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Sistemática de
Comércio Exterior
- Importação
(4 créditos – 80 horas)
Autor:
Maisa Helena Pimenta
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO
Este material foi elaborado pelo professor conteudista sob a orientação da equipe
multidisciplinar da UCDB Virtual, com o objetivo de lhe fornecer um subsídio didático que
norteie os conteúdos trabalhados nesta disciplina, que compõem o Projeto Pedagógico do seu
curso.
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Objetivo Geral
Compreender os processos de importação e seus trâmites, considerando as
características, tributação e documentação e visando ao detalhamento dos meios de viabilizar
importações.
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REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 53
EXERCÍCIOS E ATIVIDADES ................................................................................ 55
Avaliação
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Se a Média Semestral for igual ou superior a 4,0 e inferior a 7,0, o aluno ainda
poderá fazer o Exame Final. A média entre a nota do Exame Final e a Média Semestral
deverá ser igual ou superior a 5,0 para considerar o aluno aprovado na disciplina.
Assim, se um aluno tirar 6 na Média Semestral e tiver 5 no Exame Final: MF =
6 + 5 / 2 = 5,5 (Aprovado)
O quadro abaixo visa ajudá-lo a se organizar na realização das atividades. Faça seu
cronograma e tenha um controle de suas atividades:
Atividade 1.1
Ferramenta: Tarefa Online
Atividade 2.1
Ferramenta: Questionário
Atividade 3.1
Ferramenta: Tarefa Online
Atividade 4.1
Ferramenta: Questionário
* Coloque na segunda coluna o prazo em que deve ser enviada a atividade (consulte
o calendário disponível no ambiente virtual de aprendizagem).
** Coloque na terceira coluna o dia em que você enviou a atividade.
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BOAS VINDAS
Prezado acadêmico.
Seja bem-vindo à UCDB Virtual!
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Pré-teste
Antes de iniciarmos os trabalhos da disciplina faremos um pré-teste, cujo objetivo é
estabelecer um diagnóstico do que você conhece sobre os assuntos que aqui serão abordados.
Não se preocupe com o quesito nota, pois este não é o propósito desta atividade, que busca
apenas identificar o que você sabe sobre o tema.
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UNIDADE 1
Fonte: http://migre.me/bhNPB
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Bizelli e Barbosa (2001, p. 18) destacam que:
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No final da década de 80, o que se observou foi uma crescente tendência liberalizante
da política de comércio exterior brasileiro, motivada pela necessidade de adequação dessa
política à configuração que o parque industrial implantado tinha assumido nos últimos anos,
assim como face aos compromissos internacionais assumidos pelo País.
Nesse sentido, parte considerável dos mecanismos restritivos anteriormente
alinhados foi extinta e outras medidas foram tomadas para que as operações de importação
fossem conduzidas com mínimo de intervenção estatal.
De acordo com Bizelli e Barbosa (2001, p. 20),
Nesse sentido, Bizelli e Barbosa (2001, p. 20) destacam que a Política Industrial e de
Comércio Exterior passou a atuar em duas direções, a saber:
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A Medida provisória n. 158, transformada na Lei n. 8.032, de 12/04/90, eliminou as
isenções e reduções aplicáveis ao Imposto de Importação e o Imposto sobre Produtos
Industrializados – IPI. (BIZELLI; BARBOSA, 2001).
Nessa etapa, foram implementadas as medidas que indicam inequivocamente, ao
setor privado, as novas diretrizes de importação adotadas, de forma a orientar as decisões
empresariais. No segundo semestre de 1990, passou a vigorar a nova política de importações
baseada, principalmente, na tarifa aduaneira como único instrumento.
A tarifa aduaneira, com média de 35% (trinta e cinco por cento), e níveis que variavam
entre 0% (zero por cento) a 105% (cento e cinco por cento) era muito elevada. Assim, foi
implementada, a partir de 1991, uma política de importações que definia a estratégia a ser
seguida nos próximos 4 (quatro) anos para atingir, em 1994, níveis tarifários entre 0% (zero
por cento) e 40 % (quarenta por cento), com a tarifa modal em 20%(vinte por cento).
