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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Faculdade de Filosofia
Departamento de Graduação

Finez Alberto Samajo

Resumo do livro I dois tratados sobre o governo - John Locke

(Licenciatura em Filosofia)

Maputo
Setembro de 2022
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
Faculdade de Filosofia
Departamento de Graduação

Finez Alberto Samajo

Resumo do livro I dois tratados sobre o governo - John Locke

(Licenciatura em Filosofia)

Trabalho de pesquisa subordinado a


Seminário III – Dois tratados sobre a
origem do governo civil de Locke,
como requisito de avaliação.

Docente: Mestre Eugénio Cossa

Maputo
Setembro de 2022
Índice
Introdução.........................................................................................................................................4

1. Vida e obra de John Locke (1632-1704)...................................................................................5

2. Dois tratados sobre o governo- Locke......................................................................................5

2.1. Capítulo I. A introdução....................................................................................................5

2.2. Capitulo II. Do pátrio poder e do poder real......................................................................6

2.3. Capitulo III. Do direito de Adão a soberania pela criação.................................................7

2.4. Capitulo IV. Do direito de Adão a soberania pela doação, Gn 1, 28.................................8

2.5. Capitulo V. Do título de soberania de Adão pela submissão de Eva.................................9

2.6. Capitulo VI. Do título de soberania de Adão por paternidade...........................................9

2.7. Capitulo VII. Da paternidade e da propriedade consideradas conjuntamente como fontes


da soberania................................................................................................................................10

2.8. Capitulo VIII. Da transmissão do soberano poder monárquico de Adão........................11

2.9. Capitulo IX. Da monarquia por herança de Adão...........................................................11

2.10. Capítulo X. Do herdeiro ao poder monárquico de Adão.............................................12

2.11. Capítulo XI. Quem é o herdeiro?.................................................................................13

Conclusão.......................................................................................................................................14

Bibliografia.....................................................................................................................................15
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Introdução
O presente trabalho tem como tema, Resumo do livro I dois tratados sobre o governo - John
Locke. O problema que norteia a pesquisa se articula da seguinte forma: o que é um
governo legítimo?
A pesquisa tem como objetivo geral, refletir sobre tipo de governo que Locke propõe.
E tem como objetivos específicos: identificar a relevância da pesquisa em questão para
aplicar na realidade da nossa época. Para melhor alcance dos objetivos propostos temos
como alicerce a seguinte bibliografia: LOCKE, John. (1998). Dois tratados sobre o
governo. Trad. Julio Fischer. ed., 3. São Paulo: Martins Fontes.
A pesquisa observou como metodologia a pesquisa bibliográfica. O método de pesquisa
bibliográfica consistiu no levantamento do material bibliográfico, nomeadamente, obra em
formato físico e digital. O método hermenêutico consistiu em ler e analisar o texto
recolhido durante a pesquisa bibliográfica, para em seguida compilar o corpo do trabalho.
O trabalho esta estruturada da seguinte maneira, um titulo desenvolvimento e por fim a sua
conclusão.
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1. Vida e obra de John Locke (1632-1704)


John Locke nasceu na aldeia de Somerset em Wrington, perto de Bristol, na Inglaterra, no
dia 29 de agosto de 1632. Locke estudou medicina e foi secretário político de vários
homens do estado. Ate aos 38 anos de idade não tinha desenvolvido alguma vocação pela
filosofia.
Em 1670 desenvolveu o seu pensamento.
Dai escreve a sua primeira grande obra intitulada. Ensaio sobre o entendimento humano
em 1690, no mesmo ano escreve a obra Ensaio sobre a tolerância e em 1693 publicou a
obra A razoabilidade do cristianismo.
Em sua obra John Locke esta contra as ideias de Rene Descartes “ideias inatas”, John
Locke foi um empirista e defende que todo o conhecimento humano provem das
experiencias que são captadas pelos órgão de sentido a fonte das nossas ideias provem dos
nossos órgãos de sentido, que é diferente do pensamento cartesiano que defende a
racionalidade.
Locke defende a sua teoria de conhecimento dizendo primeiro que todo o conhecimento
humano tem a sua origem nas sensações “nada há na inteligência que antes, não tenha
estado nos sentidos” não há ideias inatas no espirito. Segundo a partir dos dados da
experiencia o entendimento vai produzir novas ideias por abstração e por fim que se o
entendimento humano é passivo nas origens pois é tributário dos sentidos tem um papel
ativo pós pode combinar ideias simples e formar ideias complexas. Para Locke o empirismo
é essencial para o conhecimento. Na área política ele entende que todo o ser humano é
livre, igual e independente e que ninguém devem interferir na sua vida particular privada
sem o seu consentimento. O seu empirismo revela se também no estado social e poder
politico. Em primeiro lugar ele nega o direito divino e o absolutismo. Pois trata-se negar a
estas coisas para que as coisas sejam o que elas são. E em seguida ele declara que o poder
legítimo é aquele que é adquirida pela vontade do povo pois a soberania pertence ao povo
que delega a uma assembleia ou a um monarca.

