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Anducha Nazaria Mabote

Stelio Calisto Muando

Virginia Flavio Moiane

Vania Faustino Massango


Memória e Aprendizagem

Licenciatura em Geografia 4º Ano-Laboral

Universidade Save
Chongoene
2023
Anducha Nazaria Mabote
Stelio Calisto Muando

Virginia Flavio Moiane

Vania Faustino Massango

Memória e Aprendizagem

Trabalho em grupo orientado pelo


MSc. Estevão Mandlate, para
efeitos de avaliação na cadeira de
Psicologia de Aprendizagem.

Universidade Save
Chongoene
2023

Índice
1.0. Introdução...........................................................................................................................3

1.1.0. Objectivos.....................................................................................................................3
1.1.1. Objetivo geral...........................................................................................................3

1.1.2. Objetivos específicos................................................................................................3

1.2. Metodologia.....................................................................................................................4

2.0. Definição dos conceitos......................................................................................................5

2.1. Tipos de memória............................................................................................................6

2.2. Importância da Memoria.................................................................................................8

2.2.1. Fatores de esquecimento:.............................................................................................8

2.2.2. Regras a considerar para a fixação dos conhecimentos................................................9

3.0. Aprendizagem.....................................................................................................................9

3.1. Importância da aprendizagem na vida Humana..............................................................9

3.2. Características da aprendizagem...................................................................................10

3.3. Relação memoria e aprendizagem.................................................................................11

4.0. Conclusão..........................................................................................................................12

5.0. Referências bibliográficas.................................................................................................13


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1.0. Introdução

Neste presente trabalho cujo o tema memoria e aprendizagem onde vamos procurar entender
a relação que existe entre memoria e aprendizagem, existe também uma grande importância
da memoria para que haja uma boa aprendizagem.
Olhando para esses dois termos percebemos que são de grande importância para o estudo
académico, vamos perceber que a aprendizagem sem memoria não é valida pois para que
aconteça uma boa aprendizagem precisamos de uma boa memoria sob forma de reter o que
foi aprendido. Neste trabalho olharemos para os tipos de memoria, falaremos também da
própria importância.

1.1.0. Objectivos

1.1.1. Objetivo geral

 Decrever a relacao entre memoria e aprendizagem

1.1.2. Objetivos específicos

 Definir memoria
 Descrever os tipos de memoria
 Descrever a importância da memoria
 Identificar as regras a considerar para a fixação dos conhecimentos
 Descrever a importância da aprendizagem
 Indicar as características da aprendizagem
 Explicar a relação da memória com a aprendizagem
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1.2. Metodologia

Minayo (2007, p.44) define metodologia como sendo a discussão epistemológica sobre o
caminho do pensamento que o tema ou objeto de investigação requere.

Para a realização do presente trabalho, do ponto de vista dos procedimentos técnicos foi
selecionado a pesquisa bibliográfica, que constitui em obter informações a partir de material
já publicado em artigos científicos, livros, dissertações e teses
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2.0. Definição dos conceitos

Segundo Stratton Hayes (1989), a memória é o armazenamento e posterior recuperação da


informação.

Memória é a capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido, ela corresponde as
seguintes operações:

 A aquisição;
 A fixação;
 A evocação;
 O reconhecimento e
 A localização das informações resultantes de perceções e aprendizagem;

Aquisição – consiste no contacto com a informação.


Fixação – para a fixação exige além a adequada aquisição, a repetição.
Evocação ou reprodução – consiste na lembrança do material fixado, é reaparição
na consciência de um fenómeno passado, as informações armazenadas tentam a ser
evocadas junto das informações falsas.
Reconhecimento – identificação e uso de informações correctas, e as que vierem
unidas são rejeitadas, consiste em referir ao passado as nossas lembranças,
enquadrando-as num contexto de factos da nossa experiencia pessoal.
Localização - consiste em situar as recordações na trama da nossa historia interior,
em dispô-las umas às outras, de forma a marca-lhes o local próprio no tempo e no
espaço, para estabelecer a sua cronologia intima e pessoal.

