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O Salário Como Factor Motivacional
O Salário Como Factor Motivacional
FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
Naquela época o sal era um item extremamente valioso e muito caro, os imperadores
adoravam tanto o sal que ele era considerado uma especié de dádiva da deusa da saúde.
Afinal, tal produto tinha três funções fundamentais:
Só em meados do século XIV é que o salário começou a existir de forma similar como
o conhecemos hoje. Uma forma de pagamento recebida após algumas prestação de serviço.
Com a expansão territorial e viagens marítimas é que se inicia a ideia de que todo trabalho
deve ser remunerado. É após a Revolução Indistrial, no século XVIII e ampliação do
capitalismo, que o conceito de salário toma a forma tal qual conhecemos hoje.
1. 2 – CONCEITO DE SALÁRIO
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medida de valor. As mudanças inseridas nos processos produtivos ao longo dos séculos,
nomeadamente após a Revolução Industrial, levou o trabalhador a não mais aceitar que seu
trabalho fosse pago com mercadorias, pois estas já não satisfaziam as necessidades básicas,
sendo necessário que seu trabalho também fosse pago com moeda. A partir desta necessidade
surgiu o salário.
a) Salário mínimo – o menor salário que se pode obter a um trabalhador no país. Deve
satisfazer as obrigações elencadas no contrato e a sua família no que diz respeito à
moradia, saúde, educação, lazer, transporte e previdência social.
b) Salário profissional – aquele que deriva de uma determinada profissão legalmente
nomeada como o parâmetro mais baixo que pode ser pago ao trabalhador. Este tipo de
salário não é de competência da Justiça do Trabalho, pois derivam do ajuste entre o
poder público e certo grupo profissional. Exemplo dos advogados e médicos.
c) Salário normativo – o tipo de salário fixado por meio de sentença normativa
proferida nos dissídios coletivos perante os tribunais do trabalho. Exemplos dos
metalúrgicos e bancários.
d) Salário judicial – salário colocado no domínio de um processo. Natural do direito
colectivo do trabalho, o salário judicial será determinado para a solução de acções
individuais.
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«A importância do salário pode ser analisada sob dois pontos de vista: o do
colaborador e o da organização. Para o colaborador o salário significa
retribuição, sustento, padrão de vida, reconhecimento. Para a organização
representa custo e factor influenciador do clima organizacional e da
produtividade».
A organização deve especificar no contrato de trabalho a forma como vai ser pago o
salário ao trabalhador. O salário poderá ser pago por unidade-tempo e por unidade-produção.
Assim, o salário poderá ser fixado em função do tempo, do resultado do trabalho, ou pela
combinação de ambos.
O salário por unidade de tempo corresponde ao valor devido pelo tempo em que o
trabalhador fica à disposição do empregador independentemente da quantidade de serviço
executado. Como salário determinado por unidade de tempo, temos o salário por hora, por
dia, por semana e por mês.
Para certos autores, o salário por unidade de tempo apresenta alguns inconvenientes:
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a) Impreciso – porque remunera da mesma forma qualquer classe e quantidade de trabalho,
tanto o trabalhador mais activo e hábil, como o incapaz, ambos recebendo a mesma coisa.
Aí discordamos, tendo em vista que o empregador tem mecanismos para avaliar o trabalho
e evitar injustiças;
b) Injusto – não só porque remunera igualmente esforços desiguais, como também porque se
o trabalhador aumenta o esforço, o empregador beneficia-se com um preço de custo
diminuído, sem que o trabalhador participe dessa vantagem.
c) Não favorece o rendimento – porque o trabalhador não tem interesse no resultado.
Segundo Lacombe e Heilborn apud Préve (2012, p. 7), a organização pode ser definida
como: «um grupo de pessoas constituído para, de forma organizada, alcançar um objetivo.
[...] tudo que nos cerca e nos oferece bens e serviços, se constitui numa organização».
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Na sociedade podemos encontrar organizações tais como hospitais, esquadra policial,
igrejas, sindicatos, clubes, partidos políticos, associações, empresas, exército, entre outras.
Assim classificando-as em filantrópicas, comerciais, ou não lucrativas e lucrativas.
Segundo Blau e Scott apud Schultz (2016, p. 21), podemos definir as organizações
«como unidades sociais estabelecidas “com o propósito explícito de chegar a certas
finalidades” ».
«A partir de uma forma simplista, podemos dizer então, que o objectivo de uma
organização é o lucro e que tudo mais são meios utilizados para alcançar o
objetivo. Mesmo dentro deste espectro mais amplo, algumas organizações, como
escolas, hospitais, associações, sindicatos, creches, universidades, organizações
não governamentais, corporações militares e tantas outras, formam um universo
que nem sempre objetivam lucro ou não dependem dele para sua sobrevivência.
Portanto, esta concepção merece uma avaliação considerando os princípios da
Escola Estruturalista».
