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BIBLIOTECA DO EXERCTOEDTORA _ Publeagto 664 Gols Genera Beniso SSCS copyright © 1963 by Libraite Armand Colin ‘Rtule orginal: Inteoduction ala Stratégle Direitos em lingua portogvess para o Brat! edquiridos pela Biblioteca do Exérelto Estos, IBLIEX ‘copa: Quart Design Revieto: Renaldo di Staion autre, André svat ""nodoniot eras / André Benue tadugso de lege near Ape = oo nei Sep. (oibioteca da Exdeito: 664. Coleco ‘cena Bnise 358) ‘asucto de ntodution 8 laste 1 Eaetepa. 1 Talo ep 38548 peo ro Baa — Panied a Baal Apresentacao int ¢ cnca anos depois de langado pelo Centro de Estudos Politicos ¢ Estrangetos, na Franca fina a Biblioteca do Exér ‘to Eatore publica a tradogo em lingua portuguese do cléssieo de autoris do General André Beaute, considerado por Liddell Hart © teatado de estratégia mals completo ~ introducso 2 Estratégl stratégia, come futebol e politica, ¢scuidairelletidamen- te, tomando-se palava cujo verdadeira acepgso & confundisa por ‘muita gent, até mesmo em meios académicos. Antigamente,estatégia ea, srcto sensu, arte do estratego (generlissima, entree gregoe prepara desde aplicaros meios bélicos com o propésite de congulstar a: objetivo fxados ‘Nos tempos medemos, »estratéeisganhou dimensiesInco- rmensuréves, erpalande oddemilo des militares estendendo se ’esterada diplomacia, da economia, da politica, do psleossocial, 3 tecnologia ete. Dafatimar-se, hoje, sera estatéeia a arte ov a ctr ‘da de desenvolver ¢aplicar © poder nacional em toda a sua vasta ‘amplitude, elm de aleangar os objetivasestabelecidos pela polit retmonugso Resmaréen mats clara, 8 nogbes indispensdveis B candota de uma agHo I6eic, {Que ndo se procure ver aqui steno um primeiro desbravamente, empreendio ne esperanca de que meu exemplo, um tanto temers fo. suscte outostrebalhos capazes de promarer oeluvenescimento ‘orenascimento da estatégla eters, 62 qual # nossa épocs tem 1 major necessidade, Capitulo I VISAO DE CONJUNTO DA ESTRATEGIA sim como o St Jourdain fala prosa sem o saber! multos 80) que praticam a estrtégia mais ou menos, Inonselenternen- te, No entanto,s diferenga em relagzo 20 Sr. Jourdain ¢ ser mais lif pratcara boa estratézia do que a prose; tanto mals que, 520 ‘nome estratépl é freqhentemente empregado, ss realidades que le encobre so, geralmente ignoradas, &, ceramente, um dos er ‘mos correntescujo sentido & meus conhecido. [As razbes de fl ignovéncie 680 vitos: durante muito tempo essa velha palavra designou apenas a clencia e a arte do comandante-chele 0 que, na verdade e evidentemente, s6 interes s3va a um ndmero mult reduzido de pessoas, Esse conhecimento se ranamitia a cada geragdo de maneira mals ou menos esotria atavés do exemplo dado por chefes de renome, como aconteca com (© “eto pessoal” dos mestres das diferentes profissbes, Coma & ‘ Dtnooupso Aestarésn, vers evlufalentemente, efs8 mankira de fazer, bestanteempli- «2, deum modo geal sstisana, se bem que aguerafosse infin: mente mais compless que a arqutetura, por exemple, Por outro lado, nos perfodos de evolugso, a aplicagso dos ‘radicionalslltos pessoais mostava-seinfiaz. Eno, a condita dss operagées colocave em evidéncis enlgmas aparentemente nso lovels. esse insucesso apresentays publicamente o problema es- \rotégico do momento a0 conjunto das elites, endo apenas ao prin- ‘pe ou ao marechal. De cada um dessee nerlads resultav um ‘movimento intelectual relatvo 8 estratégle,cvio senso profundo, or ovtrs parte, fol sempre canforme ao génio ds 6p0ca, A Renas- ‘enga buscou em Vegécioe nos historiadores antigo os segredos suerte nova; 0 século XVII extairé da rzko pura o sistema de Pensomento que Napoleso aplicaré to maglstalmente,o século IK, ainda pasmado com os &xltos de Napoleso, acreditaré af en- ‘contrat solucio de sous problemas, mas constr, sobretudo com Clausewitz. uma grande eos tllossfic-sockal, intermedléra ent Kant e Mar, cujas interpreagSesroménticasnBo