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Fundamentos Tecnológicos Da Pesagem - Básico 3
Fundamentos Tecnológicos Da Pesagem - Básico 3
Fundamentos
Tecnológicos
da Pesagem
Índice
INDICADOR DIGITAL
3 Divisão ou incremento de uma medição digital.
LEGISLAÇÃO DO INMETRO
08 Suas portarias e como interpretá-las.
EXERCÍCIOS
33 Exercícios de fixação.
Indicador digital
DIVISÕES:
Na metrologia, “d” é a divisão, que é a menor parte medida (um degrau ou um incremento), de
ponto a ponto da leitura. Assim, na régua abaixo, “d” é igual a 1mm.
E se fôssemos contar cada traço até 0,5cm, teremos 5 divisões. Se contarmos até 1cm
teremos 10 divisões, e isso progressivamente até sua escala final contabilizando 150 divisões
de contagem.
A mesma coisa acontece nas balanças, onde, se contarmos até sua carga máxima com uma
determinada divisão ou incremento, teremos uma contagem de divisão máxima.
Como vimos nos módulos anteriores, toda célula de carga é um transdutor contendo strain
gauges que geram um sinal de tensão elétrico dependendo da força aplicada a esta célula. No
entanto, estes sinais são da ordem de milivolts (mV), suscetíveis a ruídos.
Para resolver este problema, os sinais elétricos analógicos são levados a um circuito
microprocessado dentro do indicador digital que converte-os em sinais digitais. Esses sinais
digitais operam com duas tensões, uma para indicar nível zero (0) e outra para indicar nível
um (1), que são menos suscetíveis a ruídos.
• Amostragem, que consiste em retirar amostras do sinal original conforme uma frequência
ou instantes pré-determinados;
• Codificação, que transforma o sinal quantizado em um sinal binário.
TAXA DE AMOSTRAGEM DE DADOS: A taxa de dados mede a rapidez com que a célula de
carga pode enviar informações sobre o peso. As células de carga analógicas fornecem
informações de peso continuamente em tempo real. Os indicadores enviam informações de
peso em bits, muitas vezes por segundo.
Como exemplo da fase de amostragem de uma digitalização, temos na figura abaixo um sinal
oriundo de uma cápsula ou transdutor (peça acoplada ao braço do toca-discos) responsável
por ler as ranhuras do sulco do disco de vinil. Ela traduz estes micros relevos em vibrações,
geradas através do contato entre superfícies. Essas vibrações (energia mecânica) são
transmitidas da agulha para a cápsula, onde existe um ímã e uma bobina. Na cápsula, a energia
mecânica entra em contato com o campo magnético gerado pelo imã, transformando-se
então em energia elétrica.
Inicialmente, vamos nos ater a fase de amostragem da digitalização para entendermos como
é definida a divisão de medida de um indicador de pesagem.
Na amostragem feita de um sinal original analógico, que varia de forma contínua no tempo, é
produzido um sinal digitalizado com degraus, conforme figura abaixo.
Estes degraus, para um indicador digital, são chamados de counts, que nada mais é que o
número de incrementos máximos, ou divisões máximas possíveis para uma balança que utilize
este determinado indicador.
Para ilustrar melhor, temos abaixo o sinal analógico de uma célula de carga apresentando de
forma contínua a rampa de sua pesagem em comparação com a digitalização feita por um
indicador com 5000 counts máximos possíveis de divisões, que é o caso do modelo WT 1000.
Podemos ver que, a indicação do peso no indicador entre um count e outro (um degrau e
outro) não será a mesma apresentada pela rampa analógica, ou seja, será arredondada para
mais ou para menos (degrau mais próximo) do seu possível, ou determinado no ajuste do
indicador conforme veremos a seguir.
Ao ajustarmos um indicador, temos que determinar quantas divisões de pesos desejamos ter
para medir uma também determinada carga máxima desejada. Isso respeitando o limite máximo
de counts do indicador.
Note que, neste exemplo, aquilo que estiver entre cada 2g de pesos medidos será arredondado
para a divisão mais próxima e mostrado no indicador.
Tem como objetivo principal proteger o consumidor tratando das unidades de medida,
métodos e instrumentos de medição, de acordo com as exigências técnicas e legais
obrigatórias.
