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Curso de Óptica : Lentes

Prof. Alejandro Pedro Ayala

Dioptro esférico

Lentes delgadas

Combinação de lentes

Lentes espessas

Método matricial

Óptica Lentes Tópicos Pág. 1


Refração em uma superfície esférica
Consideremos uma superfície na que se refrata luz e que separa dois meios
transparentes, homogêneos e isótropos, de distinto índice de refração, como se
indica na figura seguinte:

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Convenção de sinais

Grandeza Sinal >0 (+)


Distância objeto Esq. do vértice
Distância imagem Dir. do vértice
Foco objeto Esq. do vértice
Foco imagem Dir. do vértice
Raio C dir. do vértice
Tamanho objeto Acima eixo
Tamanho imagem Acima eixo

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Aproximação para pequenas aberturas
Lei de Snell: 𝑛𝑛𝑎𝑎 sen 𝜃𝜃𝑎𝑎 = 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑠𝑠e𝑛𝑛 𝜃𝜃𝑏𝑏
Na aproximação paraxial: 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝜃𝜃𝑎𝑎 ≈ 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝜃𝜃𝑏𝑏
Considerando os triângulos PVB, VBP’ e VBC (𝛿𝛿~0)
ℎ ℎ ℎ
tg 𝛼𝛼 = ≈ 𝛼𝛼, tg 𝛽𝛽 = ′ ≈ 𝛽𝛽, tg 𝜙𝜙 = ≈ 𝜙𝜙
𝑠𝑠 𝑠𝑠 𝑅𝑅
Além disto dos triângulos CBP’e PBP’ :
𝜙𝜙 = 𝛽𝛽 + 𝜃𝜃𝑏𝑏 e 𝜃𝜃𝑎𝑎 = 𝛼𝛼 + 𝜙𝜙
Substituindo α, δ, e γ obtemos uma equação que
Combinando estas relações temos relaciona a posição do objeto (𝑠𝑠) a posição da
𝑛𝑛𝑎𝑎 𝜃𝜃𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝜃𝜃𝑎𝑎 imagem (𝑠𝑠𝑠) e o raio da superfície esférica que
𝜃𝜃𝑏𝑏 = ⇒ + 𝛼𝛼 = 𝜙𝜙 delimita os meios de índices 𝑛𝑛𝑎𝑎 e 𝑛𝑛𝑏𝑏 .
𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑎𝑎
𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛a ℎ 𝑛𝑛a ℎ ℎ ℎ
𝛼𝛼 + 𝜙𝜙 + 𝛽𝛽 = 𝜙𝜙 + + =
𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛b 𝑠𝑠 𝑛𝑛b 𝑅𝑅 𝑠𝑠′ 𝑅𝑅
𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑏𝑏 − 𝑛𝑛𝑎𝑎
𝛼𝛼 + 𝜙𝜙 + 𝛽𝛽 = 𝜙𝜙 + =
𝑛𝑛b 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑠𝑠 𝑠𝑠′ 𝑅𝑅

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Aproximação para pequenas aberturas
Lei de Snell: 𝑛𝑛𝑎𝑎 sen 𝜃𝜃𝑎𝑎 = 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑠𝑠e𝑛𝑛 𝜃𝜃𝑏𝑏
Na aproximação paraxial: 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝜃𝜃𝑎𝑎 ≈ 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝜃𝜃𝑏𝑏
Considerando os triângulos PQV e P’Q’V
𝑦𝑦 𝑦𝑦 ′
tg 𝜃𝜃𝑎𝑎 = ≈ 𝜃𝜃𝑎𝑎 , tg 𝜃𝜃𝑏𝑏 = ′ ≈ 𝜃𝜃𝑏𝑏
𝑠𝑠 𝑠𝑠
Combinando estas relações temos
𝑦𝑦 𝑦𝑦 ′
𝑛𝑛𝑎𝑎 = − 𝑛𝑛𝑏𝑏 ′
𝑠𝑠 𝑠𝑠
Então o aumento transversal 𝑚𝑚 será
𝑦𝑦 ′ 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑠𝑠 ′
𝑚𝑚 = = −
𝑦𝑦 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑠𝑠

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Aproximação para pequenas aberturas
Equação do dioptro simples Aumento transversal

𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑏𝑏 − 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑦𝑦′ 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑠𝑠′


+ = 𝑚𝑚 = = −
𝑠𝑠 s′ R 𝑦𝑦 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑠𝑠

𝑛𝑛𝑎𝑎
Foco objecto: 𝑓𝑓 = lim 𝑠𝑠 = ⋅ 𝑅𝑅
′𝑠𝑠 → ∞ 𝑛𝑛𝑏𝑏 − 𝑛𝑛𝑎𝑎
𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑎𝑎
+ ′ = ′=
𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑠𝑠 𝑠𝑠 𝑓𝑓 𝑓𝑓
Foco imagem: 𝑓𝑓𝑓 = lim 𝑠𝑠′ = ⋅ 𝑅𝑅
𝑠𝑠→ ∞ 𝑛𝑛𝑏𝑏 − 𝑛𝑛𝑎𝑎

𝑓𝑓 ′ 𝑛𝑛𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑏𝑏 + 𝑛𝑛𝑎𝑎


Relações entre as distâncias focais = 𝑓𝑓 + 𝑓𝑓 ′ = 𝑅𝑅
𝑓𝑓 𝑛𝑛𝑎𝑎 𝑛𝑛𝑏𝑏 − 𝑛𝑛𝑎𝑎

𝑓𝑓 𝑓𝑓 ′
Fórmula de Gauss + =1 Fórmula de Newton 𝑓𝑓 ⋅ 𝑓𝑓 ′ = 𝑥𝑥 ⋅ 𝑥𝑥 ′
𝑠𝑠 𝑠𝑠𝑠

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Superfície refratora plana
Uma interface refratora plana pode ser tratada como um
dioptro
𝑛𝑛1 𝑛𝑛2 𝑛𝑛2 − 𝑛𝑛1
+ =
𝑝𝑝 𝑝𝑝′ 𝑅𝑅
Neste caso 𝑅𝑅 = ∞
𝑛𝑛1 𝑛𝑛2
+ =0
𝑝𝑝 𝑝𝑝′
Portanto
𝑛𝑛2
𝑝𝑝′ = − 𝑝𝑝
𝑛𝑛1

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O mosquito preservado em âmbar (𝑛𝑛 = 1,6) do filme Jurassic
Park está no eixo óptico de uma esfera de 10 cm de raio a 4 cm
da superfície. Se o tamanho do mosquito é de 3 cm. Ache sua
posição e tamanho aparente.

O mosquito está no meio com índice 𝑛𝑛1 = 1,6


O meio exterior é o ar, com índice 𝑛𝑛2 = 1,0
O raio da superfície é negativo 𝑅𝑅 = −10 𝑐𝑐𝑐𝑐
Substituindo os dados na equação do dioptro esférico
Resta calcular o aumento transversal:
𝑛𝑛1 𝑛𝑛2 𝑛𝑛2 − 𝑛𝑛1
+ = 𝑚𝑚 = −
1,6 −2,9 𝑐𝑐𝑐𝑐
= 1,16
𝑝𝑝 𝑝𝑝′ R 1,0 4 𝑐𝑐𝑐𝑐
1,6 1,0 1,0 − 1,6 Tamanho do mosquito:
+ = → 𝑝𝑝′ = −2,9 𝑐𝑐𝑐𝑐
4 𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝′ −10 𝑐𝑐𝑐𝑐
ℎ′ = 𝑚𝑚 × 3 𝑐𝑐𝑐𝑐 = 3,48 𝑐𝑐𝑐𝑐
Portanto a imagem é virtual (𝑝𝑝’ < 0)

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Um dos hemisférios de uma esfera sólida de raio R e índice de refração 1,50 é espelhado
com um filme de prata. Um objeto pequeno é colocado no eixo da esfera a uma distância 2R
da superfície não espelhada. Ache a posição da imagem formada pela esfera.

