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Boas Vindas Caro aluno, Seja bem-vindo, ao seu Ambiente de Aprendizagem — AVA do curso de Formagao Examinador de Transito, da disciplina- O Papel do CFC no Processo de Habilitagao - Direito! A proposta deste material 6 reunir elementos que se entendem necessdrios para 0 desenvolvimento do estudo com seguranca e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinamica e pertinéncia de seu contetido, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas a metodologia da Educagéo a Distancia - EaD e o Método IDGA Modular. Pretende-se, com este material, levéo a reflexdo e & compreensdo da pluralidade dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-Ihe ampliar conceitos especificos da area e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formagao continuada para vencer os desafios que o mercado competitive vem exigindo em todas as areas. Estaremos juntos durante toda a sua trajetéria de ensino, por tanto, além de aproveitar o contetido programatico desenvolvido especialmente para vocé, usufrua de todas as ferramentas pedagdgicas para que assim seu aproveitamento de ensino seja completo. Elaborou-se 0 presente material com a intengao de torna-la subsidio valioso, de modo a facilitar sua caminhada na trajet6ria a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira. Solange Ribeiro Coordenadora Pedagégico — Autotransito Pégina I de 23, PAPEL DO EXAMINADOR NO PROCESSO DE HABILITACAO - DIREITO Caro (a) Aluno (a) Nosso objetivo no presente material 6 informar e esclarecer no ambito do Direito os deveres e direitos do futuro Examinador de Transito. Para melhor entendimento devemos saber que em uma sociedade, a fungao das leis é controlar os comportamentos e agdes dos individuos que a compoem E vocé futuro Examinador de Transito como membro da sociedade e também como futuro credenciado do Departamento Estadual de Transito - SP - DETRAN devera seguir algumas normas de conduta. Sua ago tem reflexos em todo o processo de habilitagdo, todas as instituigses procedimentos visam estar em conformidade com os parametros que envolvem a agao do examinador. © Examinador de Transito tem a responsabilidade de desempenhar a sua funcao de forma profissional, adotando no exercicio de suas fungGes, a ética, eficiéncia, qualidade e transparéncia, contribuindo assim, para uma melhor avaliagao do futuro condutor de veiculos e, consequentemente, para uma maior humanizacao no transito. Para que seu desempenho seja eficaz @ alual 0 Examinador de Transito, néo pode deixar de atender a legislagao vigente Caso no o faga o Examinador poderd responder em processo administrativo, Civil e Criminal em processo fundamentado. Autores Narriman de Castro a ‘Agnaldo Pedroso Coordenadora Pedagégica Solange Ribeiro Nucleo Pedagégico Flavia Rezende Romolo Taccheli Pagina 2 de 23, COMPETE AO EXAMINADOR DE TRANSITO A atuagao do Examinador de Transito pode ser ensinar a legislacao de transito nos Cursos de Formago de Condutores, ensinar diregdo defensiva na pratica para novos condutores e avaliar a performance destes condutores no exame de transito que obrigatério para a obtengéio de uma Carteira Nacional de Habilitagao ¥ Identificar corretamente 0 candidato para a realizagao da prova, conferindo o documento de identificacdo com 0 processo, especialmente, com a fotografia e a assinatura; Atender com respeito, Apresentar eficiéncia técnica, discernimento e capacidade de dialogo; Informar o candidato o resultado do exame, bem como as faltas cometidas; Avaliar o conhecimento tedrico-técnico e o desempenho do candidato na pratica tica, presteza e urbanidade o candidat SSN 48 de direcao veicular, nos termos da legislacao vigente: v Encaminhar e acompanhar o candidato ao presidente da comissao examinadora, quando necessario; ¥ Comunicar ao presidente qualquer suspeita de procedimentos irregulares, em telagdo a candidatos, proprietarios e instrutores de CFC’'s ou terceiros durante os trabalhos da comissao examinadora; Y Acatar dentro da legalidade as determinagdes do presidente da comissao examinadora: Y Solicitar assinatura do presidente, em detrimento de qualquer anotagao feita no campo de observacao da prova: ¥ Auxiliar nas demais atividades decorrentes da