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ESCOLA SECUNDÁRIA DE CACILHAS-TEJO

FICHA DE TRABALHO 9
TGPSI - S. O. Módulo 3 - Sistema Operativo Servidor

 Construção de uma Infra-estrutura de Rede


 Protocolo TCP/IP
- Conceitos Básicos sobre o Protocolo TCP/IP
- DNS – Domain Name System

Recomendo uma leitura atenta e cuidada desta ficha

CONSTRUÇÃO DE UMA INFRA-ESTRUTURA DE REDE

A partir do Windows Server 2003, pode ser criada uma infra-estrutura lógica completa que garantirá a as

ligações numa rede local e em redes remotas, de forma estável, com fácil gestão e alta performance.

Vamos agora aprender a implementar alguns recursos nativos relacionados ao protocolo TCP/IP.

Protocolo TCP/IP

Entender os conceitos fundamentais do protocolo TCP/IP pode ser a diferença entre um profissional que

sabe o que está a fazer e o que “pensa que sabe”. O TCP/IP é, sem dúvida, uma das grandes invenções

do homem moderno, e graças a ele surgiram redes como a Internet e todo o potencial em

telecomunicações nas últimas duas décadas.

Após entendermos como o protocolo funciona, aprenderá a implementar a infra-estrutura necessária para

que este protocolo seja operacionalizado de forma simples e com um mínimo de manutenção.

Conceitos Básicos sobre o Protocolo TCP/IP

Mais do que um protocolo, o TCP/IP é uma plataforma que surgiu com os trabalhos do DARPA (Defense

Advanced Research Projects Agency) nos Estados Unidos, na década de 70. As redes ARPANET (de

pesquisa) e MILNET (militar) foram as primeiras a utilizar o protocolo, implementado num sistema

operativo desenvolvido pela Universidade da Califórnia (Berkeley), com o objetivo de interligar redes de

diferentes padrões.

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É formado por quatro camadas principais, cada uma com a sua função, e protocolos bem definidos, que

interagem entre si e resultam numa forma de comunicação estruturada e confiável. O conceito do Modelo

OSI, criado pela organização ISO (organização que padroniza muitas coisas, muito conhecida pelas

famosas certificações ISO 9000), é parecido, mas foi criado após o TCP/IP. Percebe-se que esse conceito

de pilha, ou seja, uma comunicação baseada em camadas, foi o caminho natural definido a partir das

necessidades de comunicação da época.

O termo TCP/IP vem dos nomes dos protocolos mais utilizados dessa pilha, o IP (Internet Protocol) e o

TCP (Transmission Control Protocol). Os vários protocolos definidos são distribuídos entre quatro

camadas com funções bem definidas.

 Interface de rede (camada inferior): a função destes protocolos é utilizar e gerir o meio físico que

liga os computadores na rede, fazendo com que os bytes enviados por um computador cheguem a

outro computador diretamente, desde que haja uma ligação direta entre eles. Como por exemplo o

Ethernet, PPP (usado em ligações dial-up). Utilizam endereços físicos, também chamados de MAC

Address, de 6 bytes e únicos para cada interface.

 Internet: esta camada é representada pelo protocolo Internet Protocol (IP), responsável pela

comunicação de computadores em redes distintas, ou seja, sem uma ligação direta entre eles. O

termo Internet vem justamente de Inter+Net, ou “entre redes”. Suporta o encaminhamento (router),

ou seja, caminhar por diferentes redes até chegar à rede de destino.

 Transporte: conforme o nível da camada sobe e as camadas inferiores garantem a comunicação,

a “inteligência” nesta comunicação evolui. O protocolo de transporte define a infra-estrutura de

comunicação entre duas aplicações quaisquer. Por exemplo, se estiver a utilizar um browser para

aceder a uma loja virtual, a sua aplicação (browser) deve comunicar com a aplicação no servidor

(Web Server). Os protocolos de transporte (UDP e TCP) atribuem a cada aplicação um número de

porta, que é anexado a cada pacote, de modo a que o TCP/IP saiba a que programa entregar cada

mensagem recebida pela rede.

A comunicação baseada no protocolo TCP é controlada, ou seja, é orientada a uma ligação (uma

espécie de canal definido de comunicação entre a estação e o servidor). As mensagens são

partidas em diversos pacotes e recriadas no destino.

