um fotopolimerizador monowave e não houve
com outros comprimentos de onda, mais de um
diferença de resultado. (Pelo menos a curto prazo)
iniciador na mesma RC.
Com relação a técnica de fotoativação:
Exemplo, adição de ivocerin, com puco de absorção de
410.  Técnica que começa com pequena intensidade
e depois cresce exponencialmente até atingir a
Como trabalhar com uma fonte de luz de comprimento
intensidade máxima.
de onda fixo?
 Técnica que começa em alta intensidade e vai
Foram lançados no mercado, recentemente, poliwave, subindo, tipo escadinha;
no mesmo equipamento LED’s para trabalhar em  Técnica em que a luz ascende e apaga, acende
comprimentos de onda diferentes. e apaga;
Vários comprimentos de onda, num mesmo aparelho, Todas essas diferentes técnicas surgiram com o intuito
para atingir os diferentes fotoiniciadores do material. de conseguir o maior grau de conversão possível;
Qual o objetivo de todos esses fotoiniciadores? Às vezes é ideal da uma fotoativação inicial para que a
reação se processe, mas também dar tempo para o
No caso da resina Bulk Fill o objetivo é alcançar uma
relaxamento de tensões para que a polimerização
maior profundidade de polimerização.
finalize.
O objetivo é que a resina polimerize o máximo em
Várias pesquisas mostraram que a longo prazo as
profundidade.
resinas não mostram diferença alguma.
O que realmente precisamos saber sobre as RC?
Hoje a técnica de fotoativação convencional é a mais
 Qual fotoiniciador que a RC emprega empregada.

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Em que deve-se ter cuidado? Embora o condutor 1 tenha o maior diâmetro, a


emissão de luz é bastante centralizada;
Na clínica, muitos aparelhos fotoativadores terão
modos de fotoativação, e as vezes pode estar O condutor intermediário tem uma melhor e maior
selecionando um modo de fotoativação, que não seria distribuição;
ideal para o procedimento que está sendo realizado.
O condutor menor tem pontos focais de emissão.
Proposta das 4 variáveis core:
Isso significa dizer o que?
 Unidade de luz
No caso de uma restauração MOD, classe II, num molar
 Técnica do operador
inferior, não será eficaz aplicar uma fotoativação no
 Características da restauração
centro do dente, pois não polimeriza o dente todo.
 Energia requerida
Então, é preciso saber a quantidade e distribuição dos
Esses 4 fatores são fundamentais para o sucesso da
LED’s do equipamento para poder distribuir bem a
técnica de fotopolimerização;
fonte de luz.
Características/variáveis do fotopolimerizador que
É importante observar que há condutores agregados
devem ser levado em consideração:
ao corpo do equipamento e outros são acoplados.
 Sem fio Há também os condutores de acrílico, que são ruins,
 Com fio existe muita dissipação de luz por parte desse
 Peso do fotopolimerizador condutor.
 Condutor mono angulado
 Condutor biangulado Os condutores são composto de:
 Diâmetro do condutor  Fibras óticas, envolto por uma resina ou metal
Ivocerin – gráfico: e tem comprimentos, diâmetros e angulações
diferentes.
No gráfico consta todos os fotoiniciadores do mercado
e o que observa-se? Uma forma de avaliar se o condutor está bom,
(principalmente os acoplados, os agregados fica difícil
 O LED convencional abrange a área da avaliar), é através da visualização de fraturas nas fibras
canforoquinona; óticas que compõe o condutor.
 O dispositivo poliwave, vai abranger tanto a
canforoquinona, quando o ivocerin e parte do No caso de haver fraturas as luzes não serão emitidas
TPO; corretamente, comprometendo a fotopolimerização.

O PPD não é englobado nem pelo poliwave, ele precisa Outro ponto de extrema importância é a integridade
de um equipamento próprio; física do condutor.