2. Dois tratados sobre o governo- Locke


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2.1. Capítulo I. A introdução


No primeiro capítulo do livro I com o título a introdução, da obra John Locke Dois tratados
sobre o governo, o autor começa dizendo que a escravidão é uma condição que não tem
importância e que causa sofrimento e que isto é contraio ao caracter generoso “este caracter
generoso é capaz de deixar de lado todos seus próprios interesses para ajudar uma outra
pessoa” e a coragem nação que não deixa fácil um inglês ou qualquer uma outra pessoa
tomar a sua defesa. John Locke apreciava muito o Sr. Robert Filmer e diz que a sua obra o
tratado havia sido revelado a ele e que estava destinado a expulsar dele toda a liberdade
pela força de seus argumentos e formar um novo sistema. E que desse jeito haveria de
constituir um sistema politico perfeito para futuro. Seu sistema este sistema é limitado que
não passa do seguinte: “todo o governo é uma monarquia absoluta”. “E que a preposição
que fundamenta todo o sistema” é “nenhum homem nasce livre”. Nos últimos tempos
nascem uma geração de homens que fazem de tudo para motivar o príncipe dizendo que ele
tem um direito divino ao poder absoluto e que não importam as leis nem as condições pelo
qual ele chega ao poder e deste jeito esses mesmos homem negam o seu direito a liberdade
natural assim eles dizem que nascemos escravos exceto um único que é o Rei e estamos
submetidos pelo poder divino e assim devemos prosseguir não havendo contradição. Mas o
Sr. Robert Filmer confessa que ele defende a liberdade natural e a igualdade da humanidade
algo comum como aqueles que defendem o direito dos reis em vários pontos. O Sr. Robert
Filmer aprendeu e carrega consigo esse pequeno sistema político a saber que os homens
não nascem livres e, que não nunca poderia escolher o seu governante nem as formas de
governo e que os príncipes é que tem o poder divino absoluto e que nunca deve fazer pacto
com escravos ou de consentir. Assim como Adão era um monarca absoluto como são os
príncipes até hoje.

2.2. Capitulo II. Do pátrio poder e do poder real


No segundo capítulo do primeiro livro com o título “do pátrio poder e do poder real” o
autor começa dizendo que para o Sr. Robert Filmer os homens não são livres por natureza.
Porque os homens nascem submetidos a seus pais e por conseguinte não podem ser livres e
que essa autoridade denomina-se regia autoridade, autoridade paterna e direito de
paternidade tentando explicar isso ele da um exemplo com o Adão dizendo que a
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paternidade teve início com Adão porque seguiu o seu curso e manteve a ordem do mundo
por toda a era dos patriarcas. Essa autoridade paterna caracteriza-se por Adão ser o senhor
de tudo, ele governa segundo nenhuma lei a não ser a de sua própria vontade já no poder
real é baseada na citação em Samuel que “os reis estão acima das leis”, um reino perfeito é
aquele em que o rei governa todas as coisas segundo o seu próprio arbítrio e pode fazer a
qualquer um o que quiser tinha este a autoridade sobre a vida e morte porque ele é o senhor
o proprietário de tudo o quanto há. O rei tem o poder de dar poder a qualquer um. E nessa
explicação toda o autor não consegue encontrar provas e razoes da soberania de Adão além
da frase hora a teu pai e que nessas palavras é uma confissão de que “a criação fez do
homem príncipe da sua descendência” e isto este escrito nas escrituras, no final do segundo
capitulo o resumo de todo o argumento a favor da soberania de Adão e contra a liberdade
natural foram encontrados na obra de Hobbes o leviatã com as seguintes palavras: se Deus
criou somente Adão e da sua costela a mulher e que partindo deles a humanidade se
multiplicou, Deus deu o direito a Adão não apenas o domínio sobre a mulher e seus filhos,
enquanto Adão estivesse em vida ninguém poderia reclamar ou possuir algo a não ser por
doação, transmissão ou por permissão da sua parte.