ter sido estrax has & forma dos gueras 2 qualquer eusto do sé XX Entretanto,noséculo 0%, culo das grandes mutagbes, es trate sofreu grande deco em um momento capital 25¢80 de 1914-18 éconsiderada como” facasso da estat’ ‘quanto Tepresente apenas. racasso de uma estratéla. Na Fran Sobretudo mas nesse momento a Frangaexerceconsideréve infi- €encia), a estratégia aparece como uma cgnciacadc,uma meneira 2 Rpg st eet atin ctl 9 ar Tat a % isu ecpaninsida \wefa oe conuao os este, de visualzara guerra que aSose compadece com a evoluglo, a qual parece dar prevalncia 20 material sobre os concetos, aos potenc- als sobre a manabrs, 8 indlsta © cléncia sobre eflosolia, Esta santude, de aparéncis realista, condus considera os “estrategas" ‘como retardados pretensiosos. ea concentrar esforgos sobre a ttl- ‘a €0 material, no momento preciso em que erapidex da evaluo requerera visio de conjunto paticularmenteelewads e penetante, que somente a estratégia poder conseguir (© resultado 6a derrote militar da Franca, e também a vita Incompleta da Alemanha, smbas devido. apeciagbesentness, por que demestad estretas. O naufgla do império mundial de Euro pa.que se sequin, daira subsistivem dois gigantes os Estados Unt dos ea URSS. Seu entagonlsmo, tomado sterorzante pele arma ruelear,recolaca em prelto plano os problemas da guerra e da paz, mas no existe conceltoalgum parecendo capar deresolv-los. ‘Acuse-se 8 novidade da arma atSmica, sem se dar conta de que éa auséncia de uma teora geal que Impede de revere de dominara ‘evluggo. Do lado sovético, procura-seem primelro lugar apegerse 0 morro, formulando, ob Stalin, ums teors de quera tol, de fundamento social que ndo resistird o progresso da técnica. Do Isdo omericano, sob signo intelramente nominal de Clausewtt, langa-se impetuosamente colugso de ume caseata de problemas ‘enleos, de nsplraco ttica: mas a importéncia do assuntoatrala stencio dor melos intelectuais que, em conformidade com o g@nio| clentiicocontemporsneo,alicergam a pesquisa de solugses sobre tesouros de andlise. Logo, cada universidade americana possvi um Instituto de pesquises bem dotado. Pilhas de obras acumulam se, % socugho AestrEsA constuindo um edifci abetrato, de wa complcagzo quase que scolistica, mas de onde se dectaarn, povco a pouco eertor ele rmentos esencis de estratépa de conjunc, da que! necesita a nossa epoca, No entano, ee Intenso movimento de iis mal penetra na Europe onde, de um mado geraleapésslaumas letras cistaldas, as pessoas ge contentom em adotar © vacabuléio« 0 material american ainda se area, sem o dz, na supremocla deo material sobre sida. Adespeo, por exemplo, de Raymond Aron, na Franea, ede Liddell Hart a Ingaten, a eave no neta nem n grande pil, nem metro veradetramente nos eos militares, onde e continua a pear tena etaticamente decepconantes ds ampentas da Indochina do Ego eda Argo fanem seni, mals os merc confusament.s necesidede de me thor compreensto dos fendmenos relativs & ever. Aertatéia, condenada em 1915, normaimente devera conhecer um novo dess. broker. [ANALISE DA ESTRATEGIA Delinicto da estratégio que éa estates? Casa ae naa do nosto antiga de estratéelo mitt, di se da arte de empregsr as frgae militaes para ating resulta os fados pela police. Esta defnigio, que mal se distanels Joe Termos de Clausewitz, €2 que Lidell Har formulou em 1939, e ay. ‘mond Aron, em livo recente, quase que tetualmentereproduzi, 6 sis \wsfo oe coruuro estar ‘armas no combate, para obter o melhor rendimento, A logitica € “Gelincla dos movimentos © dos suprimentos. Todas duas dizem clentifce-conereto, ave as tornem bastante snlogse arte do en respeito"R.combinagio d genheir Se nos eportarmos 8 fave de Napoleso, ¢retomando uma .itacio de Loyd, que opunha parte divina” 2 fades Sas materials, endo s estratéala sels “a parte divins’. Daf 2 ‘Goalie oprestaie decent do gn, nS0 vai mals que um paseo, freqdentemente dado. No entanto o gn na maria das ‘vezes, no sendo