comissao examinadora quando solicitado pelo presidente; ¥ Estar disponivel para o comparecimento as reuniées, quando requisitado pela diretoria, geréncia ou presidente da comissao examinadora Y Fazer relatério sempre que necessério de qualquer indicio de irregularidade ou transgressao ocorrida durante os trabalhos da Comissdo Examinadora; Y Estar plenamente atualizado com a legislagao de transito em vigor e as normas que regem as atividades da comissao examinadora neste 6rgao. Pagina 3 de 23, SAO DEVERES DO EXAMINADOR DE TRANSITO ((onte Manual dos Examinadores/2015) Exercer, com eficiéncia técnica, dedicagéo e honestidade as atribuigdes especificas, mantendo conduta compativel com a moralidade administrativa. Y Cumprir, rigorosamente, escalas e horarios pré-estabelecidos. Y Apresentar-se nos locais de exames com boa aparéncia no que tange a higiene pessoal, usando obrigatoriamente a identiicagao estipulada pela diretoria, bem como calgados adequados para a fun¢ao de motorista, vedados em qualquer hipétese, outros tipos de calgados inadequados para 0 ato de dirigir Y Portar a Carteira Nacional de Habilitagao durante a avaliacao. < Ser LEAL a instituicao e a fungao a que serve; Y Atender com presteza e respeito, os superiores, colegas, candidatos a obtengo da Autorizacao para Conduzir Ciclomotor - ACC, a habilitagao e ao publico em geral (Resolugdo n° 168/2004, do CONTRAN); Retornar apés 0 término dos trabalhos da Comisso Examinadora ao seu setor de trabalho Cumprir as normas legais e regulamentares. Desempenhar sua fung&o com eficiéncia, seriedade e responsabilidade, em cumprimento as normas da Legislagao de Transito vigente. Recepcionar 0 candidato nos exames de forma respeitosa e educada se identificando e cumprimentando-o pelo nome. Observar no processo do candidato se consta restrigbes (lente corretiva). Em caso positive 0 examinador devera exigir do candidato 0 uso de éculos de correco ou lentes de contato. Verificar preliminarmente as condigdes do veiculo para aplicacéo da prova pratica de diregdo veicular, se detectado que 0 mesmo nao oferece boas condigées, levar ao conhecimento do presidente da comissao examinadora. Observar se as balizas esto no local adequado, caso contrario, reposicionar as mesmas nos pontos demarcados. Indicar com antecedéncia ao candidato as manobras, 0 itinerério ou 0 trajeto a ser percorrido. Porém, nao instruir ou orientar 0 candidato sobre procedimentos para a execugao de manobras ou outras formas técnicas para a condugao do veiculo. Pégina 4 de 23, Y Identificar e anotar na prova as faltas previstas na legislacéio de transito cometidas pelo candidato, durante o percurso da prova, anotando também as faltas reincidentes, e ao término da avaliagao, fazer & somatéria dos pontos negativos, fechando as lacunas em aberto no boleto; Y Atentar para a descriminagéo das faltas cometidas pelo candidato durante o percurso, para evitar cometer rasuras e gerar duvidas na avaliagao.; ¥ Informar ao candidato de forma clara o resultado ao término da avaliagao, comentando os motivos da aprovagdo ou reprovacéo e repassando sua pontuagao. Y Dar ciéncia ao presidente de irregularidade que tiver conhecimento no decorrer de suas atividades na comisséo examinadora fazendo relatério da mesma ao final de seu trabalho. ¥ Abster-se de avaliar 0 candidato até terceiro grau de parentesco, bem como advindo de Centro de Formacao de Condutores que possua, em seu quadro, parentes do citado grau Y Abster-se do uso de celular e/ou similares, armas ou outros objetos senzio aqueles insirumentos exigiveis durante a realizagao dos trabalhos da comissao examinadora. E expressamente proibido 0 recebimento de qualquer tipo de presente ou de valores de qualquer natureza oferecidos por candidatos ou terceiros, ainda que a titulo de agradecimento. Lembrando que examinador responde como funcionatio publico mesmo que nao tenha vinculo empregaticio. igina 5 de 23 DAS PENALIDADES Aplicam-se as pessoas juridicas e aos profissionais credenciados, que agirem em desacordo com seus preceitos e com os da legislacao federal afeta, as seguintes, penalidades: ¥ Adverténcia por escrito; Y Suspenséo das atividades por até 30 dias; Y Suspenséo das atividades por até 60 dias; ¥ Cancelamento do