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FICHA CATALOGRÁFICA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
AUTORES
Professora Letícia Fleig Dal Forno
3
Professor Guilherme Gonçalves Limas
● Bacharel em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Paraná;
● Especialista em Terapia de Integração Sensorial de Ayres pela Collaborative Leader-
ship in Ayres Sensory Integration (CLASI);
● Certificado em Fundamentos de Ensino estruturado - Método TEACCHⓇ;
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Olá, aprendiz! Seja bem vindo (a) a um novo espaço de aprendizagem sobre
especificidades e individualidade, é positivo reconhecer que o transtorno de déficit de atenção
e hiperatividade (TDAH) pode ser identificado desta forma. Se você está interessado(a)
em compreender mais sobre este assunto, tema e foco de pesquisa da área educacional,
desejamos que todo o material complementar seja de auxílio para manter a sua motivação
em aprender.
Você será desafiado na unidade I, a compreender com mais afinco acerca da história
do déficit de atenção, hiperatividade e do TDAH. Esse reconhecimento histórico irá ocorrer
através da contextualização da hiperatividade, do déficit de atenção, e do TDAH, assim
como compreender os tipos de comportamento por meio da associação da importância de
entender a caracterização, a validação do diagnóstico e o conceito de déficit e transtorno.
Já na unidade II, você irá saber mais sobre o conceito e o contexto quanto ao
comportamento hiperativo de modo a compreender os tipos de comportamento e a
aprendizagem associado ao TDAH. Assim você saberá como estabelecer a importância do
neurodesenvolvimento no processo de análise da hiperatividade e do TDAH.
Em nossa unidade III, será abordado sobre os recursos, objetos e estratégias para
a neuroaprendizagem e a especificidade do TDAH de modo que você possa compreender
os tipos de abordagem educacional e escolar para o estímulo do desenvolvimento e de
aprendizagem da pessoa com TDAH.
Por fim, na unidade IV, vamos abordar o conteúdo sobre o que é o comportamento
hiperativo e de que maneira podemos qualificar as intervenções para melhorar os resultados
e ampliar as estratégias de rotina e escolar, evidenciando a necessidade e importância de
validar o comportamento e a aprendizagem associado ao TDAH.
Aproveitamos para convidar você a acompanhar cada etapa de estudo, momento
proposto neste livro e no espaço de conhecimento desta disciplina de maneira a qualificar
sua atuação profissional.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
Hiperatividade, Déficit de Atenção e Tdah -
Processo Histórico e Diagnóstico
UNIDADE 2
Neurodesenvolvimento, Hiperatividade
e Tdah
UNIDADE 3
Intervenções e Desenvolvimento no Tdah
UNIDADE 4
Comportamento, Individualidades e
Tdah
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UNIDADE
HIPERATIVIDADE, DÉFICIT
DE ATENÇÃO E TDAH -
PROCESSO HISTÓRICO E
DIAGNÓSTICO
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Plano de Estudos
● Contextualizando o TDAH;
● Diagnosticando o TDAH;
● Caracterizando o TDAH;
● Entendendo o TDAH.
Objetivos da Aprendizagem
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TÓPICO
CONTEXTUALIZANDO
O TDAH
Passa-se a observar que a doença da atenção era caracterizada por um sujeito que
vinculava-se à concepção de não conseguir. Ou seja, não conseguir dar conta de uma
espera, de um processo de foco, de dedicação e engajamento, que também poderia ser
o tempo de espera ou o realizar a tarefa com responsabilidade e autonomia. Portanto, no
processo histórico foi estruturado o vínculo da doença de desatenção com a condição de um
comportamento inadequado, o que segue até o período atual em relação a compreensão
social do que seja o TDAH.
Ao longo da história médica tornou-se possível identificar que a hiperatividade,
a impulsividade e a desatenção criaram entre si laços diferenciados e ao mesmo tempo
abordados de modo similar ou como sinônimos. De acordo com Coll, Marchesi e Palácios
(2004), é parte da identificação de um transtorno o entendimento de quais características
são primárias para a sua sinalização, e a seguir, é preciso suporte clínico para validar ou
aplicar avaliações que reforcem a presença de fatores. Sendo esses fatores variáveis que
podem ser associados às habilidades cognitivas, sociais, emocionais e comportamentais.
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TÓPICO
DIAGNOSTICANDO O
TDAH
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TÓPICO
CARACTERIZANDO O
TDAH
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TÓPICO
ENTENDENDO O TDAH
Fonte: GONÇALVES, L.; MELO, S. A base biológica da atenção. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 13,
n. 1, p. 67-71, jan./abr. 2009. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/viewFi-
le/2800/2086 Acesso em: 10 maio. 2023.