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Já o protocolo UDP trabalha com datagramas (pacotes de mesmo tamanho) e é mais rápido, mas

não é orientado à ligação e não garante a entrega dos pacotes. O tratamento de erro, neste caso, é

realizado normalmente pela camada superior, a da aplicação.

 Aplicação (camada superior): na camada de aplicação são implementadas as soluções

específicas, utilizando a infra-estrutura de comunicação criada pelas camadas inferiores. Por

exemplo, para a troca de mensagens (e-mails), foi definido um protocolo chamado SMTP (Simple

Mail Transfer Protocol) que nada mais é, do que uma série de comandos padronizados com um

objetivo bem definido (trocar mensagens).

Neste caso, a porta padrão utilizada é a 25, via protocolo TCP. Da mesma forma, existe um

protocolo com a função de comunicar um servidor web e um browser (HTTP), outro com função de

troca de ficheiros (FTP) e assim por diante. O TCP/IP define 65535 portas de comunicação e

atualmente milhares de protocolos de aplicação estão definidos e implementados na Internet.

Um protocolo importante nas camadas inferiores é o ARP (Address Resolution Protocol), que tem a função

de mapear os endereços TCP/IP aos endereços Ethernet (para o endereço Ethernet é utilizado o MAC

Address – um número único atribuído a cada placa de rede fabricada). Cada computador armazena na

cache local esse mapeamento. No Windows, digitando ARP -a (podem experimentar) na linha de

comandos, visualiza-se a cache local de mapeamentos no computador. Num computador que aceda a

muitos computadores diferentes, essa lista tende a crescer.

Endereçamento e Encaminhamento

Numa rede TCP/IP, é definido que cada host (elemento de rede) deve possuir um endereço formado por 4

octetos (4 bytes), escritos na forma w.x.y.z. Cada octeto pode ter valores entre 0 (00000000 em binário) e

255 (11111111 em binário).

Exemplos: 200.200.100.100, 192.168.1.2, 130.100.1.1

A versão de 6 octetos (Ipv6) está no início de sua adopção pelo mercado e o Windows Server 2003 já

suporta nativamente esta nova versão, que tende a consolidar-se nos próximos anos.

Além deste endereço, cada computador possui uma máscara de rede (network mask ou subnet mask),

que é um número do mesmo tipo, com a função de definir os limites da sub-rede da qual o computador faz

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parte. Ele deve começar por uma sequência contínua de bits de 1, seguida por uma sequência contínua de

bits de zeros. Ou seja, a máscara de rede pode ser um número como

11111111.11111111.11111111.00000000 (255.255.255.0), mas nunca um número como

11111111.11111111.00001111.00000000 (255.255.15.0).

A máscara de rede serve para definir, a partir do endereço IP, um endereço de rede e um endereço de

host. Todos os hosts numa mesma sub-rede devem ter o mesmo endereço de rede, e cada um deve ter

um endereço de host diferente. Considerando o endereço IP como um todo, cada computador numa rede

TCP/IP (inclusive em toda a Internet) possui um endereço IP único e exclusivo.

Exemplo de endereços na mesma rede:

192.168.1.1/255.255.255.0

192.168.1.2/255.255.255.0

……

192.168.1.254/255.255.255.0

O endereço de rede é definido a partir de uma operação boolena (AND) entre o endereço IP e a máscara

de sub-rede. Ou seja, no exemplo anterior, o endereço de rede é o 192.168.1.0 e essa rede é vista

tipicamente por 192.168.1.0/24, em que 24 significa o número de bits 1 na máscara de sub-rede

(lembrando que 255 significa 8 bits 1, portanto 255.255.255.0 possui 24 bits 1).

A InterNIC controla todos os endereços IP em uso ou livres na Internet, para evitar duplicações, reserva

certas faixas de endereços chamadas de endereços privativos para serem usadas em redes que não se

vão ligar diretamente à Internet.

Foram padronizadas classes de Ips, de acordo com o modo de endereçamento, conforme apresentado a

seguir:

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De acordo com a tabela anterior, as faixas de endereços Ips foram definidas conforme apresentado a

seguir:

Ao receber um pacote, o protocolo IP parte o endereço de destino utilizando a máscara de rede do

computador e compara o endereço de rede do destino com o endereço de rede dele. Se forem iguais, isto

significa que a mensagem será enviada para um outro computador na mesma rede local, então o pacote é

repassado para o protocolo de enlace apropriado (em geral, o Ethernet que atua no meio de

comunicação).

