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Plano de Estagio Clinico - AP1-1
Plano de Estagio Clinico - AP1-1
CURSO DE PSICOLOGIA
CAMPUS GRAVATAÍ
PLANO DE ESTÁGIO
Acadêmica:
Luciane Rodrigues Kobielski Nicola
Gravataí
2023
IDENTIFICAÇÃO
Supervisora Local
Roberta Zanini da Rocha
CRP: 07/26461
Supervisora Acadêmica
Gabriela Santana Guzinski
CRP: 07/30132
INTRODUÇÃO
A realização deste estágio curricular específico torna possível um dos primeiros contatos
do estagiário com a prática profissional, além da aquisição de um maior conhecimento da área
de atuação na Psicologia, desenvolvendo uma vivencia ativa, que visa aprimorar os
aprendizados adquiridos durante a graduação, enriquecendo suas qualificações profissionais.
O Estágio em Processos Clínicos e Psicoterapêuticos I tem caráter obrigatório para a
conclusão da graduação em Psicologia na ULBRA. As atividades a serem desenvolvidas
devem estar alinhadas às especificidades do local de estágio, devidamente fundamentadas,
para que atendam ao compromisso ético e profissional que se busca consolidar, sempre
acompanhado pelas supervisões local e acadêmica.
A profissão de psicólogo foi instituída em 1962 e junto com ela logo surgiram os
serviços-escola, com o objetivo principal de atender à necessidade de formação nos cursos de
Psicologia. Os serviços-escola têm, desde então, o objetivo de aplicar, na prática, as técnicas
psicológicas aprendidas em sala de aula. Ao mesmo tempo, adquiriram também um papel social
importante, visto que possibilitam à população carente um atendimento psicológico que, de
outro modo, poderia ser inacessível (Peres, Santos e Coelho, 2003). A ULBRA conta com
Núcleo Integrado de Psicologia (NIP), no entanto dentro de estágio clínico obrigatório oferece
a oportunidade de estudantes realizarem a busca do local de estágio em outros locais e clínicas
conveniadas abrindo oportunidades.
O presente plano de estágio tem por objetivo apresentar as atividades que serão
realizadas no Estágio em Processos Clínicos e Psicoterapêuticos I, que ocorrerão no Núcleo
Integrado de Psicologia (NIP), sendo este o serviço-escola da Universidade Luterana do Brasil
(ULBRA) no Campus Gravataí.
O NIP atende à demanda da comunidade, em sua maioria, pessoas com situação
socioeconômica de baixa renda do município. As atividades do serviço são os Plantões
psicológicos, que são o primeiro acesso. Sendo como uma modalidade de atendimento de
carater emergencial, como se fosse uma triagem, que almeja o acolhimento mais próximo da
necessidade do paciente, auxiliando-o a manejar seus recursos (Breschigliari e Jafelice, 2015
citado em Daher, et. al, 2017).
A partir dos acolhimentos nos plantões, que acontecem em até 05 (cinco) sessões, no
qual a escuta clínica tem por objetivo, além de acolher o sofrimento emergente, entender a
demanda que o paciente traz, e sempre que necessário, realizar os encaminhamentos
necessários para a demanda apresentada, seja ela psicoterapia ou avaliação psicológica, que
são oferecidas pelo NIP, ou para situações que demandam outros profissionais ou serviços,
são feitos os encaminhamentos para a rede de saúde do município.
O NIP - Núcleo Integrado de Psicologia foi fundado no ano de 1999, localizado dentro
das dependências da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), no Campus Gravataí- RS,
situado na Avenida Itacolomi, nº 3.600, no bairro São Vicente.
A infraestrutura do serviço-escola para este semestre letivo inicialmente contava com
apenas duas salas para atendimentos, uma delas priorizando o atendimento infantil e a outra
para atendimento de adolescentes, adultos e/ou idosos, uma sala de espera que funciona como
a recepção dos pacientes e seus responsáveis, duas salas para arquivos, sendo uma para
prontuários e testes psicológicos, e a outra para materiais de uso e uma sala ao lado das salas
principais para que os estagiários possam desenvolver os prontuários, discussões de casos e
também onde ocorrem as supervisões locais. Porém, no início do mês de abril, devido a venda
de parte da estrutura da Universidade foi necessária uma mudança, passando todas as
acomodações do Núcleo para o prédio 3 que agora conta provisoriamente com cinco salas de
atendimento no segundo andar, sendo duas delas para atendimentos de adolescentes, adultos
e/ou idosos, e as outras três com foco no atendimento infantil. A sala de reuniões dos
estagiários também ficou neste andar, enquanto a recepção está localizada no andar térreo.
