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TCC 2017 - 2 - Manoela e Renata
TCC 2017 - 2 - Manoela e Renata
Palhoça
2017
MANOELA ELISA DOS SANTOS
RENATA PEIXER MUNARIM
Palhoça
2017
AGRADECIMENTOS
Marie Curie
RESUMO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................15
1.1 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA................................................................16
1.2 PROBLEMA A SER RESOLVIDO..............................................................16
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................... 17
1.3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................... 17
1.4 METODOLOGIA ..................................................................................... 17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................19
2.1 CONCRETO ARMADO .......................................................................... 19
2.1.1 Concreto ............................................................................................. 20
2.1.1.1 CIMENTO ...................................................................................... 21
2.1.1.2 ADITIVOS ...................................................................................... 21
2.1.1.3 AGREGADOS ................................................................................ 23
2.1.1.4 ÁGUA............................................................................................. 24
2.1.2 Aço ...................................................................................................... 24
2.1.3 Aderência ............................................................................................ 30
2.1.4 Resistência Característica à Compressão ( ).............................. 30
2.1.5 Deformações do Concreto ................................................................ 31
2.1.6 Módulo de Elasticidade (E)................................................................ 33
2.2 FÔRMAS ................................................................................................ 35
2.3 VIDA ÚTIL E DURABILIDADE................................................................ 36
2.4 CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL ........................................ 38
2.5 CARGAS ................................................................................................ 42
2.5.1 Cargas Permanentes ......................................................................... 43
2.5.2 Cargas Acidentais .............................................................................. 44
2.5.3 Cargas Verticais ................................................................................. 47
2.5.4 Cargas Horizontais ............................................................................ 48
2.5.5 Cálculo das forças devidas ao vento nas edificações .................... 48
2.5.5.2 Determinação das forças estáticas devidas ao vento .............. 50
2.5.5.3 Coeficiente de Pressão ............................................................... 51
2.5.5.4 Velocidade básica do vento ........................................................ 52
2.5.5.5 Fator topográfico .................................................................... 53
2.5.5.6 Rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre
o terreno S2 ................................................................................................... 53
2.5.5.7 Fator estatístico S3 ...................................................................... 56
2.5.5.8 Coeficiente de arrasto ............................................................ 57
2.6 PARÂMETROS DE ESTABILIDADE E EFEITOS DE 2° ORDEM.......... 59
2.6.1 Parâmetro de Instabilidade ............................................................ 60
2.6.2 Coeficiente ..................................................................................... 61
2.6.3 Análise P-Delta ................................................................................... 62
2.7 ESTADOS LIMITES ............................................................................... 64
2.8 ELEMENTOS ESTRUTURAIS ............................................................... 65
2.9 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL E LANÇAMENTO DA ESTRUTURA ...... 69
2.9.1 SOFTWARE ALTOQI EBERICK V10 ........................................... 71
2.10 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ................................................................... 72
2.10.1 LAJES ........................................................................................... 72
2.10.2 VIGAS ............................................................................................ 87
2.10.3 PILARES ....................................................................................... 95
3 ESTUDO DE CASO..................................................................................101
3.1 EDIFICAÇÃO........................................................................................ 101
3.2 PROJETO ESTRUTURAL .................................................................... 102
3.2.1 CASO 1.........................................................................................106
3.2.2 CASO 2.........................................................................................109
3.2.3 CASO 3.........................................................................................111
3.2.4 CASO 4.........................................................................................114
4 RESULTADOS.........................................................................................115
4.1 COMPARATIVO 1 ................................................................................ 115
4.2 COMPARATIVO 2 ................................................................................ 116
4.3 COMPARATIVO 3 ................................................................................ 118
4.4 COMPARATIVO 4 ................................................................................ 120
4.5 COMPARATIVO GERAL ...................................................................... 122
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................127
REFERÊNCIAS.............................................................................................129
15
1 INTRODUÇÃO
1.3 OBJETIVOS
1.4 METODOLOGIA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Concreto
2.1.1.1 Cimento
2.1.1.2 Aditivos
2.1.1.3 Agregados
2.1.1.4 Água
2.1.2 Aço
(conclusão)
a Outros diâmetros nominais podem ser fornecidos a pedido do comprador, mantendo-se
as faixas de tolerância do diâmetro mais próximo.
bA densidade linear de massa (em quilogramas por metro) é obtida pelo produto da área
da seção nominal em metros quadrados por 7 850 kg/m³.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480:2007 Aço
destinado a armaduras para estruturas de concreto armado: Especificação. Rio de Janeiro,
2007.