2.3. Capitulo III. Do direito de Adão a soberania pela criação


Já no terceiro capítulo do primeiro livro com o título “do direito de Adão a soberania pela
criação” no texto introdutório sobre a “política” de Aristóteles sir Robert afirma que “é
impossível imaginar a liberdade natural da humanidade sem negar a criação de Adão” de
acordo com sir Robert, Adão foi rei desde a sua criação pela escolha de Deus, Adão tornou-
se monarca de fato por direito de natureza coube a ele ser governante dos seus
descendentes, ele não estava em condições de ser o governante do mundo pela providência
por causa da época em que não existiam governos ou súbditos a serem governados diz-se
que há duas falsidades nesses argumentos em primeiro lugar porque é impossível tao logo
Adão ser monarca antes da criação da Eva e consequentemente a sua da queda, e em
segundo lugar ainda que fosse verdade que tao logo cedo foi monarca pela designação de
Deus esta razão apresentada não conseguiria prova-lo seria uma falsa conclusão de que
Deus por meio de uma adoção positiva seria governante do mundo por direito de natureza
ser governante dos seus descendentes e não haveria a necessidade de uma doação positiva.
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Se admitirmos que um homem é governante dos seus filhos por natureza Adão não poderia
ser monarca porque este direito esta ligado a sua paternidade. Diz se Adão tinha o poder
monárquico em hábito e não em ato porque não tinha como aplicar o seu poder antes de ter
filhos, é como dizer que eu já sou uma coisa antes de a ter como Noé seria o monarca do
mundo dado que tinha a possibilidade de sobreviver a humanidade inteira antes de se
salvar. O autor diz que não entende a relação que existe entre a criação de Adão e seu
direito de governação em que antes uma liberdade natural da humanidade sem negar a
criação de Adão. Deste modo conclui-se que Adão foi rei desde a sua criação não em ato
mas em hábito ou seja na verdade absolutamente rei nenhum.

2.4. Capitulo IV. Do direito de Adão a soberania pela doação, Gn 1, 28


Já no quarto capítulo do primeiro livro com o título “Do direito de Adão a soberania pela
doação, Gn 1, 28” o autor pretende começar o segundo argumento em favor da soberania de
Adão neste capítulo o Sr. Selden afirma que o primeiro governo foi monárquico, na pessoa
de Adão. O autor conclui que a propriedade ou domínio privado de Adão através da doação
começa do seu método habitual e termina noutra e conclui da seguinte forma “o que mostra
que o seu direito provem da paternidade” examinemos o argumento “e Deus os abençoou e
lhes disse: sede fecundo multiplicai-vos, enchei a terra e subjugai, exercei o domínio sobre
os peixes do mar, as aves do céu e sobre tudo o quanto vive e se move sobre a terra ” nessa
frase entende-se que Adão foi monarca do mundo todo porque ele foi permitido o domínio
sobre todas as criaturas o que significa que essa doação foi feita por Deus conferindo Adão
(a propriedade como chama o domínio privado) sobre a terra e todas as criaturas inferiores
ou irracionais em consequência do que se fez monarca. Quer que tal doação lhe conferiu
governo e domínio sobre toda qualquer criatura sobre a terra. O autor nessa explicação
afirma que Adão foi-lhe atribuído o direito a propriedade apenas e, não se diz ele uma única
palavra sobre a monarquia de Adão. Adão foi dessa forma é o proprietário do mundo todo
mas é preciso perdoa-lo nesse aspeto. Na sua oposição o autor diz em Gn 1, 28, não
conferiu ela a Adão poder algum sobre os homens.
O que foi atribuído a Adão é para o domínio comum com o restante da humanidade, esta
claro na seguinte frase que, esta no plural, Deus os abençoou e disse a eles que expressem o
domínio. Deste modo Deus deu essa autoridade a espécie humana que esta teria domínio
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sobre as restantes espécies do mundo “e disse Deus: façamos o homem a nossa imagem e
semelhança, e que tenham eles domínio sobre os peixes etc.” a eles seria concebido o
domínio. Eles quem? Todos quantos houvessem de ser a imagem de Deus, os indivíduos da
espécie humana que ele estava prestes a criar. Na história de Noé segundo o nosso autor diz
que nada do que foi dito ali a Noé e seus filhos conferiu-lhes algum domínio ou
propriedade apenas a liberdade de fazer o uso delas, o autor diz ainda que nem Adão e nem
Noé dispunham de domínio privado algum sobre os seus descendentes uma vez que estes
iriam sucessivamente crescendo necessitando delas e adquirindo a capacidade de utiliza-las.
O autor diz que se alguém ainda insistir em que por obra dessa doação de Deus, Adão se
fez proprietário de toda a terra, levantam-se vários questionamentos e, ele conclui que, o
proprietário de todo mundo todo pode negar alimento ao resto da humanidade e assim
mata-lo a fome pelo belo prazer caso não reconheça a sua soberania e obedeça sua vontade.
Contudo ele diz caso isso fosse verdade jamais ele conferiu essa propriedade de dominou
privado porque Deus determinou a humanidade crescer e multiplicar-se. No final deste
capitulo o nosso autor diz que com essa explicação esta claro que ainda que Deus houvesse
concedido a Adão um domínio privado, tal domínio privado não poderia conferir-lhe
soberania alguma. Porque até já foi provado suficientemente que Deus não concedeu a ele
domínio privado algum.