O acesso ao serviço-escola do NIP pode se dá pela busca espontânea de seus
interessados e/ou também por encaminhamentos da rede de saúde e de educação pública do
município. A clínica psicológica, na contemporaneidade, constitui diversas áreas de possíveis
atuação em Psicologia, e principalmente um modo particular de exercer uma escuta
diferenciada, que é centrada no sujeito e nas suas demandas e singularidades. A prática clínica
tem o objetivo complexo que vai além das variáveis trabalhadas no setting terapêutico, envolve
a lida com fatores culturais mais amplos que atravessam o sujeito, que acima de tudo, é
histórico. Assim, a importância da clínica como espaço privilegiado para atender os
desdobramentos do campo social sobre o sujeito, se faz necessário para além dos discursos que
envolvem a Psicologia e a colocam num paradigma individualizante a ser superado (Gomes e
Souza, 2019).
PROGRAMA DE ATIVIDADES
PLANTÃO PSICOLÓGICO
Justificativa
Este serviço justifica-se por ser, além do acesso mais democrático possível frente à
demanda da comunidade que busca por um atendimento especializado na área da saúde mental
e emocional é também, uma ferramenta que possibilita por meio do acolhimento, avaliar a
demanda do paciente, para possíveis e necessários encaminhamentos especializados para além
da psicoterapia e avaliação psicológica, que também são ofertadas pelo NIP.
O plantão psicológico é uma intervenção no serviço-escola de Psicologia, porém não
comporta algumas demandas, como por exemplo casos de ideação suicida, violência sexual
e emergências psiquiátricas. O serviço é destinado às pessoas que buscam atendimento em
saúde mental de maneira espontânea ou por encaminhamentos pela parceria com a rede de
educação e saúde pública do município de Gravataí e de outros serviços parceiros.
Objetivos
O atendimento de plantão é composto por cinco sessões que visam ouvir, acolher,
acompanhar o paciente que busca pelo serviço. Em caso da necessidade de continuidade do
acompanhamento em psicoterapia e sendo este um desejo do paciente, será encaminhado para
início de atendimento psicoterápico no NIP. Normalmente observa-se uma lista de espera para
esse atendimento em psicoterapia que é realizado conforme a disponibilidade de atendimentos
pela atual equipe de estagiários.
Público Alvo
Procedimentos Operacionais
Fundamentação Teórica
PSICOTERAPIA
Justificativa
Dar continuidade aos atendimentos que estavam sendo realizados no semestre anterior
pelos estagiários que concluíram sua formação (processo de passagem de casos);
Promover atendimento clínico psicoterapêutico às pessoas que apresentam demandas e
tenham interesse em realizar psicoterapia;
Propiciar um espaço de escuta clínica às pessoas em situação de vulnerabilidade em
condições socioeconômicas de baixa renda.
Público Alvo
Crianças, adolescentes, adultos e/ou idosos inscritos na fila de espera do NIP para
atendimentos em psicoterapia.
Procedimentos operacionais
Fundamentação Teórica
GRUPO DE ESTUDOS
Justificativa
Objetivos
Público alvo
Procedimentos operacionais
SUPERVISÃO LOCAL
FEVEREIRO A JUNHO/2023
Das 15 às 17h
Das 14 às 18h Das 15 às 17h Atendimentos
Atendimentos Plantão
Das 16 às 19h
(1h de estudos em Psicologico Das 17 às 19h Atendimentos
grupo quinzenal) Supervisão
Das 17 às 19h Acadêmica
Supervisão Local
REFERÊNCIAS
Peres, RS, Santos, MAD, & Coelho, HMB (2003). Atendimento psicológico a estudantes
universitários: considerações acerca de uma experiência em clínica-escola. Estudos de
Psicologia (Campinas) , 20 , 47-57.
Araujo, F. M. R. & Kessler, C. H. (2019). A supervisão na clínica-escola como báscula
para a psicanálise na universidade. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 71(1),
128-142. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
52672019000100010
Daher, A. C. B., Ortolan, M. L. M., Sei, M. B. & Victrio, K. C. (2017). Plantão psicológico
a partir de uma escuta psicanalítica. Ciências Sociais e Humanas. v. 38, n. 2,
p. 147-158. Disponível em:
https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/32074
RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, v.21, n. esp.2, p. 1098-1118, nov.
2017. ISSN: 1519-9029 DOI: 10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10184 1112
Neto, W.M.F.S et al (2017) Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 21, Número 3,
Setembro/Dezembro de 2017: 573-582 - http://dx.doi.org/10.1590/2175-
3539/2017/0213111111