No Brasil as atividades da Metrologia Legal são uma atribuição do INMETRO, que também
colabora para a uniformidade da sua aplicação no mundo, pela sua ativa participação no
Mercosul e na OIML - Organização Internacional de Metrologia Legal.
As exigências obrigatórias para uma balança são determinadas por portarias, e uma delas é a
portaria n° 236/94 que estabelece os erros máximos permissíveis, as classes de exatidão das
balanças, além de outros requisitos técnicos importantes para o fabricante e o usuário.
Os erros máximos permissíveis são definidos para uma avaliação inicial, assim como para
quando a balança já está em uso. As balanças são verificadas/fiscalizadas pelo INMETRO ou
IPEM (Instituto de Pesos e Medidas).
APROVAÇÃO DO MODELO:
Os instrumentos devem ser submetidos aos ensaios descritos nos anexos da portaria 236, e
o ensaio de durabilidade (fadiga) deve ser executado após a realização de todos os ensaios
aplicáveis ao instrumento.
Caso aprovado o instrumento, é emitida uma portaria que autoriza o uso em campo. Que é o
caso do indicador modelo WT 1000 da Weightech, conforme selo mostrado abaixo:
Além da portaria específica para o indicador, a balança também deve ter sua portaria como um
todo testado e aprovado pelo INMETRO, e trazer as seguintes indicações obrigatórias:
Todas essas informações devem ser apresentadas (fixadas) na balança de forma bem clara,
conforme exemplos a seguir.
VERIFICAÇÃO INICIAL:
A Verificação inicial não deve ser realizada a menos que a conformidade do instrumento ao
modelo aprovado e/ou às exigências deste regulamento sejam estabelecidas sob a
responsabilidade do Órgão Metrológico Competente. O instrumento deve ser ensaiado por
um órgão delegado do INMETRO (IPEM) no momento da instalação e pronto para uso, a menos
que ele possa ser transportado, montado e instalado após verificação inicial.
Nesse processo, o instrumento recebe selo e lacre do órgão fiscalizador, conforme abaixo:
VERIFICAÇÃO PERIÓDICA:
Todo instrumento de medição novo ou renovado, após sua colocação em uso no local da
instalação, estará sujeito à verificação periódica, conforme previsto na regulamentação
técnica metrológica aplicável para a categoria do instrumento de medição.
VERIFICAÇÃO SUBSEQUENTE:
LACRE:
O lacre é aplicado pelo fiscal do Inmetro logo após a colocação do selo, fixado em local onde
será impossível fazer outro ajuste no indicador, na caixa de junção e outros, sem o
rompimento do mesmo.
PORTAL PAM:
Assim que aprovada pelo Inmetro, a balança tem um cadastro no PAM junto às suas
informações técnicas para que verificações seguras sejam destacadas. Além disso, a Portaria
de Aprovação serve como uma ferramenta para verificação de autenticidade, portanto, em
caso de dúvidas sobre o equipamento, a consulta no portal é muito importante.
• Classe I (Fina): Balanças de exatidão especial, usadas para medidas finas e exatas. Elas
costumam ser de alto custo e delicadas;
• Classe II (Especial): Balanças de exatidão fina, muito usadas em laboratórios de pesqui-
sas, farmácias, e industrias onde existe uma grande necessidade de uma pesagem precisa;
• Classe III (Média): Balanças de exatidão média, usadas no comércio e indústrias;
• Classe IV (Ordinária): Balanças de exatidão ordinária, usadas para se ter uma noção de
peso. É o nível mais baixo de precisão de balanças.
Outras informações importantes apresentadas pela portaria e que toda balança deve apre-
sentar, além da classe, são:
O valor de divisão de verificação (e), para os diferentes tipos de instrumentos, deve ser como
estabelecido na Tabela 1 da portaria:
A identificação da classe de exatidão de uma balança pode ser feita em acordo com a
tabela 2 (abaixo) da portaria:
Características da balança:
e = d = 1g
Assim concluímos que esta balança é de classe III – Média, com uma carga mínima de 20e
ou 20g.
• Na faixa de 0 ≤ m ≤ 500e, ou seja, caso a massa a ser medida esteja na faixa de 20g
até 500g o erro máximo permitido é de ±0,5e = ±0,5g.
• Na faixa de 500e < m ≤ 2000e, ou seja, caso a massa a ser medida esteja na faixa de
acima de 500g até 2000g o erro máximo permitido é de ±1e = ±1g.
