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Concretos Especiais

Profª Lilian Brasileiro


Concreto Autoadensável (CAA)
 Inicialmente, o CAA foi desenvolvido para sanar o problema de difícil acesso
dos equipamentos de vibração necessários ao concreto convencional nas
fôrmas de geometria complexa e com elevadas taxas de armadura
Concreto Autoadensável (CAA)
 Inicialmente, o CAA foi desenvolvido para sanar o problema de difícil acesso
dos equipamentos de vibração necessários ao concreto convencional nas
fôrmas de geometria complexa e com elevadas taxas de armadura
Concreto Autoadensável (CAA)
 Essa má vibração acabava culminando em nichos de concretagem e possíveis
áreas de mais fácil acesso de substâncias que pudessem ocasionar danos
futuros à estrutura e comprometer sua durabilidade
Concreto Autoadensável (CAA)
 O CAA é capaz de se moldar nas fôrmas por conta própria e preencher, sem
necessidade nenhuma de vibração ou compactação externa de qualquer
natureza, os espaços destinados a ele
Concreto Autoadensável (CAA)
 Com o avanço das pesquisas com o CAA, percebeu-se que as suas vantagens
vão além da solução para os transtornos da vibração
✓ Propicia melhor ambiente de trabalho (eliminação de ruídos e redução de
problemas de saúde dos trabalhadores)
✓ Gera um aumento significativo da produtividade
✓ Assegura excelente acabamento superficial das peças (indústria de pré-moldados é
uma das principais usuárias)
✓ Contribui com a preservação do meio ambiente, já que possibilita a incorporação
de resíduos industriais em sua composição
✓ Diminuição da energia elétrica, manutenção de equipamentos, mão de obra e
tempo de concretagem e, consequentemente, do tempo de execução da obra
✓ Possibilidade de concretar em centros urbanos, próximo de hospitais e escolas em
horário comercial e no período da noite, evitando transtornos à vizinhança
Concreto Autoadensável (CAA)
Concreto Autoadensável (CAA)
 Seleção dos componentes da mistura:
✓ Geralmente se baseia nas propriedades desejadas do concreto
✓ Deve-se levar em consideração a disponibilidade de materiais no mercado local a
fim de manter a competitividade com o concreto convencional
✓ Qualidade e uniformidade dos materiais constituintes do CAA devem ser
asseguradas pelo fato deste ser muito mais sensível às variações no estado fresco
do que o concreto convencional

 A fim de alcançar as propriedades reológicas necessárias ao


autoadensamento, o CAA exige, além dos materiais utilizados na produção de
concreto convencional, a incorporação de mais dois tipos de materiais em sua
composição:
✓ Aditivo superplastificante - assegura a alta fluidez
✓ Adição de material fino - garante a coesão e a viscosidade
Concreto Autoadensável (CAA)
 Para a produção de CAA é necessária a presença de um elevado teor de finos
para que o concreto apresente viscosidade adequada, sendo o cimento o
material que contribui com grande parte destes finos

 O aumento no consumo de cimento, porém, pode gerar efeitos indesejáveis


no concreto fresco e endurecido, como aumento da liberação de calor de
hidratação e aumento da retração plástica

 Logo, o uso de cimentos com algum tipo de adição em sua composição ou a


incorporação de adições minerais ao concreto, então, pode ser uma solução
para se evitar, ou minimizar, os efeitos negativos ao concreto causados pelo
excesso de cimento
Concreto Autoadensável (CAA)
 A quantidade de água de uma mistura é dividida basicamente em quatro
partes:
✓ Hidratação do cimento
✓ Absorção e adsorção dos agregados e materiais finos
✓ Preencher a porosidade do esqueleto granular
✓ Garantir a fluidez do concreto

 Sobre o uso de aditivos químicos no CAA pode-se inferir que dentre os aditivos
capazes de maiores reduções da água de amassamento estão os
superplastificantes produzidos à base de policarboxilatos
Concreto Autoadensável (CAA)
 O desenvolvimento das características adequadas do concreto autoadensável
requer:
✓ Controle dos parâmetros reológicos da matriz cimentícia
✓ Quantidade de material fino complementar
✓ Quantidade e distribuição do tamanho das partículas dos agregados graúdos

 A autoadensibilidade do concreto deve ser averiguada por ensaios no estado


fresco, preconizados pela ABNT NBR 15823:2017
Concreto Autoadensável (CAA)
 Em geral, os concretos autoadensáveis são caracterizados por:
✓ Baixo valor de tensão de escoamento – necessária para aumentar o espalhamento
do concreto
✓ Viscosidade plástica relativamente alta – responsável por manter uma dispersão
homogênea das partículas sólidas durante o lançamento do concreto, mantendo a
estabilidade da mistura

 O CAA também permite grande liberdade de formas e dimensões,


preenchendo fôrmas curvas, de seções reduzidas, esbeltas, com altas taxas de
armadura e de difícil acesso, bem como torna o local de trabalho mais seguro
em função da diminuição do número de trabalhadores
Concreto Autoadensável (CAA)
 Para ser considerado autoadensável, o concreto deve satisfazer determinadas
propriedades no estado fresco, tais como:
✓ Preencher todos os espaços da fôrma somente pela ação do seu próprio peso
✓ Passar entre os obstáculos (armaduras e diminuição de seções) sem sofrer bloqueio
✓ Manter a estabilidade da mistura, sem que haja ocorrência de segregação e/ou
exsudação de seus componentes

