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Trabalho de Mic
Trabalho de Mic
CURSO: DIREITO
CURSO: DIREITO
OBJECTIVOS
GERAL
- Compreender a Investigação-Ação
ESPECÍFICOS
Replanificação.
Para Kuhne e Quigley (1997) apresentado por Almeida (2005), as fases da Investigação-
acção assumem a configuração apresentada na figura seguinte:
Da comparação da Investigação-acção com as metodologias quantitativas, torna-se claro
que a Investigação-acção sugere uma intervenção que pode ser benéfica quer para a
organização quer para o investigador e para a comunidade.
ORIGENS DA INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
A origem da Investigação – Ação é um tanto confusa, e é muito pouco “provável que
algum dia venhamos a saber quando ou onde teve origem este método, simplesmente
porque as pessoas sempre investigaram a própria prática com a finalidade de melhorá-
la” (TRIPP, 2005, p. 445), ainda que, muitos autores atribuam a criação do processo a
Kurt Lewin. Perante esta afirmação, apresentaremos a origem percorrendo diversos
autores que aprofundaram a temática.
Segundo Barbier (1985, p.38), a investigação-ação tem a sua “origem como pesquisa
psicológica de campo, e tem como objetivo uma mudança de ordem psicossocial”, pois
a meta desta pesquisa, é a transformação radical da realidade social e a melhoria de vida
das pessoas envolvidas. Ainda, segundo o mesmo autor, Costuma-se geralmente
sustentar que a pesquisa-ação teve origem com Kurt Lewin, psicólogo de origem alemã,
naturalizado americano, durante a provação da Segunda Guerra Mundial. Alguns
pensam, entretanto, que John Dewey e o movimento da Escola Nova, após a Primeira
Guerra Mundial, constituíram um primeiro tipo de pesquisa-ação pelo ideal
democrático, pelo pragmatismo e pela insistência no hábito do conhecimento científico
tanto nos educadores como nos educandos (...) a pesquisa-Ação tem fortes raízes na
Psicologia Social, posteriormente se abrindo para a pesquisa da vida social ampliando
de forma crescente a participação das populações envolvidas, e de certa forma
promovendo uma ruptura com os paradigmas clássicos da pesquisa em Ciências
Humanas.
A INVESTIGAÇÃO PARA A ACÇÃO E INTERVENÇÃO EDUCATIVA
O contributo da Investigação-acção na prática educativa pode e deve levar a uma
participação mais activa do professor, como agente de mudança. Segundo Benavente et
al (1990), “os processos de mudança são problemática nuclear da Investigação-acção”.
Ao utilizar-se esta metodologia o que se pretende é a mudança na forma e na dinâmica
da intervenção educativa que realizamos no dia-a-dia no palco da nossa acção – a
escola. É aquilo que Perrenoud (1989) apresentado por Benavente et al (1990) designa
por “Sociologia da Intervenção”. Esta intervenção capaz de produzir mudança só é
possível quando nos implicamos todos (comunidade educativa) num mesmo dinamismo
de acção e intervenção.
TÉCNICA DA INVESTIGAÇÃO–AÇÃO
- IA técnica: também conhecido como IA empírica ou positivista, tem como principal
objectivo a eficiência e a eficácia da prática social, o que significa que é
fundamentalmente direccionada para o produto final e não para o processo. O objectivo
é manipular variáveis, de modo a que o comportamento possa ser controlado e
manipulado através de uma perspectiva de causa e efeito (McNiff & Whitehead, 2002).
Para alcançar esse objectivo, uma ampla variedade de técnicas são utilizadas pelo
investigador (i.e., externo), tais como técnicas de dinâmica de grupo e de
automonitorização.
PRÁTICA DA INVESTIGAÇÃO–AÇÃO
- IA Prática: neste tipo de IA, também conhecida como interpretativa, o investigador
coopera com o prático, a fim de identificar potenciais problemas, planear uma acção
estratégica de mudança, monitorizar os efeitos dessa mudança e reflectir sobre os
resultados causados por essa mudança. Neste tipo de IA, o investigador centrase na
questão de “como fazer” (Elliott, 1991), incentivando os participantes a acompanhar a
sua própria prática, a fim de melhorar a sua própria apreciação sobre ela.
Tal como referido por Grundy (1988, p.357), “a IA prática visa melhorar a prática,
através da aplicação da sabedoria pessoal dos participantes”. Segundo Carr e Kemmis
(1986, p.203), a IA prática distingue-se da técnica “porque considera os critérios pelos
EMANCIPATÓRIA DA INVESTIGAÇÃO–AÇÃO
- IA Emancipatória: também conhecida como IA crítica, é a forma de IA que melhor
representa os valores de uma Ciência Educacional Crítica, uma vez que o prático
assume um papel proactivo no processo de melhoria da prática social, do conhecimento
e das situações. Para alcançar essa melhoria, o prático baseia a sua acção num processo
de auto-reflexão crítica, assumindo responsabilidade pela sua própria emancipação na
sua acção prática, no sentido de promover a mudança.
Simões (1990, p.43) refere que o resultado da investigação “terá sempre um triplo
objetivo: produzir conhecimento, modificar a realidade e transformar os actores”. As
características da flexibilidade e adaptabilidade permitem que as mudanças aconteçam
durante a sua aplicação e encoraja a experimentação e inovação.
Latorre (2003, apud Kemmis e McTaggart, p.27) reforça a ideia anterior ao afirmar que
“a melhoria da prática, a compreensão da prática e a melhoria da situação onde tem
lugar a prática”. Apesar destas características positivas a I.A encontra muitas
dificuldades e limitações para desenvolver suas ações e ganhar projeção como uma
metodologia científica eficaz. É o que veremos no próximo tópico.
CONCLUSÃO
Com tudo conclui se que a Investigação-acção deve estar definida por um plano de
investigação e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de métodos e
regras. São as chamadas fases neste processo metodológico. As principais fases desta
metodologia resumem em fase de planificação, de acção e de reflexão. A Investigação-
acção exerce um forte contributo na prática educativa. os processos de mudança são
problemática nuclear da Investigação-acção. Ao utilizar-se esta metodologia o que se
pretende é a mudança na forma e na dinâmica da intervenção educativa que se realiza
no dia-a-dia na escola.
BIBLIOGRAFIA
MANUAL DO ISCED