Vale a pena refletir quanto às informações que Ferreira e Moscheta (2019, p.10) apresentam em um estudo
que mapeou como tem sido conceituado e definido o TDAH no Brasil.
Embora coexistam diferentes versões de TDAH, existem aquelas que se sobrepõem e prevalecem
em um movimento dinâmico. Vimos que aquelas que se conectam com a tarefa de produzir uma única
descrição biológica do TDAH se sobrepõem àquelas que, por exemplo, falam que o “transtorno” deveria ser
pensado de acordo com todos os seus agenciamentos humanos e não humanos. Na medida em que essa
coexistência de versões se dá em um mundo ainda dominado por uma descrição de realidade enquanto
única, independente e estável, faz-se necessário hierarquizar as versões e minimizar os efeitos disruptivos
de suas diferenças.
Reflita: Por que ainda apresentamos tanta dificuldade na escola em promover uma educação de qualidade
para o público alvo de estudantes associados ao diagnóstico de TDAH? Por que sempre promovemos
intervenções pedagógicas voltadas às problematizações comportamentais, e muito pouco pensamos e
debatemos sobre as questões sensoriais?
Fonte: FERREIRA, R. R.; MOSCHETA, M. S. A Multiplicidade do TDAH nas Diferentes Versões Produzidas pelas Ciências no Brasil. Psicologia: Teoria
e Pesquisa, [S. l.], v. 35, 2019. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/23495 Acesso em: 02 jun. 2022.
Fonte: CALIMAN, L.V. Notas sobre a história oficial do transtorno do déficit de atenção/hiperativida-
de TDAH. Psicol. cienc. prof. v.30, n.1, p.46- 61, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-
98932010000100005 Acesso em: 10 jun. 2022.
LIVRO
Título: Um dia na Vida de um adulto com TDAH
Autor: Vera Joffe.
Editora: Lemos Editorial, 2005.
Sinopse: Este é um guia excelente para adultos com TDAH que
estão procurando uma forma de entender seu transtorno e
desenvolver estratégias práticas para melhorar suas vidas. O
leitor irá saber o que esperar quando passa de uma avaliação
de TDAH e conhecerá os métodos que podem ser usados para
tratar seus sintomas.
FILME/VÍDEO
Título: Impulsividade (Thumbsucker)
Ano: 2005.
Sinopse: Justin Cobb (Lou Taylor Pucci) seria um adolescente
comum se não fosse o fato de que nunca conseguiu parar de
chupar o dedo. Aos 17 anos, após ter tentado de tudo para se
livrar do vício, ele finalmente resolve o problema através da
hipnose feita pelo seu dentista, que tem ambições a psicólogo.
O verdadeiro problema, porém, está apenas começando. Justin
continua compensando suas frustrações pela boca, consumin-
do todo e qualquer tipo de droga, de maconha a remédios an-
tidepressivos. Filho de pais que nunca saíram da adolescência,
ele vai ter de aprender a crescer sozinho, nem que seja à força.
NEURODESENVOLVIMENTO,
HIPERATIVIDADE E TDAH
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Plano de Estudos
• Neurodesenvolvimento;
• Analisando a Hiperatividade no Desenvolvimento;
• Analisando o Déficit de Atenção no Desenvolvimento;
• Analisando o TDAH no Desenvolvimento.
Objetivos da Aprendizagem
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TÓPICO
NEURODESENVOLVIMENTO
Desenvolver para alguns é uma ação inata, ou seja, nosso corpo busca de modo
natural experiências, vivências que ampliem nossas habilidades cognitivas. Papalia e
Feldman (2013) descrevem que desenvolver é transformação do comportamento, e que
desenvolvimento é contínuo ao longo da vida humana, vai da fecundação até a morte.
Entende-se que esse comportamento não são os hábitos, os padrões sociais ou a perspectiva
do behavior, mas sim um conjunto de habilidades, capacidades e competências que nos
permitem comunicar, viver, relacionar, adquirir conhecimentos (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
A especificidade de compreender que todo ser humano se desenvolve repercute em validar
que o neurodesenvolvimento, ou seja, os processos neurais são recursos que permitem
ao nosso corpo adquirir novas habilidades, capacidades e competências, remetendo a
autonomia, ao conhecimento e a validação da aprendizagem. Assim, o neurodesenvolvimento
pode ser relacionado a uma série de fatores que influenciam fortemente a vida de cada
pessoa, como a psicomotricidade e motricidade; a visão, a linguagem e a audição; a
interação social e o comportamento; e a postura. Todos esses fatores são representações
da base elementar para que cada pessoa possa aprender (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
Neste sentido, passa-se a perceber que desenvolver é ação individual, repercutirá do
biológico e fisiológico de cada sujeito, e é referente às possíveis promoções de estímulo,
acesso e condições que resultam da cultura, do núcleo familiar e das primeiras experiências.