credenciamento.. Asseguir veremos os crimes mais comuns dentro da esfera publicos praticados por funcionario piblico. (fonte portaria 101/16-DETRAN-SP) Pagina 6 de 23, CONCUSSAO Concussao é um termo que deriva do latim concussio. € a ago do funcionario piblico de gxigir impostos, multas ou prestagées, para seu proprio provelto. Concussao pode ser sinénimo de extorsao, no sentido figurado. - Artigo 316 de o Cédigo Penal Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da fungao, ou antes, de assumi-la, mas em razao dela, vantagem indevida. Pena - reclusao de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. A concussao, por conseguinte, é um conceito legal que se utiliza para fazer referéncia aos funciondrios publicos que abusam do seu poder para fazerem com que pessoas (inocentes) paguem contribuigdes que nao Ihes sao devidas. A. concussao também implica _exigir__um pagamento mais elevado do que o estipulado por lei Pagina 7 de 23, CORRUPGAO PASSIVA - Artigo 317 Cédigo Penal - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da fungao ou antes de assumi-la, mas em razo dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: A UNICA DIFERENGA reside no verbo “exigir’, constante da concussao, e “solicitar” da corrupgo passiva. Na concussao o agente exara uma ordem. Nao conta com a possibilidade da vitima no Ihe conceder a vantagem, esta certo e determinado a consegui-la. Na corrupgao passiva, por outro lado hé mero pedido. O agente nao manda que a vitima Ihe pague, reclama-a educadamente. O crime de corrupcao passiva consiste no fato de 0 agente “solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da fungao ou antes de assumi-la, mas em razao dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa da tal vantagem" S40 cinco os elementos que integram o delito. A) solicitar ou receber para si ou para outrem, veja a diferenga com a Concussao. Na concusséo exige e na corrupedo passiva solicita. Outro elemento é direta ou indiretamente, ainda que fora da funcéio ou antes de assumi-la, mas em razo dela, essa vantagem 6 indevida ou ainda aceitar promessa da tal vantagem. Pagina 8 de 23, TRAFICO DE INFLUENCIA ~ Artigo 332 Cédigo Penal - Consiste na pratica ilegal de uma pessoa se aproveitar da posigdo privilegiada dentro de uma empresa ou entidade, ou das suas conexées com pessoas em posi¢éo de autoridade, para obter favores ou beneficios para terceiros, geralmente em troca de favores ou pagamento. A pena prevista para esse crime é de reclusdo, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. O trafico de influéncias é um tipo de delito reconhecido em alguns cédigos penais, mas no em todos. Esta circunstancia se deve a dificuldade na hora de definir com preciso © que é um trafico de influéncias. Este delito consiste no fato de aproveitar-se de uma situacao de privilégio para obter beneficio proprio ou para favorecer outra pessoa. Normalmente 0 conceito tréfico de influéncias ¢ aplicado a funcionarios publicos, que costumam ter acesso a informagdes importantes e sigilosas, agindo de forma ilicita Ha certas ocasiées que 0 conceito tréfico de infiuéncias é aplicado a pessoas que nao sdo funcionarios, mas exercem algum tipo de influéncia sobre os demais com 0 propésito de obter algum beneficio, por exemplo, uma licenga legal, uma autorizacao, uma subvengao publica, um contrato de trabalho, ete. = — Pagina 9 de 23, ASSEDIO SEXUAL - Artigo 216-A Cédigo Penal - Constranger alguém com 0 intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condic&o de superior hierarquico ou ascendéncia inerentes ao exercicio de emprego, cargo ou fungao. Pena — detengdo de 1 (um) a 2 (dois) anos. Conceito de assédio: Assédio € todo 0 comportamento indesejado, baseado em fator de discriminacdo, praticado quando do acesso ao emprego ou no préprio emprego, trabalho ou formacdio profissional, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua dignidade, ou de Ihe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador. Conceito de assédio sexual: A Organizagao Intemacional do Trabalho (OIT) define assédio sexual como atos, insinuacdes, contatos fisicos forgados, convites impertinentes, desde que apresentem uma das caracteristicas a seguir: ser uma condicdo clara para manter 0 emprego; influir