Para que o aço tenha alguma utilidade estrutural ele precisa sofrer
modificações. Para isso é feito um tratamento que pode ser a quente ou a frio:
O tratamento a quente, segundo Pinheiro, Muzardo e Santos (2007,
p. 3.2), consiste na laminação, forjamento ou estiramento do aço, realizado em
temperaturas acima de 720ºC (zona crítica).
Ainda para Pinheiro, Muzardo e Santos (2007, p. 3.3), o aço obtido
nessa situação apresenta melhor trabalhabilidade, aceita solda comum, possui
diagrama tensão-deformação com patamar de escoamento (como mostra a
Figura 1), e resiste a incêndios moderados, perdendo resistência apenas com
temperaturas acima de 1150ºC. Estão incluídos neste grupo os aços CA-25 e
CA-50.
Sendo que:
P = força aplicada;
A = área da seção em cada instante;
= área inicial da seção;
a = ponto da curva correspondente à resistência convencional;
b = ponto da curva correspondente à resistência aparente;
c = ponto da curva correspondente à resistência real.
nervuras longitudinais.
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7480. Aço destinado a armaduras
para estruturas de concreto armado: Especificação. Rio de Janeiro, 2007.
Sendo que:
b = altura da nervura longitudinal;
A1/4 = altura da nervura a ¼ do seu comprimento;
A1/2 = altura da nervura a ½ do seu comprimento;
A3/4 = altura da nervura a ¾ do seu comprimento;
β = ângulo entre o eixo da nervura oblíqua e o eixo da barra;
e = espaçamento entre nervuras
Alongamento Coeficiente de
Categoria total na força Diâmetro do conformação
fyka fstb Alongamento máximad pino superficial
após ruptura mínimo
MPae MPa1 em 10 ϕc Agt mm
η
%
Φ < 20 Φ ≥ 20 Φ < 10 Φ ≥ 10
CA-25 250 1,20 fy 18 - 2Φ 4Φ 1 1
CA-50 500 1,08 fy 8 5 3Φ 6Φ 1 1,5
CA-60 600 1,05 fy 5 - 5Φ - 1 1,5
Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7480. Aço destinado a armaduras
para estruturas de concreto armado: Especificação. Rio de Janeiro, 2007.
Sendo que:
fyk = Resistência característica de escoamento;
2.1.3 Aderência
= + 1,65 × (1)
Da expressão:
: é o desvio-padrão da dosagem.
E = 5600 f (2)
Da expressão:
E : módulo de deformação tangente inicial.
Da expressão:
E : módulo de elasticidade secante.
2.2 FÔRMAS
Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
Marinhaa
III Forte Grande
Industriala,b
Industriala,c
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma
classe acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e
áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com
concreto revestido com argamassa e pintura).
b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras
em regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65%, partes
da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde
raramente chove.
c Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento
em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118. Projeto de
Estruturas de Concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. 2014.
Classe de agressividade
Laje b 20 25 35 45
Concreto armado
Viga/pilar 25 30 40 50
Laje 25 30 40 50
Concreto protendido a
Viga/pilar 30 35 45 55
a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura
passiva deve respeitar os cobrimentos para concreto armado.
b Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso,
com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e
acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e
outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas de 7.4.7.5, respeitado um
cobrimento nominal de 15 mm.
c Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de
tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em
ambientes química e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da
classe de agressividade IV.
d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura
deve ter cobrimento nominal de 45 mm.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118. Projeto de
Estruturas de Concreto - Procedimento. Rio de Janeiro. 2014.
2.5 CARGAS
a) permanentes;
b) acidentais e
c) variáveis.
(conclusão)
O peso de revestimentos especiais Como placas de chumbo, nas paredes de
sala de Raio X.
Fonte: REBELLO, 2001, p. 36.