Luz proveniente do objeto (𝑠𝑠1 = 2𝑅𝑅) encontra a superfície


não espelhada gerando uma imagem em 𝑠𝑠1 ′
1 𝑛𝑛 𝑛𝑛 − 1 2𝑛𝑛𝑛𝑛
+ ′= → 𝑠𝑠1′ = → 𝑠𝑠1′ = ∞ (𝑛𝑛 = 1,5)
2𝑅𝑅 𝑠𝑠1 𝑅𝑅 2𝑛𝑛 − 3
2R
A imagem da primeira interface vira objeto do espelho:
𝑠𝑠2 = 𝑑𝑑12 − 𝑠𝑠1′ = 2𝑅𝑅 − ∞ = ∞
Agora procuramos a imagem do espelho 𝑅𝑅 3𝑅𝑅
𝑠𝑠3 = 𝑑𝑑23 − 𝑠𝑠2′ = 2𝑅𝑅 − =
1 1 2 𝑅𝑅 2 2
+ = → 𝑠𝑠2′ =
∞ 𝑠𝑠2′ 𝑅𝑅 2 A imagem final estará em
Novamente temos que considerar a refração na primeira 2𝑛𝑛 1 1 − 𝑛𝑛 ′
3𝑅𝑅
+ = → 𝑠𝑠3 = = −2𝑅𝑅
superfície. Veja que agora 𝑅𝑅 < 0 3𝑅𝑅 𝑠𝑠3′ −𝑅𝑅 𝑛𝑛 − 3

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Use o princípio de Fermat para demonstrar a equação:
𝑛𝑛1 𝑛𝑛2 𝑛𝑛2 − 𝑛𝑛1
+ =
so si 𝑅𝑅

Primeiro devemos definir o caminho óptico:


𝑂𝑂𝑂𝑂𝑂𝑂 = 𝑛𝑛1 𝑙𝑙𝑜𝑜 + 𝑛𝑛2 𝑙𝑙𝑖𝑖
Considerando os triângulos PBC e CBP’: Reorganizando esta equação
𝑙𝑙𝑜𝑜 = 𝑅𝑅2 + 𝑠𝑠𝑜𝑜 + 𝑅𝑅 2 − 2𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑜𝑜 + 𝑅𝑅 cos 𝜑𝜑 1/2
𝑛𝑛1 𝑛𝑛2 1 𝑛𝑛2 𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑛𝑛1 𝑠𝑠𝑜𝑜
+ = −
𝑙𝑙𝑖𝑖 = 𝑅𝑅2 + 𝑠𝑠𝑖𝑖 − 𝑅𝑅 2
+ 2𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑖𝑖 − 𝑅𝑅 cos 𝜑𝜑 1/2 𝑙𝑙𝑜𝑜 𝑙𝑙𝑖𝑖 𝑅𝑅 𝑙𝑙𝑖𝑖 𝑙𝑙𝑜𝑜
𝑂𝑂𝑂𝑂𝑂𝑂 = 𝑛𝑛1 𝑅𝑅2 + 𝑠𝑠𝑜𝑜 + 𝑅𝑅 2 − 2𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑜𝑜 + 𝑅𝑅 cos 𝜑𝜑 1/2 + Usando a aproximação paraxial
+ 𝑛𝑛2 𝑅𝑅2 + 𝑠𝑠𝑖𝑖 − 𝑅𝑅 2 + 2𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑖𝑖 − 𝑅𝑅 cos 𝜑𝜑 1/2 cos 𝜑𝜑 ≈ 1 𝑙𝑙𝑜𝑜 ≈ 𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑙𝑙𝑖𝑖 ≈ 𝑠𝑠𝑖𝑖
Minimizando com relação a 𝜑𝜑 obtemos: Finalmente
𝑛𝑛1 𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑜𝑜 + 𝑅𝑅 sen 𝜑𝜑 𝑛𝑛2 𝑅𝑅 𝑠𝑠𝑖𝑖 − 𝑅𝑅 sen 𝜑𝜑 𝑛𝑛1 𝑛𝑛2 𝑛𝑛2 − 𝑛𝑛1
− =0 + =
2𝑙𝑙𝑜𝑜 2𝑙𝑙𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑅𝑅

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Use o princípio de Fermat para achar os pontos
aplanáticos numa interface esférica. (𝑥𝑥, 𝑦𝑦)

Pontos aplanáticos são pontos conjugados tais que todos os raios


que saem de um convergem no outro. Portanto, todos os
caminhos ópticos tem que ser iguais

2
𝑛𝑛1 𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 − 𝑛𝑛2 𝑥𝑥 − 𝑑𝑑𝑜𝑜 − 𝑑𝑑𝑖𝑖 + 𝑦𝑦 2 = 𝑛𝑛1 𝑑𝑑𝑜𝑜 − 𝑛𝑛2 𝑑𝑑𝑖𝑖

Esta é a equação de uma oval cartesiana. No caso particular


𝑛𝑛1 𝑑𝑑𝑜𝑜 − 𝑛𝑛2 𝑑𝑑𝑖𝑖 = 0:
2
𝑛𝑛12 𝑥𝑥 2 + 𝑦𝑦 2 = 𝑛𝑛22 𝑥𝑥 − 𝑑𝑑𝑜𝑜 − 𝑑𝑑𝑖𝑖 + 𝑦𝑦 2

Reorganizando e completando quadrados, obtemos


2 2
𝑛𝑛2 2
𝑛𝑛1 𝑛𝑛1
𝑥𝑥 − 𝑑𝑑 + 𝑦𝑦 = 𝑑𝑑 ⇒ 𝑅𝑅 = 𝑑𝑑
𝑛𝑛1 + 𝑛𝑛2 𝑜𝑜 𝑛𝑛1 + 𝑛𝑛2 𝑜𝑜 𝑛𝑛1 + 𝑛𝑛2 𝑜𝑜
Então
𝑛𝑛1 +𝑛𝑛2 𝑛𝑛1 +𝑛𝑛2 𝑛𝑛 𝑛𝑛
𝑑𝑑𝑜𝑜 = 𝑅𝑅 e 𝑑𝑑𝑖𝑖 = 𝑅𝑅 ou 𝑂𝑂𝑂𝑂 = − 𝑛𝑛2 𝑅𝑅 𝑒𝑒 𝐼𝐼𝐼𝐼 = − 𝑛𝑛1 𝑅𝑅
𝑛𝑛1 𝑛𝑛2 1 2
https://www.geogebra.org/m/mpbzz6we

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Prismas vs. lentes

Sistema
Convergente

Sistema
Divergente

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Lentes

Lentes
convergentes

Lentes
divergentes

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Lentes de Fresnel
• Em uma lente a refração só acontece na superfície das lentes.
• Nas lentes de Fresnel é usado este fato para construir lentes
potentes mas não muito espessas.
• Como as bordas geram distorções, as lentes de Fresnel são
usadas quando a qualidade da imagem é menos importante do
que a redução do peso.

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Farois

1ª ordem 2ª ordem 3ª ordem

4ª ordem 5ª ordem 6ª ordem

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Construção de uma lente

Borda fina Borda grossa

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Tipos de lentes
Lentes convergentes Lentes divergentes

Biconvexa Menisco- Plano- Bicôncava Plano- Menisco-


convexo convexa côncava côncava
R1 > 0 R1 > 0 R1 > 0 R1 < 0 R1 < 0 R1 < 0
R2 < 0 R2 > 0 R2 = ∞ R2 > 0 R2 = ∞ R2 < 0

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Aberração esférica
Acontece quando o caminho dos raios fora do eixo
óptico é diferente do caminho dos que estão
próximos ao eixo óptico.

Telescópio Hubble

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Aberração cromática
Diferentes comprimentos de onda da luz
refratados por uma lente são focalizados em
diferentes pontos.

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Coma
Acontece quando a luz que passa através do
centro óptico e a luz que passa fora dele não
possuem o mesmo plano focal.

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Astigmatismo
Acontece devido a que o feixe meridional tem um foco diferente do feixe sagital.

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Problema de Wasserman & Wolf

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Formação de imágens

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Lentes
Consideremos uma lente esférica biconvexa de índice de refração 𝑛𝑛𝑙𝑙 rodeada por um
meio de índice 𝑛𝑛𝑚𝑚. Na primeira interface:
𝑛𝑛𝑚𝑚 𝑛𝑛𝑙𝑙 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 𝑛𝑛𝑚𝑚
+ = 1
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑅𝑅1
A imagem da primeira interface será o objeto da segunda.
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 = 𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖
Então, na segunda interface
𝑛𝑛𝑙𝑙 𝑛𝑛𝑚𝑚 𝑛𝑛𝑚𝑚 − 𝑛𝑛𝑙𝑙
+ = 2
𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑅𝑅2
Somando (1) e (2) obtemos a seguinte expressão:
𝑛𝑛𝑚𝑚 𝑛𝑛𝑚𝑚 1 1 𝑛𝑛𝑙𝑙 𝑑𝑑
+ = 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 𝑛𝑛𝑚𝑚 − +
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖

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Lentes
𝑛𝑛𝑚𝑚 𝑛𝑛𝑚𝑚 1 1 𝑛𝑛𝑙𝑙 𝑑𝑑
+ = 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 𝑛𝑛𝑚𝑚 − +
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖

Usando a aproximação de lentes delgadas


podemos supor que 𝑑𝑑 ≈ 0.