nas promogées da carreira do assediado; prejudicar 0 rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vitima; ameagar e fazer com que as vitimas cedam por medo de denunciar 0 abuso; e oferta de crescimento de varios tipos ou oferta que desfavorece as vitimas em meios académicos e trabalhistas entre outros, e que no ato possa dar algo em troca, como possibilitar a intimidade para ser favorecido no trabalho. Pagina 10 de 23, ORDENAMENTO JURIDICO © Ordenamento Juridico Brasileiro é influenciado pelo direito romano-germanico, e tem caracter civilista. A lei maior ou carta magna do Estado ¢ a Constituigao da Republica Federativa do Brasil, de 05 de Outubro de 1988. ‘A Constituigao define que a Unido é dividida em trés poderes independentes @ harménicos entre si: Poder Executivo, Poder Legislative e Poder Judiciario. © poder Executive formado pelo Presidente, Governadores e Prefeitos, Poder Legislative responsdveis pela formagao das leis e é formada por Vereadores, Deputados Estaduais e Federais e Senadores e o Poder Judicidério pelo Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justia (auséncia de funcéo jurisdicional, somente fungdes administrativas) tribunais e juizes dos estados, do Distrito Federal e dos territérios. No Ordenamento Juridico Brasileiro, os estados e municipios possuem autonomia para elaborar Constituigdes Estaduais e suas proprias leis, desde que subordinadas a Constituigao Federal. Constituigao da Republica Federativa do Brasil de 1988, dos direitos e garantias tundamentais, e dos direitos e deveres individuais e coletivos. Artigo 5° - Todos sao iguais perante a lei, sem distingéo de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pals a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, & seguranga e a propriedade, nos termos seguintes: 1 — homens e mulheres sao iguais em direitos e obrigagdes, nos termos desta Constituigéo:; Il — ninguém sera obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa sendo em virtude da lei; Ninguem pode alegar Outras regulamentagées: © desconhecimento das leis para eximir-so do Artigo 3°- da Lei de Introdugao ao Codigo Civil: qualquer responsabilidade. Que ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que nao a conhece; Artigo 21 — O desconhecimento da lei é inescusdvel...... [ns Pagina 11 de 23, CRIME DOLOSO E CULPOSO DOLO — Intengao declarada e manifestada na vontade consciente do agente para praticar uma aco, cujo fato é tido como crime pela legislagao aplicavel. O dolo se coneretiza também na certeza e na consciéncia do resultado Dolo eventual - o resultado existe dentro das leis de probabilidade, e, mesmo que 0 agente nao queira, por sua vontade, a efetividade do resultado, assume o risco eventual de sua agao. CULPA — A culpa se baseia na falta de vontade de trazer um resultado delituoso sobre a aco praticada. A aco é praticada sem intengao, podendo a culpa se manifestar por meio da: a) impericia (falta de habilitagao técnica para a pratica de determinado ato); b) imprudéncia (precipitacdo e falta de cuidados necessarios de um ato); c) negligencia (negativa de cometimento de um ato calcado na displicéncia). Exemplo: dirigir em velocidade bastante superior & permitida, prevé que com isso podera atropelar e matar alguém, mas imagina que tal resultado nao ocorrera) ‘pode Paticpacio, mr ar coautora. pode Pat's ene ‘oa assiato, boii mata . anes ‘contratou comete sens desist “= policiassex extorsao - ae _ sti cama esarfex caso ‘onertecontratado. cgautor tir he Pagina 12 de 23 DOS CRIMES CONTRA A HONRA Podemos definir que os crimes que atentam contra a honra sdo os que atingem a integridade ou incolumidade moral do ser humano. Conceituamos a honra como um conjunto de atributos morais, intelectuais ¢ fisicos referentes a uma pessoa ou, como 0 "complexo ou conjunto de predicados ou condigbes da pessoa que lhe conferem consideragao social e estima propria” Honra: é “o elenco das qualidades morais, fisicas, intelectuais e demais dotes do cidadao, que 0 fazem merecedor de aprego no convivio social” (fonte prof Damasio), a) Honra Objetiva: sentimento geral, externo; 0 que os outros pensam da pessoa. Reputacao no meio social. Imagem que a pessoa goza perante os outros b) Honra Subjetiva: sentimento