Você está na página 1de 93

PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL

ESTATUTO DA CIDADE
O FENÔMENO DA METROPOLIZAÇÃO
REGIÃO METROPOLITANA

 É um recorte político-espacial complexo que envolve uma cidade central


(metrópole), que polariza e dinamiza as demais cidades ao redor, influenciando-as
econômica, social e politicamente. A polarização de uma cidade refere-se à
capacidade de assumir a concentração dos principais equipamentos urbanos de
uma determinada região, como serviços públicos, centros comerciais, de lazer,
educação etc. Já a dinâmica é estabelecida pelo movimento que se observa nas
cidades, como o fluxo de pessoas, carros e empresas, bem como o sentido
desses movimentos.

Fonte: brasilescola.uol.com.br
REGIÃO METROPOLITANA

 No Brasil, a preocupação com o tema região metropolitana remete à


década de 1960, em virtude do crescimento populacional e da intensificação do
processo de urbanização. Esses elementos impulsionaram a concentração de
pessoas nos centros urbanos e exigiram novos modos de organizar, planejar e
compreender a gestão e o funcionamento das cidades.

 Considerar que determinados elementos das cidades não estão restritos aos
limites dos municípios e, por consequência, a ações isoladas de seus
administradores municipais torna a compreensão do conceito de região um
elemento fundamental na gestão do território.
REGIÃO METROPOLITANA

 A palavra REGIÃO vem do latim REGIO, derivada do verbo


REGERE, que significa governar, comandar. Assim, em sua primeira
definição, a ideia de região possui uma concepção eminentemente
política.
REGIÃO METROPOLITANA

 A organização das regiões metropolitanas varia entre os países.


No Brasil, sua estruturação corresponde a uma porção do
território definida por critérios políticos, econômicos, estatísticos
e de gestão do território, definidos por força de lei estadual. A
concentração populacional é um critério subjetivo, mas bastante
relacionado com a compreensão de regiões metropolitanas.
REGIÃO METROPOLITANA

 A principal relevância das regiões metropolitanas está nas ações


de planejamento e ordenamento do território. A compreensão
das regiões metropolitanas permite a execução de ações
conjuntas entre legisladores municipais para questões de saúde
(vacinação, epidemias), educação (demanda por alunos / séries),
transporte (integração, mobilidade), econômicas (arrecadação de
impostos, geração de renda) e violência urbana (índices de
criminalidade).
REGIÃO METROPOLITANA
 Outra importante contribuição da concepção de região metropolitana
destina-se à instalação de grandes equipamentos urbanos (shoppings,
centros comerciais, grandes lojas ou redes). A partir desse recorte
espacial, estimam-se as principais demandas de público-alvo ou perfil de
renda e consumo, bem como as potencialidades de lucro que uma
determinada região pode oferecer.

 Em 2015, foi promulgada a Lei 13.089, conhecida como Estatuto das


Metrópoles. Essa lei estabelece os condicionantes e as responsabilidades
de administração e financiamento das regiões metropolitanas no Brasil.
REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS

Em 1970 o Governo Federal “criou” as primeiras regiões metropolitanas


brasileiras: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife,
Fortaleza, Belém, Rio de Janeiro.

Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, foi facultado aos governos


estaduais a criação das futuras regiões metropolitanas. De acordo com dados do
IBGE, atualmente, o país conta com 69 regiões metropolitanas. A principal região
metropolitana do Brasil é a de São Paulo, com cerca de 22 milhões de habitantes.
REGIÕES METROPOLITANAS DO ESTADO DE SP

O estado de São Paulo possui, atualmente, nove Regiões


Metropolitanas, sendo elas: São Paulo, Vale do Paraíba e Litoral Norte,
Ribeirão Preto, Baixada Santista, Sorocaba, Campinas, Piracicaba,
Jundiaí e Rio Preto.
Região
Metropolitana de
Rio Preto
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
REGIÃO METROPOLITANA
DO VALE DO PARAÍBA E LITORAL NORTE
REGIÃO METROPOLITANA
DA BAIXADA SANTISTA
REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
REGIÃO METROPOLITANA DE JUNDIAÍ
REGIÃO METROPOLITANA DE RIBEIRÃO PRETO
REGIÃO METROPOLITANA DE SOROCABA
REGIÃO METROPOLITANA DE RIO PRETO
REGIÃO METROPOLITANA DE PIRACICABA
O FENÔMENO DA METROPOLIZAÇÃO

 Metropolização é o processo de formação de metrópoles. O fator mais


visível da metropolização é o crescimento das cidades, em população,
extensão, riqueza, complexidade. Como consequência, elas se tornam polos
urbanos de alcance regional (região metropolitana) nacional e por vezes mundial
(cidades globais). Passam a ter liderança econômica, política, científica,
tecnológica, ou outra, de acordo com as características de cada metrópole.

