Barbara McClintock (Hartford, 16 de junho de 1902 — Huntington, 2 de setembro de 1992) foi
uma citogeneticista estadunidense, doutora em botânica[2][3][4] e vencedora do prêmio
Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1983 pela descoberta dos elementos genéticos móveis, que causam o fenômeno conhecido como transposição genética. É considerada, ao lado de Gregor Mendel e Thomas Hunt Morgan, uma das três mais importantes figuras da história da genética, tendo demonstrado diversos conceitos fundamentais, tais como a recombinação genética por crossing-over, os papéis dos telômeros e dos centrômeros dos cromossomos.
Empreendeu uma das mais espetaculares descobertas da genética, os genes saltadores ou
transposões. Na década de 1940, Barbara realizou experiências com variantes de milho e descobriu que "a informação genética não é imóvel" [2][3][5], e que genes podem "ligar" e "desligar" a manifestação física de certos fenótipos.
Devido ao ceticismo de outros cientistas em relação às suas descobertas e suas implicações,
McClintock parou de publicar seus dados em 1953. Os mecanismos de regulação genética só passaram a ser melhor compreendidos nas décadas de 60 e 70, de forma que passaram-se mais de trinta anos entre sua descoberta, fundamental para a genética, e o seu reconhecimento, com o recebimento do Prêmio Nobel em 1983[3].
Barbara McClintock também realizou numerosas contribuições para a compreensão da
citogenética e aspectos etnobotânicos das variedades de milho na América do Sul, tendo publicado o primeiro mapa genético para esta planta.[3]