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Docente: Professor Elson Rabelo

Discente: Jeová da Rocha Santos

Por que a relação entre cultura brasileira e identidade nacional diz respeito ao Estado?

A princípio o que forma uma nação é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo


grupo étnico, que falam o mesmo idioma e têm os mesmos costumes, e assim formando um
povo. E, acrescentando que, uma nação se mantém unida pelos hábitos, tradições, religião,
língua e consciência nacional e que os elementos território, língua, religião, costumes e
tradição somente, não constituem o caráter de uma nação. O viver coletivo se forma quando
a população se sente fazendo parte de um organismo ou de um agrupamento, diferente de
qualquer outro, com vida própria e interesses especiais e necessidades.
A relação entre cultura brasileira e identidade nacional diz respeito ao Estado quando
este resolve construir uma identidade “autenticamente” brasileira se apropriando da culturas
e tradições populares. O problema dessa apropriação é a criação de estereótipos, ou seja,
generalizando determinados costumes, sem levar em conta as características das diversas
etnias. A cultura popular não é indissolúvel, não é uma unidade, ela se divide de acordo com
as diversas camadas da sociedade.
Assim como acontece com a educação, o estado quer submeter a cultura popular ao
seu domínio sem levar em conta as diferenças existentes de um grupo para outro. Nesse
sentido o Estado se apropria dessa construção de identidade cultural com objetivo de ela sirva
as elitistas da sociedade. “No Estado de Segurança Nacional, não apenas o poder conferido
pela cultura não é reprimido, é desenvolvido e plenamente utilizado. A única condição é que
esse poder seja submisso ao Poder Nacional, com vista à Segurança Nacional”.
Estado manipula a memória nacional num quadro de racionalização social. Há,
portanto, a necessidade de o Estado se sobrepor, havendo uma divisão entre
interação e realidade. Segundo Ortiz, a memória nacional e a identidade brasileira são
construções simbólicas que dissolvem a heterogeneidade das culturas populares na
homogeneização da narrativa ideológica. Nesse sentido, o Estado é a totalidade que
domina e organiza a realidade concreta, impondo os contornos da identidade nacional.
Para que haja uma verdadeira identidade cultural é preciso que o Estado
valorize todas as camadas sociais sem fazer distinção de poder aquisitivo, religião,
gênero, respeitando as particularidades de cada grupo social.

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