interno, pessoal. O que o ser humano pensa de si mesmo, com relagao a seus atributos fisicos, morais e intelectuais. Relaciona-se com 0 amor-préprio a autoestima da pessoa Divide-se em: = Honra-dignidade: atributos morais da pess: = Honra-decoro: atributos fisicos e intelectuais. Pode ainda haver a seguinte classificagao: ~ Honra Comum: nao tem nenhuma correlacao com a atividade que a pessoa exerce. Ex.: chamar alguém de “ladrao” - Honra Especial: relacionada com a atividade especifica do ofendido. Ex.: dizer que determinado servidor piblico 6 adepto ao “peculato’; chamar um médico cirurgiéo de “agougueiro”. No CP existe a previsdo de trés crimes: - Caldnia (art. 138); Pagina 13 de 23 - Difamagao (art. 139); ~ Injdria (art.140). Artigo 138, caput - Calunia - Objeto Juridico: a honra objetiva (reputacao perante a sociedade). - Objeto Material: a pessoa que é atacada em sua honra objetiva. Nucleo do tipo: “imputar” (atribuir; apontar alguém como autor de “fato criminoso*, isto 6 definido na lei como crime, nao importando a espécie, se é doloso ou culposo ou se 6 de ago penal publica ou privada). Fato: pode ser entendido como acontecimento determinado e concreto, contendo autor, objeto e suas circunstancias. Deve, ainda, ser verossimil (ex. nao constitui o crime dizer que “ontem José furtou 0 Cristo Redentor, no Rio de Janeiro!”). - Imputagao deve ser de “crime”, se for de “contravengao penal’, poderd restar configurado, em vez de calunia, o crime de “difamagao” (artigo 139 do CP); bem como “falsa" (mentirosa). Essa falsidade pode referir-se: a) existéncia do fato: o crime atribuido a vitima no existiu; b) autoria do crime: existiu o crime, contudo a vitima nao tem nenhum tipo de responsabilidade em relacao a ele. Formas de caltinia: a) Explicita ou inequivoca: é a forma direta, manifesta, nao deixando divida quanto a vontade do agente de atacar a honra da vitima. Exemplo.: “Ticio é 0 autor da subtragdo dos relégios que estavam na prateleira.” b) Implicita ou equivoca: feita de forma indireta, velada, sub-repticia. Exemplo.: em uma conversa sobre a fortuna de um funcionario do alto escaléio do govemo, ja aposentado, o agente diz que também seria rico se tivesse se apropriado durante anos de verbas publicas ¢) Reflexa: ocorre quando 0 agente, desejando caluniar uma pessoa, na descrigao do fato, acaba por atribuir também falsamente a pratica de crime a pessoa diversa. Pagina 14 de 23, Exemplo.: “Tonhdo deu dinheiro a um policial Zeca para nao ser preso.” Ao imputar cortupgao ativa a Tonhao, imputou, igualmente, corrupgao passiva ao policial Zeca. - Consumagdo: quando terceira pessoa toma conhecimento da imputagao falsa, j4 que atinge a honra objetiva da vitima. Pouco importa quando a vitima tomou conhecimento. - Tentativa: é possivel, dependendo do meio de execucdo. Na calunia verbal nao é possivel, pois ou o agente profere a ofensa o crime se consuma, ou no 0 faz e, nesse caso, 0 fato é atipico (crime unissubsistente). Por meio escrito é possivel, quando, por exemplo.: hé 0 extravio da carta ofensiva que nao chega ao destinatario; ou do e-mail ofensivo que chega criptogratado ao destino (crime plurissubsistente).. Aco Penal: em regra, de acdo penal privada. Sera de agao penal publica quando praticado contra o Presidente da Reptiblica ou contra chefe de govermno estrangeiro; ou contra funcionario piblico em razéo de suas fungdes, sendo que no primeiro caso dependera de requisigao do Ministro da Justica e no segundo de representagao do ofendido (artigo 145 do CP). Veja-se a Sumula 714 do STF: “E concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Publico, condicionada & representagao do ofendido, para a acéo penal por crime contra a honra de servidor publico em raz&o do exercicio de suas fungoes”. Artigo 139, caput do CP - Difamacao - Objeto Juridico: a honra objetiva - Objeto Material: a pessoa que tem a sua honra objetiva atacada. - Nucleo do tipo: “difamar’: atribuir a alguém um fato ofensivo a sua reputacao, o qual podera ser falso ou verdadeiro. Exemplo.: “o Vieira veio trabalhar ontem caindo de bébado”. A imputagao de fato definida como contravencao penal pode configurar 0 crime de difamagao, ja que a caltinia refere-se exclusivamente a “crime”. Sujeito Ativo: qualquer