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Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina de Tecnologia de Informação e Comunicação

Uso de Tecnologias Móveis na Leccionação da Disciplina de Geografia

Nome do aluno: Aritimissa Antumane


Código: 91231024

Pemba, Março de 2023


Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina de Tecnologia de Informação e Comunicação

Uso de Tecnologias Móveis na Leccionação da Disciplina de Geografia

Tutora:
Geraldina Castelo

Trabalho de carácter avaliativo,


desenvolvido no Campo a ser
submetido na coordenação do
Curso de Licenciatura em
Ensino de Geografia da
UnISCED.

Título: Uso de Tecnologias


Móveis na Leccionação da
Disciplina de Geografia

Nome do aluno: Aritimissa Antumane

Código: 91231024

Pemba, Março de 2023


Índice

1. Introdução......................................................................................................................4

2. Objectivos......................................................................................................................5

2.1. Geral:......................................................................................................................5

2.2. Específicos:.............................................................................................................5

3. Fundamentação teórica..................................................................................................6

3.1. Conceito de tecnologia............................................................................................6

3.1.1. Tecnologia educacional....................................................................................6

3.1.2. O papel da tecnologia no ensino e na educação...............................................6

3.2. Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).................................................7

3.2.1. Dificuldades no uso da TIC no processo de educação.....................................8

3.2.2. O impacto do uso das TIC no ensino de Geografia.........................................8

3.3. Sistemas de Informação Geográfica (SIG)...........................................................10

3.4. As tecnologias no ensino tradicional e no ensino construtivista..........................12

3.4.1. O Ensino Tradicional.....................................................................................13

3.4.2. O Ensino Construtivista.................................................................................13

4. Considerações finais....................................................................................................14

5. Referências bibliográficas...........................................................................................15
1. Introdução

O uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), vem sendo um grande


vector no processo de ensino e aprendizagem vigente na actualidade, razão pela qual
tem sido o centro das atenções, principalmente, quando se trata de uma educação
significativa. Em um mundo cada vez mais globalizado utilizar as novas tecnologias de
forma integrada ao projecto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que
está nos bancos escolares. Porém, a compreensão destas envolve um trabalho mútuo
entre os educadores e os educandos de maneira a aprimorar o seu uso, visto que
vivemos em uma fase de transicção de um regime mais tradicional à um regime mais
construtivista onde o uso de tecnologias é fundamental para o desenvolvimento
mundial.

Contudo, este trabalho de carácter cientifico, tem por objectivo central, a compreensão
destas tecnologias (TIC), como forma de aprimorar o seu conhecimento e,
consequentemente, o seu uso no campo da educação escolar, sobretudo na disciplina de
geografia, o qual sugere o objecto de estudo contido neste mesmo trabalho.

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2. Objectivos

2.1. Geral:
 Compreender o uso das tecnologias móveis no ensino da disciplina de geografia.

2.2. Específicos:
 Conceituar a tecnologia;
 Descrever o papel da tecnologia no processo de educação;
 Apresentar o impacto das TICs no ensino da disciplina de geografia.

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3. Fundamentação teórica

3.1. Conceito de tecnologia


A palavra tecnologia é de origem grega, da junção das palavras Tekne (que significa
arte) e Logos (que significa conjunto de saberes). Para SAEZ tecnologia “É o conjunto
de conhecimentos relatos e cosmovisões que pressupõe qualquer aplicação técnica
presente em diferentes contextos históricos, sociais e econômicos. ”, essas ferramentas
na actualidade auxiliam na modificação do meio em que seres-humanos vivem. Tudo
pode ser considerado tecnologia desde um giz utilizado para colocar informações em
um quadro, quanto computadores e softwares modernos (Santana, 2019).

As tecnologias vêm se inovando desde a segunda revolução industrial no século XVIII


até os períodos atuais no qual ela está tendo um grande avanço. As pessoas andam mais
dependentes das novas tecnologias, principalmente na educação que precisa de avanços
nas suas ciências.

Para Morais (1997), “o simples acesso à tecnologia, em si, não é o aspecto mais
importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas
dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas” (Santana, 2019).

3.1.1. Tecnologia educacional


Entende-se por tecnologia educacional, o conjunto de técnicas, processos e métodos que
utilizam meios digitais e demais recursos como ferramentas de apoio aplicadas ao
ensino, com a possibilidade de actuar de forma metódica entre quem ensina e quem
aprende. (Ramos, 2012).