uma longa pacitncia, Diving ou nfo, a estate deve serpensdvel.razodvel. Que € ela, entdo, se ndo se situa nem obra o GIaNO WE GTESe mattis, ner sobre o plano de polities? Cielo que eesstnca da estratéziarepousa no jogo abst. resulante, como dlsse Foch, da oposiae de duss vortades. € 3 arte que permite, independentemente de qualquer tenia, dominat 105 problemas que eoloca em si todo o duelo, ustamente para per itr empregar as ténices com o méximo de efietela,E,porconse- gulnt, a arte da lates das fovea ou, ainda mais exatamente. «SX ‘sea comTe a ‘RK lvtoougso Aestarto sta definicto poders parecer, com toda justig, multoabs- rota e muito geral. Mas é bom nesse nivel que conwém colocar 2 ‘estratéeia, caso ae queiracompreender seu mecanisimo de penes. rento€ 8 leis que se pode all descobrie. Poroutra lado, uma ver quevamos bardaroexame de fall de da cartes, verse mals laramenteointerese dese dcfinighe Pode-se admitr que a finaidade da etratsia € atingt 06 _chietieshxados pela lc, ulizando de melhor ancl os nie Se gU se caps, Ora tals obetivos podem ser clensivos (conguis. ‘a. impor acitago de tala tals condicbes Gnerosss),deensivon (protegSo do tersitrio ou de tals ets interesses. ol mesmo vsa- rem simplesmente so status quo plitic, VE-se. desde i, que fen. ‘mulas como 8 atribuide a Clausewit, de “a decsso pels batalhe ‘itoriosa’. por exemplo, ndo se podem aplicara todos esses objet, 08, Pelo contrério, a nies lei gerel englobando-os todos 6 que ‘sfostando qualaver nogio de melo pela qual a decisto sera obtide, ‘#0 considera mats que a esséncia mesma da decsBo prociada, Beso decistio €«acetapso pelo adversrlo das condigbes ques the ‘er impor. Em tl cilétics de wontades, a deco fm acontec ‘mento de ordem psicolégica que se quer produsi no adverséie comvenctsto de que eneajarse ou prossegu na lute ind Naturatmente, tal resultado poderta ser atingido pola vt6> tia militar mas esta muitas vezesnBo €indlspensdvel:tequente. ‘mente, & mesmo Irreallzvel (caso dos felagas.? na Acglia, por SESE erin etre pager semen co amas 2 ‘sto oe conanto na estearEs eelo)enquant que ours meoe (ite bn nee cao} Seem oer ohemas. Recocandoo otlena em se reine ‘Etro gue € eda ptcoge do eerste, etanor em ond four deepec coretomente oe atorendeceon, asi, Se om SSuspe econ nce enum stn dpensameia got en. {ota tentoe rio wiltar como estate do sins ne far que se diz nova ‘enn, analisando Clausewita, hava proporcionado urna def nigfo, bastante ctada, que reconhece plenamenteo carter psico- legco da decisi “retardar as operagbes, até que s desintegracs0 ‘moral do inimigo tome ao mesmotempo possivel él desfecharo golpe decisive". Mas cle pensava como revoluciondro ¢ somente wa 8 agfo politica atuando como uma espéce de preparacao de ariharia decardter moral. Era. Inverso da concepeio romantica © mltarde Clausewitz, na qual omoral inimigo era qusbrado por meio de umo vitsria miltat_A Sula ger, também. petece-me sera seavinte; obter a dediste,evlsndo e explorando um situseso que Tevea uma desintgraeio moral do adverssno,sullenteparazélo ‘seitar ae condicdes que se Ihe quer impor. ‘Ebem a ele gerl da daltica das vontades. Melos da estratéia © estudo dos melos da estratéeia permite alnde melhor colo corem evidéncla a forma de racocinio que Ie € prépri ara atingir a decsto, x estratéga vai dsporde uma goma de rmetos materia ¢ morsla, indo do bombardelo nuclear propagan- Go, ov 20 tratad de comérco, A ate consisted em escother entre ‘os meioedlspontveis, eam combinar sua aglo, para feut-os concor 2 =) ermonug AesteATésk ‘er para uim mesmo resultado psicolégico, sullcientemente efcaz para produzioefeito moral decsivo, A escalha dos meld depender de ume confrontagso-entie as vulheTidades do adversdlo e as nossas posslbidades Pais” “Tater et, € PREG salsa? © CIRO oral decsio. Over se FEGeD tallsa? 