Se os endereços forem diferentes, o IP envia o pacote para o default gateway, que é nada mais do que o

equipamento que fornece a ligação da rede local com outras redes (“porta” de saída da rede). Esse

equipamento pode ser um router dedicado ou pode ser um servidor com múltiplas placas de rede, que se

encarrega de encaminhar o pacote para a rede em que está o endereço IP do destino.

É importante que o endereço IP do default gateway esteja na mesma sub-rede da máquina a configurar;

caso contrário, ela não poderá enviar pacotes para o default gateway e assim, só poderá comunicar com

outros hosts na mesma sub-rede.

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Nesta figura a máscara de subnet utilizada é a 255.255.255.0 (ou

11111111.11111111.11111111.00000000). Fazendo uma operação booleana (AND) entre o endereço IP e

a máscara, o resultado é 192.168.1.0 (endereço de rede).

Quando a origem e o destino possuem o mesmo endereço de rede, fica definido que o host de destino

está na mesma rede (ou mesmo barramento) e a comunicação ocorre. Se o endereço de rede for diferente

(por exemplo, a rede de origem 192.168.1.0 e a rede de destino 192.168.2.0, o default gateway registado é

procurado para que a comunicação seja efetuada por esse mecanismo de encaminhamento (router)).

Pergunta:

Qual deve ser o endereço do default gateway configurado na estação de IP 192.168.2.2?

Pense!

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.

Observe outra a vez a imagem acima……

Pense mais um bocadinho….

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Se respondeu 192.168.2.254, acertou! Esse deve ser o endereço registado como default gateway (ou

gateway padrão) nesse computador, pois ao tentar estabelecer uma comunicação com algum computador

da rede A, será necessário esse gateway.

A comunicação nas redes locais e na Internet, baseada no protocolo TCP/IP, atua desta forma. Ao aceder

a uma página na web, o computador envia pacotes com destino a esse host. O pacote transita então por

diversos routers até que o destino é alcançado. Cada interface do router fica responsável por uma rota

existente. O router tem como função definir para que interface o pacote será encaminhado.

É mais ou menos como um separador de cartas nos correios, que define que carrinha levará cada carta de

acordo com a cidade de destino.

Portas de Comunicação

O importante de tudo isto, é que o protocolo TCP/IP permite que muitas aplicações sejam implementadas

através de serviços que utilizam portas.

As portas são canais de comunicação que variam de 1 a 65535 para um endereço IP.

Alguns serviços são mais conhecidos: DNS (porta TCP/UDP 53), SMTP (porta TCP 25), Telnet (TCP 23),

HTTP (porta TCP 80) e outros.

Uma vez que dois computadores estejam ligados, a ligação ao nível da aplicação ocorre utilizando portas

predefinidas no lado servidor e portas variáveis no lado cliente.

1. Ligue-se à Internet e utilize os seguintes comandos na linha de comandos.

2. TRACERT 200.200.200.2 (ou qualquer outro IP válido na Internet, faça vários testes). Este

comando mostra os IP’s utilizados até ao endereço de destino.

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3. NETSTAT -a . Este comando lista as portas em uso ou disponíveis no seu computador.

4. PING 200.200.200.2 (ou qualquer outro IP válido na Internet, faça vários testes). Este comando

envia pacotes de 32 bytes para o endereço de destino e aguarda um retorno (reply).

Links Relacionados

http://pclt.cis.yale.edu/pclt/COMM/TCPIP.HTM

Artigo sobre TCP/IP da Universidade de Yale, em inglês.

http://www.cisco.com/warp/public/535/4.html

Artigo da Cisco Systems sobre TCP/IP, em inglês.

http://www.microsoft.com/technet/itsolutions/network/maintain/security/ipvers6.asp

Introdução ao Ipv6, no site da Microsoft, em inglês.

DNS – Domain Name System

Já entendemos como a comunicação ocorre ao nível dos endereços Ips. Se a tecnologia parasse por aí,

teríamos que colocar no nosso cartão de visitas: “Aceda ao nosso site http://200.200.200.200”. Ou então:

“O meu e-mail é joao@200.200.200.200”. Que lhe parece?

Para que tudo ficasse mais amigável na Internet e mesmo em Intranets, foi criado um sistema de

nomeação baseado em domínios, o qual foi chamado de DNS (Domain Name System).

No DNS, diversos servidores mantêm uma base de dados distribuída com esse mapeamento de nomes

lógicos para endereços IP que funciona de forma hierárquica.