 Nova Iorque é um dos maiores centros financeiros do Mundo; Paris tem


influência sobre a cultura, arte, moda, culinária; Tóquio é influente na indústria
eletrônica.

Fonte: ENDICI, Enciclopédia Discursiva da Cidade, UNICAMP.


O FENÔMENO DA METROPOLIZAÇÃO

 O crescimento da metrópole pode se dar para além de suas


fronteiras oficiais, de maneira a se formar uma região
metropolitana, envolvendo aglomerações urbanas ao seu redor.
Uma marca disso são os processos de conurbação, de junção
entre cidades fronteiriças. A conurbação é visível pelo aumento
da mancha urbana das cidades, bem como da diminuição dos
espaços rurais.
CONURBAÇÃO

 Faz parte do processo de conurbação, a ampliação das


ligações pelos meios de transportes, dentre os quais tem
destaque no Brasil o rodoviário. Ao redor das rodovias das
regiões metropolitanas, cada vez mais se nota o aparecimento de
indústrias nacionais e transnacionais, centros de comércio de
serviços, shopping centers, condomínios fechados e outros.
CONURBAÇÃO

 As migrações ou movimentos pendulares (em que um


habitante mora em uma cidade, trabalha na outra e aproveita o
lazer de um terceiro município, por exemplo) movimentam a
economia e contribuem para o desenvolvimento da área.
CONURBAÇÃO

 As áreas conurbadas apresentam também pontos negativos. Uma


localidade onde é quase impossível reconhecer os limites de uma cidade
em relação à outra podem gerar descaso por parte das políticas
públicas. Como exemplo, uma avenida que divide duas cidades pode
gerar um conflito entre as prefeituras para a prestação de serviços
básicos e manutenção em geral, como coleta de lixo e pavimentação.

 A arrecadação de impostos também pode gerar entraves entre os


municípios em relação a empresas e domicílios que estão nas áreas
limítrofes.
Rio Claro
QUESTÃO – EVOLUÇÃO URBANA
 A recente urbanização brasileira tem características parcialmente
representadas nas situações I e II dos esquemas acima.
Considerando essas situações,QUESTÃO
é correto afirmar que, entre outros
processos,

a. I representa a involução urbana de uma metrópole regional.


b. I representa a perda demográfica relativa da cidade central de
uma Região Metropolitana.
c. II representa o desmembramento territorial e criação de novos
municípios.
d. II representa a formação de uma região metropolitana, a partir
do fenômeno da conurbação.
e. II representa a fusão político-administrativa de municípios
vizinhos.
 A recente urbanização brasileira tem características parcialmente
representadas nas situações I e II dos esquemas acima.
Considerando essas situações,QUESTÃO
é correto afirmar que, entre outros
processos,

a. I representa a involução urbana de uma metrópole regional.


b. I representa a perda demográfica relativa da cidade central de
uma Região Metropolitana.
c. II representa o desmembramento territorial e criação de novos
municípios.
d. II representa a formação de uma região metropolitana, a partir
do fenômeno da conurbação.
e. II representa a fusão político-administrativa de municípios
vizinhos.
O SURGIMENTO DA RMSP

 A Região Metropolitana de São Paulo é a mais importante do Brasil. A


cidade de São Paulo ocupa, desde 1960, o posto de capital mais rica e
populosa do país. Gera, sozinha, 10% de toda riqueza nacional.

 Também conhecida como Grande São Paulo, é a maior região


metropolitana do Brasil, com cerca de 22 milhões de habitantes, e
uma das dez regiões metropolitanas mais populosas do mundo. Reúne
39 municípios do estado de São Paulo em intenso processo de
conturbação.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Em 1872, o primeiro censo nacional mostrou que a cidade contava


com míseros 31.385 moradores e corria risco constante de
esvaziamento, enquanto o país já tinha centros urbanos muito mais
populosos. Rio de Janeiro, capital do Brasil, aparecia como a maior cidade
(274.972 habitantes), seguida de Salvador (129.109 habitantes) e Recife
(116.671 habitantes).
O SURGIMENTO DA RMSP

 A Região Metropolitana de São Paulo é a mais importante do Brasil. A


cidade de São Paulo ocupa, desde 1960, o posto de capital mais rica e
populosa do país. Gera, sozinha, 10% de toda riqueza nacional.