6 alt moral deaaivo. Ouem se quer convencet? Em dima anélise, ¢ © Governo adverso que se quer comencer: mas, segundo o caso, seré mais fll eg dretamente sobre os diigentes (Chamberlain em Bad Gadsbere ou em Muni- ue), escoinendo os argumentos sos qual eles serB0 senaves; ov, 80 contro, agi Indlretamente sabre tao tal pate de opiniao _quetem alavancagem sobre Governo, ou sobre um Govern aliodo ‘que goze de forte influénela, ou sobrea ONY, porexemplo, Seoque {std em logo pouco, tas pressCes podem basta. Se oque ests em logo mais importante, agbes de forca podem sar necesséias, ‘Ald sssim escolha des melas deve serpecetamente adap ‘ada 8s possibilidades amigas ede vlnerabilidedes edversas: a vi- {ria miltareldssies, por exempl, pode estar fre de alesnce, ou ser demesiodo perigosa, Neste caso, escoiher-seria um levante fe- voluctonstio, destinado a lever a uma Intervencs0 internaclonal, {como nos sudetos, ntes de Munique), um levante revoluctondta capa de madar o Govern (comna em Prag em 1950), uma pressto ‘econémica apotada (como nas sancses ecandmicas conta a tla, em 1935), ov uma longa campanhe de guerihas, combinada com ‘uma aso internacional (como no Vietmine e nos felagas}? Gusts se1Bo as agses possves, 3s mais suscetiveis de influencar deci. vament apseclgie dos dgentesactesos? Se, enfin, uma acip ilar dover ser empreendida, qual ser sev objetivo? See neces ‘rio destuir as Foras Armadasadveres, segundo a férmule clo sewitsiana? Serd isso passive? E, se ndo for bastars um éxito local 0 sto oe conuunro ness {companha de Crimela, em 1854); equal? Que cétegora de Forgas 2rmnadas ou que reiso eeogrica passa por ser decisiva, sob pon- to de vista do adversdio (a Marinha e 8 Avlagg0,né Inglatera, 0 xércto,na Franca ete? SeréindlspensSvel, ov inl tomara cp- tal? Bostord ameacar destru-o? etc, Pode-se, assim, Levar 8 andl- seca ver mais longe, até que se tesham encontrado _taborago do plano estratégico Val-se, entdo, poser realizar a elaboracdo do plono estratée- co, Tata-sede uma dalética. Em consequéncla, ¢ preciso prover as posstves reartes adverss. pata ada uma: remem = 7 ‘ita « sssegurarse a posslblldade de fazer foc o code uma dels Esaas reaqdes podem erintemacionais ou nscionais, morsis, poll ticas, econéimics ou militares. Agtes sucessivas e possbilldades de porada devein ser montadas num sistema vsando e conserva 0 poder de desenvolver seu plano, a despeito da eposicao adversa Seo plano for bem eto, nelendo deveré maishaver less. Amano- bis eatrat\ca, sisando a conconsr a liberdade de sco, deve car *contraalestéls". Naturalment, ela dove terem vista claramente toda a seqbéncia de acontecimentes que levsm 8 decis6o; 0 ave, | a hostlidade da Gré-Bretonho (ivasio do Béeica)e dos Estados 3 retmopugho esteaés Unidos (quera submarina), A salagto correta do lberdsdede acto _ resulta da conjuntura internacional constitu asim element - romper ou ela sels pos apo | cortleen, |EDUIMLENCA EM ESTRATEOK De mua DERN Beiries aaa a | Peaubgocer ovale | ne Dawe _Esvas desenovealtemetives, combinandoum citeio dere. rare | Nenrandia. 20 | segue, pocmeio | Swmetheg ston de interverges ou de| paca ate meses quadro nimero | dé a cads um destes tipos de ago urna ene Jenigio de corétergeral, indica as condigbes que pressupsem € ormem os resultados que se podem esperar. Verse que todos rosponer| uns ae | eee, eosin ard Jes izem respeto lberdade de ago, sols pora toma. seia pars ‘temo | aome cesegurnga|_ MD aetna | om, sea para dela privar ondverssvo. Verse, também. que emene} ee Te liberdade de ogB0 ¢ saber-se assegurar a Iniiativa, acinar [noe pe ee] 2 > {ela moderna, NGo 6 assim, O quadra Il mostra, a titulo de exem- plo, as formas de ago correspondentes a cada uma das solubes primeiro, na estratégia militar da Guerra 1939-45, depos, ns est tégla tual de dissuasto, Quadro anslogo poderta ser felto para sseatdia total, estatégi indiete, ¢ até pare as estesias i ‘enceira, diplométies ou politica, Vé-se, por exemple. que oequl- ‘lente estiatégico de Batalha das Ardenas, de 1944, 6, em tormos de estratgla de