Tecnologias educacionais são diversas técnicas que utilizam ferramentas tecnológicas e


outros instrumentos que podem ser usadas por fins educacionais, em que possa agir de
acordo com algum método entre o educando e o educador (Santana, 2019).

3.1.2. O papel da tecnologia no ensino e na educação


Na perspectiva do ensino e da educação as tecnologias tiveram um grande peso pois
permitiram novas formas de aprendizagem e de conhecimento, bem como o acesso fácil
a uma grande quantidade de informação. O professor deixou de praticar um ensino

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muito focado no manual e na sua retórica (ensino mais tradicional) e passou a incluir as
tecnologias como recursos didácticos em sala de aula, de modo a consolidar a matéria
com os alunos de forma mais apelativa e interativa, fazendo também com que os alunos
participassem mais, trocando opiniões e discutindo a matéria (Santana, 2019).

3.2. Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)


Os TIC promoveram a um maior uso das tecnologias, nomeadamente em contexto
escolar de forma a aprimorar o que já se sabia e acima de tudo de modo a obter
melhores resultados. Segundo o autor Moran (2016), o mesmo afirma que a gestão
destas mesmas tecnologias passa por três etapas quando falamos do contexto escolar,
mas também no geral e estas são:

Na primeira, as tecnologias são utilizadas para melhorar o que já se vinha fazendo,


como o desempenho, a gestão, para automatizar processos e diminuir custos. Aqui o
autor afirma que a primeira etapa seria então para melhorar os processos e facilitar o
acesso;

Na segunda etapa, a escola insere parcialmente as tecnologias no projecto educacional.


Cria uma página na Internet ou Portal com algumas ferramentas de pesquisa e
comunicação, divulga textos e endereços interessantes, desenvolve alguns projectos, há
actividades no laboratório de informática, introduz aos poucos as tecnologias móveis,
mas mantém intocados estrutura de aulas, disciplinas e horários. Aqui o autor diz que a
escola pode usar os TICs para promover a escola, promover eventos da instituição,
contruir um balcão informativo online entre outro tipo de serviços que estariam
disponíveis para os alunos.

Na terceira, com o amadurecimento da sua implantação e o avanço da integração das


tecnologias móveis, as escolas e as universidades repensam o seu projecto pedagógico,
o seu plano estratégico e introduzem mudanças metodológicas e curriculares
significativas como a flexibilização parcial do currículo, com actividades a distância
combinadas as presenciais. Aqui o autor diz que assim que os TIC estão estabelecidos
no contexto escolar, passam por isso a fazer parte integrante dos processos de
aprendizagem da escola, dos conteúdos didácticos e das metodologias de trabalho dos
professores. Com isto, podemos concluir e fazer uma comparação com o que vemos nos
últimos tempos e mesmo nos dias de hoje, que é uma grande presença das tecnologias,

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da internet, dos dispositivos electrónicos e mesmo dos smartphones no contexto escolar,
quer dentro, quer fora da sala de aula.

As Novas Tecnologias da Informação e Comunicação oferecem diversos recursos se


adequando a individualidade de cada estudante, possibilitando que o educador trabalhe
de forma diferenciada das aulas tradicionais, levando as informações de forma mais
interessante.

As TIC possibilitam a adequação do contexto e as situações do processo de


aprendizagem às diversidades em sala de aula. As tecnologias fornecem recursos
didáticos adequados às diferenças e necessidades de cada aluno. As possibilidades
constatadas no uso das TIC são variadas, oportunizando que o professor apresente de
forma diferenciada as informações. (Oliveira, 2015).

3.2.1. Dificuldades no uso da TIC no processo de educação


A maior dificuldade de inserir as tecnologias em sala de aula é que os professores ainda
são vistos como detentores do conhecimento, porém ele é essencial no processo de
aprendizagem, pois eles são responsáveis pela valorização do conhecimento dos
estudantes, a inovação não depende apenas do uso dos meios tecnológicos, mas vai
depender da forma que aquele equipamento está sendo utilizado, com diálogo e
interacção, motivando os estudantes para sentir prazer em ir ao ambiente escolar para
aprender (Santana, 2019).