Assim, entende-se que o sujeito que possa apresentar hiperatividade, déficit de atenção
ou o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, tem especificidades em seu
desenvolvimento que podem ser somadas às questões do ambiente (meio) e individuais
(organismo). É equivocado supor que o neurodesenvolvimento não enfatiza os processos
ou falhas de processos que podem acarretar em uma dificuldade de foco, atenção e
memorização, e a partir disso já validar o TDAH.
É valioso no processo de verificação e validação do desenvolvimento de um aprendiz
compreender seu perfil de aprendizagem, ou seja, entender como esse sujeito promove
e concretiza a aquisição do conhecimento, não confundindo uma criança que aprende
cinestesicamente com uma criança agitada, inquieta ou desatenta. Entende-se que o
profissional que esteja atuando com crianças dos 4 aos 12 anos de idade, por exemplo,
deverá estar atento ao perfil de aprendizagem, para não sobrepor características ou associá-
las a um diagnóstico equivocado.
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TÓPICO
ANALISANDO A
HIPERATIVIDADE NO
DESENVOLVIMENTO
3
TÓPICO
ANALISANDO
O DÉFICIT DE
ATENÇÃO NO
DESENVOLVIMENTO
A quem considere que o déficit de atenção será superado em uma rede de exercí-
cios, treinos mentais e muita repetição de "foca aqui", "presta atenção", "vou repetir e você
faz logo depois"; no entanto, essas frases em uma constante começam mais a desorganizar
os processos de atenção do que auxiliar. No caso das crianças, atuantes nos anos iniciais
do ensino fundamental, é mais comum causar perda do que ganhos, é mais fácil desmotivar
do que ensinar a focar, é mais fácil deixar registros negativos quanto à aprendizagem do
que promover incentivo para querer aprender.
4
TÓPICO
ANALISANDO
O TDAH NO
DESENVOLVIMENTO
O TDAH poderá estar se apresentando quando for possível notar que a criança tem
muita dificuldade para organizar seu espaço e seu movimento no brincar. Quando mesmo
tendo um adulto no papel de mediador passar por dificuldades em entender o que precisa
ser feito, ou como resgatar a brincadeira já desenvolvida.
Reflita sobre o corpo na aprendizagem. Quantas vezes você ouviu na escola “pare quieto”, “não corra”,
“fique quieto”, “aqui é lugar de silêncio”, entre outras informações que evidenciam a necessidade do corpo
estático e silencioso? E quantas vezes um professor direcionou a você a informação que nosso corpo e todas
as suas capacidades de movimento são essenciais para nossa aprendizagem? Quantas vezes você percebeu
que seu corpo precisava de um movimento para melhorar a aquisição do seu conhecimento?
LIVRO
Título: Aprender a Aprender: A educabilidade cognitiva
Autor: Vitor da Fonseca.
Editora: Penso.
Sinopse: Obra de literatura básica para compreender as
relações de áreas do cérebro que intervêm e promovem o
desenvolvimento e a aprendizagem. O conhecimento captado
pelo autor reporta teorias e técnicas que repercutem em uma
compreensão de dimensão macro sobre o processamento de
informação e a aquisição do conhecimento que o cérebro hu-
mano opera em suas tarefas desde o nascimento à vida adulta.
FILME
Título: Mommy/ Mamã
Ano: 2014.
Sinopse: Mommy é um filme canadense de 2014, do gênero
drama dirigido por Xavier Dolan e estrelado por Anne Dorval,
Antoine Olivier Pilon e Suzanne Clément. A história diz respei-
to a uma mãe com um filho adolescente com TDAH, às vezes
violento, esforçando-se para controlar seu comportamento
em um futuro hipotético em que os pais têm a opção legal de
levar seus filhos com este transtorno a hospitais públicos onde
podem ser internados à força. O filme ganhou o prêmio do júri
no Festival de Cannes 2014.
WEB
A TV Brasil apresentou um documentário intitulado Um jeito
TDAH de ser, explorando o quanto é preciso validar a pessoa
antes de rotular ou impor que todos com diagnóstico de TDAH
são iguais, encontram as mesmas dificuldades, desafios e pro-
cesso de desenvolvimento.