A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do material,
diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, matérias diferentes devem ser articuladas
A memória facilita a organização, fixação e retenção do aprendido, assim como a sua
evocação, quando essa informação for necessária. Não haveria a evolução dos nossos
conhecimentos se na medida em que os adquiríssemos os perdêssemos, a memória conserva o
passado e permite incorpora-lo na estrutura cognitiva do sujeito.
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Segundo Stratton Hayes (1989), a memória é o armazenamento e posterior recuperação da


informação.

2.1. Tipos de memória

 Memória de curta duração - refere-se à retenção temporária de pequenas


quantidades de material sobre breves períodos de tempo. Segundo Izquierdo (2011),
estende-se desde os primeiros segundos ou minutos que sucedem ao aprendizado até 3
ou 6 horas. Baddeley (2011) usa o termo memória de curta duração para referir-se ao
desempenho em tarefas que envolvem a retenção simples de pequenas quantidades de
informação e que são testadas imediatamente ou após um pequeno intervalo de tempo.
Baddeley (2011) usa o termo memória de curta duração quantidades de informação e
que são testadas imediatamente ou após um pequeno intervalo de tempo.

 Memória de longa duração – Para Baddeley (2011), é um sistema ou sistemas que


servem de base à capacidade de armazenar informação por longos períodos de tempo.
A memória de longo prazo subdivide-se em memória declarativa/ explícita e não
declarativa/ implícita, de acordo com o conteúdo armazenado. A memória
explícita está aberta à evocação intencional, seja com base na recordação de
eventos pessoais memória episódica ou de fatos. Já a memória implícita é aberta à
evocação por meio do desempenho, no lugar de lembranças ou reconhecimento
consciente.
A memória de curta duração se diferencia da memória de longa duração não por conteúdo
cognitivo, mas por apresentarem dois processos paralelos e independentes. Izquierdo (2011)
afirma que o conteúdo das memorias de curta e longa duração é o mesmo.

 Memória semântica – corresponderia, de acordo com Baddeley (2011), ao


armazenamento de informações relativas aos conhecimentos gerais (saber as
capitais da Europa), incluindo conceitos (por exemplo, o que é cadeira?),
significados de palavras (o que significa Eugênia?) e de fatos socialmente
compartilhados (como reservar uma mesa num restaurante). Todo o conteúdo
arquivado é passível de relato verbal, mas não tem ancoragem no tempo e nem
no espaço. memória de curta duração se diferencia da memória de longa duração não
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por conteúdo cognitivo, mas por apresentarem dois processos paralelos e


independentes. Izquierdo (2011) afirma que o conteúdo das memorias de curta e longa
duração é o mesmo.
 Memória de trabalho é aquela responsável por dar continuidade aos nossos atos
cotidianos armazena por poucos segundos a informação permitindo que saibamos
onde estamos e o que estamos fazendo a cada instante e nos momentos anteriores.
Para Badeley, Eysenck e Anderson (2011), memória de trabalho está resumido em:
 Mantém e manipula temporariamente as informações;
 É a habilidade de gravar e processar informações;
 Supõe se que esteja ligada à atenção e que seja capaz de recorrer a outros recursos
dentro da memória de curta e longa duração;
 É um sistema que não só armazena informação de forma temporária, mas também a
manipula de modo a permitir que as pessoas executem atividades complexas
como o raciocínio, o aprendizado e a compreensão;
 É um espaço mental de trabalho que é necessário para desempenhar atividades
cognitivas complexas;
A memória de trabalho é essencial para a leitura e para aprendizagem, mesmo que não
produza arquivos, ela faz o reconhecimento da informação nova com aquelas pré-
existentes, comparando-as e fazendo associações. Com relação à leitura, Koda (2005),
propõe que a operação de leitura depende da memoria de trabalho e que existe uma
correlação entre a capacidade de memória de trabalho e desempenho na leitura,
demonstrando que a memoria de trabalho é um fator dominante de diferença individual
na habilidade leitora. Miyake e Friedman (1997, apud KODA, 2005, 199) postulam que a
memória de trabalho pode ser um componente central da aptidão para aprendizagem de
línguas. Resumindo, a memória de trabalho como um recurso cognitivo está envolvida em
praticamente todos os aspectos da leitura, igualmente primeira e segunda língua.