1 1 𝑛𝑛𝑙𝑙 1 1
+ = −1 −
𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑛𝑛𝑚𝑚 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2

lim 𝑠𝑠𝑖𝑖 = 𝑓𝑓𝑖𝑖


𝑠𝑠𝑜𝑜 → ∞ 1 1 1 1 𝑛𝑛𝑙𝑙 1 1
+ = = −1 −
lim 𝑠𝑠𝑜𝑜 = 𝑓𝑓𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑓𝑓 𝑓𝑓 𝑛𝑛𝑚𝑚 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2
𝑠𝑠𝑖𝑖 → ∞

Distâncias focais Fórmula de Gauss Fórmula do construtor

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Efeito do índice de refração
n = 1.003 n = 1.305 n = 1.333

Ar Gelo Água
n = 1.520 n = 2.000 n = 2.418

Vidro Cristal Diamante

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Pontos conjugados F e F´

Distância focal positiva

Distância focal negativa

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Potência das lentes
1
A potência de uma lente é a inversa de sua distância focal imagem 𝑃𝑃 =
𝑓𝑓

A potência se mede em m-1 e se conhece como dioptria.


Uma dioptria é a potencia de uma lente que tem uma
distância focal imagem de 1 m.
O oftalmologista prescreve uma lente em graus, que é o
mesmo que dioptria.
O formato da lente é definido pela fórmula do construtor
1 𝑛𝑛𝐵𝐵 1 1
= −1 −
𝑓𝑓 𝑛𝑛𝐴𝐴 R1 𝑅𝑅2 3 dioptrias

5 dioptrias
O sinal da potência é o mesmo que o da distância 10 dioptrias

focal imagem, pelo que a potência de uma lente 15 dioptrias


convergente é positiva, P > 0.

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Calcule a distância focal de uma lente plano convexa A distância focal da lente muda se a lente for
de vidro, onde o raio da superfície curva é igual a invertida?
50cm, e o vidro tem índice de refração igual a 1,5.

nA=1,0
nA=1,0
nB=1,5
nB=1,5 O raio R1 é infinito e o raio R2 é O raio R1 é positivo; R1=50cm
negativo; R2=-50cm e o raio R2 é infinito
R1=∞ R1=50cm
1 1,5 1 1 1 1,5 1 1
= −1 − = −1 −
𝑓𝑓 1,0 ∞ −50 𝑓𝑓 1,0 50 ∞
1 0,5 1 R2=∞ 1 0,5 1
= = = =
R2=-50cm 𝑓𝑓 50 100 𝑓𝑓 50 100
f=100cm (f>0)
f=100cm (f>0) lente convergente
lente convergente A distância focal da lente não
é alterada!

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Calcule a distância focal de uma lente biconvexa de Calcule a distância focal de uma lente bicôncava,
vidro, onde os raio das superfície curvas são iguais a como a mostrada na figura, com raio de 50cm em
50cm, e o vidro tem índice de refração igual a 1,5. cada uma das superfícies e feita de vidro, cujo
índice de refração é 1,5.

O raio R1 é positivo e o raio R2 é O raio R1 é negativo,e o raio


R1=50cm negativo; R1=-50cm R2 é positivo:
R1=50cm e R2=-50cm R1=-50cm, R2=50cm
R 2 = −R1 R 2 = −R1
1 nB 1 1 1 1 nB 1 1
R2=-50cm = −1 − = = −1 −
nA=1,0 f nA R1 −R1 50 R2=50cm f nA R1 −R1
1 1,5 2 0,5x2
nB=1,5 f=50cm (f>0), lente convergente = −1 =
f 1,0 −50 −50
1
=−
50
O que acontece com a distância focal da f=-50cm (f<0)
lente convergente se for submersa na água Lente divergente
(aumenta/ diminui /não muda)?

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Uma lente delgada está constituída por um menisco convexo-côncavo de índice de refração 𝑛𝑛. A
primeira face da lente, de raio 𝑅𝑅, está em contato com o ar (𝑛𝑛0 ) e a segunda, de raio 2𝑅𝑅 ⁄3, com um
meio de índice 𝑛𝑛𝑛. Ache a posição dos focos. (𝑛𝑛0 = 1; 𝑛𝑛 = 1,5; 𝑛𝑛′ = 4⁄3 𝑒𝑒 𝑅𝑅 = 10 𝑐𝑐𝑐𝑐)

De forma geral podemos escrever: Usando os dados do problema:


𝑛𝑛𝑜𝑜 𝑛𝑛 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛𝑜𝑜 𝑛𝑛 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛′ − 𝑛𝑛 2𝑅𝑅
+ = 𝑒𝑒 + = 𝑅𝑅1 = 𝑅𝑅 𝑒𝑒 𝑅𝑅2 =
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑅𝑅1 𝑠𝑠𝑜𝑜2 𝑠𝑠𝑖𝑖2 𝑅𝑅2 3
Como a lente é delgada 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 = −𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 . Então,
𝑛𝑛𝑜𝑜 𝑛𝑛𝑛 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛𝑜𝑜 𝑛𝑛𝑛 − 𝑛𝑛 1 1 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛𝑜𝑜 3 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛′
+ = + = −
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖2 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑓𝑓 𝑛𝑛0 𝑅𝑅 2 𝑅𝑅
A partir daqui podemos calcular as distâncias 1 3𝑛𝑛′ − 𝑛𝑛 − 2𝑛𝑛0
=
focais 𝑓𝑓 2𝑅𝑅𝑛𝑛0
1 1 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛𝑜𝑜 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛′ 𝑓𝑓 = 40 𝑐𝑐𝑐𝑐
= −
𝑓𝑓 𝑛𝑛0 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑓𝑓 ′ 𝑛𝑛′ 4
= → 𝑓𝑓 ′ = 40 𝑐𝑐𝑐𝑐 = 53,33 𝑐𝑐𝑐𝑐
1 1 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛𝑜𝑜 𝑛𝑛 − 𝑛𝑛′ 𝑓𝑓 𝑛𝑛0 3
= −
𝑓𝑓′ 𝑛𝑛𝑛 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2

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Método gráfico

O raio paralelo ao eixo, P, é refratado para o ponto focal imagem.

O raio que passa pelo centro da lente, M, não é refratado.

O raio que passa pelo foco imagem, R, é refratado paralelo ao eixo. https://www.geogebra.org/m/KYNsUZXH

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Lentes convergentes

𝑝𝑝 > 2𝐹𝐹 2𝐹𝐹 > 𝑝𝑝 > 𝐹𝐹 𝑝𝑝 = 𝐹𝐹 𝑝𝑝 < 𝐹𝐹

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Lentes divergentes

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https://www.geogebra.org/m/KYNsUZXH Método gráfico

O raio paralelo ao eixo, P, é refratado para o ponto focal imagem.

O raio que passa pelo centro da lente, M, não é refratado.

O raio que passa pelo foco imagem, R, é refratado paralelo ao eixo.

