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1- “A preponderância da natureza, a fragilidade de nosso corpo e a insuficiência das normas

que regulam os vínculos humanos na família, no Estado e na sociedade”

2-As normas sociais tem uma contribuição generosa na infelicidade humana, visto que, a
civilização impõe uma série de restrições e ideais sobre os indivíduos buscando uma maneira
de manter controle da convivência plena entre todos. Dessa maneira, essas restrições acabam
reprimindo a natureza humana e invalidando seus desejos e suas vontades próprias, e assim
levando à frustração e à infelicidade por não se adequar aquilo que nos é imposto.

3- Classe social é um termo usado para categorizar indivíduos dentro de uma sociedade por
meio de suas características socioeconômicas: como renda, ocupação, nível educacional, raça,
acesso a recursos e estilo de vida. Desse modo, a classe social determina o lugar desse sujeito
dentro da distribuição desigual de poder, status e privilégios em uma sociedade. O
personagem Antônio Balduíno, passa por um fenômeno chamado de inadequação social, em
que mesmo tendo o desejo de transcender as barreiras impostas pela sua origem social e
racial, ele se sente subordinado à sua condição de marginalizado, e dessa maneira, ele busca
por oportunidades de superar a vida que lhe foi destinada na favela. A obra explícita a luta de
Balduíno de se encontrar em uma sociedade que o reprime.

4- O bar Lanterna dos Afogados na obra de Jorge Amado representa um espaço onde são
discutidas as realidades, as lutas e principalmente os desafios das classes marginalizadas. Ele
permite que se tenha um espaço de sociabilidade e resistência, dando palco para que os
personagens expressem suas vozes e ideias sobre o que está sendo vivido. Além disso, o local
onde o bar era usado para suicídios.

5- Penso que a decisão de Viriato de tirar a própria vida pode estar relacionada com o que o
Freud diz sobre como a sociedade civilizada nos coloca em um lugar de miséria e rendição ao
inevitável, ou seja, uma condenação à um conjunto de imposições que não nos corrobora com
nenhum tipo de bem-estar ou proteção. Dessa forma, como é dito no texto “Ele não tinha nem
pai nem mãe, nem ninguém para cuidar dele”, e é justamente isso, o indivíduo se encontra em
um lugar de rendição apenas, não existe nenhuma instituição social como família por exemplo,
que o traria suporte em relação aos desafios que ele passava.

6- “Quando tá escuro, e ninguém te ouve. Quando chega a noite, e você pode chorar”

“Há personagens excluídos da sociedade que procuram o bar para aliviar suas dores”

Por meio dessas duas passagens, podemos criar uma analogia desse lugar onde os
marginalizados se encontravam, buscando assim alguma maneira de “aliviar” essa dor, e nesse
caso, o bar que estamos falando dentro da obra de Jorge Amado, era O Lanterna dos Afogados
e estava localizado em um gueto, que era justamente esse lugar isolado do restante da
sociedade, e ali essas pessoas procuram uma forma de se acertar com a vida.

“Há uma luz no túnel, dos desesperados.


Há um cais de Porto, pra quem precisa chegar”

“Balduíno passa o seu tempo bebendo no fictício bar do Lanterna dos afogados, onde as
classes populares da cidade se reúnem”

Percebe como é disso que está sendo falado? Esses ditos como desesperados, são justamente
as pessoas que ocupam essa classe popular, são as pessoas que estão desesperadas por essa
vida que é tida e encontram essa “luz do túnel” para viver suas mágoas ou acabar com elas.

7-A palavra esperança pode variar seu significado dependendo do contexto que está sendo
aplicada, acredito que de certa maneira a letra da música tem uma esperança no sentido de
anestesia ou talvez cessação dessas dores que essas pessoas passam diariamente. E assim, a
música leva esse ar de esperança no viés de mudança de cenário.

Produção de texto:

A respeito da solidão, compreende-se que principalmente na atualidade tornou-se um


fenômeno alarmante mundialmente, visto que, afeta não somente um grupo de pessoas
apenas, mas todas as idades e classes sociais. Sobre essa pauta, não deve ser encarado apenas
como uma demanda individual, mas sim um grande impactante na área da saúde pública e
principalmente, uma necessidade do ser humano. Sabe-se que a solidão crônica afeta
diretamente na saúde física e emocional das pessoas, podendo ainda colaborar com a conduta
e percepção de todos os cidadãos dentro de uma comunidade.

Antes de tudo, é interessante compreender que a solidão não seria somente o fato de estar
sozinho propriamente dito, e sim, a falta de conexão direta com outras pessoas. Estudos têm
demonstrado que a solidão crônica está associada a uma série de problemas de saúde física e
mental, como depressão, ansiedade, aumento do risco de doenças cardiovasculares e até
mesmo redução da expectativa de vida. Além disso, a solidão favorece a ocorrência de vícios,
como forma de anestesiar esse afastamento que essa pessoa tem do meio social.

Uma das principais causas dessa tendência solitária é a mudança nos padrões de vida e nas
relações sociais, que muitas vezes leva as pessoas a negligenciarem os relacionamentos
interpessoais. Mesmo que, a modernidade tenha trago consigo a influência da globalização
nos meios digitais, as pessoas continuam se sentindo distantes umas das outras. A tecnologia,
prioriza principalmente a velocidade e superficialidade no comunicar, e assim, o individual
passou a ser levado mais em consideração e o isolamento social tornou-se uma característica
preponderante.

Em suma, é importante que as autoridades governamentais, o Ministério da Saúde e a


sociedade de maneira geral passem a tratar a solidão como um problema de saúde pública e
adotem medidas para combatê-la. Deve-se investir em políticas e programas que promovam a
interação social e comunidades de apoio psicológico e emocional. Ademais, é interessante que
as pessoas estejam mais conscientes em relação ao problema da solidão e busquem de alguma
maneira oferecer algum tipo suporte quando for preciso.

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