 Memória implícita - consiste na retenção de conteúdos não verbalizáveis como


as habilidades. Saber cozinhar e andar de bicicleta, por exemplo. Envolve
treinamento, repetição e a aquisição, sendo que a aquisição dessas habilidades é
gradual. A evocação desses conteúdos da memória de longa duração se dá por
meio do desempenho, em lugar da lembrança consciente (BADDELEY, 2011). Em
resumo, esse tipo de memória é evidenciado a partir das habilidades percepto-
motoras, repostas esqueléticas e emocionais (MELLO; XAVIER, 2005).
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 Memória episódica – é onde os eventos que dizem respeito à história pessoal


e eventos específicos estão arquivados (como uma viagem ou um encontro
importante) e, ao contrário da memória semântica, são ancorados no tempo e no
espaço (BADDELEY, 2011). Esses eventos também são passíveis de relato verbal,
quer dizer, podem ser evocados de maneira consciente.

2.2. Importância da Memoria


 A memoria é condição do progresso intelectual: não haveria evolução dos nossos
conhecimentos se à medida que os adquiríssemos, os perdêssemos;
 A linguagem seria impossível sem a memoria, porque para falar é necessário reter as
palavras e o seu sentido;
 Permite aperfeiçoar os nossos actos;
 A personalidade não existiria sem a memoria, pois é ela que conserva o nosso passado
e permite incorporar no " eu" o que se vai relacionando, para organização da
personalidade.
 Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento, o esquecimento é o
fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de reproduzir o passado.

Para PEROVSKI (1989), a memória é a mais importante característica determinante da vida


psíquica do individuo, o papel da memoria não pode ser reduzido apenas a gravação daquilo
que foi passado, mas sim nenhuma accao actual é possível fora dos processos da memoria,
pois, a realização de qualquer acto psíquico mesmo o mais elementar pressupõe
obrigatoriamente a retenção de cada seu elemento dado a fim de encadear nos elementos
posteriores.

2.2.1. Fatores de esquecimento:


 Vastidão da matéria;
 Irrelevância do conteúdo;
 Falta de interesse;
 Doenças da memoria;
 O tempo (as repetições devem ser curtas), a primeira repetição deve ser na aula;
 Cansaço;

A matéria fixa-se rapidamente quando o aluno compreende o conteúdo, por isso, o ensino
deve ser compreensível, quando menor for as repetições de uma dada matéria, maior é o
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esquecimento, portanto, o esquecimento é maior logo o período após a seguir a


aprendizagem. Recomenda-se que é preciso começar cedo com as repetições e os exercícios,
mas as repetições devem ser bem estruturadas, eles fazem o aluno entrar profundamente na
matéria, servem quando bem orientados para reforçar a auto-confiança dos alunos.

2.2.2. Regras a considerar para a fixação dos conhecimentos


 Colocar o objectivo da aula;
 Reativação dos conhecimentos anteriores: revisão dos conteúdos anteriores e
relacionação com os conteúdos que serão objectos de estudo;
 Utilizar métodos que comprovam a actividade analítico-sintética do aluno: os alunos
devem ser conduzidos a descobertas dos conhecimentos tendo em conta as suas
experiências;
 Escolha de meios de ensino que promovam a actividade analítico-sintético: os meios
devem permitir a compreensão e ser utilizados correctamente;
 Reforçar as respostas corretas dos alunos: considerar todas as respostas dos alunos e
mostrar porque determinada resposta não é correcta;
 Levar os alunos a repetir os conhecimentos: os alunos devem ser levados a repetir os
conhecimentos através de: exercícios, questões e tarefas.

3.0. Aprendizagem
Na visão de STATTION e HAYES (1994), a aprendizagem é uma mudança relativamente
duradoura no conhecimento, no conhecimento ou na compreensão que resulta da experiencia.

A aprendizagem é concebida como:

 O processo de aquisição e assimilação dos conhecimentos;


 O processo de apropriação de experiencias, conhecimentos e mudanças de
comportamento;
 Modificação que se verifica no comportamento do individuo;

Como processo, diz se que a accao de aprender se realiza em tempo mais ou menos longo,
por construção pessoal, entende - se que aprende-se verdadeiramente se o que se pretende
aprender não passa através da experiencia pessoal de quem aprende, numa procura de
equilíbrio entre o adquirido e o que falta adquirir, através dos mecanismos de assimilação e
acomodação.