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Lentes delgadas
Considerando triângulos semelhantes
𝑦𝑦𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖 − 𝑓𝑓
𝐴𝐴𝐴𝐴𝐹𝐹𝑖𝑖 e 𝑃𝑃2 𝑃𝑃1 𝐹𝐹𝑖𝑖 ⇒ =
𝑦𝑦𝑜𝑜 𝑓𝑓
𝑦𝑦𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖
𝑆𝑆2 𝑆𝑆1 𝑂𝑂 e 𝑂𝑂𝑂𝑂𝑃𝑃2 ⇒ =
𝑦𝑦𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑜𝑜
Igualando
𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖 1 1 1
−1= ⇒ = +
𝑓𝑓 𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑓𝑓 𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖
Magnificação transversal
𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑥𝑥𝑖𝑖 𝑓𝑓
𝑀𝑀𝑇𝑇 = − = − = − ⇒ 𝑥𝑥𝑖𝑖 𝑥𝑥𝑜𝑜 = 𝑓𝑓 2
𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑓𝑓 𝑥𝑥𝑜𝑜
Magnificação longitudinal
Δ𝑥𝑥𝑖𝑖 Δx0→0 𝑑𝑑𝑥𝑥𝑖𝑖 𝑓𝑓 2
𝑀𝑀𝐿𝐿 = ⇒ 𝑀𝑀𝐿𝐿 = − 2 = −𝑀𝑀𝑇𝑇2
Δ𝑥𝑥𝑜𝑜 𝑑𝑑𝑥𝑥𝑜𝑜 𝑥𝑥𝑜𝑜
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Convenção de sinais para lentes delgadas

Parâmetro Positivo quando Negativo quando

Distância objeto Objeto na frente da lente Objeto detrás da lente

Imagem na frente da
Distância imagem Imagem detrás da lente
Lente convergente lente

Tamanho da
Imagem direta Imagem invertida
imagem

Centro de curvatura do
Centro de curvatura do
R1 e R2 lado oposto aos raios
lado dos raios emergentes
emergentes

Distância focal Lente convergente Lente divergente

Lente divergente
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Método de Bessel
Para uma lente convergente de distância focal 𝑓𝑓,
consideramos a distância entre os planos focais objeto e
imagem 𝐿𝐿.
Mantendo fixos os planos objeto e imagem, uma nova
imagem é formada se a lente é deslocada uma distância 𝑑𝑑.
1 1 1 1 𝐿𝐿
= + → =
𝑓𝑓 𝑝𝑝 𝐿𝐿 − 𝑝𝑝 𝑓𝑓 𝑝𝑝 𝐿𝐿 − 𝑝𝑝
𝐿𝐿 𝐿𝐿2 − 4𝐿𝐿𝐿𝐿
𝑝𝑝2 − 𝐿𝐿𝐿𝐿 + 𝐿𝐿𝐿𝐿 = 0 → 𝑝𝑝1,2 = ±
2 2
Como 𝑑𝑑 = 𝑝𝑝2 − 𝑝𝑝1 , temos que 𝑑𝑑 = 𝐿𝐿2 − 4𝐿𝐿𝐿𝐿 , portanto: 𝐿𝐿
𝐿𝐿2 − 𝑑𝑑 2
𝑓𝑓 = 𝑑𝑑
4𝐿𝐿
Veja que esta solução só é
possível se 𝐿𝐿 ≥ 4𝑓𝑓. 𝑝𝑝1
𝑝𝑝2
https://www.geogebra.org/m/zc3b5kvz

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Combinação de lentes delgadas

• Se duas lentes são empregadas para formar uma imagem


– A imagem da primeira lente é determinada como se a segunda lente não existisse.
– A seguir o traçado de raios é realizado para segunda lente
• A imagem da primeira lente é tratada como o objeto da segunda lente
• A imagem da segunda lente é a imagem final do sistema

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Combinação de lentes delgadas
Aplicando a fórmula de Gauss para cada
lente:
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓1
Lente 1 : 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 =
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 −𝑓𝑓1
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓2
Lente 2: 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 =
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 −𝑓𝑓2

Considerando a distância entre as lentes :


𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 = 𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖
Combinando as expressões anteriores
𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑓𝑓2 A ampliação transversal será:
𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 =
𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 − 𝑓𝑓2 𝑓𝑓1 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖
𝑀𝑀𝑇𝑇 = 𝑀𝑀𝑇𝑇1 𝑀𝑀𝑇𝑇2 ou 𝑀𝑀𝑇𝑇 =
𝑑𝑑 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 −𝑓𝑓1 −𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓1
𝑓𝑓2 𝑑𝑑 − 𝑓𝑓2 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓1 ⁄ 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 − 𝑓𝑓1
= 1 1 1 𝑑𝑑− 𝑓𝑓1 +𝑓𝑓2
𝑑𝑑 − 𝑓𝑓2 − 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓1 ⁄(𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 − 𝑓𝑓1 ) Distâncias focais: � = − =
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠 =∞ 𝑓𝑓1 𝑑𝑑−𝑓𝑓2 𝑓𝑓1 𝑑𝑑−𝑓𝑓2
𝑖𝑖𝑖
𝑓𝑓1 𝑑𝑑−𝑓𝑓2 𝑓𝑓2 𝑑𝑑−𝑓𝑓1
𝑓𝑓 = 𝑓𝑓𝑓 =
𝑑𝑑− 𝑓𝑓1 +𝑓𝑓2 𝑑𝑑− 𝑓𝑓1 +𝑓𝑓2

Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 40


Um objeto com altura igual a 8,0 𝑐𝑐𝑐𝑐 é colocado a 12,0 𝑐𝑐𝑐𝑐 à esquerda de uma lente convergente
com distância focal de 8,0 𝑐𝑐𝑐𝑐. Uma segunda lente convergente com distância focal de 6,0 𝑐𝑐𝑐𝑐 é
colocada a 36,0 𝑐𝑐𝑐𝑐 à direita da primeira lente. Ambas as lentes possuem o mesmo eixo ótico.
Determine a posição, o tamanho e a orientação da imagem final produzida por essa combinação
de lentes.
L1 L2 Lente 1:
12cm 36cm 1 1 1
= − ⇒ 𝑝𝑝′1 = 24,0𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑝𝑝′1 8,0 12,0
8cm 8cm 6cm 6cm 𝑝𝑝′1 24,0𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑀𝑀1 = − =− = −2 ⇒ ℎ′1 = −16𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑝𝑝1 12,0𝑐𝑐𝑐𝑐

Lente 2:
𝑝𝑝2 = (36 − 24)𝑐𝑐𝑐𝑐 = 12𝑐𝑐𝑐𝑐
1 1 1
= − ⇒ 𝑝𝑝′2 = 12,0𝑐𝑐𝑐𝑐
F1 F’1 F2 F’2 𝑝𝑝′2 6,0 12,0
𝑝𝑝′2 12,0𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑀𝑀2 = − =− = −1 ⇒ ℎ′2 = 16𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑝𝑝2 12,0𝑐𝑐𝑐𝑐
A imagem final tem a mesma orientação que o
p’1 p2 p’2 objeto, e o tamanho final é de 16cm
https://www.geogebra.org/m/ywdcuasa

Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 41


Na situação anterior, a segunda lente é deslocada e a separação entre as lentes passa a ser de
12,0cm. Para essa nova configuração determine a posição, o tamanho e a orientação da imagem
final produzida pela combinação das duas lentes.
L1 12cm L2
Para a lente 2; o objeto é virtual, portanto, temos
6cm 6cm
12cm
𝑝𝑝2 = 12,0 𝑐𝑐𝑐𝑐 − 24,0 𝑐𝑐𝑐𝑐 = −12𝑐𝑐𝑐𝑐
p’2 1 1 1 1 1 1
8cm 8cm = − ⇒ = − ⇒ 𝑝𝑝′2 = 4,0𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑝𝑝′2 𝑓𝑓2 𝑝𝑝2 𝑝𝑝′2 6,0 −12,0
𝑝𝑝′2 4,0𝑐𝑐𝑐𝑐 1
𝑀𝑀2 = − =− =
𝑝𝑝2 −12,0𝑐𝑐𝑐𝑐 3

F1 F2 F’1 F’2 𝑀𝑀2 = 0,33 ⇒ ℎ′2 = 0,33 (−16𝑐𝑐𝑐𝑐) = −5,3𝑐𝑐𝑐𝑐

A segunda lente não inverte a imagem.

A imagem final está a 4,0cm a direita da segunda lente, é


p2
p’1 invertida em relação ao objeto, e tem altura igual a 5,3cm.

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Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 42


Uma lente convergente de distância focal +20 cm está localizada 10 cm à esquerda de uma lente
divergente de distância focal -15 cm. Se um objeto é colocado 40 cm à esquerda da lente
convergente, ache a posição e o tamanho da imagem. Trate cada lente separadamente.

Ignorando a lente divergente, a imagem formada pela lente


1 se encontra em
L1 L2
1 1 1 1 1
-30 = − = − ⇒ 𝑞𝑞1 = 40𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑞𝑞1 𝑓𝑓1 𝑝𝑝1 20𝑐𝑐𝑐𝑐 40𝑐𝑐𝑐𝑐
Como 𝑚𝑚 = −𝑞𝑞1/𝑝𝑝1 = − 40/40 = −1 , a imagem é invertida.
+20 f'1 f2 Esta imagem serve como objeto da lente 2, com
𝑝𝑝2 = 10𝑐𝑐𝑐𝑐 − 40 𝑐𝑐𝑐𝑐 = −30 𝑐𝑐𝑐𝑐
f1 f'2 -15
1 1 1 1 1
= − = − 𝑞𝑞2 = −30𝑐𝑐𝑐𝑐.
𝑞𝑞2 𝑓𝑓2 𝑝𝑝2 −15𝑐𝑐𝑐𝑐 −30𝑐𝑐𝑐𝑐
40 40 A imagem formada pela lente 2 é virtual.