(BIZELLI; BARBOSA, 2001). É importante ressaltar que todos os demais produtos ficariam na
faixa média de 20% (vinte por cento).
Segundo Bizelli e Barbosa (2001, p. 21):
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Quadro 2 – Causas da existência da reimportação
Incapacidade técnica de transformação eficiente;
Pleno emprego dos fatores de produção;
Semitransformação ou transformação demasiado onerosa;
Diferenças no mercado de trabalho (salários, qualificação técnica da mão
de obra, etc.).
Fonte: Adaptado de Ratti (2004, p. 321)
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permanecer sob o controle aduaneiro, incluindo-se também as dependências destinadas ao
depósito de remessas postais internacionais sujeitas ao mesmo controle.
A importação definitiva ocorre quando a mercadoria estrangeira importada é
nacionalizada, independentemente da existência de cobertura cambial, o que significa integrá-
la à massa de riqueza do País com a transferência de propriedade do bem para qualquer
pessoa aqui estabelecida.
As importações não definitivas são aquelas em que, contrariamente às
importações definitivas, não ocorre nacionalização. São os casos, por exemplo, de
mercadorias importadas sob o regime aduaneiro especial de Admissão Temporária que, após
a sua permanência no país, são reexportadas.
Convém notar que essas importações poderão, à opção do importador, se tornar
definitivas, oportunidade na qual deverá ser providenciada toda a documentação pertinente
e pagos os impostos devidos, se for o caso.
Como regra geral, essas importações não se sujeitam ao pagamento de impostos,
exceto no caso de Admissão Temporária como Utilização Econômica do bem no País que
implicará no recolhimento proporcional calculado em razão do tempo de sua permanência e
no prazo de vida útil considerado pela Secretaria da Receita Federal.
A nacionalização é a sequência de atos que transfere a mercadoria estrangeira para
a economia nacional. Nas importações definitivas o documento que comprova a transferência
de propriedade do bem importado é, normalmente, o conhecimento de embarque, enquanto
que nas hipóteses de nacionalização de importações inicialmente ingressadas no País em
caráter não definitivo, outros documentos, tais como a fatura comercial, podem servir para
comprovar a referida transferência.
Despacho para consumo é o conjunto de atos que tem por objeto, satisfeitas todas
as exigências legais, colocar a mercadoria nacionalizada, ou seja, transferida da economia
estrangeira para a economia nacional, à disposição do adquirente estabelecido no país, para
seu uso ou consumo.
Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual se
processa o desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja importada a
título definitivo ou não (Decreto n. 91.030/85, artigo 411).
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1.2 Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)
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1.4 Declaração Simplificada de Importação
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Bens importados por missão diplomática, repartição consular de carreira e de
caráter permanente, representação de organismo internacional de que o Brasil
faça parte ou delegação acreditada junto ao Governo Brasileiro, bem assim por
seus respectivos integrantes, funcionários, peritos ou técnicos;
Órgãos e tecidos humanos para transplante;
Animais de vida doméstica, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial.
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Figura 2 – Comprovante de Importação
Fonte: http://migre.me/bc5jl
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UNIDADE 2
Fonte: http://migre.me/bc4Nt
A alíquota do Imposto de Importação tem por base a Tarifa Externa Comum (TEC) do
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). O Imposto de Importação (II) incide sobre mercadoria
estrangeira, bem como sobre bagagem de viajante e bens enviados como presente ou
amostra, ou a título gratuito. Para fins de incidência do imposto, considera-se estrangeira a
mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao país, salvo se:
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Do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa
localizada no seu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a
atividade pesqueira; e
De mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária,
ainda que descumprido o regime.
2.2 “Ex-Tarifário”
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- quando o bem se apresentar em único corpo e possuir mais de uma função,
detalhar a função principal e as demais funções;
- quando o bem se apresentar em vários corpos, especificar a função do
conjunto, bem assim a função de cada corpo e como tais corpos estão
integrados, observado o disposto no item anterior.