Veja por exemplo um endereço típico de Internet, como www.empresax.com.pt: inicialmente, separamos o

primeiro nome (até ao primeiro ponto), www, que é o nome de um computador ou host, e o resto do

endereço, empresax.com.pt, que é o nome da organização ou do domínio.

O domínio empresax.com.pt possui o seu servidor DNS, que contém os nomes dos computadores (e

endereços IP correspondentes) sob a sua autoridade. Ele “sabe” o endereço IP do servidor DNS do

domínio que está acima dele, no caso o domínio .com.pt.

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Já o servidor DNS do domínio com.pt também “sabe” os endereços IP de todos os servidores dos

domínios a ele subordinados (todos os domínios que terminam com .com.pt) e o endereço IP do servidor

acima dele (domínio pt que engloba Portugal). Da mesma forma, o servidor DNS do domínio pt “sabe” os

endereços de todos os servidores dos domínios a ele subordinados e o endereço do servidor DNS do

InterNIC, que é o servidor DNS raiz de toda a Internet (que “sabe” todos os endereços da Internet).

Quando alguém regista um domínio na Internet, precisa informar o endereço de dois servidores DNS

responsáveis por esse domínio (um primário e um secundário ou redundante). Nesse servidor fica

armazenado todo o mapeamento de nomes a endereços Ips para esse domínio.

Ao aceder a um determinado site, é feita uma consulta aos servidores DNS. Se o servidor consultado

inicialmente souber o endereço IP do nome requisitado, ele informa diretamente o solicitante. Se ele não

souber, faz uma consulta ao servidor imediatamente superior na hierarquia DNS (essa consulta é

chamada recursiva) e assim sucessivamente até que, se for necessário, o servidor raiz seja consultado.

.pt

Os servidores DNS fazem cache das informações, para que numa próxima solicitação ao mesmo

endereço, eles possam entregar diretamente ao solicitante o endereço IP. Pode parecer “muito trabalho”

só para obter um endereço IP, mas o processo como um todo é rápido (quem navega na web apercebe-se

disso), e ele possibilita que milhares de organizações integrem as suas redes a um custo aceitável e com

grande autonomia. Quando acrescenta uma máquina ao seu domínio, não precisa comunicar ao InterNIC

e às redes vizinhas; basta registar o novo computador no seu servidor DNS.

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O Windows Server 2003 é dinâmico, ou seja, os registos são criados automaticamente pelo servidor DNS

e quando o endereço IP de um computador é alterado, o servidor DNS é capaz de atualizar o registo

criado para esse host. Isso facilita em muito a gestão do DNS, que no caso do Windows NT Server 4.0

ainda era estático, ou seja, todas as atualizações precisavam ser feitas de forma manual.

Implementando o DNS

O Windows Server 2003 possui nativamente um servidor DNS que é de fundamental importância também

no Active Directory, que veremos mais à frente.

Os domínios DNS são implementados a partir da criação de zonas DNS, que podem ser de três tipos:

 Zona primária: uma zona primária possui a cópia principal (mestre) da base de dados (registos) de

um domínio. Possui ainda autoridade sobre a zona, ou seja, as requisições de resolução de nomes

para o domínio relacionados com essa zona são resolvidas sem a necessidade de consultar

nenhum outro servidor;

 Zona secundária: uma zona secundária possui uma cópia da zona primária que existe noutro

servidor DNS. Esta opção ajuda a equilibrar a carga de requisições no servidor e oferece tolerância

a falhas, pois em caso de o servidor primário (aquele que possui a zona primária) falhar, a

resolução pode ocorrer por esse servidor. Ao criar uma zona secundária, o endereço do servidor

primário deve ser indicado;

 Zona de stub: a zona de stub é uma novidade no DNS do Windows Server 2003, em relação a

versões anteriores. Zonas de stub podem ser criadas para a resolução imediata de nomes de um

determinado domínio filho. Neste tipo de zona somente os registos do servidor de nomes (NS), o

início de autoridade (SOA) e hosts (A) necessários são registados. Este recurso é recomendado

quando domínios filhos possuem mais de um servidor DNS com autoridade, pois nestes casos o

servidor DNS “pai” precisaria ter registado todos os servidores DNS com autoridade no domínio

filho. Registando uma zona de stub, a gestão fica mais simples, pois essas atualizações podem ser

feitas automaticamente.