10
30 A ampliação é
𝑞𝑞1 𝑞𝑞2 40
𝑚𝑚 = − × − = − × (30/−30) = +1
𝑝𝑝1 𝑝𝑝2 40
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O objeto da figura está localizado no ponto meio entre a lente e o espelho. O raio de curvatura do espelho é
20.0 cm, e a distância focal da lente –16.7 cm. Quantas imagens serão observadas por uma pessoa à
esquerda da lente.

Consideremos primeiro os raios que saem na direção do


espelho:
1 1 2
+ = ⇒ 𝑞𝑞1 = 50𝑐𝑐𝑐𝑐
12.5𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑞𝑞1 20𝑐𝑐𝑐𝑐
Tomando a imagem do espelho como objeto da lente:
𝑝𝑝2 = 25𝑐𝑐𝑐𝑐 − 50𝑐𝑐𝑐𝑐 = −25𝑐𝑐𝑐𝑐
1 1 1
+ = ⇒ 𝑞𝑞2 = −50.3𝑐𝑐𝑐𝑐
−25𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑞𝑞2 −16.7𝑐𝑐𝑐𝑐 Nos caso dos raios que saem na direção
da lente
A ampliação total é o produto das ampliações da lente e 1 1 1
o espelho: + =− ⇒ 𝑞𝑞3 = −7.1𝑐𝑐𝑐𝑐
12.5 𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑞𝑞3 16.7 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑞𝑞1 𝑞𝑞2 −7.1
𝑚𝑚 = − ⋅ − = 1.98 𝑚𝑚 = − = 0.57
𝑝𝑝1 𝑝𝑝2 12.5

Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 44


Duas lentes em contato
Considere duas lentes delgadas de distâncias focais f1 e f2 que se encontram em contato
p1 = p é a distância objeto para a combinação das lentes, então:
1 1 1
+ =
𝑝𝑝 𝑞𝑞1 𝑓𝑓1
Como as lentes estão em contato, p2 = – q1
Para a segunda lente q2 = q:
1 1 1 1 1
+ = =− +
𝑝𝑝2 𝑞𝑞2 𝑓𝑓2 𝑞𝑞1 𝑞𝑞
Somando as duas equações prévias obtemos:
1 1 1 1 1
+ = + =
𝑝𝑝 𝑞𝑞 𝑓𝑓1 𝑓𝑓2 𝑓𝑓

Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 45


Doblete acromático delgado
Combinando uma lente positiva e uma negativa com diferentes índices de refração é possível
minimizar a aberração cromática de um sistema óptico.
O caso mais comum é quando as duas lentes estão em contato.
1 1 1
= +
𝑓𝑓 𝑓𝑓1 𝑓𝑓2
Usando a fórmula do construtor (𝜌𝜌 = 1⁄𝑅𝑅1 − 1⁄𝑅𝑅2 )
1
= 𝑛𝑛1 − 1 𝜌𝜌1 + 𝑛𝑛2 − 1 𝜌𝜌2
𝑓𝑓
Para eliminar a aberração cromática, a distância focal
para a luz vermelha (R) e a luz azul (B) devem ser iguais: 𝑓𝑓𝑅𝑅 = 𝑓𝑓𝐵𝐵
𝑛𝑛1𝑅𝑅 − 1 𝜌𝜌1 + 𝑛𝑛2𝑅𝑅 − 1 𝜌𝜌2 = 𝑛𝑛1𝐵𝐵 − 1 𝜌𝜌1 + 𝑛𝑛2𝐵𝐵 − 1 𝜌𝜌2
Reorganizando os termos, obtemos
𝜌𝜌1 𝑛𝑛2𝐵𝐵 − 𝑛𝑛2𝑅𝑅
=−
𝜌𝜌2 𝑛𝑛1𝐵𝐵 − 𝑛𝑛1𝑅𝑅
Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 46
Doblete acromático delgado
A distância focal de uma lente composta pode ser
definida como aquela associada à luz amarela (Y).
Considerando cada lente podemos escrever:
1 1
= 𝑛𝑛1𝑌𝑌 − 1 𝜌𝜌1 e = 𝑛𝑛2𝑌𝑌 − 1 𝜌𝜌1
𝑓𝑓1𝑌𝑌 𝑓𝑓2𝑌𝑌
𝜌𝜌1 𝑛𝑛2𝑌𝑌 − 1 𝑓𝑓2𝑌𝑌
=
𝜌𝜌2 𝑛𝑛1𝑌𝑌 − 1 𝑓𝑓1𝑌𝑌
Combinando esta expressão
com a anterior, obtemos
𝑓𝑓2𝑌𝑌 𝑛𝑛2𝐵𝐵 − 𝑛𝑛2𝑅𝑅 𝑛𝑛1𝑌𝑌 − 1
=−
𝑓𝑓1𝑌𝑌 𝑛𝑛1𝐵𝐵 − 𝑛𝑛1𝑅𝑅 𝑛𝑛2𝑌𝑌 − 1

Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 47


Combinação de lentes delgadas

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Óptica Lentes Combinação de lentes Tópicos Pág. 48


Fórmula de Gauss
Relembrando:
𝑛𝑛 𝑛𝑛 𝑛𝑛 2𝑛𝑛
Espelhos: + = 𝑃𝑃 = =
𝑠𝑠 𝑠𝑠 ′ 𝑓𝑓 𝑅𝑅
𝑛𝑛 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛′ −𝑛𝑛
Dioptro esférico: + ′ = 𝑃𝑃 = = =
𝑠𝑠 𝑠𝑠 𝑓𝑓 𝑓𝑓 ′ 𝑅𝑅
𝑛𝑛 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛𝐿𝐿 −𝑛𝑛 𝑛𝑛′ −𝑛𝑛𝐿𝐿
Lente delgada: + = 𝑃𝑃 = = = +
𝑠𝑠 𝑠𝑠 ′ 𝑓𝑓 𝑓𝑓 ′ 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2
𝑛𝑛 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛𝐿𝐿 −𝑛𝑛 𝑛𝑛′ −𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑑𝑑
Lente espessa: + = + +
𝑠𝑠 𝑠𝑠 ′ 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑑𝑑−𝑠𝑠1′ 𝑠𝑠1′

Assim, no caso de uma lente espessa gostaríamos manter uma fórmula do tipo
𝑛𝑛 𝑛𝑛′
+ ′ = 𝑃𝑃
𝑠𝑠 𝑠𝑠
O problema está em como determinar 𝑠𝑠, 𝑠𝑠 ′ , 𝑓𝑓, 𝑓𝑓 ′ e 𝑃𝑃 para satisfazer esta relação.
Para isto vamos a definir os pontos cardinais e os planos principais.

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 49


𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑛𝑛𝑛 Pontos cardinais

Ponto principal objeto


𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑛𝑛𝑛
𝐹𝐹1 𝑉𝑉1 𝐻𝐻1 𝑉𝑉2

ƒ 𝑃𝑃𝑃𝑃1 Planos principais

𝐹𝐹1 𝑉𝑉1 𝑁𝑁1 𝑁𝑁2 𝑉𝑉2 𝐹𝐹2

Ponto principal imagem 𝑁𝑁𝑃𝑃1 𝑁𝑁𝑃𝑃2

𝑉𝑉1 𝐻𝐻2 𝑉𝑉2 𝐹𝐹2

Pontos nodais
𝑃𝑃𝑃𝑃2 ƒ′

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 50


Pontos focais e planos principais
Na notação de Newton 𝑥𝑥 = 𝑠𝑠 − 𝑓𝑓 e 𝑥𝑥 ′ = 𝑠𝑠 ′ − 𝑓𝑓 ′
Considerando os triângulos coloridos:
𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑛𝑛𝑛
ℎ ℎ′ ℎ ℎ′
= e =
𝑥𝑥 𝑓𝑓 𝑓𝑓𝑓 𝑥𝑥𝑥
Fazendo o cociente entre estas igualdades: ℎ

𝑓𝑓 ′ 𝑥𝑥 ′ 𝐹𝐹1 𝑉𝑉1 𝐻𝐻1 𝐻𝐻2 𝑉𝑉2 𝐹𝐹2 ℎ′


=
𝑥𝑥 𝑓𝑓
𝑥𝑥 ƒ ƒ′ 𝑥𝑥𝑥
Que pode ser rescrita como 𝑠𝑠 𝑠𝑠𝑠
𝑥𝑥𝑥𝑥 ′ = 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓
Esta expressão é similar á fórmula de Newton Definidos os planos principais, a construção da
para uma lente delgada, que como já vimos e imagem pelo método gráfico segue a mesma
equivalente à fórmula de Gauss. metodologia.
Os planos do objeto e a imagem também são
planos conjugados.