2.5. Capitulo V. Do título de soberania de Adão pela submissão de Eva


Já no quinto capítulo do primeiro livro com o título “do título de soberania de Adão pela
submissão de Eva” o nosso autor baseia-se nas escrituras de Génese 3, 16. Como base do
seu fundamento da monarquia de Adão “e teu desejo será para teu esposo e ele exercera o
governo sobre ti” aqui vemos que a Eva deve ser submissa a Adão, as palavras da escritura
em génese 3, 16 ao qual o nosso autor classifica como a “concessão original de governo”
não foram ditas para Adão, e que na realidade é uma punição que recai sobre a Eva, e se
nosso autor quiser tomar esse texto do livro de génese como uma espécie de lei para o
governo politico deveria provar de um outro jeito não por essas palavras “teu desejo será
para teu esposo” porque assim todos seriam submetidos ao poder monárquico absoluto de
Adão. Adão detém poder monárquico absoluto sobre a Eva e sobre todos quanto dela
proviessem. Neste capítulo concluiu-se que o poder dado a Adão seria um poder da Eva ser
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submissa ao seu marido e não se trata aqui de um poder de governação sobre os seus
súbditos assim como apenas os animais devem obediência ao homem.

2.6. Capitulo VI. Do título de soberania de Adão por paternidade


No sexto capítulo do primeiro livro com o título “Do título de soberania de Adão por
paternidade” neste capitulo o autor começa dizendo que resta mais um ponto a ser tratado
que é o direito natural de domínio sobre seus filhos por condição de pai, para nosso autor
esse direito de paternidade não era apenas Adão mas também os patriarcas que se
sucederam tinham esse direito a paternidade “todo homem que nasce esta tao longe de ser
livre que por seu nascimento converte-se em súdito que quem o gerou” os pais tem o poder
sobre os seus filhos porque eles deram a vida e existência isso é um facto para que ninguém
tenha direito de revindicar o outrem que nunca foi seu sem conceder. Podemos perceber
que no decorrer deste capítulo esquece se a ideia de Deus por tanto dar vida ao que ainda
não existe é formar e contruir uma criatura viva, apenas a penas aquele que for capaz de tal
feito poderá, de fato ter algum direito de destruir o seu artefacto este é Deus. E se alguém
considerar que pode fazer tal feito explique como fez, suas características e modo como
pensa e raciocina. Diz-se que o direito sobre os filhos não é só do pai mas também da mãe,
segundo o nosso autor afirma “sabemos que, na criação, Deus conferiu ao homem
soberania sobre a mulher, ser o mais nobre e principal agente da geração” o nosso autor
diz que nas suas leituras bíblicas não terá encontrado nenhuma parte em que confere direito
a mulher “Eva”.

