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UNIVERCIDADE EDUARDO MONDLANE

Faculdade de Filosofia
Departamento de Graduação

Finez Alberto Samajo

Análise de toda a filosofia e teologia de Santo Agostinho

(Licenciatura em Filosofia)

Maputo
Outubro de 2021
UNIVERCIDADE EDUARDO MONDLANE
Faculdade de Filosofia
Departamento de Graduação

Finez Alberto Samajo

Análise de toda a filosofia e teologia de Santo Agostinho

(Licenciatura em Filosofia)

Trabalho de pesquisa subordinado a


História da Filosofia Mediaval, como
requisito de avaliação.

Docente: Mestre Azevedo Witinesse

Maputo
Outubro de 2021
Índice
Introdução...................................................................................................................................................3
Santo Agostinho (354-430).........................................................................................................................4
A cidade terrena e a cidade divina............................................................................................................5
3

Introdução
4

Santo Agostinho (354-430)


Aurélio Agostinho, bispo de Hipona, nasceu em Tagaste, hoje Souk-Ahras, na Argélia, e é um
dos mais importantes iniciadores da tradição platônica no surgimento da filosofia cristã, sendo
um dos principais responsáveis pela síntese entre o pensamento filosófico clássico e o
cristianismo. Estudou em Cartago, e depois em Roma e Milão, tendo sido professor de retórica.
Reconverteu-se ao cristianismo, que fora a religião da sua infância, em 386, apos ter passado pelo
maniqueísmo e pelo ceticismo. Regressou então a africa (388), fundando uma comunidade
religiosa. Suas obras mais conhecidas são As Confissões, de caracter autobiográfico, e a cidade
de Deus. Santo agostinho sofreu grande influência do pensamento grego, sobre tudo da tradição
platónica, através da escola de Alexandria e do neoplatonismo, com sua interpretação
espiritualista de Platão. Sua filosofia tem como preocupação central a relação entre a fé e a razão,
mostrando que sem a fé a razão é incapaz de promover a salvação do homem e de trazer-lhe
felicidade. A razão funciona como auxiliar da fé, permitindo esclarecer, tornar inteligível, aquilo
que a fé revela de forma intuitiva. Este é o sentido da célebre fórmula agostiniana Credo ut
intelligam (Creio para que possa entender). Na Cidade de Deus, Santo Agostinho interpreta a
história da humanidade como conflito entre a Cidade de Deus, inspirada no amor a Deus e nos
valores cristãos, e a Cidade Humana, baseada exclusivamente nos fins e interesses mundanos e
imediatistas. Ao final do processo histórico, a Cidade de Deus deveria triunfar. Devido a esse tipo
de análise, Santo Agostinho é considerado um dos primeiros filósofos da história, um precursor
da formulação dos conceitos de historicidade e de tempo histórico. A influência do pensamento
agostiniano foi decisiva na formação e no desenvolvimento da filosofia cristã no período
medieval, sobretudo na linha do platonismo. Tanto as Confissões quanto as Retratações (escritas
no final de sua vida) fazem dele um precursor de Descartes, de Rousseau e do existencialismo:
"Se eu me engano, eu existo".
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A cidade terrena e a cidade divina


O mal é amor a si mesmo, o bem é amor a Deus, ou seja, amor pelo verdadeiro bem. Isso vale
para o homem como individuo quanto para o homem que vive em comunidade com os outros
homens. O conjunto de homens que vivem para Deus constitui a cidade celeste. Escreve
Agostinho: Dois amores diversos geram as duas cidades: o amor a si mesmo, levado ate o
desprezo por si, gerou a cidade celeste. E ainda a cidade terrena é a cidade daqueles que vivem
segundo o homem, e a outra é a daqueles que vivem segundo Deus.

As duas cidades têm uma correspondência no céu, mais precisamente nas fileiras dos anjos
rebeldes e dos que permanecem fies a Deus. Na terra essa correspondência reveleou-se em Caim
e Abel, duas personagens bíblicas assumem assim o valor de símbolos das duas cidades. Nesta
terra , o cidadão da cidade terrena parece ser o dominador, equanto o da cidade celeste é
peregrino. Mais primeiro esta destinado a eterna danação, enquanto que o segundo esta destinado
a eterna salvacao.

Assim, a historiaa adquire um setido totalmente desconhecido para os gregos, como já vimos, ela
tem um principio, com a criação, e um termo, com o fim do mundo, ou seja, com o juízo final e
com a ressureicao. E tem três momentos intermediários essenciais , que marcam o seu decurso, o
pecado original, com as suas consequências, a espera da vinda do salvador e a encarnacao e
paixao do Filho de Deus, com a constituição da sua Igreja.

No fim da cidade de Deus,Agostinho insiste muito na reissureicao. A carne integrada e em certo


sentido transfigurada, mas continuara carne, a carne espiritual, por tanto, estará sujeita ao
espirito, mas sera carne, não espirito, da mesma forma que o espirito esteve sujeito a carne, mais
continuou espirito, e não carne.

A historia se concluirá com o Dia do Senhor, que sera como o oitavo dia consagrado na
reisureicao de Cristo e que representa o repouso eterno, não do espirito, mas também do corpo.
La repousaremos e veremos, veremos e amaremos, amaremos e louvaremos. Eis o que haverá no
fim sem fim. E que outro fim temos nos senão o de alcançar o reino que não tem fim?

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