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 51


Pontos focais e planos principais
A distância focal efetiva 𝑓𝑓, ou
simplesmente a distância focal, também
é considerada em relação aos planos
principais e é dada por
1 1 1 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 1 𝑑𝑑
= 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 1 − +
𝑓𝑓 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑛𝑛𝑙𝑙 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2

Os eixos principais estão localizados às


distâncias ℎ1 = 𝑉𝑉1 𝐻𝐻1 e ℎ2 = 𝑉𝑉2 𝐻𝐻2
𝑓𝑓 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 1 𝑑𝑑𝑙𝑙
ℎ1 = −
𝑅𝑅2 𝑛𝑛𝑙𝑙
𝑓𝑓 𝑛𝑛𝑙𝑙 − 1 𝑑𝑑𝑙𝑙
ℎ2 = −
𝑅𝑅1 𝑛𝑛𝑙𝑙

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 52


Combinação de dois elementos ópticos

𝐻𝐻1 𝐻𝐻1′ 𝐻𝐻2 𝐻𝐻2′ 𝐻𝐻1 𝐻𝐻1′ 𝐻𝐻2 𝐻𝐻2′


𝐻𝐻𝐻 𝐻𝐻 𝐻𝐻𝐻
ℎ′

𝐹𝐹𝐹 𝐹𝐹1′
𝐹𝐹 𝐹𝐹𝐹

𝑑𝑑

𝑓𝑓𝑓

𝑓𝑓1 ′

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 53


Lentes espessas
Seis pontos cardeais podem ser definidos
(aplicável para qualquer sistema óptico) Mudança (temporária) de convenção
• pontos focais do sistema (F1 e F2); Distâncias são definidas positivas ou
negativas de acordo à convenção:
• pontos principais (H1 e H2); • distâncias à esquerda, negativas
• pontos nodais (N1 e N2). • distâncias à direita, positivas.

1 1 1
Formula de Gauss: − + =
Planos normais ao eixo nesses pontos são 𝑠𝑠 𝑠𝑠′ 𝑓𝑓
chamados planos cardinais

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 54


Pontos cardinais
Para uma lente de raios de curvatura 𝑅𝑅1 e 𝑅𝑅2 :
1 𝑛𝑛 𝑛𝑛 − 1 1 𝑛𝑛 1 1 − 𝑛𝑛 1
− + = = e − + = =
𝑠𝑠 𝑠𝑠1𝑖𝑖 𝑅𝑅1 𝑓𝑓𝑎𝑎 𝑠𝑠1𝑖𝑖 − 𝑡𝑡 𝑠𝑠 ′ 𝑅𝑅2 𝑓𝑓𝑏𝑏
𝑛𝑛
Eliminando 𝑠𝑠1𝑖𝑖 : 𝑠𝑠1𝑖𝑖 =
𝑛𝑛𝑛𝑛𝑓𝑓𝑎𝑎
𝑠𝑠+𝑓𝑓𝑎𝑎
→ − 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑓𝑓𝑎𝑎 + 𝑠𝑠1′ = 𝑓𝑓1
𝑠𝑠+𝑓𝑓𝑎𝑎
−𝑡𝑡 𝑏𝑏

𝑓𝑓𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑓𝑓𝑎𝑎 + 𝑡𝑡 𝑓𝑓𝑎𝑎 𝑡𝑡 − 𝑛𝑛𝑓𝑓𝑏𝑏 𝑡𝑡𝑓𝑓𝑎𝑎 𝑏𝑏


𝑠𝑠 𝑠𝑠 ′ + 𝑠𝑠 + ′
𝑠𝑠 − =0
𝑛𝑛 𝑓𝑓𝑏𝑏 − 𝑓𝑓𝑎𝑎 − 𝑡𝑡 𝑛𝑛 𝑓𝑓𝑏𝑏 − 𝑓𝑓𝑎𝑎 − 𝑡𝑡 𝑛𝑛 𝑓𝑓𝑏𝑏 − 𝑓𝑓𝑎𝑎 − 𝑡𝑡
1 1 1 1 1 1
Procuramos o seguinte formato: − + = → − + ′ ′ =
so si 𝑓𝑓 𝑠𝑠−ℎ 𝑠𝑠 −ℎ 𝑓𝑓

𝑠𝑠 𝑠𝑠 ′ − 𝑓𝑓 + ℎ′ 𝑠𝑠 + 𝑓𝑓 − ℎ 𝑠𝑠 ′ + 𝑓𝑓 ℎ − ℎ′ + ℎℎ′ = 0
Então
𝑓𝑓𝑏𝑏 𝑛𝑛𝑓𝑓𝑎𝑎 + 𝑡𝑡 𝑓𝑓𝑎𝑎 𝑡𝑡 − 𝑛𝑛𝑓𝑓𝑏𝑏 𝑡𝑡𝑓𝑓𝑎𝑎 𝑏𝑏
𝑓𝑓 + ℎ′ =− 𝑓𝑓 − ℎ = 𝑓𝑓 ℎ − ℎ′ + ℎℎ′ =−
𝑛𝑛 𝑓𝑓𝑏𝑏 − 𝑓𝑓𝑎𝑎 − 𝑡𝑡 𝑛𝑛 𝑓𝑓𝑏𝑏 − 𝑓𝑓𝑎𝑎 − 𝑡𝑡 𝑛𝑛 𝑓𝑓𝑏𝑏 − 𝑓𝑓𝑎𝑎 − 𝑡𝑡

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 55


Distâncias focais Lentes espessas
1 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛′ 𝑡𝑡
= − −
𝑓𝑓 𝑛𝑛𝑅𝑅2 𝑛𝑛𝑅𝑅1 𝑛𝑛𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2
𝑛𝑛′
𝑓𝑓′ = − 𝑓𝑓 𝑓𝑓 𝑓𝑓’
𝑛𝑛
Pontos principais
𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛
ℎ1 = 𝑓𝑓𝑡𝑡 ℎ2 = − 𝑓𝑓′𝑡𝑡
𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅2 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅1
Pontos nodais 𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖
ℎ1 ℎ2
𝑛𝑛′ 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛′
𝑟𝑟1 = 1 − + 𝑡𝑡 𝑓𝑓
𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅2 𝑟𝑟1 𝑟𝑟2
𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛
𝑟𝑟2 = 1 − ′ − 𝑡𝑡 𝑓𝑓′ Outras propriedades
𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅1
Distâncias objeto, imagem e magnificação lateral 𝐻𝐻1 𝐻𝐻2 = 𝑁𝑁1 𝑁𝑁2 𝐻𝐻1 𝑁𝑁1 = 𝐻𝐻2 𝑁𝑁2
𝐹𝐹1 𝐻𝐻1 = 𝑁𝑁2 𝐹𝐹2 𝐹𝐹2 𝐻𝐻2 = 𝑁𝑁1 𝐹𝐹1
𝑓𝑓 𝑓𝑓′ 𝑛𝑛𝑠𝑠𝑖𝑖
+ =1 𝑚𝑚 = ′
𝑠𝑠0 𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑛𝑛 𝑠𝑠𝑜𝑜 Se 𝑛𝑛 = 𝑛𝑛𝑛, ℎ1 = 𝑟𝑟1 e ℎ2 = 𝑟𝑟2

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 56


A escotilha de um submarino está construía com uma lente biconvexa de 4 cm de espessura com
índice de refração de 1,52 e raios de curvatura de 25 cm. Encontre a posição da imagem de um
objeto situado na água a 60 cm da escotilha.