III – Da previsão de importação:
a) Previsão do valor FOB (Free on Board- ver anexo referente aos Inconterms)
unitário do produto em dólares dos Estados Unidos em US$.
b) Quantidade de produtos a serem importadas.
c) Data prevista de embarque a serem importadas.
d) Previsão de chegada em portos brasileiros.
IV – Dos investimentos:
a) Objetivos específicos do projeto, tais como, destinação a exportação,
substituição de importações e melhoria da infraestrutura
b) Investimentos globais vinculados ao pedido em US$.
c) Investimentos em bens importados em US$.
d) Investimentos em bens nacionais em R$.
Fonte: http://migre.me/bWGnC
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A impossibilidade de classificação por insuficiência de informações.
Os pedidos que se enquadrem na situação prevista na letra “b” anterior, poderão ter
suas informações complementadas, observados os prazos previstos pela Câmara de Comércio
Exterior (Camex).
Os pedidos apresentados até 30 de março serão analisados com vistas à publicada em
junho e, os encaminhados até 30 de setembro, serão analisados para inclusão na relação a
ser publicada em dezembro.
A análise dos pedidos será realizada por um comitê a ser instituído no âmbito do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que levará em conta
em sua recomendação final, além da inexistência de produção nacional, entre outros, os
seguintes aspectos:
Compromissos dos Fóruns de Competitividade das Cadeias Produtivas do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
Política para o desenvolvimento da produção do setor a que pertence a
entidade ou empresa solicitante;
Impactos sobre a exportação e substituição competitiva de importações;
Absorção de novas tecnologias; e
Investimento em melhoria de infraestrutura.
Para verificação de inexistência de produção nacional o Comitê poderá:
Acatar atestado de comprovação de inexistência de produção nacional, para o
produto solicitado, emitido por entidade idônea e qualificada para emitir laudos
desta natureza;
Quando considerar necessário para a verificação de existência de produção
nacional, realizar consultas aos fabricantes nacionais de bens de capital,
informática e telecomunicações, ou às suas entidades representativas,
estabelecendo prazo de até 15 (quinze) dias corridos para a resposta e alertando
aos interessados que, na ausência de manifestação, poderá ser considerado
atendido o requisito de inexistência de produção nacional;
Recorrer a mecanismo de consulta pública com vistas a reunir subsídios para
o exame de inexistência de produção nacional;
Solicitar a apresentação de Laudo Técnico ao Instituto de Pesquisa
Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A (IPT), na hipótese de divergência quanto
à existência de produção nacional.
O comitê encaminhará à Secretaria Executiva da Camex, até o último dia útil dos
meses de maio e de novembro, as recomendações para a concessão de “Ex-Tarifário”,
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acompanhadas de proposta de Resolução Camex. A recomendação será apreciada na primeira
união do Comitê Executivo da Camex, realizada após o seu recebimento pela Secretaria
Executiva.
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2.4 Imposto sobre Produtos Industrializados
Bizelli e Barbosa (2001, p. 123) destacam que “o imposto incide sobre operações com
produtos industrializados, e tem como fato gerador, entre outras hipóteses, o desembaraço
aduaneiro daqueles produtos de procedência estrangeira”.
Os autores ainda complementam que:
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conhecimento de embarque condicionado à apresentação do documento de arrecadação
autenticado, ou ao recolhimento de sua desoneração.
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UNIDADE 3
NOÇÕES CAMBIAIS
No que concerne às importações brasileiras, estas podem ser com ou sem cobertura
cambial. Nesses casos, deve-se entender como cobertura cambial o pagamento ao exterior
do preço da mercadoria, mediante contratação de câmbio. Inversamente, nas operações
conduzidas sem cobertura cambial, não há pagamento da mercadoria ao exterior, ou, se
houver, este é feito em moeda nacional quando autorizado.