• Na faixa de 2000e < m ≤ 10000e, ou seja, caso a massa a ser medida esteja na faixa
de acima de 2000g até 5000g o erro máximo permitido é de ±1,5e = ±1,5g.
O peso padrão é um material de referência para verificar, ajustar e calibrar uma balança, com
a garantia de que são certificados pelo INMETRO ou RBC (Rede Brasileira de Calibração).
Conforme a Portaria n°289 do Inmetro, existem sete classes de Peso Padrão para balança, e a
escolha entre uma delas depende da exatidão da balança. As classes de peso padrão são
divididas entre E1, E2, F1, F2, M1, M2 e M3. Sendo a classe E1 a mais exata e a M3 a menos exata.
Cálculo para determinar as classes dos pesos padrão para a verificação periódica da balança
do exemplo anterior:
Características da balança:
Comparamos os valores nominais dos pesos utilizados na verificação com o valor de erro
máximo admissível e encontramos a classe de exatidão que apresente o erro máximo
admissível inferior ao calculado.
• Então para 500g a classe de exatidão será a M3, pois o erro máximo admissível é 250mg <
333,33mg.
• Para 1.000g a classe de exatidão será a M2, pois o erro máximo admissível é 150mg <
333,33mg.
• E para 1.500g a classe de exatidão será a M2, pois o erro máximo admissível é 150mg +
75mg =225mg. Neste caso devemos somar os erros máximos admissíveis dos pesos de
1.000g e 500g, por não existir um peso padrão normalizado de 1.500g.
Por exemplo, a rede da internet é dividida em camadas, cada uma com uma função
específica, e as principais camadas são:
• Camada de Aplicação:
WWW (navegação web), HTTP, SMPT (emails), FTP (transferência de arquivos) e SSH. Usada
pelos programas para enviar e receber dados de outros programas pela própria internet.
• Camada de Transporte:
TCP, UDP e SCTP. Para transporte de arquivos recebidos da camada anterior. Aqui aconte-
ce a organização e a transformação deles em pacotes menores, que serão enviados à rede.
• Camada de Rede:
IP (IPv4 e IPv6). Os arquivos empacotados na camada anterior são recebidos e anexados ao
IP da máquina que envia e que recebe os dados. Daqui, são enviados pela internet usando a
próxima camada.
• Camada de Estrutura Física:
Ethernet e Modem. É a camada que executa o recebimento ou envio de arquivos na web.
Neste curso básico falaremos sobre como os equipamentos de pesagem se comunicam com
outros dispositivos (PC, impressoras, CLP’s etc.) fazendo uso de interfaces digitais (RS232,
RS485 e Loop de corrente), como também da interface analógica 4 a 20mA.
Posteriormente, em cursos específicos, estudaremos os protocolos utilizados com estas
interfaces, como TCP/IP, Modbus e outros.
TRANSMISSÃO 4 A 20mA:
Comunicação serial:
Comunicação paralela:
Transferência de dados assíncrona – O modo em que os bits de dados não são sincronizados
por um pulso de clock. O pulso de clock é um sinal usado para a sincronização da operação
em um sistema eletrônico.
Transferência de dados síncrona – O modo em que os bits de dados são sincronizados por um
pulso de clock.
• Os bits de parada são usados para indicar o término de transmissão de um byte. Alguns
valores típicos são 1, 1,5 e 2 bits.
• O bit de paridade é a forma mais simples de verificar erros de comunicação. Os mais usados
são o bit de paridade par e o bit de paridade ímpar.
O bit de paridade vai a 1 quando a soma dos bits 1, que compõem o byte (8bits), resultar em
uma paridade diferente da definida pelo usuário, ou seja, tanto o transmissor quanto o
receptor sabem qual é a paridade a ser usada.
Exemplo: Se o usuário definiu uma paridade par, e a soma dos bits 1 deram impar, o bit da
paridade vai a um (1).
Uma das comunicações mais antigas, porém populares, usada em indústrias e produtos
comerciais é a RS232. Ela é um tipo de comunicação serial usada para transmissão de dados
normalmente em distâncias médias de no máximo 15 metros. Foi introduzida na década de
1960 e encontrou o seu caminho em muitas aplicações como impressoras de computador,
dispositivos de automação de fábricas, etc.