(continuação)
Carga
Local
(kN/m²)
(conclusão)
Carga
Local
(kN/m²)
Arenito 26
Basalto 30
Rochas Gneiss 30
Granito 28
Mármore e calcário 28
Blocos de argamassa 22
Cimento amianto 20
Lajotas cerâmicas 18
Blocos artificiais
Tijolos furados 13
Tijolos maciços 18
Tijolos sílico-calcáreos 20
Argamassa de cal 19
Argamassa de cimento e areia 21
Revestimentos e
concretos Argamassa de gesso 12,5
Concreto simples 24
Concreto armado 25
Pinho, cedro 5
Louro, imbuia, pau óleo 6,5
Madeiras
Guajuvirá, guatambu, grápia 8
Angico, cabriúva, ipê róseo 10
47
(conclusão)
Peso específico aparente
Materiais
(kN/m³)
Aço 78,5
Alumínio e ligas 28
Bronze 85
Chumbo 114
Metais Cobre 89
Ferro fundido 72,5
Estanho 74
Latão 85
Zinco 72
Alcatrão 12
Asfalto 13
Borracha 17
Materiais diversos
Papel 15
Plástico em folhas 21
Vidro plano 26
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120. Peso específico de
materiais de construção. Rio de Janeiro. 1980. 2 p.
Segundo o item 4.2.1 da norma ABNT NBR 6123:1988 (p. 4), como
a força do vento depende da diferença de pressão nas faces opostas da parte
da edificação em estudo, os coeficientes de pressão são dados para superfícies
externas e internas. Entende-se por pressão efetiva, ∆) , em um ponto da
superfície de uma edificação, o valor definido pela expressão 6.
∆) = ∆)* − ∆) (6)
Da expressão:
∆)* : pressão efetiva externa,
∆) : pressão efetiva interna.
52
Assim:
Da expressão:
∆)*
-.* = = coeficiente de pressão externa,
&
∆)
-. = = coeficiente de pressão interna.
&
Segundo o item 5.2 da norma ABNT NBR 6123:1988 (p. 5), o fator
topográfico # leva em consideração as variações do relevo do terreno e é
determinado do seguinte modo:
a) Terreno plano ou fracamente acidentado, # = 1,0;
b) Taludes e morros, # = 1,0 e
c) Vales profundos, protegidos de ventos de qualquer direção, # =
0,90.
E .
= A × BC × D F
$
10
(8)
BJ = IJ ×& × * (9)
IJ : coeficiente de arrasto
&: pressão dinâmica
*: área frontal efetiva
58
Q
= LMNMJO ×P
(10)
R ST
2.6.2 Coeficiente YZ
Q ×c
"=
d
(13)
Da expressão:
L: extensão da barra;
N: carga normal atuante;
a: deslocamento relativo entre as extremidades da barra,
V: força horizontal fictícia a ser acrescentada na análise.
2.10 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
2.10.1 Lajes
Segundo Alva (2007, p.12) a espessura da laje (h) pode ser estimada
pela expressão 14, onde de é o menor vão da laje:
de
ℎ≅
40
(14)
A norma ABNT NBR 6118:2014 (p. 74) prescreve que nas lajes
maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura:
a) 7 cm para cobertura não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou
igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que
30 kN;
f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo
ℓ ℓ
de i$ para lajes de piso biapoiadas e j para lajes de piso contínuas;
Segundo Alva (2007, p. 12), deve-se frisar ainda que as lajes dos
edifícios necessitam de espessuras adequadas para garantir um isolamento
acústico mínimo entre pavimentos e evitar deformações indesejáveis.
Para Deichmann (2016, p. 37), o vão efetivo de lajes pode ser
considerado a partir da expressão 14, desde que seus apoios possam ser
considerados rígidos o suficiente face ao deslocamento vertical.
k*l = k + c# + c$ (15)
Da expressão:
k : distância entre as faces internas entre dois apoios consecutivos;
Mn
c# ≤ m $
0,3 o ℎ
Mp
c$ ≤ m $
0,3 o ℎ
Da expressão:
ke : menor vão efetivo da laje;
kr : maior vão efeito da laje.
Se o valor de q for maior que dois, classifica-se a laje como
unidirecional, caso contrário a mesma será bidimensional.
Sobre a vinculação dos bordos da laje, Deichmann (2016, p. 38)
aborda que podem ser considerados como livres, apoiados ou engastados. A
classificação do tipo de vinculação deve ser feita de modo a representar de
maneira mais fiel possível como a laje se comporta em seu contorno:
O tipo de vinculação utilizado às lajes é adotado, principalmente para
cálculo dos esforços solicitante e das deformações. O vínculo
simplesmente apoiado é adotado quando a laje se apoia sobre viga,
sem laje adjacente, ou quando não é recomendado admitir a
continuidade com outra laje vizinha. O vínculo engastado é utilizado
em lajes em balanço, para garantir a estabilidade desse elemento na
estrutura, e em lajes que possuam continuidade com lajes vizinhas.