O primeiro passo é determinar os pontos cardinais


1 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛′ 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛′ 𝑡𝑡 1,52 − 1,33 1,52 − 1 1,52 − 1 1,52 − 1,33 4
= − − = − −
𝑓𝑓 𝑛𝑛𝑅𝑅2 𝑛𝑛𝑅𝑅1 𝑛𝑛𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 1 −25 1 +25 1 1,52 +25 −25
𝑛𝑛′ 1,33
𝑓𝑓 = −35,74 𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑓𝑓 ′ = − 𝑓𝑓 = − −35,74 = 47,53 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑛𝑛 1
𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛𝑛 1,52 − 1,33
ℎ1 = 𝑓𝑓𝑡𝑡 = −35,74 4 = 0,715 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅2 1,52 −25
𝑛𝑛𝐿𝐿 − 𝑛𝑛 ′
ℎ2 = − 𝑓𝑓 𝑡𝑡 = −2,60 𝑐𝑐𝑐𝑐
𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅1
Agora calculamos a distância objeto medida desde 𝐻𝐻1 : 𝑠𝑠𝑜𝑜 = −60 − 0,715 𝑐𝑐𝑐𝑐 = −60,715 𝑐𝑐𝑐𝑐
Finalmente obtemos a distância imagem medida desde 𝐻𝐻2 e a magnificação
𝑓𝑓 𝑓𝑓 ′ 𝑛𝑛 𝑠𝑠𝑖𝑖
− + =1 → 𝑠𝑠𝑖𝑖 = 29.91 𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑚𝑚 = = −0,37
𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑛𝑛𝑛𝑠𝑠

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 57


Combinação de lentes espessas

Num sistema de lentes vamos a considerar que o
objeto está no infinito. Então: 𝑠𝑠𝑜𝑜 = 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 , 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 = 𝑓𝑓1′ , 𝑠𝑠𝑖𝑖 = 𝑓𝑓
e 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 = −(𝑑𝑑 − 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 ). Lembrando que todas as distâncias
são medidas dos correspondentes eixos principais. ′

A magnificação deste sistema é


𝑠𝑠𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖
𝑀𝑀𝑇𝑇 = = → 𝑓𝑓𝑓 = 𝑓𝑓1 ′
𝑠𝑠𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 ′

Usando a fórmula de Gauss Agora precisamos calcular a posição dos eixos


1 1 1 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑓𝑓2 ′ principais. Da figura:
− + = → =
𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 𝑓𝑓2 ′ 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓2 + 𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓𝑠𝑠𝑜𝑜𝑜 𝑓𝑓 ′
𝐻𝐻22 𝐻𝐻2 = 𝑠𝑠𝑖𝑖𝑖 − 𝑓𝑓𝑓 = − 𝑓𝑓𝑓 = 𝑓𝑓1 ′ − 𝑑𝑑 − 𝑓𝑓𝑓
Combinando estas equações 𝑓𝑓1 𝑓𝑓1 ′
𝑓𝑓1 ′𝑓𝑓2 ′ 1 1 1 𝑑𝑑 Então
𝑓𝑓𝑓 = → = + −
𝑓𝑓1 ′ + 𝑓𝑓2 ′ − 𝑑𝑑 𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓1 ′ 𝑓𝑓2 ′ 𝑓𝑓1 ′𝑓𝑓2 ′ 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓
𝐻𝐻22 𝐻𝐻2 = − 𝐻𝐻11 𝐻𝐻1 =
𝑓𝑓1 ′ 𝑓𝑓2 ′

Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 58


Determine a distância focal de uma lente feita de uma esfera de vidro oca sem desconsiderar a
espessura do vidro.

Para a primeira interface (𝑡𝑡 = 𝑅𝑅1 − 𝑅𝑅2 )


2 𝐻𝐻11 𝐻𝐻21
1 1 1 𝑛𝑛 − 1 𝑡𝑡 𝑛𝑛 − 1 𝑡𝑡 1
= 𝑛𝑛 − 1 − − = =− 𝐻𝐻12 𝐻𝐻22
𝑓𝑓1 𝑅𝑅2 𝑅𝑅1 𝑛𝑛 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑛𝑛 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑓𝑓1 ′
𝑛𝑛𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 (𝑛𝑛 − 1)𝑡𝑡𝑓𝑓1 𝑅𝑅1 𝑅𝑅2 𝑅𝑅1 𝐻𝐻1 𝐻𝐻2 𝑅𝑅2
𝑓𝑓1 = → ℎ11 = = = 𝑅𝑅1 ℎ12 = 𝑅𝑅2
𝑛𝑛 − 1 𝑡𝑡 𝑛𝑛 𝑅𝑅2 𝑅𝑅2
A segunda interface é a mesma lente só que invertida. Então :
𝑓𝑓2 = −𝑓𝑓1′ 𝑓𝑓2′ = −𝑓𝑓1 ℎ21 = −ℎ12 ℎ22 = −ℎ11
Agora calculamos a distância focal do conjunto
lembrando que 𝑑𝑑 = 𝐻𝐻12 𝐻𝐻21 = 0
1 1 1 𝑑𝑑 2 𝑓𝑓1′
= + − ′2 = ′ → 𝑓𝑓𝑓 =
𝑓𝑓𝑓 𝑓𝑓1 ′ 𝑓𝑓1 ′ 𝑓𝑓1 𝑓𝑓1 2
𝑓𝑓 ′ 𝑑𝑑
𝐻𝐻2 𝐻𝐻22 =− =0 𝐻𝐻1 𝐻𝐻11 = 0
𝑓𝑓1 ′
Óptica Lentes Lentes espessas Tópicos Pág. 59
Matriz de translação
Um raio de luz pode ser definido por duas coordenadas:
sua posição, 𝑦𝑦, e sua inclinação, 𝛼𝛼.

Vamos considerar a propagação de um raio num meio homogêneo:


𝛼𝛼1 = 𝛼𝛼0 e 𝑦𝑦1 = 𝑦𝑦0 + 𝐿𝐿 tan 𝛼𝛼0
Usando a aproximação paraxial tan 𝛼𝛼0 ≅ 𝛼𝛼0 :
𝑦𝑦1 = 1 𝑦𝑦0 + 𝐿𝐿 𝛼𝛼0
𝛼𝛼1 = 0 𝑦𝑦0 + 1 𝛼𝛼0
Assim, alterações na altura e direção de um raio podem ser expressas por um sistemas de
equações lineares.
Usando uma notação matricial obtemos.
𝑦𝑦1 1 𝐿𝐿 𝑦𝑦0
𝛼𝛼1 = 0 1 𝛼𝛼0
Deste modo definimos uma matriz de transferência de 2×2 que representa a translação do raio.
1 𝐿𝐿
M= det 𝑀𝑀 = 1
0 1
Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 60
Método matricial
Para muitos componentes ópticos, podemos definir matrizes de 2 x 2 que determinam o
comportamento dos raios. O efeito do elemento em um raio é obtido multiplicando esta
matriz pelo seu vetor.

Matrizes de raios
podem descrever
sistemas simples e
complexos.

Sistema óptico ↔ matriz 2 x 2

𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝐴𝐴 𝐵𝐵 𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖 𝐶𝐶 𝐷𝐷 𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜

Estas matrizes são frequentemente chamadas de matrizes de ABCD.

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 61


Método matricial

𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖 O1 O2 O3 𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜

𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖


𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 = 𝑂𝑂3 𝑂𝑂2 𝑂𝑂1 𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖 = 𝑂𝑂3 𝑂𝑂2 𝑂𝑂1 𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 62


Matriz de reflexão
Considere a reflexão em uma superfície esférica.
Precisamos adicionar uma convenção para o sinal dos ângulos: ângulos são considerados
positivos para todos os raios apontando para cima, antes ou depois de uma reflexão; ângulos de
raios apontando para baixo são considerados negativos.
𝑦𝑦 = 𝑦𝑦 ′
𝛼𝛼 ′ = 𝜃𝜃 ′ − 𝜙𝜙 = 𝜃𝜃 − 𝜙𝜙 = 𝛼𝛼 − 𝜙𝜙 − 𝜙𝜙
2𝑦𝑦 𝑦𝑦
= 𝛼𝛼 − sin 𝜙𝜙 =
−𝑅𝑅 𝑅𝑅
2
= 𝑦𝑦 + 𝛼𝛼
𝑅𝑅
1 0
𝑦𝑦 ′ 2 𝑦𝑦
=
𝛼𝛼 ′ 1 𝛼𝛼
𝑅𝑅
1 0
M= 2 det 𝑀𝑀 = 1
1
𝑅𝑅

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 63


Matriz de refração
Consideramos agora a refração numa superfície esférica.
Usando aproximação paraxial: 𝑛𝑛 𝜃𝜃 ≅ 𝑛𝑛′ 𝜃𝜃 ′
Devemos obter a relação entre (𝑦𝑦, 𝛼𝛼) e (𝑦𝑦′,

Óptica Lentes Tópicos Pág. 64


Matriz de transferência de um sistema óptico
Para um sistema óptico que inclui qualquer número N de translações, reflexões e refrações,
podemos escrever a seguinte relação geral:
𝑦𝑦𝑁𝑁 𝑦𝑦0
𝛼𝛼𝑁𝑁 = 𝑀𝑀𝑁𝑁 𝑀𝑀𝑁𝑁−1 ⋅⋅⋅ 𝑀𝑀2 𝑀𝑀1 𝛼𝛼0
A matriz de transferência de raio (ou matriz do sistema) é
𝑀𝑀 = 𝑀𝑀𝑁𝑁 𝑀𝑀𝑁𝑁−1 ⋅⋅⋅ 𝑀𝑀2 𝑀𝑀1
O determinante da matriz do sistema tem uma propriedade muito interessante:
𝑛𝑛0
Det 𝑀𝑀 =
𝑛𝑛𝑓𝑓

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 65


Matriz para uma lente espessa

Atravessando a lente espessa, o raio sofre duas refrações e uma translação.