A RS232 é usada para conectar dois dispositivos permitindo a troca de dados seriais entre
eles, e funciona na comunicação bidirecional (full-duplex) que troca dados entre si.
Primeiro temos que convertê-lo em um grupo de 8 bits, por uma questão de padronização
usaremos o código ASCII, onde ‘R’ é igual a ‘01010010’. Além disso temos que utilizar:
A região entre +3 e -3V é considerada região de imunidade ao ruído, onde o valor do bit
anterior é mantido.
Neste sentido, variações no nível 0 (terra) podem proporcionar efeitos desastrosos. Pelo
fato do nível de disparo da RS232 estar definido em +-3V, o ruído é facilmente captado,
limitando a velocidade e a máxima distância.
Por outro lado, a interface RS485 não possui um nível zero como sinal de referência e
variações na diferença de tensão com relação ao terra entre o transmissor e receptor,
não causando nenhum problema.
Os sinais na RS485 são transmitidos sobre uma linha com sinal positivo e uma linha com
sinal negativo, sendo que o receptor do RS485 compara a diferença de tensão entre as
linhas, ao invés de considerar o nível de tensão absoluta do sinal.
A tensão do barramento ‘A’ é comparada com a do barramento ‘B’. Se a tensão em ‘A’ for
maior que em ‘B’, o sinal recebido é um (1). E se a tensão em ‘B’ for maior que em ‘A’, o
sinal recebido é zero (0). Essa lógica pode ser invertida dependendo do caso. Há uma
margem de tensão de +-0,2V. Sendo assim, é prevenida a existência de loops de terra,
uma fonte comum de problemas em comunicações.
O padrão RS-485 é multiponto, o que permite que vários dispositivos possam ser ligados
ao barramento de comunicação, sendo definidos 32 dispositivos em uma única rede.
Concluímos que a melhor solução de célula a ser utilizada nesta aplicação é a do tipo
Shear Beam, modelo BTBI de 250kg, por atender à faixa de peso superior mais próxima
a calculada.
Utilizaremos o modelo WT-4 que possibilita até 4 células de carga ligadas em paralelo, ajuste
individual das células através de trimpots, tamanho compacto e grau de proteção IP68.
O número de divisões máximas permitidas pode ser calculado com a seguinte fórmula:
Onde:
NIVELAMENTO:
Antes de serem realizadas as pesagens, devemos garantir que a balança esteja em uma
superfície indeformável e nivelada adequadamente.
VINCULAÇÕES MECÂNICAS:
Que está relacionado com os cuidados que devemos ter com conexões mecânicas, elétricas e
pneumáticas. Como por exemplo nos sistemas de várias células onde é recomendado
posicionar as vinculações, de modo que sejam capazes de neutralizar as eventuais forças
laterais.
SENTIDO DA CARGA:
Devemos ter atenção no sentido da carga indicado na ficha técnica ou no corpo da célula. Este
deve ser orientado na mesma direção que a força aplicada.
CARGA MÍNIMA:
É uma informação obrigatória muito importante que evita que pesagens abaixo dos valores
mínimos sejam realizadas, ocasionando em erros e comprometendo as medidas.
TROCA DE LOCAL:
É um dos erros mais comuns durante o manuseio do equipamento. Sempre que instalada e
ajustada em um local, a balança não deve ser retirada ou movida de sua posição.
LIMPEZA:
O local de pesagem deve ser mantido limpo, seco e sem objetos fazendo peso no equipamento.
2) Qual o número de divisões de uma balança, com no máximo 5000 counts de digitalização
permitidos para seu indicador, e valores desejáveis de 10Kg de carga máxima e 2g de incre-
mento (10kg x 2g)?
a) 500 divisões.
b) 5000 divisões
c) 2500 divisões.
d) 10000 divisões.
3) Das afirmações abaixo relativas à digitalização do sinal de uma célula de carga, podemos
afirmar que:
5) Qual a classe de uma balança de capacidade máxima de 3000kg; divisão de 0,5kg e valor
de verificação e = d = 0,5kg?
a) Classe I.
b) Classe II.
c) Classe III.
d) Classe IIII.
6) Quais os erros máximos permitidos para o caso da balança do exercício anterior, nas
faixas de sua respectiva coluna da tabela de erros máximos permitidos da portaria 236/94?
a) Usando tensão.
b) Usando resistência.
c) Usando corrente, pois a variação informada na origem é a mesma do resultado medido
final.