As zonas podem ainda atuar em dois tipos de pesquisa: direta ou inversa. As zonas de pesquisa direta

mapeiam nomes de hosts a endereços Ips, enquanto zonas de pesquisa inversa fazem justamente o

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contrário: mapeiam endereços Ips a nomes de hosts. Este último tipo de pesquisa é interessante quando

se deseja saber qual o nome de um determinado host a partir do seu endereço IP.

As zonas podem ainda ser armazenadas no Active Directory ou não. Para que seja possível o

armazenamento neste formato, o servidor DNS deve ser necessariamente um controlador de domínio, ou

seja, deve ter instalado o Active Directory, conforme abordaremos à frente. Armazenando as zonas no

Active Directory, características como a replicação e o backup são facilitadas, pois passam a ser geridas

pelo próprio serviço de diretórios.

Outra característica importante do servidor DNS do Windows Server 2003 é a capacidade de atualizar

dinamicamente (automaticamente) as informações da zona (registos do domínio) a partir de estações que

suportem a atualização dinâmica de DNS (como o Windows 2000 Professional e o Windows XP

Professional). Este recurso é uma necessidade ao utilizar o servidor DNS como infra-estrutura para o

Active Directory, mas em caso de utilizar o servidor DNS em zonas externas (Internet), o recomendado é

não ativar este recurso, pois podem ocorrer atualizações mal-intencionadas, prejudicando a

disponibilidade e a integridade das informações de um recurso on-line.

Já imaginou se o host www.empresax.com.pt tivesse o endereço IP alterado para um servidor web com

um conteúdo malicioso, ou então um host de um banco fosse alterado para um servidor web com um

conteúdo muito parecido com uma aplicação de home banking, mas que capturasse todos os números de

contas e senhas de utilizadores do banco?

Para transformar o seu Windows Server 2003 num servidor DNS, proceda da seguinte forma:

1. Faça o logon no Windows Server 2003 usando a conta Administrador.

2. Aceda ao Painel de Controlo. Clique no ícone Adicionar ou remover programas.

3. Clique em Adicionar/remover componentes do Windows.

4. Selecione o item Serviços de funcionamento em rede e clique em Detalhes… . Marque apenas o

item Sistema de nomes de domínio (DNS) e clique em OK.

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5. Clique em Seguinte.

6. Se o CD de instalação for solicitado, insira o CD e clique em OK. Após o componente ser instalado,

conclua o assistente. Feche então a janela Adicionar ou remover programas. Se a janela de Setup

do Windows Server 2003 for executada (auto-inicialização do CD), feche-a também.

No nosso caso, como não estamos a usar um cd para instalação e sim a iso do windoows server

2003, temos de adicionar a mesma aos nossos devices na máquina virtual: DevicesOptical

Drives Chose/Create a disk imageAddir buscar a isso. Repetir o processo de instalação do

DNS

Se por acaso acontecer algum erro durante o processo pode tentar repetir ou reiniciar o servidor para o

caso de o servidor DNS não arrancar corretamente.

7. Aceda à ferramenta de gestão do DNS, disponível em Menu Iniciar > Todos os Programas >

Ferramentas Administrativas > DNS.

8. Vamos agora criar uma zona, ou seja, um domínio para a rede que estamos a implementar.

Expanda o servidor e selecione Zonas de pesquisa directa, clicando em seguida com o botão

direito do rato no item e selecionando Nova zona... .

9. O Assistente é iniciado. Clique em Seguinte.

10. Irá criar uma zona primária padrão, pois a zona secundária é criada sempre como uma

redundância da primária. Mantenha selecionada a opção Zona primária e clique em Seguinte.

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11. Digite o nome do domínio que vai criar. A nossa rede terá o domínio chamado so.pt. Digite então

so.pt e clique novamente em Seguinte.

12. Será criado um ficheiro com extensão DNS para armazenar os nomes deste domínio. Clique em

Seguinte para utilizar o nome padrão.

13. Certifique-se de que a opção Não permitir atualizações dinâmicas esteja selecionada e clique em

Seguinte.

14. Finalmente, clique em Concluir e pronto, o domínio so.pt já existe e pode ser utilizado na sua rede

local.
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15. Agora selecione (na área esquerda da ferramenta) o domínio criado e clique com o botão direito do

rato. Será exibido um menu com várias opções. Selecione Novo anfitrião (A)... .