dissuasto, 0 programa soviéico de foguetes in tercontinentas; e que o equivalente estretégica da componha na- val lleda no Mediterraneo, de 1943-44, 60 desenvolvimento da arma at6mice télcs, A nocdo de segurangs,classicamente base mre] optima | Sagara? | maa mnie « Desenosor} a tec pra | awe smocar| Ama ste cn Spee: [oer] toe mom Paps | carga ane | Ten treme 4e forgas corvenientementerepartidas, na dissuaslo torna-se em ma cionteia sce o progresto do adverséro:aliberdade de acto, Bek Daa Ss aria Die OR ae Rem pe Sous see Te Boar ee 9 Sate tan, rermonupso A esmearéa que resulta potencial(seguranga} e, também, da capacidade de sobreviven © da incerteza sobre as possibilidades de ascens8o aos extrem (omeacay 4 O reconhecimento dessas equivalenclas ¢ extremament i portante, para introduc na condlta de estratéga ume nagao cong, lente da manobra que se desenrola dss passlildades de ea ‘que dever sercontemnplades, lencontramo-nes na presence de diversas doutrinas opostas Aprimelra, qe chamo doutrina de dingimica raciona. cons era o valor das foreas em presenca © recotnend solugio ma conforme com © melhor rendimento desses(oras: procurarsed concentragfo de esforgos afm de poder desfaner 8 massa principal Inimigs.0 que levaré 8 derota de todo oresto, Alutaseré conde dado forte pare o forte. ea decisso devers acantecer no teatro prin cipal. Esta estratépla € que tinha sido daduzida ao fim do século 20K, dos teorlas de Clausewitz, aque insprou a Franca no fon 0 Plano 17, de 1914-152 4 Asegunda, que chamoa doutring das combinagies,conside- 130 valor psicolbglco da acdo que FE Valempreander eYecomends fescolhera solugio que teré por efelto eave, desorientay.e uti, as previstes “isperear suse propias frgas (ou estorgos) pars lavaro adverséto 2 fezero mesmo; ¢ 8 buscar a vitéria por metos de asses do forte ara 0 faco, se necesséro em testros secundérie, ov mesmo ex cncrcos, Esta estratégle fol brihantemente apresentada em noe _ysHo DE CONNTO OA STRATES, spo Lil Hort oto de arto pare «era do igboessenclalmentebritSnica® sido a interpreta ds sis de Nopoeso a ealidode, nenhume dessas doutrinas apresenta valor ab- Jo, Exatusndo-ce dautrina geométrica, verdadairamente mor 3 » dovtrina francesa de 1939 ngo a hava retomado, sobre ir forma?) cada uma dessas doutinas corresponde a um ogo, ode sero melhor em certos caso © Pir, em outos: 2 “n+ ica racionol” correspond, sea 20 caso em que se 0 mals forte ‘ue, entio, tantas modalidsdes?),sela a0 caso em que um rsério superior em orcas dispersourse prigosamente. As"com- snagSes"mpoemn-se quando se &o%als racoesero sempre dels tora ossegurara superlordade; eb a condi de que, naturalmen- fe solbo-se evar clepersar-ce mals doque oinimigo. A”eeomrafi" “deserpenho papel muko importante na estratégla militar, quando teatro de operagbes & pobre em comunieagSes (como era 0 caso Europa 8 épaca de Nepoleso),e forma um tabulelro bem deni de (Soe nosre diol ¢consttudo ples connate ‘escola das ranges deve, nto, sergulada unicomente pelo estudo da situacio particular, e deveremos, com mar freqbncs nar sucessivamente diverses doutsnas. ©) Os modos de estate. No entonto, no estudo de um plex no de operagbes, geralmente, ser-se-d condurido a defini uma ait | dede conjunt,refereate& doutrina que melhor corresponde situe- st tRooueso Aestésn fo relativa das duss partes, Volts, assim ao problema geral da ‘escolha de um dos "modelos" que examinamos mais cima. No pe na das ids, esses dversos modelos ordenam-se segundo dois"mo. dos” principas: 9 esrtéaia tes ea esrataiaindiveta A estratpa rete, que conesponde 0s modelos ndtheros 1 5.25, outra nso é que concepssofendadla na busca ds decisdo ou a disuasd0~pelo emprega ou pela axlstencia~ ce orgs ilts- ‘es considersdas como meio principal. Por conseguinte, antes de ‘mals nada. do estratégia de Clausewitz, que no € sendo a genera- lagi da concepeso haseade sobre a “dindmica racional. & ela ‘que prov os chefes da ques de 1914 €05chetesalemées ame Ficanos da guers de 1939-45. Ela, ands, que relna sabre a opos Bo potencial das forgasnucleares. Aestatégia deta pode gual ‘mente empregaro concelto das” combinagSes".notadamente no que concerne& apreximacso indirets _A estatégiaindreta coresponde aos modelos némeros 2,3 14, Ela inspira todasas formas de confto que no buscam dieta- mente @ decisso pelo orontamento das forges elltares, mas por prosessar menos distor, ela na orem polltics ou na econémica (vera revolucionéea, sola mesma na ordem militar. procedendo através de acbes sucessivas, conadas por negoclagées (estratégla hitlriana de 1936 2 1959). Essa estratégia conhece voga cad ver alot desde que a ameaca de guerra integral no modo direto pare cedeverconduzira destrugses reciproces insceltsvels, Complexs © ae se eco fuara ia gee arias tna seine epee SS -Adialica do mundo atual comport simultaneamente uma disléti- we \WSi0 0€ CONANT DA STRATE ‘ex nuclear, no mado da estatégla direts, que tende a neutralize rediprocamente os grendes potenciaisecandmicos Industria, en- [quanto au, pela fissurs do sistema de dissuasto assim criado, Insinuam-se a8 agBes multiformes da calética politica, no modo ds estrotga indirets. A estratépla, como a mUsica,possui um modo rpsioreum modo menas Fatorvariabilidade sta nBo étudo, Um outro fst impor tante na elaboracio do conceto estatigieo dave ser eublinhada, 0 a valobilidade dos meiose do melo. Com efeito, 0 mundo evolu muito rpidamente, em especial na nossa epoca. Tudo estd em perpétua tansformagio, A Alem: nha de 1963, por exemiplo, nfo tem obsolutemente os mesmas pos stblidedes que em 1938. A opinido mundial nfo mais é armada das mesmas cencas endo mais reage do mesmo mod. Os inst ‘entos da estratégla vaiam Igualmente, com velocidade aterori- zante: oavito de 1945 estava obsoleto em 1950, Ode 1950 ¢ invt- nso em 1960 ete Decorre da que oetratego nfo 22 pade spoiarcom seguran- “gn vobre precedente algom, e que nfo pode dior de nenhuma uni- dade de medida etével. Os céculos dover spreciarconsta 0 valor de uma realigade em mutagio, nS0 somente no presente THRO RO uro, ca multas anos da distdpas, Iso a considerdvel ‘Tileuldede suplementar Em lugar de dedugées irmes e objetva, aestratéaia&obvigada a procedersobrhiteses, ea car suas solu es por melo de verdadetas lnvanedes. “Este aspecta da estatégia um dos que, até estes ultimos anos, haviam sido os menos compreendides. Durante tempo excessivamante longo, el siante el ‘ha possiblidade de fundamentarae na experitncs. Se hoje ome = ermonucKo A esteaés ‘usHo De COMUNTD DA ESTRATESA sufliente, e erptaclasividente de Valéry hé lange tempo havie ase (e ploridade nas despeses) a possantes ras de informs reconhecido tal perigo. Adstitaahipsteses estratéla deve ma. [bez ede estos, capszes de acompanhra conjunturs ede cond? pbrarnotempo, camo aprendera a fz8-lono expace; longe de prox 4 mancbra de evolucio das forgas, mediante decisbes calcul cederpor hipoteses fos tomadas a tempo. E aqu,talver. que epouse a reforma mals andllse matemétiea dae probabilidades, a estratéela pace fondamenta-seem um feeede possbilidades,eorganizarse etal sorte que essa possbilidades seiam acompanhados, para determi " spenas uma coicoturao estratego¢ comparévela um cirurai8o que nat tempo, as que se verfcam ese desenvolver, 88 que dess- eee ee eee cee eee ney ‘mente répido, sem estar seguro de sua topografisanatdmi- a ‘erminarel este répido exame com uma comparagBo que & parecer. Ai, ainda, ntroduai-se-é um ftor de mancbr, isto 6, de previstes conta-slestéries, que permitiré acompantar 0 mals de perto possvel a evolugto. ttabathando sobre uma mesa de operactes em perpétuo mov- to, com instrumentos que deveriaterencomendado.com palo ‘Quanto. tnvengio,ndispensSvel pare encontrar. com ist. eros cinco anes de antecedénde mentos novos oy enovades a solucto future correspondent ma _stuago future aprecada, ela efcaps a quslquer reg. Digemos, “Concivstes