3.1. Importância da aprendizagem na vida humana


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É através da aprendizagem que o homem melhora suas realizações nas tarefas e compreender
seus companheiros, ela capacita – o a ajustar-se adequadamente no seu ambiente físico social.

Cada individuo é o que é, pelo que aprendeu e ainda pelos modos segundo os quais poderá
aprender, todo a indivíduo aprende e através da aprendizagem, desenvolve comportamentos
que o possibilitam a viver, todas as atividades e realizações humanas exibem os resultados da
aprendizagem.

Cada geração foi capaz de aproveitar-se das experiencias e descobertas das gerações e
ofereceu sua contribuição para crescente património do conhecimento e das técnicas
humanas. Os costumes, as leis, a religião, a linguagem e as instituições sociais tem se
perpetrado como um resultado da capacidade do homem para aprender.

É pela aprendizagem que o homem se afirma como racional, forma sua personalidade e se
prepara para o papel que lhe cabe no seio da sociedade.

3.2. Características da aprendizagem

1. Processo dinâmico: a aprendizagem não é um processo de absorção passiva, pois sua


característica mais importante é a actividade daquele que aprende, a aprendizagem só
se faz através da actividade do aprendiz. Ela envolve a participação total e global do
individuo, em seus aspectos físicos, intelectual, emocional e social.
2. Processo continuo: a aprendizagem esta presente na idade pré-escolar, escolar, na
adolescência e na idade adulta, uma vez que a aprendizagem é continua, os agentes
educacionais devem seleccionar conteúdos e comportamentos a serem exercitados,
para que o individuo não aprender algo que não venha prejudicar seu ajustamento e
bom desenvolvimento de sua personalidade.
3. Processo global ou compósito: qualquer comportamento humano é global, inclui
aspectos motores, emocionais e ideativos ou mentais, a aprendizagem exige a
participação total e global do individuo, para que todos os aspectos construtivos de
sua personalidade entrem em actividade no acto de aprender, a fim de que seja
restabelecido o equilíbrio vital.
4. Processo pessoal: a aprendizagem é intransferível de um individuo para o outro a
maneira de aprender e o próprio ritmo varia de individuo para individuo. Cada
individuo percebe, integra e representa os conhecimentos e os objetos de uma forma
única e pessoal.
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5. Processo gradativo: a aprendizagem realiza-se através de operações crescentes


complexas e a cada nova situação, envolve maior numero de elementos numa serie
gradativa e ascendente.
6. Processo cumulativo: no acto de aprender, alem da maturação a aprendizagem
resulta de experiencia individual, a aprendizagem constitui um processo cumulativo
em que a experiencia actual aproveita-se das experiencias anteriores.

3.3. Relação memoria e aprendizagem

A memória tem um papel fundamental na aprendizagem, pois permite o reaproveitamento das


experiências do passado e do presente e ajuda a garantir a continuidade do aprendizado.

De acordo com s definições de memoria e aprendizagem podemos concluir que a construção


de memoria não seria possível sem a aprendizagem.

A memoria e a aprendizagem lidam com a capacidade do cérebro de mudar o seu


funcionamento em resposta a experiencias. A aprendizagem ocupa se da forma como a
experiencia altera o cérebro e a memoria concentra-se na maneira como essas mudanças são
armazenadas e posteriormente ativadas.
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4.0. Conclusão
A memoria é importante na aprendizagem porque permite armazenar e acessar informações
conhecimentos aprendidos, percebe se que todos tipos de memoria são importantes e que
funcionam em conjunto no processo de ensino e aprendizagem.

É de realçar que os tipos de memoria agem em simultâneo no processo de ensino e


aprendizagem, permite o reaproveitamento dos conteúdos aprendidos.
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5.0. Referências bibliográficas


Isquerdo, Iván. A Arte de Esquecer: cérebro e memória. 2º Ed. Rio de Janeiro: Vieira &
Lente, 2010.
Petrovsky, A et al. Psicologia geral. Moscovo: Editora Progresso, 1980.

Baddeley. A, Eysenkc, M. Anderson, M. Memória. Ed.Porto Alegre: 2011.

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