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Quadro 4 – Importações sem cobertura
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É admitida a remessa de juros sobre importações financiadas com prazo de
pagamento de até 360 (trezentos e sessenta) dias, livremente pactuadas entre as partes,
observados padrões de razoabilidade aferidos pelas práticas internacionais. As respectivas
operações de câmbio devem ser celebradas na mesma moeda do financiamento, mediante a
apresentação dos seguintes documentos:
Aviso de cobrança ou documento equivalente, em que constem o valor a ser
remetido, a data do início e do término do período de incidência dos juros, a taxa
aplicada, a margem adicional – spread – e o valor base para cálculo;
Cópia do CI relativo à operação objeto do financiamento;
Aviso de desembolso da entidade credora, nos casos de financiamentos
concedidos por instituições do exterior;
Comprovante de pagamento do imposto de renda ou da isenção
expressamente reconhecida pela autoridade competente.
Nas importações financiadas por prazo superior a 360 (trezentos e sessenta) dias para
fins de reembolso do principal e juros deve ser contado a partir da data de quaisquer dos
eventos:
Embarque;
Consolidação de datas dos embarques;
Último embarque;
Equipamento instalado, testado ou pronto para funcionar;
Nacionalização;
Desembolso;
Prestação de serviço; ou
Ingresso de recursos (para os valores destinados à cobertura de custos locais).
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O pagamento das importações brasileiras deve ser processado em estrita consonância
com os dados da operação comercial a que se vinculam indicados na documentação
pertinente, inclusive aquelas informações prestadas na Declaração de Importação (DI),
exclusivamente em banco autorizado a operar em câmbio mediante a celebração do
respectivo contrato de câmbio e podem ser celebradas para liquidação pronta ou futura. O
prazo máximo admitido entre a contratação e a liquidação das operações é de 360(trezentos
e sessenta) dias, limitado à data de vencimento da obrigação no exterior.
As operações liquidáveis em prazo superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, contado
da data de embarque da mercadoria, subordinam-se ao registro declaratório eletrônico,
módulo Registro de Operação Financeira (ROF). Este procedimento se aplica às importações
financiadas, mediante financiamento direto ao importador pelo fornecedor do bem ou por
outro financiador, ou concessão de linhas de crédito a bancos autorizados a operar em
câmbio, sediados no País, para financiamento de importadores com prazos de pagamento
superiores a 360 (trezentos e sessenta) dias.
Verificando-se alteração nas condições do financiamento que implique cobrança de
juros por período superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, a operação fica sujeita ao ROF.
Vale mencionar que o ROF ainda é necessário para:
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Quadro 5 – Classificação das Importações Brasileiras
a) Importações Permitidas
Licenciamento Automático de Importação
- algumas com procedimentos especiais
Licenciamento Não Automático de Importação
- Antes do Despacho Aduaneiro
- Antes do Embarque da Mercadoria no Exterior
b) Importações Não Permitidas
Proibidas por país:
Proibidas por Mercadoria
a) Licenciamento Automático
Como regral geral, as importações brasileiras, estão sujeitas ao Licenciamento de
Importação que deverá ser obtido de forma automática, após a chegada da mercadoria no
País.
As informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal deverão ser
prestadas no Siscomex em conjunto com os dados exigidos para a formulação da Declaração
de Importação, para fins de despacho aduaneiro da mercadoria.
Deve ser observado, entretanto que alguns produtos e/ou operações sujeitam-se
ainda a procedimentos especiais que deverão ser observados até o desembaraço aduaneiro
respectivo. Entre eles destacam-se:
exigências zoo-sanitárias e/ou sanitárias estabelecidas pelo Ministério da
Agricultura e Abastecimento para “Carnes e Miudezas Comestíveis”, “Peixes,
Crustáceos, Moluscos e Outros Invertebrados Aquáticos”, “Leite, Laticínios,
Ovos e Mel Natural” “Outros produtos de Origem Animal”, “Frutas”, “Bebidas”
e Vários Outros Produtos de Origem Animal ou Vegetal;
exigências ecológicas estabelecidas pelo Ibama para Borracha Natural,
Sintética ou Artificial”;
números do registro da empresa e/ou produto junto ao órgão competente para
“Amianto”, “Defensivos Agrícolas”, “Produtos Farmacêuticos”, “Perfumes, e
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outros Produtos de Perfumarias e Cosméticos” e “Produtos Correlatos da Área
Médico-Hospitalar”.