(DEICHMANN, 2016, p.38)
".Jt ×u.Jt
s.Jt =
ke ×kr
(18)
Da expressão:
s.Jt : carregamento permanente por m² devido ao peso próprio da
parede;
".Jt : volume da parede;
u.Jt : peso específico da parede.
Da expressão:
v.Jt : carregamento pontual da parede sobre o menor vão da laje.
μe × p × ke$
be =
(21)
100
μr × p × kr$
br =
(22)
100
μ′e × p × ke$
xe =
100
(23)
μ′r × p × kr$
xr =
(24)
100
Das expressões:
be e br : momentos fletores positivos por metro nas direções do
menor e do maior vão, respectivamente;
xe e xr : momentos fletores negativos por meio nas direções do
menor e do maior vão, respectivamente;
μe e μr : coeficientes obtidos a partir das tabelas de Bares para
momento positivo,
μ′e z μ′r : coeficientes obtidos a partir das tabelas de Bares para
momento negativo.
Da expressão:
x# ≥ x$
x : momento negativo compatibilizado;
x# e x$ : momento negativo no trecho da continuidade considerada.
Da expressão:
bt : momento de fissuração;
c: fator de correlação aproximada entre a resistência à tração na
flexão com a resistência à tração direta;
M: resistência à tração direta do concreto:
= = 0,3×~
•
$
(27)
M M,
T =
€×••
#$
(seções retangulares)
Da expressão:
T*ƒ : momento de inércia equivalente;
bJ : momento atuante, obtido por combinação quase-permanente;
Tˆˆ : momento de inércia da seção fissurada:
A׉ˆˆ%
Tˆˆ = + * × S × Š‹ − ‰ˆˆ Œ$
3
‰ˆˆ : posição da linha neutra da seção fissurada;
RS
=
*
RS
RS : módulo de elasticidade do aço;
R S : módulo de elasticidade secante do concreto;
S: área do aço, calculada para o Estado Limite Último;
‹: altura útil
Da expressão:
: fecha imediata;
: coeficiente adimensional:
= 5 (laje biapoiada);
= 1 (laje biengastada);
= 2,07 (laje com um apoio simples e um engaste);
) : carga total distribuída, obtida por combinação especifica no
Estado Limite de Serviço.
Segundo Deichmann (2016, p. 47) em lajes armadas em duas
direções a flecha imediata é calculada através da fórmula:
81
×)×kei
=
(30)
100×R×ℎ%
Da expressão:
l: fator de cálculo da flecha diferida;
Ž: valor em função do tempo
ŽŠ•Œ = 0,68׊0,996M Œ×• ,%$
quando • ≤ 70 ‘z’z’
ŽŠ•Œ = 2 quando • > 70 ‘z’z’;
•′: taxa da armadura comprimida
′“
•′ =
A׋
′“ : área da armadura comprimida.
Da expressão:
"S : esforço cortante solicitante de cálculo;
"” #: esforço cortante resistente de cálculo, para laje prescindir de
armadura de cisalhamento, conforme NBR 6118:2014.
Segundo Deichmann (2016, p. 49), em lajes que não necessitam de
armadura de cisalhamento, é necessário garantir que não haverá compressão
excessiva nas bielas de concreto:
"S ≤ "” $ (36)
Da expressão:
"S : esforço cortante solicitante de cálculo;
"” # : esforço cortante resistente de cálculo, relativa à ruina das
diagonais comprimidas de concreto.
Quando é necessário realizar o dimensionamento de uma armadura
de cisalhamento à laje, a norma recomenda que as verificações devam ser
similares às prescritas para vigas (ABNT NBR 6118:2014 p.135).
"
"S ≤ • ” $
"”
(37)
%
Das expressões:
"S : é a força cortante solicitante de cálculo
"” $: é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das
diagonais comprimidas de concreto.
"” $ = 0,54 × –$ × × A— × ‹ × ’zV$ ˜ × Šcot + cot ˜Œ
"” % :é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruina por
tração diagonal
"” % = " + "S—
–$ : coeficiente:
3×ф# (39)
‹r = ℎ − - −
2
Da expressão:
-: cobrimento da armadura da laje;
ф#: diâmetro da armadura de flexão estimada à laje.