 Em 1872, o primeiro censo nacional mostrou que a cidade contava


com míseros 31.385 moradores e corria risco constante de
esvaziamento, enquanto o país já tinha centros urbanos muito mais
populosos. Rio de Janeiro, capital do Brasil, aparecia como a maior cidade
(274.972 habitantes), seguida de Salvador (129.109 habitantes) e Recife
(116.671 habitantes).
Em 25 de janeiro de 1554, foi realizada, diante da construção feita de taipa de pilão erguida
no Pátio do Colégio, a missa pela fundação da cidade de São Paulo do Piratininga
Entrada de São Paulo pelo caminho do Rio de Janeiro. Aquarela de Jean-Baptiste Debret, 1827.
Pátio do Colégio, em 1824, pintura de Jean Baptiste Debret.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Os paulistas chegaram ao século XIX sem ter encontrado uma cultura


agrícola que realmente compensasse as dificuldades e os custos do
transporte até Santos e fomentasse o desenvolvimento econômico da
região. A cidade ainda não tinha um estímulo para crescer.

 O que aconteceu entre 1872 e 1960 para que São Paulo deixasse de ser
um pequeno município para se tornar a metrópole mais rica e populosa
do país?
O SURGIMENTO DA RMSP

 Café: o produto que faltava

 O século XIX trouxe grandes transformações para a economia nacional.


Com a transferência da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em
1808 e o fim da restrição às importações, a agricultura, o comércio e a
incipiente indústria têxtil do país se viram expostos à concorrência
internacional. A situação se agravou com a decadência das lavouras
tradicionais do Brasil, especialmente no Nordeste.

 É nesse contexto que surgiu o produto que figuraria, nos anos


seguintes, quase isolado na balança comercial brasileira: o café.
O SURGIMENTO DA RMSP

 O grão começou a tornar-se importante quando, a partir do Rio de


Janeiro, ganhou o Vale do Paraíba e, aí sim, conheceu solos, temperaturas,
altitudes e extensões de terras favoráveis a seu cultivo maciço.

 De 1821 a 1830, o Brasil exportou 3,178 milhões de sacas, porém, a


cidade de São Paulo não usufruiu nenhum benefício dessa
primeira expansão cafeeira;

 A região do Vale do Paraíba toda, inclusive a parte paulista, era tributada


ao Rio de Janeiro;
O SURGIMENTO DA RMSP

 Por volta da década de 1860, o intenso desmatamento e o plantio sem


critérios provocaram declínio da produção do Vale do Paraíba;

 Já haviam algumas plantações em Campinas e em Ribeirão Preto;

 Melhores condições climáticas para o plantio;

 Se torna o produto número 1 da pauta de exportações brasileira.

 No fim do século XIX, a economia nacional se torna altamente


dependente do desempenho do café, com item respondendo por mais
de 70% das exportações.
O SURGIMENTO DA RMSP

 O café, embora fosse cultivado no “Oeste Paulista”, especialmente nas


regiões de Campinas e Ribeirão Preto, produziu seus maiores efeitos na
cidade de São Paulo.

 Um exemplo ilustre de que a cidade se tornou o centro


econômico e político da riqueza cafeeira é a família Prado.
Maior produtor de café do Brasil e do mundo, que apenas em uma de
suas fazendas de Ribeirão Preto chegou a abrigar 3,4 milhões de pés de
café, o clã escolheu viver na capital paulista.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Além de ser a residência


oficial da maioria dos
barões do café e de
ilustres políticos do país,
a cidade também passou
a atrair trabalhadores e
empresários do mundo
todo.
Fazenda Bela Aliança - Descalvado
O SURGIMENTO DA RMSP

 Por que isso aconteceu? Por que o dinheiro do café não frutificou
em Campinas ou mesmo em Ribeirão Preto, suas verdadeiras terras
de origem? Ou por que então Santos não se tornou a principal
cidade da província, criando mais uma capital litorânea atrelada ao
porto como era praxe na maior parte do Brasil?