𝑦𝑦1 𝑦𝑦0
Para a primeira refração: 𝛼𝛼1 = 𝑀𝑀1 𝛼𝛼0
𝑦𝑦2 𝑦𝑦1
Para a translação: 𝛼𝛼2 = 𝑀𝑀2 𝛼𝛼1
𝑦𝑦3 𝑦𝑦2
Para a segunda refração: 𝛼𝛼3 = 𝑀𝑀3 𝛼𝛼2
𝑦𝑦3 𝑦𝑦0
Finalmente: 𝛼𝛼3 = 𝑀𝑀3 𝑀𝑀2 𝑀𝑀1 𝛼𝛼0
1 0 1 0
1 𝑡𝑡
Para uma lente espessa 𝑀𝑀 = 𝑛𝑛𝐿𝐿 −𝑛𝑛 𝑛𝑛𝐿𝐿
′ 𝑛𝑛−𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑛𝑛
𝑛𝑛′ 𝑅𝑅 𝑛𝑛 0 1 𝑛𝑛𝐿𝐿 𝑅𝑅1 𝑛𝑛𝐿𝐿
2

1 0 1 0
Para uma lente delgada 𝑀𝑀 = 𝑛𝑛𝐿𝐿 −𝑛𝑛 1

1
1 = − 𝑓𝑓
1
1
𝑛𝑛 𝑅𝑅2 𝑅𝑅1

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 66


Matriz de transferência de um sistema óptico
𝜕𝜕𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝜕𝜕𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 = 𝑦𝑦 + 𝛼𝛼
𝜕𝜕𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑖𝑖𝑖𝑖 𝜕𝜕𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖 𝑖𝑖𝑖𝑖

𝜕𝜕𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝜕𝜕𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 = 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 + 𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖
𝜕𝜕𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝜕𝜕𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖

→ 𝛼𝛼𝑓𝑓 = 𝐶𝐶𝑦𝑦𝑜𝑜 → 𝑦𝑦𝑓𝑓 = 𝐵𝐵𝛼𝛼𝑜𝑜


𝜕𝜕𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝜕𝜕𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
𝜕𝜕𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝜕𝜕𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖
magnificação
lateral

𝑦𝑦𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝐴𝐴 𝐵𝐵 𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖
𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 =
𝐶𝐶 𝐷𝐷 𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖

𝜕𝜕𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝜕𝜕𝛼𝛼𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
𝜕𝜕𝑦𝑦𝑖𝑖𝑖𝑖 𝜕𝜕𝛼𝛼𝑖𝑖𝑖𝑖 → 𝑦𝑦𝑓𝑓 = 𝐴𝐴𝑦𝑦𝑜𝑜 → 𝛼𝛼𝑓𝑓 = 𝐷𝐷𝛼𝛼𝑜𝑜
Magnificação angular

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 67


Colocamos um pequeno objeto no eixo a uma distância de 16 cm da extremidade esquerda de uma haste
longa de plástico com uma extremidade esférica polida de raio de 4 cm. O índice de refração do plástico é
1,50 e o objeto está no ar. Determine a distância imagem e ampliação lateral.

Lembrando que a ordem das matrizes é inversa, a matriz do sistema será


𝑥𝑥 2𝑥𝑥
1 0 1 0 1− 16 −
1 𝑥𝑥 1 − 𝑛𝑛 1 1 16 1 𝑥𝑥 1 − 1,5 1 1 16 12 3
𝑀𝑀 = = =
0 1 0 1 0 1 0 1 1 2
𝑛𝑛′ 𝑅𝑅 𝑛𝑛′ 4 (1,5) 1,5 − −
12 3
Para que os raios convirjam no plano imagem 𝐵𝐵 = 0
2𝑥𝑥
𝐵𝐵 = 16 − =0 → 𝑥𝑥 = 24 𝑐𝑐𝑐𝑐
3
A magnificação lateral é dada pelo valor de 𝐴𝐴
𝑥𝑥
𝑚𝑚 = 𝐴𝐴 = 1 − = −1
12

Óptica Lentes Método matricial Tópicos Pág. 68


Pontos cardinais de um sistema óptico
Podemos achar a posição dos pontos cardinais a partir da matriz do sistema
𝑦𝑦𝑓𝑓 𝐴𝐴𝐴𝐴 − 𝐵𝐵𝐵𝐵 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 𝑀𝑀 𝑛𝑛0 1
𝑦𝑦𝑓𝑓 = 𝐴𝐴𝑦𝑦0 + 𝐵𝐵𝛼𝛼0 → 𝑓𝑓1 = − = = =
𝛼𝛼0 𝐶𝐶 𝐶𝐶 𝑛𝑛𝑓𝑓 𝐶𝐶
𝐷𝐷 𝑦𝑦0 𝐷𝐷
𝛼𝛼𝑓𝑓 = 𝐶𝐶𝑦𝑦0 + 𝐷𝐷𝛼𝛼0 = 0 → 𝑦𝑦0 = − 𝛼𝛼 e 𝛼𝛼0 = → 𝑝𝑝 =
𝐶𝐶 0 −𝑝𝑝 𝐶𝐶

Distâncias focais
𝐷𝐷 𝐴𝐴 ′
1 𝑛𝑛𝑜𝑜 ⁄𝑛𝑛𝑓𝑓
𝑝𝑝 = 𝑞𝑞 = − 𝑓𝑓 = − 𝑓𝑓 =
𝐶𝐶 𝐶𝐶 𝐶𝐶 𝐶𝐶
Pontos principais
𝐷𝐷 − 𝑛𝑛𝑜𝑜 ⁄𝑛𝑛𝑓𝑓 1 − 𝐴𝐴
ℎ1 = ℎ2 =
𝐶𝐶 𝐶𝐶
Pontos nodais
𝐷𝐷 − 1 𝑛𝑛𝑜𝑜 ⁄𝑛𝑛𝑓𝑓 − A
𝑟𝑟1 = 𝑟𝑟2 =
𝐶𝐶 C
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Ache a distância focal de uma lente de Tessar.

Nesta lente composta, um raio sofrera 7 refrações (ℛ) e 6


translações (𝒯𝒯). Então
𝑀𝑀 = ℛ7 𝒯𝒯76 ℛ6 𝒯𝒯65 ℛ5 𝒯𝒯54 ℛ4 𝒯𝒯43 ℛ3 𝒯𝒯32 ℛ2 𝒯𝒯21 ℛ1
Podemos aplicar as matrizes de transferência já encontradas
com base aos dados do problema. Por exemplo,
1 0 1 0
ℛ1 = 1−𝑛𝑛𝑡𝑡𝑡 1 =
𝑛𝑛𝑡𝑡𝑡 �𝑅𝑅1 𝑛𝑛𝑡𝑡𝑡 −0,233 0,620

Repetindo este processo para cada ponto e multiplicando as


matrizes, obtemos
0,867 1,339
𝑀𝑀 =
−0,197 0,849
A partir desta matriz podemos calcular a posição dos focos
𝑓𝑓 = 5,078 ; ℎ1 = 0,77 e ℎ2 = −0,67

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Traçado de raios
Cada raio é traçado independentemente, usando
apenas as leis de reflexão e refração juntamente
com a geometria, para determinar a qualidade
da imagem de um sistema óptico.

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Traçado de raios

https://ray-optics.readthedocs.io/ RTX Real time ray tracing

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Índice geral

1. Natureza da luz

2. Reflexão

3. Espelhos

4. Refração

5. Lentes

6. Instrumentos ópticos

7. Interferência e difração

8. Polarização

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