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embarque. As condições gerais de comercialização são sujeitas a cota (tarifária e não tarifária)
e de similaridade, exceto:
bagagem de viajantes;
comercializações realizadas por missões diplomáticas e repartições consulares
de caráter permanente e seus integrantes;
comercializações efetuadas por representações de órgãos internacionais de
caráter permanente de que o Brasil seja membro, e seus funcionários, peritos,
técnicos e consultores, estrangeiros;
remessas postais internacionais, sem valor comercial;
os materiais de reposição e conserto para uso em embarcações ou aeronaves,
estrangeiras;
partes, peças, acessórios, ferramentas e utensílios destinados ao reparo ou
manutenção de aparelho, instrumento ou máquina de procedência estrangeira,
instalados em aeronaves e embarcações.
São ainda condições gerais de comercialização:
- materiais usados;
- importações com redução da alíquota de imposto de importação decorrente de “Ex”-
tarifário;
- sem cobertura cambial de:
CD ROM que contenha obra audiovisual;
amostra sem valor comercial, matérias-primas, insumos e produtos acabados,
em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer sua natureza, espécie
e qualidade, de valor superior a US$ 1000.00;
donativos;
substituição de mercadorias;
arrendamento mercantil (leasing);
arrendamento operacional simples (aluguel) e afretamento;
investimento de capitais estrangeiros;
operações em reais;
admissão temporária de obras audiovisuais;
- importações originárias do Iraque.
Em relação aos produtos que necessitam observar esta regra destacam-se:
- substâncias e produtos capazes de provocar modificações nas funções nervosas
superiores;
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- entorpecentes, psicotrópicos ou substâncias causadoras de dependência física, bem
como produtos destinados à sua síntese;
- produtos destinados à pesquisa clínica humana ou veterinária;
- armas e munições, pólvora, explosivos e semelhantes, agentes químicos de guerra,
lançamento de detecção de minas, bem como quaisquer outros destinados à sua produção
ou com utilização bélica;
- produtos radioativos e compostos de metais das terras raras;
- petróleo bruto, seus derivados ou outros derivados de petróleo;
- soro anti-hemofílico, medicamento com plasma e sangue humano;
- produtos que prejudicam o meio ambiente, como por exemplo, “Clorofluorcarbonos
(CFC) e outros que o contenham”;
- peles e couros de animais silvestres, bem como suas confecções ou peleterias;
- máquinas de franquear correspondência ou de venda de selos postais, bem como
suas partes e peças;
- aeronaves, aparelhos espaciais e suas partes e peças, bem como outros aparelhos
para uso em aeronáutica;
- produtos sujeitos a controle específico de preço ou prazo de pagamento.
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Fonte: http://migre.me/bWGcz
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Os participantes da operação (devedor, fornecedor, financiador, arrendador,
garantidor e assemelhados);
As condições financeiras e o prazo de pagamento, do principal, juros e
encargos;
Dados da manifestação do credor ou do documento em que constem as
condições da operação, além de manifestação do garantidor se houver;
Demais dados requeridos nas telas da transação.
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Valores referentes ao depósito de garantia, nas operações de arrendamento
mercantil externo e de arrendamento simples, aluguel de equipamentos e
afretamento de embarcações;
Outros encargos cuja previsão de pagamento seja anterior ao desembaraço
das mercadorias.
As remessas são processadas pelos titulares do ROF, por meio de bancos autorizados
a operar em câmbio, correspondendo, a cada remessa, fechamento de câmbio distinto,
obedecidas as condições estabelecidas no ROF ou nos seus esquemas de pagamento. As
operações do ROF, pelo FIRCE, restringem-se às condições financeiras e não elimina a
obrigatoriedade do cumprimento dos demais requisitos legais, exigidos para a modalidade da
operação contratada. Constatada irregularidade a qualquer tempo, não elimina
responsabilidade que possam ser apuradas pelo Banco Central e abrange todas as partes
envolvidas na operação.