 O protagonismo da cidade em relação aos outros


municípios paulistas está, em grande parte, ligada ao
traçado das estradas de ferro construídas no século XIX.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Em 1852, foi decretada uma lei que concedia benefícios a quem


investisse nas estradas. Finalmente, São Paulo havia encontrado um
estímulo suficientemente forte para financiar a construção de um
sistema que levasse de forma mais ágil e barata a produção do
interior até o Porto de Santos. O café foi o produto que mereceu,
enfim, um meio de transporte à altura da riqueza que era capaz de
gerar.
Estrada de Ferro Santos-Jundiaí foi inaugurada em 1867
O SURGIMENTO DA RMSP

 Com o primeiro trecho em funcionamento, um grupo de fazendeiros


criou a Companhia Paulista para construir um novo trecho que
avançasse pelo interior. Em 1872, foi inaugurada a estrada que ligava
Jundiaí a Campinas.

 A Companhia Paulista ainda construiria as estradas Ituana (1873),


Mogiana (1875) e Sorocabana (1879).
O SURGIMENTO DA RMSP

 São Paulo, que permaneceu isolada durante séculos, passou a se


conectar com as principais cidades da província e ainda ganhou, em
1877, uma ligação direta com o Rio de Janeiro: a Estrada de Ferro do
Norte.

 Antes da inauguração dos trens, a renda municipal de São Paulo era


muito semelhante à de Campinas e à de Santos. Com as novas
estradas, a capital saiu na frente para se tornar a principal cidade da
província. Todos os trens agora convergiam para São Paulo e, a partir
da capital, desciam a serra.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Os escritórios dos principais bancos, empresas de seguros,


serviços de exportação e toda a burocracia se instalaram
na capital.

 São Paulo enfim havia encontrado sua fonte de riqueza (o café) e o


estímulo para seu desenvolvimento (o trem). Tornara-se então um
lugar atrativo para receber o que ainda lhe faltava: gente.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Imigrantes: trabalhadores, consumidores e empreendedores

 A ascensão da lavoura paulista ocorreu no mesmo período em que se


acentuou no país a pressão por abolir a escravidão. Enquanto as fazendas de
café passavam a demandar ainda mais mão-de-obra escrava para ampliar a
produção, tornava-se mais difícil e caro trazer novos escravos.

 Com a abolição da escravidão, muitos estrangeiros chegaram ao Brasil


sem saber direito o que fariam ou sem nunca ter trabalhado na agricultura
pesada. E eram obrigados a lavorar exaustivamente, com jornadas
semelhantes às que os escravos eram submetidos.
Após a Lei Áurea, muitos libertos
abandonaram os locais que moravam
e procuraram empregos em outras
fazendas. A abolição da escravatura,
que aconteceu no Brasil em 13 de maio
de 1888, foi um dos acontecimentos
mais importantes de nossa história.

A falta de políticas de reintegração da


população escravizada gerou
marginalização dos negros e deu origem a
grandes problemas sociais, econômicos e
espaciais de continuam até hoje. A falta de
acesso a serviços como educação e
saúde, moradia digna e oportunidades de
trabalho são predominantes na população
negra até os dias atuais.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Grande parte dos imigrantes tinha profissões urbanas. Em sua terra natal,
atuavam como pedreiros, marceneiros, sapateiros, artesãos. Decepcionados
com a vida que passaram a levar nas fazendas e atraídos pelas
oportunidades que surgiam na capital, muitos decidiram viver em São Paulo.

 Outros nem sequer chegaram a conhecer o campo. Instalaram-se


diretamente na capital, uma terra de oportunidades especialmente para
quem tinha qualificação ou algum dinheiro no bolso para empreender.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Entre 1885 e 1939, entraram no estado de São Paulo 2.264.214 imigrantes.


A maioria (65%) chegou entre 1885 e 1914, transformando a capital em
uma cidade formada principalmente por estrangeiros. Italianos,
portugueses, espanhóis e japoneses eram os maiores grupos.

 Os novos moradores desempenharam papel central no desenvolvimento da


cidade. Forneceram a força de trabalho, melhoraram a qualidade dos
serviços prestados com as habilidades e experiências profissionais,
formaram um mercado consumidor para as empresas da região e, nos casos
mais bem-sucedidos, transformaram-se em empresários prósperos da
industrialização que começava a surgir.
“As cidades não apenas interligam os trabalhadores
sem capital com os empregadores ricos em capital;
elas propiciam uma ampla variedade de
oportunidades às pessoas pobres (na verdade, a
todos) encontrar seus talentos pessoais que de outra
forma nunca saberiam que possuem”
Edward Glaeser, em O Triunfo das Cidades.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Diversificação: da industrialização à cidade dos serviços

 O processo de industrialização brasileiro não teve início em São Paulo.