Somente, que ele deve exirarotina to fortemente ancorada nas tradigSes miltares fxados pelos “regulamentos”~ e apelar para 9 Jmaginacto epare a meditacko,” ‘plexa ela se desenrola zo mesmo tempo ecomo mesmo ndmero de Essas realidades incontestivels da estratégie moderns, pro- = fltemativas no nivel deca uma das eetratégas que se devern com ‘movidas assim como nossa civilzaclo, pelo progresso expanencial _binarpara ume mesma decisto. Um cérebroeleténico poder au Ga cienca, deverim conduat @ uma profunda reform de nossos Gar, mas nfo poderla prover todas ae porablidades de agi de hébitos. Q importante néo male & 0 presente, mas future, Os yagdo mals sm de alguns golpes! fo que explica quea conduta ‘retards ra reallzagio de nfo importa que manobra eiagso dema- terials novos, mudanca de atmasfere pscolégice, mociicagto de ‘equifris intemacionals etc exigem anose comandam ofuturo, A. preparagso tem precedéncia sobre a execucp, Quer dizer que se | ‘omoy fol despender miles defancos pors una deleaa nacional ‘blo vslor futuro sea Incerto, enquanto que € esbencil ser infar {3 no perfoda napolednico, em especial ~€ porque as condigses particulates da epoca pecmitiam redurir consideravelmente 0 nd ero de fatores em jogo, st 5 tough AesTarés \WSH0 0 oNAAMODA STRATES io caso geal 0 estatego tev que apreciar por estimate, "exrotégia pela evolu das tenes flange, lealso. catia os fatores muito nuinefosos que sera Sssenciais,e limiter seu ra, vara para cao, oui de tro rap- clocinio a esses fatores_ Bo que faz com ave a estatégeseia ume _ arte nfo uina cléncia.”Nenhum ateta mals pintou um quadro partindo de uma Tete completa de gras teéricas. Somnenteaigu- mas vers, él recorreu a certs reqras, ara vrtcar se sua obva se *mancinha de pe ‘Aconteceo mesma com a estate, eto Ue exp af setenham padldo cometertantos eros 7 arqueio Soma “Ferisacio, 6 vifo,o arma atbmica ete, marcaram as grandes mu ‘angus: BoManto, todo 0 esongo deve se‘iiglr para sinvensio e | Fecnicas noves ¢ pata o desenvolvimento de téticas apropriadas. “rata se aq! de um contra-senso.extremamente grave tan | ro mois perigoso porque contém grande parte de verdade, mas uma pate, somente (que éverdade ¢ que o avanco tenico constitu fatorensen- lal do poderlc, Todo o mundo compreende que nfo se pode deter ‘ym carro de combate com furs, nem abater um avo com flechss, fu que superloridade adauisda pelos romanas, gragas 20 arma- mento e8 tation eau lego permitiv-thes conquistar a maior par te do mundo antigo. € bem evidente que o avango ténico ettico -confere vantagem considersvela quem dele se benef w® “FES esis mango confere bectintégia meios suplementares ov male _ -Hictenees, WT Mas este avanco pode revelar-se intl, easo for empregsdo em favor de uma estratégla md. Af esté o ponto essencial, que € necessdrlo estar sempre presente no espito. Lembremo-nos de nossasrecentes experincias na Alls, por exemplo,serd que nos APLICAGRO DA ESTRATEGIA [Napoledo, referindo-se 3s regras de bom senso ds estratéga lisse serela “ums arte simples, mas toda de execusfo". sto implica fem sublinhara imporncia da apicacso. Eevidenteserneceesério muita resolugfo, cabeca ia, para que as deisSes permanesam cal- culadas, e uma vontade fre, para mantero esorgo na divegio do {bjetivo Wsado. Estas so qualdades rramente reunidas, dal equeno numero de vesdadeizos homens de quer pois eles de ‘em ser 60 mesino tempo, pensadores e homens de aco. No enlante no plane das Glas, a execugGo levanta ut bro blema capital. cuja incompreensto levou numerosss derotas ~ entre 95 quals a da Franca, em 1940 quero fot das laces en ‘re a estratégia es tticss, Assim como a estatégie¢ o meio de ‘plicagéo d politica violenta, 93 teas 0s mel 7 fo armamento ¢ noeeo equlpmento moderns nok parmitram ob ‘oy Dacstaias Guer dur quess exsiegs Sever ser suborsinadaca tera delsto? Nao hs, com efetog sea Gime ena. mae oA Gh strata © n8o 9 conte 1ética somente Vale em sclag3o 8 de adveresiin, Pudemos consta- ‘Gs Fumerosas obras, 26 pata lalarnos contemportnecs Fl Jes Rosgeran & Toma liam toda # evolucso. 