As operações de financiamento de importação realizadas mediante linhas de crédito
com prazos superiores a 360 (trezentos e sessenta) dias devem ser registradas no ROF pelo
banco titular autorizado, na qualidade de devedor, e dos desembolsos efetuados pelo
banqueiro concedente da linha de crédito serão registrados após o desembaraço alfandegário,
mediante a emissão de esquema de pagamento para cada importador.
Para obtenção do ROF aprovado das operações de arrendamento mercantil, de
arrendamento simples, aluguel de equipamentos e afretamento de embarcações, é
indispensável a indicação do número do LI registrado pela Secex/Decex.
No ROF de importação de bens sem cobertura cambial destinado à integralização de
capital de empresas brasileiras, devem ser informados dados da manifestação do investidor
e da fatura do bem e outros solicitados nas telas da transação, implicando assumir o
compromisso de incorporação do bem ao ativo da empresa e sua manutenção pelo prazo
mínimo de 5 (cinco) anos, permitindo a fiscalização na forma de legislação em vigor. Após o
desembaraço da mercadoria, o interessado deve solicitar o registro do investimento ao Banco
Central.
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(dez mil dólares dos Estados Unidos) ou seu equivalente em outras moedas, mesmo no caso
de pagamento de mais de uma DSI. Estas operações estão dispensadas de vinculação à DSI.
Fonte: http://migre.me/bWGyw
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3.8 Cartões de Crédito Internacionais
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UNIDADE 4
REGISTRO DO IMPORTADOR
Fonte: http://migre.me/bWH5U
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Pessoas Jurídicas (CNPJ), tais como inclusões, baixas etc., serão disponibilizadas ao REI, de
forma a existir um único cadastro para o Siscomex (Importação e Exportação).
Para a obtenção da senha que permite ao usuário – representante legal, empregado
com vínculo empregatício exclusivo ou despachante aduaneiro – o acesso ao Siscomex, faz-
se necessário apenas seu credenciamento junto a Secretaria da Receita Federal (SRF). Para
tanto, será necessária a apresentação dos seguintes documentos:
- Formulário aprovado pela SRF;
- Cartão de credenciamento;
- Atos constitutivos da Empresa ou Entidade (Contrato Social, Estatuto etc.)
devidamente atualizados;
- Cartão do CNPJ, quando for necessário;
-Identificação pessoal do usuário (RG, CPF e Procuração, se for o caso) e
declarações de antecedentes criminais e vínculo trabalhista exclusivo, conforme o
caso.
A pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que não revele
prática de comércio. Poderá ser suspenso pelo prazo máximo de 2 (dois) anos, após sumária
verificação pelo Decex da Secretaria de Comércio Exterior, o registro da empresa, entidade
ou pessoa física que:
Estiver respondendo a processo administrativo por infração às leis e aos
regulamentos aduaneiros, de câmbio, de comércio exterior e de repressão ao
abuso do poder econômico, desde que tal providência seja justificadamente
solicitada à Secex pela autoridade processante à vista da natureza da concorrência
e de sua gravidade;
Praticar atos desabonadores no comércio exterior, que possam prejudicar o
conceito do Brasil no exterior;
Manter estoques com fins especulativos, contrariamente aos interesses da
economia do País;
Realizar ação monopolística ou de outra natureza, prejudicial aos interesses
nacionais, aos bons costumes e à ordem pública;
Não efetuar, nos prazos e condições determinados pelas autoridades
competentes, os recolhimentos que condicionarem a realização de exportação
e/ou importação;
Praticar subfaturamento ou superfaturamento, regularmente apurado,
independentemente da aplicação de outras sanções legais ou regulamentações
cabíveis;
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Estiver respondendo a processo administrativo ou judicial por débito fiscal
referente à Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
relacionados com operações de comércio exterior;
Apresentar informações ou documentos falsos aos órgãos fiscais, cambiais e
de comércio exterior ou que sejam responsáveis pela prática de quaisquer outros
atos irregulares em operações de importação e/ou exportação.