Link do site: https://www.youtube.com/watch?v=oHkQj1Ar5DA
INTERVENÇÕES E
DESENVOLVIMENTO
NO TDAH
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Plano de Estudos
• Neuroaprendizagem e o TDAH;
• Ambiente de Aprendizagem e o TDAH;
• Objetos, Sala de Aula e o TDAH;
• Atividades e o Reconhecer no TDAH.
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Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar recursos, objetos e estratégias para a
neuroaprendizagem e a especificidade do TDAH;
• Compreender os tipos de abordagem educacional e escolar para o
estímulo do desenvolvimento e de aprendizagem da pessoa com TDAH;
• Estabelecer a importância do ambiente de aprendizagem e educacional
para a pessoa com TDAH.
INTRODUÇÃO
O TDAH em diferentes contextos, cenários e processos históricos repercutiu em ser
relacionado e associado a um perfil indisciplinado, inquieto e com comportamento inade-
quado para o ambiente escolar ou educacional. Existe no decorrer das descrições escola-
res a proposta da queixa escolar, e em distintos descritivos é possível identificar a associa-
ção da queixa do professor quanto ao aluno voltado a dificuldade de acompanhar o ritmo
da turma, dificuldade em manter o foco e a atenção.
Neste sentido, vamos abordar alguns pontos e fatores que exemplificam o quanto
o ambiente educacional precisa estar preparado para as especificidades da pessoa com
TDAH, bem como, ser um meio promotor de estímulos adequados e condizentes com as
especificidades de desenvolvimento e de aprendizagem.
Para isso você está convidado a estudar sobre neuroaprendizagem, processo de
ensino e recursos que são mecanismos promotores de aprendizagem para o sujeito com
TDAH.
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TÓPICO
NEUROAPRENDIZAGEM E O
TDAH
Crianças sujeitas a muitos estresses provocados pela escola podem vir a sofrer
de problemas emocionais, como ansiedade, depressão, desmotivação, vulnerabilidade,
baixa produtividade, entre outros, conforme sinaliza Fonseca (2016). E ao relacionar essas
questões ao TDAH, temos, em constante associação à queixa escolar, uma descrição de
que o aluno não se esforça, não se dedica, não é bom em aprender.
Essas afirmações apresentadas em relação ao comportamento do professor quanto
ao aprendiz externalizam situações de estresse que nos descritos de Fonseca (2016)
acabam por validar a relação entre o emocional e a aprendizagem.
Portanto, quando em movimento e ambiente de aprendizagem, o sujeito aprendiz
reconhece que está sob pressão, que não é reconhecido, que encontra sempre críticas
e considerações negativas sobre si, o que obtemos é um aluno ou uma aluna com baixo
rendimento escolar e, na maioria dos casos, um déficit de aprendizagem mais significativo.
Seguir na proposta de criticar negativamente quem apresenta impulsividade, desatenção,
dificuldade de espera, desorganização com o processo de aprender é, na verdade,
desconsiderar as relações entre emoção e aprender, de tal modo que passa a legitimar que
na percepção do professor aquele aprendiz não serve para a sua sala de aula.
Para Fonseca (2016), assim como para Pereira (2013), Sternberg (2014) e Santos;
de Araújo (2019) é necessário compreender as implicações recíprocas que se produzem na
escola e nos ambientes para a aprendizagem quanto a relação estabelecida entre professor
e aprendiz. Se analisarmos a imagem a seguir é possível observar uma mudança nas
expressões dos alunos, comparada a imagem anterior.
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TÓPICO
AMBIENTE DE
APRENDIZAGEM E O
TDAH
3
TÓPICO
OBJETOS, SALA DE
AULA E O TDAH
Como você viu anteriormente, a pessoa com TDAH necessita de uma atenção
diferente ou de recursos específicos para o auxílio em seu processo de aprendizagem. Aqui
falaremos a respeito de como o ambiente físico pode impulsionar ou minar as oportunidades
de aprendizado de uma criança ou adulto com TDAH.
Inicialmente, pensando na organização ambiental deste espaço de ensino, devemos
levar em consideração que elementos visuais e auditivos serão os principais distratores do
aluno. Então, a organização das carteiras, a posição onde esse aluno com TDAH irá sentar,
a presença de janelas na sala, recursos pedagógicos que são dispostos nas paredes, a
quantidade de ruído produzido nas áreas externas à sala e também os ruídos dos outros
alunos, serão fatores imprescindíveis para o processo atencional do aluno. Encontrar um
único elemento, dentre estes citados, de forma inadequada já é capaz de atrapalhar o
desempenho acadêmico do aluno com TDAH, e em muitos cenários encontramos a junção
de vários destes elementos na sala de aula e um aluno com dificuldades de aprendizado
em decorrência disso.