Todas as empresas possuem uma cultura própria, para que as pessoas possam se
identificar com o perfil que se adequa a seu estilo de vida. A cultura organizacional é o
modelo de pressupostos básicos, que determinado grupo tem desenvolvido a fim de lhe lidar
com os problemas de adaptação externa e adaptação interna. A cultura da empresa pode ser
representada por rituais, expressões usadas entre colegas que são assinalados no dia-a-dia, que
a partir da convivência poderá ter um impacto positivamente ou negativamente no estado de
ânimo das pessoas que nela trabalham.
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«à cultura da empresa precisa estar de acordo com alguns factores que
influenciam na tomada de decisão como: planejamento, organização, direção e
controle, para que todos possam ter uma visão sistêmica da organização. A
cultura organizacional de uma empresa significa um conjunto de hábitos e
crenças, que são estabelecidos através de normas, valores, atitudes que podem
ser divididas com todos os membros da empresa».
1. O indivíduo, estuda -se na forma como ele age perante as diversas situações do seu
dia a dia, como o mesmo presta o seu serviço, (se está a ser bem desenvolvido, se
consegue atrair os clientes para a organização).
2. O grupo, onde eles buscam informações para seu trabalho, onde sentam, analisem e
discutem sobre o trabalho, como buscam melhoras para a empresa, soluções para
problemas actuais, e até mesmo como buscam solucionar problemas futuros.
3. A organização, para saber se o local é apropriado para se obter um melhor
desenvolvimentos das actividades lá desenvolvidas.
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Segundo Berle (2014, p. 22),
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b) Escola Humanística – baseia-se na teoria das relações humanas e teve como
ideia central factores psíquicos e aspectos emocionais. Para alcançar o êxito a
organização precisa de eficácia nas operações e de sinceridade e honestidade
para com o trabalhador. O foco central é obter a cooperação colectiva e que é
facilitada pelo papel do líder.
c) Escola Neoclássica – com a sua teoria neoclássica, teve como ideia central a
organização formal e informal, sistema organizacional para ser cumprido
racionalmente.
d) Escola Estruturalista – baseava-se numa teoria burocrática, e teve como ideia
central a racionalidade substantiva, racionalidade instrumental e a autoridade. A
organização é vista sob o aspecto racional e sistêmico. A organização deve
seguir fundamentalmente as leis e regras. Entendem que a organização deve
passar por conflitos para que alcance a eficiência de suas operações.
e) Escola Comportamental – a motivação das pessoas e de seus respectivos
grupos, fazem com que a organização alcance bons resultados e melhore as
relações entre os grupos informais e formais. Teve como ideia central o homem
e suas necessidades latentes, comportamento humano e motivações.
f) Escola Sistêmica – enraizou-se na teoria dos sistemas e teve como ideia central
a conexão – relação de pontos pequenos que formam o todo. A organização é
vista como o agrupamento de pequenos sistemas interligados.
g) Escola Contingencial – defendia que a organização deve ser mutável pela
mutabilidade da sociedade, ou seja, a organização forma a sua identidade
segundo os grupos sociais com quem se relaciona. A sua ideia central baseava-se
no sentido de que o sistema organizacional deve estar preparado para se adaptar
as mutações dos agentes sociais.
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Segundo Simpson apud Lopes (2012, p. 5), «a motivação é tudo aquilo que move as
pessoas a fazerem qualquer coisa. Por outras palavras, é o que as leva a empenharem-se
com dedicação, esforço e energia naquilo que fazem». Entende-se que a motivação está
relacionada com o sistema cognitivo, pois leva o indivíduo a ter vontade para agir e fazer algo
e bem feito.
Para Piéron apud Paiva (1966), para a Psicologia o significado de motivação é um:
«factor psicológico (consciente ou não), que predisponha o indivíduo, animal ou ser humano,
a efectuar certos actos ou a tender para certos objectivos». Por exemplo, uma necessidade,
uma tendência.
Campos et Campos (1998, p. 194) motivação “refere-se aos factores que levam as
pessoas a esforçarem-se para alcançar determinados objectivos”. A palavra representa uma
razão que impulsiona as pessoas na busca de algo, está directamente ligada ao comportamento
das pessoas, oferece energia imprescindível para praticar uma acção e alcançar seus
objectivos.
a) Motivação directa é aquela que nos impulsiona directamente ao objecto que satisfaz a
nossa necessidade;
b) Motivação indirecta ou instrumental é aquela que nos impulsiona em direcção a um
objectivo intermediário.
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Sob ponto de vista da administração estratégica, a conotação do trabalho e da
motivação deve estar em sintonia com o sistema e valores estabelecidos pela cultura da
organização. A cultura organizacional está intimamente ligada ao conjunto de valores
pessoais a ponto de exercer influência em todo o sistema empresarial.
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Teoria das Relações Humanas, descrevermos as teorias que são pertinetes para
compreendermos o mecanismo de motivação do ser humano.
Segundo Marras apud Colombo (2015, p. 15), «a hierarquia das necessidades humanas
definida por Maslow exerce influência no comportamento motivacional das pessoas. A
hierarquia é baseada de acordo com as mudanças das necessidades humanas».
1.3.1.2 – Teoria X e Y
Houve mais tarde uma evolução com relação ao pensamento sobre motivação.