2.7. Capitulo VII. Da paternidade e da propriedade consideradas


conjuntamente como fontes da soberania
Já no sétimo capítulo do primeiro livro com o título “Da paternidade e da propriedade
consideradas conjuntamente como fontes da soberania” verificou se nos capítulos anteriores
o que seria monarquia de Adão se baseia na propriedade e na paternidade. Em que os
fundamentos e os princípios de governo dependem da origem da propriedade, a submissão
dos filhos em relação aos pais é fonte de uma autoridade régia, a origem do poder depende
dos pais e os fundamentos e os princípios do governo dependem da origem da propriedade,
sendo propriedade e paternidade e se Adão tinha algum poder sobre a Eva deve existir um
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outro direito que não é o da geração. O nosso autor diz que passara a conciliar duas formas
de governo: o domínio natural e o domínio privado de Adão, Adão por fonte divina foi feito
o único proprietário do mundo e que na verdade todo o homem que nasce converte-se, por
seu propósito de nascimento, num súbdito daquele que o gerou, um homem esta submetido,
por nascimento, ao domínio natural de seu pai unicamente porque este gerou e que esta
submetido, por nascimento,, ao domínio natural do seu irmão mas velho embora este não o
tenha gerado, o direito que Adão tinha passou imediatamente para os seus filhos logo apos
a sua morte tendo eles direito a propriedade.

2.8. Capitulo VIII. Da transmissão do soberano poder monárquico de Adão


No oitavo capítulo do primeiro livro com o título “Da transmissão do soberano poder
monárquico de Adão” Sir Robert não ficou feliz com as provas que fazem de Adão um
soberano e nem ficou feliz quando se fala de uma possível transferência de poder aos
príncipes que assim sendo a sua política daria títulos a todos por causa do primeiro
monarca. Mas o nosso autor diz que existem duas formas de transmissão de poder por parte
de Adão que são: por concessão ou sucessão e usurpação e não importa por que meio o rei
ter-se-ia tornado rei pois será sempre a forma de governar que o torna propriamente
supremo. E não a forma como obteve o seu poder. Para tornar alguém propriamente um rei
é necessário governar por supremo poder não importa os meios pelo qual ele se tornou rei.
Por causa da sua forma de governar ele-se fez rei, e que no seu passado era apenas mais um
súbdito. O nosso autor conclui que também podem se transmitir o poder monárquico por
meio de eleições, usurpação, concessão ou herança.

2.9. Capitulo IX. Da monarquia por herança de Adão


No nono capítulo do primeiro livro com o título “Da monarquia por herança de Adão” o
nosso autor começa dizendo que mesmo que não haja a necessidade de um governo no
mundo e por mais que necessário que se escrevam leis ou normas que regulem as ações dos
homens não teria utilidade alguma para garantir a ordem e estabelecimento do governo em
sua função e uso entre os homens, a menos que se indique a pessoa a quem pertence esse
poder e a quem cabe exercer esse domínio sobre os demais. Deve se indicar a pessoa que
tem direito a minha obediência, se não for indicado este poderá ser eu mesmo, como
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qualquer outro. E nunca deve um homem ser forcado a obedecer. e se fosse assim aquele
que tivesse forca deveria ser obedecido de pronto e as coras e cetros se converteria na
herança apenas por violência, roubo. Para saber a quem se deve obediência é necessário
saber que quem é esta pessoa investida de poder sobre me. O nosso autor diz ainda que se
essa monarquia de Adão fosse clara não teria ela utilidade para o governo dos homens no
mundo atual a menos que apos a sua morte fosse esse poder transmitido integralmente a
alguma outra pessoa entre seus descendentes, assim por diante e se os governantes atuas
estivesse de posse desse poder de Adão a eles outorgados de forma lícita de transmissão. O
nosso autor menciona diversas formas de transmissão de poder aos príncipes os que veriam
a ser o seu sucessor primeiro seria por forma de herança, pro forma de propriedade e por
paternidade, o direito a propriedade provem de uma doação direta de Deus, e o direito a
paternidade do ato de gerar, um homem pode alinear seu poder sobre os próprios filhos, e
aquele que não gera não pode ter direito a coisa alguma, porque a lei da natureza confere
aos pais por haverem gerado, por lei da natureza o homem tem o direito de herdar a
propriedade do outrem por ser seu parente já no final deste capitulo o nosso autor afirma
que o poder monárquico que existe no mundo não é aquele que tinha Adão em termos de
propriedade e de paternidade isso morreu com ele e não poderia ter sido transferido a seus
descendentes por herança.