Será cancelado o registro da empresa, entidade ou pessoa física que:
For punida, por decisão administrativa final de acordo com as leis e
regulamentos respectivos, por infração aduaneira, de natureza cambial, de
comércio exterior ou de repressão ao abuso de poder econômico;
Tiver o registro suspenso por duas vezes, qualquer que seja o motivo;
Praticar atos em detrimento da segurança nacional, desde que o cancelamento
seja solicitado pelas autoridades competentes;
Tenha sido punida em decisão administrativa ou judicial por infringência à
legislação fiscal de âmbito estadual relacionada com operações de comércio
exterior.
A suspensão ou cancelamento do Registro de Importado e Exportador serão efetivados
pela Secretaria de Comércio Exterior, através do Decex, intimado previamente o interessado
para defender-se no prazo de 10 (dez) dias contado da data do recebimento da intimação.
4.1 Drawback
Segundo Ratti (2004, p.376), “drawback vem a ser o retorno, no todo ou em parte,
dos direitos cobrados sobre a entrada de produtos estrangeiros no país, os quais são objetos
de reexportação no seu estado original, ou sobre a importação de matéria-prima ou produtos
semimanufaturados que serão utilizados na produção de artigos manufaturados nacionais a
serem exportados”.
Ratti (2004, p. 374) complementa que
“considera-se também, drawback o retorno de taxas e
impostos internos cobrados sobre produtos nacionais
que serão objeto de exportação ou sobre determinadas
matérias-primas que entram em sua composição”.
Fonte: http://migre.me/bIX3O
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Verifica-se, portanto, que a modalidade drawback se torna um facilitador de colocação
de mercadoria no exterior, fomentando assim a produção nacional e colaborando com o
desenvolvimento de diversos setores produtivos do país que deseja se posicionar junto às
grandes exportações.
Ratti (2004, p. 374) destaca que “normalmente, o drawback encontra-se vinculado a
um ato de exportação. Todavia, alguns países efetuam essa devolução inclusive com relação
a matérias-primas ou produtos importados que se destinam a manufatura de certos artigos
para consumo, no mercado interno”. O objetivo dessa política vem a ser liberar a produção
nacional do ônus representado pelos direitos de importação, de modo a permitir que os artigos
de origem nacional possam competir com similares estrangeiros. É verdade que idêntico
resultado poderia ser obtido mediante a instituição de direitos aduaneiros sobre o artigo
importado, o que aliás, constitui um procedimento normalmente utilizado por quase todos os
países, com inconveniente porém, de implicar maior ônus para o consumidor nacional, uma
vez que acarreta aumento de preços, tanto em relação ao produto estrangeiro, como em
relação ao similar nacional. De qualquer forma, a aplicação do drawback para produtos
consumidos internamente constitui uma exceção, não devendo, portanto, ser objeto de maior
atenção.
Ratti (2004, p. 375) destaca que “a aplicação do drawback implica a necessidade de
um sistema de controle bastante rigoroso por parte das autoridades a fim de se evitar
fraudes”. Esse controle faz com que os interessados em colocar seus produtos no exterior se
sujeitem a inúmeras regras e exigências, restringindo assim que possíveis aproveitadores
fiquem de fora das transações internacionais.
No Quadro 6 Ratti (2004, p. 393) descreve as três modalidades de drawback.
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Restituição: Nesta modalidade há restituição total ou parcial dos
tributos aplicados na importação de mercadoria usada na confecção de
produto exportado, desde que não exista o interesse de se importar
novamente. A devolução, neste caso, é feita em forma de créditos
fiscais, valendo apenas para o Imposto de Importação (II) e Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI).
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Não são amparadas pelo regime de drawback:
Importação de mercadoria utilizada na industrialização de produtos destinados
ao consumo na Zona Franca de Manaus e em áreas de livre comércio;
Exportação contra pagamento em moeda nacional;
Exportação ou importação de mercadoria suspensa ou proibida;
Exportação conduzida em moeda-convênio ou outras não conversíveis, contra
importações cursadas em moeda de livre conversibilidade;
Importação de petróleo e seus derivados.
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre Drawback acesse:
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/operacoes-especiais-imp.
Acesso em: nov. 2018.
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Admissão em ALC – Área de Livre Comércio;
Admissão em DAD – Depósito Aduaneiro de Distribuição;
Admissão em DEA – Depósito Especial Alfandegado;
Admissão Consumo e Admissão Temporária.