16. No campo Nome digite www e no campo Endereço IP digite o IP do servidor (192.168.0.1,

conforme figura). Clique em Adicionar anfitrião.

17. Clique em OK na janela de confirmação do anfitrião (host) criado e em seguida no botão Concluído.

Agora vamos configurar a interface de rede para fazer consultas localmente no servidor.

18. Aceda a Menu Iniciar > Painel de Controlo > Ligações de rede.

19. Clique com o botão direito do rato no item Ligação local e seleccione Propriedades.

20. (Caso não esteja) Active a opção Mostrar ícone na área de notificação quando ligado.

21. Selecione o Protocolo TCP/IP e clique em Propriedades.

22. Digite no campo Servidor DNS preferencial o IP do servidor (192.168.0.1, conforme figura anterior)

e clique em OK.

23. Aceda à Linha de comandos.

24. Digite PING www.so.pt. Observe a resposta e o endereço IP do anfitrião (host). O que aconteceu

foi uma consulta ao servidor DNS que você implementou e a resolução do nome DNS (www.so.pt),

associando o nome DNS ao endereço IP.

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Configurações Adicionais

Devem ser feitas algumas configurações adicionais no servidor DNS, para o tornar mais seguro e

confiável.

1. Crie uma zona inversa, para que os nomes possam ser resolvidos a partir de consultas IPs (por

exemplo, um comando PING 192.168.0.1 retorna o nome DNS do servidor). Na ferramenta DNS,

clique com o botão direito do rato no item Zonas de pesquisa inversa e seleccione Nova zona... .

2. O Assistente para nova zona é iniciado. Clique em Seguinte. Mantenha a zona como primária

padrão e clique em Seguinte. No campo ID da rede, digite 192.168.0 e clique em Seguinte

novamente.

3. Será criado um ficheiro com extensão DNS. Mantenha o nome por padrão (pré-definido) e clique

em Seguinte.

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4. Certifique-se de que a opção Não permitir atualizações dinâmicas esteja selecionada e clique em

Seguinte. Conclua o Assistente.

5. Para que outros domínios tenham os seus nomes resolvidos, é necessário configurar os

reencaminhadores do servidor. Para isso, clique com o botão direito do rato no servidor

(SERVIDORESCOLA) e selecione Propriedades.

6. No separador Reencaminhadores, registe os endereços IPs dos servidores DNS externos

fornecidos pelo seu provedor de acesso. No campo Lista de endereços IP do reencaminhador do

domínio selecionado, digite o primeiro endereço IP do servidor DNS externo e clique em Adicionar.

Em seguida, digite o segundo endereço e clique novamente em Adicionar. Clique então em OK

para fechar as propriedades do servidor DNS. Em seguida, feche a ferramenta DNS.

No Windows Server 2003, pode-se forçar o reencaminhamento de solicitações DNS de determinados

domínios para servidores específicos. Para isso, clica-se em Novo... e digita-se o nome de um domínio

específico. O domínio será inserido, e selecionando-o, pode definir para quais servidores DNS as

requisições serão reencaminhadas.

Ferramenta DNSCMD.EXE

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As ferramentas de suporte do Windows Server 2003 trazem uma interessante ferramenta de linha de

comandos para gestão de servidores DNS - a DNSCMD.EXE. A partir dela pode, via linha de

comandos, realizar praticamente qualquer tarefa administrativa no seu servidor: verificar estatísticas,

criar e apagar zonas, criar, apagar e listar registos e alterar tipos de zonas, entre outros recursos.

Observe em seguida alguns exemplos de tarefas administrativas realizadas com essa ferramenta:

Tarefa Linha de comando


Obter informações sobre um servidor DNS DNSCMD <SERVIDOR> /info
Listar zonas hospedadas no servidor DNS DNSCMD <SERVIDOR> /enumzones
Limpar a cache de nomes DNS do servidor DNSCMD <SERVIDOR> /clearcache
Criar um registo chamado WWW2 na zona SO.PT,
associando ao endereço 192.168.0.2 DNSCMD <SERVIDOR> /recordadd so.pt
www2 192.168.0.2

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Links Relacionados

http://www.dns.net/dnsrd/rfc/

Lista de RFCs (Request for Coments) sobre DNS, em inglês.

http://www.microsoft.com/technet/prodtechnol/windows2000serv/evaluate/featfunc/dnsover.asp?

frame=true

Documento técnico do site da Microsoft sobre DNS, em inglês.

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