Em seguida, a posição da linha neutra é calculada por meio da
equação:
b
‰ = 1,25×‹× ž1 − P1 −
(40)
0,425× ×A— ×
Da expressão:
84
A armadura da laje é, então obtida por metro linear da laje, por meio
da equação 41.
b
=
׊‹ − 0,4׉Œ
(41)
S
r
Da expressão:
r : tensão resistente de cálculo do aço.
Elementos
estruturais
Elementos estruturais com Elementos estruturais com
Armadura sem
armadura ativa aderente armadura ativa não aderente
armaduras
ativas
Armaduras
ρs ≥ ρmín ρs ≥ ρmín – ρp ≥ 0,67ρmín ρs ≥ ρmín – 0,5 ρp ≥ 0,67ρmín
negativas
Armaduras
negativas de
ρs ≥ 0,67ρmín
bordas sem
continuidade
Armaduras
positivas de
ρs ≥ ρs ≥ 0,67ρmín – ρp ≥ 0,5
lajes armadas ρs ≥ ρmín – 0,5ρp ≥ 0,5 ρmín
0,67ρmín ρmín
nas duas
direções
Armadura
positiva
(principal) de
ρs ≥ ρmín ρs ≥ ρmín – ρp ≥ 0,5 ρmín ρs ≥ ρmín – 0,5ρp ≥ 0,5 ρmín
lajes armadas
em uma
direção
Armadura
positiva
As/s ≥ 20% da armadura principal
(secundária) de
As/s ≥ 0,9 cm²/m -
lajes armadas
ρs ≥ 0,5 ρmín
em uma
direção
onde
ρs = As/bw h e ρp= Ap/bw h.
Da expressão:
c: cobrimento de concreto;
I: comprimento total da armadura.
A norma ABNT NBR 6118:2014 (p. 157) recomenda ainda que seja
detalhada armadura negativa em bordo “nos apoios de lajes que não
apresentam continuidade com planos de lajes adjacentes e que tenham ligação
com os elementos de apoio”.
A norma NBR 6118:2014 recomenda adotar armadura nos bordos
da laje, dispostas na parte inferior e superior, paralelamente ao bordo
(DEICHMANN, 2016, p. 53).
87
2.10.2 Vigas
2 d# 3
≤ ≤
3 d$ 2
(46)
d# + d$
d =
2
(47)
Da expressão:
d : vão médio.
88
s– = γ– × A– × ℎ– (50)
Da expressão:
¥M : diâmetro da armadura transversal adotada,
¥O : diâmetro da armadura longitudinal adotada.
b‹
‰ = 1,25 × ‹ × ž1 − P1 − §
(52)
0,425 × × A— × ‹²
b‹
’=
× Š‹ − 0,4 × ‰Œ
(53)
r
91
• í©
concreto, segundo a norma ABNT NBR 6118:2014 (Tabela 17.3, p. 130):
S, í© = ×
100
(54)
Das expressões:
"” $ = 0,54 × –$ × × A— × ‹ × ’zV$ ˜ × Šcot + cot ˜Œ
"” % = " + "S—
–$ : coeficiente:
"S—
=
S—
’ 0,9 × ‹ × × Šcot + cot ˜Œ× ’zV
(59)
r—
Da expressão:
r— : tensão máxima no estribo;
: ângulo de inclinação dos estribos, que varia de 45 a 90 graus,
˜: inclinação das bielas de compressão, que varia de 30 a 45 graus.
•S— = ≥ 0,2 ×
S— M
A— × ’ × ’zV
(60)
r—
ke (61)
O =
250
b) Abertura de fissuras
¥ ¯SM 4 (63)
-$ = × × „ + 45…
12,5 × ®# RSM •t
Da expressão:
k€ : comprimento básico de ancoragem;
€ : resistência de aderência de cálculo entre a armadura e o
concreto:
€ = ®# × ®$ × ®% × M
=
M , ©l
M
u
®# = 1 para barras lisas;
®# = 1,4 para barras entalhadas;
®# = 2,25 para barras de alta aderência;
®$ = 1 quando há boa aderência da armadura pelo concreto;
®$ = 0,7 quando há má aderência da armadura pelo concreto;
95
®% =
#,%$±ɸ_
#
para barras de diâmetro maior que 32 mm.
k€,©* = × k€ × ≥ k€.