E qual seria o cenário ideal? Que tipo de organização ambiental seria a mais
adequada para impulsionar o aprendizado deste aluno?
Essa resposta é complexa tanto em seu raciocínio, quanto em suas aplicações
práticas, pois depende de fatores pessoais (capacitação e empatia), ambientais e relacionais.
Mas vamos lá!
O aluno com TDAH precisa sentar-se nas primeiras carteiras, evitando com que
se distraia com os movimentos dos colegas em sala de aula. Essa carteira não pode ser
posicionada próxima a uma janela, pois o que acontece na área externa pode distrair o
aluno. Essa distração pode vir de pessoas passando e conversando, carros transitando
ou até mesmo o movimento das árvores e de animais, muitas coisas nesse mundo são
interessantes e nosso aluno com TDAH terá dificuldades em priorizar o que é importante
ou inibir a vontade de olhar para tudo o que ocorre no entorno. Portanto, a melhor forma de
ajudá-lo é evitando o contato visual com essas diversas movimentações.
Olhando a Figura 05 podemos perceber que alguns sons podem ser minimizados
com pequenas adaptações ambientais. E elas não precisam ser onerosas, pois ao invés
de trocar todas as cadeiras da sala por um modelo parecido com o da imagem, um simples
pedaço de feltro colado nos pés da cadeira já ameniza, uma bola de tênis recortada é
mais eficiente ainda e custa menos que a reposição das cadeiras. Outros exemplos como:
uma porta de armário ou da entrada que é barulhenta, pode ser facilmente resolvida; uma
persiana que faz sons ao mover-se com o vento pode ser presa com um elástico para
reduzir os ruídos. Essas modificações ambientais podem ser simples, mas exigem dos
profissionais responsáveis pela educação um olhar atento para as particularidades do meio
físico e das individualidades dos alunos.
“Ok! Só que o aluno não tem tanta dificuldade com a atenção, mas não para quieto
na cadeira. O que eu faço?”
Como estudamos na unidade anterior, a hiperatividade, ou agitação psicomotora, é
proveniente de alterações em processos cerebrais ligados à neurotransmissores específicos,
havendo falhas na inibição de movimentos e ações (POLANCZYK, 2005). Em sala de aula
devemos abordar essa hiperatividade sob a ótica sensorial e motora, pois considerar essas
ações motoras apenas como dificuldades comportamentais seria restringir as dificuldades
a uma simples falta de disciplina ou de vontade do aluno, e o problema é mais complexo
que isso.
Sendo assim, considerando o viés sensorial ligado à agitação psicomotora e busca
por movimentos, temos dois sistemas sensoriais que podem ser utilizados como aliados na
melhora deste quadro hiperativo. São eles: o sistema vestibular e o sistema proprioceptivo.
Vou resumir os conceitos e funções desses sistemas a seguir.
4
TÓPICO
ATIVIDADES E O
RECONHECER NO
TDAH
Fonte: MAYER, E. F. D. A Constituição do Humano na Aprendizagem. Dissertação (Mestrado) - Universidade Regional do Noroes-
te do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2013. Disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/hand-
le/123456789/1837/Elaine%20de%20F%C3%A1tima%20Dudel%20Mayer.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 10 ago. 2022.
No ano de Cardoso (2009, p. 252-253) apresentou uma lista de sugestões de intervenções para o professor
melhorar o manejo de alunos com TDAH em sala de aula. Dentre os itens citados estão:
- Utilizar diariamente um calendário de registro e tarefas;
- Etiquetar os cadernos, separando as disciplinas;
- Listar as coisas a serem feitas e colar na carteira com fita adesiva;
- Dividir trabalhos mais extensos em pequenas partes;
- Estabelecer contratos e regras sociais com a turma;
- Promover atividades de complexidades crescentes.
Após a leitura do material que compõe a Unidade III você já sabe justificar o porquê a autora cita esses
itens? Que relevância e significado eles têm para o sujeito com TDAH?
Fonte: CARDOSO, D.P. O Fazer pedagógico diante do Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade no
contexto escolar. pp. 245-254. IN: DÍAZ, F. et al. orgs. Educação Inclusiva, deficiência e contexto social: questões
contemporâneas. Salvador: EDUFBA, 2009.
Fonte: DARROZ, L. M; ROSA, C. T. W; FAVERO, S. Estratégias de leitura como forma de auxiliar a com-
preensão e a interpretação de textos para alunos com TDAH: um estudo de caso. Revista Iberoamericana
de Educación, vol. 89 núm. 1, pp. 167-179, 2022. Disponível em: https://rieoei.org/RIE/article/view/4949/4553
Acesso em: 10 ago. 2022.