II.Mercadoria com Admissão Anterior para:
Nacionalização de Admissão Temporária;
Nacionalização de Entreposto Aduaneiro;
Saída de Eizof – Entreposto Interncional da ZFM;
Saída de Entreposto Industrial;
Nacionalização de DEA – Depósito Aduaneiro Alfandegado;
Nacionalização de DAD – Depósito Aduaneiro de Distribuição;
Internação de ZFM – PI (Produtos Industrializados);
Internação de ZFM – PE (Produtos Estrangeiros);
Internação de ALC – Área de Livre Comércio.
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Mercadoria transportada a granel, cuja descarga se realiza diretamente para
terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou vínculos apropriados;
Mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características
de periculosidade;
Plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente perecíveis
ou suscetíveis a danos causados por agentes exteriores;
Papel para impressão de livros, jornais e periódicos;
Órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou
municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista
e fundações públicas;
Mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre;
Outras situações ou produtos, conforme estabelecido em normas específicas,
ou mediante prévia autorização do chefe da URF de despacho, em casos
justificados.
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Até 90 (noventa) dias da
descarga, se a mercadoria
estiver em recinto
alfandegado;
Deve-se atentar que a inobservância dos prazos fixados para o início do despacho de
importação será considerada como dano ao erário por abandono, resultando na aplicação da
pena de perdimento das mercadorias, situação que comporta graves implicações de ordem
cambial caso o importador já tenha tomado providências quanto ao pagamento do bem
importado, inclusive no que diz respeito a operações garantidas com Carta de Crédito.
Na mesma situação de abandono, e com as mesmas implicações, encontrar-se-ão
mercadorias importadas cujo despacho aduaneiro seja interrompido, por mais de 60
(sessenta) dias, por ação ou omissão do importador ou seu representante, aqui consideradas,
entre outras ocorrências, a não apresentação de documentos exigidos pela repartição,
indispensáveis ao prosseguimento do despacho e a ausência ao ato de verificação da
mercadoria objeto do despacho.
O importador, antes de aplicada a pena de perdimento, poderá iniciar ou retomar o
respectivo despacho aduaneiro, mediante o cumprimento das formalidades exigidas e o
pagamento dos tributos incidentes na importação, acrescidos dos juros e da multa de mora,
e das despesas decorrentes da permanência da mercadoria no recinto alfandegado. A pena
de perdimento, aplicada por decurso de prazo, poderá ser convertida, a requerimento do
importador, em multa, antes de ocorrida a destinação.
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4.2.3 Pessoas Habilitadas
Segundo Bizelli e Barbosa (2001, p.138) “o interessado – pessoa física ou jurídica, ou
entidade que tenha interesse direto na operação de importação – exercerá as atividades,
relacionadas com o despacho aduaneiro de bens”, pessoalmente ou das formas apresentadas
no quadro 7:
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REFERÊNCIAS
BIZELLI, João dos Santos; BARBOSA, Ricardo. Noções Básicas de Importação. 8. ed. São
Paulo: Aduaneiras, 2001.
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______. Portaria SECEX n. 1, de13 de janeiro de 1998. DOU de 14/1/98.
RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 10 ed. São Paulo: Aduaneiras, 2004.
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EXERCÍCIOS E ATIVIDADES
EXERCÍCIO 1
ATIVIDADE 1.1
Acesse o link abaixo e cite quais são os itens obrigatórios no preenchimento de uma Declaração
de Importação.
http://www.receita.fazenda.gov.br/manuaisweb/importacao/default.htm
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ATIVIDADE 2.1
ATIVIDADE 3.1
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concede benefícios fiscais na importação, com observância dos termos, limites e condições
estabelecidos no Regulamento.
1. Quais os principais parâmetros que devem ser observados para que se considere similar ao
estrangeiro o produto nacional?
Obs.: Para responder esta questão, leia o texto na íntegra, acessando o link:
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/68_exame_de_similaridade/menu/79
EXERCÍCIO 2
ATIVIDADE 4.1
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