Uma outra problemática é que muitos professores são mais velhos e apresentam
dificuldades em manuseio e uso desses equipamentos, buscando interagir em suas aulas
com outras metodologias que não utilizem meios tecnológicos, porém é interessante o
professor sempre buscar se actualizar sobre como utilizar essas ferramentas, pois o
mundo está se actualizando e a escola também precisa acompanhar as transformações
tecnológicas, não que o professor deva se focar apenas em aulas com uso de
equipamentos tecnológicos, mas que o professor saiba em que conteúdos ele pode
trabalhar, que ele saiba manusear, para produzir uma aula interessante (Santana, 2019).

3.2.2. O impacto do uso das TIC no ensino de Geografia


A pertinência das TIC reside, assim, nas dinâmicas da aprendizagem, pois podem não só
apoiar a aprendizagem de conteúdos úteis, como desenvolver competências específicas,
seja ao nível do software educacional como ao de uso corrente. Sem dúvida que pode
ainda auxiliar as capacidades de comunicação (essenciais nos nossos dias) e, em

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simultâneo, fomentar a interação e partilha entre os actores educativos, permitindo
experiências de ensino e aprendizagem colaborativa e estimulando aptidões essenciais
na área da cidadania, incentivando valores como a responsabilidade e a solidariedade.
(Silva, 2013).

Novos recursos tecnológicos como o GPS que, actualmente, servem como uma
tecnologia educacional, pode facilitar o aprendizado da geografia pois, o aluno pode ter
essa ferramenta pelo celular. Sabe-se que nem todos os estudantes possuem celular com
acesso à internet. Para se criar uma aula mais inclusiva em que os estudantes que não
possuem essa ferramenta tenham acesso, pode-se dividir a sala de aula em duplas ou
trios, unindo estudantes com e sem celulares. Realizar uma actividade assim favorece a
troca de informações, ao ensino do manuseio do instrumento, para que além de
desenvolver conhecimentos geográficos, os estudantes saibam ser companheiros,
saibam compartilhar e trabalhar em equipe (Santana, 2019).

O uso do celular na sala de aula pode ser visto como aliado para o aprendizado, em que
escolas avisem antecipadamente quais são aplicativos e ferramentas que dele serão
usados, para uma utilização segura, responsável e saudável.

Para SARRAF (2012), “Muitos directores e professores dizem que o celular é uma
ferramenta que atrapalha a aula. Se o aluno usá-lo numa ligação ou mandar uma
mensagem, isso pode atrapalhar o conhecimento. E são justamente esses recursos que
o professor deve usar como ferramenta pedagógica, não fazer do celular um vilão do
ensino. O desafio, então é aproveitar adequadamente os recursos dos aparelhos”
(Santana, 2019).

É necessário que as escolas utilizem as Novas Tecnologia da Informação e


Comunicação utilizem as tecnologias além de um complemento de uma aula, pois elas
devem ser observadas como um recurso importante para o processo de aprendizagem,
sabendo entender o potencial pedagógico de cada ferramenta utilizada.

As TICS possuem uma importância educativa e transformadora e pode ser uma


ferramenta, se bem utilizada, contra o modelo tradicional, trazendo de forma eficiente o
processo de ensino-aprendizagem; e também são veículos de modernidade e inovação
que facilita o pensamento crítico. Isso tudo se engloba com a Ciência Geográfica que
trabalha na formação crítica do educando e a sua capacidade de argumentação.

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Uma ferramenta tecnológica que vem se expandindo actualmente são os softwares
educativos. Porém, é necessário saber diferenciar o que é um software educativo e um
software educacional.

O software educacional é um instrumento que é utilizado pela escola, mas não tem
uma finalidade pedagógica, porém o educativo tem como característica principal ser
didáctico, criado para educar e buscando facilitar o aprendizado dos estudantes, eles
auxiliam muito no aprendizado, caso haja professores capacitados e motivados, muitas
escolas privadas já exigem profissionais que tenham habilidades e conhecimentos sobre
a utilização das TICS.

É notório o empenho de PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à


Docência) para inovação e dinamismo das aulas de geografia do ensino médio. Dessa
forma os estudantes do curso de Licenciatura em Geografia que actuam na escola
contribuíram efectivamente na aplicação desse projecto. Para fixar o conteúdo exposto
em sala de aula, e a resolução de exercícios foi utilizado o aplicativo QR Code, uma
nova tecnologia que através da utilização de um aplicativo no celular ou em um
computador, via câmera de vídeo, onde este pode interpretar uma imagem (código),
possui como principal objectivo a praticidade em transmitir informações codificadas em
alta velocidade, mesmo com imagens de baixa resolução, criando um ambiente físico e
virtual dentro da sala de aula. A partir daí foi possível observar a aceitação e interação
dos alunos do ensino médio com a ferramenta em questão, e verificar sua utilização para
o processo de ensino e aprendizagem trouxe os avanços esperados (OKADA e SOUZA,
2011).