1 aan canon to te ce ps al ro cota ISeSe Sys elsit tetas flo esis 56 a rtRoougso A esrearEa ‘ysH0 DE CONUNTD DA ESTATES, ame estratépl militar estéril.O papel ds estratgia militar. por cone sequinte, 6 fear pera as ténlcas e para as tticas © abletwo em ‘ies 20 qual else Govern tender em ses invengSes ¢ em suse, _fesauess, Somente sss a emus seréoionada para diecbes tr por exemplo, que © ovdo e 0 caro de combate sto colocasoe _em xeque pela guerIhs; © que a arma atémice nfo petitiu sos Estados Unidos obterna Corte algoslém de um armistico de com- promisso, Isto quer diner que hé slums colss que deve dominar a tic: eSeoTha das teas. Caso se escolha combacer os caros Em Siegéted, a pace de iraudoux, véem-se aparecer, detem- ‘pos cm tempos, generaisalemses d procura de uma férmula gral "be querra, que seris ume espécle de pedi ilosoal, permitindo re Ba, como, flgulmia € uma caricatura da cléncia, A guerra é um ‘2 deta dominr por no importa que (6rmula simples que no sea uma euidencia, No ‘entanto, a lénela moderna terminou por realizar as transmutagSes ssperadss pelo slavimist, mas através de vies bem diferentes do- ‘quclas do slquimia. Amesms cléncia moderns, que descobre sta mente asocisloeta, tem o dever de buscar os meios de condusir os Buesso por uma prove de forea no dominio financeiro ou Industrial, eet reenter ‘ou por uma batatha regulada, do tipo 1940 ou 1945. Por outro ado, no entanto, & perfetamente égico que eles tenham escolhio una sética de guewriha, que viseva &decisSo apenas atravde da lassic8o Trancess, espalando-se na conjuntureintemacional. isto esti ls, « els, que deve comands, Terie lr, dole deve apenas exer ost cas, dave Tale rnfara ecco destino de Reg ee ee ee ee ‘decslo- E assim por exemplo, que uma tética ofensiva de 1918, demasiado lentap mers uns buc ste dav conus as gat inoorentesponus €s melo deazisda plies enecanl ¢ orate dos passes cocoa ae epee dacatgie por seempreg conse que a as nee posers sercondusteceoumierdoae ov eve quecauarm 9 tet rupture, representava bem ua t= ca possvel, mas que nfo.corespandia te necessidades do deci, 12 “ttica necessia’ do ponto de vista de estratégia operacional ‘eclomava velocidade de progresséo maior, aquela que os alemes btiveram em 1940 com svae dvsbe blindadas, Acetando ume Utica que nso lovava 8 ttlea necesssria", nés nos candenamos 2 ry 8 a A Intnooucso A esrarEss desmoronamento da Europs, Pode-se mesmo esperar que, resaea esse dominio, aumeroses conlites poderto ser evtados.¢mecmy_ porque ndo?~oconhecimento da are de uta leverd&claboracsg de uma verdadeira afta da pe, Tundada nto mele sobre e "oes. mas sobre realidades eficazes como a otal estatéga de cissuacio, (Masa estetigie¢somente um melo. Adefinico. vos que ela deve procurr ating: pertence o dominio da politica ‘Become, essenclalmente, do filogotia que se quer ver doming ‘estino do harsem depende da Hlosalia que ele eacalber pare sie i siategia pela qual Capitulo II estrtégie militar elsesie devera ger melhor conhectds. No © PA 6 osain, porque as gras que a clrigem tém sido geralmente cbscurecidas por certosfatores contempordneos. cule importancia _ pareceta dever ser permanente, enquento que eles deveriam ceder “Iugaraoutrosfatores preponderentes. Bis porque estudar-se-éneste "capitulo © problema do panto de vista da evolugzo do fendmeno, | obretudo, a finde destacarInes as grandes linas, pols somente = permitirio comproander seu caster ‘A guerra militar eldssica sempre se ealocou no quadro da |quera total, Sempre existiv um importante componente, econo tnieoefinanceiro (sam dinheir, nfo hé sufgos..). Sempre houve | umeomponente diplomético evident neutralidade,coaizdes te} ‘Frequentemente, houve um componente politic considerével, de ‘ia detelto rcs ttl cecum em ni ocr pons rea Sa ate

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