 O CAA só pode ser diferente do concreto convencional até que a mistura passe
do estado fresco para o endurecido.
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-2:2017 – Concreto autoadensável – Parte 2: Determinação do
espalhamento, do tempo de escoamento e do índice de estabilidade visual –
Método do cone de Abrams:
✓ Aparelhagem: Molde do Cone de Abrams
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-2:2017 – Concreto autoadensável – Parte 2: Determinação do
espalhamento, do tempo de escoamento e do índice de estabilidade visual –
Método do cone de Abrams:
✓ Aparelhagem: Placa-base
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-2:2017 – Concreto autoadensável – Parte 2: Determinação do
espalhamento, do tempo de escoamento e do índice de estabilidade visual –
Método do cone de Abrams:
▪ Aparelhagem:
✓ Régua metálica de no mínimo 1000mm
✓ Recipiente com capacidade de pelo menos 10L
✓ Complemento tronco-cônico
✓ Colher de pedreiro
✓ Cronômetro
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-2:2017 – Concreto autoadensável – Parte 2: Determinação do
espalhamento, do tempo de escoamento e do índice de estabilidade visual –
Método do cone de Abrams:
▪ Resultados:
✓ Espalhamento (SF): média aritmética de duas medidas perpendiculares do
diâmetro, em mm
✓ Tempo de escoamento (t500): intervalo de tempo, em segundos, entre o início
e o final do escoamento do concreto até a marca de 500 mm da base
✓ Índice de estabilidade visual (IEV): determinado visualmente pela análise do
concreto imediatamente após o término do escoamento
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-3:2017 – Concreto autoadensável – Parte 3: Determinação da
habilidade passante – Método do anel J:
▪ Aparelhagem:
✓ Idem ao ensaio anterior, exceto cronômetro
✓ Anel J: em casos particulares podem ser adotadas barras verticais com
diâmetro e espaçamento definidos pelo solicitante, desde que o espaçamento
não seja maior que três vezes a dimensão máxima característica do agregado
graúdo
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-3:2017 – Concreto autoadensável – Parte 3: Determinação da
habilidade passante – Método do anel J:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-3:2017 – Concreto autoadensável – Parte 3: Determinação da
habilidade passante – Método do anel J:
▪ Após a retirada do cone, deve-se aguardar até que o concreto alcance situação de
aparente repouso e, em seguida, realizar duas medidas perpendiculares entre si do
diâmetro de espalhamento do concreto
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-3:2017 – Concreto autoadensável – Parte 3: Determinação da
habilidade passante – Método do anel J:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-3:2017 – Concreto autoadensável – Parte 3: Determinação da
habilidade passante – Método do anel J:
▪ Resultados:
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 ABNT NBR 15823-3:2017 – Concreto autoadensável – Parte 3: Determinação da
habilidade passante – Método do anel J:
▪ Resultados:
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 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
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 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Aparelhagem:
✓ Caixa L
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 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Aparelhagem:
✓ Caixa L
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 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Aparelhagem:
✓ Caixa L
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 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Aparelhagem:
✓ Recipiente com volume igual ou superior a 14L
✓ Colher de pedreiro
✓ Régua metálica
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 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Resultados
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 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Resultados
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-4:2017 – Concreto autoadensável – Parte 4: Determinação da
habilidade passante – Métodos da caixa L e da caixa U:
▪ Aparelhagem:
✓ Caixa U
▪ Resultados:
✓ HP = R1 – R2
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 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-5:2017 – Concreto autoadensável – Parte 5: Determinação da
viscosidade – Método do funil V:
▪ Aparelhagem
✓ Funil V
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-5:2017 – Concreto autoadensável – Parte 5: Determinação da
viscosidade – Método do funil V:
▪ Aparelhagem
✓ Funil V
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-5:2017 – Concreto autoadensável – Parte 5: Determinação da
viscosidade – Método do funil V:
▪ Aparelhagem
✓ Recipiente com volume igual ou superior a 12L
✓ Concha metálica
✓ Colher de pedreiro
✓ Cronômetro
▪ Resultados
✓ T10s
✓ T5min
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 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
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 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
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 ABNT NBR 15823-6:2017 – Concreto autoadensável – Parte 6: Determinação da
resistência à segregação – Métodos da coluna de segregação e da peneira:
▪ Aparelhagem
✓ Coluna de segregação
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 ABNT NBR 15823-6:2017 – Concreto autoadensável – Parte 6: Determinação da
resistência à segregação – Métodos da coluna de segregação e da peneira:
▪ Aparelhagem
✓ Concha metálica
✓ Colher de pedreiro
✓ Cronômetro
▪ Execução do ensaio
✓ Aproximadamente 20 minutos após a moldagem devem ser retiradas porções
de concreto do topo e da base da coluna. Procedimento realizado com o
auxílio de chapa metálica
✓ Cada amostra deve ser lavada individualmente sobre uma peneira #4,75 mm
✓ Os agregados graúdos devem ser submetidos a uma secagem superficial (SSS) e
em seguida devem ser pesados
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-6:2017 – Concreto autoadensável – Parte 6: Determinação da
resistência à segregação – Métodos da coluna de segregação e da peneira:
▪ Resultados
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 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA) - Ensaios
 ABNT NBR 15823-1:2017 – Concreto autoadensável – Parte 1: Classificação,
controle e recebimento no estado fresco:
Concreto Autoadensável (CAA)
 A comunidade da construção brasileira tem, cada vez mais, adotado o CAA
como um futuro concreto convencional:
✓ Garantia de melhores propriedades mecânicas e de durabilidade às estruturas de
concreto, armado ou protendido
✓ Aumento da velocidade de execução
Concreto Autoadensável (CAA)
Concreto Autoadensável (CAA)
Concreto Autoadensável (CAA)

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