Com o uso do aplicativo QR CODE foram realizadas diversas actividades, com a


finalidade de dinamizar as aulas, trazendo novas práticas para o ensino de geografia,
despertando a atenção dos alunos para os conteúdos expostos em sala, tendo em vista os
alunos terem a disciplina de geografia como enfadonha, devido ao frequente uso do
livro didáctico e da lousa.

3.3. Sistemas de Informação Geográfica (SIG)


Os Sistemas de Informação Geográfica ou Geographic Information System (SIG/GIS),
são um conceito ou termo relativamente recente mas podemos verificar que a principal
ferramenta dos SIG que é representar informação sobre o território e sobrepô-la em

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“camadas”, foi algo que já foi usado e descoberto há milhares de anos atrás (Moutinho,
2020).

Segundo BOLFE, MATIAS e FERREIRA (2008), essa evolução é evidenciada desde os


primeiros cálculos desenvolvidos pelos sumérios ao supercomputador, das
representações cartográficas da Terra estabelecidas por Ptolomeu às imagens de satélites
hiperespectrais, das referências espaciais obtidas pelo astrolábio ao sistema de
posicionamento global por satélite (GPS), dos registros de dados em mapas portulanos
aos programas do tipo CAD (Computer Aided Design. Podemos verificar então que os
SIG´S foram um tipo de tecnologia ou de sistema que surgiu primeiramente devido à
necessidade de construirmos e manipularmos informação por “camadas”, isto é,
conseguir representar por exemplo um mapa e conseguir inserir nele vários tipos de
informação, temáticas ou variáveis que nos permitissem uma representação da realidade
pormenorizada e georreferenciada. A sua utilização pode ser com vários fins, podendo
ser de cariz militar, administrativo ou educacional/didáctico (Moutinho, 2020).

Os SIG, apesar de ser um pouco difícil datar o seu início e o período em que foram
“inventados”, existem na história alguns marcos históricos onde sofreram mudanças e
evoluíram gradualmente sendo aplicado em novas formas e com novos fins. Posto isto,
podemos mencionar a década de 60 como o primeiro aparecimento real dos SIG como
ferramenta e sistema: “No início desta década, com a evolução dos sistemas
computacionais, inúmeros grupos acadêmicos se formaram com o objetivo de
desenvolver estudos específicos para a geração de programas automatizados já dentro
de um conceito de sistemas de informação. Um grupo pioneiro formou-se na
Universidade de Washington, que criou um centro de pesquisas e desenvolvimento de
SIG, onde estudaram e desenvolveram métodos quantitativos, programação e
aplicações para algumas áreas de interesse, em especial a área de transporte”
(BOLFE, MATIAS e FERREIRA, 2008).

Na década de 70 tentaram-se estabelecer e evoluir os primeiros mecanismos dos SIG,


criaram-se novos hardwares e novos formatos digitais: “No decorrer da década de 70,
iniciou-se a produção de novos e mais acessíveis recursos de hardware, tornando
viável o desenvolvimento de sistemas de informação comercial. Assim, neste contexto
de evolução, difundiu-se a expressão Geographic Information System ou Sistemas de
Informação Geográfica - SIG. Nesta época, também, aparecem os primeiros sistemas
comerciais do tipo CAD, ou Projecto Assistido por Computador, que melhoraram
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significativamente as condições para a produção de desenhos e plantas para
engenharia, sendo os precursores dos primeiros softwares de cartografia
automatizada“ (BOLFE, MATIAS e FERREIRA, 2008).