Fonte: MIRANDA M. I. Convivendo e aprendendo com o TDAH: Um estudo de caso. Rev. Psicopedagogia. p.
125-135, 2022. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/revistapsicopedagogia.com.br/pdf/v39n118a11.
pdf Acesso em: 10 ago. 2022.
LIVRO
Título: Vamos lidar com a hiperatividade e déficit de atenção
Autor: Kelli Miller.
Editora: Editora Sextante.
Sinopse: Todos nós temos características que nos tornam espe-
ciais. Para você e outras milhões de crianças pelo mundo, uma
delas é o TDAH (transtorno do déficit de atenção com hipera-
tividade). Apesar de ser muito comum, seus sintomas podem
fazer com que você se sinta frustrado, solitário ou até sem
forças. A boa notícia é que, com as habilidades certas e algum
conhecimento, é possível controlá-lo, e não ser controlado por
ele. O TDAH não decide sua vida – é você quem manda! Este
livro traz atividades divertidas que vão ajudar você a conhecer
melhor o TDAH e também a si mesmo, além de ferramentas
simples que você pode começar a usar desde já para se sentir
mais confiante e no controle. TDAH e eu: Descubra o seu tipo
de TDAH, quais sintomas você tem, como pode se beneficiar
disso e o que precisa melhorar. O TDAH não manda em mim:
ao aprender como controlar suas emoções e até se organizar
para a escola, você vai adquirir habilidades super úteis para
lidar com a raiva, se manter focado, dominar seus impulsos e
tomar decisões conscientes. O TDAH e eu no mundo: você vai
perceber que pode exercitar as lições aprendidas em casa, na
escola ou com seus amigos, seja para desenvolver uma rotina
matinal, criar uma tabela para o dever de casa ou até se expres-
sar – mesmo quando estiver triste.
Vamos lidar com o TDAH: Com ferramentas para se organizar e
se autorregular, você será capaz de lidar com as emoções e os
obstáculos do dia a dia, direcionando sua energia para as coisas
divertidas da vida.
FILME/VÍDEO
Título: Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
Ano: 2003.
Sinopse: William tem uma relação tensa com seu pai, Edward
Bloom, porque ele sempre contou histórias exageradas sobre
sua vida. Mesmo no leito de morte, Edward ainda narra histórias
fantásticas. Quando William, que é jornalista, decide investigar
os contos de seu pai, ele começa a entender melhor Edward e
sua mania de contar histórias.
E TDAH
• Memória e Atenção;
• A pessoa e o TDAH.
ao TDAH.
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade você é convidado a olhar para as relações entre o aprendiz, a sala
de aula e o profissional da educação, flexibilizando o ensinar e o aprender na perspectiva
do TDAH. É necessário usar de uma compreensão dinâmica, sensível e proativa de que
o profissional da educação precisa estar atento ao perfil do aprendiz com TDAH de modo
que consiga criar estratégias que se tornem funcionais. Não podemos colocar um grupo
homogêneo vinculado a concepção do diagnóstico de TDAH, pois assim estaríamos
credibilizando a concepção de que todo aprendiz com TDAH têm o mesmo comportamento,
as mesmas dificuldades e conseguem alcançar uma melhor performance escolar através
das mesmas intervenções pedagógicas, planejamento de ensino e propostas educacionais.
Que você se sinta provocado a estudar as relações que são estabelecidas em uma
sala de aula, bem como os processo de aprendizagem de modo a valorizar o aprendiz e a
respeitar a diversidade.
1
TÓPICO
MEMÓRIA E ATENÇÃO
Este tipo de memória tem como função gerenciar as informações que serão utilizadas
enquanto estamos realizando determinada atividade, ou durante uma conversa casual, ela
também compara informações novas com as que já estão armazenadas. Podemos dividi-la
em quatro componentes:
1. Loop Fonológico: responsável pelo gerenciamento temporário
das informações sonoras, se apresenta como uma repetição mental dos sons.
2. Esboço Visuoespacial: gerenciamento temporário das informa-
ções visuais, como uma representação mental de estar vendo algo.
3. Executivo central: é o componente mais complexo, capaz de
influenciar o foco atencional, armazenar informações e guiar o processo de
tomada de decisão. Muito importante para a conexão com os processos aten-
cionais.
4. Armazenador episódico: componente que gerencia as informa-
ções anteriormente armazenadas, relacionando e confrontando-as com as
novas (BADDELEY, 2012).