S, JO (65)
í©
S,*l
2.10.3 Pilares
v. = γ × ×L (66)
Da expressão:
γ : peso específico do material utilizado (nesses casos será o
concreto);
: área do pilar,
L: pé direito do pilar.
Figura 23 – Distâncias k e k.
Da expressão:
97
q# =
(69)
€
Da expressão:
b : momento fletor de cálculo na extremidade
Q : esforço normal de cálculo
Já na seção intermediária do pilar é calculada por meio da expressão
70:
0,6×z#,³ + 0,4×z#,²
z#, ≥ •
0,4×z#,³
(71)
Da expressão:
b#
z#,³ =
,³
Q
b#
z#,² =
,²
Q
Segundo Deichmann (2016, p. 148), o sinal de z#,² é positivo se
b# ,³ e b# ,² tracionarem a mesma face do pilar e negativo se tracionarem
faces opostas.
Segundo a norma ABNT NBR 6118:2014 (p. 60), o efeito das
imperfeições locais nos pilares e pilares-parede pode ser substituído, em
estruturas reticuladas, pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem
dado a seguir:
b# , í© = Q Š0,015 + 0,03ℎŒ (72)
99
Da expressão:
b# , í© : momento mínimo de cálculo
ℎ: é a altura total da seção transversal na direção considerada
Para o dimensionamento da armadura longitudinal, são utilizados
ábacos de interação, elaborados por Pinheiro em 2014 (DEICHMANN, 2016, p.
149).
b
¶=
×ℎ×
(73)
·× ×
=
(74)
S
r
·: coeficiente
Espaçamento máximo:
2×A
’≤U
40-‘
100
Espaçamento máximo:
20‘‘
’≤{ A
24 × фO )cCc I 60 ¸¹ 12 × фO )cCc I 50
3 ESTUDO DE CASO
3.1 EDIFICAÇÃO
a) topo do reservatório;
b) fundo do reservatório;
c) casa de máquinas;
d) cobertura;
e) tipo 11;
f) tipo 10;
g) tipo 9;
h) tipo 8;
i) tipo 7;
j) tipo 6;
k) tipo 5;
l) tipo 4;
m) tipo 3;
n) tipo 2;
o) tipo 1;
p) pilotis,
q) subsolo 1 e
r) subsolo 2.
3.2.1 Caso 1
3.2.2 Caso 2
3.2.3 Caso 3
3.2.4 Caso 4
4 RESULTADOS
4.1 COMPARATIVO 1
87,88
74,34
Caso 1
Caso 2
R$ 485.233,97
R$ 433.369,59
Caso 1
Caso 2
4.2 COMPARATIVO 2
82,58
74,34
Caso 2
Caso 3
R$ 507.951,70
R$ 433.369,59
Caso 2
Caso 3
4.3 COMPARATIVO 3
87,88
82,58
Caso 1
Caso 3
R$ 507.951,70
R$ 485.233,97
Caso 1
Caso 3
4.4 COMPARATIVO 4
82,58
70,75
Caso 3
Caso 4
R$ 507.951,70
R$ 445.016,41
Caso 3
Caso 4
87,88
82,58
74,34
70,75
R$ 507.951,70
R$ 485.233,97
R$ 433.369,59 R$ 445.016,41
R$1.021.943,59 R$998.483,20
R$952.833,22 R$972.980,19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O segundo destaque foi julgado como o mais crítico por ficar mais
evidente o custo elevado devido ao preço mais caro desse material na região
analisada, o que prejudicou o orçamento da obra, depois do aumento do
consumo de aço.
Sugestões para futuros trabalhos: Análise dos elementos de
fundação; Análise mais minuciosa de esforços do vento; Orçamento mais
detalhado.
129
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 1. 2ª Ed. Rio
Grande: Dunas, 2003.
ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 2. 3ª Ed. Rio
Grande: Dunas, 2003.
SANTOS, Juliana Luisa dos; SILVA, Monique da. Análise comparativa entre
estruturas de um edifício a partir da utilização de diferentes classes de
agressividade ambiental: Estudo de Caso. 2013. 103 f. TCC (Graduação) -
Curso de Engenharia Civil, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça,
2013.
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