Na década de 80 os SIG viraram-se essencialmente para a parte comercial acompanhado


de um grande crescimento e evolução nas tecnologias como o computador pessoal, as
impressoras, os scanners, o vídeo entre outras inovações e as bases de dados e
armazenamento ganham também uma grande importância nesta época como aqui
constatam: “A partir da década de 80 a tecnologia de sistemas de informação
geográfica iniciou um período de acelerado crescimento, em que a popularização e
barateamento das estações gráficas de trabalho, o surgimento e evolução dos
computadores pessoais, dos sistemas gerenciadores de bancos de dados relacionais e
da ligação de dados gráficos e alfanuméricos, promoveram uma grande difusão do uso
desses sistemas. Aliado a esse crescimento, a década de 80 teve significativa evolução
no que tange a hardware e periféricos como scanners, mesas digitalizadoras, vídeo de
alta resolução, plotters e unidades de armazenamento de dados, permitindo uma
manipulação de dados geográficos de forma mais efectiva” (BOLFE, MATIAS e
FERREIRA, 2008).

Na década de 90 até aos dias de hoje os SIG ganharam uma maior popularidade
acompanhado das inovações tecnológicas, dos dispositivos electrónicos, do crescente
uso da internet, com a criação das aplicações, com os novos programas e softwares que
permitiram uma maior aposta por parte das grandes empresas, instituições do governo e
também na área do ensino e da investigação ao nível académico, “Os anos 90
consolidaram definitivamente o uso de SIG como instrumento de apoio à tomada de
decisão, tendo saído do meio acadêmico e científico para incorporar-se rapidamente o
sector comercial. Instituições governamentais e grandes empresas começaram a
investir significativamente no desenvolvimento de aplicativos para o mercado,
consolidando-se assim as aplicações desktop que agregavam diversas funções no
mesmo sistema (processamento digital de imagens, análise espacial, modelagem 3D
etc.). No início desta década, os usuários eram especialistas e tem início a difusão dos
benefícios dos usos e aplicações em SIG” (BOLFE, MATIAS e FERREIRA, 2008).

Concluindo, as tecnologias que advêm dos SIG estão cada vez mais presentes nos dias
de hoje, principalmente ao nível do planeamento e ordenamento das cidades e do

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território, ao nível estatístico em formato de mapas ou tabelas representativas, na área
do desenho e da arquitetura e principalmente na área científica e académica ligada à
investigação.

3.4. As tecnologias no ensino tradicional e no ensino construtivista

No ensino existem duas doutrinas ou formas de transmitir o conhecimento, e são essas o


Ensino Tradicional e o Ensino Construtivista, onde os mesmos podem estar separados,
mas também podem estar confluídos.

3.4.1. O Ensino Tradicional

O ensino tradicional consiste num tipo de ensino mais focado no professor, e no seu
discurso, onde as aulas são maioritariamente expositivas por parte do professor. Este
tipo de discurso nos dias de hoje, é cada vez menos utilizado em contexto de sala de
aula, verificando-se mais em conferências por exemplo e não tanto no contexto escolar.

3.4.2. O Ensino Construtivista


O ensino construtivista é um tipo de ensino mais comunicativo, com mais discussão e
troca de ideias entre o professor e o aluno, acreditando-se que isto é algo mais
“construtivo” e produtivo no processo de evolução do aluno.

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4. Considerações finais

A implementação das TICs no processo de educação, apresenta-se como uma proposta


de evolução metodológica, para facilitar o processo didáctico-pedagógico, pese embora
não seja uma prática recente, ainda carece de uma compreensão solida por parte dos
utentes (docentes e estudantes), o grupo alvo deste estudo. Tendo esses recursos como
instrumentos à disposição do professor e do aluno, constituem-se em valiosos agentes
de mudanças para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

Olhando para caso da disciplina de geografia, em particular, com a aplicação das TICs
nota-se um avanço significativo no processo de ensino-aprendizagem. Constata-se que
as aulas de geografia se tornaram mais inovadoras e dinâmicas, considerando que o
ensino está se tornando mais acessível para a população no geral.

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5. Referências bibliográficas

 OLIVEIRA, Claúdio; MOURA, Samuel Pedrosa; SOUSA, Edinaldo Ribeiro;


TIC’S NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA APRENDIZAGEM DO ALUNO,
2019;
 RAMOS, Márcio. O USO DE TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA, Revista
Lempes PIBID de Ciências Sociais-UEL, Londrina, v.1, n.2, dez/2012;
 SILVA, Mozart Linhares da. A urgência do tempo: novas tecnologias e
educação contemporânea, 2001;
 PEREIRA, R. A. da S, 2018. “As tecnologias na perspectiva do ensino de
geografia”. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geografia) -
Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande.

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