2.10. Capítulo X. Do herdeiro ao poder monárquico de Adão


No décimo capítulo do primeiro livro com o título “Do herdeiro ao poder monárquico de
Adão” o nosso autor diz que um homem tem direito por ser herdeiro direto de Adão, e
todos homens sejam seus súbditos porque por natureza é cada homem um rei ou súdito, e se
Adão estivesse na beira da morte o próximo herdeiro seria da sua linhagem “seu filho” ou
seja seria um homem que tenha por natureza o direito de ser rei sobre todos os demais na
qualidade de herdeiro direto de Adão essa seria uma forma de assegurar o trono e a
obediência dos seus súbditos e esse daria títulos a eles de uma forma tao legitima, há vários
questionamentos sobre em volta será que aos que foram atribuídos títulos não podem estar
no mesmo nível do Rei de ordenar e atribuir também títulos a outros? diz se que todo o
direito natural do herdeiro direto de Adão é desnecessário para constituir um rei legitimo de
modo há não haver muitos reis legítimos sem direito a obediência. Nesse caso os reis são
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reis sem o referido título, e esse tipo de soberania nada serve no que toca ao governo e a
obediência de seus súbditos. Pós se os reis que não são nem podem ser herdeiros de Adão
tem direito ao domínio e a obediência de seus súbditos que utilidade há em ter esse titulo se
somos obrigados a obediência sem ele? E se acontecer isso segundo o nosso autor diz ele
que somos todos livres ate que se indique quem é o verdadeiro legitimo herdeiro de Adão,
caso não exista um herdeiro direto de Adão não poderá existir um rei legítimo no mundo e
ninguém pode ser obrigado a consciência a obedecer sem que indique antes de quem se
trata. E se existe mais um herdeiro de Adão cada um é seu herdeiro e todos terem o poder
monárquico sendo assim um único homem é rei ou todos homens são reis e qualquer
alternativa rompera a forma de governo e de obediência porque se todos homens são
herdeiros não devem obediência a ninguém. e se há um único homem que é rei ninguém
deve-lhe obediência antes que se revele ser herdeiro direto de Adão

2.11. Capítulo XI. Quem é o herdeiro?


No décimo primeiro capítulo com o título “quem é o herdeiro” a questão que conturbou as
várias épocas ate aqui não é se existe um poder no mundo e de onde vem, mas sim aquém
pertence esse poder, é necessário mostrar quem é o herdeiro para que haja uma espécie de
obediência segundo o nosso autor a atribuição de poder civil se da por instituição divina e o
herdeiro de Adão é aquele a quem o poder é atribuído dessa forma, e se alguém é, rei sem
ser herdeiro de Adão, isso é um grande pecado, por isso que a sua descendência era
observada para que fosse conhecidos com segurança aqueles que tinham direito ao
sacerdócio. Para nosso autor o herdeiro podemos encontrar nas seguintes palavras “sendo
tal submissão dos filhos a fonte de toda régia autoridade, por disposição do próprio Deus,
segue-se que o poder civil é de instituição divina, não apenas em geral, mas mesmo em sua
atribuição específica aos progenitores mas velhos” neste caso o herdeiro é o progenitor
mais velho, isto é, significa ou homens ou mulheres que tiveram filhos ou aqueles que
tiveram há mais tempo, neste caso segundo o nosso autor seria os pais ou mães que estão no
mundo há mais tempo ou que há mais tempo são fecundos por instituição divina ou civil, o
tempo progenitor não se limitas nas pessoas mais velhas mas também uma criança pode ser
quando não pode existir mais um, esta pode ser o verdadeiro herdeiro. O nosso autor limita
o herdeiro na linhagem de Adão isto é, todos os herdeiros devem ser descendentes de Adão,
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no final deste capitulo o nosso autor diz que Deus tem um certo cuidado em preservar a
paternidade, e prefere se basear nas escrituras para falar de autoridade.
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Conclusão
A conclusão esta alicerçada no entendimento para a qual segundo Locke o homem já nasce
com direito a liberdade, igualdade e com uma propriedade, neste primeiro livro Locke diz
que homem deve proteger a sua propriedade. Locke tinha um pensamento contrário ao do
Robert Filmer este que afirma que todo o governo é uma monarquia absoluta e que nenhum
homem nasce livre, e a relevância deste primeiro livro esta virada em torno desse debate
entre Robert Filmer e John Locke, sobre o governo como, surge a origem do governo
tentando explicar esse surgimento desta a era de Adão e com base nas escrituras.
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Bibliografia
LOCKE, John. (1998). Dois tratados sobre o governo. Trad. Julio Fischer. ed., 3. São
Paulo: Martins Fontes.

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