McGregor defende que antigamente a motivação provinha de factores externos – recompensa,
necessidade de oportunidades de promoção, etc. – partindo do pressuposto que o trabalhador
não gostava de trabalhar e o fazia por obrigação, porém percebe-se hoje que o trabalhador
gosta de trabalhar, ele tem motivação para tal, basta saber como despertar isso nele da
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maneira correta. McGregor compara dois estilos opostos e diferentes de administrar (Campos
et Campos 1998, p. 194).
A teoria defendida por este autor é uma perspetiva mais actual do estudo da motivação
humana. Alderfer prosseguiu com a teoria de Maslow. Defende que as pessoas mudam
constantemente de nível, diferente da pirâmide em que as necessidades prioritárias são as da
base e são atendidas progressivamente. Na teoria ERG as pessoas, quando frustradas,
retornam a níveis inferiores mesmo que as necessidades já tenham sido atendidas.
Alderfer explica a sua teoria em três categorias fundamentais citada por Rosa (Lope
2012, p. 9):
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b) As necessidades de relacionamento: incluem a dimensão interpessoal e
intergrupal no local de trabalho. É um tipo de necessidade individual que
depende da relação inter-individual e da forma de partilhar a reciprocidade dos
sentimentos, tendo por objetivo a satisfação mútua. Comparando à Teoria de
Maslow, as necessidades de relacionamento correspondem às necessidades
sociais.
c) As necessidades de desenvolvimento: relacionam-se com um desejo intrínseco
de desenvolvimento pessoal. Isto inclui os componentes intrínsecos da categoria
de estima de Maslow, bem como as caraterísticas da necessidade de auto –
realização.
«o mercado está cada vez mais competitivo, sendo assim, as empresas têm que
estar aptas a essas mudanças, buscando colaboradores flexíveis, multifuncionais
com resultados positivos que não executem somente tarefas relacionadas ao seu
cargo, em contrapartida as empresas oferecem remunerações variáveis de
acordo com os resultados obtidos, por outro lado os colaboradores vêem seus
esforços compensados e se sentem motivados com uma variável maior pelos
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resultados atingidos e um fixo mais justo pela análise de suas habilidades e
competências, e para a empresa um reconhecimento no mercado competitivo».
Saber que as pessoas são o essencial das organizações, e que cada vez mais as
empresas procuram os melhores, é preciso atraí-los e retê-los através de salários que
coincidem com uma entrega e motivação a fim de atingir os objectivos da empresa, almejando
uma performance organizacional elevada.
Para Weiss apud Borges (2017, p. 37), “quanto mais alto for o salário pago pela
organização, maior será a qualidade média da força de trabalho desta e consequentemente
maior a produtividade da organização”.
Entende-se, que o salário auferido por cada trabalhador depende directamente da sua
produtividade. A escolha da forma de pagamento feita, tem como base a análise do
comportamento do trabalhador face aos incentivos oferecidos que influenciam essa
produtividade.
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Segundo Chiavenato apud Vieira (2009),
Usar o salário como um factor motivador seria uma saída para satisfazer as necessidades
do trabalhador de forma atenuante, a princípio atenderia a necessidade do colaborador, mas é
necessário rever os planos de cargos e carreiras, com a natureza das tarefas que o indivíduo
executa, pois, englobam os sentimentos de auto realização, crescimento individual e
reconhecimento profissional.
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motivação no interior das pessoas. É preciso um líder que desperte, motive e mostre o real
valor dos indivíduos. Mas essa não é uma tarefa fácil, é ardua, pois cada um tem o seu
carácter e personalidade. Mas contudo, não é impossível, e é importante apostar na motivação
do trabalhador, assim a organização vai conseguir obter resultados positivos, a produtividade
irá aumentar, e com isso levará a empresa há obter sucesso.
Para motivar os trabalhadores, um dos factores mais usuais é o salário, mas verifica-se
que o reconhecimento e a recompensa quando se faz um bom trabalho, a confiança dos chefes
e colegas de trabalho, condições condignas de trabalho e de desenvolvimento profissional,
elevam a auto estima do trabalhador e as organizações obterão mais sucesso.
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Os trabalhadores melhoram o seu desempenho quando sabem o que se espera deles, e
quando relacionam os seus objectivos com os da organização. Ipso facto, a mais vantagens,
como o aumento da motivação, dedicação, empenha e lealdade dos trabalhadores, bem como
liderança eficaz e transparência dos objectivos, associando o desempenho à avaliação e,
naturalmente, gera um sistema forte que apoia e valoriza os trabalhadores alcançando-se
assim elevados índices de produtividade.
Para Marras apaud Colombo (2015, p. 19), «as organizações tem se preocupado apenas
com a competividade no mercado, esquecendo-se da qualidade de vida dos seus funcionários.
Os colaboradores buscam por melhor ambiente de trabalho, sendo que é dentro da empresa
que eles passam a maior parte de seu tempo».
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de instabilidade pode se formar na relação entre o trabalho e a saúde do trabalhador, como
sugerem os extremos característicos de esgotamento profissional.
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Segundo Lima (2007, p. 8),
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Sites
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Blog, https://www.google.com/amp/s/www.xerpa.com.br/blog/origem-da-palavra-salario/
amp/xerpa.com.br.
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