Começou no início do século XIX principalmente pelo Rio de Janeiro,
Pernambuco e Bahia, onde havia matéria-prima abundante (especialmente o
algodão para indústria têxtil) e uma população já numerosa que poderia
consumir a produção local. Porém, na capital paulista as indústrias
encontraram as condições ideais para prosperar.
O SURGIMENTO DA RMSP

 A primeira indústria da cidade de São Paulo foi a fábrica de tecidos fundada


em 1872 pelo major Diogo Antônio de Barros;

 Em 1895, um levantamento 52 fábricas, sendo a maioria têxteis, serrarias e


fundições, fábricas de cerveja, de chapéus e de fósforos.

 A maior parte dessas empresas, estava localizada no bairro do Brás, bem


próximo aos trilhos da estrada de ferro Santos-Jundiaí.

 A existência de um sistema de transporte barato, eficiente e


capilarizado foi determinante para que um número cada vez
maior de empresários decidisse instalar fábricas em São Paulo.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Os estrangeiros mostraram-se mais preparados para o trabalho fabril do


que os brasileiros, pois muitos já haviam atuado como operários em suas
terras natais. As empresas têxteis, devem grande parte de seu sucesso aos
imigrantes.

 Enquanto a elite apenas vestia roupas importadas, os operários compravam


os produtos nacionais.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Muitos imigrantes também se revelaram talentosos industriais – o caso mais


notório é o italiano Francesco Matarazzo, imigrante que chegou ao Brasil
em 1881 e criou um verdadeiro império fabril. Em 1933, nada menos que
45% das fábricas paulistas pertenciam a estrangeiros.

 As indústrias e os industriais incentivaram a produção de moradia para os


imigrantes, por meio das vilas operárias e serviços como creches e escolas.
O SURGIMENTO DA RMSP

 As indústrias também foram importantes quando a superprodução do


grão, a contínua queda nos preços e crise de 1929 arrasaram a
produção paulista, a riqueza acumulada pelos fazendeiros deixou de ser
investida no café e passou a ser aplicada na indústria.

 E, em menor volume, na construção civil. A demanda de habitação


gerada pelo crescimento vertiginoso da população era (e ainda é) enorme.
A partir de 1930, principalmente, a cidade também recebeu
grande número de trabalhadores vindos de outros estados
brasileiros.
A indústria nos anos 1940
O SURGIMENTO DA RMSP

 Outro importante fator que impulsionou a industrialização da cidade foi


crescimento do potencial energético, que duplicou entre 1930 e 1945
graças a injeção de capital estrangeiro.

 A concentração de atividades industriais criou um cenário favorável para


uma extraordinária expansão da atividade terciária. A atividade comercial,
além de se ampliar, especializou-se. O mesmo aconteceu com a
atividade financeira, criação de universidades e importantes
centros de pesquisa. E cresceram especialmente os serviços
prestados às empresas.
O SURGIMENTO DA RMSP

 Assim, a cidade de São Paulo chegou a 1960, ano em que foi oficializada
pelo censo nacional como a maior e mais rica cidade do país, com
3.825.351 habitantes, uma economia forte e diversificada, e 60% da
população empregada no setor terciário.
O SURGIMENTO DA RMSP

São Paulo hoje é polo:


 Econômico (bancos, instituições financeiras)
 Político;
 Turístico;
 Cultural;
 Gastronômico;
 Tecnológico;
 Educacional;
 De serviços especializados;
 Muito outros...
O SURGIMENTO DA RMSP

São Paulo para existir, demanda de planejamento urbano e regional:


 Político-Administrativo (divisão da RMSP em prefeituras e subprefeituras)
 Para regulação do desenvolvimento urbano;
 De mobilidade e sistema de transportes;
 De saneamento básico;
 De habitação (HIS);
 Ambiental (áreas de proteção e áreas verdes abertas ao público)
 De educação...
O SURGIMENTO DA MEGALÓPOLE
PAULISTA
São Paulo exerce influência sobre sua própria região metropolitana
(área conurbada) mais fortemente, mas sobre cidades e regiões
metropolitanas do restante do estado e até do país.

Você também pode gostar