É preciso saber: É importante proteger a ponteira do


fotopolimerizador, por questões de biossegurança e
 O diâmetro total de condutor, preservação do equipamento.
 Quantidade de LED
O ideal é passar uma fina camada de papel filme,
 Onde está sendo a saída de luz
envolvendo a ponteira, isso evita, por exemplo, o
Exemplo de 3 fotopolimerizadores com diferentes acumulo de material restaurador (RC) que agregado,
diâmetros: impede a passagem correta de luz, diminuindo a
intensidade do fotopolimerizador, comprometendo a
Fotopolimerizador 1: 11,6 de diâmetro
fotopolimerização ideal.
Fotopolimerizador 2: 9,78 de diâmetro
A técnica do operador também tem grande influência
Fotopolimerizador 3: 9,85 de diâmetro no resultado da fotopolimerização.

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Fotopolimerização 7

Dica importante: usar mão de apoio para manter o Mas estudos já mostraram que o efeito desses
equipamento no local correto e sem oscilar, durante a artifícios, em relação a melhoria da fotopolimerização,
fotopolimerização. não são significativos.

Uma importante medida de segurança, é usar o óculos Mas esses artifícios foram lançados com o intuito de
laranja. permitir uma melhor passagem de luz, intensificando a
polimerização.
Técnica correta:
O que são LED’s?
 A radiação seja aplicada de forma uniforme e
continua; Dispositivos que vão converter a energia elétrica em
 A densidade de energia seja 16-24 J/cm²; energia luminosa, por eletroluminescencia, através do
 Não haja movimentação da pistola; semi-condutor.
 Distância do condutor seja a mínima possível
Para odontologia usa-se o LED azul: nitreto de Gálio-
do dente;
índio;
Porque a gente tem que proteger?
Espectro :450-490 – ideal para canforoquinona;
Existe um fenômeno chamado ___________________
Qual a vantagem do LED em relação a luz halógena?
Que acomete a retina, causando uma fotoretinite,
A luz halógena tem um espectro muito maior, por isso
envelhecimento prematuro da retina e uma
usava-se os filtros para focalizar na faixa ao redor da
degeneração macular, provocado pela luz azul.
canforoquinona; Mas como ele tinha um espectro
Isso não é só causado pela luz do fotopolimerizador; Ou muito maior, gerava muito calor;
seja, o uso contínuo da luz do celular, tablete,
Os LED’s conseguiram focalizar na faixa da
computador, também tem causado problemas na
canforoquinona;
retina.
LED’s de 1ª geração
O ideal é usar o óculos;
 Tem maior número de LED’S
Importante!
 6-62 LED’s
Não pode usar aumento, lupa, magnificação, para  Baixa intensidade de luz
fotoativação;  Acoplados a cadeira

As características da restauração também vão LED’S de 2ª geração


influenciar.
 1 LED com maior área de superfície ou mais de
Vídeo: 1 LED, mas em menor número quando
comparado ao de 1ª geração.
Vários tipos de condutor:
 A intensidade já melhorou consideravelmente
 Reto – ideal para região posterior  Começou a substituição das lâmpadas
 Angulado – acesso mais difícil halógenas
 Com fio (maioria)
Existem alguns artifícios que podem ser utilizados para
 Começou a surgir sem fio
poder favorecer a transmissão de luz/radiação, hoje
em dia, alguns desses artifícios já não tem validade, LED’s de 3ª geração
mas existem:
 Poliwaves
 Matrizes pre-contornadas de poliéster –  Diferentes comprimentos de onda
transparentes;
Exemplo:
 Cunhas transparentes – reflexivas
 Dispositivos de formação de ponto de contato  4 LDS’ com 400nm
 1 LED central com 468nm

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Fotopolimerização 8

Espectro final: 375-510;

Ou seja, consegue abranger todos os fotoiniciadores;

Entretanto uma das grandes vantagens do LED, quando


ele surgiu, é que ele não gerava calor e por isso não
precisava de um ventilador acoplado.

Mas, com o aumento do número de LED, começou a


gerar calor também.

Vantagens do LED:

 É uma tecnologia simples, mas a cada dia estão


mais elaborados;

 Tem custo relativamente baixo;

 Compactos e leves

 Baixo consumo de enrgia

 Fácil manutenção

 Silenciosos (não tem ventilador)

 Longa vida útil

Desvantagens do LED:

 Redução da intensidade com o distanciamento


da ponteira (com a halógena não ocorre isso)

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