pessoa. Sujeito Passivo: qualquer pessoa, fisica ou juridica Elemento Subjetivo: Dolo, direto ou eventual (animus diffamandi). Se o agente agiu com animus jocandi nao haverd crime. Nao se admite a forma culposa. Pagina 15 de 23, Artigo 139, parégrafo unico — Excegao da verdade - SO existe em uma unica ipotese: se 0 ofendido ¢ funcionario pubblico e o fato se relaciona com as suas fungGes. Se tiver relagdo com a vida privada do funcionrio nao 6 admissivel - Funciona como uma causa especffica de exclusao da ilicitude, uma vez que a falsidade nao integra o tipo penal. Fundamenta-se no interesse publico (liscalizar a administragao publica). - Se provado, 0 funcionario piblico poder responder criminalmente (no caso de contravengao) e administrativamente. Artigo 140, caput do CP — Injuria - Objeto Juridico: a honra subjetiva - Objeto Material: a pessoa cuja honra subjetiva é atacada. Nucleo do tipo: ofender (xingar, insultar ou falar mal), atacando a honra subjetiva da vitima, a qual se divide em “honra-dignidade” (atributos morais) e “*honra-decoro! (atributos fisicos e intelectuais). Atribuigao de uma qualidade negativa, prescindindo-se da atribuig&io de fato determinado. Ex.: chamar uma mulher de “vadia" (honra dignidade); um homem de “ladréo" (honra dignidade); um obeso de “baleia” (honra decoro); chamar alguém de “burro” (honra decoro). Sujeito Ativo: qualquer pessoa - Sujeito Passivo: s6 a pessoa fisica. A pessoa juridica ndo pode figurar como sujeito passivo desse crime, pois nao tem sentimento proprio sobre seus atributos; nao possui honra subjetiva, mas somente honra objetiva. Elemento Subjetivo: Dolo, direto ou eventual (animus injuriand). Se o agente agir apenas com animus jocandi, nao havera o crime. Nao se admite a forma culposa - Consumagdo: quando a ‘prépria vitima” toma conhecimento da ofensa, pois atinge a honra subjetiva desta. Pouco importa se tenha sido proferida na sua presenga (injdria imediata) ou chegue ao seu conhecimento através de terceira pessoa (injiria mediata) - Tentativa: admite-se dependendo do meio para execucao, por exemplo, quando a injoria 6 praticada através de uma carta extraviada ou pela colocagao de simbolos ou desenhos ofensivos a frente da casa do ofendido, os quais so retirados por um terceiro antes que aquele os veja. Quando for injiria verbal, em regra nao se admite, contudo na chamada injaria indireta ¢ possivel. Pagina 16 de 23 Artigo 140, §3°, do CP — Injuria Qualiticada E a injuria “iscriminatéria” ou *preconceituosa’, dirigida a pessoa (s) determinada (s) em razao de: ~ raga; cor; - origem; - condigéo de idoso ou portador de deficiéncia fisica. Exemplo.: “mineiro nao presta” (dirigida diretamente uma pessoa que nasceu em Minas Gerais); ‘judeus sao todos safados' (dirigida diretamente a um judeu); “seu velho indi” (dirigida diretamente a um idoso). Pagina 17 de 23, DAS RESPONSABILIDADES DO EXAMINADOR NO EXERCICIO DA FUNCAO Direito administrativo v E © conjunto harménico de principios juridicos que regem a atividade administrativa, as entidades, os érgéos e os agentes publicos tendentes a realizar concreta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. ¥ Administragdo publica indireta ¢ composta pelas entidades de direito publico e de direito privado prestadores de servicos publicos ou exploradoras de atividade econémica de interesse do Estado. Entidades so conceituadas pela lei n® 9784/99. S40 elas autarquia (decreto lei 200/67), fundacao, empresas piblicas, sociedade de economia mista, agéncias reguladoras, associagdes pibblicas (lei 11.107/05) AUTARQUIA E a entidade integrante da Administragao Publica Indireta, criada pelo proprio governo por uma lei especifica, para exercer uma funcao tipica, exclusiva do Estado. Exemplo.: DETRAN (alguns estados) também INSS e IBAMA. Seu patriménio é proprio, pertence a entidade e no ao governo. Podem ser Federais, Estaduais ou Municipais. Admitem o regime juridico Celetista ou Estatutario. ATOS ADMINISTRATIVOS E toda manifestagao da vontade da administragao publica que, no exercicio de sua fungao administra, agindo concretamente, tem por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, com vista a realizacao de sua finalidade piiblica. Pagina 18 de 23, Classificam-se em: Vinculados = a lei estabelece que perante certas condigées, a administragao deve agir de tal forma, sem liberdade de escolha. Discricionarios = Ha uma margem de liberdade do administrador para preencher 0 contetido do ato. Exemplo. Autorizagao. Atributos do Ato Administrativo Presungao da legitimidade: Todo ato administrative presume-se legitimo, isto é verdadeiro e conforme o direito. Esta presungao é relativa (juris tantum) — (cabe ao particular provar as irregularidades) A hiperatividade - 6 a qualidade pela qual os atos dispéem de forga executéria e se impoem aos particulares, independentemente de sua concordancia. A autoexecutoriedade: E 0 atributo do ato administrative pelo qual Poder Publico pode obrigar o administrado a cumpri-lo, independentemente de ordem judicial. Exigibilidade: Consiste na possibilidade de a Administragdo impor atos a terceiros utiiizando-se de meios indiretos de coergao (exemplo multas).. Pagina 19 de 23 LEI 4.898 DE 1965 - ABUSO DE AUTORIDADE ‘Abuso consiste no uso excessivo, injusto, inadequado ou impréprio de algo ou de alguém. A autoridade, por sua vez, 6 0 poder, a potestade e a faculdade de quem govema ou que exerce 0 comando. Podemos dizer que 0 abuso de autoridade tem lugar quando um superior ou dirigente se excede no exercicio das suas fungdes perante um subordinado ou dependente. ‘Abuso de auttoridade pode se caracterizar quando uma pessoa com acesso a um cargo ou a uma fungao se aproveita das fungdes que Ihe compete e que Ihe foram confiadas para satisfazer os seus interesses pessoais em vez de cumprir com as suas verdadeiras obrigagdes pz tice eyes ~ Art. 12 O direito de representagao € 0 processo de responsabilidade administrativa civil @ penal, contra as autoridades que, no exercicio de suas fungdes, cometerem abusos, so regulados pela presente lei art. 32. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) a liberdade de locomogao; b) ainviolabilidade do domictlio; ©) ao sigilo da correspondéncia; d) a liberdade de consciéncia e de crenga; 2) a0 livre exercicio do culto religioso; 1) A liberdade de associagao; g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercicio do voto; h) ao direito de reuniao: i) & incolumidade fisica do individuo “Art. 4° Constitui também abuso de autoridade. Pagina 20 de 23 ») submeter pessoa sob sua guarda ou custédia a vexame ou a constrangimento nao autorizado em lei: Nos crimes de abuso de autoridade nao existe culpa, pois nesses crimes sempre haverd a intengao de causar dolo, pois, sempre haverd a intencao de causar a lesdo, de praticar 0 dano. Porém, para que a autoridade culpada possa ser punida, é preciso que a vitima do abuso exerga 0 seu direito de representar por KITA Ee meio de peticao dirigida autoridade superior ——— 2 competente para aplicagaéo da respectiva Z sango, ou ao 6rgao do Ministério Publico que tiver competéncia para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada, seja ela, civil ou militar. Pagina 21 de 23, CONSIDERAGOES FINAIS O examinador de transito, credenciado pelo Departamento Estadual de Transito, em conformidade com as normas do CONTRAN 6 0 responsavel direto pela avaliagao do candidato a obtencao da Permissao para Dirigir, mudanga e inclusdo de categoria de CNH e Autorizacéo para Conduzir Ciclomotor - ACC, através dos exames a que 0 mesmo esta sujeito, competindo ao examinador de transito no exercicio de sua fungao, observar as diretrizes fixadas pela Presidéncia do Departamento de Transito e obedecer fielmente ao Cédigo de Transito Brasileiro. “Nao confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida, 0 outro, a construir uma vida.” ‘Sandra Carey Investir em crescimento pessoal e profissional 6 o custo que garante saldo positive em longo prazo. INVISTA EM VOCE! Autores Narriman de Castro ‘Agnaldo Pedroso Coordenadora Pedagégica Solange Ribeiro Nucleo Pedagégico Flavia Rezende e Romolo Taccheli Pagina 22 de 23 BIBLIOGRAFIA http:/cite.gov.pt/pt/acite/dirdevtrab005.html https://trt-1 0.jusbrasil.com.br/noticias/100607355/conceito-de-assedio-sexual-e-mais- amplo-na-justica-trabalhista https:/www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1 1251/Abuso-de-autoridade-caracterizacao Pagina 23 de 23

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