Os mecanismos do processo atencional que realizam a seleção das informações que serão
processadas e respondidas é diretamente influenciado pelas memórias, sinalizando como
relevante para o indivíduo as informações que o mesmo já atribuiu importância e significado
anteriormente. Um exemplo é o próprio nome, um estímulo que possui um símbolo bem
definido, e que é capaz de atrair a atenção de forma instantânea. Da mesma forma, a
depender da atividade que o indivíduo está realizando, alguns estímulos podem receber
maior prioridade que outros. Imagine um homem trabalhando em um pátio com caminhões,
a prioridade de sua atenção é imediatamente chamada para a sua volta ao ouvir o som
de um veículo pesado apitando ao dar a ré, e a prioridade para o mesmo estímulo será
diferente se a captação do som ocorrer enquanto o mesmo homem estiver assistindo
televisão (HELENE, XAVIER, 2003).
A natureza desses processos leva os pesquisadores a acreditar que, em função dos ambientes
e contextos em que o sujeito esteja inserido, exista uma antecipação do processamento das
informações e a ativação de determinadas redes neurais, a fim de acelerar as respostas a
estímulos específicos. E para tanto, tais mecanismos só são possíveis com a integração
dos processos de memória com a atenção (HELENE, XAVIER, 2003).
2
TÓPICO
POSSIBILIDADES DE
APRENDIZAGEM
[...] ter conhecimento sobre esse transtorno, jogo de cintura e flexibilidade para
entender como funciona a cabeça desse estudante para tentar ajudá-lo em sala
de aula. E, seguindo essa linha de pensamento, a autora acredita também que os
professores precisam manter a disciplina em sala de aula e exigir que os limites
sejam obedecidos por todos, incluindo o aluno TDAH.
[...] o estudante com TDAH, assim como todos os outros estudantes, possuem seu
próprio tempo de aprendizagem; porém, em sua maioria, os estudantes com TDAH
precisam de um tempo maior para internalizar o que foi ensinado. Nesse sentido,
torna-se indispensável a intervenção do professor para que esse estudante não
venha a se sentir inferior em relação aos outros integrantes da turma, bem como
a turma não o caracterize como uma pessoa lenta e exótica (MAIA; CONFORTIN,
2015, p. 79-80).
As escolas da educação básica das redes pública e privada, com o apoio da família
e dos serviços de saúde existentes, devem garantir o cuidado e a proteção ao
educando com dislexia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem, com vistas ao
seu pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, com auxílio das
redes de proteção social existentes no território, de natureza governamental ou não
governamental.
A partir disso, entende-se a importância do professor assumir a responsabilidade de
manejar com flexibilidade sensibilidade e didática acessível um processo de ensino que
repercute em acessibilidade, diversidade e inclusão escolar.
3
TÓPICO
PROFESSOR, ALUNO E
TDAH
Nem sempre é preciso que seja de maneira individual o estímulo, o uso e a aplicação
de atividades com materiais concretos, por exemplo. Promover a integração em grupos,
e permitir a aprendizagem com os pares são momentos que repercutem em passar a
mensagem ao aprendiz que você, enquanto professor, acredita e reconhece o potencial de
cada um, assim como estimula a autonomia e o processo de criação.
Ao nortear ações que sejam promotoras de uma auto percepção por parte do
aprendiz, o professor está causando um processo de ensino que leva ao reconhecimento
das competências e capacidades do sujeito que aprende. De acordo com Hurd, Hussain e
Bradshaw (2015) é preciso entender que em conformidade como o professor causa o ensino,
a comunicação e o ambiente de aprendizagem, o aprendiz com TDAH irá construir suas
percepções e suas relações sociais. Essa vinculação entre o psicossocial, a aprendizagem
e a sala de aula se estabelece no modo como o aprendiz consegue se sentir parte e
pertencente ao ambiente e aos processos. Estabelecer um ensino voltado à inclusão, ao
respeito à diversidade é resultante em uma autonomia e motivação (HURD; HUSSAIN;
BRADSHAW, 2015).
Quando salientamos a importância do profissional da educação agregar ges-
tos, movimento e ações que definam o aprendiz com TDAH pertencente ao proces-
so de ensino, destaca-se a necessidade deste profissional entender o TDAH para
além das dificuldades ou barreiras, mas validando as especificidades e potencialidade.
4
TÓPICO
A PESSOA E O TDAH
Como vimos até aqui, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com TDAH são
extensamente mais complexas que a incapacidade de seguir regras escolares e sociais ou
permanecer sentada numa cadeira por horas. Além dos obstáculos para o desenvolvimento
neuropsicomotor, a participação social da criança é recheada de rótulos, como: “mal-
educada”, "inconveniente", “agressiva”, “irresponsável”, “preguiçosa”, “incompetente”.
Outro obstáculo importante é a falta de informação e capacitação de profissionais da
educação e da saúde, que ao deparar-se com a criança hiperativa simplificam o quadro a
um desvio de comportamento, falham ao não olhar de forma adequada as individualidades,
não possibilitam o devido encaminhamento e afastam o indivíduo da busca por estratégias
de compensação que lhe dariam suporte para a participação na vida de forma satisfatória.
É igualmente importante ressaltar que o TDAH se caracteriza como uma forma
peculiar de funcionamento cerebral. Como vimos na Unidade II, é um cérebro com uma
menor ativação do córtex pré-frontal, que leva mais tempo para maturar adequadamente
as áreas responsáveis pelo controle inibitório dos comportamentos, além de diferenças
importantes na comunicação e utilização de alguns neurotransmissores. Tal particularidade
é a principal causa das dificuldades, mas é também devido a ela que a pessoa com TDAH
apresenta suas melhores características.
Devemos reconhecer que o TDAH não surge apenas em uma disciplina da gradua-
ção ou durante um período de atividade laborais extenuantes, mas acompanha o sujeito
ao longo do desenvolvimento, lhe causando dificuldades e exigindo ajustes conforme o
contexto se apresente a ele.
Ao longo desenvolvimento cada sujeito responderá às condições sensoriais e
perceptivas, neuropsicológicas, de aprendizagem, de busca e aquisição de conhecimento.
Cada uma dessas variáveis estarão atreladas a um ritmo, tempo e padrão. Diante
disso, é importante estabelecer que no processo de desenvolvimento individual o TDAH
De acordo com Goulardins (2022) é preciso atenção e cuidado por parte das organizações de ensino quanto
alguns dados que precisam ser analisados em relação aos alunos com TDAH:
1/3 ou mais ficarão para trás na escola, no mínimo uma série durante sua carreira escolar.
Até 35% nunca completará o ensino médio.
Notas e pontos acadêmicos conseguidos estão significativamente abaixo das notas e pontos de seus colegas
de classe.
Entre 40% a 50% acabarão por receber algum tipo de serviço formal através de programas de educação
especial, como salas com recursos, e até 10% poderá passar todo o seu dia escolar nesses programas.
15 a 25% dessas crianças serão suspensas ou até expulsas da escola devido a problemas de conduta
(comorbidade com transtorno opositivo desafiador e de conduta).
Esses dados indicam problematizações sérias acerca da relação que o aluno com TDAH tem com a escola e
com os espaços de aprendizagem. Como você analisa essas informações?
Fonte: GOULARDINS, J. O papel do professor no tratamento no TDAH. Tudo sobre TDAH, 2022. Disponível em: https://www.
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Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/41309/pdf Acesso em: 10 ago.
2022.
FILME/VÍDEO
Título: Por lugares incríveis
Ano: 2020.
Sinopse: Dois adolescentes que estão passando por momentos
difíceis criam um forte laço quando embarcam em uma jornada
transformadora para visitar as maravilhas do estado de Indiana,
nos Estados Unidos.
WEB
É importante e significativo que o profissional que estuda sobre
TDAH, hiperatividade ou déficit de atenção esteja atento ao seu
papel e a sua função em auxiliar na promoção de estratégias e
orientações que se apliquem como funcionais para o perfil da
pessoa com TDAH, sem importar sua faixa etária, etapa escolar
ou tipos de dificuldades. Para entender melhor e refinar seus
conhecimentos vale a pena estudar um pouco mais na página
da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, estudando as
indicações para os profissionais da educação através do guia
para professores.
Link do site: https://tdah.org.br/tdah-guia-para-professores/
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Taylor Pucci) seria um adolescente comum se não fosse pelo fato de que nunca conseguiu
parar de chupar o dedo. Aos 17 anos, após ter tentado de tudo para se livrar do vício, ele
finalmente resolve o problema através da hipnose feita pelo seu dentista, que tem ambi-
ções a psicólogo. O verdadeiro problema, porém, está apenas começando. Justin continua
compensando suas frustrações pela boca, consumindo todo e qualquer tipo de droga, de
maconha a remédios antidepressivos. Filho de pais que nunca saíram da adolescência, ele
vai ter de aprender a crescer sozinho, nem que seja à força.
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CONCLUSÃO GERAL
Caro (a) aprendiz!
88
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
Praça Brasil , 250 - Centro
CEP 87702 - 320
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